AH - Pensar Estrela | 20 de maio de 2016

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Especial comemorativo aos 140 anos de Estrela. Maio de 2016

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140 anos de Estrela Ƥ ­ Ø ǡ ǡ Ǥ ǡ ͜͝͠ ± Ǥ × ͜͞ Ǥ


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Diversificação produtiva garante força econômica Ao completar 140 anos de emancipação político-administrativa, neste dia 20 de maio, o município celebra a consolidação e o equilíbrio entre os setores produtivos. O plano de diversificação econômica implantado pelo Executivo leva segurança aos cofres públicos e à sociedade, a fim de afastar o risco de crises como a enfrentada no início dos anos 2000, quando a cervejaria Polar entrou em decadência e fechou. No ano passado, o valor adicionado de Estrela cresceu 9,09%, com destaque à Agricultura e Serviços.

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s principais apostas do poder público para garantir a Ƥ ­ Ø À Ǥ Ǥ ­ ǡ ­ ͥ͝τǡ ͜͟͞͝ǡ ͢͞ǡ͟͠τ Ǥ À ǡ ͊ ͞͝͞ǡ͠ Ù ǡ ͊ ͞​͞ Ù Ǥ ǡ ǡ À ­ ǡ ­Ù À Ǥ ï ǡ ͢͡ Ǥ ­ ǡ

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Propriedade desenvolvida ǡ ͜͞ ­Ù ǡ ǡ Ƥ Ǥ ǡ Ƥ ǡ

Fundado em 1º de julho de 2002

Publicação do jornal A Hora. Todos os direitos reservados Lajeado - Vale do Taquari - RS

Diretor Geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor de Operações: Fabricio de Almeida

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Redação Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS ahora@jornalahora.inf.br www.jornalahora.inf.br

Textos: Estevão Heisler e Fábio Kuhn Diagramação e layout: Gianini Oliveira e Fábio Costa

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Tiragem desta edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) Proibida a venda avulsa


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Aos 30 anos, o produtor Diego Müller, de Novo Paraíso, representa boa parcela de quem investe no setor primário e tem sucesso. Em uma área de 5,1 hectares, implantou quatro aviários ao longo dos últimos seis anos, depois de sair da casa do pai. Há quatro meses, inaugurou duas novas estruturas, no modelo dark house, elevando a capacidade produtiva da propriedade para 150 mil frangos por lote (um a cada 28 dias). O investimento chega a R$ 1,6 milhão. “A tecnologia facilita o trabalho e demanda menos mão de obra” cita ao apontar que os quatro aviários demandam o serviço de três pessoas. Enaltece os benefícios de investir na localidade, em especial devido à logística pela proximidade da BR-386 e da empresa integradora. Além disso, ressalta o apoio concedido pela Secretaria da Agricultura em terraplanagem para os aviários e o acesso à propriedade. “Se eu tivesse que fazer isso por conta própria, teria de gastar cerca de R$ 80 mil. Ajuda bastante.” Ƥ ǡ tirar o foco da avicultura, Müller investe ainda na piscicultura. A cada três anos, participa da edição da feira realizada na Semana Santa, quando comercializa cerca de oito toneladas de pescado.

Pilares da agricultura A produção do município está baseada em três atividades principais: a leiteira, a avicultura e a suinocultura. Também apresentam desempenho importante a piscicultura, a produção de hortifrutigranjeiros e as culturas como soja e milho – quase a totalidade transformada em silagem.

haja um crescimento da produção de forma sustentável, sem qualquer dano ao ambiente.

Equilíbrio em tempos de crise

­ ­Ù Ƥ ± ­ ESTEVÃO HEISLER

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Carro forte na agricultura, a produção de leite cresce a cada ano. De acordo com dados do IBGE, o município tem a oitava maior bacia leiteira do Brasil. São mais de 41 milhões de litros por ano, atividade que abrange cerca de 500 produtores. ǡ Ƥ ­ produção é trabalhada com implantação de projetos nas áreas de hortifrutigranjeiros e

piscicultura. O setor de agroindústrias está sendo estimulado e em desenvolvimento. A inspeção sanitária feita pelo serviço de Inspeção Municipal tem contribuído para Ƥ ­ ­ nas áreas de leite, carne e ovos. O adequado armazenamento e uso dos dejetos são preocupações constantes dos produtores e do governo para que

