OPINIÃO | FABIANO CONTE OPINIÃO | FERNANDO RÖHSIG OPINIÃO | RODRIGO MARTINI Sem espaço para erros Diante de tanto apelo e recursos, temos a chance de acertar no tema da habitação.
Afinal, do que se trata o ESG? O ponto de partida está nas pessoas.
Bem-estar psicológico Protagonistas em fazer acontecer Além da ajuda material aos atingidos pela cheia, saúde mental também precisa de atenção.
FESTIVAL SOLIDÁRIO
Análise prévia de engenheiros voluntários estima 2 mil casas condenadas no Vale do Taquari
Relatório traça uma previsão sobre os danos nas construções após a cheia dos dias 4 e 5 de setembro. Das 86 mil edificações avaliadas, 37,2% tiveram mais de 3 metros de inundação. Força-tarefa com engenheiros
civis visita cidades atingidas e faz laudos sobre condições de moradia. Necessidade de reconstrução mobiliza governos. Municípios planejam ações de curto, médio e longo prazo. PÁGINAS | 12 e 13
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Com programação entre os dias 25 e 29 de setembro, o Festival do Livro do Gustavo Adolfo, em Lajeado, tem caráter social. Além de incentivar a arte e literatura, também arrecada livros que serão doados às bibliotecas de escolas atingidas pela enchente.
Dados preliminares do Grupo de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (Gespla) da Ufrgs indicam que mais de 10 mil residências foram atingidas. Entre essas, cerca de 2 mil têm colunas de água acima dos três metros.
Tais números são a ponta do iceberg, pois ainda é necessário tempo para avaliar completamente a extensão dos estragos, em especial quando se considera a condição estrutural dos imóveis.
Engenheiros civis voluntários, governos, universidades e defesas civis se unem para avaliar a segurança das residências. A estimativa preliminar dos voluntários aponta que pelo menos duas mil residências estão condenadas.
Momentos de diversão, doaçãodebrinquedos, oficinaslúdicas,jogos epinturas.Pormeio doprojetoSemeando amor, Daniela Dilkin, 25, levaatençãoàscrianças atingidaspelaenchente. Natural de Roca Sales, ela atuahojeemEncantado e,aoladodaamigae tambémprofessora
DieniferLídiaHabitzreiter, 21, visita os bairros mais afetados da cidade com oobjetivodetornaro momento mais leve aos pequenos
Como surgiu esse gosto pelo trabalho com crianças?
em alojamentos, pensamos nesta ação com intuito de proporcionar oficinas lúdicas de recreação para levar diversão e alegria às crianças, com doações de material didático e brinquedos. Iniciamos em Encantado. Nossa intenção é ir para os municípios vizinhos, Roca Sales e Muçum. Assim, novos voluntários como Juliana Souza e Gabriel Farias se juntaram à ação solidária.
Como as crianças lidam com eventos como este?
As crianças ficam abaladas emocional e psicologicamente, com suas emoções confusas, enfrentando sentimentos desafiadores diariamente. Como consequência, surgem traumas como crise do pânico e frustrações ligadas à insegurança da perda da família e de bens materiais. Para que isso se torne mais leve, se indica a psicoterapia. Mas, quando nem todos têm acesso, podemos trabalhar de maneira gratuita envolvendo a parte pedagógica, com brincadeiras lúdicas, jogos, oficinas de pintura. Com amor e força de vontade a gente transforma o mundo.
Em cima dos diversos desafios, um deles está na escassez de mão de obra no setor da construção civil. A média de idade dos trabalhadores nessa área é superior a 40 anos, e a renovação do quadro é uma tarefa árdua. A falta de pedreiros, instaladores hidráulicos e pintores é uma realidade que se agrava em meio a essa calamidade. Será preciso desenvolver programas de formação para os jovens, a fim de garantir um suprimento constante de trabalhadores qualificados. O desastre exige uma resposta rápida e coordenada. Como a recuperação será longa e desafiadora, o Vale do Taquari terá um período de provações. Superá-las vai depender da resiliência e resignação de toda a comunidade.
Filiado à Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS
Ingressei na área da educação muito jovem, ainda no Curso Normal (Magistério), em Encantado. Depois, na faculdade de pedagogia, seguimos trilhando as experiências com as crianças. Juntas, eu e a Dienifer Lídia Habitzreiter somamos uma rica bagagem de estudos como professoras. O amor pelos alunos e o propósito de transformar a educação em algo inovador sempre nos uniu, tendo como visão pedagógica a criança como
protagonista da sua própria aprendizagem.
Como funciona o projeto?
Surgiu durante as cheias no Vale do Taquari. Com o cenário que se instalava nos municípios mais próximos de Encantado, o que se encontrava era uma situação muito triste. Dienifer e eu resolvemos criar uma ação que visa um olhar atento às crianças, afinal, imagina o impacto disso na infância desses pequenos. Sem escolas, sem casa, sem brinquedos e com as famílias morando
Para nós, esta ação é importante para distrair as crianças com diversão, dando um pouco de alegria, carinho e atenção, para que não saiam totalmente traumatizadas diante do cenário vivenciado. Assim como a doação de brinquedos, para que possam se distrair com algo e não se sentir tristes por tudo que perderam. Com os materiais pedagógicos, podem ler ou pintar nos dias chuvosos e até durante a noite, e compartilhar com os amigos. Em muitos relatos, as crianças comentaram que seus materiais ficaram na escola e foram levados pela enchente.
Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke
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“Com amor e força de vontade a gente transforma o mundo”
A falta de pedreiros, instaladores hidráulicos e pintores é uma realidade que se agrava em meio a essa calamidade”
rodrigomartini@grupoahora.net.br
Os números são assustadores. Milhares de residências foram destruídas, danificadas ou condenadas após a história enchente do Rio Taquari. São dezenas de milhares de pessoas impactadas. Bairros foram devastados pelas forças das águas e o cenário é de muita incerteza em diversas localidades de Muçum, Roca Sales, Encantado, Arroio do Meio, Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul, Bom Retiro do Sul, Colinas e Venâncio Aires. Um verdadeiro dilema habitacional foi instaurado em todo o Vale do Taquari. Afinal, é seguro retomar a vida e os negócios em áreas atingidas pela catástrofe da semana passada, ou será preciso recriar bairros e centros administrativos bem acima das cotas de inundações atuais e, desta forma, remodelar todo o sistema urbano e logístico em algumas localidades? Se optarmos pela segunda opção, o que não seria nenhum absurdo ou novidade em solo brasileiro – um exemplo é a cidade de Branquinha, no Alagoas – teremos uma chance única para realinhar erros históricos e já consolidados de ocupação urbana. Mas é preciso acertar. A urbanização em áreas alagáveis é histórica, reforço. As primeiras ruas de Lajeado, por exemplo, ficam às margens do Rio Taquari. A proximidade com a água era uma necessidade latente entre os primeiros colonizadores. Foi assim em boa parte dos municípios abençoados com a presença desses mananciais. Ou seja, estamos falando de uma cultura enraizada nas comunidades, mas que precisa ser quebrada. Recentemente, e
• O governo de Lajeado contratou a empresa Sieg Engenharia e Construções para executar a obra de uma quadra de basquete no Parque Ardi Stork (ou Parque Linear), junto à Av. Décio Martins Costa.
• Levando em conta a cota de inundação prevista pelas regras municipais, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Lajeado contabiliza 1.976 empresas impactadas pela enchente.
• Em âmbito regional, o mapeamento prévio da CIC/VT aponta que 77% das mais de mil empresas já analisadas perderam o estoque de matéria-prima em função da enchente.
• Diversos empreendimentos impactados direta ou indiretamente pela tragédia da semana retrasada já iniciaram os processos de demissões de funcionários. Um problema ainda pouco debatido.
• Os bilhões em aportes ou empréstimos financeiros já anunciados pelos governos estadual e federal ao Vale do Taquari, e a necessidade urgente de construção de novas moradias às centenas de desabrigados, despertam o interesse de diversas construtoras do Brasil.
• Não há o que não haja. Se por um lado existem agentes públicos aproveitando-se da tragédia para garantir votos em 2024, outros tantos se utilizam do momento para tentar emplacar fake news e intrigas entre políticos e eleitores. E, diante de tantos conflitos, o Ministério Público precisa agir para mitigar os problemas.
• A Amvat está preocupada com o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do RS (Saers), cujo resultado impacta na distribuição de recursos estaduais aos municípios. O assunto foi levado à Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que até o dia 20 de outubro deve encaminhar uma solução aos municípios atingidos pelo ciclone extratropical. As provas iniciam no dia 20 de novembro.
sem o apelo social e econômico gerado pela catástrofe que resultou em mais de 50 mortos, o Vale do Taquari já experimentou alguns movimentos mais tímidos de reocupação urbana. Em Lajeado, o principal exemplo é o residencial popular Novo Tempo, entre os bairros Santo Antônio e Jardim do Cedro. Em Estrela, o exemplo é
o condomínio Nova Morada. Em ambos os casos, e hoje é possível atestar, o tempo tratou de apontar uma série de problemas gerados pela falta de estratégia na escolha dos modelos e locais para as residências. Muitos eram previsíveis. Outros tantos, não. Desta vez, e diante de tanto apelo e recursos, não podemos mais errar.
