AH - Conexão| 15 e 16 de outubro de 2016

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Fim de semana, 15 e 16 de outubro de 2016

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Fãs de Dylan comemoram Nobel de Literatura 2016 Músico foi premiado por criar novas expressões poéticas DIVULGAÇÃO

Mundo

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ob Dylan entrou para a história do Prêmio Nobel de Literatura ao ser o primeiro cantor a receber a distinção. O comunicado oficial ocorreu na manhã dessa quinta-feira em evento na cidade sueca de Estocolmo. “Dylan foi escolhido por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana”, justificou a secretária permanente da Academia Sueca, Sara Daniues, durante o anúncio. A nota biográfica do prêmio destaca ainda que “Dylan gravou um grande número de álbuns sobre temas como a condição humana, religião, política e amor”. Outro ponto enaltecido foi a versatilidade do artista. “Trabalhou como pintor, ator e autor de roteiros.” No Vale do Taquari, os fãs de Dylan comemoram a premiação do astro da música folk. Proprietário do Galera's Rock Bar, TJ Kuhn classifica o fato como surpreendente. “Esse prêmio dá um 'up' na maneira de ver músicas, letras e poesias.” Presidente da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) lembra da polêmica em torno da premiação de um cantor, mas acredita que a decisão foi acertada. “Eu vejo ele como um grande

Enquete

Como você avalia o anúncio de Bob Dylan como ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2016? “Em primeiro lugar foi uma surpresa, mas uma surpresa maravilhosa. Ele sempre fez um trabalho espetacular com suas letras. Já era reconhecido no mundo da música, por isso, nada mais justo que receber o prêmio. Sem falar que é fato que a leitura de livros no mundo está diminuindo e esse prêmio dá um ‘up’ na maneira de ver músicas, letras e poesias.” TJ Kuhn (Proprietário do Galeras Rock Bar e membro do Clube do Rock do Vale do Taquari)

“Eu concordo com a premiação. Sei que é uma polêmica, pois Dylan é classificado como músico. Mas, antes de estar cantando, ele precisa escrever a canções. E ele também escreve poesias. Então não deixa de ser um escritor nato. Os trabalhos escritos por ele têm as mensagens de cunho social e as pessoas se identificam muito com as suas letras. Eu vejo ele como um grande escritor e um grande músico.” Márcio Marqueto Caye (Presidente da Alivat)

Após 24 horas da premiação, Dylan não havía se pronunciado sobre o nobel

escritor e um grande músico.” Ao ganhar o Nobel, Dylan superou grandes autores tidos como favoritos. Entre eles, o queniano Ng wa Thiong'o (conhecido pelo ativismo político), o japonês Haruki Murakami (conhecido pelo romance Norwegian Wood) e o poeta sírio Adonis (considerado um dos maiores poetas árabes da atualidade). Além do título, cantor norte-americano vai embolsar R$ 8 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 2,9 milhões).

Críticas dos escritores A premiação do músico norte-americano gerou polêmica. Maior crítica era o fato de Dylan ser lembrado mais pelas canções como Blowin' in the wind ou Like a Rolling Stone do que pelos 30

livros publicados. Escritor francês membro da Academia Goncourt, Pierre Assouline foi um dos críticos. “Gosto de Dylan, mas não tem uma obra. A Academia Sueca se ridiculariza. É degradante para os escritores.”

Perfil Em 24 de maio de 1941, Robert Allen Zimmerman nasceu em Minnesota, nos Estados Unidos. De família judaica, Zimmerman tocou em diversas bandas de folk e blues. Mais tarde, largou a faculdade e se mudou para Nova York onde se tornou famoso no início dos anos 1960. Nessa época, ele adotou o nome artístico Bob Dylan – uma homenagem ao poeta Dylan Thomas.

Apesar de alguns “intelectuais” torcerem a cara para o prêmio, vejo de forma muito positiva e comemoro com a maioria. A obra de Dylan acompanha e ilustra nossa história mais recente de forma contundente e poética. Um cara que através de palavras apontou e questionou a condição humana durante mais de cinco décadas merece nosso respeito e essa premiação. “How does it feel?”(“Like a Rolling Stone), por sua profundidade já merece um prêmio. Marcelo Petter (Radialista e coordenador da Univates FM)

“O anúncio de Dylan para o Nobel coloca a poesia em evidência e em estado de fuga. Dessa forma, ao jogar luz sobre a escrita em verso e, muitas vezes, rimada, também aponta para o que está fora da palavra, no caso, a música.” Ismael Caneppele (escritor)