A área com maior crescimento em 2015 foi a de Serviços: passou de R$ 75,1 milhões para R$ 99,9 milhões. Mesmo assim, o setor representa apenas 12,44% de participação da receita do valor adicionado. “Dentro do comparativo com os outros setores, é ǡ ± Ƥ na mão do prestador, o que aumenta a qualidade de vida da nossa gente”, avalia o prefeito Mallmann. Apesar da elevação dos setores primário e de serviços no orçamento, a indústria segue como líder de arrecadação. Mesmo com aumento tímido em 2015, de 4,76%, o setor representa 61% da receita do município. “Estrela já sofreu no seu passado por ter toda sua economia centralizada em uma só empresa, a cervejaria Polar, que quando fechou trouxe, além do desemprego, uma série de problemas econômicos”, enfatiza. Ƥ ï Ȁ ǡ 1990, e o declínio da cervejaria nove anos depois, foram a mais recente quebra de um ciclo. Em 1941, outro havia terminado: a enchente assoreou o Rio Taquari e prejudicou o transporte ƪ ǡ economia desde a fundação do povoado. Em ambos os casos, o desemprego de quem havia deixado o campo para trabalhar na cidade motivou o município a investir em alternativas.


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Desafios para o turismo Escadaria, criação de uma rota de bebidas e investimentos em esportes de aventura são ações previstas

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trair turistas virou uma das metas do Executivo de Estrela. Responsáveis pela Secretaria de Turismo, a turismóloga Ângela de Castro e o guia turístico Antônio Veloso inovam e estudam projetos para tornar a cidade de 140 anos atrativa aos visitantes. Um dos exemplos desse interesse são os investimentos de R$ 400 mil na reforma da Escadaria – ponto turístico construído em 1924. Em março do ano passado, a administração municipal inaugurou a primeira etapa das obras, com o desaterramento das escadas, construção de muros laterais e aquisição de estátuas. Neste ano, o Executivo trabalhou para Ƥ ± Ǥ espaço será locado para terceiros, por meio de licitação. Resta ainda o ajardinamento (terceira etapa) para a reforma da Escadaria ser concluída. ǡ ± mais visitados na área urbana de Es Ǥ Dz Ƥ Ǥ ± Ǥ ± que v~em para conhecer o pier e bater fotos.” No futuro, a turismóloga infor náuticos na Escadaria. ± ­ Ǥ No ano passado, a cidade do Vale do Taquari foi eleita a terceira mais iluminada do RS, perdendo apenas para municípios da Serra Gaúcha.

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Reconstrução da escadaria à beira do Rio Taquari devolveu à Estrela um dos marcos da história e da cultura do povo local. Resta mais uma etapa de obras

Mais atrativos na Delícias da Colônia Considerado um dos roteiros turísticos mais antigos do Vale, o Delícias da Colônia passa por Estrela, Colinas e ImigranteǤ ͜͞​͜͞ pelo guia turístico Veloso e pela então turismóloga estrelense, Juliana Jasper. Primeiro passeio ocorreu no dia 13 de

abril. Veloso enaltece o desenvolvimento do projeto no decorrer dos últimos 14 anos. “Hoje somos o roteiro que mais atrai turistas na região. Recebemos mais de 30 mil visitantes só no ano passado.” Em Estrela, estão três dos sete pontos de parada do Delícia da Colônia (Recanto ǡ ȌǤ ± tuma levar os visitantes para conhecer a À Ƥ Ǥ

A Secretaria de Turismo estuda a possibilidade de implementar a rota ou criar um novo roteiro apenas com bebidas. Conforme Ângela, o Delícias da Colônia ǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ ± À cerveja artesanal. “Estrela está se destacando pela cerveja artesanal. Temos mais de 30 cervejeiros aqui no município.”


Estrela ARQUIVO A HORA

Outro transtorno para Estrela é a falta de uma estação. A municipalização do Porto ramita junto à Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). Objetivo ± ǡ pontos de alimentação e até hotel nas Ǥ ǡ ± sam ser reformados os 13 quilômetros de trilhos entre o Porto e Colinas.