Logo após a histórica enchente de julho de 2020, quando o Rio Taquari já nos impressionou com os 27m39cm registrados em Lajeado, o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) iniciou um importante movimento. Sob a batuta da então presidente Cíntia Agostini, a entidade provocou a criação de uma Central de Monitoramento Hidrométrico para antecipar e entender melhor os eventos climáticos. A proposta era implantar tecnologias para o controle e mapeamento das chuvas e níveis dos mananciais. À época, o orçamento repassado para a Amvat e prefeitos para instalação e manutenção (durante nove anos) de 40 pontos para monitoramento pluviométrico e linimétrico era de R$ 1,4 milhão. As conversas não avançaram e o projeto nunca saiu do papel.
passou na Câmara dos Deputados e agora aguarda nova apreciação. Para entrar em vigor nas eleições de 2024, precisa de sanção presidencial até 6 de outubro
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
PAÍS
Avançam no Congresso duas propostas que mexem com o Código Eleitoral Brasileiro. Os projetos integram a chamada minirreforma e contempla pontos com mudanças diversas na lei, como flexibilizações na prestação de contas, o cálculo das sobras da eleição proporcional aos legislativos e a antecipação de datas do calendário eleitoral.
Em análise no Senado desde o começo desta semana, a minirreforma precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o próximo dia 6 de outubro para entrar em vigor nas eleições municipais de 2024. Do contrário, as medidas só terão efeito a partir do pleito geral de 2026.
No entanto, senadores de diferentes partidos têm adotado cautela e projetam estudar as propostas “sem pressa”. O próprio presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não garante uma aprovação da minirreforma eleitoral em duas semanas, devido à complexidade de alguns pontos do texto.
A proposta divide opiniões entre políticos, juristas e até em entidades. Na questão das sobras, por exemplo, a distribuição é acessível a todos os partidos que participam
Mudanças podem impactar nas sobras da eleição proporcional para as câmaras de vereadores
do pleito, desde que o candidato tenha obtido votação equivalente a 20% do quociente eleitoral e o partido tenha obtido 80%. A nova proposta muda os percentuais para 10% e 100%, respectivamente.
Para o advogado Fábio Gisch, especialista em direito eleitoral, minirreformas são sempre ruins, pois impedem uma revisão geral do código atual, de 1965. “Há anos, o Brasil faz minirreformas, que são remendos na legislação eleitoral. Tem lei em tudo quanto é lado. São mais de 60 anos de um mesmo código, com alguns termos em desuso, mas que não são revogados”, cita.
Gisch defende a elaboração de um código eleitoral novo. No entanto, acredita que falta vontade política para que essa proposição ande em Brasília. “Essa seria a verdadeira reforma. E está há muito tempo em discussão, mas nunca sai do chão. Enquanto isso, ficamos com os remendos que são feitos a cada eleição”.
Quanto às mudanças propostas, Gisch avalia que algumas questões se consolidam com o tempo. “O que hoje é remendo já está em vigor e está mais consolidada. Todo ano, de uma eleição para outra, se trabalha com novas regras”.
SOBRAS
– Adota o modelo 100/10 no sistema proporcional. Para ser considerado eleito, o partido do candidato precisa obter 100% do quociente eleitoral e o candidato, sozinho, 10%, implementado em quatro fases;
– Simplifica a prestação de órgãos partidários que não tiveram movimentação financeira, nem tenham arrecadado bens estimáveis em dinheiro;
– Limita a aplicação das sanções em caso de não prestação de contas partidárias apenas ao período de inadimplência;
FEDERAÇÃO
– Sanções aplicadas a órgãos de partidos integrantes de federação apenas às legendas, sem estendêlas a toda a federação;
– Definição da aplicação da cota de candidaturas em razão do sexo no caso das federações;
FUNDOS
– Autoriza a contratação e pagamento de serviços de segurança pessoal independentemente do sexo
do candidato, com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha;
– Inclui a proporção de pessoas negras na regra de distribuição dos Fundos;
COTAS
– Disciplina a distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para as mulheres;
– Disciplina a distribuição do tempo de propaganda gratuita em eleições proporcionais para as mulheres, nos termos de consulta respondida pelo TSE, em 2022;
– Amplia o rol de vítimas da violência política contra a mulher;
REGISTRO
– Antecipa em dez dias no período de convenções, mantida a duração atualmente em vigor;
– Redução do prazo (de dez para seis dias) para que os partidos registrem seus candidatos;
– Alteração do prazo para o julgamento dos registros de candidatura. Atualmente é previsto prazo de 20 dias antes do pleito. A proposta estabelece cinco dias antes da eleição;
– Estabelece a fase administrativa da campanha e disciplina o que pode e o que não pode ser feito durante esse período;
CANDIDATURAS COLETIVAS
– Disciplina as candidaturas coletivas, qualificando-as como decisão interna de cada partido;
FINANCIAMENTO
– Autoriza e disciplina as doações via Pix ou similar, de qualquer valor. Dispensa os candidatos de informarem à Justiça Eleitoral as doações recebidas por Pix ou similar – tal informação será divulgada pela própria Justiça Eleitoral;
INELEGIBILIDADE
– Redefine a data a partir da qual são contados os oito anos de inelegibilidade de agentes públicos condenados;
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
– Unifica em seis meses antes da data da eleição o prazo para que agentes e servidores públicos que desejem se candidatar se desincompatibilizem dos cargos que ocupam.
Relatórios são preenchidos por donos de negócios durante trabalho liderado por associações e entidades comerciais nos municípios. Até o momento, coleta de dados ocorreu em oito cidades
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Apuração com dados de até quinta-feira mostram que quase 1,2 mil empresas foram impactadas pela enchente em oito cidades da região. O levantamento é fruto dos mutirões in loco feitos desde o começo da semana, num trabalho conjunto entre associações e entidades comerciais, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e executivos municipais e estadual.
O total de negócios afetados se dá a partir dos formulários preenchidos durante os mutirões. Nessa sexta-feira, 22, foi a vez de Lajeado receber empreendedores locais para levantamento de informações e a contabilização das perdas em decorrência da cheia. A ação ocorreu na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro da cidade.
Segundo o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Rosa, o foco principal dos mutirões é o de garantir a retomada dos
trabalhos para proteger o emprego e a renda da região. Para isso, destaca que o esforço conjunto entre empresários e autoridades busca traçar um plano de médio e longo prazo para recuperação econômica.
“A enchente, desta vez, deixou um rastro de estragos muito maior na comparação com eventos anteriores. Essa singularidade se reflete na diversidade das empresas afetadas, desde pequenas até grandes. Portanto, os desafios que se apresentam exigem uma abordagem diversificada”, afirmou, em entrevista ao programa Frente e Verso, na Rádio A Hora 102. 9.
Segundo Rosa, o perfil das empresas impactadas até agora aponta para a perda significativa de matéria-prima e estoques, com 77,3% dos negócios com esse tipo de registro. Também chama atenção o número de estabelecimentos com necessidades para conserto de máquinas e compra de móveis de escritório. Por isso, foi iniciada uma campanha para doações de materiais de escritório.
Outra frente de trabalho é a busca por agilizar o acesso a créditos especiais. Uma das medidas governamentais anunciadas foi o depósito de até R$ 10 mil a fundo perdido para quem mais sofreu com a cheia. “Esse é um recurso que para algumas empresas pode garantir condições mínimas de trabalho. Para outras, não. Por isso precisamos de dados fidedignos.”
Em Lajeado, o trabalho de coleta das informações envolveu, além da CDL, equipes do Sebrae, da Associação Comercial e Industrial de
Nessa sexta-feira, foi a vez de Lajeado promover mutirão. Atividade ocorreu na sede da CDL
Lajeado (Acil) e do executivo municipal. A analista de projetos de inovação do Sebrae, Cláudia Kuhn, comenta que os mutirões servem também para prestar orientações aos empresários afetados pela cheia.
“Além do formulário que está sendo preenchido, nós também acabamos passando algumas orientações mais técnicas, que as pessoas necessitam. Ainda não temos noção do impacto que tivemos aqui em Lajeado, por exemplo. Então, o momento requer apoio. As empresas têm buscado esse suporte porque precisam recomeçar”, frisa.
