A Hora – 23/07/24

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Terça-feira, 23 julho 2024 | Ano 22 - Nº 3614 |

Falta de acesso trava retomada

Famílias de localidades do interior atingidas pela enchente enfrentam di culdades para acessar moradias. Destruída pela cheia, ERS-130 necessita de intervenções, mas ainda não há um plano efetivo para recuperação. Sobreviventes de tragédia cobram providências das autoridades CRUZEIRO DO

MARQUES DE SOUZA/TRAVESSEIRO

A iniciativa privada fará frente a uma passagem improvisada no Rio Forqueta. A estrutura da ponte será formada por três contêineres,

preenchidos com pedra e concreto. Sobre elas, pranchas de madeira. As obras iniciaram no fim de semana com abertura de acessos.

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CRÉDITO ÀS EMPRESAS

Governo prepara segunda fase para

negócios do Simples

OPINIÃO

O plantio de árvores na encosta do rio

Depois da catástrofe, replantio da mata ciliar divide opiniões.

OPINIÃO THIAGO MAURIQUE

Loja pioneira abre as portas em Lajeado

Grupo Lewe inaugurou espaço voltado para venda de trailers.

Regra da mancha de inundação visa impedir “debandada” de recursos

Garantir ajuda para quem sofreu mais impactos com a inundação. Essa é a preocupação do governo federal com a segunda etapa do Pronampe. Serão em torno de R$ 2,5 bilhões para MEIs, micro e pequenas empresas. Em reunião ontem, dirigentes da cooperativa Sicredi Integração apresentaram sugestões ao Ministério da Reconstrução. Com garantia de critérios técnicos alinhados com o governo, instituição pede mais recursos e possibilidade de dois contratos por CNPJ até o teto de R$ 150 mil.

Adevastação de maio continua a afetar o Vale do Taquari, e a demora para a reconstrução das pontes é um dos principais problemas. Passados mais de dois meses desde a catástrofe, nenhuma das passagens prometidas pelo governo federal foi entregue.

Os quatro projetos de reconstrução das pontes somam um investimento de mais de quase R$ 20 milhões. Apesar disso, o processo está emperrado por razões desde as travas burocráticas quanto o descompasso nas equipes técnicas dos municípios e do governo federal.

A demora na reconstrução tem impactos profundos e duradouros nas comunidades afetadas. A falta de acesso adequado interfere na economia local, na educação e na saúde, exacerbando as dificuldades já causadas pela catástrofe.

Reduzir a burocracia sem comprometer a segurança, agilizar a liberação de recursos e melhorar a coordenação entre os diferentes níveis de governo são passos essenciais.”

Essa situação exige uma revisão urgente da abordagem governamental. Reduzir a burocracia sem comprometer a segurança, agilizar a liberação de recursos e melhorar a coordenação entre os diferentes níveis de governo são passos essenciais. A reconstrução das pontes não é apenas uma questão de logística, mas de dignidade e sobrevivência para os moradores do Vale do Taquari. Se o governo não cumprir as promessas feitas, é imperativo que haja transparência e comunicação clara sobre os obstáculos. A população merece uma resposta à altura das necessidades neste momento de crise.

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Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

“Dou

vida à história negra por onde passo como produtora cultural”

Desdemuitojovem,

JaquelinedosSantos,40, demonstravaprofunda paixãopelaculturadaregião. Hoje,comoprodutora cultural,elaespalhaalegria econhecimentoportodos oscantosdoValedoTaquari. ElaeoamigoSérgioRosa, fundaramumaprodutora quelevaespetáculosao públicoescolaregeral,sob temas raciais com temática afro.Nesteano,aduplafoi contempladapeloedital daLeiPauloGustavo,oque lhespermitiráproduzirdois curtas-metragensde cção, comprevisãodelançamento para2025

Eloisa Silva eloisasilva@grupoahora.net.br

*Estagiária. Texto sob supervisão de Felipe Neitzke

Como iniciou na área de produção cultural?

Desde a adolescência sempre estive na área de produção cultural. Por todos os lugares que passei, construí a profissional que sou hoje. Minha maior motivação foi o autoconhecimento, me compreender dentro de todos os processos pelos quais passei e contribuí. Foi nesta “virada de chave” que saí da CLT para hoje me dedicar 100% à arte. Trabalhar nessa área é um grande desafio. As maiores recompensas são o de poder viver do meu fazer artístico, circular por diferentes regiões, realidades sociais, e, além de tudo, receber por fazer o que amo.

Como é feito seu trabalho?

Meu público principal é o escolar. Tenho um espetáculo teatral chamado Rainha Abayomi, outro de dança afro chamado OKAN Ijó, e uma formação

e sensibilização para professores. Estes trabalhos fazem parte de um projeto em parceria com o artista Sérgio Rosa, e todos tem como tema questões raciais. Além disso, também sou instrutora de samba e de dança afro, coreógrafa e oficineira de teatro. Eu e o Sérgio temos uma produtora. Nossos contratos visam desenvolver apresentações para o público dentro ou fora do espaço escolar, pois acreditamos que a nossa arte, com olhar negro, do nosso lugar de fala, é um instrumento que contribui para uma educação antirracista.

Conte sobre o curta-metragem que vocês irão produzir.

Eu e o Sérgio contemplamos no edital da Lei Paulo Gustavo dois curtas de ficção. O meu se chama Quilombo de Heróis, que conta a história de heróis negros cujo poderes fazem referência a elementos da matriz africana. O do Sérgio será OKAN Ijó, que também é ficção e tem como ponto central a dança afro e a intolerância religiosa. Além desses trabalhos na área do audiovisual, também contemplamos nas demais áreas. Temos um ano para executar, e à princípio começaremos a gravar em dezembro, com previsão de lançamento para 2025.

Existe algum projeto que você ainda não realizou, mas que gostaria de explorar no futuro?

Sim. Eu e o Sérgio sonhamos em ter um espaço cultural, com diversidade, cursos,

workshops, grupos de estudos, oficinas, dança, teatro, espaço literário entre outras ideias. Um espaço que grite cultura. Poder contribuir com meu fazer artístico para a minha cultura negra, numa região onde existe uma diversidade cultural, mas paralela a ela um índice considerável de racismo, é de grande valor. É gratificante estar com minha arte e meu corpo negro em diferentes espaços, fazendo desse ato artístico contemporâneo um verdadeiro propósito. Me realizo. Me transformo. E dou vida à história negra por onde passo como produtora cultural.

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ACERVO PESSOAL

LOGÍSTICA DO VALE

Projeto de nova ponte passa por ajuste e depende do aval da União

Ligação entre Arroio do Meio e Lajeado é vista como fundamental para garantir melhoria logística entre a parte baixa e alta do Vale

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Aligação entre Arroio do Meio e Lajeado custará cerca de R$ 13 milhões. O governo federal garante o recurso. Passados mais de 70 dias, o projeto ainda está em análise no Ministério da Integração Nacional.

Elaborado pelo município de Lajeado, a nova passagem ficará ao lado da Ponte de Ferro reconstruída pela iniciativa privada. A estrutura terá capacidade para o fluxo de caminhões, além de duas vias.

A demora, diz o representante do governo federal, tem relação com ajustes no plano inicial. Também a necessidade de justificar a construção, tendo em vista a passagem refeita da antiga Ponte de Ferro.

Foi necessário deixar claro ao governo federal que a passagem reconstruída e em operação hoje tem um caráter histórico e cultural, por ter sido a primeira ligação por terra entre a parte alta e baixa do Vale.

Em reunião na tarde de ontem, foram solicitadas atualizações sobre o projeto do governo de

Lajeado. A ligação é considerada como uma solução de médio prazo. Em simultâneo, uma ponte provisória do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com cerca de 60 metros, deve ser instalada pelo Exército na próxima semana. A estrutura comporta a passagem de caminhões de até dez toneladas.

Ponte sobre a ERS-130

Obra do governo do Estado,

a reconstrução da passagem sobre o Rio Forqueta na ERS130 é prometida para dezembro. “Vamos fazer em seis meses. Disse para o governador. Esta é a meta. Trabalhamos com otimismo resiliência e determinação”, afirmou o secretário de Transportes, Juvir Costella, durante congresso com os prefeitos em Porto Alegre na semana passada.

A estrutura será cinco metros mais alta na comparação com a ponte anterior. A modificação visa impedir que novas inundações cheguem na pista.

Governo federal garante R$ 13 milhões. Ponte terá dois sentidos e capacidade para passagem de caminhões

Demais passagens

Pelo governo federal, além da ligação entre Arroio do Meio e Lajeado, há outras três pontes com projetos em análise; entre Marques de Souza e Travesseiro; em Canudos do Vale; e em Forquetinha.

Juntas, as quatro estruturas passam dos R$ 18 milhões.

Vamos fazer em seis meses. Disse para o governador. Esta é a meta.”
JUVIR COSTELLA
SECRETÁRIO DE TRANSPORTES

Conforme o Ministério da Reconstrução, o investimento faz parte do programa calamidade, voltado ao restabelecimento da logística dos municípios.

Para a ligação entre Marques de Souza e Travesseiro, o governo federal garantiu R$ 4,1 milhões. Segundo o prefeito de Marques de Souza, Fábio Mertz, o plano de trabalho foi aprovado, mas o valor anunciado é insuficiente para cobrir os custos totais da obra. Em Canudos do Vale, o plano de trabalho para a reconstrução da ponte urbana foi aprovado com um investimento de R$ 3,2 milhões. A estrutura era o principal acesso entre os dois lados da cidade e caiu durante a enchente de maio.

Em Forquetinha, foi prometido R$ 3,7 milhões para a reconstrução da ponte Bauereck. A ponte terá 80 metros de comprimento e 7 metros de largura. O projeto está em análise na Defesa Civil Nacional.

FÁBIO KUHN

O dilema das árvores

Amaior tragédia natural já registrada no Vale do Taquari e no Estado trouxe uma série de dilemas e novos paradigmas. E, assim como em outras catástrofes ou pandemias, também gerou vários especialistas e “tudólogos” muito atuantes nas redes sociais. Dentre os mais diversos debates pós-enchentes, um desses trata do plantio – ou não – de árvores às margens de cursos d´água e, especialmente, nas encostas do Rio Taquari. Há quem defenda o replantio imediato e há quem sustente um movimento contrário. No mesmo ritmo, há quem culpe as árvores pela destruição de casas e há quem defenda a tese de que tudo seria ainda mais avassalador sem a mata ciliar. É o dilema das árvores. É a polarização verde. E vejam só. Assim como quase tudo na vida, há bons argumentos para ambos os lados. E o debate é amplo e necessário.

Até mesmo os especialistas de verdade divergem sobre a melhor forma de garantir segurança para as margens dos nossos rios e arroios. Há quem defenda o plantio de vegetações rasteiras e árvores de portes pequenos. Há quem defenda árvores mais fortes ou robustas. E há quem defenda uma mescla dessas ações, com vegetação rasteira em determinados pontos e plantas maiores em outros. Sobre tudo isso, eu presenciei um fato curioso na localidade de São Miguel, em Cruzeiro do Sul. A família de José e Sueli Silva passou 36 horas em cima de uma Nogueira (foto), logo após a casa e o galpão serem destruídos pela força da água e dos troncos arremessados pela correnteza do Rio Taquari. E a nogueira só não foi varrida pela enchente (e troncos) porque um Pinheiro à frente resistiu e serviu de barreira para dezenas de troncos que por lá ficaram. Curioso, né?

