AH - Você | 19 de dezembro de 2015

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FIM DE SEMANA, 19 E 20 DE DEZEMBRO DE 2015 EDIÇÃO Nº 9

Festas de fim de ano:

estilo impecável Páginas 14 e 15


Eu curto

Inspire-se LAURA MALLMANN/ARQUIVO A HORA

Por que se veste de Papai Noel? A cada ano, a sensação de realização que sinto é maior. O trabalho voluntário é muito especial. Pode não parecer, mas recebo muito em troca. Carinho é meu maior pagamento. Ainda quero continuar por muito tempo. O que lhe proporciona? Momentos únicos. Todo este trabalho que faço influencia diretamente nos sentimentos e formação das crianças. Certa vez, em evento na Slan, um pequeno acariciou minha barba e perguntou se era de verdade. Essas situações me emocionam. As histórias que coleciono compensam. A felicidade proporcionada por essa fantasia que visto, pela figura do Papai Noel, faz o esforço valer. Como concilia com a rotina? Eu sou aposentado, e às vezes faço alguns serviços administrativos para conhecidos. Por isso, na maioria das vezes, estou livre para atender como Papai Noel. Mas consigo fazer somente um evento por dia, por conta da roupa que demora a secar.

Ilceu Dresch “França” Profissão: aposentado

Como iniciou? A ideia surgiu de um convite que recebi da Escola Municipal de Educação Infantil Fazendo Arte, onde minha neta, Maria Eduarda, estudava. Naquela vez, peguei fantasia emprestada, coloquei uma máscara e animei os alunos durante a entrega dos presentes. No início, as crianças se assustaram. Esperando o convite para o ano seguinte, deixei a barba crescer. A intenção era fazer o personagem parecer mais real. A atividade acabou encantando as crianças.

Me vestir de Papai Noel O espírito natalino e a crença religiosa são a motivação de Ilceu Dresch, 73, mais conhecido como “França”, para se caracterizar de Papai Noel. Neste ano, completa 14 anos de fantasia. A pretensão é continuar o trabalho voluntário até quando a idade permitir. Além de visitas a escolas, França e a neta e ajudante, Maria Eduarda, visitam pacientes do Hospital Bruno

Born (HBB) e entidades assistenciais. Na infância, recorda França, o momento mais esperado do ano era o Natal, símbolo do nascimento de Jesus. O Papai Noel sempre foi a marca registrada para essa data, opina. Para ele, quando as crianças acreditam na figura do bom velhinho, a crença religiosa permanece junto delas durante todo o amadurecimento.

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Fábio Costa e Gianini Oliveira Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) - Foto de capa: Anderson Lopes

voce@jornalahora.inf.br

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“(...) não existe preço para a felicidade.”

Aconselharia as pessoas a se vestir de Papai Noel também? Por quê? Sim. O sentimento de alegria é o retorno recebido quando alguém sorri ao me ver de Papai Noel. Nunca quis cobrar pelo trabalho, pois não existe preço para a felicidade. Por onde passo, coleciono presentes e cartas. Guardo todas que recebo. Mas não há valor que pague esses momentos.



DIVULGAÇÃO

Coluna

Sem erro

Identidade

Pulseira em ouro 18k em elos com pingente, da Joalheria Hexsel

Anel em ouro 18k com brilhantes, da Joalheria Hexsel

Anel em ouro 18 com brilhantes, da Joalheria Hexsel

Natal: é tempo de

presentear pesar da preparação para o Natal começar em novem-bro, há quem deixe para a taúltima hora. Os kits montasentear dos são uma boa opção para presentear ambém com variedade. Roupas de verão também são a pedida, pois têm tudo a ver com a estação. As joias e os relógios são itens cas de atemporais e certeiros. Confira dicas stos. presentes para agradar todos os gostos.

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Vestido curto Bianca, da Única Basic Store

Kit infantil Sophie (um batom, uma loção hidratante, uma colônia, uma bolsa e um espelho em forma de borboleta), do Boticário

Cami Camiseta gola v masc masculina, da Única Basic Store Malb (uma ( lôni lô ni um sabonete bo te Kit Malbec colônia, líquido, uma espuma para barbear, um desodorante e um cinto), do Boticário

Kit Egeo Woman Dolce (uma necessaire paetê, um hidratante, uma colônia Egeo Dolce e um desodorante), do Boticário

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Relógio masculino Armani Exchange, da Joalheria Hexsel