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Ideias

Participe deste espaço mandando e-mail: leitor@jornalahora.inf.br

Abigeato: muito além do patrimônio

O

s casos de abigeato que se multiplicam a cada dia assustam quem vive no interior do RS. As paisagens bucólicas de outrora, onde se reunia gente simples em torno de uma boa conversa, hoje concentram depoimentos de medo e traumas incuráveis. Para quem vive no campo, tendo a pecuária como ganha-pão, encontrar um animal morto – carneado em pleno pasto – aterroriza, causa prejuízo e uma sensação de impotência e incredulidade. Os bandidos chegam a levar lotes inteiros ou interceptar caminhões nas estradas. Como chegamos a esse ponto? As grandes cidades recebem muita atenção, pois casos de violência contra as pessoas são mais graves e causam impacto na vida de todos, com a sensação de falta de liberdade para a realização

de atividades simples, como um passeio em uma praça. Entretanto, os danos patrimoniais não são o único problema, no caso do abigeato. Fica o trauma pessoal das famílias vítimas dos bandidos e um rastro de problemas de saúde pública. A carne do abate de animais roubados não tem garantia de sanidade. Como não passa por estabelecimentos inspecionados, o produto pode conter doenças, lesões e contaminações. O animal é morto no campo, transportado em veículos clandestinos, no meio da sujeira, e em temperatura inadequada. A principal diferença que o consumidor pode perceber na hora de comprar um produto que não vem com “etiqueta” é o preço. Desconfie ao encontrar carne muito barata e em estabelecimentos que não demonstrem

Rodrigo Lorenzoni Presidente do CRMV-RS br presidente@crmvrs.gov.br

condições mínimas de higiene. A população precisa entender a ligação direta que existe entre as saúdes animal e pública. Mais de 70% das enfermidades em humanos surgidas desde a década de 1940 têm origem animal. E isso ocorreu por causa do trânsito intenso de pessoas e produtos. Portanto, observar a procedência e a qualidade do que consome – e não apenas o preço – é medida fundamental para garantir a segurança na alimentação e, infelizmente, é o pouco que está em nossas mãos.

Turismo como opção H UHÁH[mR SDUD D YLGD uem não gosta de viajar? De fazer coisas diferentes e ter novas experiências? Eu, particularmente, acredito que algum dia nós vamos viver de nossas histórias, a vida passará e o que cada um terá pra contar. O que você fez de sua vida? Qual a sua história? Logo me vejo velhinho contando histórias para meus filhos e netinhos sobre as coisas que fiz e vivi, sobre experiências vivenciadas e inspirando outras pessoas a viverem e desfrutarem intensamente de cada momento da vida. Nos tempos de hoje, da era tecnológica e digital, vemos que alguns momentos e atividades deixaram de fazer parte das novas gerações e interferem nas relações interpessoais, e no contato com o meio ambiente, gerando desequilíbrios de ordem psicológica e física: depressão e sedentarismo, e outros diretamente ligados à falta de mo-

vimento e práticas saudáveis. Crianças e adultos hipnotizados por celulares, computadores e televisões, deixando de viver o mundo real, e de interagir pessoalmente com pessoas e com a natureza, de brincar ao ar livre entre amigos. Adultos superatarefados com seus empregos e estressados com suas responsabilidades e metas e assim, quando menos esperamos, se passam os anos e a vida. Talvez o preço da modernidade. Mas há saídas. Lazer em geral. Viagens, passeios, práticas esportivas e opções como turismo rural e turismo de aventura são ótimas oportunidades de sair da rotina, de tirar as crianças do carpete, do computador e videogame, uma maneira de conhecer novos lugares, pessoas e culturas. São atividades que estimulam habilidades sensoriais e físicas, proporcionam autoconhecimento, geram desafios e a superação de medos e limites, aumentando a autoestima e autoconfiança. Do que estou falando? Estou

nn Vitor Juliano Hollmann .com valeaventura@yahoo.com

querendo dizer a você que viva o que está ao seu alcance, sem desculpas de opções e falta de recursos, saia do conforto do seu lar e vá viver novas emoções, viva por suas experiências, plante você mesmo uma árvore e veja ela crescer, faça uma horta com seus filhos, divirta-se como nos velhos tempos, saia do seu habitat natural e aventure-se, impressione-se com as pessoas e com a natureza. Afinal de contas, desta vida só levamos as lembranças e o aprendizado, e deixamos aqui a lembrança de quem fomos e do que fizemos. Agora reflita que ainda há tempo! Como você se vê no futuro? A mesma pessoa de hoje? O que fez de sua vida? Quais histórias contará?


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Ativista lajeadense é objeto de estudos Universidade Federal de Santa Maria sedia o primeiro encontro sobre Espertirina Martins Vale do Taquari

No prelo portátil, imprimia os panfletos e jornais revolucionários, distribuindo-os nas fábricas e bairros operários. Tornou-se feminista convicta ainda na juventude. Atuou também no Rio de Janeiro, promovendo atividades revolucionárias em grupos feministas e anarquistas. A irmã, Dulcina, havia casado com Djalma Fetterman, criador do novo buquê explosivo. Se casou com Fabião Carneiro e em 22 de dezembro de 1942 morreu devido às complicações de um parto prematuro e a uma apendicite.