Tarifa zero

Pré-candidato a prefeito de Lajeado, o vereador e pediatra Sérgio Kniphoff (PT) anunciou uma instigante provocação nas redes sociais. Segundo ele, é possível implantar um modelo de transporte público gratuito “para todos” na cidade. “Já pensou viver em uma Lajeado onde o transporte de ônibus é gratuito para todos? Não é mais um sonho. Dá para fazer, e eu sei como”, escreveu.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

Festa, buzinas e muitos apertos de mãos

A tradicional Festa do Colono e Motorista não fugiu à regra no bairro São Cristóvão, em Lajeado. O encontro foi um sucesso de público e demonstrou a força da comunidade e o respeito aos bravos profissionais homenageados. Da mesma forma, o intenso buzinaço durante a carreata pelas principais ruas da cidade gerou aplausos e, por óbvio, muita reclamação nas redes sociais. E como não poderia deixar de ser, a paróquia reuniu um expressivo número de pré-candidatos por metro quadrado, todos ávidos por abraços, apertos de mãos e, claro, pedidos não explícitos de votos.

Municipalização e expansão em Estrela

Há duas semanas a Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade a transferência da estrada estadual Transantarita ao município Estrela. O Daer fica autorizado a passar a titularidade de parte da ERS-129, entre os quilômetros 26 e 30, à administração municipal. A extensão total do trecho repassado é de 4,4 quilômetros. A rodovia é um dos principais acessos a cidade e a proposta é promover melhorias na via, e impulsionar o setor econômico nas proximidades com o fim da área de domínio do Daer. Além disso, a municipalidade deve abrir nos próximos dias o edital de licitação para a pavimentação asfáltica de um trecho de 5 quilômetros da Trans Acácia, até as proximidades da empresa Folhito. A ideia é criar um espaço urbano fora das áreas alagáveis.

TIRO

- Em Taquari, o vereador e presidente do Podemos, Felipe Reis, anunciou apoio à coligação do PSDB com o PT. Entretanto, e por meio de nota oficial, o partido Podemos anuncia que os filiados e pré-candidatos estão livres para apoiar outras coligações. Reis, é bom lembrar, trocou o PT pelo Podemos faz alguns meses.

- As especulações devem se confirmar em Teutônia e tudo indica para uma das eleições mais acirradas da história do município, com dois ex-prefeitos, um prefeito e uma vice prefeita em exercício, e ainda um representante do PT em disputa pela prefeitura municipal.

- Entre as principais cidades do Vale do Taquari, o PT projeta candidatos a prefeito em Lajeado, Encantado, Arroio do Meio e Teutônia. Não há mais tanta expectativa com relação a Estrela. E na “cidade mãe” do Vale, Taquari, o PT vai indicar um candidato a vice. Já o PL só projeta candidatos a prefeito (a) em Teutônia e Arroio do Meio. E também não há mais tanta expectativa em Estrela.

- Também sobre o PT, a convenção da sigla em Lajeado ocorre no próximo sábado. Até lá será definido o nome do pré-candidato a vice-prefeito, que irá compor a chapa com Sérgio Kniphoff.

- Ainda em Lajeado, o grupo formado pelo PP/Novo/PSDB/PL ainda aguarda pelo apoio, também, do partido Republicanos. E isso deve ocorrer nas próximas horas. Aliás, o presidente do Republicanos, o empresário João Giovanella, chegou a ser cogitado para compor chapa na majoritária em outros cenários.

Bolsonaro no Vale?

Na coluna do dia 29 de junho, alertamos: Bolsonaro pode vir ao Vale em julho. Dias antes dessa publicação, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL) havia postado um vídeo nas redes sociais ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos pré-candidatos a prefeito e vice de Arroio do Meio, André Vianini (PL) e Lúcia Horn (PL). Na gravação, realizada em Brasília, o próprio Bolsonaro afirmou que pretendia visitar o Vale do Taquari no fim do mês de julho para verificar in loco o desastre e os prejuízos causados pelas enchentes. Entretanto, e passados quase 30 dias daquele encontro na capital federal, os líderes do PL na região não confirmam a vinda do principal líder da direita nacional, que estará nesta quinta-feira em Santa Cruz do Sul. É bom lembrar. Os movimentos de Bolsonaro no sul visam fortalecer as bases municipais do PL. Portanto…

CRÉDITO EMERGENCIAL

Sicredi e governo federal discutem 2ª fase do Pronampe

Cooperativa solicita alterações nas regras para atender o maior número de empresas possível. Possibilidade de um segundo empréstimo para negócios do Simples Nacional dentro da área de inundação e retirada da obrigação de investimento no município de origem são os pedidos centrais

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

Representantes da cooperativa de crédito Sicredi Integração se reuniram com o secretário executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen. O encontro na manhã de ontem ocorreu em Lajeado, na sede da instituição. Como assuntos principais, o funcionamento do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do fundo social de R$ 15 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Desde a autorização federal para a cooperativa operacionalizar o crédito calamidade (com subvenção de 40% para negócios do Simples Nacional) a cooperativa Sicredi liberou cerca de R$ 22 milhões para cerca de 700 negócios.

O presidente da Sicredi Integração, Adilson Metz, destaca que a instituição tinha demanda para R$ 100 milhões em contratos. “Como o recurso foi escasso, limitamos como

teto R$ 100 mil por CNPJ, como uma forma de atender o máximo possível de empresas”, diz. Na média, diz o gerente de negócios, Fabrício Diedrich, os contratos financiados pela instituição ficaram abaixo de R$ 50 mil. Neste aspecto, o pedido dos dirigentes do banco é proporcionar um segundo contrato para micro e pequenas empresas. “Adotamos critérios muito claros, para atender quem foi diretamente prejudicado. Algumas liberações foram abaixo do necessário. Então, ainda dentro do teto do programa, seria importante ter mais um contrato”, destaca Diedrich.

Para todo o RS, foram destinados pelo governo federal R$ 2,5 milhões como Fundo Garantidor de Operações (FGO).

A partir dos dados do portal Brasil Participativo, foram liberados mais de R$ 2,2 bilhões em todo o RS. No Vale do Taquari, mais de 1,7 mil negócios foram contemplados, o que representa depósitos em torno dos R$ 220 milhões.

Demandas regionais

No Pronampe, a primeira reivindicação é ampliar a verba com FGO para atuação nas

Mais capilaridade da cooperativa Sicredi na região fez com liberação dos créditos ocorresse de forma mais ágil. Nas três regionais, montante destinado para empresas do Simples Nacional se aproxima dos R$ 90 milhões

Como o recurso foi escasso, limitamos como teto R$ 100 mil por CNPJ, como uma forma de atender o máximo possível de empresas”

ADILSON METZ

PRESIDENTE DA SICREDI INTEGRAÇÃO RS/MG

cooperativas de crédito. Em seguida, a possibilidade de um segundo contrato para empresas que não tiveram liberações no teto preconizado de R$ 150 mil pelo governo federal.

“Mostramos ao secretário que a capilaridade da cooperativa, a proximidade com a população local e com os associados, fazem com que consigamos atuar de maneira mais rápida para ajudar a comunidade”, destaca o presidente Metz.

Outra ação importante é voltada aos produtores rurais. Como o campo foi muito atingido, muitos agricultores familiares da região não conseguem retomar os trabalhos. “Tem propriedade que toda a área de plantio se foi. É só um torrão, barro e areia. Todo o solo tem que ser recuperado. Esse produtor já fez empréstimos e precisa de ajuda.”

Para Metz, é preciso de um

Detalhes

Reunião na manhã de ontem teve a participação do presidente da Sicredi Integração, Adilson Metz, do vice, Luiz Mário Berbigier, do diretor de negócios, Fabrício Diedrich, com o secretário Executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen. Também esteve presente o presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana.

Os objetivos eram discutir a segunda fase do Pronampe, previsto para ser lançado nesta semana.

A cooperativa solicita mais recursos para operação no RS e no Vale do Taquari; possibilidade de mais um contrato até o limite de R$ 150 mil por CNPJ.

Para o fundo social do BNDES, o governo federal con rma o m da obrigação de investir no município sede do CNPJ.

Nas três linhas dos R$ 15 bilhões (para reconstrução, compra de maquinário e capital de giro), a região solicita a criação de um fundo garantidor para empresas com financiamentos já contratados.

Entre a segunda e terça, o governo fará uma circular para os bancos para autorizar esse tipo de contrato”

MANECO HASSEN

SECRETÁRIO DO MINISTÉRIO DA RECONSTRUÇÃO

programa de renegociação e de recuperação do solo. “É necessário alongar os prazos para que esse agricultor possa voltar a produzir.”

Regra do município sede

Nas políticas voltadas para médias e grandes empresas, pelo fundo social do BNDES, dois aspectos trazem dificuldades às liberações. Equívocos na mancha de inundação (critério central do governo federal para evitar que recurso vá para negócios não atingidos de forma direta) e a obrigação do investimento ocorrer na cidade sede do CNPJ. De acordo com o secretário do Ministério da Reconstrução, a partir desta semana, serão autorizados financiamentos para aplicação em outras cidades,

desde que sejam no RS. “Já na sexta-feira conversamos sobre isso. Entendemos que tem empresas que terão de se deslocar. Essa mudança está em curso. Entre a segunda e terça, o governo fará uma circular para os bancos para autorizar esse tipo de contrato”, afirma Maneco Hassen.

Mais R$ 2,5 bilhões

A segunda fase do Pronampe deve ser apresentada nesta semana. Os recursos destinados como FGO variam entre R$ 2,2 bi até R$ 2,5 bilhões, afirma Maneco. “Esperamos que sejam suficientes para a demanda das empresas do nosso Estado.” Para evitar liberação para negócios não atingidos de maneira direta, essa etapa seguirá a regra da mancha de inundação (como ocorre no fundo social do BNDES). “Vamos avaliar quais CNPJs receberam e priorizar aqueles atingidos de forma direta e que não tiveram acessos.”

Depois desta análise, o governo poderá verificar se um segundo contrato será viável ou não, destaca Maneco Hassen. A expectativa é que, após a análise, seja possível lançar uma nova rodada de crédito para atender quem ainda precisa de apoio.

