Mais uma conquista
Medical San, de Estrela, é vencedora do 2º Prêmio Nacional de Inovação Estética.
Artigo publicado em 2020 mostra que pouco se aprendeu com a cheia daquele ano.
IMPACTADOS PELA CHEIA
OPINIÃO | RAICA FRANZ WEISS
Percurso de 140 quilômetros Há 20 anos, 3ª Cavalgada da Integração movimentava tradicionalistas do Vale.
Representantes de associações e entidades empresariais do Vale do Taquari participaram de reunião ontem à tarde, em Porto Alegre. Secretário de Desenvolvimento Econômico recebe demandas e busca, junto ao BNDES, linhas de crédito emergenciais para socorrer empresas.
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VALE DO TAQUARI
Prejuízo na Beira Rio e no mercado STR pode superar R$ 35 milhões. Empresas preparam reabertura. JBS Seara anuncia permanência da unidade em Roca Sales.
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REGIÃO EM LUTO
O registro mais recente de vítimas é de duas crianças, ainda sem a identidade confirmada. Pelo menos 36 corpos foram identificados até agora.
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ALCKMIN NO VALE
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Aenchente devastadora deixou pelo menos 45 mortos e dezenas de desaparecidos no Vale do Taquari. Além disso, o impacto econômico já supera a faixa de R$ 1,2 bilhão na microrregião alta. Diante deste cenário, a força de voluntários e a solidariedade resultam em motivação para recomeçar.
Apesar de estruturas destruídas e prejuízos milionários, investidores asseguram manter seus empreendimentos e retomar as atividades o quanto antes. Gesto esse, essencial para garantir emprego e renda às famílias neste momento tão difícil.
Aenchentequeassolou oValedoTaquaritrouxe muitadestruição. Mas também revelou heróisque,mesmona simplicidade,arriscaram suasvidasparasalvar tantas outras. No bairro Conservas,emLajeado, Anderson Alves, 30, é um desses heróis. Conhecido como Andrinho, ou Drinho, o morador da localidade deixouospoucosmóveis quetinhapararesgataros vizinhosquegritavamdos telhadospedindoajuda. Com um caico, salvou crianças,adultosefamílias inteirasatingidaspela cheia.Maisde40pessoas foramsalvas.Aforça,diz ele, veio de Deus.
A determinação em recomeçar também depende do apoio dos governos. A promessa de R$ 741 milhões por parte da União e os aportes do Estado precisam de fato chegar aos que mais precisam. E acima de tudo, ainda é preciso mais.
Se espera que nos próximos dias esse socorro seja ampliado. Ainda há muitas demandas e muito trabalho para recuperar as estruturas públicas e da iniciativa privada. Anúncios importantes no dia de ontem, a exemplo da retomada da produção na Beira Rio em no máximo 60 dias, a reconstrução do supermercado do STR e a permanência da unidade da JBS são essenciais para sustentar esse potencial produtivo.
Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS
O que te fez pegar o caico e começar a salvar as pessoas naquele cenário do bairro?
Foi um grito da população. Todo mundo falou: óh, pega o caico, vai, salva, ajuda. Tinha um monte de gente gritando do telhado, pedindo para salvar
cachorro, pedindo para salvar galinha. O mérito é de todo mundo. As pessoas gritavam: “Eu, minhas crianças aqui!”.
Teve medo em algum momento em que estava no caico? Porque a água tinha bastante correnteza.
Eu acho que foi Deus. Eu não sei nem explicar, foi Deus, eu só pedi, me ajuda, e é isso aí. Não tem, foi Deus. Eu só tive a missão de comandar. Quem deu força, quem deu fé, quem deu ajuda, foi tudo Ele. Se não fosse Ele, não ia dar nada daquilo certo. Não ia ter essas famílias. Não ia ter. Se não fosse a
força de Deus. Eu só comandei. Não ia ter ninguém.
Quantas pessoas chegou a salvar durante a enchente? Os vizinhos já estavam nos telhados das casas?
Sim. Por cima, umas 40 pessoas. Muitas crianças. As pessoas pediam socorro e eu dizia, vamos com Deus. Peguei primeiro as crianças, os nenezinhos. Acabei salvando muitas famílias.
Deixou seus próprios móveis para ajudar outras pessoas. Então hoje, precisa de alguma ajuda?
Eu vivia em uma casinha que também foi levada. Todos aqui estão precisando. Quem puder doar móveis, roupas, ajudar todos nós do bairro Conservas, será bem-vindo.
Em vídeo gravado durante os resgates, Andrinho diz:
Deus fez o mundo de tal forma, que o ser humano não consegue entender. Então ame mais, se doe mais. Se tu puder fazer alguma coisa pelo outro, faça. Sabe por quê? A vida é tão curta.
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Estado abre inscrições para Programa Rural
Programa Bolsa Juventude Rural é destinado a estudantes entre 15 e 29 anos, do ensino médio.
Ao todo serão ofertadas 207 bolsas no valor de R$ 300 mensais cada. As inscrições seguem abertas até dia 6 de outubro. Edital completo no site do governo do estado.
Investigação de Cid entra em nova fase
Após homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, a Polícia Federal (PF) entra em uma nova fase de investigação. Os agentes devem checar tudo que foi passado por Cid, além de recolher todos os elementos que contribuam para as informações.
Morre cientista que clonou ovelha Dolly
Governo libera recursos à educação infantil
Ministério da Educação publicou em Diário O cial, liberação de mais de R$ 95 milhões para novas matrículas em creches, escolas públicas e instituições conveniadas com o poder público. Entre os municípios bene ciados está o RS. Lista completa no portal do Gov.
Apesar de estruturas destruídas e prejuízos milionários, investidores asseguram manter seus empreendimentos e retomar as atividades o quanto antes”
Destinação da verba foi anunciada pelo presidente em exercício durante passagem pela região nesse domingo. Primeiros
R$ 7,4 milhões são repassados para ações emergenciais
das Defesas Civis
Em meio ao processo de reconstrução das cidades atingidas pela maior tragédia natural da história do RS, a comitiva federal liderada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, confirmou a destinação de R$ 741 milhões ao estado. Parte desta verba virá para o Vale do Taquari, região mais afetada. Mais recursos devem ser anunciados nos próximos dias. Entre os investimentos a serem executados, estão a construção de moradias, municípios e postos de saúde, além da aquisição de alimentos e custeio de helicópteros, embarcações e homens do Exército. Outro anúncio importante foi a prorrogação do pagamento de impostos para a Receita Federal e Simples Nacional, com objetivo de socorrer as empresas mais atingidas.
Segundo Alckmin, existem três desafios a serem superados na região. “O primeiro era salvar vidas; buscar pessoas. Continua o trabalho hospitalar, de saúde. O segundo é reconstruir as cidades. Visitamos vários municípios. É impressionante a violência das águas. A terceira é a economia. Salvar o emprego. Recuperar a economia. Encaminhar projetos”, listou.
Antes da coletiva de imprensa na Univates, ocorrida na tarde desse domingo, 10, Alckmin se reuniu com prefeitos e também com empresários da região. Reivindicações dos municípios e também do setor produtivo foram entregues ao governo federal.
- 20 mil cestas básicas ao Vale, sendo que 5 mil foram entregues neste domingo;
- R$ 800 por pessoa atingida, pagos às prefeituras. Valor será depositado em duas parcelas;
- Antecipação do pagamento do Bolsa Família para o próximo dia 18;
- Antecipação do BPC para 29 de setembro e possibilidade de empréstimo de um salário mínimo, com pagamento em 36 vezes sem juros;
- Saque de até R$ 6,2 mil do FGTS, para trabalhadores que têm saldo;
- Kits com medicamento para 1,5 mil pessoas, por 30 dias;
- R$ 125 milhões para a compra de alimentos, pelo
- R$ 1 bilhão em linhas especiais de crédito do Banrisul;
- R$ 20 milhões em repasses extraordinários à saúde;
Programa de Aquisição de Alimentos, favorecimento da agricultura familiar;
- Prorrogação do pagamento de impostos para a Receita Federal e Simples Nacional por 90 dias;
- Reconstrução das UBS e postos de saúde atingidos pela enchente;
- R$ 26 milhões para operação do Ministério da Defesa, com custeio de helicópteros e embarcações e homens do Exército;
- R$ 57,4 milhões do Ministério das Cidades, para reconstrução de moradias;
- R$ 185 milhões do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, para reconstrução urbana dos municípios.
- R$ 300 milhões via Pronaf para nanciamento de tratores, construção, reformas, máquinas, implementos, entre outros;
- Linha de crédito especial, com R$ 100 milhões em operações para construção e reforma das casas;
- Nova etapa do Volta por Cima, garantindo recursos para famílias atingidas pela cheia;
- Mutirão do IGP para refazer carteiras de identidade perdidas;
- Antecipação do valor às prefeituras que seriam repassados até 2025 pela compensação de perdas com a redução do ICMS dos combustíveis;
- Criação de um QG no Vale do Taquari, coordenado pelo vice-governador Gabriel Souza, que vai transferir seu gabinete para Encantado por tempo indeterminado.
As medidas são referenciadas por autoridades regionais. Mas ainda são consideradas insuficientes, visto que os prejuízos no Vale, segundo estimativas, passam da ordem do bilhão. Em Muçum, o prefeito Mateus Trojan encaminhou um ofício com uma série de pedidos a Alckmin, e ouviu a sinalização positiva de que haverá comprometimento total na reconstrução.
“Esperamos que o governo federal atenda nossas demandas. Apresentamos as pautas de forma subjetiva, mas, para entenderem o que mais nos angustia e o que não deslumbramos resultados. Num cenário de catástrofe, precisamos de praticamente tudo. Ou nos dão esse suporte, ou não vamos conseguir superar esse momento”, salienta.
O prefeito de Roca Sales foi o primeiro a conversar com Alckmin, quando este passou pelo município. “Ele deixou claro que o governo federal irá, sim, nos ajudar. Se impressionou muito com o que está acontecendo aqui. Então, isso nos conforta, nos dá mais ânimo para trabalhar e reconstruir essa cidade.
Já no domingo, 10, iniciou a liberação dos primeiros recursos federais ao Vale do Taquari. Tratamse dos R$ 5,8 milhões voltados às ações em Defesa Civil. Outros R$ 1,6 milhão foram liberados ontem, segundo o secretário de Comunicação Institucional do governo federal, Maneco Hassen.
“Podem ser às ações de diferentes tipos, como aquisição de cestas básicas, de produtos de limpeza, ou para parar aluguel de maquinário, de caminhão-pipa e custeio de combustível. Em resumo, tudo o que envolve ações de urgência”, esclarece.
Maneco reforça que mantém contato constante com os prefeitos da região e acredita na liberação de mais verba às cidades. “É evidente que as áreas mais atingidas estão na nossa região e na subida da Serra. Na proporção, vão receber muito mais. A gente sabe que ainda é insuficiente, mas estamos num trabalho longo e certamente vai vir um pacote além do que já foi anunciado”.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
“Na quinta-feira passada, em meio a pior enchente dos últimos anos na região, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul completou 50 anos de fundação. No Vale do Taquari, porém, não houve celebração. As minguadas equipes estavam exaustas e poucos lembraram a importante data. Muitos servidores não dormiram entre quarta e sexta-feira. Em Estrela, um dos responsáveis sofreu com a hipoglicemia. Diante deste quadro, é essencial debater, aprimorar e melhor acompanhar o sistema no âmbito municipal.
