De forma lúdica, alunos Educação Infantil da Emef Leopoldo Kepkler, de Teutônia, aprenderam a combater o Aedes aegypti e prevenir a dengue. O conhecimento foi compartilhado na comunidade.
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Estudo indica necessidade da intervenção humana e tempo para recuperar margens
Engenheiro ambiental e geólogo fizeram levantamentos dos impactos ambientais causados pela enchente de maio. O manancial, degrado ao longo do tempo pela ocupação de áreas ribeirinhas e ação humana e prejudicado pelas cheias de setembro e novembro de 2023, não tem condições de recuperação sem intervenção humana. Obras, plantio de espécies específicas nas margens estão entre as ações sugeridas.
Curso técnico em Meio Ambiente, do Instituto Pereira Coruja, alia aulas práticas e teóricas a projetos especiais que possam contribuir com a comunidade de Taquari.
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RIO TAQUARI
Umbuzeiro volta a ter espaço na praça central de Estrela
Plantação de muda de umbu faz resgate histórico e de lendas em Estrela
APraça Menna Barreto, no Centro de Estrela, foi castigada pela chuva e vento forte ocorrido nos últimos anos. Em janeiro deste ano, perdeu parte de sua vegetação. Em um processo de reestruturação que envolve todo o município, após os eventos climáticos, a praça também recebe cuidados e melhorias. Uma das ações foi o plantio uma muda de Umbu, árvore que, segundo os relatos e registros históricos, fazia parte do cenário local quando o espaço ainda não era uma praça, nem Estrela uma cidade. O ponto de encontro era fonte de lendas e relatos como da onça que rondava o lugar e alvoraçava a imaginação dos antigos moradores. Uma escultura do animal será adorno o local. O professor e historiador de Estrela, Leônidas Erthal (81) conta que no século XIX, no alto da colina, onde hoje se situa o Centro de Estrela, o “tempo corria de forma diferente. Não havia ainda o desenho familiar de ruas, nem o burburinho de um povoado em formação. A paisagem era vastidão, e a vida seguia os ritmos de uma grande fazenda, com a casa-grande olhando altiva sobre lavouras e senzalas”, diz ele. “Estrela, antes de ser município, era apenas mais uma dentre as tantas fazendas do Alto Taquari, um lugar de resistência à urbanização que tardaria a chegar”, segue.
Edificações
O primeiro prédio, modesto, ergueuse por volta do ano 1800. O segundo, “já com ares de civilidade” como testemunha, foi o sobrado de Antônio Vitor de Sampaio Menna Barreto, depois Hotel Ruschel, erguido algumas décadas depois. “Entre esses dois pontos, o
que havia era a natureza em estado bruto, resistente ao trabalho das mãos que tentavam domesticá-la”, relata o professor. Foi nesse cenário que Antônio Vítor de Sampaio Menna Barreto começou a esboçar as primeiras ruas. “Contudo, o trabalho dele foi mais do que traçar linhas imaginárias no chão: foi preciso domar o terreno, esculpi-lo”, completa o historiador.
O surgimento da praça
Conforme o historiador Airton Engster dos Santos, coordenador do Memorial de Estrela, o topo da colina não era tão plano quanto hoje se vê. “A própria Rua Júlio de Castilhos precisou de rebaixamentos para se adequar à vida que se desenvolvia ao seu redor. E a igreja matriz, cujas portas frontais abriram-se para o horizonte, são testemunhas de um tempo em que o solo ainda moldava a chamada Freguesia de Estrela.” Como segue Engster, por volta de 1868, Pedro Horn chegou a Estrela. Hospedou-se na casa de Antônio Vítor enquanto erguia, com suas próprias mãos, um rancho de barro e pau a pique no Morro dos Horn, hoje Cristo Rei. “Quando perguntado sobre aqueles dias, seu filho Jacó lembrava-se do vilarejo de apenas seis casas, pequenas e frágeis diante da vastidão que as cercava.”
O Umbu e a onça
Mas havia algo mais que residia na memória de Jacó: a presença de uma onça, soberana, que habitava uma toca nas raízes de um frondoso Umbu, plantado na praça Santo Antônio, hoje Menna Barreto. “Essa onça, com
sua presença majestosa, parecia simbolizar o elo entre o passado indomável da região e o futuro que se anunciava. Estava sempre ali. Foi só depois, enquanto a praça surgia e a cidade se erguia, que a onça, como se estivesse ciente da mudança que viria, deixou a colina e migrou em direção às matas densas, próximas ao Rio Taquari”, detalha Engster. “Seu rugido, outrora ecoando pelas colinas, tornouse apenas um sussurro distante, à medida que as estacas do povoado fincavam raízes”, relata o historiador. “E assim, Estrela nasceu, com praça e igreja, mas também da paciência da terra e da tenacidade de seus habitantes. Uma vila que foi fazenda, floresta e lar de uma onça que, em seu tempo, também reinou ao lado do Umbu”, frisa Engster. De acordo com Leônidas Erthal, apesar de muitas lendas e histórias, a onça de fato viveu sim e rondava o local, em especial o pé de Umbu. “Agora, façamos o resgate da história de fato e destas lendas”, reforça ele.