A

s ideias libertárias da lajeadense Espertirina Martins serão recontadas por um grupo de estudos no Centro de Artes e Letras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O encontro ocorre neste sábado, a partir das 10h. Serão seis reuniões que ocorrerão a cada 15 dias. Temas como organização política e inserção em lutas de massas serão avaliados, assim como a Aliança de Mikhail Bakunin, Plataforma de Anarquistas Russas, por Dielo Trouda e especificismo sul-americano, do qual faz parte a organizadora Federação Anarquista Gaúcha (FAG). Serão abordados ainda textos de teóricos e ativistas italianos Errico Malatesta e Camilo Berneri. Espertirina Martins é uma das figuras pouco conhecidas nos livros de história. É reconhecida, entretanto, como uma das 12 mulheres mais importantes nas lutas operárias do início do século XX. Junto com familiares e amigos, enfrentou o Estado para a conquista de direitos dos trabalhadores. Os operários, em greve, organizam o enterro de um colega assassinado pelo Estado. Milhares de operários e crianças acompanhavam o cortejo em procissão pela avenida João Pessoa, em Porto Alegre. Na linha de frente, estava Espertirina Martins, com 15 anos, vestida de noiva e carregando um buquê de flores. Do lado oposto, vinha a car-

Movimentos sociais usam a imagem da ativista lajeadense Espertirina

ga de cavalaria da polícia para reprimir a procissão dos operários. Quando os dois grupos se encontraram, Espertirina se aproximou dos agentes públicos, prontos a atacar, e jogou o buquê. Entre as flores, estava escondida uma bomba. O artefato explodiu, matando metade da tropa e assustando os cavalos. Começou então uma verdadeira batalha campal e os operários saíram em vantagem. A bomba havia sido fabricada pelo cunhado Djalma Fetterman, um dos principais apoiadores das Escolas Modernas, exercendo papel importante como articulador de diversas ações diretas contra a opressão do Estado durante a greve geral de 1917, em plena Primeira Guerra Mundial. O clima da época era de revolta. Borges de Medeiros era o governador do RS e enfrentou uma das maiores greves da his-

tória. A industrialização primitiva exigia trabalho pesado, análogo ao escravo. Os salários eram baixos e mal cobriam o sustento básico. Dentro das fábricas, um cenário insalubre, com disseminação de doenças e 15 horas diárias de trabalho. O levante contra o Estado exigia a diminuição do valor dos preços dos alimentos, água, bonde e aluguéis e, sobretudo, extinguir a exploração da mão de obra infantil. A vida urbana estava tomada por greves e conflitos entre capitalistas e operários.

Um buquê de significados Espertirina nasceu em Lajeado, em 1902. Era filha de anarquistas e acompanhava a família nas lutas operárias. Teve o curso primário completo, estudou violino, escrevia e era oradora ardente.

Caminhada alia atividade física e beleza naturais Estrela Programada para o dia 23 de outubro, a 1ª Caminhada Ecológica, organizada pela Secretaria de Esportes e Lazer (Smel), é uma oportunidade para as pessoas aliarem atividade física e contatocom a natureza. A iniciativa, conforme o secretário Julio Saldanha, é também uma maneira de promover a

conscientização sobre a necessidade da preservação ambiental e divulgar as belezas naturais do município. A saída ocorre às 8h, do Parque Princesa do Vale. Serão 14 quilômetros, passando por Arroio do Ouro até a Trans Acácia, caminhada por aquela região e retorno ao parque pela Trans Santa Rita. As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo 3981-1046 ou smel.

esportes@estrela.rs.gov.br até o dia 20. Os participantes recebem água e frutas durante o trajeto. O secretário salienta que o evento é aberto a todos os interessados, independente de idade. Segundo ele, como se trata de um passeio no qual as pessoas poderão apreciar os locais durante o percurso, a caminhada deve ter duração aproximada de cinco horas.

Inspiração vem do Vale Espertirina foi aluna de Malvina Tavares, uma das mais ativas militantes anarquistas brasileiras, poetisa e pioneira da educação libertária na Região Sul. A professora, que está enterrada em Cruzeiro do Sul, inspirou diversos alunos às ideias de luta de classes. De acordo com o bisneto de Malvina, o empresário Aristides Tavares, a professora foi isolada pelo Estado ao ser transferida para um vilarejo onde hoje é a cidade de Cruzeiro do Sul que não tinha escola na época. Segundo Tavares, ela é o maior exemplo para os jovens de hoje. “Eram ideias de pessoas cultas, que viam a possibilidade de um novo mundo.” Nessa geração de militantes, elencavam admiração por ela Armando Martins, Artur Fabião Carneiro, Cecílio Villar, Dulcina,

Eulina, Espertirina Nino e Virgínia, todos de sobrenome Martins. Quando adultos, se tornaram articuladores anarquistas e sindicalistas.