A enchente da semana passada nos expôs ao caos. E comprovou que nossos sistemas de alerta e monitoramento avançaram, sim, mas ainda estão aquém da expectativa e da necessidade do cidadão. Acima de tudo, os mecanismos não são
infalíveis. Foi a maior enchente em 64 anos. E mesmo com todos os recentes avanços, e mesmo com toda a tecnologia e a nossa expertise regional, as seis décadas foram insuficientes para nos protegermos de forma mais adequada contra as cheias do Rio Taquari. E essa insegurança também passa pelo desprezo à Defesa Civil.
Até poucos anos atrás, o serviço da Defesa Civil era praticamente um trabalho voluntário no âmbito municipal. Ainda hoje, muitos prefeitos optam pela nomeação de correligionários em detrimento aos profissionais técnicos ou especializados na área – em alguns casos, vice-prefeitos ou secretários incorporam o cargo. O mesmo costuma ocorrer no Setor de Trânsito. Nos últimos pleitos, a maioria dos candidatos não fez questão alguma de debater sobre o tema, mesmo quando provocados. Ora por desconhecimento, ora por desprezo, mesmo.
Não é essa a causa da tragédia.
Foi um evento atípico, eu sei. Mas em nada ajuda descuidar do sistema. Com equipe reduzidíssima, e muitas vezes sem pessoas técnicas ou especializadas no comando, o sistema sofreu para receber, decifrar e retransmitir informações. Com equipe reduzidíssima, e muitas vezes sem pessoas especializadas no comando, o sistema não teve capacidade para cumprir à risca e a pleno os planos de contingência. À míngua, a Defesa Civil municipal fez o que pode diante das escolhas de quem a controla. Que sirva de lição!”
O texto acima está entre aspas por um motivo muito simples. Apesar da foto atual, o artigo foi publicado em julho de 2020, logo após a enchente que atingiu a cota de 27,39 metros em Lajeado. E eu achei pertinente republicá-lo. Aliás, eu poderia resgatar textos de outras enchentes, inundações e enxurradas registradas no Vale do Taquari. Não com o objetivo de apontar culpados, é claro. Mas, sim, com o intuito de reforçar a necessidade de subestimar menos os riscos e investir cada vez mais na Defesa Civil - municipal ou regional - e nas ferramentas de monitoramento dos rios e arroios.
Além da Calçados Beira Rio, a unidade da JBS também anuncia a permanência da estrutura e a retomada em breve das atividades no município de Roca Sales. Ontem, o diretor da empresa de calçados,
Roberto Argenta, participou do programa Frente e Verso e afirmou que, apesar do prejuízo próximo a R$ 40 milhões, os serviços reiniciam em aproximadamente 60 dias. Já o frigorífico deve reiniciar
a produção de forma gradual e a partir da próxima semana. E um dado importante. Só nestes dois empreendimentos, podemos calcular mais de três mil empregos diretos e indiretos.
- Só uma curiosidade. Na manhã de domingo, Marcelo Caumo (PP) não recepcionou o presidente em exercício no desembarque em Lajeado, no campo da Univates. E eu explico. O gestor lajeadense foi inicialmente barrado por falta de comunicação. Após diálogos, ele garantiu acesso, mas não conseguiu liberação à vice-prefeita. Decidiu ir embora. Por fim, o necessário aperto de mão entre Caumo e Alckmin só ocorreu durante a coletiva de imprensa, à tarde. E ficou tudo em paz.
- Na enchente de julho de 2020, muitos lembram, o saudoso colega Adriano Mazzarino (in memorian) foi literalmente censurado no Facebook após gravar um vídeo/protesto em cima da ponte do Rio Taquari, entre Lajeado e Estrela. Na ocasião, ele cobrava de forma veemente a presença do então Ministro da Cidadania do governo de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni.
- Além de manter viva a ousadia e a coragem do saudoso jornalista Adriano Mazzarino, a lembrança acima tem um propósito bem específico: refrescar a memória de quem insiste em politizar a maior catástrofe da história do Vale do Taquari, e botar uma pá de cal neste assunto.
- Em tempo. O anúncio de R$ 741 milhões para todas as mais de 80 cidades gaúchas atingidas pelo ciclone é um alento e tanto. Mas é pouco ao Vale do Taquari. O nosso prejuízo é de bilhões. Aguardemos!
- Menos mal que uma parte do Palácio Piratini se instalou em Encantado. A presença do vice-governador Gabriel Souza na região será muito importante para acelerar a vinda dos recursos.
Não era o presidente titular, todos sabem. E o peso de Geraldo Alckmin (PSB) é muito menor do que o peso de Lula (PT). Mas, e isso é uma opinião compartilhada entre determinados agentes públicos e privados do Vale do Taquari, talvez tenha sido bem melhor assim. Mesmo distante da região, Lula foi hostilizado por muitos internautas em comentários diversos nas redes sociais. Por óbvio, tais críticas – e eu não quero entrar no mérito das críticas – seriam potencializadas caso o presidente petista visitasse pessoalmente a região. Haveria, inclusive, a chance real de protestos e constrangimentos contra o chefe da nação. No fim das contas, foi mais harmonioso receber o vice, que ainda por cima levou um exemplar do Jornal A Hora para Brasília (foto), gentilmente entregue pelo vereador de Lajeado, Sérgio Kniphoff (PT).
Em 11 de julho de 2020, a manchete principal desta coluna foi uma alusão à sorte. “Saiu Barato” era o título principal do artigo. E eu também preciso republicar parte do texto divulgado após a enchente registrada em meio à pandemia da covid-19. “Ao fim de tudo, saiu barato. Baratíssimo. O cenário em que muitas pessoas lutaram pela vida em meio à cheia é a prova da nossa falta de juízo. Inadmissível que tantas pessoas tenham passado por esse risco iminente de morte em pleno século 21. Com toda a tecnologia disponível no Brasil e mundo afora, e com tantas formas manuais de medir e antecipar a velocidade e o tamanho das cheias, o nosso vale sofreu um verdadeiro “7x1” do Rio Taquari. E saiu barato!”. Desta vez, saiu caro demais. E já contabilizamos 45 mortos.
Presidida pelo deputado Elton Weber (PSB), a Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha da Assembleia Legislativa do Estado reúne hoje, a partir das 8h30min, na câmara de Lajeado, sindicatos de trabalhadores rurais e representantes de 23 municípios atingidos pelas enchentes.
Objetivo é garantir linhas de crédito emergenciais aos empreendimentos afetados pelo ciclone no Vale e em outros municípios gaúchos. Ontem, entidades e associações regionais levaram pedidos ao secretário de Desenvolvimento Econômico
Mateus Souza
mateus@grupoahora.net.br
Representantes de associações comerciais e empresariais do Vale do Taquari participaram ontem, 11, em Porto Alegre, de reuniões com o governo do Estado em busca de auxílio ao setor produtivo nos municípios mais impactados pelo ciclone. A agenda na capital gaúcha começou à tarde e se estendeu até a noite.
O encontro, intermediado pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CICVT), contou com a presença de entidades de Arroio do Meio, Encantado, Lajeado, Muçum e Roca Sales, além de empresários dos setores de proteína animal, couro e produtos de limpeza e higiene. O principal encaminhamento foi o pedido por linhas de crédito emergencial.
Os líderes regionais apresentaram um levantamento de perdas em decorrência das fortes chuvas e da enchente que castigou o Vale.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, a reunião foi importante para o Estado tomar conhecimento das demandas, fazer análise dos pedidos e estudar meios de ajudar sobretudo as empresas de grande porte.
Nos últimos dias, Polo têm mantido contato com o diretor financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu. Conforme o secretário, ele tem se mostrado sensível à situação das empresas afetadas.
“Reiteramos a necessidade de liberação de linhas de crédito com bastante urgência às pequenas, médias e grandes empresas do RS. Precisamos muito disso. Ele se comprometeu a nos dar um retorno, pois conhece bem o nosso estado e a realidade atual”, relata.
Encontro de líderes locais com representantes do Piratini buscou alinhar estratégias para recuperação de empresas atingidas
Conforme Polo, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) já propôs a suspensão, por um ano, do pagamento de dívidas contraídas anteriormente por empresas da região.
“São 2,4 mil operações que estarão suspensas, de empresas que foram realmente atingidas pelo ciclone”.
Lembra, ainda que o Banrisul liberou R$ 1 bilhão para ajudar vítimas de enchentes. “E o Badesul deve apresentar em breve uma proposta de destinação de recursos às empresas impactadas”, antecipa.
A tendência é de que, nos próximos dias, equipes do BRDE, Badesul, Junta Comercial e das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Fazenda e do Meio Ambiente e Infraestrutura devem ir a campo conferir de perto os locais mais atingidos. Além disso, novas propostas para socorrer o setor produtivo estão em estudo, segundo a secretária da Fazenda, Pricila Santana.
“O Estado vai concretizar, muito em breve, o estorno do crédito relativo ao estoque. Ou seja, não vai ser preciso pagar imposto sobre a mercadoria que se perdeu. Também vamos isentar aquisições de máquinas e equipamentos, e também isentar do ICMS quem doar tudo isso. E a prorrogação da
O objetivo é apontar as necessidades dos agricultores familiares tanto em nível federal quanto em âmbito estadual. Segundo Weber, “está muito claro a urgência de recursos e linhas de crédito subsidiadas para medidas que permitam retomar o trabalho nas unidades produtivas, como reconstrução de galpões, compra de máquinas e implementos e reposição de animais”.
tributação do Simples para micro e pequenos já está implementada”, detalha.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) encaminhou ao secretário Ernani Polo sugestões para a criação de um Programa Emergencial de Recuperação Econômica voltado para a recomposição produtiva das regiões do RS mais atingidas pela calamidade climática.
O documento, assinado pelo presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, propôs três ações principais. Segundo ele, essas medidas, junto às demais adotadas pelos governos estadual e federal, “certamente irão apressar a retomada econômica regional, com reflexos sociais imediatos através da preservação de empregos e da renda local”.
Entre as ações, estão a articulação com bancos estaduais, nacionais e de fomento, para o estabelecimento de um fundo de linhas de financiamento para que as indústrias e empresas de todas as atividades possam investir no mais rápido retorno às atividades econômicas preservando os empregos locais.
Cita também a criação de linha especial de crédito para o pagamento de salários e proposta ao Governo Federal de suspensão do recolhimento de encargos trabalhistas, bem como a suspensão do pagamento do ICMS e disponibilização de parcelamento para a quitação do imposto.
Pecuária e produção
primária:
29.356 animais mortos, incluindo bovinos de corte e de leite, suínos e aves;
Perda de 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixes;
Prejuízo para 346 produtores; Mais de 327 mil litros de leite não coletados, afetando 813 produtores;
Perdas significativas na produção de grãos, frutas, olericultura e fumo; Milho e trigo com grandes áreas afetadas;
Prejuízos na fruticultura, incluindo laranja e uva. Também o fumo e olericultura foram atingidas.
Infraestrutura e comunidades locais:
Pelo menos 50 municípios prejudicados;
Perdas em 4,4 mil quilômetros de estradas vicinais; Problemas no escoamento da produção em 197 comunidades.
Agricultores atingidos pela enchente reivindicam acesso a crédito, revisão das dívidas, verba para habitação e serviços de assistência técnica e de saúde
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Os impactos da enchente mais destruidora da história do RS interfere sobre a produção de alimentos. Enquanto as defesas civis da região elaboram os laudos técnicos da calamidade, agricultores contabilizam os prejuízos, tanto nas lavouras quanto pela morte das criações.