Airton Engster dos Santos e Leônidas Erthal. Muitas histórias e lendas nos berços de Estrela
Um dos primeiros registros da hoje Praça Menna Barreto, local onde um forte Umbu adornava o espaço e tinha uma famosa onça como testemunha da antiga rotina estrelense
EXPEDIENTE
Luciane Eschberger Ferreira
Grafica Uma/ junto à Zero Hora
Plantio do umbuzeiro lembra o enorme exemplar que existia na Praça Menna Barreto
RODRIGO
O que aconteceu
“O Rio Taquari inicia na confluência do Rio das Antas com o Rio Carreiro, em São Valentim do Sul/Santa Tereza. Deste ponto até sua foz, no Rio Jacuí, são cerca de 140km de extensão. Este trecho recebe toda a energia das águas oriundas dos rios das Antas, Carreiro, Guaporé e Forqueta, que tem suas nascentes próximo ou acima dos 1.000 metros de altitude. Quando as águas destes cursos chegam ao Rio Taquari, em grande volume e enorme energia, encontram um curso hídrico com suas margens ocupadas das mais variadas formas e com pouca resistência. Essa configuração e combinação de fatores torna o potencial das águas ainda mais destruidor.”
Recuperação de áreas exige múltiplas ações e tempo
Enchente de maio causou impactos ambientais sem precedentes no Rio Taquari e entorno
ORio Taquari não é mais como antes. As três últimas enchentes, em setembro e novembro de 2023 e maio de 2024, mudaram a paisagem manancial, do seu entorno e dos municípios atingidos. Se antes já necessitava de intervenções, como recuperação de mata ciliar, agora demanda muito mais ações.
De acordo com o geólogo Leandro Petry, entre as alterações nítidas no pós-enchente estão a destruição de edificações e culturas agrícolas, a degradação das matas ciliares, a erosão das margens do rio e do seu leito e a deposição de sedimentos sobre a planície de inundação e na calha do rio. “Ilhas e praias de cascalho e areia não existem mais em alguns trechos.”
O engenheiro ambiental Cleberton Bianchini fez vistorias em diversos locais e recorreu a imagens de satélite atualizadas para ter dados sobre os impactos das enchentes. “Percebe-se que as principais mudanças observadas no Rio Taquari estão relacionadas ao aumento exponencial das erosões das margens, perda da estreita faixa de vegetação que ainda existia em alguns pontos e as mudanças no seu leito devido ao carregamento de material para seu interior.”
Trechos mais afetados
Petry observa que o trecho do rio entre Encantado e Triunfo é o que teve mais modificações. “É a partir desse primeiro município que o Rio Taquari passou a ter uma área maior de influência na inundação, porque nesses municípios o rio possui uma planície de inundação maior. Logo, a extensão do impacto também é de
maior magnitude.” Ele ainda destaca os impactos notórios no trecho entre São Valentim do Sul e Muçum, onde o rio permanece mais confinado.
Impactos sociais, ambientais e econômicos
A ocupação e uso irregular das margens do Rio Taquari ao longo dos anos têm causado a deterioração da qualidade ambiental do manancial. “Vale destacar que a ocupação irregular ocorre nas áreas rurais, com agropecuária, e nas áreas urbanas, com construções e lançamento de efluentes sem tratamento, por exemplo”, observa o engenheiro ambiental Cleberton Bianchini. Para ele, os prejuízos sociais e ambientais são incalculáveis, ainda, visto que os impactos destes eventos
poderão ser observados por muitos anos. Ele refere-se às erosões nas margens, à perda de biodiversidade tanto na margem quanto no rio, à grande redução das áreas que ainda apresentam uma estreita faixa de vegetação em Áreas de Preservação Permanente (APP), ao transporte e carregamento de expressiva quantidade de material diverso para o leito e margens, à deterioração da qualidade da água e perda de solo nas lavouras localizadas em regiões inundáveis. “Vários destes impactos ambientais terão implicações sociais a curto, médio e longo prazo.”
Do ponto de vista econômico, a perda de solo fértil nas margens utilizadas para agricultura vai impactar na produção agrícola, que terá reflexos na disponibilização de alimentos e possibilidade de aumento dos custos. As dificuldades de logística têm impactado diretamente a vida de parcela significativa da população dos municípios.
Por muitos e muitos anos não olhamos de forma adequada para as margens dos cursos hídricos da região, exploramos e intensificamos a ocupação.
Já devíamos ter feito algo, não o fizemos e agora pagamos o preço.”