VALE DO TAQUARI
FILIPE FALEIRO

Quase três meses se passaram da enchente histórica de maio, que deixou um rastro de destruição em Cruzeiro do Sul. E, desde então, muitas pessoas sequer conseguiram retornar para verificar o que sobrou de seus lares, sobretudo no interior. Localidades como São Miguel, Maravalha, Santarém e Desterro permanecem com acesso dificultado por conta das más condições da ERS-130. Na enchente de setembro, a rodovia já havia sofrido danos severos. Desta vez, a estrada foi destruída em boa parte de sua extensão. Passar com veículos de passeio pequenos é uma missão praticamente impossível, segundo relatos moradores. Apenas carros 4x4, jipes ou tratores conseguem ingressar nos pontos mais afetados. Dramas como a de Lurdes Salton Guerini, 74, se multiplicam pelo interior. A agricultora até conseguiu acessar seu imóvel. Na verdade, o que restou dele. “Não tinha como ficar muito tempo em hotel e nem na casa dos outros. A casa está toda arrebentada, não tem uma porta. Até conseguimos comprar as coisas, mas ainda não tem estrada para trazer”, comenta.

Conforme Lurdes, foram 74 dias para voltar o abastecimento de água e quase 90 para o restabelecimento da luz. Mesmo assim, acredita que o futuro da família – reside com o marido – é em outro local. “Residimos aqui há nove anos. Meu marido arrematou essa área em um leilão em 2002, por R$ 564 mil. Agora a terra não vale mais nada”.

QUASE 90 DIAS DEPOIS

Moradores clamam por recuperação de rodovia para acessarem casas

Desde a enchente de maio, dezenas de famílias de São Miguel e outras localidades não conseguem retornar para verifi car o que sobrou das residências. Em péssimas condições, ERS-130 segue sem prazo para recuperação. Audiência hoje debate problemas da região

O casal produz grãos e, mesmo com todas as dificuldades pós-cheia, com direito a endividamento, pretende seguir na lida. “Achamos que o mundo precisa de grãos e de pessoas que investem nisso. Mas nem todos tem esse amor. Deus vai nos abençoar e vamos conseguir recuperar as terras e plantar”.

Sem rotas para escapar

Um dos motivos para, segundo Lurdes, muitas pessoas terem perdido a vida na enchente de maio é a falta de acesso para áreas mais seguras quando o nível do rio Taquari começa a subir.

Os barulhos que você ouvia, de pessoas gritando, e os estrondos, não te deixavam descansar”

antes do ápice da enchente. Meu marido perdeu várias pessoas conhecidas, aqui da nossa convivência. Não queremos mais perder gente. São pessoas, seres humanos”, lembra Lurdes, que ficou quase uma semana em um cima de um trator a espera de socorro, até ser resgatada.

Resistência

Além da cheia do rio, a elevação de uma lagoa também prejudica deslocamentos até outras regiões de Cruzeiro do Sul. “As pessoas morreram porque não tinha acesso para escaparem. Para sair, tem que ser três dias

Árvore salvou pelo menos cinco pessoas, entre elas Sueli (e) e Pereira

O saldo da tragédia em Cruzeiro do Sul aponta para pelo menos 12 mortes - com vítimas identificadas. Há, ainda, cinco desaparecidos. E, entre as pessoas que conseguiram se salvar, muitas histórias dramáticas. A luta pela sobrevivência deixou traumas, mas também criou símbolos de resistência. Caso da nogueira, onde pelo menos cinco pessoas conseguiram se salvar.

“Foi um terror. O galpão começou a sacudir para cair e a minha esposa falou: só tem um recurso, que é nadar e ir até a nogueira. Era pau, caíco, iate e boi passando. E nós em cima da árvore”, relata o morador Pedro Pereira.

Foram duas noites em que ele e a mulher, Rosane, ficaram abraçados na árvore.

As pessoas morreram porque não tinha acesso para escaparem. Para sair, tem que ser três dias antes do ápice da enchente”

O que eu tomei de água não tem explicação, uma sensação terrível. É um momento em que você está morrendo, mas não pensa na morte”

Já Sueli da Silva precisou superar um medo antigo: o de rio. “Tive que me jogar a uns três metros de profundidade. Ia para cima e me grudava na árvore e assim foi indo. O que eu tomei de água não tem explicação, uma sensação terrível. É um momento em que você está morrendo, mas não pensa na morte”, recorda. A situação foi tão marcante que Sueli promete uma homenagem à árvore, que resistiu à cheia. “Em 3 de maio do ano que vem vamos fazer um churrasco aqui para marcar a data. Essa árvore foi a minha e a salvação de muitas pessoas”.

DANIELA ANTUNES MACIEL MORADORA
SUELI DA SILVA MORADORA
LURDES SALTON GUERINI MORADORA
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Plano

Também moradora da região, mas mais afastado da barranca do rio, Daniela Antunes Maciel não teve a estrutura da casa totalmente comprometida. Mas viveu dias de terror com a enchente de maio. A ponto de bolar um plano para que ela e a

família não fossem levados pela correnteza, caso a residência não resistisse à força das águas. “Quando o helicóptero chegou na quinta-feira (dia 2) para supostamente nos resgatar, mas sobrevoou e foi embora, me sentei e bolei um plano. Iríamos tirar as tábuas de cima, nos jogar na água se a casa fosse desmontada e

tentar boiar”. Não foi necessário. O marido e a irmã foram resgatados de helicóptero. Ela e o filho, de jetski. De terça-feira (dia 30) até a tarde de sexta-feira (dia 3) em cima de um telhado, Daniela lembra que mal conseguia se alimentar. “Levei uns cinco litros de água e forçava todo mundo

Trecho severamente afetado pela cheia de maio permanece intransitável

a beber. Levei pão, salame, mas ninguém conseguia comer, ninguém tinha fome, acredito que pelo nervosismo”. Dormir também era uma tarefa difícil. “Os barulhos que você ouvia, de pessoas gritando, e os estrondos, não te deixavam descansar”.

Audiência e cobrança

Ocorre hoje, às 19h30min, uma audiência promovida de forma conjunta entre o município de Cruzeiro do Sul e o Ministério Público com moradores das localidades mais atingidas no interior. O encontro será no ginásio de Linha Sítio. Segundo a procuradora jurídica, Sabrina Schmitt, temas como a situação da ERS-130 devem estar em pauta. Por se tratar de um trecho estadual, o município fica de mãos amarradas quanto às condições do trecho. “O município já cobrou do Daer melhorias no trecho, mas ainda sem sucesso”, pontua. Ela demonstra preocupação com a condição da rodovia, pois há pontos onde o talude desmoronou, o que exigiria um estudo técnico mais detalhado

Voluntários se mobilizam para limpar moradias

Voluntários de Erechim, no norte do RS, estiveram em Cruzeiro do Sul no sábado, 20, para auxiliar na limpeza de casas. Mais de 50 pessoas participam da mobilização. Conforme o coordenador da Defesa Civil de Erechim, Vagner Manica, o grupo saiu às 3h e chegou durante a manhã. O trabalho na região, no entanto, não é novidade.

Manica lembra que, logo após as enchentes de maio, priorizou atendimento aos municípios da região do Alto Uruguai, também devastados. Depois, iniciaram uma campanha de arrecadação de donativos, que contemplou 28 municípios de diversas regiões do RS.

“Depois, tomamos a iniciativa de ir para Encantado e Muçum, onde conseguíamos contato com as pessoas. Auxiliamos no trabalho de limpeza das residências. E agora vamos fazer isso em Cruzeiro do Sul”, frisa. Pelo menos 16 casas foram atendidas neste sábado.

Protestos

Não é de hoje que a situação da ERS-130 é alvo de críticas. No ano passado, após a cheia de setembro, moradores organizaram protestos pedindo atenção do governo do Estado à rodovia, sobretudo no trecho não asfaltado. A resposta do Daer na ocasião veio com promessa de recuperação imediata, mobilizando maquinário e contemplando reparação da ponte do Chafariz.

antes da execução de obras. Procurado pela reportagem, o Daer ainda não havia se manifestado até o fechamento desta edição. A autarquia é responsável pela manutenção da ERS-130 desde o entroncamento com a RSC-453, em Lajeado, até General Câmara, passando por Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires e Taquari.

FELIPE NEITZKE
Voluntários da Defesa Civil de Erechim se mobilizaram para auxiliar na limpeza em São Miguel
FELIPE NEITZKE

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

Lewe Trailer inaugura loja pioneira em Lajeado

Revendedor autorizado da fabricante catarinense Alto Vale Trailers no RS, o Grupo Lewe inaugurou na sexta-feira, 19, a primeira loja especializada no setor em Lajeado. O evento reuniu cerca de 200 pessoas na sede da empresa, na avenida Erli José Bach, 221, bairro Centenário – procura que também demonstra o crescimento do mercado de viagens, camping e aventuras.

Sócio da Lewe, Edinei Lewe afirma que a empresa já nasce com a intenção de expandir. A revenda é a única autorizada da Alto Vale Trailers no Rio Grande do Sul e também oferece opção de moradia com o Trailer Habitacional, modalidade com grande potencial na região.

Além da comercialização de nove modelos diversificados de fábrica, a Lewe Trailers também oferece aluguel, manutenção e fechou parceria para venda de peças e acessórios. O fim de semana após a inauguração foi marcado por plantão de vendas, com alta

procura. “Estamos muito felizes com toda essa repercussão.”

A empresa anunciou ainda a participação na Expovale + Construmóbil 2024. De acordo com Edinei Lewe, a participação

na principal feira da região dará destaque para as “trailer houses”, de forma a apresentar a empresários e investidores esta opção de moradia segura para localidades afetadas pelas enchentes.

Sicredi Ouro Branco projeta alcançar 100 mil associados

Cooperativa com matriz em Teutônia, a Sicredi Ouro Branco RS/MG encerrou o primeiro semestre de 2024 com mais de 97 mil associados – 15% acima na comparação com o mesmo período do ano passado. Com abrangência em 77 municípios nos Vales do Taquari e Caí, no Rio Grande do Sul, e no Vale do Aço e do Jequitinhonha, em Minas Gerais, a Cooperativa prevê que nos próximos meses atinja o marco de

100 mil associados. O período também marca o primeiro ano de atuação da cooperativa a região do Vale do Aço, em Minas Gerais. A primeira agência em terras mineiras foi instalada no

dia 14 de julho de 2023, em Ipatinga (foto). Hoje, a região possui seis pontos físicos de atendimento e uma sede regional, que movimentam quase R$ 200 milhões entre depósitos e empréstimos/ financiamentos.

Nos últimos 12 meses, a Sicredi Ouro Branco cresceu 33,5%. Hoje, a cooperativa tem mais de R$ 6,3 bilhões em recursos administrados e soma um patrimônio líquido de R$ 523 milhões – crescimento de 17,3%.

A taxa de câmbio alta ganhou importância entre os principais problemas enfrentados pelos empresários. O alto custo da matéria-prima se consolida no terceiro lugar do ranking. É um cenário que acende um alerta, pois afeta a produtividade e a competitividade dos produtos brasileiros.”

Oficina de startup – A Agência de Desenvolvimento e Inovação Local (Agil) promove no dia 8 de agosto a oficina Startup Star: preparação e lançamento. Integrante do Edital Pro_Move 3.0, o evento visa desenvolver as competências e estimular o pensamento empreendedor em potenciais criadores de startups e negócios inovadores. O evento começa às 18h30min, na Arena Tecnovates. As inscrições são gratuitas e limitadas. Interessados devem acessar o site sympla.com.br/promovelajeado.