Conforme o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Marcos Hinrichsen, ainda não se tem a
Os pedidos dos agricultores se sustentam em:
DÍVIDAS:
Renegociação dos contratos do Pronaf e Pronamp com 50% de rebate, 3 anos de carência e após 10 parcelas fixas anuais.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Implantar o Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural por no mínimo 3 anos, formada com equipe multidisciplinar das áreas médicas, psicologia, administração, biologia e ambiental, além das convencionais agrárias e sociais.
CRÉDITO:
Linha: Pronaf Especial Reconstrução. Valor: Até R$ 50 mil por família. Prazo: 10 anos para pagamento e 3 anos de carência.
Linha: Pronamp Especial. De R$ 50 mil até R$ 100 mil por família.
Prazo: 10 anos para pagamento e 3 anos de carência, com taxa de juros de 1% ao ano.
HABITAÇÃO:
Implantar o Minha Casa Minha Vida especial para reconstrução de moradia para os agricultores atingidos. Liberação imediata e sem burocracia por meio de entidade de agricultores familiares já credenciadas. Incluir todas as famílias no faixa 1, independente da renda.
Lavoura de trigo da família Brentano, em Arroio do Meio, estava no estágio de colheita. 30 hectares perdidos
real noção do quanto a enchente trouxe de destruição.
De acordo com ele, toda a cadeia da produção de alimentos foi prejudicada. “Muitos animais morreram. Ainda não temos nem ideia do quanto. Estamos na etapa de levantamento de dados. Mas podemos afirmar, vai levar bastante tempo para voltarmos ao ritmo produtivo de antes”, disse em entrevista à Rádio A Hora 102.9. Relatório preliminar da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) contabiliza quase 30 mil animais mortos pela enchente, com mais de 350 agricultores prejudicados.
Na cadeia leiteira, pelo menos 327 mil litros não foram coletados, com um total de 813 produtores lesados. No geral, são quase 11 mil propriedades atingidas pelo desastre, com a identificação de pelo menos 200 comunidades.
Os dados da SDR avaliam infraestrutura, a produção primária, a pecuária e as pastagens nas regiões atingidas pela enchente da semana passada. O documento foi elaborado pela Emater/RS-Ascar . Destaca-se o impacto significativo nas culturas de milho e trigo, que tiveram grandes áreas prejudicadas
Pastagens:
1.880 hectares de pastagem nativa afetados
10.730 hectares de pastagem cultivada prejudicados
50 hectares de silagem perdidos
35,5 mil pés de eucalipto perdidos
1.022 produtores prejudicados
1.192 casas
621 galpões
12 armazéns
116 silos
25 estufas de fumo
25 estufas/túneis plásticos para horticultura
128 açudes (piscicultura/ irrigação)
53 aviários
45 pocilgas
e alto volume de produção perdido.
Na fruticultura, cultivos como laranja e uva sofreram perdas consideráveis. A olericultura e a produção de fumo também foram atingidas. No total, 1.616 produtores tiveram perdas na produção de grãos, 88 na fruticultura, 2.691 no fumo e 198 na olericultura.
Na região de abrangência do Escritório Regional da Emater/ RS-Ascar Lajeado, a mais severamente afetada devido à cheia do rio Taquari, o setor de turismo rural, que desempenhava um papel importante na região, sofreu perdas significativas devido aos danos na infraestrutura e nas paisagens naturais inundadas.
Dirigentes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) entregaram ao presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), e ao governador Eduardo Leite, um documento com pedidos emergenciais para atender quem perdeu plantações, animais, casas e demais infraestrutura produtiva durante a tragédia.
As reivindicações passam por linhas de crédito para reconstrução, renegociação de dívidas, programa especial de habitação e mais recursos para assessoria técnica e também de saúde.
Em solidariedade às famílias atingidas pela enchente, organizadores optaram em adiar as viagens pela ferrovia. Estrutura não apresenta problemas
VALE DO TAQUARI
Mesmo sem prejuízos nas estruturas ferroviárias por onde percorre o Trem dos Vales, organizadores do passeio turístico optaram por suspender o serviço, em respeito às vítimas das cheias. De acordo com o coordenador Rafael Fontana, a equipe aguarda
novas deliberações da prefeitura de Muçum em relação à cidade, para retomar as atividades. “Aguardo providências mais urgentes em Muçum, para conversar com o prefeito e definir data do retorno”, explica. Fontana também destaca a ansiedade dos empreendimentos relacionados ao turismo com retorno das viagens. “Tenho recebido solicitações de agências e restaurantes, para retomarmos e ajudar na movimentação da economia. Porém, precisamos de calma na decisão.” conclui.
O coordenador também afirmou que ao retornar as atividades, a intenção é tornar os ingressos solidários, ou seja, destinar parte da renda em auxílio aos atingidos pela enchente.
Unidade ficou destruída com a enchente. Alternativa será base temporária
ARROIO DO MEIO
Na próxima segunda-feira, 18, o Banco do Brasil disponibilizará uma unidade móvel para os atendimentos em Arroio do Meio. A estrutura será montada no entorno da praça Flores da Cunha, no formato de estande.
A mudança no atendimento ocorre devido à agência física localizada na esquina das ruas Visconde do Rio Branco e Marechal Floriano Peixoto ter sido atingida pela última cheia do Rio Taquari. A reforma da
estrutura deve durar entre 45 a 60 dias, conforme informou o gerente da agência, Luciano Pastorini.
Durante esse período, o atendimento ocorrerá de forma parcial. Dois servidores estarão no atendimento presencial com apoio de computadores para habilitação de aplicativos, enquanto outros três funcionários trabalharão em home office. Para saques, a orientação aos correntistas é procurar a agência de Lajeado, uma vez que o terminal 24h do Supermercado Languiru também foi atingido.
Atragédia que atingiu o Vale do Taquari, na semana passada, reuniu voluntários de todo o país. Nesta onda de solidariedade, empresas da região também se destacam por levar às famílias atingidas pela enchente, o básico para recomeçar.
Assim que as famílias foram abrigadas nos ginásios municipais, uma das primeiras demandas foi por água e comida. A Fruki Bebidas se prontificou a auxiliar as regiões mais afetadas, com a doação de 70 mil litros de água mineral. A frota, com 12 caminhões, também auxiliou no transporte de móveis para áreas protegidas.
Agora, uma parceria com a TransVR oferece água para a limpeza das vias públicas. Já foram mais de 20 toneladas de água en-
viadas aos municípios atingidos.
Além disso, associados ao Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), oferecem donativos e apoio logístico. A Transportadora Tomasi Logística, de Estrela, ainda forneceu 300 refeições para os bairros mais atingidos.
O Grupo Medical San, de Estrela, também leva água da sua
reserva técnica de incêndio às cidades atingidas, transportada pela Transportadora Mattes, de Bom Retiro do Sul. Cerca de 12 mil litros de água já foram distribuídos para a limpeza.
Outra grande demanda foi suprida pela BrasRede Telecomunicações, de Arroio do Meio, que ofereceu pontos de Wi-Fi liberados na cidade, assim como em Encantado, Lajeado e Estrela.
As empresas ainda se mobilizaram para trazer saúde à região.
Além da distribuição de água mineral, Fruki em parceria com a TransVR levou água para a limpeza das vias públicas nas cidades mais atingidas
Assim, cinco unidades móveis de saúde do Sesi, em parceria com o governo do estado e prefeituras, atendem atingidos da enchente no RS. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e assistentes sociais também foram enviados ao Vale do Taquari.
Na região, as unidades foram para Cruzeiro do Sul, Estrela e Venâncio Aires. Os profissionais ainda atuam em Lajeado e Arroio do Meio.
Também na área da saúde, a Unimed VTRP destina valores para hospitais, clínicas e laboratórios. A prioridade é Muçum e Roca Sales. A campanha mapeia também os serviços em Encantado, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Colinas, Estrela, Santa Clara do Sul e Venâncio Aires.
Com operações fabris no Vale do Taquari, a Lactalis do Brasil manteve, ao longo dos últimos dias, a captação de leite nas propriedades rurais na região. A empresa, que tem unidade de produção em Teutônia, doou 10 mil litros de lácteos, entre composto lácteo e leite UHT.
Além disso, o sindicato das Indústrias de Produtos Suínos doa 20 toneladas de leite em pó aos atingidos pela cheia do Rio Taquari. Serão investidos R$ 500 mil na compra do produto. Conforme o diretor Executivo da Dália e integrante do sindicato, Carlos Alber-
to de Freitas, o leite será destinado à Defesa Civil do RS.
Para acolher de forma emocional as famílias desabrigadas, outro movimento na área de psicologia é feito na região. A Univates é um exemplo, já que capacita mais de 100 pessoas para atendimento psicológico às vítimas das cheias. Os abrigos de Lajeado também recebem apoio às crianças, com espaços lúdicos por meio do projeto de extensão da Univates, “Clown - E seu sorrir!?” e dos cursos de Pedagogia e Educação Física.
Além da campanha #SOSValedoTaquari, abraçada pelo Grupo A Hora, outras iniciativas buscam sensibilizar e voltar os olhos do país e do mundo para a região. Entre elas, a campanha lançada pela Certel, a “Coopere pelo Vale”, com arrecadação de itens essenciais aos desabrigados. Outra campanha, a “Todos pelo Vale”, é uma iniciativa da Cooperativa Languiru.
Ao longo do processo de reconstrução do Vale, a mão de obra voluntária foi outra demanda. Os grupos que chegaram à região para ajudar na limpeza e separação de doações vieram de todo o país e até mesmo fora dele. Entre eles, também estava uma equipe da Lyall Construtora e Incorporadora, e a Comunidade Adventista de Lajeado, que enviou 400 voluntários a Encantado.
A Construtora Diamond, de Lajeado, também integra as empresas com doações, e fez a distribuição de dezenas de colchões.
A mobilização, que começou no Rio Grande do Sul, se espalhou pelo Brasil e, entre as iniciativas, um Grupo de Empreendedores Tittanium Class, com empresas de todo o país, liderado pela moradora de Lajeado Fernanda Tochetto, arrecadou dinheiro para a compra de gás.
Uma doação expressiva veio dos empresários Fabiana e Walter Bergamaschi, da Venax, de Venâncio Aires. A empresa fez a doação de 550 fogões a gás. Interessados em auxiliar podem fazer a doação via PIX, pela chave (e-mail) venax@ venax.com.br.
thiagomaurique@grupoahora.net.br
Equipamento de ultrassom micro e macrofocado fabricado pelo Grupo Medical San, o Ultramed 9D foi o grande vencedor do 2º Prêmio Nacional de Inovação Estética, promovido pela Beaulty Fair. A tecnologia foi premiada na categoria Inovação em Tecnologia Corporal, durante cerimônia realizada no domingo, 10, em São Paulo. CEO e Presidente do Grupo Medical San, Mauro dos Santos Filho afirma que a conquista chega em hora importante, diante do trágico cenário enfrentado no Vale do Taquari. Ressalta que a enchente ceifou vidas, destruiu casas e adiou sonhos, inclusive de colaboradores da empresa e seus familiares. “Estamos prestando todo o apoio necessário para o recomeçar. Ganhar esse prêmio, neste contexto, nos traz ânimo e renova nossa esperança em dias melhores para todos.”