Um buquê-bomba Djalma Fettermann, cunhado de Espertirina, teve uma atuação na greve geral de 1917 e nos movimentos que precederam e sucederam, principalmente nas ações de rua, contra a polícia e os fura-greves. Adepto da ação direta, aperfeiçoou um dispositivo de detonação de bombas. A luta direta era por melhores condições de trabalho. As fábricas não tinham janelas, havia uma carga de 15 horas diárias de trabalho. Muitos acidentes ocorriam em ambiente insalubre, sem indenização. Não havia aposentadoria e grande parte da força de trabalho era constituída por crianças de 5 anos de idade, frequentemente espancadas pelos patrões. Em 1920, metade dos trabalhadores das fábricas de tecidos do país era de mulheres e crianças com menos de 14 anos. Grande parte dos trabalhadores era de imigrantes vindos da Europa, em especial da Itália.

Associação promove porco no rolete neste domingo Lajeado A 26ª edição do Porco no Rolete da Associação de Moradores do Bairro Carneiros ocorre neste domingo no ginásio de esportes, ao lado da escola Porto Novo. A programação começa às 10h30min com roda de chimarrão da erva-mate Ximango.

O almoço, churrasco, saladas e o tradicional porco assado inteiro, será servido às 12h. O baile inicia às 14h. A animação fica por conta da banda Garotos do Vale. O ingresso custa R$ 25. A compra pode ser agendada com o presidente da associação, Ricardo Ewald, pelo 9623-9023. Também pode ser comprado no local.


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Curva do Canivete: ponto mais conhecido do Bom Fim Nome centenário seria uma homenagem a Adolfo Dullius, morador da localidade de Cruzeiro do Sul, conhecido por contar histórias duvidosas e ter um salão de baile

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ulmira Quinot Marmitt, 86, conheceu Adolfo Dullius na infância. “Ele vendeu uma área de terras ao meu pai. Lá construímos uma olaria”, conta. Conforme ela, naquela época, a população conhecia Dullius pelo apelido de “Canivete”.

Curva do Canivete está localizada no entroncamento da ERS-130 com a estrada Linha Sítio. No passado, condições do trecho interferiam na segurança dos motoristas e aumentavam ainda mais a fama do local

Isso ocorreu devido a uma das histórias contadas pelo morador falecido há cerca de quatro décadas. Dullius espalhou pela vizinhança que auxiliou na construção de uma igreja em Estrela. Os vidros para decorar o templo cristão teriam sido cortados por ele com um canivete. “Ele gostava de contar

umas mentirinhas de vez em quando”, lembra Zulmira. Além de ser contador de histórias, Dullius era proprietário de um salão de baile próximo a uma curva da ERS-130, na localidade de Bom Fim. Para homenageá-lo, os moradores batizaram o local de “Curva do Canivete.”

Antes da década de 1960 e da construção da BR-386, a rodovia estadual era uma das principais ligações do Vale do Taquari com Porto Alegre. O movimento era constante e os acidentes na Curva do Canivete também, aumentando ainda mais a fama do local. “Toda semana alguém ba-

Antigo salão de festas de Adolfo

tia ou capotava por lá”, relata o agricultor aposentado, José Siro Went, 66. Conforme ele, a geografia do local causava os


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Reportagem e fotos: Fábio Kuhn

Sobre Cruzeiro do Sul

Dullius passou para a família Heuser. Predio fica ao lado da ERS-130

Bom Fim.” A antiga propriedade de Dullius foi repassada para a família Heuser. Hoje, ela é ocupada por Írio Heuser. Conforme a irmã Iraci Eckert, 69, mesmo com as reformas, ela é reconhecida como o salão do Canivete.

Lenda urbana

Zulmira lembra das histórias de Dullius. “Ele contava umas mentirinhas”

acidentes. Era uma curva íngrime, fechada e com uma grande inclinação. “Já cheguei a ver caminhão capotando ali parado de tão inclinado que era.” A Curva do Canivete está localizada no entroncamento da ERS-130 com uma estrada que vai até Linha Sítio. Hoje, o asfaltamento e a sinalização tornaram o local menos perigoso. Mesmo assim, ainda é relembrado pela alcunha. “Todo mundo conhece a Curva do Canivete”, acredita a agricultora Solange Went, 62. A opinião é semelhante à do morador João Knebel, 73. “É um nome centenário, talvez mais popular que o da própria comunidade de

É um nome centenário, talvez mais popular que o da própria comunidade de Bom Fim

João Knebel Morador

Além da versão oficial, se propagam por Bom Fim histórias inusitadas sobre a origem do nome Curva do Canivete. Uma delas é contada a várias gerações na família da moradora Aracy Marques, 56. Conforme ela, um fazendeiro poderoso de Bom Fim teria proibido a única filha de namorar com um jovem funcionário porque ele era pobre. O rapaz foi demitido, mas antes de ir embora prometeu que, se ela não se casasse com ele, não se casaria com mais ninguém. Dias depois, o rapaz viu a filha do fazendeiro caminhando pela curva. Enfurecido, ele se aproximou dela e a matou com um canivete. “No fim das contas, ele ficou sem a filha e sem o possível genro”, finaliza a moradora.