A quantidade de formulários preenchidos, comenta Cláudia, é importante para dar uma visão de estratégia e planejamento às entidades no trabalho de auxílio às empresas. “Isso deve ser feito de forma organizada, porque são muitas coisas a serem feitas. Precisamos de um olhar amplo a toda a região”.
Foram 1.157 empresas que preencheram o relatório até quinta-feira.
Arroio do Meio 15%
Bom Retiro do Sul 1,6%
Cruzeiro do Sul 8,3%
Roca Sales 24,3%
Encantado 20,4%
Colinas, Lajeado, Estrela 7,4%*
(Ainda em tabulação)
Total de 1.043 respostas
De R$ 0,01 até R$ 7 mil 32,5%
De R$ 7 mil até R$ 30 mil 26,9%
De R$ 30 mil até R$ 400 mil 34,6%
Acima de R$ 400 mil 6%
Total de 1.043 respostas
Um trabalhador 53,4%
De 2 a 10 37,8%
Acima de dez 8,8%
Total de 1.043 respostas
Já retornou 30,2%
Até 15 dias 13,3%
De 15 a 30 dias 17,9%
Mais de um mês 21,9%
Não sabe 16,7%
- Questões estruturais
- Estoque
- Conserto ou aquisição de máquinas
- Mobiliário
- Postergação de dívidas
- Folha de pagamento
- Postergação de impostos
Com aumento no faturamento de 25% nos últimos dois anos e um lucro superior a faixa dos R$ 2,6 milhões, a Associação Rural de Lajeado (Arla) se prepara para viver um novo momento, com investimentos em melhorias na matriz, além da construção de um centro de distribuição, pontos de vendas e construção de uma unidade de recebimento e secagem de grãos.
Hoje, a associação conta com 3 mil cooperados, distribuídos em 70 municípios, 80 a 90% são pequenos produtores. A associação possui filiais em Lajeado, Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul, Vale Verde e General Câmara.
Em meio as 8 décadas e meio, desde a sua fundação em 24 de setembro de 1938, muitas conquistas foram alcançadas. Em 2004, foi fundada dentro da associação a Cooperativa Rural do Vales (Cooperval).
“Fundamos a cooperativa e tivemos a oportunidade de receber a matéria-prima do produtor também. A legislação não nos permitia adquirir produtos. Então, a única maneira era fundar uma cooperativa dentro da associação rural. Construímos os silos para receber o grão do produtor e a unidade”, conta o presidente da Arla, Orlando Stein. Já no ano de 2017, a Arla dá mais um avanço importante, passou de associação para cooperativa. Mas
não para por aí. Entre as projeções para 2023, destacam-se investimentos em três novos agrocenters. Em Vale Verde, com ponto de venda, em Cruzeiro do Sul com um centro de distribuição em uma área de 5m² e Doutor Ricardo, na região alta, com a construção de um ponto de venda e depósito de grãos.
De acordo com o presidente da instituição, a programação de aniversário acontece durante todo o mês de setembro. Já na segunda-feira, 25, uma atração especial para os cooperados e clientes, na unidade matriz, em Lajeado. “Termos uma vasta programação, além do sorteio de prêmios”.
Muitos associados foram atingidos com a enchente. Segundo Stein, ainda não foi possível calcular os prejuízos, mas foram muitos. “Nossos vendedores externos estão fazendo os levantamentos em suas áreas de atuação para que possamos agir em seguida. Tivemos muita perda no campo. Lavouras de trigo levadas pela água, milho recém semeado, propriedades completamente destruídas e que vão levar tempo para voltar a produzir”.
Stein garantiu que tudo que estiver ao alcance da Arla será feito para que os cooperados afetados pela cheia possam voltar a produzir. Instituição recebe os produtores rurais para mediar alternativas com agentes bancários e órgãos públicos.
Outra boa notícia é a retomada das visitas ao Cristo Protetor de Encantado com uma campanha solidária. A volta ocorre neste fim de semana, dias 23 e 24 de setembro, com horário de visitação das 9h às 17h.
Nestas datas, para ter acesso ao monumento, o visitante deverá realizar uma doação, de qualquer valor, via PIX (e-mail) executivo@cristoencantado. com.br. Todo o montante arrecadado na bilheteria do complexo será destinado às ações de auxílio e recuperação das vítimas das enchentes na região.
Com ajuda de muito voluntariado e pitadas de espírito empreendedor, os destinos turísticos de Muçum começam a se levantar após a maior catástrofe natural do Rio Grande do Sul. Nesta semana, fiquei muito feliz ao constatar que o Kiosque da Praça e a Casa Brandão retomaram as atividades.
No caso do Kiosque da Praça, o recomeço ocorreu no sábado, 16 de setembro, 10 dias depois da enchente histórica. O popular restaurante localizado na Praça Cristóvão Colombo nunca havia sido atingido pelas águas. Dessa vez, ficou submerso.
Todos os eletrodomésticos e estoque de comida foram perdidos, num prejuízo estimado acima de seis dígitos pela gerente Loirane Marchetti, a “Nega”. Para recomeçar, ela ressalta o apoio de voluntários e a união dos funcionários, sendo que houve até quem trouxe o micro-ondas de casa para que a casa pudesse reabrir. Destaque do empreendimento é a vasta culinária com lanches e pratos prontos. Nos dias de Trem dos Vales é servido o bufê
Móveis revirados e lama foram deixados após a fúria do Rio Taquari
colonial com feijão, arroz, massas, polenta, lasanha, batata, frita, além de uma variedade de saladas e carnes.
Na Casa Brandão os trabalhos foram intensos durante a semana para deixar os ambientes em dia na reabertura programada para este sábado, dia 23. O destino turístico fica na Linha Santa Lúcia, próximo da estação
ferroviária de Muçum.
Lá as águas do rio Guaporé invadiram os dois charmosos salões utilizados para receber os turistas. Conforme o proprietário Marciano Brandão, em um dos espaços foi retirado 20 centímetros de lama. O prejuízo maior foi com móveis e estoque de comida perdidos, além de bens pessoas de valor inestimável que estavam
Trabalho intenso durante a semana para a reabertura da Casa Brandão. O restaurante da Santa Lúcia reinicia as atividades neste sábado, dia 23
guardados na casa da família –também atingida pela cheia.
O empreendimento também contou com a ajuda de voluntários para o reinício dos trabalhos que, neste momento inicia, ocorrerá em apenas um dos salões. A capacidade será para atender mais de 100 pessoas.
O diferencial da casa é o cardápio à base da gastronomia italiana. São mais de 20 tipos de pratos com destaque para os
espaguetes, polentas e variedade de carnes. A decoração rústica e o jardim florido sempre foram marca do destino que une boa comida e ambientes sofisticados.
Quatro anos sem pardais nas rodovias federais, algum aumento de acidentes registrados nesses locais?
É segurança no trânsito ou é prá arrecadar multas?
Não li e nem ví nenhum aumento
de acidentes nesses locais, embora acho que em determinados pontos específicos sejam importantes.
Não vou nem falar nos pardais e nas “blitz” com radares móveis em rodovias estaduais, que considero meros sistemas arrecadadores de multas, tipo “pega-ratão”.
Há uns 60 anos passados foram criados dois loteamentos ditos ¨populares¨ em Lajeado, Cohab I e Cohab II, cada um com umas 200 moradias. Há uns 40 anos foi criado o Mutirão Habitacional, com 450 moradias, e esse eu conheci muito de perto.
Calculando por baixo, uma casa digna num terreno não alagável custa hoje em Lajeado uns 350 mil reais. Se temos 200 famílias em locais de risco permanente em função de cheias, realocar esses
imóveis e proibir suas reconstruções pode custar 60 milhões de reais. É dez por cento do atual orçamento anual do município. Mas vamos com calma e sejamos parcimoniosos, dividam isso em cinco ou seis anos. É um tempo bem menor do que o passado 1941. E cá pra nós, bem mais recente quando ainda um certo recanto era chamado meio depreciativamente como ¨Chácara da Prefeitura¨, hoje um bom recanto residencial.
Na década de 1970 foi desenvolvido o Projeto Cura, prá implantar obras de contenção de enchentes em aglomerados urbanos. Em Lajeado foi elaborado um projeto de engenharia pra acabar com as inundações na bacia do arroio do Engenho.
No início da década de 1990 foi elaborado outro projeto de contenção de enchentes, dessa vez incluindo as três principais bacias urbanas (arroios Engenho, Saraquá e Encantado) incluindo determinadas baixadas do Taquari.
É claro que além de evitar que as águas do rio ¨entrem¨, tem que dar um jeito que as águas dos arroios saiam, via bombeamento. Foi assim que o principal acesso atual à Porto Alegre, a avenida Castelo Branco, foi bolada. Como um ¨muro¨ de contenção das cheias do Guaíba. Junto com o muro da Mauá e mais uma dúzia de casas de força prá bombear as águas acumuladas em pequenos arroios pra dentro do Guaíba. Até hoje nunca foram usadas, mas estão lá.