A ingerência dos controladores da Americanas nas finanças das companhias de seu portfólio é fato notório, mencionado, inclusive, no famoso livro que conta sua trajetória empresarial. As vendas da companhia eram acompanhadas diariamente pelo Sr. Carlos Alberto Sicupira.”
Acompanhei de longe, com o coração apertado, os acontecimentos da semana passada. Em uma semana de férias previamente programadas, foi graças ao trabalho dos colegas do A Hora que soube informações detalhadas sobre a
enchente, suas consequências e a forte corrente de solidariedade que se seguiu – uma cobertura jornalística de primeira linha, que merece todos os elogios e aplausos.
Nos dias que sucedem a tragédia, o setor privado se divide entre
a árdua tarefa de reconstrução do que foi perdido (no caso das empresas atingidas) e o apoio solidário às famílias, seja com doações de produtos diversos, recursos financeiros ou na organização de campanhas de arrecadação. Com o apoio declarado de milhares de empresas de todo o país, os prejuízos materiais serão mitigados, ao menos em parte. Quando a urgência da reconstrução passar, será preciso pensar no futuro. As mudanças climáticas tornaram comuns os eventos extremos ao redor do globo e não há perspectiva de mudança sem alteração no modelo de produção baseado no esgotamento dos recursos naturais. Mais do que uma sigla da moda, a responsabilidade social, ambiental e governança corporativa, representada pelas letras ESG, são uma questão de sobrevivência.
• Música e solidariedade – O Leopoldo 47 promove no sábado, 16, evento em solidariedade aos atingidos pela enchente da semana passada. Com início às 18h, o Som do Bem tem como atrações confirmadas About Owls and Folks, Beto Rosa e Acústico Mescla, além de apoio das cervejarias Alcapone e Leopoldina, do Alambique Berwanger e da Msommer produções. O pub também estará com ponto de coleta para donativos na data.
• Simples prorrogado – O Governo Federal prorrogou o prazo de pagamentos dos tributos do Simples Nacional para empresas localizadas nos municípios gaúchos atingidos pelas enchentes, incluindo 11 do Vale do Taquari. Os impostos referentes aos meses de agosto, setembro e outubro desse ano, com vencimentos a partir de setembro, tiveram a data de pagamento prorrogada para março, abril e maio de 2024, respectivamente.
Sócio administrador da Fabricato Pré-Moldados
Teutônia, Ivandro Rosa comenta sobre influência familiar no apreço pelo estudo. Empreendedor também relembra trajetória profissional e aprendizagens durante período como professor
Ana Lorenzini* analorenzini@grupoahora.net.brIncentivado pelos pais a estudar e se qualificar como profissional desde pequeno, Ivandro Rosa viu crescer o desejo de fundar o próprio negócio. Com grande facilidade na área de exatas, seguiu no ramo da engenharia, uma grande paixão. Hoje, possui uma fábrica reconhecida de montagem de estruturas pré-moldadas de concreto armado.
Engenheiro e sócio administrador da Fabricato Pré-Moldados
Teutônia, Rosa foi o convidado de segunda-feira passada, 4, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Durante o bate-papo, relembrou o processo de estabelecimento da empresa.
Natural de Palmitinho, teve, desde muito novo, contato com agricultura de subsistência. Conforme o empreendedor, entretanto, o desejo sempre foi ampliar os horizontes. Graduado em engenharia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), abriu o próprio negócio logo após a formação junto com o primo.
Junto com a empresa, seguiu investindo nos estudos e, por um tempo, atuou como professor da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Rosa fez, ainda, um MBA em Gestão de Negócios pela Univates e, também pela universidade, um mestrado em Ambiente e Desenvolvimento.
“Quando terminei a faculdade, era muito bem treinado para ser engenheiro de obra, mas não tinha noção de gestão. Quando fiz meu doutorado estudei migrações contemporâneas, infraestrutura e políticas públicas. Depois da especialização minha visão mudou. Foi uma experiência muito enriquecedora”, afirma.
Além da empresa com o primo e da carreira de professor, em 2016 fundou a Fabricato, empresa de pré-moldados com grande importância na região.
Se você tem dificuldades em se conectar com os outros ou fica sem palavras frente a certas pessoas e situações, saiba que esse desconforto é bastante comum e, mais importante, solucionável. Melhorar suas habilidades comunicativas é a chave para normalizar ideias e pensamentos, aproximar pessoas, diminuir diferenças e produzir diálogos e relações saudáveis. António, Leny, Mílton e Thomas concentram táticas e estratégias de comunicação para estabelecer trocas eficientes.
Rogério Wink: Como a Fabricato começou?
Ivandro Rosa: Fui professor na Univates por 10 anos. Durante esse período, trabalhava em laboratório com os alunos e, no processo de aula, conseguimos desenvolver uma placa que, além de um bom acabamento, tinha uma ótima qualidade de material. Naquela época, já trabalhava com pré-moldados na empresa que tinha com meu primo. A grande dificuldade era que as peças vinham de Santa Catarina. Com o projeto desenvolvido, vi que poderia fazer essa produção ser mais local, com algumas peças vindo de outros locais, mas a montagem aqui. Assim, em 2016, fundei a Fabricato.
Wink: Qual o processo de desenvolvimento de um projeto?
Rosa: Primeiro, fazemos uma
análise do terreno. Depois, vemos a viabilidade urbanística e índices de aproveitamento. Após definida a área viável, fazemos a planta baixa e, assim, modulamos o espaço, separando ele em pequenos segmentos para calcularmos peça por peça o tamanho necessário. Para a fabricação, compramos a quantidade de concreto a partir das medidas realizadas, e o mesmo acontece com as peças de aço, que já vem cortadas e dobradas. Hoje, fazemos um levantamento topográfico muito qualificado e preciso para que as peças sirvam dentro do espaço e para que haja o melhor aproveitamento do terreno. Assim, a utilização dos materiais é de quase 100% e a perda nas produções é mínima.
Wink: Qual o papel do engenheiro neste processo?
Rosa: Na empresa, meu colega,
também engenheiro, trabalha com os softwares e faz a primeira revisão. Eu, além de fazer a segunda revisão, acompanho a parte de gestão da empresa. No geral, a equipe de engenharia acompanha o cálculo e faz o lançamento de dados no sistema. Os funcionários estão em constante aprendizado tanto sobre o negócio, quanto novas tecnologias. Buscamos sempre pessoas comprometidas com o trabalho e também que gostem de pessoas. Todos os colaboradores trabalham com atendimento ao público, por isso prezo pelo bom trato, respeito e cordialidade.
Wink: Como é participar da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC)?
Rosa: É um desafio. Mas levo comigo a fala de um professor, que sempre disse que, independente de onde estivesse, tinha que ceder
parte do tempo para a comunidade. Quando cheguei em Teutônia, iniciei no Rotary e depois na CIC municipal, na diretoria. A gente tem que viver em comunidade e contribuir para a comunidade também. É uma construção coletiva muito importante, eu aprendo muito mais do que ensino.
Wink: Qual o diferencial da Fabricato?
Rosa: Nossa empresa tem um grande cuidado com os contratos e cumprimento de prazos. Isso é algo inegociável. Muitas vezes optamos por não fechar determinados contratos na dúvida se teremos capacidade produtiva. Outro ponto, é que fazemos tanto a parte dos projetos arquitetônicos, quanto a questão legal de alvará, prevenção de incêndio, saídas de emergência e rampas de acessibilidade.
“Conciliar o bom atendimento com o bom pro ssional é fundamental para o crescimento”IVANDRO ROSA • Sócio administrador da Fabricato Pré-Moldados Teutônia Sócio administrador da Fabricato Pré-Moldados reforça importância do cumprimento de contratos
Calorão na tarde de ontem foi recorde para o mês. Inmet adverte para temporais. Condição adversa com raios, vendaval e risco de granizo no Vale deve se concentrar entre amanhã e quinta
Meteorologia estima novo episódio extremo de precipitações no RS. Maior volume será na metade sul, centro e oeste. No Vale, ocorrência de tempestades está prevista entre hoje e amanhã
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.brVALE DO TAQUARI
Atemperatura de 34°C na tarde de ontem é prelúdio para chuvas fortes, vendavais e des-
cargas elétricas nos próximos dias. Inclusive o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para temporais. Os pontos mais atingidos serão o oeste, centro e o sul gaúcho.
Para o Vale do Taquari, a chance é que as condições mais adversas para o tempo devem chegar entre hoje e amanhã. São esperados entre 50 a 80 milímetros de precipitações em cerca de 24 horas. Para o resto da semana, a MetSul adverte para um volume de chuva nesta semana para até o dobro da média histórica de setembro. Este será o terceiro episódio de precipitações excessivas em território gaúcho no mês.
Conforme o monitoramento, o retorno da chuva será em etapas distintas entre as regiões gaúchas. Primeiro com a chegada ontem de
uma massa de ar quente. Responsável por fazer os termômetros atingirem 34°C. Em seguida, uma frente fria se aproxima pela fron-
teira com o Uruguai.
O encontro das duas massas trará chuva forte, temporais, incidência de raios e risco de granizo em alguns pontos. Hoje, a frente fria estaciona na metade sul gaúcha. Tal situação impacta sobre alto volume de precipitações. Cidades como Piratini, Pelotas, Morro Redondo e outras cidades com cheias na parte sul podem voltar a ter enchentes.
Conforme a MetSul, os rios que mais preocupam são o Quaraí, Ibirapuitã, Jaguarão, Piratini e Camaquã, no oeste e sul. No centro, atenção com os rios Ibicuí e Jacuí. Temporais na região
Para o Vale, a tarde de hoje ainda será de calor de até 30°C. Contraste com a parte central e sul, onde estará 10°C. Com o chegar da noite, o tempo começa a virar. As previsões apontam chuva em quase todo o RS amanhã.
Nas cidades banhadas pelo Rio Taquari, a estimativa é que o volume de água chegue a 50 milímetros. Junto com isso, há um risco elevado de temporais localizados, com granizo, raios e rajadas fortes de vento.
Na parte alta da bacia hidrográfica, região dos rios que deságuam no Taquari, a perspectiva é de chuva com menos intensidade. Para quinta e sexta-feira, as nuvens migram para o Oceano Atlântico.
Pelo acompanhamento da MetSul, o centro de baixa pressão se transforma em um novo ciclone extratropical. O fenômeno impulsiona uma frente fria para Santa Catarina e Paraná.
Hoje
Predomínio do sol. Avanço da frente fria traz nebulosidade a partir da metade da tarde. Pode chover fraco em pontos isolados.
Mín.: 19°C
Máx.: 26°C
Amanhã
Área de baixa pressão se desloca e aumenta a chuva. Perspectiva de volumes dos 40 milímetros até 50 mm. Risco para temporais, raios, vento forte e granizo. Temperatura fica amena.
Mín.: 14°C
Máx.: 17°C
Quinta-feira
Condição pouco muda em relação a quarta-feira. Continua previsão de chuva e temporais.
Mín.: 11°C
Máx.: 15°C
Sexta-feira
Frente fria se afasta da região e o sol retorna com nebulosidade variada.
Mín.: 8°C
Máx.: 21°C
Com estruturas comprometidas e perda de equipamentos, como computadores, mobiliário e documentos, escolas de diversos municípios da região não têm previsão de retomar as atividades
VALE DO TAQUARI
As aulas nas escolas atingidas pela enchente voltam aos poucos à sua normalidade. O atendimento foi suspenso desde a última terça-feira, 5. Porém, algumas seguem completamente interditadas devido à gravidade da situação com estruturas comprometidas e perda de equipamentos eletrônicos, mobiliário, documentos e materiais escolares.