Cleberton Bianchini
Engenheiro ambiental
Intervenções com obras e regeneração natural e assistida
O engenheiro ambiental Bianchini conta que tem observado em trabalhos e análises desenvolvidos ao longo dos anos, com projetos em áreas de margens de cursos hídricos, que estes locais por si só não alcançarão plena recuperação. “São necessários recursos financeiros e intervenção humana organizada para que estes locais se restabeleçam.” Ele revela que muitas áreas e trechos extensos das margens do Rio Taquari não têm mais nenhuma árvore. “Como esperar que ocorra a recuperação da margem sem intervenção?”, questiona. Para tanto, é necessário ter um diagnóstico detalhado, definir as metodologias de recuperação mais adequadas para cada ponto, dispor de recursos financeiros, além de planejar as intervenções humana e manter o monitoramento para garantir a recuperação. “Por muitos e muitos anos não olhamos de forma adequada
para as margens dos cursos hídricos da região, exploramos e intensificamos a ocupação. Já devíamos ter feito algo, não o fizemos e agora pagamos o preço. Sempre digo que não existe solução simples para problemas complexos,” destaca Bianchini.
Petry reforça a importância de estudos sobre as condições ambientais e soluções de engenharia estrutural e social como prioridade. “Certamente serão necessárias intervenções humanas, pois as dinâmicas inerentes ao Rio Taquari não podem mais ser vistas da mesma forma que antes.”, opina. “As inundações devem ser tratadas com mais seriedade, especialmente tendo em vista as mudanças climáticas globais e seus impactos sobre o Vale do Taquari,” ressalta.
Bianchini acredita que dadas as características atuais dos locais, pouquíssimos lugares não necessitarão
de intervenção humana. “Isso se deve à grande quantidade de espécies exóticas invasoras nas margens dos cursos hídricos da região, incluindo do Rio Taquari, que dificultam o processo de recuperação.” No entanto, ele acredita que em alguns lugares é possível trabalhar com regeneração natural assistida. “Esta é uma metodologia em que ocorre pouca intervenção humana, somente controlando as espécies exóticas e criando condições favoráveis para a recuperação do local.
Em locais de difícil acesso, especialmente onde houve movimentos de massa, Petry acredita que a regeneração natural se sobressaia em relação à promovida pelo homem. “Principalmente em locais de alta declividade já em meio a matas nativas. Nesses locais, a fauna e a flora podem ser protagonistas na recomposição da estabilidade dos terrenos.”
As inundações devem ser tratadas com mais seriedade, especialmente tendo em vista as mudanças climáticas globais e seus impactos sobre o Vale do Taquari.”
Leandro Petry
Geólogo
Conceito
A gestão de resíduos sólidos é formada por um conjunto de procedimentos, planejamento, implementação e gerenciamento. Pensando na separação, coleta, armazenamento, transporte e disposição final adequada para cada tipo de resíduo gerado, visando o reaproveitamento/reciclagem e a redução da produção de lixo (mistura).
Quanto melhor a separação, menor o impacto ambiental
A Univates, por três anos seguidos certificada como universidade mais sustentável do Sul do Brasil, é exemplo de gestão de resíduos
Aquantidade de pessoas que circula na Universidade do Vale do Taquari – Univates é maior do que a população da maioria dos municípios do Vale. São 3,9 mil alunos em sistema presencial, 1,9 mil professores e funcionários, além clientes, fornecedores, visitantes e pessoas da comunidade que utilizam uma gama de serviços oferecidos pela instituição.
Toda esta movimentação, que dá vida ao campus, resulta na geração de 250 a 300 kg de resíduos sólidos por dia. Do total, 30% vão para reciclagem. “O índice é muito superior ao da coleta pública de Lajeado, que recicla cerca de 4%”, compara o engenheiro ambiental Gustavo Schäfer, responsável pelo Ecovates –setor encarregado desde a coleta até destinação final dos resíduos sólidos. Schäfer observa que sistema praticado no Ecovates contribui para um melhor índice de reciclagem. Não usa, por exemplo, caminhões compactadores, como no sistema público. A prensa rasga os sacos plásticos e pode sujar os materiais, inviabilizando a reciclagem. Em um dos espaços do Ecovates, a triagem é manual. Nos sacos azuis são armazenados papeis, plásticos e outros recicláveis. Nos pretos, rejeitos, como papel higiênico – só o rejeito é levado pela coleta pública. Os resíduos orgânicos dos restaurantes e bares do campus são recolhidos e levados pela empresa Folhito, de Estrela. O volume é utilizado
na produção de adubo.
Educação
A adesão ao descarte correto é outro fator importante. Para o assistente de meio ambiente do Ecovates, Andriel Rodrigues, o ambiente do campus favorece. “As pessoas chegam na Univates, veem tudo limpo e organizado, acabam entrando no embalo e fazendo a coisa certa.” Schäfer completa: “Nós oferecemos a possibilidade de descartar no lugar certo, inclusive os coletores são intuitivos, os rótulos têm a informação por escrito e também em imagens.”