Desde o inicio e não mudou muito até hoje, as cidades do vale foram historicamente desenvolvidas em função da logística de transportes.
Desde os tempos de mil novecentos e antigamente essa ¨lógica¨ não mudou muito. Já foi o transporte fluvial, o rodoviário de beira-rio e BRs e RSs. E tão cedo não vai mudar.
Terra, teto e trabalho. Isso não é novidade, foi o que os imigrantes buscaram por aqui há mais de duzentos anos. E abriram tantos caminhos...
STF LIVRE, LEVE E SOLTO! (DUPLO COM) ELEITOS POR QUEM?
LIVRE PENSAR
“Só tem uma coisa que acaba definitivamente com o meu dia: a noite”
(Cumpádi Belarmino)
Nôno ajudando o neto a fazer o tema de matemática da escola em casa:
- Um garrafão de cinco litros de vinho dividido por dois em quanto dá?
- Aí ¨vareia¨ muito...lá em casa dá prá uma semana, no máximo.
Na última semana, o candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, citou Jorge Luis Borges,um importante escritor de seu país: “ Eu cometi o pior dos pecados possíveis a um homem, não fui feliz...”
Parece-me perfeito que um candidato cite literatura enquanto discute política em um país atormentado pela crise e pelo populismo. Afinal a obra de Borges abrange o “caos que governa o mundo...”
Por isso, antes de seguir adiante vou transcrever o poema original: “Cometi o pior dos pecados que um homem pode cometer. Não fui feliz. Que as geleiras do esquecimento me arrastem e me levem, sem piedade. Meus pais me engendraram para o belo e arriscado jogo da vida, para a terra, a água, o ar, o fogo. Eu os decepcionei. Não fui feliz. Não cumpri sua vontade. Minha mente se dedicou às perfídias da arte, que tece inutilidades. Legaram-me coragem. Não fui valente. A sombra de minha infelicidade está sempre ao meu lado.” Borges continua sendo o mais enigmático dos autores argentinos e sua obra sempre convida a um passeio por um labirinto onde nunca sabemos onde termina a verdade e onde começa a ficção. É por esse motivo ele parece tão atual ao momento em que vivemos no Brasil. Por aqui nos últimos anos há uma tentativa frequente nos fazer esquecer a realidade captada pelos sentidos e substituí-las por ficções, ou narrativas como chamamos aqui. Nada é mais borgeano que essa dúvida sobre a verdade.
Médico Neurocirurgião Borges continua sendo o mais enigmático dos autores argentinos e sua obra sempre convida a um passeio por um labirinto onde nunca sabemos onde termina a verdade e onde começa a ficção”
Em seu conto TLÖN, UQBAR, ORBIS TERTIUS, Borges explora as múltiplas possibilidades de criação e crenças ao discutir um mundo completamente novo. Em TLÖN a história do universo ora é à luta de um Deus contra um demônio, ora uma criptografia em que a verdade só aparece a cada trezentas noites ou ainda uma crença de que enquanto dormimos nesse mundo, estamos despertos em outro. Até que ponto a linguagem influencia o pensamento e em que medida esse pensamento cria coisas é a pergunta que o autor se faz o tempo todo.
Nesse ponto podemos transportar as dúvidas de Borges para o Brasil onde a história é reescrita a luz do dia e a força das palavras provoca reações tão fortes que podem fazer um homem perder o direito de usá-las livremente ao ser banido das redes sociais.
No conto ele nos mostra como “o amor pela ordem” faz o homem se agarrar a qualquer coisa que prometa isso e em tempos de caos, prossegue ele, a mente humana tende a substituir a situação atual por uma farsa lógica, ao invés de mudar o que está errado.
Carteira de identidade, certidão de nascimento ou casamento e carteira de motorista podem ser emitidas pelos órgãos responsáveis com leitura de impressão digital. No caso de imigrantes, o processo ocorre em todas as unidades da Polícia Federal
Junto com móveis, eletrodomésticos e lembranças, muitos moradores da região perderam também os documentos durante a enchente.
Apenas nos últimos 15 dias, Roca Sales, Muçum e Encantado registraram mais de mil atendimentos no Instituto-Geral de Perícias para confecção de novas carteiras de identidade. Até sexta-feira, 22, foram entregues 300 documentos que haviam sido solicitados na semana anterior.
O serviço é gratuito para os afetados pela enchente. Se o morador possuir uma certidão de nascimento ou casamento em bom estado, o processo é agilizado. No entanto, devido à situação de emergência, o IGP pode solicitar a segunda via com base no reconhecimento de impressões digitais no sistema.
Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Colinas e Cruzeiro do Sul possuem atendimento regular para a confecção de carteiras de identidade, e até o momento não se verificou a necessidade de reforço. Por enquanto, a força-tarefa do IGP deve permanecer na região alta do Vale.
Encantado também recebeu um mutirão da Polícia Federal (PF) até sexta-feira, 22, para oferecer
Mais de 300 carteiras de identidades já entregues; Mais de mil pedidos de emissão de novos documentos; Com certidão de nascimento ou casamento, o processo é agilizado; Sem documentos, é feita identificação de impressões digitais; Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Colinas e Cruzeiro do Sul tem atendimento regular, sem mutirão do IGP.
estabelecer residência no Brasil. Com ele, os imigrantes têm acesso a uma grande parte dos direitos civis, como o direito ao trabalho e ao sistema público de saúde. Após o mutirão, é possível recriar o documento em qualquer unidade da PF.
A casa de Dorcelly foi atingida pela enchente, mas os documentos pessoais foram salvos
apoio aos imigrantes de toda a região que buscam regularização migratória e outros serviços. Entre os serviços disponíveis estava a emissão de segunda via e a renovação dos documentos de regularização migratória, cadastro na plataforma Oportunidades Connect Brasil e encaminhamento para vagas de emprego, além do Registro Nacional Migratório (RNM).
O documento é obrigatório de identificação é emitido pela PF para estrangeiros que desejam
Sem saber que o nível da água subiria tanto, Dorcelly Dor foi pego de surpresa pela enchente. Ele está no Brasil há nove anos e, durante a enchente de 2020, morava em Estrela e não foi afetado pela grande cheia. Fazia pouco mais de um mês que o haitiano tinha se mudado para uma residência próxima ao Parque dos Dick. “Eu estava trabalhando. Quando cheguei, não havia mais o que fazer”, relata.
Tudo o que estava dentro de casa foi perdido, mas os documentos pessoais que estavam com Dor foram salvos. Na terça-feira, o haitiano era um dos moradores de Lajeado que aguardavam na fila do Centro Especial de Apoio aos Atingidos pelas Cheias. Ali, ele buscava ajuda para garantir as doações e auxílios financeiros. O Centro teve cerca de 180 atendimentos por dia nesta semana.
No local, situado na avenida Benjamin Constant, 420, no Centro, estão centralizados os principais serviços de atendimento relacionados a perdas causadas pela enchente, como Cadastro Único para Programas Sociais, Cadastro para o Programa do Estado Volta por Cima, informações sobre saque do FGTS e Cadastro Habitacional para itens de reconstrução da residência e avaliação de aluguel social.
O Detran emite segundas vias gratuitas da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para condutores que perderam o documento devido às enchentes. Em Arroio do Meio, Encantado e Lajeado, o atendimento é realizado nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) locais. Moradores de Muçum e Roca Sales podem buscar o serviço nos municípios vizinhos, mas o órgão informa que vai viabilizar postos de atendimento nessas localidades nas próximas semanas. Inicialmente, os condutores devem procurar os CFCs onde fizeram o último serviço, seja de ha-
Mutirão da Polícia Federal esteve em Encantado para auxiliar imigrantes. Documentos podem ser refeitos em qualquer unidade da PF
bilitação ou renovação. O Detran está trabalhando na adaptação do sistema para que, em breve, a identificação seja feita por meio da leitura facial, tanto nos CFCs quanto nos postos temporários que serão montados em Muçum e Roca Sales. A gratuidade da CNH integra as ações da força-tarefa do governo do Estado de atendimento aos desabrigados.
Desde 11 de setembro, já foram emitidas mais de 500 certidões de nascimento, casamento e óbito pelo Registro Civil das Pessoas Naturais de Lajeado. Até terça-feira, 19, o serviço estava disponível no Parque do Imigrante, onde foram emitidas 498 certidões gratuitas. Agora, o serviço volta a funcionar no endereço da Av. Presidente Castelo Branco, 230, no Bairro Florestal. Todas as certidões para as pessoas afetadas pela enchente são emitidas gratuitamente, mediante apresentação de uma declaração que confirme a situação.