O Bom Fim de Cruzeiro do Sul Na época em que a ERS-130 era ligação direta com Porto Alegre, Bom Fim era uma das localidades mais fortes da região. Lá existiam açougue, armazéns, moinho e até um con-

* Os primeiros moradores das terras cruzeirenses foram Laura Centeno e João Xavier Azambuja, em 1855. A propriedade deles, chamada de Fazenda São Gabriel, estava localizada entre os arroios Sampaio e Moinhos; * Conforme o site oficial do Executivo, em agosto de 1922, o povoado de São Gabriel de Estrela passa a ser classificado como o sexto distrito de Lajeado; * Pelo fato de a denominação se confundir com a cidade de São Gabriel, os moradores sugeriram a troca do nome para Cruzeiro do Sul. A proposta foi aceita em junho de 1939; * Durante a década de 1940, Cruzeiro do Sul chegou a ser conhecido como Setembrina devido à imposição do governo discricionário. O nome Cruzeiro do Sul foi adotado novamente após lei assinada pelo prefeito Hugo Sphor; * Cruzeiro do Sul faz divisa com Lajeado, Santa Clara do Sul, Estrela, Bom Retiro do Sul, Venâncio e Mato Leitão. Conforme o site do IBGE, a população é formada por cerca de 12 mil moradores.

sultório odontológico. Hoje muita coisa mudou. Um dos armazéns se transformou em pousada para idosos e a maioria dos estabelecimentos comerciais encerrou as atividades. O êxodo rural também prejudicou a única escola de Bom Fim: a Arthur Eckert. Fundada em 1956, a instituição tem apenas 12 alunos do 1° ao 6° ano. “Estamos correndo o risco de fechar as portas”, lamenta a diretoria Neidir Laux Stoll. Em âmbito estadual, Bom Fim

é conhecido devido aos protestos pedindo o asfaltamento da ERS-130. Em abril deste ano, o governador José Ivo Sartori visitou a comunidade para inaugurar a pavimentação de três quilômetros. Restam ainda vários quilômetros de pavimentação até a rodovia chegar a Mariante, em Venâncio Aires. Mesmo com as dificuldades, o presidente da comunidade católica Pedro Almir Kuhn, 55, acredita que é prazeroso viver em Bom Fim. “É uma localidade tranquila para se criar a família.”


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Resumo das novelas LOTERIAS Quinta-feira

13/10/2016

Quina Concurso nº 4207

04-18-27-46-80 Tião relembra passado romântico com Mág e promete vingança

A Lei do Amor Sábado – Vitória acredita que Ciro tem uma amante. Ruty Raquel e Mileide apoiam Augusto. Edu e Helô incentivam Letícia a retomar sua independência. Pedro sugere que Tiago ocupe o lugar de Fausto. Tião orienta Vanessa a revelar a Elio que Luciane se encontrará com Venturini. Letícia comenta com Tião que Tiago

Sol Nascente

Para consultar resultados de concursos anteriores acesse: www.caixa.gov.br/ loterias

21h

está diferente com ela. Jéssica se enfurece quando Salete conta a Ruty Raquel que é sua mãe. Elio registra o encontro de Luciane e Venturini, e Tião comemora. Vitória atropela Marcão. Antônio desconfia de Jéssica. Robinson se aproxima de Camila. Marcão conta a Miro que foi atropelado por Vitória.

18h

Sábado – César explica o plano para Carol. Milena ofende Vittorio, por acreditar que é o pai quem não permite que ela veja Loretta. Mario visita Alice. Wagner vai à casa de Chica e Quirino, e Nuno se incomoda. Julia confessa a Elisa seu amor pelo marido de sua irmã. Nuno não gosta quando Wagner conversa com Julia. Sinhá aprova o novo plano de César contra Tanaka. Kika provoca Lenita por seu carinho maternal com Milena. Tanaka permite que Akira corteje Hirô. Tanaka anuncia a demissão de parte dos funcionários. Elisa se desespera com a chegada de Dom Manfredo ao Brasil e alerta Damasceno.