Clientes internos e externos
A Univates, por manter laboratórios, ambientes de saúde e de pesquisa, precisa fazer a destinação ambientalmente correta de cada tipo de resíduo. Entre as opções estão a reciclagem, descontaminação, compostagem, recuperação energética, incineração e coprocessamento.
Um exemplo são as lâmpadas, porque a logística reversa – devolver ao comércio ou ao fabricante – ainda não funciona como prevê a lei.
Neste caso, o Ecovates faz a descontaminação, separa as peças conforme os materiais, entre eles vidro, alumínio e latão, encaminha o que for possível reciclagem e dá o tratamento adequado aos contaminantes.
Da mesma forma, atende empresas de diferentes segmentos com o intuito de dar a destinação ambientalmente correta a cada tipo de resíduo.
Equipe: Joaquim Franke Amador, auxiliar de meio ambiente; Andriel Rodrigues, assistente de meio ambiente; e Gustavo Schäfer, engenheiro ambiental
“Nós oferecemos a possibilidade de descartar no lugar certo, inclusive os coletores são intuitivos, os rótulos têm a informação por escrito e também em imagens.”
Gustavo Schäfer Engenheiro ambiental
Bernardo, Aline e Luana estão à frente da startup, criada em 2021
Gestão de resíduos e educação ambiental são foco de startup
A Recic foi criada em fevereiro de 2021 e está incubada no Parque Tecnológico da Univates. Atua diretamente nas cidades de Lajeado, Estrela e Teutônia, atende clientes pessoas física, jurídica e prefeituras. A missão da empresa é mudar a forma como as pessoas se relacionam com o seu lixo. “Trabalhamos a sensibilização por meio de orientações de como devem
entrevista
“Temos muito a evoluir para que a logística reversa aconteça”
A lei de política nacional de resíduos sólidos fala em cooperação entre diferentes esferas do poder público, setor empresarial e demais segmentos da sociedade. Na tua opinião, no Vale do Taquari e no Estado, esta corrente existe, funciona?
Luana - Em algumas cidades do Vale do Taquari existem iniciativas que envolvem diferentes esferas, mas poucas comparadas a quantidade de resíduos diferentes que geramos. Quando olhamos para o Estado, entendo que essa cooperação é muito precária, ela acaba fluindo melhor apenas nas cidades da região metropolitana. Temos muito a evoluir para que essa cooperação, conforme a PNRS, aconteça de fato.
resíduos sólidos, todos têm seus deveres e obrigações para que os resíduos recebam o destino adequado, ou seja, o ente público também tem a obrigação de promover momentos de reflexão e sensibilização para resíduos especiais, nesse caso usamos o termo ‘responsabilidade compartilhada’. O ente público quando organiza estes eventos ou espaços, como, por exemplo, os ecopontos, disponibiliza um momento de cooperação entre os setores privados, entidades e comunidade, facilitando o descarte adequado destes resíduos que têm alto potencial de poluição e contaminação do solo, água e ar. Ao promover estas ações e disponibilizar espaços colaborativos, o ente público busca sensibilizar e conscientizar a comunidade para o cuidado com o descarte irregular de tais resíduos.
ser separados os resíduos, somos responsáveis pela coleta e destinação final dos resíduos orgânicos e gerenciamos a coleta e destinação final dos demais resíduos”, afirma Luana Hermes, engenheira ambiental. Todos os eventos que a Recic faz a gestão de resíduos, o foco principal é evitar que resíduos potencialmente recicláveis sejam levado ao aterro sanitário.
A legislação também prevê logística reversa – devolver aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes os produtos/ embalagens para que descartem corretamente. Na prática, a logística reversa funciona?
- Na prática, conforme a legislação orienta e indica, não funciona. A grande maioria dos comércios não gostam de receber de volta os produtos que necessitam de logística reversa. E não existe uma cadeia efetiva que envolva todos os atores responsáveis. Existem alguns programas de logística reversa para lâmpadas, pneus, eletrônicos, óleos lubrificantes, pilhas, baterias, porém tem falha na divulgação e na participação da comunidade em geral.
As ações especiais de entes públicos e seus parceiros para recolher pilhas, baterias e eletroeletrônicos são sua obrigação ou não?
- Conforme a política nacional de
“Além disso, prezamos pela educação ambiental e colaboração do público envolvido.”
Além de Luana, que é responsável pela área comercial e educadora ambiental, a Recic conta com Aline Hedlund, administradora, que cuida das
Em paralelo à Política Nacional de Resíduos Sólidos, temos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Como você vê a implantação de ações que vão ao encontro dos ODSs que tratam das questões ambientais?