Obelisco na Transanta Rita

Cascata Santa Rita é um dos principais atrativos do município durante o verão ARQUIVO A HORA

Estrela integra a rota da ferrovia regional, ­ À

Esportes de aventura A constante procura por esportes diferenciados chama a atenção dos responsáveis pelo turismo de Estrela. Em fevereiro deste ano, durante o Viva Verão, uma par ơ ofereceu passeios de tirolesa no Parque Princesa do Vale. A ação foi considerada satisfatória, destaca Ângela. Intuito é realizar mais atividades como a tirolesa, arborismo (prática esportiva em que o participante caminha por estrutura montada entre as copas das árvores) ou trilhas. “Percebemos que esses esporte sde aventura atraem o público jovem e queremos investir nisso.” Em setembro, Ǥ

Trem Turístico travado Há dez anos, a Secretaria de Turismo está engajada no projeto do Trem Turístico (passeio de Estrela a Guaporé). Com previsão de R$ 1 milhão em investimentos, o projeto não sai do papel devido à burocracia. Último entrave foi a fusão da Rumo com a ALL – fato ocorrido em fevereiro de 2015. “Todos os documentos que havíamos mandado e solicitado eles nos pediram tudo de novo,” lamenta Ângela.

A construção de um obelisco luminoso na entrada da Transanta Rita, pela BR-386, foi aprovada pela câmara de vereadores para o orçamento de 2016. ­ ͊ ͟͜ Ǥ Dz havia nenhuma sinalização de que lá é uma das entradas de Estrela. Queremos que as pessoas passem por lá, até para desafogar o trânsito na entrada principal,” conta Ângela. Outro ponto turístico conhecido de Estrela é a Cascata Santa Rita. Por ser Área de Preservação Permanente (APP), Ânge “investir em melhorias necessárias para atender o turista no verão”. Entretanto, informa que a Secretaria de Turismo estuda uma parceria para implantar um Ǥ

“Nós temos potencial, mas o potencial não é um produto.” Quais os pontos fortes do turismo estrelense? Ângela de Castro – nova gestão, o prefeito quis tirar o turismo da estagnação. Então, a gente teve a reinauguração da Escadaria, um dos nossos pontos turísticos mais visitados da zona urbana. Muito destacada em Estrela também tem sido a ­ Ǥ iluminando toda a cidade e fazendo bastante shows. A repercussão é em âmbito estadual. E quais os fracos? Ângela – O que a gente sente Ƥ ± Turismo, em todos os municípios, não é a secretaria de ponta. A gente não tem dinheiro para investir. Temos que correr atrás do governo, ou via LIC (Lei de Incentivo à Cultura) ou Rouanet para os projetos. Senão o município, em si, não tem dinheiro para investir. Então essa é uma das maiores Ƥ ² Ǥ × ǡ mas o potencial não é um produto. O produto tem que ter estrutura, ser planejado e bem desenvolvido para poder receber bem.

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Cidade define metas para duas décadas Planejamento Estratégico abre espaço à sociedade para discutir os rumos de Estrela

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arceria do Executivo com a Cacis Ƥ rumos da cidade para as próxi ± Ǥ ± ǡ ǡ ǣ ǡ ǡ Ǥ ² ǡ ­ da proposta. ­ ­ ͞͠͡ Ǥ ǡ ͞͠ Ǥ ǡ Ƥ ­ À ͜͟͞͡ǡ ­ ͝͞ ± ȋ Ȍǡ ­ Ǥ ǡ ǡ ͥ͝ ± Ƥ Ǥ ͞͝ Ǥ ± Dz

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Protagonista na região

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Mobilidade urbana ± ǡ À ȋ Ȍ Ǥ ǡ × -


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Uso do Porto avança a passos lentos ESTEVÃO HEISLER

Gestão passa ao governo gaúcho, mas utilização do espaço portuário continua ínfima