Na cidade de Encantado, as aulas permanecem suspensas até quarta-feira, 13. Já no município de Muçum, três das cinco escolas foram danificadas pela enchente e estão fechadas por tempo indeterminado. A prefeitura de Roca Sales comunicou que todas as escolas permanecem com seu retorno temporariamente suspenso, em vista que os espaços que não foram atingidos, estão sendo utilizados como refúgio para de-
Em Lajeado, as escolas da rede municipal de ensino voltaram a funcionar nesta segunda-feira, 11, com exceção da EMEI Risque e Rabisque e do Projeto Vida São José, onde as atividades seguem suspensas. “Os dois prédios foram seriamente danificados e ainda não há prazo para retomada das atividades nestas escolas”, informou a secretária de Educação de Lajeado, Adriana Vetorello.
Outra escola que não tem previsão de retorno é a Escola Estadual de Ensino Fundamental Fernandes Vieira. Tudo o que estava no primeiro andar do colégio foi perdido, como computadores e chromebooks, mobiliário, cozinha, arquivos, documentos e históricos escolares.
Além disso, a enchente danificou o assoalho de madeira. A escola já aguardava por obras desde a cheia de 2020, quando a água também invadiu as salas de aula e danificou a estrutura. Agora, não há mais condições de uso dos espaços. E a obra já espera três anos para sair do papel.
Instituições da rede estadual estão entre as mais atingidas e com maiores di culdades em retomar atividades
sabrigados. No município de Bom Retiro do Sul, a EMEF Genny de Souza da Silva teve o seu primeiro andar completamente invadido e danificado pelas águas causando a suspensão das aulas por tempo indeterminado. O retorno depende da liberação da equipe técnica que inspeciona o prédio.
Em Cruzeiro do Sul, cinco esco-
las continuam sem aula e quatro delas sem previsão para retornarem às atividades, pois foram
completamente atingidas e tiveram perda total de móveis e materiais pedagógicos. De acordo com o município, não há locais disponíveis para realocar esses alunos, pois os espaços são usados para abrigar as famílias que perderam suas casas durante a enchente.
Em Estrela, das escolas afetadas no município, 16 retomam as atividades nesta terça-feira, 12, e cinco delas permanecem fechadas devido à necessidade de reconstrução.
Já em Taquari, todas as escolas estão funcionando normalmente.
Diante da situação, não há perspectiva de retomar as aulas na escola antes das próximas duas semanas. Enquanto isso, a equipe diretiva e professores trabalham na limpeza do espaço e iniciam o planejamento de onde realocar as três turmas que tinham aula no primeiro andar. Estes estudantes devem ficar em alguma sala disponível no segundo pavimento ou no ginásio de esportes de maneira provisória.
“Por enquanto não temos nem cozinha para ofertar um lanche ou uma comida quente para os alunos.
E como atendemos crianças em situação de vulnerabilidade, muitas delas dependem da escola para ter o que comer. E a maioria da nossa comunidade escolar também teve as suas casas atingidas e está abrigada nos pavilhões”, conta a diretora Rosangela Petter Mello.
Em meio ao processo de ainda tentar assimilar o que aconteceu e cobrar do Estado agilidade no processo para executar a obra, a diretora lembra que a data do 11 de Setembro é mundialmente lembrada pelo atentado às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos. “Para alguns é uma data triste. Mas pra gente será um marco zero, a data do nosso recomeço”, projeta a diretora.
Vítimas da enchente no Vale MUÇUM – 16 mortes
ROCA SALES – 13*
Cruzeiro do Sul – 5*
CRUZEIRO DO SUL – 5*
*Dos cinco óbitos, a única vítima identificada é Angelomar, que foi encontrado no dia 7, no bairro Glucostark. Conhecido como Anjo, era irmão do ex-vereador de Cruzeiro do Sul, Ubirajara da Silva Marques, o Bira. Ele foi sepultado na sexta-feira, 8, no Cemitério Municipal de Cruzeiro do Sul.
*BOM RETIRO DO SUL – 1*
*Ainda sem identificação, o corpo de um bebê foi encontrado no interior do município.
- Adila Weiriche
- Carlos Alberto Tremarin (64)
- Dulce Schaffler (81)
- Doracy Reis de Oliveira (86)
- Eurico Ernesto Schaffler (77)
- Gervazio Zanchetti (90)
- Helena Orthenila Bonzanini
- Maciel Tonini de Souza (33)
- Vilmare Santiago (50)
Desses, 36 estão identificados.
Em Lajeado, três corpos aguardavam identificação, entre eles, duas crianças
Acontagem de óbitos em decorrência da enchente registrada na última semana já chega a 49 mortes no Rio Grande do Sul. No Vale do Taquari, são 45 vítimas. Os registros mais recentes são os corpos de duas crianças, que estão no Departamento Médico Legal (DML) de Lajeado.
Uma das vítimas, um bebê, que aparentava ter 1 ano de idade, foi encontrada por populares em Bom Retiro do Sul neste domingo, 10. O corpo estava a cerca de 100 metros da estrada, em uma área que foi inundada pela enchente. O outro cadáver seria de um menino, de cerca de 10 anos, encontrado em Roca Sales.
Além dessas duas vítimas, o DML também trabalha na identificação de um cadáver de uma mulher, localizada em Colinas
Após velório coletivo em Vespasiano Corrêa, vítimas de Muçum foram enterrados nos cemitérios danificados
IMIGRANTE – 1
Macximiliano Ricardo Pietta (46)
neste domingo. Algumas vítimas seguem sem identificação.
Nove das 16 vítimas da enchente encontradas em Muçum foram veladas nesse sábado, 9. O velório coletivo ocorreu no Ginásio Municipal da EMEB Esperança, em Vespasiano Corrêa. Após a cerimônia, os sepultamentos ocorreram em cemitérios de Muçum, muitos afetados pela ação das águas.
*O corpo de uma mulher, em torno dos 65 anos, foi encontrado na localidade de Fazenda Lohmann neste domingo, 10. Também há o corpo de uma criança de 10 anos.
A família Henning (Deisy e os filhos Larah e Lincon) seguem desaparecidos.
LAJEADO – 5*
- Maria da Conceição Alves da Silva
- Vitor Hugo Pereira (48)
- Yasmin Armani Bieleski (1 ano e dez meses)
- Miguel Armani Bieleski Júnior (3 meses)
*A casa da família Bieleski foi tomada pelas águas. O pai, Miguel Bieleski, sobreviveu, mas a mãe, Ariel Armani, continua desaparecida. Um outro corpo foi encontrado em Lajeado, no dia 6, na rua Pedro Ruschel Sobrinho, bairro Carneiros, que segue sem identificação.
ESTRELA – 2
-
-
COLINAS – 1*
*O corpo de uma mulher foi localizado por equipes de busca e voluntários no domingo, 10. O corpo é um dos que está no DML de Lajeado para identificação. No sábado, um outro corpo também foi encontrado em Colinas, mas a suspeita era de que se tratava de um cadáver de um cemitério, arrastado pela força das águas.
- Joeci Maria Felicetti
- Vagner Lourenzi (43)
- Claire Bonatto (87)
- Claudiomiro Luís Trindade (52)
- Danilo Lourenzi (71)
- Evandro Bertoldi (67)
- Jenecilde de Freitas (52)
- Hedy Cattaneo (87)
- Leonardo Menegildo (43)
- Sueli Baldo Pereira (84)
- Zilda Bonatto Amaral (91)
No vale, já são 45 mortes confirmadas
No Rio Grande do Sul, chega a 49 óbitos em decorrência da enchente
VALE DO TAQUARI
Os prejuízos ao comércio e à indústria começam a ser contabilizados e alertam empresários e a população. Em entrevista à Rádio
A Hora 102.9, na segunda-feira, 11, o presidente da Calçados Beira Rio, Roberto Argenta, disse que os maiores danos foram a perda de produção e no maquinário e que o valor pode chegar a R$ 30 milhões.
Na cidade, cerca de 700 funcionários da empresa foram prejudicados, além de prestadores de serviços. A estimativa é que o negócio leve cerca de 60 dias para voltar a produzir, trabalho que será feito
aos poucos. “Alguns funcionários estão ajudando a fazer a limpeza; a maioria entrou de férias. Nosso RH está providenciando uma solução prática para isso. Agora é hora de repor mercadorias, consertar as máquinas e colocá-las para funcionar novamente”, garantiu. O presidente ainda destacou a importância e a necessidade de um estudo técnico para prevenir e monitorar possíveis novas cheias. “Enchentes sempre ocorreram e vão continuar ocorrendo. O que te-
mos que fazer é um estudo técnico para ver o que pode ser feito para evitar novas tragédias”, pontuou.
O maior mercado de Roca Sales, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), foi um dos mais atingidos pela enchente, no Centro do município. O presidente da entidade, Gilmar Bernstein, estima um prejuízo de R$ 5 milhões. A retomada das atividades deve ocorrer em 30 dias.
O mercado do STR tem 50 funcionários, que, junto com voluntários, trabalham na limpeza e organização do local. “Esta semana vamos tirar o que não presta para fora e, depois, separar o que dá para recuperar de maquinário”, conta Bernstein.
Dos produtos que eram comercializados, nada pode ser aproveitado. Alguns equipamentos como freezer também não funcionam mais. “Nossa ideia é voltar o mais rápido possível. Vamos começar pequenos de novo, mas vamos reabrir”, reforça o presidente.
Para Bernstein, a recuperação da cidade e de todo o comércio local
vai exigir trabalho árduo da administração pública e de toda a população. “Eu tenho 66 anos e nunca vi algo assim. São coisas que a gente só via em filme. Vai ser um trabalho duríssimo para recomeçar”.
Na manhã de segunda-feira, 11, a gerência geral da JBS Seara anunciou a permanência da unidade do frigorífico em Roca Sales. Conforme Sandro Lorenzetti, gerente da unidade, a retomada gradual da produção será a partir da próxima semana nas linhas de produção que não foram atingidas. Nesta semana, os funcionários
que não tiveram as residências invadidas pela enchente estão trabalhando na limpeza da empresa. A unidade da JBS de Roca Sales emprega 509 funcionários de forma direta e mais 1,5 mil pessoas são colaboradoras da empresa de forma indireta.
Na segunda-feira, o Banrisul informou que os clientes das agências dos centros de Muçum e de Roca Sales serão atendidos, de forma temporária, na agência Arroio do Meio. O endereço é Rua Dr. João Carlos Machado, nº 811. A agência de Encantado também fará atendimentos, na Rua Júlio de Castilhos, nº 1165. As estruturas nas duas cidades mais atingidas pela enchente devem ser reconstruídas nos próximos dias. As duas agências têm atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h. O horário das salas de autoatendimento foi ampliado nas duas agências e está funcionando das 7h às 22h, durante todos os dias da semana. A medida visa assegurar que todos os serviços bancários essenciais permaneçam acessíveis aos clientes afetados pela situação de emergência.
Vales
O atendimento em Roca Sales voltou ontem, 11, e Muçum está em manutenção. Em Encantado, os trabalhos seguem normalmente.