Segunda-feira – Wagner hesita em aceitar a proposta de César. Carol finge estar apaixonada por Mario e Alice fica incomodada. Dom Manfredo encontra Geppina e Gaetano. Massao entrega a César a bomba que usará para prejudicar Tanaka. Geppina não deixa Damasceno e Elisa irem embora. Carol fala de seu encontro com Alice para César. Mario tem um mau pressentimento. Tanaka sente-se mal, mas disfarça para a filha. Chica tem uma visão da explosão e Quirino avisa a Alice. Wagner detona a bomba na traineira sem perceber que Alice entrou na embarcação.

Segunda-feira – Pedro encontra do documentos reveladores na sala secreta de Fausto. Magnólia fica furiosa com Tião. Bruno se encanta com Helô. Robinson exige que Camila se desculpe com Salete. Magnólia discute com Luciane. Pedro desconfia das intenções de Tião. Tião afirma que se vingará de Magnólia. Helô comemora a rápida amizade entre

Pedro e Edu. Antônio percebe Tiago procurando por Isabela. Rally tenta convencer Elio a desistir de denunciar seu atentado. Marcão se surpreende com o incentivo de Ciro em processar Vitória. Aline se oferece para ajudar Magnólia. Mileide liga para Beth contra a vontade de Augusto. Antônio pede para Tiago ajudá-lo a desmascarar Jéssica.

Haja Coração Sábado – Tancinha quase reconhece Guido. Shirlei se surpreende com a visita do padrasto de Felipe. Apolo decide dar uma chance a Tamara. Aparício descobre que Fedora e Leozinho fugiram. Lucrécia e Safira se escondem de Agilson. Camila conta para Aparício a verdade sobre

Leozinho. Aparício desconfia da investigação de Agilson sobre Leozinho. Fedora envia um vídeo ao pai avisando sobre sua fuga. Leonora se surpreende com a repercussão de seu comercial. Tancinha fala de Guido para Francesca. Shirlei sente medo das outras detentas.

Segunda-feira – Apolo tenta tranquilizar Tamara, que foi denunciada por Giba pelo acidente no autódromo. Beto conta a Tancinha que entrou com o pedido de guarda de Carol e seus irmãos. Guido confessa a Aparício seu arrependimento de ter ficado longe dos filhos e avisa que fará tudo para libertar Shirlei. Felipe se rende à chantagem de Jéssica para deixar Shirlei livre da

prisão. Aparício diz a Agilson que dará uma última chance para Rebeca desistir de se casar por dinheiro. Henrique anuncia o sucesso de Leonora em seu comercial. Agilson desmaia ao saber que a polícia encontrou Fedora e Leozinho. Tancinha recebe elogios da professora de dança, e Paloma não gosta. Aparício, Lucrécia, Safira e Agilson se assustam ao ver Teodora.

Malhação Segunda-feira – Ricardo questiona a honestidade de Tânia. Gabriel afirma a Giovane que ficará longe de Joana. Ricardo decide que vai propor um exame de DNA para Joana, e Tita se oferece para falar com a moça. Krica ajuda Nanda a mudar o visual. Por causa da contusão de Jorge, Giovane sugere a Caio que coloque Júnior para treinar com

ele. Tita oferece dinheiro para Joana voltar para sua cidade e inventa que foi Ricardo quem a orientou. Gabriel se desculpa com Bárbara e pede para reatar a amizade.


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Palavras Cruzadas

Š COQUETEL 2016

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Touro

21/04 a 20/05

Harmonizadas em trígono, Lua e Vênus evidenciam uma fase em que a afetividade e o companheirismo se fazem presentes nas relaçþes pessoais. O sentimento de amizade se fortalece, assim como o círculo de confiança, ainda que seja reduzido. Número da sorte: 574

GĂŞmeos 21/05 a 20/06

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21/03 a 20/04

Lua e Vênus harmonizadas no circuito de crise lhe motivam a compreender questþes afetivas que andam mal resolvidas em seu íntimo. Reconhecer suas fraquezas ajudarå a melhorar o relacionamento com as pessoas, deixando-lhe flexível com relação às diferenças. Número da sorte: 808

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Lua e Vênus em trígono sugerem um período de prazer pelo trabalho e de açþes que prosperam graças a uma maior articulação em equipe. Na vida pessoal, um maior cuidado com a rotina e sobretudo com a saúde lhe conduz a investir em qualidade de vida. Número da sorte: 849

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Câncer 21/06 a 20/07 A harmonia Lua-Vênus sugere um período em que os prazeres da vida se fazem mais presentes, e mesmo as responsabilidades são vistas como indutoras de estabilidade e bem-estar. Atividades culturais podem ser interessantes nesta fase, pois estimularão sua criatividade. Número da sorte: 808

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Solução

LeĂŁo

21/07 a 20/08

O trígono que Lua e Vênus estabelecem no circuito de intimidade lhe deixa mais atento às necessidades da vida em família, levando-lhe a dedicar um cuidado especial às pessoas que ama. Sua força interior estå associada ao bem-estar daqueles que lhe cercam, por isso, harmonize-se com o entorno. Número da sorte: 789