Incentivo à inovação – O auditório do Tecnovates sedia na quinta-feira, 25, a partir das 9h, palestra sobre lei que incentiva a inovação na indústria. A chamada “Lei do Bem” é considerada o principal instrumento de estímulo às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas brasileiras por possibilitar uso de incentivos fiscais em todos os setores da economia e regiões do país. O evento é promovido pelo Tecnovates, em parceria com a Moinhos Investimentos – Galapos e visa incentivar o uso do instrumento legal.

PANORAMA REGIONAL

Eleitorado apto cresce

3% em quatro anos

Quantitativo divulgado pelo TSE mostra que 33 das 38 cidades da região tiveram um acréscimo na comparação com 2020. Maior colégio eleitoral está em Lajeado e o menor, em Coqueiro Baixo. Nove cidades tem mais eleitores do que habitantes

Pouco mais de 295,1 mil eleitores estão aptos a irem às urnas no dia 6 de outubro na região. O quantitativo definitivo para este

ano foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sexta-feira, 19, e representa mais uma etapa dentro do processo que antecede as eleições que definem prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Em relação a última disputa municipal, em 2020, houve uma alta de 3% no número de eleitores. O percentual é semelhante ao registrado no mesmo período no Rio Grande do Sul. São quase 10 mil novos eleitores inscritos, conforme levantamento feito pela reportagem e comparativo com os dados de quatro anos atrás.

De acordo com o TSE, a divulgação do eleitorado serve para “planejar, organizar, preparar e realizar as eleições, de forma segura, transparente e tranquila”. Além disso, o órgão ressalta que o aumento do eleitorado mostra que as eleições no Brasil são democrá-

ticas e auditáveis.

Como não há municípios com mais de 200 mil eleitores no Vale do Taquari, não há segundo turno na região. No RS, isso pode ocorrer apenas em Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria. A data reservada para a disputa nessas cidades –caso haja necessidade – é em 27 de outubro.

Maioria em alta

Dos 38 municípios do Vale do Taquari, 33 registraram aumento no eleitorado na comparação

com 2020. O maior crescimento ocorreu em Vespasiano Corrêa, que saltou de 2.241 para 2.568 eleitores, uma alta de 14,59%. Na sequência aparece Fazenda Vilanova, com 12,35%, e Relvado, com 8,26%.

Outras cinco cidades fecharam o período com menos eleitores do que há quatro anos. O maior recuo está em Encantado, com -5,53%. O número já vinha em queda também em 2022. O motivo apontado na época era a implementação da biometria e os cancelamentos de registros após o prazo legal para o cadastro biométrico.

Lajeado permanece com o maior eleitorado da região. São 64.113 eleitores aptos a votarem em outubro, enquanto Teutônia se consolida como o segundo maior colégio eleitoral do Vale, com 25.505. O menor eleitorado do Vale está em Coqueiro Baixo, com 1.364.

Mais eleitores do que habitantes

O que cidades como Canudos do Vale e Sério tem em comum? Além da proximidade geográfica, os municípios da região serrana do Vale do Taquari integram uma seleta lista de cidades com mais eleitores do que habitantes. Ao todo, são nove municípios do Vale que apresentam essa curiosidade. Coqueiro Baixo, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Forquetinha, Putinga, Relvado e Vespasiano Corrêa também se somam ao grupo. Todos com população inferior a 4 mil pessoas. Alguns fatores são apontados para que esse fenômeno ocorra. O mais provável deles, para especialistas, é a migração. Pessoas que deixaram de residir nessas cidades – no passado ou recentemente -, mas mantiveram o título de eleitor no município de origem.

Na região

Lajeado tem o maior eleitorado da região.
Alta foi de 5,18% em quatro anos
ARQUIVO A HORA

Governo federal descarta novos casos de doença aviária no Vale

Vírus atinge aves silvestres e comerciais e é altamente contagioso para animais

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou no domingo, 21, que três casos suspeitos de doença de Newcastle (DNC) foram descartados, após as análises do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP) revelarem resultado negativo para o vírus. A doença viral atinge aves silvestres e comerciais e é altamente contagiosa para os animais.

As amostras foram coletadas na sexta-feira, 19, em três propriedades suspeitas, localizadas na zona de proteção estabelecida para DNC pela equipe de vigilância e defesa sanitária animal do estado em conjunto com a equipe do Mapa.

Na última quarta-feira, 18, foi identificado um foco da doença em uma granja de criação comercial de aves para corte, localizada no município de Anta Gorda. O

A doença viral atinge aves silvestres e comerciais e é altamente contagiosa para os animais

diagnóstico positivo também foi feito pelo LFDA-SP.

“Os resultados negativos são uma sinalização extremamente positiva sobre a contenção desse evento sanitário, o que é importante para resolução rápida da

situação, e reforça a robustez do sistema de defesa agropecuária do Brasil”, disse o ministério neste domingo.

O Mapa informou ainda que estão sendo montadas barreiras sanitárias na região do Vale do

Taquari para controlar a movimentação e evitar a entrada e passagem de aves na área do foco, conforme determina o Plano Nacional de Contingência para DNC. Além disso, as investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo o RS.

“A população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada.

O Mapa reforça que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanecem seguros e sem contraindicações”, continuou o ministério.

“Não seremos impactados”

O caso isolado da doença de Newcastle, em aviário de Anta Gorda, não terá impacto expressivo nas produções da empresa Dália Alimento, ressalta o vice-presidente executivo Igor Weingartner. Apesar dos condomínios avícolas estarem distantes do aviário que resultou positivo para a doença, os cuidados de controle e higiene tem sido reforçados. “Todo dia recebemos novas orientações sobre manejo e seguimos elas precisamente de modo a evitar complicações”, menciona Weingartner.

O Mapa, suspendeu a certificação de carne de aves e seus produtos durante 21 anos. O presidente da Dália, Gilberto Piccinni, menciona que a projeção é que o mercado estagne e aconteça uma super oferta de frango. “Compreendemos e respeitamos os cuidados e torcemos para ser um caso isolado, para ocorrer a reversão de maneira breve.”

Doença de Newcastle

A DNC é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial. Além de aves, ela pode atingir répteis, mamíferos, e até mesmo seres humanos.

Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

BRYAN BICCA

LOGÍSTICA

Setor privado irá construir ponte provisória sobre Rio Forqueta

Empresários locais com o apoio da comunidade decidiram construir estrutura com contêineres e madeira para o tráfego de veículos leves

será feita de madeira.

MARQUES DE SOUZA/TRAVESSEIRO

Uma nova ponte provisória e emergencial será construída sobre o Rio Forqueta para permitir a passagem de veículos leves. A iniciativa partiu de empresários locais em conjunto com a comunidade.

No último final de semana máquinas iniciaram o trabalho na abertura do acesso ao local. O trabalho iniciou em Marques de Souza, no trecho entre o acesso da antiga barca e o Camping do Írio. Pessoas e empresários envolvidos na construção preferem permanecer no anonimato.

A estrutura da ponte será formada por três contêineres, que serão preenchidos com pedra e concreto, totalizando uma carga de 120 toneladas. Eles servirão de pilares para a instalação de torras de eucalipto. A pista de rolamento

O objetivo é concluir a construção ainda nesta semana, caso as condições climáticas sejam favoráveis. Com a ponte pronta, haverá restrições de fluxo de veículos semelhantes às que já ocorrem na Ponte de Ferro entre Lajeado e Arroio do Meio

Construção de estiva

Mesmo com a iniciativa privada, segue a tentativa da Associação de Amigos de Marques de Souza e Travesseiro para construção de uma ponte baixa (estiva) no Forqueta. A alternativa é considerada mais rápida e mais econômica neste momento.

A intenção é construir a estrutura de concreto próximo a estrutura que foi arrancada na enchente de maio. “Estamos encaminhando os projetos junto com engenheiros e orçamentos. A obra permitirá a passagem de veículos leves e pesados, garantindo a logística

das empresas que está muito comprometida”, destaca Edna Kremer, presidente da associação. Para uma ponte baixa sobre o Forqueta, a previsão orçamentária é de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. Desde junho, a associação lançou a campanha “Travessia da Amizade”, que inclui doações via Pix e a venda de produtos personalizados. Até o momento foram arrecadados mais de R$ 236 mil.

Implosão da ponte

Desde a cheia, moradores das duas cidades enfrentam dificuldades para se deslocar. A alternativa é cruzar uma pinguela a pé ou enfrentar uma longa rota de 53 quilômetros pela estrada da Barra do Fão até Pouso Novo e a BR-386. Antes de maio, o trajeto era de três quilômetros.

Diante da situação, o governo municipal de Travesseiro elaborou um plano de trabalho e o encaminhou ao governo federal. O projeto para a nova ponte está

orçado em R$ 15 milhões, e a Defesa Civil Nacional já sinalizou um empenho de R$ 4,1 milhões para o projeto. Engenheiros responsáveis pelo levantamento da estrutura remanescente indicaram que não é viável reaproveitar os restos da

antiga ponte, sendo necessária a implosão para a construção de uma nova.

Desde a cheia, moradores das duas cidades enfrentam dificuldades para se deslocar. A alternativa é cruzar uma pinguela a pé

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Abertura dos acessos iniciou no nal de semana em Marques de Souza, próximo a estrada da antiga barca

MEIO AMBIENTE

Frio extremo pode ter provocado morte de peixes em Lajeado

Tilápias foram encontradas às margens do lago do Parque dos Dick na manhã dessa segunda-feira, 22. Nova análise da Sema vai confirmar se há alguma outra alteração na qualidade geral do ambiente

INFRAESTRUTURA

LAJEADO

Quem passou pelas margens do lago do Parque dos Dick na manhã desta segunda-feira, 22, foi surpreendido com uma quantidade significativa de peixes mortos. Segundo a bióloga e mestre em ecologia, Edith de Mello, o levantamento inicial feito pela da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) de Lajeado encontrou apenas tilápias mortas. O ocorrido pode ser motivado pelo frio extremo dos últimos dias, mas uma nova análise vai confirmar se há alguma outra alteração na qualidade geral do ambiente.

“As tilápias assim como todos os peixes são seres ectotérmicos, que dependem da temperatura externa para regularem a sua temperatura corporal”, explica Edith. “Ela não é uma espécie com boa tolerância a períodos prolongados de frio, como o que vimos nas últimas semanas. Isso pode ter causado a mortandade, que neste caso é considerada natural”.

A temperatura ideal para as tilápias fica em torno de 27 a 32°C graus, pois é um peixe de regiões mais quentes. Quando o ambiente está muito frio, elas não se alimentam de forma correta e acabam morrendo. A bióloga destaca ainda que a espécie é nativa da região do Nilo, do continente africano e partes da Ásia.

As tilápias assim como todos os peixes são seres ectotérmicos, que dependem da temperatura externa para regularem a sua temperatura corporal”

Episódio semelhante

Em agosto de 2016, caso semelhante aconteceu no local. À época, o governo de Lajeado entendeu que a temperatura baixa da água e o excesso de peixes eram os responsáveis pelas mortes.