- Atualmente, estão mais presentes nas falas e eventos, porém ainda temos muito para evoluir no quesito de implantação efetiva das metas e objetivos dos ODS. As ações que envolvem impacto social, ambiental e econômico de alguma forma atendem algum ODS, mas nem sempre são divulgados e abordados de forma que a comunidade identifique e saiba. Quando analisamos as nossas cidades do Vale do Taquari, seria interessante que elas usassem os ODS como guia básico para o desenvolvimento, e utilizassem as ferramentas que ficam disponíveis para alcançar o índice de atingimento de metas para cada cidade.
coletas, marketing e administrativo, e Bernardo Purper, engenheiro mecânico, que atua nas áreas de coleta, sistema e orçamentos.
Na entrevista a seguir, Luana Hermes fala sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 2010.
“O geólogo atua na avaliação de riscos e na sugestão ao convívio pacífico com a natureza.”
A cada edição, o Viver Cidades apresenta uma profissão voltada ao meio ambiente. São histórias inspiradoras de quem têm no trabalho o cuidado com o ambiente natural.
Nome: Cristiano Danieli
Idade: 44 anos
Qual a sua formação? Geologia
Por que você escolheu cursar geologia? Por amar a natureza e a ciência e ter intimidade/facilidade com números.
Em qual área você trabalha atualmente? Sou proprietário de uma empresa de geologia ambiental e geotécnica há 18 anos – a Konda
Geologia Ambiental, de Lajeado.
Quais as áreas que você já atuou? Como geólogo, já atuei com mineração de agregados da construção civil (areia, cascalho, basalto, arenito), como geotécnico em barragens, áreas de risco, grandes obras, locação e perfuração de poços, entre outros.
Quais atividades um geólogo pode desempenhar? Além das atividades já mencionadas, pode trabalhar na prospecção de minérios metálicos, petróleo, gerenciamento ambiental, hidrologia, pesquisas, paleontologia, etc.
Como você percebe a importância da geologia na prevenção e mitigação de eventos como os deslizamentos ocorridos no Vale do Taquari durante a enchente de maio? O geólogo atuou e atua como protagonista tanto no diagnóstico das áreas em risco como
na consultoria e planejamento das ações de resposta e mitigação dos riscos.
Como os geólogos podem fazer a diferença no meio ambiente e na sociedade? O geólogo é o profissional que entende os fenômenos físicos do planeta como um todo, desde o sistema solo mais rocha como a questão hidrodinâmica de cursos hídricos e sua interdependência com a paisagem e com a ocupação humana. Portanto, é fundamental que este profissional esteja presente em todos os degraus de planejamento territorial bem como na tomada de decisões que envolvam as áreas já ocupadas. Em uma escala menor, em cada implantação de obras de infraestrutura, residencial ou industrial, o geólogo deve atuar na avaliação de riscos e na sugestão de medidas que auxiliem na convivência pacífica do homem com a natureza.
Núcleo ESG da Acil retoma atividades na Expovale
Cases de empresas que aplicam os princípios de ESG e registram benefícios e impactos positivos serão apresentados durante a feira
ONúcleo ESG da Associação Comercial e Industrial de Lajeado levará cases de empresas que aplicam os conceitos da sigla para environmental, social and governance para 23ª Feira Industrial, Comercial e de Serviços (Expovale) e a 11ª Feira de Construção Civil, Mobiliário e Decoração do Vale do Taquari (Construmóbil). A ação na Expovale também marca a retomada das atividades do Núcleo, criado em fevereiro deste ano.
Na feira, o Núcleo ESG pretende atrair empresários interessados em aprender mais sobre ESG. “A ideia é expor cases de empresas que já aplicam os princípios de ESG, mostrando os benefícios e impactos positivos dessas práticas indiferentemente do porte da organização, pois ESG é para todos”, destaca Lucas Lengler, coordenador do Núcleo e diretor de Responsabilidade Social Corporativa da Acil. Conforme Lengler, a participação na feira será uma oportunidade de promover a sensibilização, conscientização e o engajamento das empresas locais no tema.
Criação
O Núcleo ESG foi criado na Acil em fevereiro deste ano. O principal objetivo do núcleo, conforme Lengler, é fomentar o conhecimento sobre as práticas de ESG no Vale do Taquari, com foco em auxiliar pequenas, médias e grandes empresas a incluírem nos seus processos os conceitos ESG de forma a “não inventar a roda e sim fazer ela girar”, observa. “Além disso, também ajudar as empresas a prever cenários futuros dos riscos ambientais e sociais que possam afetar o seu negócio e passar por eles de forma mais branda e com menor impacto para organização”, completa. Três encontros presenciais abriram os trabalhos. Neles, os empresários conheceram o conceito e foram convidados a integrar o grupo. Entretanto, a enchente de maio impactou diretamente o cronograma do Núcleo ESG, já que a sede da Acil foi atingida. “Muitos participantes estavam envolvidos nas ações emergenciais devido à tragédia”, lembra Lengler. As reuniões do núcleo foram suspensas temporariamente, e agora estão sendo retomadas em um ritmo mais lento, com encontros predominantemente online. Segundo Lengler, esse formato se deve às dificuldades de locomoção na região, por conta de obras e congestionamentos. A disponibilidade dos membros também é um desafio, pois as demandas em suas empresas aumentaram significativamente após as enchentes. As atividades durante a Expovale marcam a retomada do Núcleo, que divulgará seu cronograma atividades oportunamente. A feira ocorre de 7 a 10 e de 13 a 17 de novembro no Parque do Imigrante em Lajeado.