O saldo da maior enchente da história do RS acentua déficit habitacional e exige resposta rápida para reconstrução. Estudo da Ufrgs comprova dimensão do impacto, com pelo menos 10 mil prédios atingidos
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br“Perdi tudo e na casa não há mais condição de voltar”. As palavras da dona de casa Rosani Teresinha de Borba, 54, são uma fração do drama vivido por milhares de famílias do Vale do Taquari após a maior enchente da história gaúcha.
Relatório preliminar da Universidade Federal do RS (Ufrgs), feita pela equipe técnica do Grupo de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (Gespla), aponta que foram mais de 10 mil residências atingidas. Destas, cerca de 2 mil com colunas de água acima dos três metros.
Moradora da rua Barão Santo Ângelo, em Lajeado, Rosani enfrentou outras enchentes sem jamais ter presenciado uma tanta violência. “Fui à casa de dois andares de uma vizinha pensando em me abrigar. Não adiantou. A água chegou onde nunca tinha alcançado.”
A residência onde morava com o filho e os netos foi condenada. O forro desabou, parte da garagem cedeu, assim como o piso. Toda a
Os resultados foram obtidos por meio do cruzamento de informações de edificações mapeadas por inteligência artificial e a mancha de inundação identificada por sensoriamento remoto, com dados do Instituto de Pesquisas Hidrológicas (IPH). Confira:
• As cerca de 10 mil edificações afetadas representam 11,7% do total dos imóveis em Roca Sales, Muçum, Encantado, Arroio do Meio, Lajeado e Estrela;
• Estrela foi o município mais afetado em termos absolutos,
Muçum e Roca Sales. Governo do Estado autorizou a desapropriação em áreas dos municípios. O objetivo é construção de casas temporárias. Serão no mínimo 240 unidades. A Gerdau inclusive fará a doação de 17,4 toneladas de aço às construções.
com percentual imóveis. que cidade alagamento. atingidas grau imóveis submersas do metros edificações.
fiação elétrica foi comprometida. “Vamos derrubar o que sobrou e tentar vender o terreno.”
O tamanho da destruição após o episódio dos dias 4 e 5 de setembro ainda precisa de mais tempo para análise, em especial quando se verifica a condição dos imóveis. Um esforço conjunto, com engenheiros civis voluntários, governos, universidades e defesas civis, aponta para uma necessidade urgente à reconstrução.
Conforme a engenheira civil integrante do grupo de voluntários, Rebeca Schmitz, pelos laudos preliminares, a estimativa é que pelo menos dois mil imóveis não tenham mais condições uso. A maio-
ria são residências, mas também estão prédios públicos, empresas e escolas.
Essa organização de profissionais tem visitado as cidades atingidas e feito laudos técnicos. Em cima dos dados coletados, os números se diferem dos dados da pesquisa da Gespla/Ufrgs. Os engenheiros voluntários estimam mais de 15 mil imóveis atingidos.
Morador da rua Marechal Deodoro, em Lajeado, Sérgio Bacci, 57, limpou a casa nesta semana. “Ainda não sei como está para voltar a morar. Só um engenheiro. Mas no que eu olho ela, a parte do segundo piso parece que saiu do eixo. Está torta, caindo para um lado.”
A residência é mista, o primeiro piso é de alvenaria. “Na parte de pedra acredito que resistiu”, diz. Bacci é artesão. Todos os materiais do atelier foram perdidos. Ele se inscreveu no cadastro social para receber materiais de construção e fazer a reforma.
Ao lado da casa dele, uma residência de madeira se soltou e foi levada pela rua. “Eu fiquei em casa, a previsão era da água chegar a 25 metros. Levei tudo para o andar de cima, quando vi a água chegou e não parava de subir. Fui para cima do teto onde esperei socorro.”
Neste momento, viu a residência do vizinho se desprender pela e começar a ser carregada. “Passei minha vida inteira aqui. Enfrentei outras enchentes. Mas nada como isso. Eu em cima do telhado, naquele escuro, só escutava minhas coisas quebrando lá embaixo.”
Em cada contato com os moradores é preciso uma dose de empatia. “É muito difícil dizer para as pessoas que elas não podem voltar”, conta Rebeca. As chuvas desta semana também inviabilizaram a continuidade.
Há um trabalho em formato de mutirão, com uma repartição de comitivas justo nas cidades onde há escassez de profissionais com qualificação. “Quando vamos fazer uma visita, temos de avaliar o aspecto social. Conversar, entender a situação daquela família. Não é só chegar, fazer um laudo técnico e dar as costas.”
Em cima desta ação, a engenheira frisa: “ainda precisamos de mais tempo para entender a dimensão de tudo isso. Estamos em uma si-
Encantado. Residências temporárias dentro das quadras do parque João Batista Marchese. Serão 89 famílias. O projeto de aluguel social, com até R$ 800 por mês, foi enviado à câmara nesta semana. Também há aprovação para construção de três prédios, cada um com 16 apartamentos, pelo Minha Casa Minha Vida no bairro Navegantes. Junto com isso, o município tenta a desapropriação de terreno da União para abrigar um loteamento e um novo distrito industrial.
Arroio do Meio. Parceria público privada vai instalar 25 contêineres que servirão de moradia temporária. Cada unidade terá 15 metros quadrados. Ficarão em área pública no bairro Aimoré. O município também faz o cadastro para concessão do aluguel social. Colinas. O projeto é construir 22 casas no loteamento popular. Faz parte do programa de calamidade do governo federal, ligado à defesa civil. O terreno é do município e a contrapartida das famílias será repassar a área do antigo
tuação crítica e que vai exigir um comprometimento de diversas entidades.”
A nota técnica do Gespla/Ufrgs é assinada por três pesquisadores (engenheiro ambiental, Iporã Possantti, e pelos professores Rodrigo Paiva e Guilherme Marques).
As informações fornecidas têm como objetivo auxiliar no planejamento de políticas públicas e podem ser usadas para estimativas preliminares de danos e custos de adaptação (confira o resumo acima).
Para os estudiosos, os mapas
Quando vamos fazer uma visita, temos de avaliar o aspecto social. Conversar, entender a situação daquela família. Não é só chegar, fazer um laudo técnico e dar as costas.”Casa de Rosani de Borba, moradora de Lajeado, foi condenada após a cheia. Hoje mora de aluguel na mesma rua Sérgio percebe diferença na moradia. Ele aguarda análise de técnicos FOTOS FILIPE FALEIRO
com 2.786 edificações atingidas; • Muçum registrou o maior percentual sobre o total de imóveis. A pesquisa aponta que 35,6% das edificações na cidade tiveram algum nível de alagamento.
• Cerca de 67% das edificações atingidas apresentaram um alto grau de submersão.
• Pelo menos 30% dos imóveis permaneceram submersas até 3 metros;
• De 3 a 6 metros foram 23% do total. A água superou em seis metros algo perto dos 13% das edificações.
imóvel para o setor público, como garantia de que não serão reutilizados.
Lajeado. Projeto debatido com a Caixa Econômica Federal, pelo Minha Casa Minha Vida, estipula 220 unidades em prémoldados. Há dois terrenos disponíveis, um entre os bairros Jardim do Cedro e Conservas, outro entre o Igrejinha e Planalto. Pelo modelo, há possibilidade de residências de 42m². Também ocorre o cadastramento de famílias para o aluguel social.
Estrela. Um dos projetos apresentados é a construção de um conjunto habitacional com cerca de 900 unidades. O governo municipal estipula seis blocos de quatro andares no bairro Imigrantes. Devido à situação de emergência, caso o plano seja aprovado, a expectativa é que o conjunto habitacional leve cerca de seis meses para ser finalizado. De imediato, também existe o plano de casas temporárias em contêineres.
Cruzeiro do Sul. O município trabalha em três frentes. No curto prazo, garantia do aluguel social. São R$ 800 por mês.
Até essa sexta-feira, 40 famílias haviam se inscrito. Em médio prazo, construção de casas pré-moldadas. O mesmo feito em Roca Sales e Muçum. Em longo prazo, 37 unidades habitacionais no bairro Rosa. O projeto está no Ministério das cidades.
e resultados apresentados servem como base para decisões de planejamento estratégico e tático. “A gestão de eventos de cheia requer uma abordagem permanente, o engajamento da comunidade, e ações coordenadas entre diferentes entidades e níveis de governo”, sugerem no documento.
Como próximos passos, o grupo de pesquisadores incluem a avaliação do custo do dano material e a qualificação do grau de submersão com informações adicionais sobre a velocidade do escoamento. A partir dessas informações, consideram ser possível contribuir tanto no planejamento quanto na execução de estratégias para mitigar os danos das enchentes futuras.