Segundo estudos, quando a água chega perto dos 14°C, os peixes da espécie tilápia morrem, seja pela falta de oxigênio o u condições que propiciam a formação de fungos e bactérias.

“A tilápia é uma espécie invasora, que traz inúmeros prejuízos aos ambientes naturais, predadora de alevinos, peixes e ovos de espécies nativas pode levar até a extinção local de espécies nativas”, complementa.

Giovanella mobiliza equipes para recuperar trecho da ERS-129

Força-tarefa ocorreu durante o final de semana. Após o trânsito foi novamente liberado para veículos

Mateus Souza

COLINAS/ROCA SALES

O fim de semana foi de muito trabalho na ERS-129. Com o trecho bloqueado para a passagem de veículos durante o dia, máquinas da empresa Giovanella concentram esforços em deixar a rodovia em boas condições de trafegabilidade. Conforme o engenheiro

Marcel Pereira, no sábado, 20, os trabalhos ocorreram nos turnos da manhã e tarde. Já no domingo, 21, as máquinas também atuarão até o fim do dia, quando será liberada a passagem de veículos.

“Os serviços estão ocorrendo conforme o planejado”, destaca o profissional. A força-tarefa foi preparada pela empresa e contempla o trecho entre os quilômetros 56 e 64 da rodovia, entre Colinas e Roca Sales. Uma manifestação de moradores chegou a ser convocada para sábado, no entanto foi transferida para a próxima semana em virtude da mobilização feita pela empresa para recuperar o trecho.

A ERS-129 é uma importante ligação entre as regiões alta e baixa do Vale do Taquari. Com a queda da ponte na ERS-130 entre Lajeado e Arroio do Meio, o fluxo de veículos de carga usa o trecho para acessar as cidades da microrregião de Encantado. Em junho de 2018, um convênio de R$ 3,5 milhões foi assinado junto ao Estado. Os serviços não avançaram e somente 1,1 km foi concluído.

Trabalhos envolvem os quilômetros 56 e 64 da rodovia, entre Colinas e Roca Sales
DIVULGAÇÃO/GIOVANELLA
EDITH DE MELLO BIÓLOGA E MESTRE EM ECOLOGIA
Levantamento inicial feito pela da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) de Lajeado encontrou apenas tilápias mortas
GABRIEL SANTOS

ENTRE COLINAS E IMIGRANTE

Aumento do fluxo de veículos acelera deterioração de estradas

Devido ao desvio por Roca Sales, que liga partes alta e baixa do Vale do Taquari, ambos municípios absorvem trânsito de caminhões. Más condições exige investimento em ações paliativas e atrapalha fluxo urbano

Oaumento do fluxo de veículos pesados em direção a Colinas e Imigrante causa preocupação aos dois municípios. O tráfego intenso de caminhões ocorre devido ao desvio do trânsito por Roca Sales, que faz ligação entre as partes alta e baixa do Vale do Taquari após a queda das pontes entre Lajeado e Arroio do Meio. A movimentação diária tem causado danos nos principais acessos às cidades e comprometido a segurança dos condutores. Imigrante é um dos acessos aos veículos que descem da região da Serra. O trajeto pela rodovia estadual VRS-863, que liga o município à Rota do Sol, carece de manutenção, sobretudo após os registros de deslizamentos nos períodos de chuvas volumosas e a quantidade de buracos. No entanto, a situação se agrava nas vias municipais.

Principal acesso à área urbana, na avenida Dr. Ito João Snel o fluxo de veículos de grande porte foi proibido devido ao deslizamento da cabeceira de uma ponte. Para impedir o acesso dos caminhões, o Executivo instalou uma “golei-

A ERS-129 não vai suportar meses até que a ponte da ERS-130 que pronta”

ra” para limitar a altura. Porém, o desvio feito pela rua Guilherme Ernesto Lageman compromete a trafegabilidade da via formada por paralelepídeos.

Secretário de Administração de Imigrante, Edson Heck, diz que as manutenções nas vias são feitas diariamente. Além das vias na área urbana, o município também contabiliza danos na Estrada

Estrela, em direção a Colinas. A rodovia municipal teve parte do asfalto arrancado pela força das águas do Arroio da Seca durante o período de cheia.

“Tivemos muitas estradas para arrumar desde maio, de comunidades que ficaram isoladas. Ao mesmo tempo temos como prioridade manter os acessos principais com condições favoráveis para circulação e também para escoar a produção. Isso gera custos, porque o trabalho é feito de acordo com as necessidades”, comenta Heck.

Segundo o secretário, o investimento para manutenção das vias, até o momento, é próximo de R$ 2 milhões. “São recursos para materiais, combustível, britas, máquinas. Mas estamos viabilizando recursos via governos estadual e federal para recuperar as estradas”, afirma o responsável pela pasta.

Via passa pelo município

Enquanto Imigrante absorve o fluxo da região serrana pela Rota do Sol, Colinas registra o aumento de veículos entre Roca Sales e a BR-386. No entanto, o município fica limitado a investir

na manutenção da estrada devido a rodovia ser administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Além de ser o principal acesso a Colinas, a ERS-129 também passa pela área urbana da cidade. Após o período de cheias, o prefeito Sandro Herrmann buscou respostas junto ao governo estadual sobre a manutenção permanente da rodovia.

“Foi uma das primeiras preocupações que tivemos. Todo o trânsito está sendo desviado por Colinas e iremos precisar de manutenção mais frequente. Nosso trecho está completamente pavimentado, mas está deteriorando”, destaca o prefeito.

A apreensão de Herrmann é que não haja uma melhoria nas condições do asfalto futuramente. “A rodovia não vai suportar meses até que a ponte da ERS-130 fique pronta”, avalia. O chefe do Executivo ressalta que o Estado destinou uma empresa para fazer manutenção de forma permanente, no entanto, o alto fluxo dificulta os trabalhos.

Ao passo que os trâmites para construção da ponte entre Arroio do Meio e Lajeado avança, Herrmann afirma que busca recursos para aplicação de melhorias na via junto ao governo estadual, embora o objetivo seja investir em ações definitivas.

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
SANDRO HERRMANN
DE COLINAS
Trecho da ERS-129, em Colinas, carece de reparos e apresenta danos na estrutura
Em Imigrante, rua Guilherme Ernesto Lageman recebe manutenção diariamente
FOTOS: KARINE PINHEIRO

CIDADANIA

Estudantes da Apae trabalham importância do Rio Taquari

Atividades foram desenvolvidas com alunos do Eja, com base no livro “Reconectando laços, valorizando o Vale”, da escritora Ana Cecília Togni

LAJEADO

As turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Lajeado) deram continuidade ao projeto “Reconectando laços, valorizando o Vale”, que busca explorar e enfatizar a importância de uma relação harmoniosa com a bacia hidrográfica do rio Taquari. A proposta teve como base o livro “Aventuras de Verão nos vales do rio das Antas e do rio Taquari”, da escritora Ana Cecília Togni, também vice-presidente da Apae. A autora esteve na

instituição para conversar com os jovens sobre o livro. A obra trabalha um roteiro de férias de um grupo de amigos pela bacia

do rio Taquari-Antas, destacando as características e as diferentes culturas da região. O objetivo do projeto foi proporcionar uma

Começa nesta semana construção do Parque Jardim das Orquídeas

Empresa de Arroio do Meio será a responsável pela obra MATO LEITÃO

Vencida a parte burocrática, começa nesta semana a construção do Parque Jardim das Orquídeas, junto ao Centro Administrativo Municipal. O novo espaço de lazer, cultural e turismo terá escultura alusiva à flor orquídea (símbolo de Mato Leitão), vias de circulação, escadaria em curva, esplanada, espelho d’água e ajardinamento.

A empresa Engetech Construções e Pavimentações, de Arroio do Meio, vencedora da licitação pública, é a responsável pelo investimento de aproximadamente R$ 320 mil a partir de uma área de 3,9 mil metros quadrados. A previsão é de que a obra seja concluída em até dois meses.

Os detalhes do investimento foram alinhados em reunião do prefeito Carlos Bohn com representantes da empresa Engetech, participaram também a primeira-dama e secretária da Educação, Vera Beatriz Lermen Bohn, a arquiteta Natália Reckziegel e o assessor de gabinete Evandro Lenhart.

Os detalhes do investimento foram alinhados em reunião do prefeito Carlos

com representantes da empresa Engetech

de papel com mensagens de carinho. Segundo a professora Eliéges Luzzi Rohr o projeto teve como norte os relatos trazidos pelos alunos após a enchente de maio.

“Durante as rodas de conversa constatamos os medos e anseios dos alunos frente ao ocorrido. Junto a isso, muitos dos colegas de outras cidades ainda não puderam retornar por conta da logística, e os nossos alunos verbalizam a saudade que sentem daqueles que não retornaram”, diz.

conexão baseada na valorização e no cuidado com o rio Taquari. A primeira atividade contou com uma roda de conversa em que os professores e estudantes discutiram a importância do rio, e a elaboração de barcos

Motivados pelos relatos, os professores foram atrás de ferramentas pedagógicas, buscando formas de superar a situação. “Queremos trabalhar a valorização da comunidade e a beleza do Vale do Taquari. Encontramos como alternativa o livro da Tia Chica e relacionamos com as pesquisas sobre as diferentes culturas da região, produzidas pelos acadêmicos da Univates”, destaca outro professor, Rodrigo. Ele afirma que tudo foi adaptado e individualizado, ressaltando as habilidades individuais de cada um, para que os estudantes observem o lado bom do rio e o quanto todos são responsáveis pelo recurso.

Fundef planeja construir centro de formação médica

A Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais (Fundef) planeja a construção de um centro de formação médica, em Lajeado. Nomeado de Instituto Wilson Dewes, entidade pretende auxiliar, com aporte financeiro, médicos com interesse na especialização de cirurgia craniofacial.

O presidente da fundação, Ito Lanius, explica que a intenção é impulsionar o número de profissionais na área. “O médico ganharia uma bolsa para realizar a especialização e quando concluído, poderia trabalhar na Fundef ou em outro local.”

Lanius acrescenta que além do instituto, a entidade realizará outras formas de homenagem ao fundador da Fundef, Wilson Dewes. Médico faleceu em março deste ano após sofrer um infarto. Entre os tributos, estão a adição do nome do criador na nomenclatura da entidade, passando a se chamar “Fundef/Dr. Wilson Dewes.”

Em relação ao repasse do estado, que foi ampliada para R$ 54,7 mil, o presidente considera uma ajuda essencial, porém insuficiente em razão do tamanho das demandas mensais.

Atualmente a Fundef atende

O médico ganharia uma bolsa para realizar a especialização e quando concluído, poderia trabalhar na Fundef ou em outro local.”

396 municípios e tem como gastos mensais em torno de R$ 280 mil. “Gostaríamos de fazer muito mais e sabemos que devemos. Entretanto, ainda que recebemos recursos de empresas amigas e do estado, nosso orçamento é restrito.”