“Tecnologia a serviço do planeta”
Qual a diferença entre as práticas ESG e a sustentabilidade?
Para entender o ESG, é essencial, primeiramente, distingui-lo sustentabilidade. Gosto de utilizar a seguinte frase: “Toda empresa ESG precisa ser sustentável, mas uma empresa sustentável não necessariamente precisa ser ESG.” Além disso, é importante compreender que este movimento é fortemente impulsionado pelo mercado financeiro. Para empresas de capital aberto, o ESG se torna uma ferramenta para atrair investidores que se alinhem com o propósito e visão de resultado da organização.
E para empresas de capital fechado?
No caso de empresas de capital fechado, como as comumente encontradas no Vale do Taquari, as práticas de ESG mantêm o mesmo objetivo final (sustentabilidade), mas com focos diferentes. Nesses casos, o ESG não é ditado especificamente pelo mercado financeiro, mas pela materialidade identificada a partir dos stakeholders (partes interessadas). Em outras palavras, o foco está em realizar o que é relevante para gerar valor tanto para a empresa (internamente) quanto para a sociedade (externamente), tudo isso de forma estratégica. Gosto de dizer: ‘O ESG é como uma digital, cada
empresa tem a sua e elas podem até ser parecidas, mas são diferentes e você não encontra uma igual.’
Por que é importante desenvolver práticas em ESG nas empresas?
A organização pode alcançar eficiência nos processos, como a redução do consumo de matériasprimas e insumos (foco do pilar ambiental). No pilar social, os benefícios vão desde o cumprimento de requisitos legais, redução da rotatividade e melhora do ambiente de trabalho (interno), até a promoção da igualdade, equidade e redução do preconceito (externo).
Por fim, temos o pilar da governança, considerado o mais importante, pois é ele que define as estratégias da organização. É fundamental entender que toda empresa possui algum tipo de governança, em maior ou menor grau. No entanto, quando falamos do “G” no ESG, é relevante destacar aspectos como transparência, gestão de requisitos legais, gestão de riscos (ambientais, sociais e sua relação com o econômico), compliance, entre outros. Essas práticas, ao final, reduzem custos, agregam valor ao produto, melhoram a reputação e garantem maior transparência tanto para os acionistas e proprietários quanto para a comunidade.
entrevista
Lucas Lengler coordenador do Núcleo
ESG e diretor de Responsabilidade Social
Corporativa da Acil
Teoria e prática aliadas em benefício da sociedade
Projetos do curso Técnico em Meio Ambiente
têm as premissas de preparar o aluno para vida profissional e fazer a diferença na comunidade
Implementação da coleta seletiva em instituições de ensino no Rio Grande do Sul: um guia para a sustentabilidade; Projeto Socioambiental sobre a Cultura da Laranja e o Congresso de Qualidade Ambiental Pereira Coruja são três exemplos de trabalhos desenvolvidos no curso Técnico em Meio Ambiente do Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja. Conforme o professor Israel Santos Reis, engenheiro ambiental e licenciado em química, os projetos desenvolvidos pelos estudantes têm, entre os objetivos, colaborar com a comunidade de Taquari.
O curso de dois anos, no pós-médio, tem aulas teóricas e práticas, em laboratórios e outros ambientes, e o desenvolvimento de projetos e ações. No período de 2023/2024 são pelo menos três trabalhos. Um deles, o l Congresso de Qualidade Ambiental Pereira Coruja, ocorreu em julho. O evento foi planejado e construído no ambiente escolar. Segundo o professor Reis, a intenção foi dar visibilidade ao curso Técnico em Meio Ambiente e às pautas ambientais, aproximar empresas, fomentar parcerias, atrair profissionais parceiros e também novos alunos. As três maiores indústrias de Taquari - Adama, Dexco e Motasa - e a cooperativa Sicredi estiveram representadas no evento. A atividade foi aberta à comunidade, e funcionários das indústrias também puderam participar.
Acredito que posso fazer a diferença desenvolvendo soluções sustentáveis que equilibrem o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. A minha área de mais proximidade é a botânica, a de preservação ambiental. Se eu fosse desenvolver um projeto hoje seria relacionado a esta área. Conscientizar as pessoas de como preservar uma mata ciliar. Poder orientar sobre o que cortar, quando cortar, onde pedir liberação, entre outras informações importantes.”