Virgem 21/08 a 20/09 Lua e Vênus se associam entre a sÊtima e a terceira casas, evidenciando uma fase de conquista relacionada ao seu poder de argumentação e à sua determinação. Momentos agradåveis em grupo lhe aguardam, portanto, mostre-se aberto à interação. Número da sorte: 476

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Top da Semana A Biblioteca do Sesc, de Lajeado, divulga o livro Top da Semana. Mais informaçþes sobre o espaço podem ser obtidas junto ao Sesc Lajeado (rua Silva Jardim, 135) ou pelo 3714-2266. No RS, o Sesc estå presente nos 497 municípios com atividades sistemåticas em åreas como saúde, espor-

te, lazer, cultura, cidadania, turismo e educação. Dessa forma, desempenha o papel social assim como o Senac/RS o da qualificação profissional do Sistema FecomÊrcio-RS que atua em âmbito econômico, político e social pela constante qualificação e crescimento do setor terciårio gaúcho.

Bullying por Jane Middelton-Moz e Mary Lee Zawadski Em um dos poucos títulos a explorar o bullying, da infância à idade adulta, as autoras deste livro oferecem uma valiosa ajuda: usam estudos de

caso sobre os bullies e suas vĂ­timas para chegar ao centro do problema, examinando os aspectos de hostilidade explĂ­cita e proporcionando um plano para dar um fim a ele. PĂĄginas: 147

Libra 21/09 a 20/10 O trígono entre Lua e Vênus evidencia uma fase em que seus talentos transbordam e lhe colocam em posição de destaque no meio profissional. Direcione suas habilidades para açþes que necessitam de recursos materiais específicos. Número da sorte: 900

EscorpiĂŁo

21/10 a 20/11

Harmonizando seu signo e o setor de prazeres, o trígono Lua-Vênus eleva sua autoestima e lhe conduz por conquistas relevantes nesta fase. As pessoas próximas tendem a sentir maior conexão com você. Procure valorizar os interesses no âmbito das relaçþes afetivas, fazendo planos com quem ama. Número da sorte: 349

SagitĂĄrio 21/11 a 20/12 A Lua se associa Ă VĂŞnus entre as ĂĄreas familiar e de crise, sugerindo um momento de recolhimento positivo ao equilĂ­brio emocional, em que as pessoas prĂłximas desempenham papel relevante. Com o apoio daqueles que ama, a ocasiĂŁo fortalece a autoestima e ainda harmoniza o ambiente domĂŠstico. NĂşmero da sorte: 226

Capricórnio 21/12 a 20/01 Lua e Vênus formam trígono entre a årea comunicativa e a de amizades, elevando sua autoconfiança para lidar com grupos. As pessoas tendem a se sentir confortadas em sua presença, a ponto de abrir o coração quanto ao que se processa no íntimo delas. Número da sorte: 749

Aquårio 21/01 a 20/02 O trígono Lua-Vênus evidencia um momento de maior identificação com as atividades cotidianas e profissionais, motivando-lhe a otimizar recursos e obter melhores resultados. As parcerias são beneficiadas, pois a sinergia se eleva e torna as açþes coletivas bem prazerosas. Número da sorte: 843

Peixes

21/02 a 20/03

Seu amor próprio se eleva nesta fase de trígono Lua-Vênus, e você tende a buscar o melhor para si em todas as åreas de sua vida. É um momento especial de autoconhecimento, de expansão da consciência, em que seu olhar se amplia para o que lhe cerca e o mundo se abre para você com plenitude. Número da sorte: 111


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A Hora. Fim de semana, 15 e 16 de outubro de 2016 DIVULGAÇÃO

Sicredi beneficia 2,7 mil produtores

Encontro com integrantes do governo federal ocorreu nessa terça-feira DIVULGAÇÃO

Vale do Taquari

Mídia regional sai fortalecida

D

e julho a outubro de 2016, o Sicredi Região dos Vales disponibilizou aos produtores dos 18 municípios da área de atuação R$ 35,7 milhões em recursos para as operações de custeio agrícola. Os valores liberados para a safra 2016/17, compostos em sua maioria por linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), tiveram como principal destino o plantio de lavouras e pastagens e contribuíram com a atividade econômica de 2,7 mil produtores. Nesta safra, conforme levantamento do Sicredi, a área total plantada com recursos de custeio abrange 23,4 mil hectares de diferentes culturas. Entre as principais atividades financiadas, estão 15 mil hectares de milho, cinco mil hectares de soja, 2,3 mil de erva-mate e 348 hectares de uva. A família Casagrande, de Linha São Joaquim, em São Valentim do Sul, é associada ao Sicredi faz 26 anos e é um exemplo da utilização dos recursos de custeio para o cultivo da lavoura. O empreendimento familiar conduzido pelos irmãos Dilamar, 41, e Rafael, 26, com o apoio dos pais