Estudantes da Apae aprendem a valorizar e cuidar do rio Taquari
Bohn
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Grupo saiu às 3h30min e chegou ainda na manhã de sábado ao Vale do Taquari

SOLIDARIEDADE

Voluntários de Erechim auxiliam na limpeza de casas

Mobilização de município do norte do RS trouxe mais de 50 pessoas ao Vale neste sábado

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

CRUZEIRO DO SUL

Voluntários de Erechim, no norte do RS, estiveram em Cruzeiro do Sul no sábado, 20, para auxiliar na limpeza de casas. Mais de 50 pessoas que participam da mobilização. Conforme o coordenador da Defesa Civil de Erechim, Vagner Manica, o grupo saiu às 3h30min e chegou ainda na manhã de sábado ao Vale do Taquari. O trabalho na região, no entanto, não é novidade.

“Nossa região, através da Amau (Associação dos Municípios do Alto Uruguai), organizou ações com maquinários e Erechim deu ênfase a esse grupo que intitulamos de voluntários da Defesa Civil. Adquirimos dois lava-jatos e compramos duas motobombas para auxiliar na limpeza”, destaca.

Manica lembra que, logo após as enchentes de maio, priorizou aten-

Nossa região organizou ações com maquinários e Erechim deu ênfase a esse grupo que intitulamos de voluntários da Defesa Civil. Adquirimos dois lava-jatos e compramos duas motobombas para auxiliar na limpeza”

dimento aos municípios da região do Alto Uruguai, também devastados. Depois, iniciaram uma campanha de arrecadação de donativos, que contemplou 28 municípios de diversas regiões do RS.

“Depois, tomamos a iniciativa de ir para Encantado e Muçum, onde conseguíamos contato com as pessoas. Auxiliamos no trabalho de limpeza das residências. E agora vamos fazer isso em Cruzeiro do Sul”, frisa. A ideia é atender pelo menos 16 casas neste sábado.

EXPANSÃO PELO VALE

São João inaugura primeira farmácia 24h em Teutônia

Esta é a terceira unidade no município. No estado, são mais de 1,1 mil. Em apoio aos gaúchos, rede doou mais de R$ 9 milhões em medicamentos de uso contínuo às famílias atingidas

TEUTÔNIA

Arede de farmácias

São João celebra a inauguração da primeira unidade 24 horas em Teutônia, nessa segunda-feira, 22. Dessa forma, chega a 1,1 mil unidades espalhadas pelo estado. A rede se destaca não apenas pelo alcance geográfico, mas também pelo impacto econômico e social nas comunidades em que opera. O diretor Pedro Brair, compartilha visão sobre o crescimento contínuo da São João. Enfatiza valores como desejo ardente, fé inabalável e esforço extraordinário. Destaca que o sucesso não é apenas uma questão de trabalho árduo, mas também de superação de desafios

constantes. “O trabalho vem antes do sucesso no dicionário”, afirmou Brair, sublinhando a importância de enfrentar adversidades com determinação. Além de compromisso com o crescimento empresarial, as Farmácias São João também demonstraram um forte compromisso social. Em resposta às recentes enchentes que afetaram a região e o estado, a empresa mobilizou esforços significativos para apoiar comunidades atingidas. Mais de R$ 1 milhão em medicamentos de uso contínuo foram doados diariamente, beneficiando mais de 125.830 clientes em 57 municípios. O investimento totalizou mais de R$ 9 milhões, refletindo o compromisso da empresa em ajudar aqueles que mais precisam. Olhando para o futuro, Brair enfatiza a necessidade de adaptação às mudanças do mercado e de permanecer atento às tendências emergentes. “Não é o mais forte nem o mais inteligente que sobrevive, mas aquele que se adapta melhor às mudanças”, ressaltando a importância de estar preparado para os desafios futuros.

Não é o mais
A unidade 24 horas em Teutônia está localizada na rua Três de Outubro, bairro Languiru
ZIQUE NEITZKE

Pratas da Casa leva família e tradicionalismo ao palco

Na noite desta terça-feira, 23, Diego Rodrigues se apresenta com o tema Anos 80, e a filha Pyetra Valentina, de 9 anos, pela categoria kids

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Pai e filha são as atrações do Pratas da Casa desta noite. A partir das 19h, Pyetra Valentina Ribeiro Rodrigues se apresenta pela categoria kids, enquanto Diego Rodrigues e banda se apresentam com a temática Anos 80. O show ocorre na Soges, em Estrela, com transmissão ao vivo por meio de live nas redes sociais do Grupo A Hora e YouTube do Pratas da Casa.

A entrada para a noite de espetáculos é gratuita, com arrecadação de alimentos para o Programa Mesa Brasil do Sesc. A iniciativa é do Grupo A Hora, em parceria com o Sesc Lajeado. Até o fim do ano, serão 10 noites de apresentações. O evento de premiação está programado para 10 de dezembro. Na premiação da categoria adulto, os critérios de avaliação são performance de palco e interpretação, cenário de palco, maior público e voto popular. Já a primeira edição do Pratas da Casa Kids busca revelar talentos mirins, além de estimular o desenvolvimento cultural da região. Para os pequenos, a premiação é destinada de acordo com critérios como afinação, ritmo, interpretação, dicção e fidelidade à letra, e postura. Para os adultos, o repertório homenageia artistas regionais, nacionais ou internacionais.

Em família

Nesta noite, Diego Rodrigues sobe ao palco ao lado dos músicos

Vinícius de Freitas, Cleisson Secco Mezacasa, Lucas da Silva e Ermindio Nunes Soares. Foi a música nativista, gaúcha e regional que uniu esse grupo de amigos que, hoje continua se dedicando ao gênero, com apresentações rodeadas de tradição e cultura. Ao pensar no repertório para o Pratas da Casa especial Anos 80, lembram de clássicos como “Veterano” e “Guri”, músicas

Kids / Anos 80 – Pyetra Valentina / Diego Rodrigues

Data: 23/07

Horário: 19h

Local: Soges, em Estrela

Cronograma de shows

13.08 – Kids / Anos 80 - Grupo Vocal Slan / Guris do Rock

27.08 - Kids / Anos 80 – Gabriel Abichequer Rodrigues / Velho Rock

10.09 – Kids / Anos 80 – Maria

Eduarda / Rebobinados

08.10 – Kids / Kids – Alice Sartori / Jade Zimmer

22.10 - Kids / Kids – Manuela / Igor Zacaria

12.11 – Kids / Anos 80 - Larissa Sartori/ Calibre 12

Sempre escutei as músicas com ele e gostei de cantar”

PYETRA VALENTINA

PARTICIPANTE DA CATEGORIA KIDS E FILHA DE DIEGO RODRIGUES

que marcaram época e ganharam o gosto dos gaúchos. “Nossa proposta de show é essa, trazer músicas de diferentes nomes, que merecem ser relembradas”, diz Diego.

A filha, Pyetra Valentina, também se apresenta ao lado de Freitas, Mezacasa, Silva e Soares. Com apenas 9 anos, a pequena faz sucesso nos palcos. Ela conta sempre ter se inspirado no pai. “Sempre escutei as músicas com ele e gostei de cantar”, afirma. No show desta noite, o repertório inclui músicas nativistas escolhidas por Pyetra. Entre elas, “Vitória Régia”, canção que ela já interpretou no Pratas da Casa 2022, durante a apresentação de Diego Rodrigues.

No tradicionalismo, ela também representou o CTG Raça Gaudéria de Estrela em diferentes rodeios artísticos, sendo premiada diversas vezes entre 2022 e 2023.

O Pratas da Casa tem patrocínio de Airton Corretor de Seguros, Leopoldo 47, Carlota Beauty, GL Ar-condicionado automotivo, Comef, Unikids, Loja Polo, Instituto Mix de Profissões, Ótica e Joalheria Amazonas e Ótica Brasil. Além disso, conta com o apoio de Tigrão Áudio, NaBaia Studio, Escola de Música Josélia Jantsch Ferla, Alfa – Estúdio de Conteúdo e Estratégia, Tecnosom, e apoio cultural de Arruda Advogados, Laboratório Lajeado, Chiquinho e Tutti’s Pizza.

03.12 – Kids / Anos 80 - Luísa

Noll / Trio Lumaju 10.12 - Evento de Premiação

Nossa proposta de show é essa, trazer músicas de diferentes nomes, que merecem ser relembradas”

DIEGO RODRIGUES

PARTICIPANTE DA CATEGORIA ANOS 80

VALE DO TAQUARI
FOTOS DIVULGAÇÃO

Resina usada para selar cartas Antiga situação da Europa no mundo

CRUZADAS

Recongraçar Nenhuma das respostas anteriores (abrev.)

Tumor duro nas articulações dos ossos (Med.)

Amigo, em francês

Índice de Massa Corporal (sigla)

Efeito do sono hipnótico (Med.)

Canadá e EUA, por seus hemisférios

A origem do

Modelo de PC criado pela Apple

Artefato do bilhar

Hora canônica subsequente à sexta

Tancredo Neves, político mineiro

Sair no tapa Lavatório da toalete

Casa noturna de shows musicais

Feito Trabalho árduo

Sol, em inglês Cintura de calças

Mais adiante Coberto de cromo

Auxilia; socorre Fabulista grego Estada

Base da cuba-libre

“(?) Homens e Meio”, série de TV “Deus (?) pague”, expressão popular

Soldado recémincorporado (pop.) Estado da Chapada Diamantina (sigla)

Século (abrev.) Desejo do pacifista

Magoa Carreta ferroviária

Existiram País da Península Árabe

O nervo da vista Feito de latão

Ala dos pacientes em estado grave Identificação do contribuinte (sigla)

Time de futebol alagoano

Homenagem a São Cristóvão

reúne mais de

1,4 mil

veículos durante procissão

HORÓSCOPO

ÁRIES: seu lado criativo e ambicioso tende a crescer e devem surgir boas oportunidades de se destacar, especialmente se você ouvir sua intuição.

TOURO: As amizades também contam com good vibes e você tem tudo para se divertir se conseguir reunir o pessoal.

GÊMEOS: As redes sociais prometem muito fervo e novidades na conquista. O romance ganha mais animação e fica bem sólido.

CÂNCER: A atração física cresce e promete momentos pra lá de animados na intimidade, seja com o mozão ou com um novo crush.

LEÃO: O romance conta com ótimas energias e a paixão vai pegar fogo! Explore seu lado mais sensual se quiser se dar bem na paquera.

VIRGEM: Um flerte com um colega pode empolgar se está só. Já o romance tem tudo para surpreender e um astral mais carinhoso dá o tom nos momentos a dois.

Solução

LIBRA: Romantismo e muito carinho garantem ótimos momentos na vida a dois e na paquera.

ESCORPIÃO: Além de uma dose extra de sorte, você também vai esbanjar magnetismo e arrasar tanto na conquista quanto nos momentos.

SAGITÁRIO: Você e o mozão ficarão mais afinados se investirem no diálogo. Curtir o seu canto e a companhia da família pode ser divertido.

CAPRICÓRNIO: A comunicação também está protegida e tudo indica que você vai se destacar ao expressar suas ideias.

AQUÁRIO: A vida amorosa ganha mais descontração e você tem tudo para curtir bons momentos com o par.