Na avaliação de Reis, o congresso é muito produtivo, porque as organizações têm espaço para mostrar as suas demandas. “É importante que os alunos vejam estas oportunidades, já que o curso tem estágio obrigatório.” O professor conta que a segunda edição do congresso já está em planejamento e ocorrerá em 2025.
Retomada
Conforme o professor, o curso Técnico em Meio Ambiente, há alguns anos, não tinha a visibilidade que
Eu escolhi o curso técnico em meio ambiente porque sempre tive interesse em entender como o ser humano interage com a natureza e como podemos minimizar os impactos desta relação. Acredito que proteger o meio ambiente é essencial para garantir a qualidade de vida das gerações futuras. O curso oferece formação para que eu possa atuar diretamente em projetos, como recuperação de áreas de gradadas.
Saiba mais sobre os projetos
- Implementação da coleta seletiva em instituições de ensino no Rio Grande do Sul: um guia para a sustentabilidade
O projeto tem a intenção aprimorar a eficácia do programa de coleta seletiva na escola, visando torná-lo mais sustentável e integrado às práticas educacionais e profissionais. Espera-se que este projeto não apenas promova o conhecimento técnico, mas também uma mudança positiva nos hábitos de descarte de resíduos gerados pelos alunos, e também os capacite como agentes de mudança em suas comunidades. Será um projeto perene, que terá continuidade por outros alunos nos próximos anos. Os jovens terão a oportunidade de avançar e aprofundar a gestão dos resíduos gerados na escola, podendo abranger diversas esferas da geração, caracterização e destinação ambientalmente adequada.
- Projeto socioambiental sobre a cultura da laranja no município de Taquari
Este trabalho investigou o contexto histórico da produção de laranja em Taquari. Até meados de 1990, a Taquari era conhecida como Terra da Laranja. Entretanto, um vírus atacou as árvores e sem conhecimento do manejo adequado para combater o cancro, a produção foi sendo abandonada.
Levantamentos feitos no projeto indicaram a importância da laranja para a economia agrícola e para a saúde humana, confirmando a relação ancestral do município de Taquari com o fruto.
Os principais resultados apurados pelos alunos confirmaram que a laranja continua a ser uma parte vital da herança cultural de Taquari e que as práticas de cultivo mais modernas são eficazes na produção de frutas de alta qualidade.
O estudo sugere que o potencial da laranja de Taquari pode ser maximizado com a continuação da adoção de práticas de cultivo sustentáveis e uma estratégia de marketing que aproveite a qualidade comprovada do fruto. A preservação das tradições culturais e a modernização das práticas agrícolas são essenciais para o futuro da cultura da laranja na região.
tem hoje. Entretanto, o aumento da demanda desses profissionais nas indústrias, as mudanças climáticas e eventos como as enchentes
e queimadas estão mostrando a importância da formação. “Entendemos que é uma área que terá a demanda aumentada”, projeta Reis.
Maciel Silva de Castro 19 anos
Jenefer Machado da Silva 29 anos
DIVULGAÇÃO
Eles estão preparados para combater o Aedes aegypti
Aumento de casos de dengue e um óbito no verão passado motivaram projeto de prevenção com crianças entre 4 e 6 anos
As estações de calor chegam e com elas a preocupação com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Leopoldo Klepker, duas turminhas estão prontas para agir. No primeiro semestre deste ano, cerca de 40 alunos participaram de um projeto elaborado pelas professoras de Educação Infantil Viviane da Silva Zang e Patrícia Gross.
O aumento do número de focos e da incidência da doença na região levaram Viviane e Patrícia a trabalhar o
assunto de forma mais ampla. O óbito de um morador do bairro Alesgut, onde fica a escola, só reforçou a importância de abordar o tema com os alunos. “Sentimos a necessidade de criar esta consciência entre os pequenos”, lembra Patrícia.
De forma lúdica e prática, cerca de 40 crianças, com idade entre 4 e 6 anos, criaram o mascote do mosquito. Para tanto, observaram suas características por meio de um vídeo. Desta forma poderiam identificá-lo caso o vissem no ambiente.
“Abordamos a questão da prevenção e dos cuidados com o ambiente”, conta Patrícia.
As famílias também participaram das atividades. A partir de uma pergunta, como por exemplo, quais os sintomas da dengue, aluno e familiares confeccionaram um cartaz com a resposta. Depois apresentaram em sala de aula.
Resumo das atividades
- Confecção de um mosquito para caracterizar a porta da sala
- Conversas sobre o tema e exibição de vídeos explicativos
- Contação de história
- Música: Zum, zum, zum
- Exploração e plantio de espécies que repelem o mosquito
- Painel do ciclo de vida do mosquito com massinha de modelar
- Jogo: matando o mosquito
- Entrega de panfletos à comunidade
- Pesquisa com as famílias sobre a doença e socialização do conteúdo com os colegas
Sentimos a necessidade de criar esta consciência entre os pequenos”,
É importante criar nas crianças esta consciência de que elas também podem ajudar.”
