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“Moeda de troca” na Câmara de Lajeado?

AMesa Diretora da Câmara de Lajeado apresentou, no início de abril, um projeto de lei ordinária para alterar a estrutura do quadro de funcionários do Poder Legislativo. Em resumo, a proposta inicial era extinguir os cargos de Telefonista/ Recepcionista e de Auxiliar Administrativo, e criar os cargos efetivos de Tesoureiro, com exigência de bacharelado em Ciências Contábeis, e Assistente Administrativo, reservado aos profissionais com bacharelado em Direito, Ciências Contábeis ou Administração. Um dia após o PL ser protocolado, a presidente Paula Thomas (PSDB) assinou, em conjunto com o vereador Alex Schmitt (PP), uma emenda à matéria. Além das referidas funções, eles também sugerem o fim de todos os cargos de Auxiliar Administrativo, dos quatro de Auxiliar de Plenário e Comissões e, ainda, a extinção de quatro cargos comissionados. Pois bem. Já se passaram quase dois meses e o projeto de lei ainda é empurrado com a barriga dentro do plenário da câmara. Já foram três pedidos de vista por parte dos vereadores. E não há previsão para votar a matéria que, além de garantir autonomia ao Poder Legislativo com a contratação de um Tesoureiro próprio – hoje o serviço ainda é vinculado ao Poder Executivo –, também diminui o número de cargos comissionados considerados irrelevantes pela Mesa Diretora. É uma situação instigante. Afinal, por quais razões a proposta ainda não foi à votação? Os parlamentares estariam com receio de votar contra a necessária redução no número dos “cargos de confiança”? É medo da repercussão pública? Ou o PL vai servir como possível “moeda de troca” para aumentar de 15 para 17 o número de vereadores na cidade? Aguardemos!

Vai engrossar o caldo

Com cinco mandatos completos, e três presidências de câmara no currículo, o experiente político Waldir Blau (MDB) retorna ao plenário do Poder Legislativo. E o caldo vai engrossar para o prefeito Marcelo Caumo (PP). Blau tem um perfil bem diferente de Adriano Rosa (PSB), cassado pela justiça eleitoral. O emedebista é conhecido pelos embates em defesa dos bairros mais periféricos, e também pela articulação para fortalecer a base dos opositores. Não por menos, ele já almeja assumir como presidente no próximo ano, e inicia os debates sobre a construção de uma sede própria para o trabalho dos parlamentares.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

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