PEIXES: Se tem um crush em vista, é melhor manter isso em segredo para evitar os invejosos de plantão, que podem jogar areia nos seus planos.

Dia do colono e motorista, marcado pelo 25 de julho, foi comemorado no domingo, 21

LAJEADO

Para marcar o dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, mais de 1,4 mil veículos foram às ruas de Lajeado nesse domingo, 21. A 56ª Festa dos Motoristas da Paróquia São Cristóvão foi celebrada com fé e homenagens. Contou com a presença do bispo Dom Aloísio Dilli, que está encerrando sua trajetória à frente da Diocese de Santa Cruz do Sul, e fez a benção ao veículo que carregou a imagem do padroeiro. A procissão motorizada iniciou às 9h, logo após a missa. Caminhões e veículos percorreram a avenida Alberto Pasqualini até o entroncamento com a Benjamin Constant. O trajeto seguiu pelas ruas Silva Jardim, Marechal Deodoro, Bento Gonçalves, Bento Rosa, 17 de Dezembro e pelas avenidas Parque do Imigrante e Alberto Müller, até chegar na Univates, onde ocorreu a benção aos motoristas.

O caminhoneiro Denilson Lopes, que participa pela primeira vez como motorista, manifestou sua emoção, “estou aqui firme e forte, realizando um sonho da profissão. Desejo continuar prestigiando por mais anos”.

Outro motorista, Juliano Morais, destacou a importância do evento. “Para mim, é satisfatório e essencial participar da festividade, porque trabalho com caminhão desde garoto”.

Mais de 30 voluntário

Este ano, foram preparados 700 kg de carne, além de acompanhamentos. Mais de 30 voluntários são responsáveis pelos almoços. Entre os participantes, estava Luiz Carvalho, que auxilia na organização da festa há 42 anos. A motivação vem da profunda devoção a São Cristóvão. “Tenho muita gratidão pelo nosso santo”. Ele considera que o que mobiliza tantas pessoas a se voluntariarem é a forte união que transcende a organização e se estende para a vida pessoal. “Este evento cria uma comunidade. As pessoas começam a se apegar. Daqui, saem amigos, casais, grupos e liderança”, finaliza o voluntário.

Pelo Vale

Nesse domingo, o dia do padroeiro também foi celebrado em Arvorezinha, na comunidade de Pinhal Queimado, em Boqueirão do Leão, com a 41ª edição da festa na comunidade de Linha DataBoqueirão Leão, na Comunidade Católica São Cristóvão, em Imigrante, além de Fazenda Vilanova, Teutônia e Estrela.

Próximos dias

Travesseiro

A data é celebrada no dia 25, na comunidade de Três Saltos Altos. Programação inicia pela manhã, com missa e almoço.

Santa Clara do Sul Celebração no dia 3 de agosto, na comunidade de Nova Santa Cruz.

Colinas

Organizada pela prefeitura e entidades locais, a festa será celebrada no dia 25. A programação inicia às 8h, com café colonial no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colinas. Às 10h, ocorre o desfile temático com tratores, caminhões e alegorias, com saída em frente ao STR. Às 11h, ocorre a acolhida religiosa seguida de brincadeiras. O almoço é servido às 12h e a programação segue com sorteio, escolha dos casais melhor caracterizados, tratores mais enfeitados, entre outras atrações.

As festividades continuam nesta semana, com festa no dia de São Cristóvão, 25. A data é feriado religioso em alguns municípios.

Trajeto pelas ruas de Lajeado foi marcado pela bênção aos veículos, fé e homenagens
DIVULGAÇÃO

OBITUÁRIO

RONALD TRAPP , 61, faleceu ontem, 22. O velório ocorre na Capela Mortuária de Arroio da Seca, em Imigrante. Os atos fúnebres ocorrem hoje, 23, às 10h, no crematório regional Memorial Organização Kist, em Venâncio Aires.

CARLOS ALBERTO PEREIRA DA SILVA , 74, faleceu ontem, 22. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Bom Retiro do Sul.

LUÍS PETRY , 65, faleceu ontem, 22. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Bela Vista, em Arroio do Meio.

ELIRIO LORENZ , 83, faleceu ontem, 22. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico do Florestal, em Lajeado.

ANELI LANDMEIER WEBER, 61, faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Linha Clara, em Teutônia.

JOSÉ VALDIR AMORIN , 69, faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Roca Sales.

IRINEU ULLRICH , 71, faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Linha Ano Bom Baixo, em Colinas.

WENILDA MÜLLER KALKMANN, 85, faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico Paz do Bairro Teutônia, em Teutônia.

MANOEL JOSÉ MARQUES DE ALMEIDA , 92, faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Júlio de Castilhos, em Taquari.

PEDRO AUGUSTO DE VARGAS, 26 , faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Faxinal dos Pachecos, em Tabaí.

MAURÍCIO CARVALHO LEITE, 77, faleceu no domingo, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.

OLAVO NICOLAI , 84, faleceu no sábado, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Conventos.

AURI DREIFKE , 68, faleceu no sábado, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal do Florestal, em Lajeado.

MARLENE SCHAFFER , 74, faleceu no sábado, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico do bairro Alesgut, em Teutônia.

LUCIA TREVISOL CAPOANI, 89, faleceu no sábado, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Sério.

JOSÉ ARNO KEHL , 77, faleceu no sábado, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Arroio Grande Central, em Arroio do Meio.

COPA SUL-AMERICANA

INTER DESAFIA

TABUS PARA MANTER

SONHO DE TÍTULO

Competição continental é a última chance do Colorado conseguir um título no ano. Jogo de volta contra o Rosario Central ocorre hoje à noite, com transmissão da Rádio A Hora

Caetano Pretto

caetano@grupoahora.net.br

Achance do Internacional ainda salvar a temporada passa pela noite de hoje. Eliminado no Gauchão e na Copa do Brasil, e distante 20 pontos do líder no Brasileirão, restou ao clube sonhar com o título da Copa Sul-Americana. Em desvantagem após perder a ida por 1 a 0 na Argentina, o Colorado recebe o Rosario Central, às 21h30min, precisando reverter o placar. A Rádio A Hora transmite o confronto.

Para conseguir avançar às oitavas de final da Sul-Americana, o Inter precisa quebrar uma série de tabus. Retrospectos negativos

desta e das últimas temporadas.

Como perdeu por 1 a 0, o Inter precisa vencer por um gol de diferença para ir aos pênaltis, ou por dois gols de diferença para classificar de forma direta. Ao Rosario, qualquer vitória ou empate bastam.

O primeiro tabu a ser quebrado para classificar é o de vitórias. O Inter que entra em campo hoje não vence há oito jogos. São cinco derrotas e três empates desde o último triunfo, no GreNal 442, disputado no dia 22 de junho, mais de um mês atrás.

A sequência negativa passou pela queda na Copa do Brasil e também rendeu a demissão de Eduardo Coudet.

Roger Machado assumiu o time

antes do jogo contra o Botafogo e teve pouco tempo para treinar a equipe. Com o pouco tempo que teve para instruir os atletas, o treinador precisa melhorar um quesito para superar outro tabu: o da falta de gols. O Inter não faz mais de um gol em uma partida desde o dia 4 de junho, quando venceu o Real Tomayapo por 2 a 0. São 13 jogos desde então com apenas um gol marcado no máximo.

Além de precisar voltar a vencer e a marcar gols, o Colorado precisa acabar com um terceiro retrospecto negativo. O de eliminações sem vencer no Beira-Rio. Foi assim nas duas eliminações deste ano, quando empatou com o Juventude no Gauchão e perdeu para o mesmo time na Copa do Brasil.

Se colocar em parâmetros apenas as eliminações dentro do próprio estádio, o Inter conta com sete fracassos no Beira-Rio desde 2021.

Roger assumiu o Inter e teve pouco tempo para treinar a equipe. No segundo jogo, um teste de fogo contra o Rosario Central pela Sul-Americana

MUDANÇAS NO TIME

Para superar todos estes traumas, o técnico Roger Machado tem notícias positivas. Retornam ao time titulares importantes como o lateral Bustos, o meia Alan Patrick e o atacante Valencia. Com isso, pela segunda vez no ano o Inter terá desde o início da partida um ataque formado por Borré e Valencia.

O provável time titular tem: Rochet; Bustos, Mercado, Robert Renan (Igor Gomes) e Renê; Bruno Gomes, Bruno Henrique, Alan Patrick e Wesley; Valencia e Borré.

TABUS A SEREM QUEBRADOS

Vitórias

- Inter não vence há oito jogos, desde o dia 22 de junho, quando superou o Grêmio no Gre-Nal 442

Gols

- Inter não faz dois ou mais gols desde a vitória por 2 a 0 sobre o Real Tomayapo, no dia 4 de junho. São 13 jogos com no máximo um gol marcado

Beira-Rio

- Clube acumula eliminações sem vencer no Beira-Rio. Este ano empatou com o Juventude na semifinal do Gauchão e perdeu para o mesmo Juventude na Copa do Brasil

BEIRA-RIO LOTADO

Precisando reverter a derrota sofrida no duelo de ida, na Argentina, o clube organizou uma promoção onde o sócio terá acesso gratuito às áreas livres do estádio mediante realização de check-in. Assim, a projeção do Inter para o confronto é de 40 mil torcedores no Beira-Rio.

ROSARIO EMBALADO

Eliminado na fase de grupos da Libertadores e da Copa Argentina e mal no Campeonato Argentino, o Rosario Central também tem na Copa Sul-Americana a esperança de título na temporada. Priorizando o torneio continental, o técnico Miguel Ángel Russo usou uma equipe toda reserva no Campeonato Argentino, e mesmo assim venceu o Sarmiento por 4 a 2, na última sexta-feira. A tendência é de que o treinador repita no Beira-Rio a escalação da vitória sobre o Inter em Rosário, na semana passada: Broun; Coronel, Mallo, Quintana e Sández; Lovera, Ibarra (Jonatan Gómez), Martínez e Campaz; Copetti e Marco Rubén.

RICARDO DUARTE

FUTEBOL AMADOR

ASLIVATA DEFINE GRUPOS E DISPUTA DO REGIONAL INICIA EM AGOSTO

Com 13 times inscritos, maior competição da região acerta critérios com dirigentes

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Com 13 clubes de 11 cidades dos vales do Taquari, Rio Pardo e Serra Gaúcha, o Regional Aslivata –Copa Certel/Sicredi inicia no dia 18 de agosto. No encontro desse sábado, 20, foram definidos fórmula de disputa, sorteio dos grupos, critérios de desempate, calendário e arbitragem.

Os clubes foram divididos em duas chaves, uma de sete equipes e outra de seis. Cada time joga três partidas em casa e três fora. Os quatro primeiros passam para as quartas de final.

A definição dos jogos eliminatórios será por ranqueamento, o de melhor campanha enfrenta o de pior e assim segue até a final. A primeira rodada será divulgada até o começo de agosto.

Na primeira fase, o valor do ingresso será de R$ 10. No mata-mata, o valor será discutido entre os clubes.