Pesquisa preliminar da Ufrgs analisou dados de seis cidades atingidas pela enchente dos dias 4 e 5 de setembro
Edi cações atingidas 2.786
Percentual de imóveis inundados
14%
Percentual com inundação acima de 3m 41,5% dos imóveis inundados
Relatório do município* (dados não constam no estudo da Ufrgs)
na
foram
urbana quanto
LAJEADO
Com o lema “Um lugar para ouvir e ser ouvido”, o projeto Caracol une os dois eixos de atuação do Pacto Lajeado Pela Paz em ações para homens em processo de julgamento pela Lei Maria da Penha. Aprofundar o autoconhecimento, discutir masculinidades e o que leva o indivíduo a cometer certos tipos de agressão é o intuito da iniciativa.
A ideia surgiu em agosto de 2021, quando o tópico começou a ser abordado pelo promotor de justiça Sérgio Diefenbach em reuniões no Ministério Público. Até aquele momento, não havia nenhum programa voltado ao assunto e, por isso, a ideia recebeu grande destaque. Assim, no final do mesmo ano, o projeto Caracol foi oficialmente fundado.
O objetivo é promover a criação de espaços para homens em processo de julgamento por agressão refletirem seus comportamentos e identidades, além de reverem padrões nocivos atribuídos ao gênero.
O trabalho tem base no emocional e na transformação, visando a prevenção e o enfrentamento ao conflito destrutivo e às violências.
Ao longo de dois meses, são feitos oito encontros com um grupo de 10 a 20 participantes. No final de 2021, ocorreu a finalização do primeiro grupo. Desde então, por ano, são realizados cinco grupos. Até o momento, dez já tiveram o ciclo de encontros completo.
Os momentos são mediados por dois facilitadores, em geral, um homem e uma mulher. Uma das facilitadoras envolvidas é Daiana Corbellini. Ela explica que a escolha das duplas se justifica porque o homem mostra a visão de novas
atitudes de modo a se tornar uma pessoa melhor e a mulher apresenta o olhar feminino, que a grande maioria não tem.
A partir do momento que uma mulher recorre à Polícia Civil com algum caso de agressão doméstica, o homem automaticamente entra na lista de espera para o programa. Quando o número ideal é atingido, os encontros começam. Todo o processo, além de contar com os facilitadores, tem o apoio do Ministério Público e do judiciário municipal.
A metodologia utilizada nessas ocasiões são os Círculos de Construção de Paz. Coordenador do projeto, Alexandre Porto Fransozi explica que durante a prática são feitas perguntas norteadoras que auxiliam o participante no desenvolvimento da consciência sobre o assunto abordado, além de fazer com que seja um forte momento de introspecção.
“Não isentamos os envolvidos pelas ações que eles realizaram. Mas queremos que a violência não seja mais uma opção. Por isso, ensinamos técnicas de atenção plena para que, quando ele pensar em ter alguma reação violenta, consiga refletir sobre a situação, encontrando uma melhor forma de agir”, detalha.
Daiana acrescenta que questões de diferença de gênero, principalmente envolvendo vulnerabilidade e a temática da violência são fortemente abordadas. Ela comenta, ainda, que o debate sobre o que levou os indivíduos a chegarem ao projeto também é trabalhado nos círculos.
A principal meta do programa é que os indivíduos não voltem a agredir as parceiras. A resposta
O simbolismo do caracol traz o saber da paciência e da impermanência, expressando uma regeneração periódica e lembrando que os processos podem ser lentos, mas que o importante é continuar. Também representa a transformação, que é o que se espera do homem na temática de violência contra a mulher.
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da iniciativa tem sido positiva, explicam os facilitadores. Eles pontuam que, desde a formação do primeiro grupo, as vítimas não voltaram a registrar boletins de ocorrência, método que utilizam para a fiscalização.
“Percebemos que eles deixam de agir com impulsividade e violência”, reforça Daiana. Segundo a facilitadora, muitos participantes relatam que a iniciativa auxiliou no comportamento com outras pessoas também. Para ela, isso ocorre por ser um local voltado para a escuta, entendimento dos sentimentos do outro e, acima de tudo, melhora coletiva.
A 21ª edição do Festival do Livro do Colégio Gustavo Adolfo inicia na segunda-feira, 25, com atrações culturais e arrecadação de obras para bibliotecas atingidas pela enchente
Estamos falando de duas décadas de história. Todos os anos procuramos avançar um pouco mais”
tural e, portanto, deve ser apreciada”. De acordo com Hoppe, a escolha do tema foi feita em conjunto com a comunidade escolar.
Entre os escritores que participam da programação, estão Taiasmin Ohnmacht, Júlia Dantas, Letícia Wierzchowski, Kalunga, Eliandro Rocha e Rosane Castro. Além disso, haverá apresentação de estudantes, lançamento de livros, teatro, rodas de conversa e palestras. A comercialização de livros fica por conta da Livraria Wessel durante o festival.
“Os estudantes estão lendo obras de autores como Júlia Dantas, Taiasmin Ohnmacht e Letícia Wierzchowski, e um bate-papo com elas será muito interessante”, avalia Hoppe.
LAJEADO
Exposição de trabalhos, apresentações culturais, rodas de conversa e encontro com autores fazem parte da programação do Festival do Livro do Gustavo Adolfo. As atividades ocorrem entre 25 e 29 de setembro, no Centro Comunitário Evangélico de Lajeado. O evento chega à 21ª edição e vira tradição no município.
Organizada pelo Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo, a iniciativa é gratuita e aberta à comunidade, com programação também na Univates e no colégio. A abertura oficial do festival será na segunda-feira, 25, às 19h, com apresentação da Orquestra Gustavo Adolfo Univates.
Além de compartilhar cultura e incentivar o hábito da leitura, o festival também se solidariza com as pessoas e instituições atingidas
pela enchente no Vale do Taquari.
Por isso, organiza uma campanha de arrecadação de livros novos e usados, que serão doados às instituições de ensino que tiveram suas bibliotecas atingidas. A arrecadação ocorre durante os dias de evento.
“O festival se contextualiza com o cenário atual, por isso busca esse caráter solidário também”, reforça o diretor do colégio, Edson Wiethölter.
Neste ano, o festival traz como tema “Identidades Gaúchas: há mais traços que nos representam”. Coordenador pedagógico do GA, Willian Hoppe reforça a pluralidade da cultura do estado e a importância do debate.
“As identidades gaúchas são ricas e multifacetadas, indo além dos estereótipos tradicionais associados à figura do gaúcho. Embora o chimarrão, a bombacha e o amor
pelo churrasco sejam elementos importantes, há uma diversidade de traços culturais que nos representam”, reforça o coordenador.
Ele ainda salienta que as diferentes origens unem os gaúchos e representam a herança histórica, a
resiliência do povo e a paixão por preservar e celebrar sua identidade. “A diversidade étnica presente no estado, com influências indígenas, africanas e imigrantes de várias partes do mundo, enriquece ainda mais o nosso panorama cul-
Segunda-feira (25/9)
8h - Apresentação Kira Pallaoro;
8h20min - Apresentação do Livro da Vida (6º e 7º anos);
8h30min - Coral Juvenil;
10h - Grupo de Teatro “Os músicos”;
19h - Orquestra GA/Univatesabertura oficial;
Terça-feira (26/9)
8h30min - Grupo de Teatro Ensino Médio - “A Aurora da Minha Vida”;
10h - Orquestra GA/Univates;
14h - Concerto de piano - Murilo Bald;
14h30min - Roda de conversa
com Rosane Cardoso e Paula
Dresch dos Santos;
19h - Orquestra do GA/Univates;
19h30min - Sarau;
Quarta-feira (27/9)
8h30min - Cinema e coral infantil;
10h - Grupo de Teatro “De um conto a outro”;
19h - Coral infantil;
19h30min - Lançamento de livros;
Quinta-feira (28/9)
8h30min - Grupo de danças;
9h - palestra com Lauren Weiss da Rosa;
Na quinta-feira, a apresentação da companhia Lumbra é outra atração destacada pelo coordenador, que ainda fala da consolidação do evento. “Estamos falando de duas décadas de história. Todos os anos procuramos avançar um pouco mais. Tenho certeza que será um belo evento e que atenderá as expectativas da comunidade escolar e de todo o Vale”.
A programação completa pode ser conferida no site do colégio, www.gustavoadolfo.com.br, ou pelas redes sociais do GA.
14h30min - Grupo de teatro “De um conto a outro”;
19h - Apresentação do Grupo de Teatro Lumbra;
Sexta-feira (29/9)
8h30min - Grupo de teatro “O Rouxinol e a Rosa”;
15h30min - Apresentação dos grupos de danças;
19h - Coral juvenil;
20h - Apreciação e premiação dos curta-metragens e stop motions.
