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De onde vem sua energia? Um peso e duas medidas

causado por seu aquecimento irregular, pelo sol; e, por fim, mas não menos importante, a energia solar!

Aline Käfer

Se você mora no planeta Terra, só há duas respostas possíveis: do núcleo ou do sol. A energia que seu corpo utiliza para dar conta da rotina pesada dos dias atuais vem de seus alimentos, que podem ser tanto de origem animal quanto vegetal. Se de origem vegetal, você se alimenta diretamente de seres vivos que, em sua evolução, aprenderam a utilizar a energia do sol para metabolizar seus processos, e então armazená-la em suas construções, a fotossíntese. Se de origem animal, você se alimenta indiretamente de plantas, utilizando um intermediário que captura essa energia das plantas e empresta para você. Parabéns, você é movido a energia solar, inesgotável e abundante! Mas e toda a energia que você consome além da biológica: carro, eletrônicos e o famigerado ar condicionado (que não foi desligado ainda esse mês)? Muito bem, se pensarmos na gasolina, esta vem do petróleo, composto de seres vivos de muito antigamente que foram depositados nas camadas mais remotas do nosso solo. Esses seres vivos, como você, viviam de energia solar. Se pensarmos na energia elétrica, pois bem, sua grande parte, no Brasil, é gerada em hidrelétricas, como a famosa usina de Itaipu. O deslocamento da água que move suas turbinas é causado pela diferença de altura. Ou seja, há algum mecanismo que coloca as águas em altitudes maiores, para que elas possam então descer percorrendo os leitos dos rios. Tal mecanismo é a evaporação, feita com o calor do sol, que faz as águas subirem até atmosfera e depois precipitarem-se em serras e montanhas. Outras tantas fontes são a termelétrica, queimando derivados do petróleo ou carvão (plantas!); a energia eólica, captando o deslocamento do ar

Não podemos deixar de mencionar as energias do núcleo: nuclear e geotérmica. Esta primeira removida de quebras de núcleos de elementos propícios, lá no do nanoscópico da matéria, de maneira cientificamente incrível. Já a segunda, existente nos arredores do núcleo do nosso planeta, mas trazida à tona por imperfeições na crosta, podendo ser capturada então em forma de calor. Mencionadas então, a título de obrigação científica, mas de participação irrisória nas energias que circulam pelo nosso planeta, considerada toda a massa biológica.

É o sol, então, a resposta mais correta para essa pergunta! Se perguntado, podes responder de forma concreta e precisa, que sua energia vem do Sol! Astro rei, tema de poemas do milênio passado e de desenhos rupestres das cavernas de 30 mil anos atrás. Estrela essa que nos presenteia, todos os dias, com uma energia equivalente a 10 bilhões de Itaipus. E assim continuará sendo por mais alguns bilhões de anos.

E se o ser humano pudesse, com sua mania de grandeza, fabricar seu próprio Sol? Essa é a promessa de cientistas americanos, que conseguiram, no final de 2022, criar um “Sol” de 100 milhões de graus Celsius, por 5 segundos. O princípio da energia solar, como de tantas outras estrelas, é a fusão nuclear, fenômeno que tentaram replicar, aqui na nossa pequena Terra, produzindo mais energia que se consumindo. O que faríamos então, se tivéssemos nas nossas mãos uma filial do sol? Essa já é outra pergunta…

Em recente visita ao país vizinho, relato em algumas linhas a sensação de impotência em relação ao momento econômico que vivem os hermanos argentinos. Acompanhamos durante sete dias uma garotada até a Província de Córdoba, na Argentina, onde disputaram um torneio de futebol internacional; deixo o assunto futebol para outro momento até porque, neste quesito, os hermanos vão muito bem obrigado, depois da conquista do último mundial. Reporto-me à dura realidade econômica que vivem as pessoas em Córdoba, cidade com população em torno de 1.4 milhão de habitantes. Cito alguns aspectos que presenciei e que impactam diretamente no dia a dia das pessoas.

Senti nelas uma apreensão e incerteza muito grande em relação à instabilidade econômica, ao ir no supermercado em Córdoba encontrei alguns produtos com preços relativamente baixos, como: a carne, o leite e os vinhos (produção local), em compensação os demais produtos nas prateleiras lotadas, diga-se de passagem, os preços são extremamente elevados.

Falando com os proprietários de estabelecimentos e pessoas ligadas ao comércio, eles alegaram que os produtos, ao serem precificados, são cotados pelo dólar do dia para não correr o risco de estar perdendo o valor na hora da venda. Observei que a venda está acontecendo de forma bastante lenta, agravando ainda mais a situação quando se trata de produtos perecíveis que sofrem nas bancas, (frutas, verduras...).

Questiono até quando esta economia suportará uma moeda estrangeira balizando a precificação até mesmo de produtos da cesta básica?

Fica como reflexão de que forma irão virar esta chave e reencontrar os caminhos para retomar as rédeas da economia, que hoje não suporta o PESO (moeda argentina). Aliás, o peso neste caso tem duas medidas, e vale pouco ou quase nada em relação à necessidade da qualidade de vida e dignidade que todo ser humano quer e merece. Vibrações positivas aos hermanos argentinos, para que possam retomar o mais rápido possível o desenvolvimento econômico do país vizinho, aliás quesito no qual já foram referência e destaque em passado recente.

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