I o desenvolvimento ordenado

toria avaliou as principais carências da mobilidade urbana da cidade e sugeriu obras capazes de antever problemas na cidade. O projeto, a ser seguido pelas próximas duas décadas, foi apresentado à comunidade em março deste ano. Um dos apontamentos, a necessidade de construir um anel viário para evitar a saturação de vias centrais nos horários de maior movimento. De acordo com a arquiteta urbanista responsável pela apresentação, Ida Bianchi, o plano servirá de base, entre outras questões, para que o governo busque investimentos externos para o município. Os estudos levaram em consideração, de modo especial, projeções dos índices de frota da cidade, da microrregião de Estrela e também da evolução populacional. Conforme Ida, diversas vias do município já estão saturadas, em especial aquelas de ligação com a RSC-453 e a BR-386. E a tendência é que o problema se agrave nos próximos anos caso não hajam ­Ù ÀƤ Ǥ Como base para o apontamento, cita a expansão dos bairros e o crescimento da frota e da população. A cada ano, por exemplo, o número de habitantes aumenta 1,5%, quase 1/3 a mais do percentual registrado no RS. Hoje, Estrela conta com pouco mais de 30 mil moradores. “Estimamos que nas próximas duas décadas a cidade conte com 42 mil habitantes.” No mesmo período, a frota de veículos passaria dos atuais 23,4 mil para 40 mil.

naugurado em novembro de 1977 com o propósito de atender a demanda do transporte de trigo e soja no corredor de exportação de Rio Grande, o Porto de Estrela segue mergulhado em impasses burocráticos e na falta de políticas públicas voltadas ao uso de hidrovias. Capaz de movimentar três milhões de toneladas por ano, amarga um dos piores índices de aproveitamento entre os 33 portos organizados do país. Em 2015, a movimentação atingiu 102 mil toneladas. Apenas cargas de areia destinadas a material de construção trafegaram pelo Rio Taquari. Oriundas do Rio Jacuí, seguem para uma empresa situada nas proximidades do porto, que mantém uma máquina particular posicionada no cais de acostagem para descarregar as embarcações. A capoeira no terminal, cuja extensão chega a 585 metros, retrata o desuso. Esquecido por muitos anos, o Porto de Ƥ 2014, quando a gestão do espaço passou do governo federal à Superintendência de Portos e Hidrovias do RS (SPH), uma bandeira defendida por líderes regionais durante três décadas. O então governador, Tarso Genro, defendeu que a mudança possibilitaria a integração da região ao sistema multimodal do plano estratégico de utilização das hidrovias. Além de reduzir custos, disse, seriam criadas todas as condições para que houvesse operação de cargas no Porto de Estrela. “O Vale do Taquari irá receber e escoar a produção da região ̾ǡ Ƥ Ǥ as melhorias, o investimento de R$ 10 milhões em dragagem do Rio Taquari. Dois meses depois da cerimônia, Tarso Genro perdeu as eleições ao Palácio Piratini para José Ivo Sartori, que nomeou em março de 2015 o então secretário de Obras de Estrela, Cristiano Nogueira da Rosa, como diretor de Hidrovias da SPH. Mas o estrelense deixou o cargo um ano depois, dentro do calendário eleitoral para buscar a reeleição no Legislativo do município. Naquele mesmo período do ano passado, Antônio Carlos Busnello, vereador suplente de Encantado, foi empossado

Potencial econômico singular está abandonado faz anos. Virou palco de eventos diante da inércia

administrador do Porto de Estrela. Seu Ƥ ǡ ­ tuária registrada na década de 80.

Indisponibilidade de barcaças

ǡ Ƥ de é a indisponibilidade de barcaças adequadas ao Rio Taquari. Isso porque grande parcela das embarcações têm Ƥ razão do calado – profundidade de água ƪ Ǥ Por muitos anos, gestores públicos e empresários defenderam a ideia de privatizar o Porto de Estrela. De acordo com Busnello, “as parcerias público-privadas podem ser efetivadas a qualquer momento, basta haver o interesse dos empresários”. Cita ocorrerem negociações em andamento com grupos interessados, conduzidas pela Secretaria de Transportes do RS. Aliado a isso, ressalta a necessidade de políticas públicas voltadas ao incentivo do uso de hidrovias no estado. O custo para o transporte de mer-

As parcerias público-privadas podem ser efetivadas a qualquer momento, basta haver o interesse dos empresários” Antônio Busnello Administrador do Porto

cadoria pelo rio se torna cerca de 20% mais barato se comparado às rodovias. Contudo, o serviço é mais demorado. A distância de 188 quilômetros de Estrela a Porto Alegre pelo Rio Taquari leva cerca de 12 horas de navegação. Até Rio Grande, a viagem de 458 quilômetros é percorrida em, no mínimo, 36 horas.