*As atividades ocorrem no Centro de Educação
Básica Gustavo Adolfo, na Univates
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NEITZKE
EZEQUIEL
Fase classificatória está perto do fim e rodada pode confirmar a classificação de mais quatro equipes
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
AGENDA
Imigrante Riograndense x Taquariense
Mato Leitão Fluminense x Nova Berlim
Canudos do Vale Minuano x Tiradentes
Taquari Juventude x
Ecas
do Meio Rui Barbosa x Serrano
Delfinense x 11 Amigos
União x Juventude Teutônia
Taquari São José x Rudibar
do Sul Canarinho x São Luiz
Cruzeiro
No grupo A, o Estudiantes já está classificado e enfrenta o Brasil, que necessita de um empate para confirmar a vaga. Uma derrota, aliado a um tropeço do Riograndense, também classifica o time para as oitavas de final.
FUTEBOL AMADOR ALIGA
A chave C é a mais equilibrada. Líder do grupo com 7 pontos, o Juventude de Westfália se classifica em caso de vitória sobre o Canabarrense.
No grupo B, Fluminense está com 100% de aproveitamento e agora busca a melhor campanha geral. Minuano e Tiradentes fazem confronto direto, quem ven-
Com 12 pontos, o Serrano já está classificado. A rodada tem como destaque o confronto direto entre Sete de Setembro e Juventude Guaporé, quem vencer fica
Terceira rodada ocorre neste fim de semana com quatro jogos
A Aliga, competição que integra os municípios de Mato Leitão e Venâncio Aires segue neste fim de semana com a disputa de quatro jogos.
No sábado, em Mato Leitão, o União pode encaminhar a classificação em caso de vitória sobre o Ouro Verde. Já em Vila Santa Emília, o São Luiz confirma a vaga nas quartas de final em caso de êxito sobre o River Plate.
Já no domingo, Santo Antônio
muito perto da vaga. No aspirante quem pode se classificar na rodada podem ser Brasil, Tiradentes, Ecas, Canabarrense ou Juventude Westfália, Serrano e Sete de Setembro.
TRANSMISSÃO
Chave A: São Luiz (4 pontos), União (1), Santa Tecla, River Plate e Ouro Verde (sem pontuar)
Chave B: Avante (4 pontos), Santo Antônio (3), Aert (2), Duvidosa e Deodoro (sem pontuar).
Aspirante:
AGENDA
Chave A: União e São Luiz (3), Santa Tecla e River Plate (1) e Ouro Verde (sem pontuar);
Chave B: Avante (4 pontos), Santo Antônio, Duvidosa, Deodoro e Aert (1).
Após duas semanas de espera, o Clube Sete de Setembro conhece os campeões da Taça Sete 89 Anos. Os jogos iniciam às 12h30min. O Grupo A Hora transmite os quatro jogos em live na página do A Hora Esportes no Youtube.
A primeira decisão é pela série Prata da segunda divisão entre Coringa e Parceria. Logo após, o jogo é pela Ouro. 100 Firula e Afusi chegam para a final após classificação nos pênaltis.
Na primeira divisão, a série Prata é entre Renegados e Saragossa. Já a Ouro é uma decisão inédita entre Cataluña e Só Pela Ceva.
O Torneio de Inverno inicia
neste sábado com a disputa das finais. Os jogos de ida ocorrem na sede campestre da entidade, a partir das 13h. No Grupo 1, a primeira decisão é no Bronze, onde Cevaria e Galácticos. Logo após, o Brocadores busca mais um título para a sua galeria, o da Prata do Grupo 1. O adversário é o Super 10. Já a final da Ouro é entre Saidera e Sokanelinhas. No Grupo 2, o destaque fica Barcabier e Celtic, ambos debutam na Soges
neste ano. O primeiro joga a Prata contra o Os Kururus NC. Já o Celtic duela contra o Bud FC na final da Ouro.
A segunda fase da Copa CTC/ Construtora Diamond de Minifutebol inicia neste sábado com os times divididos em séries Ouro e Prata. A partir de agora, eles disputam vagas para o mata-mata.
Jogos no Clube Sete de Setembro iniciam às 12h30min e são válidos por duas divisões
Treinador anuncia na tarde deste sábado a lista de 23 jogadores para jogos contra Venezuela e Uruguai
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
O técnico Fernando Diniz anuncia neste sábado, às 15h30min, a lista dos 23 jogadores convocados para defender a Seleção Brasileira diante de Venezuela e Uruguai, em duelos da terceira e da quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Após estrear com duas vitórias, diante de Bolívia e Peru, o Brasil
volta a campo no dia 12 de outubro, contra a Venezuela, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Depois, encara o Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no dia 17. Essa será a segunda convocação de Fernando Diniz na Seleção. A tendência é que o técnico mantenha a base da última lista. Uma possível mudança é a saída de Gabriel
Martinelli, atacante que machucou a coxa esquerda em partida do Arsenal, no último sábado. Por outro lado, há chance de retorno de Vini Jr, que foi cortado da primeira con-
vocação de Diniz e ainda não voltou a atuar pelo Real Madrid. O Brasil lidera as Eliminatórias com seis pontos, superando a Argentina no saldo de gols.
Equipe do Vale do Taquari conquistou um ouro e duas pratas nos primeiros dias de competição. Dois atletas garantiram vaga na Seleção Brasileira que disputa o Campeonato SulAmericano
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
AAssociação de Ecologia e Canoagem – Aeca está em Lagoa Santa, no estado de Minas Gerais, onde compete no Campeonato Brasileiro de Canoagem Velocidade. Representada por 15 atletas na competição, já registra as primeiras meda-
lhas e convocações para a Seleção Brasileira que competirá no Campeonato Sul-Americano.
A Aeca embarou para Lagoa Santa na segunda-feira, 18. A competição iniciou na quinta-feira e segue até este domingo, 24. Até a tarde de sexta-feira, a equipe que representa Estrela e Lajeado já tinha conquistado um ouro, duas pratas e um quarto lugar. Dois atletas obtiveram com a classificação vaga para a Seleção Brasileira.
O principal destaque do início da competição foi Calebe de Almeida, campeão na categoria K1 1000m Menor. O resultado o credenciou ao Campeonato Sul-Americano, que ocorre também no município de Lagoa Santa logo após o Brasileiro. Outra atleta que conquistou a vaga foi Helena Dallagnol, quarta colocada na categoria K1 1000m Menor.
Nas provas em dupla, a Aeca conquistou duas medalhas de prata. No K2 1000m Cadete a medalha ficou com a dupla Luzia Arnhold e Gabrie-
le Oestrae. Já no K2 1000m Senior o segundo lugar foi conquistado por Jéssica Stroher e Bruna.
Outro destaque da Aeca foi o atleta Lucas Lottermann, convidado para ser o porta bandeira na solenidade de abertura do campeonato. “Fomos recepcionados pelo pessoal do Rotary de Lagoa Santa, nos presentearam com a bandeira do estado de Minas Gerais, além disso tivemos a honra de ceder o Lucas para a solenidade de abertura”, destaca o presidente da associação, Marco Edson Carvalho da Silva.
O presidente considera o início de competição muito positivo para a equipe do Vale do Taquari. “Começamos com uma medalha de ouro e duas de prata, aliados às convocações à Seleção Brasileira. Terminamos as provas de mil metros e logo iniciamos as de quinhentos, então tem muita gente para competir ainda. Temos uma expectativa de somar ainda mais medalhas.”
Principal competição esportiva das Américas, o Pan-Americano inicia no dia 20 de outubro e conta com uma atleta do Vale do Taquari. Jaque Weber foi convocada pelo Comitê Olímpico do Brasil para representar a Seleção Brasileira nos 800 metros.
“É a realização de um sonho. Disputar o Pan-Americano, um evento gigante, que acontece a cada quatro anos, me enche de orgulho do trabalho feito até aqui”, comenta a atleta.
Jaque teve uma temporada dourada até então, com participação em Campeonato Mundial e quebra de recordes pessoais, mas admite que este era o momento mais esperado do ano. Cita que quando iniciou o ano, fez uma lista a mão de todos os eventos que gostaria de estar e a prendeu na geladeira para visualizar todas as manhãs. “Isso incluía desafios enormes e exi-
giria as melhores performances de minha carreira. O último evento, de um ano intenso e desgastante, era o mais desejado, o Pan do Chile. E ontem carimbei essa vaga. Estou muito feliz.”
Segundo Jaque, o caminho até Santiago ainda é longo, passando pelo Campeonato Mundial de Corrida de Rua e preparação na altitude, na Colômbia.
Na próxima quarta-feira viaja acompanhada de Fabiano Peçanha, para Riga, na Letônia onde disputa o Mundial. “Será muito importante para meu amadurecimento enquanto atleta, novamente alinhar com feras do atletismo Mundial.”
No retorno, viaja direto para Colômbia, aonde realiza um camping de treinamento em altitude de 20 dias. “Tudo isso visando estar em ótima performance, para agora, buscar a final e consequentemente o pódio do Pan”, finaliza a atleta.