Na fase eliminatória, após dois empates a definição do classificado será nos pênaltis. Discutido na primeira reunião, a inscrição de atleta profissional voltou à pauta. Ficou decidido que cada equipe pode inscrever um atleta por equipe. Ele apenas não pode ter assinado súmula até o dia 31 de julho. Outra mudança sugerida, foi

o acréscimo de mais dois atletas na categoria aspirante, desde que eles sejam sub-15. Todos podem assinar a súmula de jogo. Como em 2023, as praças de esportes serão avaliadas no mata-mata. Caso a Aslivata achar que o clube não tem condições de receber os jogos, será definida uma nova sede.

Grupos

Grupo A: Minuano e Nova Berlim (Canudos do Vale), Juventude (Guaporé), Estudiantes (Lajeado), EC Poço das Antas (Poço das Antas), Canabarrense (Teutônia) e 7 de Setembro (Capitão)

Grupo B: Taquariense e Juventude (Taquari), Serrano (Encantado), Tiradentes (Nova Bréscia), Juventude (Westfália) e 11 Unidos (Venâncio Aires)

Agenda

1ª Rodada – 18 de agosto Estudiantes x Nova Berlim 1ª Rodada – 25 de agosto Tiradentes x Taquariense Onze Unidos x Juventude (Taquari) Juventude (Westfália) x Serrano Os demais jogos serão definidos ao longo da semana

O lançamento da competição será no dia 15 de agosto, na sede do Sicredi Integração, em Lajeado.

Reunião com as principais definições ocorreu no sábado, na sede da Aslivata
ZIQUE NEITZKE

União Campestre vencia a Copa Sampaio

ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

Capitão

Menudo recebeu o troféu de campeão do presidente da LIsafa, Volnei

A equipe do União Campestre, de Lajeado, se consagrava campeã na Copa Integração Vale do Sampaio, promovida pela Liga Santaclarense de Futebol Amador (Lisafa). A final foi disputada contra o SER São Cristóvão, de Lajeado, que perdeu de um a zero. O gol da vitória foi feito por Diego Emmer, da União.

Novo pedágio não impedia desvios

A concessionária da época, a Univias, fazia o deslocamento da praça de pedágio da RSC-453 em Cruzeiro do Sul para evitar desvios dos motoristas que não queriam pagar a tarifa de R$ 4,40. Na antiga praça, o desvio era feito pela comunidade de Boa Esperança. No novo local, os motoristas seguiam por um trecho de sete quilômetros de estrada de chão, na comunidade 25 de Julho e Picada Aurora.

Festa do Colono em Mato Leitão

A 10ª Festa Municipal do Colono Imigrante movimentava o município de Mato Leitão. O evento ocorria na localidade de Boa Esperança Alta, em Mato Leitão, e a expectativa era reunir em torno de cinco mil pessoas nos dias de festa. Na época, a Garota Imigrante era Rosana Ellen Reiter, e as princesas Marcela Machry e Graciela Kerber. Na festa, os visitantes poderiam adquirir produtos coloniais e artesanatos. Além disso, estava programado um desfile de carros alegóricos, brinquedos para as crianças, além de apresentações culturais e shows.

Nova diretoria para a União de Clubes de Mães

Uma assembleia geral elegia a nova diretoria da instituição, na sede da União Lajeadense de Clubes de Mães. Em 1974, a eleita foi Geni Arruda, e para vicepresidente, Sueli Durayski. Na

ocasião, Geni renunciou ao cargo e ficou como vice, enquanto Sueli assumiu a presidência.

A UCLM foi criada em 1972 e reunia clubes de todos os distritos de Lajeado, naquela época, eram

cerca de 95 clubes, com senhoras de Forquetinha, Boqueirão do Leão, Sério, Fão, Canudos do Vale, Campo Branco, Marques de Souza, Progresso e Santa Clara do Sul. A primeira reunião da ULCM

ocorreu em uma sala da Ação Social Municipal de Lajeado (hoje Secretaria de Assistência Social) e a primeira presidente eleita foi Marilda Eckert e, como vicepresidente, Neusa Ficht.

Hoje é
Dia do Guarda Rodoviário Santo do dia Santa Brígida
Koccham
A Corte e a organização do evento

LUCIANE FERREIRA

COLUNA DO MUSEU

por

Os museus e o preconceito Apagão cibernético e apagão ambiental

Na última sexta-feira, o apagão cibernético tornou-se um pesadelo no mundo digital. “Impactou sistemas operacionais de empresas e serviços de diversos países, incluindo companhias aéreas, bancos, hospitais e canais de mídia”, publicou a Agência Brasil. Aproveitando-se da situação, criminosos usaram o apagão como isca para aplicar golpes na internet, coletando dados confidenciais de pessoas e empresas. Diante do episódio, surgiram medidas de combate e prevenção – até no Legislativo Federal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autor do projeto que regulamenta a inteligência artificial no Brasil (PL 2.338/2023), pediu que o país aprove uma legislação para o setor.

O que tem a ver o apagão cibernético com o meio ambiente? Simples. Estamos vivenciando uma espécie de apagão ambiental. Desmatamento, emissão de gases de efeito estufa, má gestão das águas são “ataques” ao ambiente natural. Entre as consequências, o aquecimento global e os reflexos desta condição. A diferença entre o cibernético e o ambiental é que o segundo é tratado sem urgência pelos governos e até pelos cidadãos - embora que os especialistas mostrem a gravidade e apontem correções.

Exemplo positivo

Exposição

Olha que antigo! Deveria estar no museu. Tenho muita idade: “posso virar peça” de museu! Quem gosta de coisa velha é museu! Estas afirmações que emergem do senso comum dão a dimensão de o quanto ainda falta, em muitos contextos, incluindo a nossa região, para a construção de uma ideia clara da função dos museus. Não menos nefasta é a redução dos museus à lógica dos shoppings centers e galerias onde a pirotecnia das Tecnologias de Informação e Comunicação devem largar tudo “mastigado” para o visitante, demandando pouco de sua atenção durante a imersão em uma exposição. Em tempos de reconstrução é preciso reconstruir também a concepção de museu e sua função contemporânea. Romper com os preconceitos acima descritos é condição para que estes lugares de memória se posicionem na cena cultural de cada município.

São muitos os fatores que levam à construção distorcida da concepção de museu. A abordagem positivista da história e o ufanismo pode inclinar, inclusive gestores, ao preservacionismo sem qualquer orientação no que concerne à gestão específica de acervos e coleções. Personalidades, que se dizem ou que se supõe gozar de determinado prestígio podem vir a descartar objetos nos museus numa espécie de reivindicação de imortalidade.

O Dia D Descarte, em Estrela, no último sábado, superou a edição de março na quantidade de resíduos especiais descartados pela comunidade. A ação ocorreu na Praça Menna Barreto, em sistema drive thru. “Sempre temos uma expectativa positiva referente ao evento. Em toda edição buscamos aderir novos participantes e conscientizar ainda mais a população sobre a destinação adequada destes resíduos. Esta edição ficou acima da expectativa, a grande maioria dos itens foram em mais

quantidade que a de março”, destaca a coordenadora da Sala Verde, Luana Hermes.

Os números

No sábado foram descartados corretamente 25 litros de óleo de cozinha, 600 kg eletroeletrônicos, pilhas e baterias, 210 kg de vidro, 80,9 kg de lâmpadas (cerca de 400 unidades). Em março foram entregues 40 litros de óleo, 300 kg de eletrônicos e pilhas, 70 kg de vidro e 300 unidades de lâmpadas.

O Museu de Ciências da Univates, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul, promove a exposição “O Clima Está Mudando, E Você?”. A mostra apresenta informações e reflexões sobre a produção excessiva de dióxido de carbono, os problemas causados pelos gases do efeito estufa na atmosfera e como as mudanças climáticas podem estar influenciando a incidência de fenômenos meteorológicos extremos. A visitação está aberta até amanhã.

Escola das Águas

A Escola das Águas, projeto lançado em março, durante a ação Viva o Taquari-Antas Vivo, está com inscrições abertas. Representantes de municípios, empresas e interessados em participar do projeto podem entrar em contato pelo e-mail parceirosvoluntarios@acilajeado.org. br ou pelo telefone (51) 3011-6900. A Escola das Águas do Vale do Taquari surge como uma resposta à necessidade de proteger os recursos hídricos da região. O espaço da Escola das Águas fica próximo ao Parque Ney Arruda, em Lajeado. Lá serão sediadas oficinas, palestras e debates sobre a importância das águas. O trabalho será desenvolvido por voluntários e direcionado aos jovens e crianças.

No contexto de redemocratização do Brasil na década de 1980, conectado àquele episódio ou não, houve um surto de concepção de supostos museus, com repercussão também no Vale do Taquari. As campanhas de captação de peças para compor acervo foram feitas sem obedecer processo de catalogação nenhum, quanto mais conceber-se o tratamento adequado no que concerne à preservação e à comunicação do discurso destes acervos. Restaram prédios antigos com objetos amontoados sem ninguém para gerir. Para fins burocráticos, os museus recebem a caracterização de equipamentos culturais, assim como os teatros, cinemas, bibliotecas, arquivos, galerias, espaços polivalentes, salas de concerto, dentre outros. Estes lugares são conceituados legalmente e demandam ações específicas para que funcionem tecnicamente. A definição legislativa serve, entre outras coisas, para prover-lhes os recursos necessários. A perspectiva técnica os encaminha para o seu destino e finalidade.

Desde que a espécie humana desenvolveu um conjunto de tecnologias que permitiu a fixação no espaço, a forma como esta relação se deu mudou muito de grupo para grupo. As variáveis ambientais também passaram a influenciar e a impactar nas convenções que seguem gradativamente, contudo, não naturalmente. Quando se concebe um museu o auxílio à construção de tal percepção deve ser transversal.

Eis, então, mais um cuidado necessário: o que pensamos ao nos depararmos com um objeto que tem uma “cadeia operatória”, ou seja, um conjunto de procedimentos que desencadeiam outros até a satisfação de uma dada necessidade. É, portanto, salutar perceber que por não serem regidas por leis naturais imutáveis, as relações humanas no e com o espaço, não são unidirecionais e inegociáveis. Isso caracteriza o que possa vir a ser cultural.Os questionamentos possíveis diante de uma estrutura arquitetônica, uma chaleira, uma mesa, um caderno ou qualquer outro objeto investido na coleção de uma instituição de memória devem superar aquilo que parece pré-estabelecido. Para que serve uma chaleira? Para aquecer água. Mas só isso? Para que aquecer água?! E antes do fogo como se resolvia as coisas que se resolvem com água quente?

São essas sutilezas que encaminham a alfabetização do olhar para tudo o que é possível se aprender com os acervos dos ditos “equipamentos”, mas que só se revestem de tais potencialidades se concebidos como culturais e, portanto, plurais na forma de ser e compor o mundo.

Portanto, museu não precisa bater meta na quantificação de visitantes ou simplesmente guardar “coisas velhas” precisa ser um lugar de responder algumas perguntas e suscitar a formulação de muitas outras.

Terça-feira, 23 julho 2024

Fechamento da edição: 17h

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