Os Hospitais Estrela, de Estrela, e São José, de Arroio do Meio, já estão operando normalmente. Na semana passada, eles foram atingidos pela enchente e os serviços foram mantidos com os colaboradores que tinham condições de ir à casa de saúde e que dobraram os turnos e se revezaram no atendimento. Cirurgias eletivas e consultas ambulatoriais retornam à normalidade na sexta-feira, 8.
Nossa ideia é voltar o mais rápido possível.
Vamos começar pequenos de novo, mas vamos reabrir”
veio de Porto Alegre para prestar assistência aos irmãos, que enfrentavam o lodo na esperança de salvar alguma coisa. “Dentro da casa não sobrou nada. Sofá, geladeira, fogão, camas, freezer, fotos, documentos, cristaleira, objetos dos avós oriundos da Itália e coisas importadas, tudo perdido”, relata. Os irmãos residem em Muçum a vida toda. Ainda assim, estão apreensivos em permanecer. “Foi muito assustador, permanecer pode significar viver com medo”, comenta.
Coletti empilha os tijolos que foram fabricados por ele e o amigo Claudiomiro, uma das vítimas da tragédia em Muçum
parcialmente destruída do irmão, enquanto há poucos metros de distância, no Centro Comunitário, era velado o corpo do amigo Claudiomiro Luis Trindade, 54. A 16ª vítima da tragédia no município era servidor da Secretaria de Obras.
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br Diogo Fedrizzi diogo@grupoahora.net.brPelas ruas de Muçum, muitos moradores expressam o desejo de estabelecer residência em outro município. A catástrofe deixou um cenário de
destruição e o receio de que alguma enchente semelhante volte a ocorrer.
José Mário Di Domenico, 66, sempre morou na cidade. Responsável pela estação rodoviária, ele acredita que a vontade de deixar o município se deve pelo desastre ainda ser muito recente. “As pessoas não sabem o que fazer, mas penso que esse não é o momento para decidir. Não é fácil também, sair e ir para onde? Alguns não têm possibi-
lidade de sair mesmo se quisessem. Acho que o tempo vai mudar esse pensamento”, comenta.
Segundo Domenico, a estação rodoviária também foi atingida pela força das águas. “O que tinha dentro foi arrasado, sobrou só a estrutura mesmo. Agora terei que recomeçar do zero, mas não vou desanimar, minha casa também resistiu, então temos que refletir com calma sobre o que fazer”. Ele mora com a esposa e a filha na rua Barão do Rio Branco. “Nunca vi coisa igual. A maioria das vítimas eram amigos que eu conhecia há muitos anos”, lamenta.
O advogado João Roberto, 72,
O sentimento é compartilhado por muitos que caminham pelas ruas da cidade. Alguns moradores também começam a pensar que o evento não foi uma ação natural, compartilham teorias lidas online que parecem indicar erro humano que de alguma forma teria potencializado o volume e velocidade da água que varreu o município. Com a previsão do retorno da chuva para essa semana, a apreensão com os próximos dias era latente nas conversas cotidianas.
Na tarde de domingo, 10, no bairro Nossa Senhora de Fátima, Alvindo Coletti, 57, empilhava tijolos no terreno próximo à casa
Ele foi sepultado no cemitério da Linha 13 de Maio. Na década de 1980, Coletti e Trindade trabalharam juntos numa olaria. “Fui no velório e decidi vir aqui mexer nesses tijolos, que nós fabricamos, como uma forma de homenageá-lo. Tinha ideia de utilizar o material para construir a minha casa aqui, mas agora não vou fazer mais”, conta Coletti, que é morador de Novo Hamburgo e tem o hábito de retornar à terra natal para visitar familiares.
A mãe dele também reside na comunidade e teve a casa destruída. Na segunda-feira, 4, dia que o Rio Taquari devastou a localidade, Coletti estava no Vale do Sinos e só conseguiu acessar a cidade de Muçum na quarta-feira, 6. “Graças a Deus meus familiares conseguiram sair de casa há tempo. Mas estou muito triste pela perda do meu amigo. Nos criamos juntos”, lamentou.
Depois de perder amigos, familiares e residência, morador pensa em deixar a cidade. Outros ainda têm esperança
Civil estadual trabalha com o número de 46 desaparecidos
As buscas pelos desaparecidos após a histórica enchente da semana passada ganha força em algumas localidades. Em Colinas, dois corpos foram encontrados ao longo do fim de semana e as autoridades trabalham com a possibilidade de mais ocorrências. O município não registra desaparecidos, mas a prioridade é encontrar pessoas de Muçum e Roca Sales.
No fim de semana, grupos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e dos Bombeiros Voluntários de Imigrante e Colinas (Imicol), Nova Petrópolis e Picada Café atuavam nas buscas. Já nessa segunda-feira, os trabalhos receberam o apoio de soldados do Exército Brasileiro (EB). São pelo menos oito pontos de monitoramento na cidade, com maior concentração de entulhos levados pela correnteza do rio.
O primeiro corpo foi encontrado na tarde do sábado, 9, próximo à entrada da cidade, às margens da ERS129. Se tratava de uma morte não relacionada à enchente. De acordo com a equipe de resgate, existe a possibilidade de ser uma pessoa
Diversas corporações de bombeiros militares e civis, além de voluntários, atuam na busca por desaparecidos
sepultada no cemitério de Muçum, destruído com a força das águas.
O segundo corpo, de uma mulher, foi localizado nas imediações do limite com Roca Sales, em Linha Lohmann, já no domingo, 10. Não há confirmação da identidade ou origem, mas com óbito possivelmente causado pela cheia. Os corpos de duas crianças também foram encontradas, uma em Bom Retiro do Sul, outra em Roca Sales. Os corpos estão no Instituto Médico Legal (IML), em Lajeado.
Cães farejadores foram utiliza-
e Roca Sales veio parar na parte baixa do Vale”, diz.
dos em parte dos trabalhos, para vasculhar as inúmeras pilhas de entulho, profissionais do Corpo de Bombeiros utilizaram drones e um helicóptero sobrevoou o perímetro do Rio Taquari, para tentar identificar algo. O trabalho terrestre também é feito por equipamentos como retroescavadeiras, que fa-
zem a movimentação nos locais com escombros. No domingo foi descoberto sob as montanhas de resíduos um caminhão carregado com combustível, o que impressiona a comandante dos Bombeiros Voluntários Imicol, Caroline Hauschild. “Parece que toda a cidade de Muçum
Conforme a Defesa Civil estadual, são 46 os desaparecidos: 8 em Lajeado, 8 em Arroio do Meio e 30 em Muçum. A última atualização foi publicada às 18h da segunda-feira, 11. No entanto, alguns dados disponibilizados pelos municípios apresentam divergências. Estrela, por exemplo, possui duas pessoas que seguem incomunicáveis desde o início da semana passada.
Com uso de cães farejadores e união de esforços entre diversas corporações, ritmo aumenta na busca por pessoas que ficaram incomunicáveis após enchente. DefesaJhon Willian Tedeschi jhon@grupoahora.net.br
Mortos - 14
Feridos - 150
Enfermos (pessoas que desenvolveram patologias em decorrência do desastre) - 100
Desabrigados - 150
Desalojados - 3 mil
Desaparecidos - 30
Total de afetados - 3,4 mil
Danos materiais
Residências danificadas1,2 mil
Residências destruídas - 50
Escolas - 3 danificadas
Relatório de Encantado e Muçum detalham perdas após pior tragédia natural da história do Rio Grande do Sul
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Duas das três cidades mais atingidas pela enchente do Rio Taquari na semana passada finalizaram o Formulário de Informações do Desastre (Fide) do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec). Encantado calcula pelo menos R$ 437,6 milhões de prejuízo. Em Muçum, os dados apontam mais de R$ 750,7 milhões. Juntas, as cidades tiveram mais de R$ 1,1 bilhão em perdas.
Para além dos números, o documento também detalha os impactos em termos de dificuldades impostas para serviços públicos
básicos, como atendimento em saúde, saneamento básico, comunicações, transporte, distribuição de combustíveis entre outros.
A maior cidade da região alta, Encantado, contabiliza um óbito e cerca de 22 mil pessoas afetadas de alguma forma pelo fenômeno. Foram mais de 1,1 mil residências atingidas, 200 estabelecimentos comerciais e diversas indústrias.
Em Muçum, foram pelo menos 14 mortes confirmadas, com 150 pessoas feridas. Ainda há 20 desaparecidos e milhares de desabrigados. A força da correnteza do rio destruiu 50 residências e danificou outras 1,2 mil.
Roca Sales, outro município muito impactado pela enchente, ainda elabora o diagnóstico. Esse
Em Muçum, prédio na rua Taquari está condenado. Pelo relatório da Defesa Civil, há mais de 1,2 mil habitações dani cadas
documento faz parte do processo burocrático para os governos locais conseguirem liberação de recursos do Estado e da União.
Na tarde de ontem, prefeitos, secretários de Estado e representantes da Univates se reuniram para traçar estratégias voltadas para análise dos prejuízos e reconstrução das infraestruturas dos municípios, tanto em termos de estradas, rodovias, quanto de residências, comércios e empresas.
Coordenadora de Relações Institucionais da universidade, Cintia Agostini, conta que era necessário ouvir as particularidades de cada região afetada. “Não conhecemos
Prédios públicos comunitários3 Danificados 2 Destruídos
Prejuízo total R$ 750,7 milhões
as realidades, a enchente atingiu as comunidades de formas diferentes.
Como encaminhamento, ficou definida uma articulação pela Secretaria de Meio Ambiente para agilizar a retirada de entulhos das áreas afetadas. Por parte da Secretaria de Serviços Públicos, será organizado um Grupo de Trabalho com os engenheiros para avaliação das moradias.
Neste sentido, a Univates se comprometeu em apoiar com a busca de engenheiros voluntários para atuarem nas habitações afetadas. A equipe será supervisionada pelo estado para garantir a qualidade das intervenções.
Em curto prazo, frisa Cintia, é necessário projetos construtivos rápi-
Mortos - 1
Desabrigados - 509
Desalojados - 1,3 mil
Total de afetados - 22,9 mil
Danos materiais
Residências danificadas - 990
Residências destruídas - 110
Unidades de saúde - 3 Danificadas
Escolas - 8 danificadas
Prédios públicos comunitários 6 Danificados
Prejuízo total R$ 435 milhões
Por mais que se tenha o aluguel social, não tem casa para todos. É preciso garantir o quanto antes locais às pessoas viverem”
dos, para garantir moradia às famílias atingidas. “Por mais que se tenha o aluguel social, não tem casa para todos. É preciso garantir o quanto antes locais às pessoas viverem.”
No segundo momento, o grupo de autoridades e técnicos pretende elaborar projetos de longo prazo para melhorar a qualidade das moradias e repensar as cidades. Inclusive com elevação das cotas de enchente para evitar incidentes graves como o da semana passada.
Sem a fluência no português, estrangeiros contam com a ajuda do haitiano Widmaer Jean, 33
LAJEADO
Mais de 150 imigrantes, de diferentes nacionalidades, estão desalojados em Lajeado, depois da enchente de terça-feira. Um deles é o haitiano Widmaer Jean, 33, que mora na região há nove anos e trabalha na assistência social do município.
Para muitas famílias do Haiti,
Jean também é um porta-voz. É ele quem faz a tradução do crioulo, língua falada por muitos imigrantes, para o português. Para ele, muitos não têm o costume de acompanhar as notícias da cidade e, por isso, foram pegos de surpresa pela enchente.