Palco de eventos Como forma de mostrar o porto à comunidade regional e incentivar empresários a utilizarem o espaço, o município decidiu transferir a Estrela Multifeira da área central para a estrutura portuária em setembro do ano passado. Foi a primeira abertura à sociedade após a inauguração em 1977. Mais de 30 mil visitantes prestigiaram o evento e se surpreenderam com a infraestrutura do local. Diversos foram os contatos de empresários durante a feira buscando mais informações sobre o Porto e a viabilidade de transportar mercadorias pelo Rio Taquari. Além disso, como defendeu o prefeito Rafael Mallmann na época, a região havia ganhado um novo espaço de eventos. “O ambiente comporta grande público e está longe de moradias. Mesmo o porto operando em pleno, é possível conciliar o ambiente com as feiras”, disse. ǡ ­ Ƥ vos desde a transferência da gestão da União ao Estado ocorreram nessa área. No dia 23 de abril deste ano, o show da dupla de sertanejo universitário, Henrique e Juliano, reuniu milhares de pessoas no local.


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O que o município tem para comemorar nos 140 anos? Quais os aspectos positivos e o que poderia melhorar? Estrela pode comemorar as possibilidades de trabalho. Há muitos empregos por aqui. Um ponto que poderia melhorar é a saúde. João Luís Wiland, 33, pedreiro

Estrela pode comemorar a hospitalidade da população. Para mim, ponto positivo do município VmR DV DPL]DGHV TXH À] De negativo, acho que a administração deveria dar mais atenção às áreas de lazer. No bairro Boa União, perdemos duas áreas de lazer. Por causa disso, as crianças precisam brincar na rua. Outra coisa é a construção do ginásio que foi prometido antes das eleições. Flávio Ramos Lopes, 58, bombeiro aposentado

A cidade de Estrela tem habitantes acolhedores. É uma cidade boa para morar e criar uma família. Tem boas escolas e áreas de lazer. O ponto negativo é a questão do crime. Tem bastante roubo, embora não seja divulgado. Acho que poderia melhorar a questão do policiamento.

Estrela acima de tudo é uma cidade maravilhosa. Eu tenho orgulho de morar aqui. Acho que temos praticamente tudo aqui. A questão da segurança tá boa, mas poderia melhorar. Poderíamos ter mais empresas para gerar desenvolvimento. Jaci Freitas, 59, pintor

Floydy Mattje, 26, DJ

Ricardo Fritsch, 22, estagiário

Entre os pontos positivos de Estrela, está a educação, desde o atendimento nas creches até as escolas. O que poderia melhorar é o apoio às escolinhas de futebol. Também poderia ter mais empresas. O Porto deveria ser melhor aproveitado. Willian Tiago Cleasen, 27, auxiliar administrativo

Faz oito anos que moro aqui. Estrela pode comemorar uma educação de qualidade. Estrela está investindo muito em lazer. Sou grato por isso. Acho Estrela uma cidade muito insegura para ser do tamanho que é e para ter tantos pontos positivos. Segurança me preocupa e preocupa minha família. A saúde poderia melhorar também.

Acho Estrela uma cidade bem organizada. Mas poderia proporcionar mais eventos. O Parque Princesa do Vale é um espaço tão legal. Seria interessante utilizar ele ou a Soges para algum evento ou teatro. Assim o pessoal vai sempre a Lajeado à procura de algo pra fazer. Cíntia Raquel Muller, 25, auxiliar administrativo

Temos que comemorar a hospitalidade do povo, a vontade de ajudar o próximo. Comemorar uma cidade relativamente limpa e organizada e um dos maiores festivais da cultura alemã do RS. De melhoras, temos que deixar de ser uma cidade-dormitório e trazer novas empresas para reativar a economia. Gustavo Hausmann, 25, designer


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