Objetivos alcançados
Outra ação foi a pesquisa e posterior plantio de vários tipos de chás repelentes ao mosquito. Com apoio da Secretaria da Saúde, as professoras conseguiram panfletos orientativos. Para envolver a comunidade, as turmas entregaram os fôlderes nas casas e comércios no entorno da escola. “As pessoas que estavam em casa se mostraram muito receptivas, acolheram e receberam as crianças”, conta Patrícia. A professora Viviane destaca que os objetivos foram atingidos. “Eles conseguiram aprender como prevenir a dengue, a identificar o mosquito e a eliminar os focos”. Viviane avalia que a participação, tanto dos alunos, quanto dos familiares e da comunidade, foi muito boa. As crianças demonstraram curiosidade e interesse. “É importante criar nas crianças esta consciência de que elas também podem ajudar. Tudo o que fizermos hoje, colheremos amanhã. E que pequenas ações têm significado para elas e a nós também”, finaliza a professora.
Patrícia Gross
Professora
Viviane da Silva Zang
Professora
Concurso Viver Cidades revelará os vencedores durante seminário
Evento está agendado para 15 de outubro, no auditório do prédio 11, da Univates, a partir das 13h30
Aparticipação de estudantes no 2º
Concurso Viver Cidades superou a expectativa da comissão organizadora. Na categoria Ensino Médio, 31 vídeos foram inscritos. E no Ensino Fundamental, 474 redações concorrem em duas categorias. No total, 19 escolas, de nove municípios, inscreveram os trabalhos de estudantes de 5º e 6º anos e 7º, 8º e 9º anos.
Os estudantes com trabalhos classificados e professores serão convidados ao evento, mas só saberão a colocação no momento da entrega da premiação. Desta forma, cria-se expectativa maior.
Tema
Depois da sequência de enchentes no Vale do Taquari – setembro e novembro de 2023 e maio de 2024 – a comissão decidiu lançar um desafio que tivesse como tema central o Rio Taquari.
Os adolescentes produziram vídeos com a temática “Para onde corre o Rio Taquari”. Ao Ensino Fundamental, a proposta foi escrever “Uma Carta para o Futuro.”
De acordo com a coordenadora do projeto Viver Cidades, Luciane Eschberger Ferreira, os vídeos foram criativos e bem produzidos. “A
comissão julgadora observou vários quesitos, como determinava o regulamento, para então selecionar os finalistas. Os dez escolhidos postaram os vídeos no Instagram, e os três mais votados ficaram em 1º, 2º e 3º lugar. Os destaques de melhor roteiro, imagens, narração e edição foram escolhidos pela
Expressão por meio da escrita e do comportamento
Médica psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Univates, Luiza Lucas observa que toda a população regional passou por esta situação traumática, que foi a enchente. “Diante das perdas, cada pessoa vai agir e lidar com suas emoções de forma diferente.” No caso das crianças, especialmente na faixa entre 10 e 12, elas ainda estão em formação, tanto da personalidade quanto da consciência e da capacidade de lidar com
situações traumáticas. “Quanto mais jovem a pessoa, menos habilidade ela tem para lidar com questões traumáticas e mais difícil tende a ser.”
comissão. Assim como em alguns vídeos, os impactos da catástrofe causada pela enchente de maio ficaram evidentes também nas redações. “Observamos uma grande quantidade de relatos sobre as perdas – de casas, de propriedades rurais, de pontes e até mesmo de
familiares, vizinhos e amigos.”
A jornalista Luciane leu as 474 redações com o intuito de fazer a primeira seleção. “Em vários momentos, tive que interromper a leitura, respirar fundo e então seguir. Sentimentos e emoções de crianças e pré-adolescentes foram revelados nos textos. Desabafos, eu diria.”
casos, talvez não seja suficiente.”
Durante a enxurrada, a ansiedade, a angústia e o medo foram sentimentos predominantes. Luiza destaca que falar e escrever sobre isso pode ser uma forma de desabafar e elaborar este trauma. “Escrever de forma livre pode ser uma maneira de expressão, mas em alguns
situações “Quanto pessoa, ela questões mais ansiedade, medo predominantes. destaca sobre forma elaborar “Escrever pode expressão, da crianças
Pais e professores podem perceber nos filhos e alunos o comportamento e o sono diferentes do que eram antes da catástrofe. “Nestes casos, é importante oportunizar a estas crianças um espaço mais adequado de fala, de desabafo, de organizar os pensamentos”, sugere a médica. Ela recomenda o apoio de psicólogos para auxiliar as crianças e suas famílias.
É importante oportunizar às crianças um espaço mais adequado de fala, de desabafo, de organizar os pensamentos”
Lucas
Luiza
Médica psiquiatra
Relatos de destruição, preocupação com as pessoas e com a recuperação do Rio Taquari pautaram os textos