País

Família Casagrande relata melhoria nas condições da produção com o custeio

Teresinha, 65, e Otacir, 66, tem 70 hectares plantados, sendo 20 de milho e 50 de soja. Além das duas culturas, a família se dedica à produção leiteira, com um total de 63 animais (entre lactação, novilhas e terneiras), com uma produção de 750 litros de leite por dia. Com um relacionamento de longo prazo com o Sicredi, a família aproveitou os recursos do custeio para financiar parte das lavouras de milho silagem – utilizado para alimentação do gado leiteiro e para o plantio da soja. O filho Dilamar afirma que os recursos obtidos junto ao Sicredi são fundamentais para viabilizar a lavoura e os projetos de investimento da família, possibilitando o crescimento de forma planejada.

Além de auxiliar no cultivo das lavouras, o crédito disponibilizado aos produtores movimenta a economia regional. Conforme levantamento do Sicredi, considerando a produtividade e os valores previstos de comercialização nesta safra, os recursos disponibilizados pela instituição devem gerar um faturamento aproximado de R$ 120 milhões aos produtores. No crédito rural, o Sicredi Região dos Vales prevê a liberação nesta safra de mais de R$ 100 milhões entre operações de custeio, investimento e comercialização, fomentando o desenvolvimento das atividades dos associados e contribuindo para a modernização e produtividade dos estabelecimentos.

Outubro Rosa na Bella Luna Neste mês internacional de combate ao câncer de mama, a Bella Luna disponibiliza uma nova linha de rosas de madeira. Além de apresentar uma fragrância exclusiva para o período, a ação conta com um cartão assinado pelas pacientes da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Teutônia e será entregue jun-

to à rosa. A campanha, que tem o intuito de alertar para a importância do diagnóstico precoce, ainda destinará todo o valor arrecadado à instituição.

A empresa Sediada em Teutônia e no mercado faz 14 anos, a Bella Luna tem sete lojas distribuí-

das pelo Brasil. Trabalha com essências naturais, importadas da Espanha, a fim de respeitar a saúde e o bem-estar de seus clientes. Produz mais de 400 itens, segmentados em três diferentes linhas: ambientes, madeiras aromáticas e corpo. Os produtos são todos notificados pela Anvisa.

Representantes de entidades representativas de jornais do interior do Brasil se reuniram nessa terça-feira com o secretário especial de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), Márcio de Freitas, em Brasília. A mudança no tratamento dispensado à mídia regional foi o que mais chamou a atenção no encontro. Na reunião, foi apresentada proposta pela Secom que estabelece que as entidades representativas da mídia regional serão ouvidas nas decisões de destinação dos recursos da verba publicitária do governo federal entre seus associados, e mesmo entre não associados, desde que tenham sede fora das capitais. O presidente da Associação Nacional dos Jornais do Interior do Brasil (Adjori-BR), Miguel Ângelo Gobbi, admitiu ter ficado surpreso com a proposta da Secom. “Estamos à disposição da Secom e dos veículos que representamos, para avaliar e avalizar os jornais de forma a aplicar corretamente as verbas publicitárias. Já atuamos assim com muita responsabilidade, como já viemos fazendo ao longo destes 11 anos de história”, destacou Gobbi. A reunião foi definida na semana passada, depois de um encontro com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O presidente da Frente Parlamentar da Mídia Regional, Alex Canziani (PTB-PR), disse que a conversa com direção e equipe técnica da Secom mostrou a nova visão do governo federal, que é de fazer propaganda eficaz. “Muda a metodologia. Agora ficou boa para a sociedade, o governo e a mídia

regional”, resumiu. “Foi uma das melhores reuniões já realizadas para tratar desse assunto.” A manifestação foi do presidente da Associação de Diários do Interior do Brasil (ADI-BR), Jedaias Belga. Ele contou que “o governo mostrou sensibilidade” e quer investir na mídia do interior por entender que, com valores adequados, pode atingir um maior número de pessoas. Belga lembrou que a distribuição de recursos entre veículos era aleatória. “Com a mudança, vamos prestar um serviço ao governo e essa destinação de verbas será conforme a importância do veículo, sua eficiência ao comunicar o que o governo deseja levar à população.” O entendimento do presidente da ADI-BR é que a nova proposta ajudará a consolidar ainda mais as associações representativas e os próprios. Representando o meio rádio, Ivan Feitosa destacou que não haverá, necessariamente, um aumento das verbas publicitárias destinadas pelo governo federal à mídia regional. “A diferença é que não vai mais pulverizar essa verba sem critérios, mas concentrar nos veículos que têm mais a oferecer. Os critérios terão base na meritocracia.” O vice-presidente do Conselho da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Roberto Cervo Melão, saiu da reunião animado por entender que o segmento não só foi ouvido, mas atendido em suas demandas.


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