“Lidar com as minhas coisas e com a de outros imigrantes não é fácil, mas eu tento dar conta. Mas
temos uma equipe boa na prefeitura, que ajuda muito na comunicação”, comenta.
Jean estima que cerca de 50 famílias haitianas tenham sido atingidas só em Lajeado. “A gente vem sempre procurando por uma vida melhor, meu foco é esse.”
Ao todo, vinte pontos com controladores de velocidade começaram a operar ontem. São nove na BR, sendo dois no Vale
Os radares fixos das BR-101, 386, 290 e 448 já estão em funcionamento. A Polícia Rodoviária Federal começou a fiscalização à meia noite de segundafeira, 11. Os pontos de fiscalização ficam em quilômetros críticos para acidentes e tem o objetivo de controlar a velocidade nestes locais.
Dos sete pardais que entrarão em funcionamento na 386, dois estão no Vale do Taquari. Um deles está no quilômetro 367, em Fazenda Vilanova, próximo ao trevo de acesso à Via Láctea (ERS-128). Já o outro fica no quilômetro 305, em trecho de serra no município de Pouso Novo. Os demais ficam em Soledade, Fontoura Xavier, Montenegro, Triunfo, Nova Santa Rita e Canoas.
Outra importante rodovia que passa pelo Vale do Taquari ganhará novos radares móveis, a RSC-287, que há dois anos está sob concessão privada. Serão sete aparelhos para fiscalização da velocidade dos veículos. Dois dos radares estarão no trecho de Venâncio Aires, nos quilômetros 68 e 78. Os demais ficam em outras cidades do Vale do Rio Pardo. Em Tabaí, no quilômetro 29, será instalada uma lombada eletrônica.
“A PRF faz uma força-tarefa para validação desses aparelhos. É uma equipe de Brasília, que passa por diversos locais do país. Ela busca dar celeridade. Assim que vier aqui, haverá um prazo para o radar entrar em funcionamento”, frisa o chefe de comunicação da instituição, Douglas Paveck Bomfim.
A implantação dos radares foi feita pela CCR ViaSul, pois a instalação estava prevista no contrato de concessão da rodovia, assinado em 2019. Os equipamentos também foram aferidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) antes de serem repassados para a PRF.
Os controladores deveriam operar desde 2020, porém, mudanças na legislação promovidas pelo governo federal alteraram especificações técnicas, o que mexeu também no prazo de implantação dos radares.
Oprimeiro encontro da família Beuren já tem data marcada. Os descendentes de Johann Adam e Elisabetha Beuren se reúnem no dia 1º de outubro, em Santa Clara do Sul. Até o momento, já são mais de 140 inscritos.
A recepção inicia por volta das 8h30 e é seguida por uma missa às 10h, celebrada por padres descendentes dos imigrantes Beuren, na Igreja Matriz São Francisco Xavier. Um almoço festivo ocorre no Salão Paroquial, ao lado da igreja, ao valor de R$ 40. Durante a tarde, o momento é de conversação.
Interessados em participar do encontro podem confirmar presença pelo whatsapp (51) 992043913, com Rosani Oberger, ou pelo e-mail encontrobeuren@ gmail.com.
Era 1845 quando Johann Adam e Elisabetha Beuren emigraram para o Brasil. Ambos nascidos na
Família de um dos lhos de Johann e Elisabetha, Augusto Gabriel, que casou com Maria Magdalena Schüssler,
região de Hunsrück, na Alemanha, vieram ao Novo Mundo alguns anos depois do casamento, acompanhados do filho Johann Joseph, de dois anos de idade.
Conforme pesquisa de Paulo Rockenbach e Pedro Raul Mallmann, a família Beuren se estabeleceu primeiro na Imperial Colônia de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Lá, outros três filhos nasceram. Entretanto, em 1853, o patriarca Johann Adam faleceu, deixando a viúva com quatro crianças pequenas.
Em 1857, um navio com imigrantes aportou no Rio de Janeiro e Elisabetha viu a oportunidade de um recomeço, dessa vez, no sul do Brasil. Assim, em agosto daquele ano, a família Beuren chegou a Es-
8h30 – Recepção
9h – Roda de Chimarrão
10h – Missa
12h – Almoço no Salão Paroquial
14h –Momento cultural e de conversas
17h – Encerramento
tância Mariante (Venâncio Aires). As constantes inundações motivaram uma nova mudança em 1860, quando Elisabetha e os filhos se estabeleceram na antiga Colônia de Conventos.
Pela primeira vez, descendentes se reuniram em um evento simbólico para honrar as origens
VENÂNCIO AIRES
A Associação Esportiva e Recreativa Teresinha (Aert) sediou o primeiro encontro da família Weiss neste domingo, 10. O momento celebrou os 150 anos da imigração de Wilhelm e Agnes Weiss, que chegaram em Porto Alegre no ano de 1873, junto de seus seis filhos.
O evento reuniu cerca de 300 pessoas em um encontro singelo em Linha Teresinha, interior de Venâncio Aires. O local foi escolhido já que foi ali que a família Weiss se estabeleceu ao chegar ao Brasil.
O número de participantes foi menor do que o esperado em vir-
tude das dificuldades que o Vale do Taquari enfrenta desde a última semana, quando uma das maiores cheias da história da região afetou milhares de pessoas. A festa, que iniciou com missa e culto ecumênicos, também arrecadou donativos e recursos para as vítimas da enchente.
Conforme a organização, o evento não foi cancelado já que muitas famílias de outros estados, como Paraná e Santa Catarina, já estavam pela região.
Wilhelm e Agnes Weiss vieram da cidade de Neudorf, na Boêmia (hoje, República Tcheca). Desembarcaram em Porto Alegre em agosto de 1873 e vieram de barco pelo Rio Taquari até o Porto de Mariante, localidade de Venâncio Aires. Junto de outros colonos, desbravaram e fundaram Vila Teresinha.
ÁRIES: O amor estará no ar e você pode esperar muitas alegrias com seu benzinho. Só não convém abusar da sorte com grana porque há risco de passar dos limites.
TOURO: Quem faz bicos, atua em home o ce ou tem uma atividade autônoma vai deslanchar e pode contar com ajuda de parentes e gente próxima.
GÊMEOS: Quem trabalha com telemarketing, compras, vendas, entregas, transportes e serviços por aplicativos pode dobrar o faturamento.
CÂNCER: Quem lida com artesanato, roupas, produtos e serviços ligados a beleza e decoração pode encher o bolso.
LEÃO: Dia perfeito para cuidar da sua imagem, valorizar sua aparência e caprichar na produção. Vai ser fácil atrair admiradores.
VIRGEM: Procure focar nas tarefas que estão em andamento e não perder tempo com outros interesses, ainda mais se envolvem sua vida amorosa.
Membro da equipe de paramédicos
Adubo com fezes de aves
"O Mágico de (?)", filme de fantasia
LIBRA: Seu jeito estará mais ativo e dinâmico no trabalho e você terá facilidade para assumir a liderança em grupos e equipes.
ESCORPIÃO: As chances de sucesso e reconhecimento serão mais nítidas à tarde e a che a estará de olho nas suas competências.
SAGITÁRIO: Tire proveito dos seus dons criativos, troque ideias e experiências, assim vai carimbar seu passaporte para o sucesso.
CAPRICÓRNIO: Procure conhecer melhor o crush antes de mergulhar de cabeça no lance. A relação a dois também pode precisar de alguns ajustes.
AQUÁRIO: Aproveite o dia para agilizar seus contatos e aprenda tudo o que puder com as pessoas do seu convívio.
PEIXES: Negociações salariais recebem impulso e podem ser encaminhadas com agilidade. Se sobrar um tempinho, aproveite para cuidar do corpo.
Atração turística de Belo Horizonte
Para homenagear os 150 anos da imigração, um brasão para a família descendente de Wilhelm e Agnes também foi elaborado. O desenho incorpora elementos da terra natal, como a jóia da bandeira de Neudorf e o leão de cauda dupla da Boêmia. Também mostra as ferramentas agrícolas da nova terra, os primeiros cultivos e também a cuia de Venâncio Aires, representando Linha Teresinha.
Vinculam os clientes a uma agência bancária "Quem avisa amigo (?)" (dito)
Camada mais externa do planeta
Sitcom de comédia com Rowan Atkinson
O verbo da pessoa arrojada
O carmim, em relação ao vermelho
Diário Oficial da União (sigla)
Cede; oferece
Centro comercial de cidades árabes
Que estimula a fome Vitamina do limão Claros; iluminados
(?) Maluco: habita o "país das maravilhas" (Lit.)
"A (?) Mágica", ópera de Mozart
(?) party, festa à beira da piscina (ing.)
Aparelho útil na investigação de acidentes aéreos Produz um tecido Correio, em inglês
Forma da régua de desenho técnico
Indivíduo que usa o sistema Braille Flávio Carneiro, escritor brasileiro Habilidade inerente a Lewis Hamilton
Tipo de TV de menor consumo elétrico
Endereço de páginas da web (sigla)
"(?) and cheese", prato dos EUA (ing.)
Sigo; prossigo Mililitro (símbolo)
Base numérica da civilização sumérica 3/lcd — mac — url. 4/mail — pool. 5/bazar — dúzia — guano. 6/mr. bean.
(?) Ney, expoente do samba-canção (MPB) Barcos utilizados em corredeiras
"(?) Olhos do Pai", música gospel Embalagem que pode ser reciclada Edinanci Silva, judoca paraibana
5, em romanos Ditongo de "faixa"
OBrasil iniciou as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 de forma animadora com goleada sobre a Bolívia. Na noite de hoje a Seleção faz a primeira partida como visitante, contra o Peru, no Estádio Nacional, em Lima. O confronto inicia às 23h. Na sexta-feira, 8, o Brasil goleou a Bolívia por 5 a 1 na primeira partida sob comando do técnico Fernando Diniz. A goleada foi construída com dois gols de Neymar, dois gols de Rodrygo e um de Raphinha. O camisa 10, inclusive, superou Pelé em número de gols pela equipe e se tornou o maior goleador da história da Seleção Brasileira, com 79 gols.
Diniz, que divide a função de técnico do Fluminense e da Se-
FUTEBOL AMADOR
Neymar marcou dois gols sobre a Bolívia e ultrapassou Pelé na lista dos maiores goleadores da história da Seleção Brasileira
leção, deve repetir contra o Peru a mesma escalação da estreia. O time titular deve ter: Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Ma-
galhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Raphinha, Rodrygo e Richarlison.
Único país a jogar todas as Copas do Mundo, o Brasil tem ainda mais facilidade nas Eliminatórias para a Copa dos Estados Unidos, México e Canadá. A edição de 2026 será a primeira com 48 equipes, 12 a mais do que as 32 das últimas edições. Assim, a América do Sul
Competição completará três semanas sem partidas
A Aslivata confirmou na manhã dessa segunda-feira que o Regional Aslivata – Copa Certel/Sicredi retornará no dia 24 de setembro. Neste fim de se -
mandará seis equipes de forma direta. O sétimo colocado disputará a repescagem. Apenas três dos dez times em disputa não terão chance de ir ao Mundial.
