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Fórum reforça urgência do ESG

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Ações de sustentabilidade influenciam avaliação do mercado e recomendações de investimento, alertam especialistas

Thiago Maurique thiagomaurique@grupoahora.net.br

ESTADO

As oportunidades e as tendências da agenda ESG no universo empresarial foram tema da 2ª edição do Fórum ESG da Indústria. Realizado ontem em Porto Alegre, o evento promovido pelo Sebrae RS, Fiergs e Sesi explicitou a urgência de implementar medidas de sustentabilidade ambiental, social e

ENTREVISTA de governança corporativa no panejamento estratégico das empresas de todos os tamanhos.

O que representa o ESG para a indústria brasileira?

Davi Bomtempo – A Agenda ESG representa oportunidade. Ela vem por meio do perfil do consu midor que vem se transformando e exigindo uma mudança nos modelos de produção e de integração da cadeia de valor de determinados setores. Existe um trabalho forte em termos de regulação tanto nacional quanto internacional. Também internamente na empresa, por parte dos diversos stakeholders que exigem a inserção da agenda ESG na estratégia corporativa. É uma agenda que veio para ficar.

Como o tema precisa ser entendido pelas empresas?

Bomtempo – Todos os critérios que compõem a agenda ESG devem caminhar de forma harmônica e integrada, não apenas a parte ambiental, social ou de governança corporativa. Essa é a visão que vem sendo solicitada, seja pelo consumidor, seja pelo investidor. As empresas grandes já internalizaram esse tema, mas as pequenas começam a entrar a partir da visão de reputação, acesso a mercados nacionais e internacionais, quanto da redução de custos. A partir do momento que você passa a utilizar alguns critérios, reduz a utilização de insumos e materiais na fabricação de produtos ou na execução de serviços, e isso gera melhores resultados operacionais.

Promovida no Salão de Eventos da Fiergs, a programação teve como destaque painel com participação do Gerente Executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo e da Analista de Research ESG da XP, Conforme Luiza, o mercado financeiro está cada vez mais atento aos fatores ligados ao ESG. Segundo ela, o posicionamento das empresas no tema já influencia nas recomendações de compra de ações na bolsa de valores. “Até 2025, um terço dos ativos globais estarão inseridos em estratégias sustentáveis. São valores que ultrapassam os US$ 50 trilhões.” thiagomaurique@grupoahora.net.br

Como o ESG se insere no mercado global?

Bomtempo – É uma exigência para as empresas que querem se manter competitivas. O tema vem sendo falado em vários fóruns internacionais, como o próprio Fórum Econômico Mundial. O ESG é sempre parte relevante da discussão diante dos riscos de curto e longo prazo. Isso se reflete no direcionamento de investimentos, seja por meio de pacotes Green Deal Europeu ou o Inflaction Reduction Act (IRA) nos Estados Unidos, mas também em mecanismos desenvolvidos para fomentar essa agenda.

O que falta para o Brasil avançar no tema ESG?

Bomtempo – Primeiro um trabalho de explicação do que é ESG e como ele pode influenciar nos negócios da sua empresa. Outro ponto bastante relevante são as políticas públicas, de como pavimentar um caminho regulatório para que as empresas possam atuar, com regras claras e segurança jurídica. Um terceiro ponto é a questão do financiamento, de como pequenas e médias empresas podem acessar financiamento mais competitivos para ter acesso a outros mercados. Por fim, a questão da educação, de como trabalhar a base para que isso seja um assunto corrente e esteja inserido no DNA das empresas.

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