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“Amor não é doença, é cura!”

Opoema “Two Loves” cujo final contém a frase que serve de título a essa crônica, foi escrito em 1892 por Lord Alfred Douglas e publicado em 1894 na revista com o sugestivo nome de “The Chameleon” (O Camaleão).

O poeta e atleta Alfred tinha origem nobre pois era filho do Marques de Queensberry, mas era viciado em jogos de azar quando conheceu Oscar Wilde, escritor e autor de “O Retrato de Dorian Gray”. O famoso livro narra a história de Dorian que vende sua alma para manter a beleza e a juventude, um tema que segue atual até hoje.

O excêntrico Oscar era casado e tinha duas filhas, mas apaixonou-se pelo jovem poeta Alfred numa época em que a homossexualidade era punida com a prisão.

Furioso, o pai de Alfred tenta de toda forma destruir a carreira de Oscar e os dois se envolvem numa disputa que termina nos tribunais. Oscar é condenado a dois anos de prisão com trabalhos forçados por “cometer atos imorais com diversos rapazes”.

Foi durante o julgamento que Oscar Wilde tornou famoso os versos de seu amante. Ao ser inquirido pelo promotor sobre o que significava a expressão “o amor que não ousa dizer seu nome”, o escritor respondeu: “O amor que não ousa dizer seu nome neste século é uma grande afeição de um homem mais velho por um outro mais novo (...) É neste século incompreendido, tão incompreendido que por causa dele fui colocado onde estou agora...”

Oitenta anos depois, Harvey Milk se muda de Nova York para San Francisco com seu namorado Scott, 18 anos mais jovem e abrem uma loja de revelação fotográfica. Era uma época onde a homossexualidade era tolerada desde que fosse “discreta” e nem “exercida” em público.

Instalado no distrito de Castro, um conhecido reduto gay, Milk logo se destacou por sua liderança e em 1978 foi eleito vereador. Com isso ele se tornou o primeiro homem abertamente gay nos Estados Unidos a vencer uma eleição para um cargo público. Seu mandato iniciou com o patrocínio de um projeto de lei que bania a discriminação baseada na orientação sexual. Milk foi assassinado dez meses depois de eleito juntamente com o prefeito. O autor foi o também vereador Dan White. A emocionante história foi levada às telas pelo cineasta Gus Van Sant no filme “Milk: a voz da igualdade” e consagrou o ator Sean Penn.

Acho que entendi mal

Se uma área rural tem 60 hectares, pela lei pode ser explorada em 80%, o que equivale a 48 hectares, bem menos que eventuais 10 ou 12. Se um sítio específico tem dois mil hectares, isso significa utilizar 3 ou 4% da área total.

Tem quem imagine que até isso seja exploração ¨demais¨ da natureza. Mas aí imagino eu que a pau e corda só cuidem de um vaso de samambaia em sacada de apartamento.

Saideira

Papo esportivo na cancha de bocha:

- Nôno, como foi o seu time ontem?

- Foi bem, até começar o jogo.

- Tá jogando mal então?

- Non, prá jogar mal ainda vai ter que melhorar muito...

Uma década antes da morte de Harvey Milk, era crime não ser heterossexual nos Estados Unidos. Nas ruas de Nova York quem não vestisse pelo menos três peças de roupas “adequadas ao seu gênero” poderia acabar preso. Da mesma forma era proibida a venda de álcool em estabelecimentos considerados gays.

O mafioso Fat Tony viu nisso uma oportunidade e abriu um bar chamado “Stonewall Inn” onde se vendia bebidas alcoólicas adulteradas a preços exorbitantes a um público abertamente gay, graças a um “acordo” com a polícia local.

Tudo ia bem até que em 28 de junho de 1969 a polícia descumpriu o dito “acordo” e prendeu vários frequentadores por “vestimentas inapropriadas”. O público reagiu violentamente e a data desde então ficou marcada como dia do orgulho gay.

Mais de meio século depois a parada livre chega a Lajeado e ainda encontra incompreensão e preconceito. Quanto tempo nossa comunidade ainda precisará para aceitar a liberdade de cada um de se portar e de amar?

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