Após conseguir vaga na repescagem nas duas últimas Eliminatórias, foi à Copa em 2018 e perdeu a
disputa para a Austrália em 2022, a ampliação do número de seleções para o Mundial de 2026 dá esperança para o Peru obter uma nova classificação. O selecionado teve mudança na comissão técnica com a saída do argentino Ricardo Gareca. O novo comandante é Juan Maximo Reynoso. O Peru sofre com dificuldade de renovação na sua seleção tendo na equipe titular ainda velhos nomes conhecidos como o centroavante Paolo Guerrero, o atacante André Carrillo, o goleiro Pedro Gallese e o lateral-direito Advíncula. O time titular deve ter: Gallese; Aldo Corzo, Alexander Callens, Luis Abram e Marcos López; Renato Tapia, Yotún, Andy Polo, Sergio Peña e André Carrillo; Paolo Guerrero.
ARQUIVO A HORA
mana, a competição seguirá sem atividades.
Os confrontos do dia 24 são válidos pela rodada que foi adiada em 3 de setembro.
Brasil x Estudiantes
Riograndense x Taquariense
Fluminense x Nova Berlim
Minuano x Tiradentes
Juventude Taquari x Ecas
Juventude Westfália x Canabarrense
Juventude Guaporé x 7 de Setembro
Rui Barbosa x Serrano
Vinte e cinco partidas movimentam a próxima rodada no dia 24
Delfinense x 11 Amigos
União x Juventude Teutônia
Juventude Brochier x Poço
das Antas
Veterano
São José x São Luiz
Penharol x Rudibar
Fluminense x Canarinho
Guarani, ambos programados para Lajeado. “É um absurdo falar em jogo de futsal em Lajeado nesta semana. Não temos condições de participar dos jogos programados pela competição, nem em termos de preparação física e técnica, nem emocionalmente”, desabafa.
Heisler comenta que o time está sem acesso a dois ginásios para treinos e jogos, o que agrava ainda mais a situação.
Além disso, cita a partida de sábado passado que não deveria ter ocorrido. Na ocasião, o time perdeu por 4 a 0 para o Passo Fundo Futsal. “Aceitamos jogar pois era fora de casa, mas não tínhamos emocional para atuar, nossa comissão técnica e jogadores estavam com o foco para ajudar na reconstrução das cheias.”
No sábado, equipe perdeu por 4 a 0 para o Passo Fundo Futsal, em Passo Fundo
na Série A
Opresidente da Associação Lajeado de Futsal - Alaf, Alexandre Heisler, manifestou o
descontentamento pela situação que se encontra o Gauchão de Futsal. Sem local para treinar e jogar, equipe tem semana decisiva pela
permanência na Série A. Nesta quarta-feira, o time enfrenta a Assoeva e no sábado o
Com 9 pontos, a Alaf está a dois da Afucs, de Seberi, primeiro time fora da zona do rebaixamento e três do Santa Rosa Futsal, 15º colocado. Porém os próximos compromissos das equipes deixam o time de Lajeado em uma situação ainda mais delicada.
A Alaf enfrenta Assoeva, Guarani e Lagoa. Enquanto que o Santa Rosa Futsal enfrenta AMF, Assoeva e Afucs. O time de Seberi joga contra AVF e Santa Rosa Futsal.
Alaf
13 de setembro – Alaf x Assoeva
16 de setembro – Alaf x Guarani
23 de setembro – Lagoa EC x Alaf
Santa Rosa Futsal
16 de setembro – Santa Rosa
Futsal x AMF
19 de setembro – Assoeva x Santa Rosa Futsal
23 de setembro – Afucs x Santa Rosa Futsal
Afucs
16 de setembro – AVF x Afucs
23 de setembro – Afucs x Santa Rosa Futsal
Jogos iniciariam nesta terça-feira. Em respeito à tragédia começo será na próxima semana, dia 19
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.brEm respeito à tragédia acontecida no Vale do Taquari, a organização da Copa Integração CTC/ Sete/Soges comunica o adiamento do início da competição prevista para hoje e quinta-feira.
O Master será no dia 19 com jo-
gos na Soges, a partir da 19h. Torino x Coroas Mirim, Aliança 1974 x Os Amigos e Los Charruas x Renegados são os confrontos.
Já o Veterano inicia no dia 21 de setembro com partidas sendo disputadas no CTC e na Soges. No Clube Tiro e Caça, os jogos são Saragossa x Maragatos, Sombras x Estchopa e Amigos do Fabiano x Dinamite.
Na Soges, os confrontos ocorrem no campo A. Sokanelinhas x 100 Firula, Renegados x Kondenados e Firma x Kitufo.
Jogos da Copa Integração iniciam na próxima semana com início às 19h
Sem ginásio para treinar e jogar, equipe tem semana decisiva pela permanência
Cerca de cem cavalarianos participavam da 3ª Cavalgada da Integração, que saía de Santa Clara do Sul e seguia por 140 quilômetros do Vale do Taquari. Durante a parada em Forquetinha, foi feita uma homenagem a um antigo tropeiro da localidade, Orlando Schonortz, na época, com 79 anos de idade. Durante cinco décadas, Schonortz conduziu gado desde Soledade a Lajeado. A cavalgada da integração, conforme os organizadores, era uma forma de reviver a antiga tradição dos tropeiros e tinha duração de três dias.
O antigo Instituto Musical Mascarenhas do Alto Taquari, com sede em Encantado, já iniciava os preparativos para a 4ª edição do Festival Regional Estudantil da Música
Popular do Alto Taquari, o Frempat. O concurso tinha quatro etapas eliminatórias, que ocorriam em diferentes cidades do Vale. A primeira seria em Lajeado, no Salão Paroquial, no dia 5 de outubro.
O Frempat iniciou em 1970, encabeçado pelo professor Hary Souza Lopes. O festival
por Raica Franz Weiss
Dia do Médico Urologista DIa do Operador de Rastreamento Dia Nacional da Recreação
Santo do dia: Dia de São Guido
Há 20 anos, os alunos do Colégio Madre Bárbara coloriam os antigos muros da escola, que circundavam o pátio da instituição. As pinturas ficavam na rua Júlio May e na Avenida Benjamin Constant.
teve várias edições ao longo dos anos 70 e 80 com o objetivo de descobrir novos talentos na área artística e proporcionar a integração social e o desenvolvimento da cultura da região.
Conforme registros, o antigo Instituto Mascarenhas foi fundado em 1961 e, no início, funcionava nas dependências da câmara de vereadores. A escola ensinava instrumentos musicais, canto, teoria e solfejo.
Oúltimo boletim do trabalho do Departamento de Economia e Estatística do Estado, publicado em junho de 2023, mostra que há 743 mil desempregados, desocupados ou subutilizados. Apesar dos 91 mil novos vínculos empregatícios gerados nos últimos 12 meses, ainda há muito o que fazer por essas 743 mil pessoas.
Por intermédio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, o Governo do Estado pretende auxiliar os cidadãos que se encontram na busca por emprego a partir da qualificação e da capacitação profissional e, para tanto, lança hoje o RS Qualificação. O programa pretende investir R$ 12 milhões, ainda em 2023, nos municípios gaúchos que mais precisam, aqueles que se encontram com indicadores socioeconômicos (Idese Renda) e de empregabilidade (Novo Caged) considerados insuficientes pela análise técnica.
O edital lançado visa incentivar o preenchimento de vagas que possuem demanda reprimida, absorver as procuras do mercado de trabalho e proporcionar formação que foque na empregabilidade imediata. Busca, ainda, auxiliar os empregadores, que necessitam da mão de obra para expandir seus negócios, e os trabalhadores, que muitas vezes estão desempregados pela falta de qualificação.
Para dar maior efetividade ao programa, foi criado o mapa de demanda por qualificação profissional do Estado. Nele, identificou-se as vagas nos municípios que estão há muito tempo aguardando candidatos aptos. A partir disso, serão ofertados cursos nessas áreas específicas, como forma de tornar a política pública efetiva e gerar a empregabilidade tão buscada pela população desempregada ou subutilizada.
O esperado é tornar a qualificação profissional uma política de Estado consolidada, que gera emprego e renda especialmente aos que mais precisam. Alavancar o Rio Grande do Sul por meio do fortalecimento da mão de obra e do apoio aos microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas são atribuições e prioridades da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional.
Seria o impossível um fato ou mera opinião? Tendo em vista a natureza nos ter mostrado sua força, estamos presenciando algo, até hoje, inimaginável. Mesmo que seja difícil combater a causa, somos responsáveis pelas nossas ações. Então pergunto: dessa vez, iremos aprender a lição? Ou vamos esperar uma nova catástrofe para, tal desconforto involuntário, mostrar mais respeito pela vida? Tais perguntas a humanidade vem fazendo há séculos. Ainda assim, exceto em momentos catastróficos, são pouco consideradas. De paliativos em paliativos, passada a crise, o respeito à natureza, bem como a empatia e solidariedade aos semelhantes, vai para a lata do lixo. Ou seja, volta a valer a lei cuja regra a seguir é: “não existe sociedade, só existe o indivíduo e sua família”.
Dizia Guimarães Rosa: “a vida quer da gente coragem”. Lembremo-nos: coragem não é ausência de medo. É a capacidade de enfrentá-lo. Com essa insatisfação positiva, diria: a vida quer da gente respeito, empatia e solidariedade. Contudo, esses sentimentos devem estar presentes em cada segundo da nossa vida. Não apenas em momentos específicos. Portanto, há que ter espaço para outra lei: “não existe apenas o indivíduo e sua família, existe, também, a sociedade”.
Ninguém nasce pronto. Isso quer dizer que, ao longo da vida, vamos nos fazendo. Nesse aspecto, a excelência é sempre um horizonte, um devir, uma utopia. Não é um lugar onde você chega. Ou, qual síndrome do possível, deseja chegar. Logo a autoestima; importante para tornarmo-nos respeitosos, solidários e empáticos; não pode ser confundida com autoengano. Porém, qual refúgios de serenidade, há que entender que não se pode mudar sempre. Apenas quando necessário. Ao atingirmos esse princípio de superação, talvez estejamos diante das
respostas aos questionamentos aqui trazidos.
Gostando ou não, se algo tem de ser feito, que seja bem feito. Dirão alguns: isso é utopia. Para esses, pergunto: não será ela a grande responsável de impedir que o absurdo tome conta da história? De inibir a ausência de respeito, empatia e solidariedade? É inegável que esses sentimentos são muito lembrados em momentos de catástrofe. Por outro lado, estão pouco presentes na normalidade do dia a dia. Daí, apoiados na inteligência emocional, precisamos refletir sobre isso. O medo de se expor, dentre os inúmeros que enfrentamos ao longo da vida, é o primeiro que temos de superar. Como fazê-lo num mundo onde se prefere mandamentos em vez de esforços? Onde se busca modelos de vida em vez de modos de vida? Onde se valoriza mais a opinião do que o fato? Sabendo que conhecimento é sempre produção, estas questões, junto com as demais, precisam ser respondidas. Mas as respostas devem estar relacionadas ao contexto de sociedade. Portanto não do indivíduo. Nessa linha de raciocínio, pode-se afirmar: a verdadeira liberdade não permite modelos de viver. Apenas modos de viver. Para finalizar, dou minha resposta à pergunta inicial: “o impossível não é um fato, é somente a sua opinião”. É simples assim!
Apesar dos 91 mil novos vínculos empregatícios gerados nos últimos 12 meses, ainda há muito o que fazer por essas 743 mil pessoas”
Ninguém nasce pronto. Isso quer dizer que, ao longo da vida, vamos nos fazendo”
Milhares de voluntários se unem para limpeza das casas e ruas nas cidades mais atingidas pela enchente.
Em Muçum, grupo de Caxias do Sul (foto) mantém trabalho para mitigar impacto às famílias