Atleta do Vale do Taquari vem se destacando em competições esportivas mundiais
A nova sede do Ministério Público da cidade era inaugurada na rua Coronel Müssnich. Na ocasião, estava presente o procurador-geral de Justiça do Estado, Roberto Bandeira Pereira. Também houve apresentação do Coral Santa Cecília da Paróquia Santo Antônio e da banda juvenil do Centro de Cultura e Turismo, Bertholdo Gaussmann. Na esquina da rua Coronel Müssnich com a Treze de Maio, o prédio do MP tinha três andares, com sete salas de gabinete, duas de audiência e duas para depoimento público. A doação do terreno foi aprovada pela câmara de vereadores de Estrela ainda em 2000, mas a construção da estrutura só começou em 2002. Até hoje, o MP permanece no local.
A antiga Associação Rural de Lajeado foi fundada em 1938 por 71 agricultores da região. No começo, só comercializava produtos agrícolas, em especial, para a subsistência das famílias do interior, já que, na época, mais de 80% da população de Lajeado vivia da agricultura.
Foi por volta das décadas de 1960 e 70 que novas tecnologias chegaram ao Brasil. Assim, nesse período, a Associação cresceu e ampliou suas ofertas. Do pequeno prédio na rua Bento Gonçalves, a Arla se expandiu pelo Vale do Taquari. Em 2019, a histórica Associação Rural se transformou em uma cooperativa.
- Início da Primavera
- Dia do Soldador
- Dia de Combate ao Estresse
- Dia do Sorvete
- Dia do Técnico Industrial
- Dia do Técnico em Edificações
- Dia Internacional das Línguas de Sinais
- Dia dos Filhos
- Dia de Yom Kipur
- Dia Mundial dos Rios
Maturidade Ativa do Sesc - Há exatos 20 anos, o Sesc fundava o Clube de Maturidade Ativa, com o objetivo de valorizar as pessoas na terceira idade e promover atividades diversas para esse público. Na época, o clube tinha cerca de 60 integrantes. Hoje, continua ativo e conta com mais de 126 participantes.
Morte de Pablo Neruda - O mais famoso poeta do Chile faleceu há exatos 50 anos, no dia 23 de setembro de 1973. Além de escritor, foi diplomata e senador do Chile, filiado ao Partido Comunista. Aos 13 anos, fez sua primeira publicação em um jornal e, a partir dos 16 anos, começou a assinar suas obras com o pseudônimo Pablo Neruda. Foi perseguido por sua inclinação política e, até hoje, há suspeitas de que sua morte tenha sido por envenenamento e não em decorrência do câncer de próstata.
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Conselheiro de Administração (CCA_IBGC)
Sim, se trata das pessoas. Porém, essa pergunta para ser respondida precisa de algumas explicações teóricas. O ponto de partida está nas pessoas. Sim, precisa vir do topo da organização, dos acionistas, da direção, dos gestores, para então alcançar a todos. É suficiente? Infelizmente não. As pessoas estão cada vez mais exigentes para que esse tratamento ocorra em todos os processos das partes interessadas. Penso que quem puxa o ESG é o “G”, de Governança.
O ecossistema onde as pessoas e as empresas estão inseridas está cada vez mais competitivo e é por isso que o ESG transcende o óbvio. Mas afinal, do que se trata o *ESG?
E = Environmental (Ambiental): refere-se às práticas da empresa ou entidade voltadas ao meio ambiente. Entram aqui temas como aquecimento global; emissão de gases poluentes, como o carbono e metano; poluição do ar e da água; desmatamento; gestão de resíduos; eficiência energética; biodiversidade; entre outros.
Atragédia que assolou o Vale do Taquari não apenas deixou um rastro de destruição material, mas também impactou profundamente o psicológico dos afetados. Além da ajuda material, como comida,
Diversos artistas de renome nacional estão se unindo às campanhas de ajuda às vítimas da cheia. O humorista Badin foi o que deu pontapé inicial e agora está sendo seguido por cantores, jogadores e influenciadores. Que continuem assim. O Vale do Taquari vai precisar ainda de muita força para se recuperar.
roupas e abrigo, é preciso também apoio à saúde mental. Conversei com profissionais da área nesta semana e os relatos que eles escutam são impressionantes. Das crianças são os mais impactantes e doídos. São famílias e comuni-
dades que precisam não apenas da restauração de suas casas, mas também da restauração de sua dignidade e bem-estar psicológico. É bom saber que existe esta preocupação das autoridades e dos profissionais da saúde.
O governador Eduardo Leite pediu por menos burocracia e mais ação em relação à ajuda às vítimas das cheias no Vale do Taquari. Mas algumas providências essenciais estão travadas, tornando difícil a tarefa de fornecer assistência imediata às comunidades afetadas. A realidade é que a criação de novos documentos e o encaminhamento de recursos continuam sendo
etapas complexas e demoradas. Uma das principais barreiras é a necessidade de documentação extensa para acessar a ajuda governamental. É fundamental que as autoridades responsáveis tomem medidas concretas para simplificar esses processos e remover obstáculos burocráticos. A urgência da situação requer uma resposta rápida e eficaz.
Em entrevista à Rádio A Hora, a meteorologista Maria Angélica Gonçalves Cardoso lançou um alerta para a temporada de verão que se aproxima: preparem-se para um verão de mais calor e chuva do que o normal. Maria Angélica compartilhou suas projeções para os próximos meses, destacando que o verão promete trazer condições meteorológicas desafiadoras. Ela enfatizou que tanto o aumento das temperaturas como o aumento das precipitações devem ser a tônica da estação.
Em um posto de gasolina da BR-386 fui surpreendido com a generosidade de duas mulheres. Ao ouvirem um frentista contar que havia sido atingido pela enchente, elas não hesitaram. Imediatamente, desceram do carro e ofereceram um porta-malas cheio de roupas e comida. As mulheres estavam a caminho da cidade de Encantado para entregar doações, mas, com um gesto sensível, suas doações acabaram ficando em Estrela, ajudando este senhor em necessidade. Neste dia chuvoso de sexta-feira, a sensibilidade, carisma e empatia dessas mulheres nos lembram que pequenos atos de bondade podem iluminar o dia de alguém e fazer o final de semana ser mais animado e feliz para todos.
É impressionante como algumas pessoas se aproveitam da fragilidade alheia em momentos difíceis para benefício próprio. Muitas
denúncias são falsas e visam apenas prejudicar quem está trabalhando. As autoridades devem apurar essas denúncias, separar a verdade da
mentira, e garantir que os responsáveis sejam punidos. Aqueles que desviam ou roubam dos mais necessitados não podem ficar impunes.
ecossistema onde as pessoas e as
S = Social: relaciona-se à responsabilidade social e ao impacto das empresas e entidades em prol da comunidade e sociedade. Atende a temas como respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas; segurança no trabalho; salário justo; diversidade de gênero, raça, etnia, credo etc.; proteção de dados e privacidade; satisfação dos clientes; investimento social; e relacionamento com a comunidade local.
G = Governance (Governança): está ligado às políticas, processos, estratégias e orientações de administração das empresas e entidades. Conduta corporativa; composição do conselho e sua independência; práticas anticorrupção; existência de canais de denúncias sobre casos de discriminação, assédio e corrupção; auditorias internas e externas; respeito a direitos de consumidores, fornecedores e investidores; transparência de dados; remuneração dos executivos; entre outros. É o “G” quem dita, orienta, fiscaliza e reporta as práticas sustentáveis (ou não). Entendo que os outros dois termos (Social e Ambiental) estão ligados ao “G”. Podemos afirmar que a jornada sobre esse tema dentro da governança está em pleno funcionamento, mas dentro de uma visão sob a perspectiva de uma jornada. Inicia pelo topo da organização, no nível mais alto da governança, precisa ser tangível aos nossos olhos e praticado para o atingimento de resultados sustentáveis para todo o ecossistema que participa da constância de propósito que a cultura transcende. Em que estágio estamos? Baixo, médio ou alto? Não vejo necessidade em ser tão pragmático nessa avaliação de estágio. Percebo que esse olhar sobre ESG nos projetos empresariais, com ou sem fins lucrativos, parte das pessoas e retornará para elas. Estar inserido nessa perspectiva, é compreender o real alcance em perseguir as boas práticas que o ESG nos traz.
Estar presente na cultura das empresas e mirar a jornada do ESG, insere aqueles que são, querem ser e serão protagonistas em fazer acontecer. Como regra gosto de afirmar que o retorno do que se planta será colhido pelas pessoas! Quando? Quanto antes iniciarmos e compreendermos o ESG.
“A natureza não faz nada em vão” Aristóteles
O
empresas estão inseridas está cada vez mais competitivo e é por isso que o ESG transcende o óbvio”
