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Justiça leiloa bens da extinta Monibel

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Município cancela

Município cancela

Mais de 150 funcionários aguardam a rescisão por quase 15 anos. Terrenos e imóveis em leilão, hoje, são avaliados em R$ 9,5 milhões

LAJEADO

Em tentativa de quitar dívida com funcionários, bens da empresa Monibel são leiloados nesta quinta-feira, 27, às 14h. Estão à venda, dois terrenos no bairro Olarias e seis imóveis no São Cristóvão, propriedades particulares da marca avaliadas em R$ 9,5 milhões. A empresa faliu em 2008 e deixou um passivo aos trabalhadores.

O leilão ocorre de forma presenciai, no Auditório Diamond Tower, em Lajeado, ou pelo site scheidleiloes.com.br. Caso não haja propostas hoje, dois outros leilões ocorrem nos dias 10 e 24 de agosto.

Na época, o valor rescisório era estimado em R$ 1,6 milhão. Embora tenha ocorrido vendas de bens depois do decreto de falência, os recursos apurados foram utilizados para quitar credores da recuperação judicial. Os empregados continuaram sem receber.

Anos de espera

Graziela Sartori estima ter R$ 45 mil para receber da rescisão. Ela trabalhou por quase 24 anos

Detalhes do leilão

Área de 5.307,40 m² às margens da ERS-129, no bairro Olarias: R$ 4,1 mil Área de 2.726,50 m² às margens da ERS-129, no bairro Olarias: R$ 2,7 mil

Entenda

• Os sócios da Monibel entraram com pedido de recuperação judicial em outubro de 2006. Na época, o valor estimado da dívida chegava a R$ 4,6 milhões;

• Em 2 de outubro de 2008, a Justiça decretou a falência da empresa, considerando não haver condições de recuperação financeira, com passivo de R$ 7,7 milhões;

• Na ocasião, o MP iniciou investigação sobre a venda da empresa e transferência de bens dos sócios para terceiros;

Casa com área de 180,46 m² na esquina das ruas Ceará e Bahia, no bairro São Cristóvão: R$ 532 mil na Monibel, nas funções de RH e cobranças, e conta que o período em que a empresa fechou foi difícil e refletiu na cidade.

“Muitas pessoas dependiam da empresa. Tinha casais que trabalhavam lá. Imagina, de repente, ninguém mais ter renda. Mas ninguém se preocupou com isso no período e nenhuma rescisão foi paga até hoje, pra nenhum dos funcionários da época”, destaca.

Apesar da nova possibilidade de pagamento pelo leilão, Graziela não tem tanta esperança. “Leilão é leilão. Não tem como saber como vai se desenrolar isso”, diz.

Relembre o caso

A Monibel Indústria e Comércio de Alimentos foi fundada em 1977, e produzia balas, pirulitos, pastilhas, caramelos e chicletes. Em outubro de 2008, quando completava 31 anos de atuação, teve a falência decretada pela 2ª

• O fechamento da indústria levou ao desemprego de 154 funcionários. Até hoje, os trabalhadores não receberam os direitos rescisórios. O valor estimado na época foi de R$ 1,6 milhão;

• A primeira tentativa de venda de bens da Monibel ocorreu em março de 2012. Na época, o processo foi cancelado para reavaliação de valores. A intenção era arrecadar R$ 8,5 milhões.

Vara Cível. Na época, cerca de 150 pessoas ficaram desempregadas. Em 2015, a massa falida da Monibel foi arrematada em leilão. O imóvel, às margens da BR-386, e as máquinas foram adquiridos por R$ 4,5 milhões, o que, na época, correspondia a 61% do valor previsto na avaliação inicial. Outros dois leilões já haviam sido feitos, sem sucesso.

Depósito com área de 267,50 m² na Rua Ceará: R$ 767 mil; Quatro apartamentos no Edifício Mariar (201, 202, 301 e 302), no bairro São Cristóvão (na foto).

Apartamento 201 com área privativa de 117 m² na rua Ceará: R$ 357 mil. Apartamento 202, com área privativa de 127,43m²: R$ 325 mil; Apartamento 301, com área privativa de 127,43m²: R$ 325 mil; Apartamento 302, com área privativa de 127,43m²: R$ 325 mil;

O valor total dos terrenos e imóveis em leilão contabiliza:

R$ 9,5 milhões

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