Chinelo Ipanema Sunshine, da Única Basic Store

FOTOS TAMMY MORAES E ANDERSON LOPES

E mais um ano está chegando ao fim. Um ano que voou. Que foi um divisor de águas para muitas empresas. As fortes ficaram, se reinventaram e agora percebem a importância de estar à frente, buscando alternativas e saindo da zona de conforto. Também se falou muito em substituir as marcas de fast fashion pelas de slow fashion, com mais personalidade, qualidade e trabalho manual, em que as pessoas trabalham mais que as máquinas e há mais sentimento e menos indiferença. Um ano de dúvidas e incertezas. Ano de tomar decisões, de enfrentar de frente uma crise anunciada, e de buscar as oportunidades que toda crise traz. Ano de decidir, de mudar, de investir, de ficar com medo, mas de seguir adiante. Com um ano tão incomum, em que no inverno usamos regatas e na primavera ainda não guardamos os casacos, tivemos que nos adaptar. Adaptar a um novo mercado uma nova forma de lidar com os negócios, com a moda e com o comportamento. Início deste mês, a Chanel, uma das marcas mais conhecidas do mundo, foi acusada de plágio por uma marca escocesa. Uma equipe da gigante foi buscar referências nessa empresa e no desfile algumas peças ficaram muito parecidas com as compradas lá. A Chanel se desculpou e falou que foi um erro de comunicação interna da empresa. Aqui não cabe discutir se esse “erro” foi intencional ou não, mas analisar o quanto a moda entrou em um ciclo de copia/cola, em que a paixão se deixa de lado, pois só de paixão poucos vivem. A questão é entender por que neste ano se falou tanto no artesanal, no manual. Pois o ramo se entristece cada vez que um artista, e por artista entendo aquele que realmente transporta sua alma pra roupa, fecha as portas. Quanto vale esse trabalho? Quanto vale um trabalho autoral? E como ser autoral se parece que tudo já foi feito? Quanto vale o tempo e a dedicação para pesquisa? Acredito nas duas formas de produto, slow e fast fashion, mas queria ver muito mais algumas peças que identificassem as marcas, nem que seja uma pequena fatia da coleção. Identidade. Falta identidade. E para o próximo ano é isso que desejo: mais identidade. Identidade em cada nova coleção, em cada fachada, em cada detalhe, nas tratativas entre cliente e empresa. Identidade para mostrar sua essência. Peças básicas são, sim, necessárias, mas a identidade é fundamental.



FOTOS DIVULGAÇÃO

Na cozinha

Receita Peru de Natal Ingredientes – 1 peru – 1 garrafa de vinho branco seco – Suco de 6 laranjas – 3 cebolas picadas – 4 dentes de alho – 4 folhas de louro – 4 caldos de galinha em pó – 1 pitada de pimenta do reino – 1 pote de 500 g de margarina – 1 colher (sobremesa) rasa de açúcar Modo de preparo – Lave o peru na água corrente para retirar o tempero. – Faça uma marinada com os ingredientes listados, menos o açúcar. Deixe o peru marinando por dois dias.

Protagonista da

– Cubra o peru com margarina. Também faça incisões e coloque o ingrediente. Dê atenção especial à parte do peito.

ceia de Natal

– Asse, colocando a marinada no tabuleiro junto. Em fogo baixo, jogue sempre o caldo do tabuleiro no peru. Isso evita que fique seco. Repita o processo até o pino levantar.

Para preparar o peru e alcançar o resultado perfeito, é preciso seguir à risca cada passo. Antecedência e paciência devem ser palavras de ordem na cozinha

– Quando o pino levantar, misture o açúcar com três colheres de sopa de margarina. – Besunte o peru e leve ao fogo sem o papel alumínio até dourar.

A

preparação do peru para a ceia de Natal exige tempo. Por isso, atenção aos detalhes influencia no resultado final. O primeiro passo é descongelar completamente o peru, para conseguir assá-lo por completo. A dica é tirá-lo do congelador com 12 horas de antecedência. O preparo dura em média três horas. Por isso, garanta que haverá gás suficiente para finalizar o prato. Coloque o peru no forno apenas quando estiver entre 180 e 200oC. Assim, a crosta externa garante a crocância. Para a carne ficar mais saborosa, antes de assar, levante com cuidado a pele do peito, espalhe um pouco de manteiga e ervas e depois a coloque no lugar. Para evitar ressecamento e garantir um assado uniforme, externa e internamente, a temperatura do forno não pode ser nem muito baixa nem muito alta. O indicado é colocar o peru de lado, com uma

O preparo dura em média três horas. Por isso, garanta que haverá gás suficiente para finalizar o prato.

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das coxas para cima. Depois de 25 minutos, exponha o outro lado ao calor direto pela mesma quantidade de tempo. Para terminar o cozimento, volte o peru à posição normal. Assim, o peito fica o tempo todo protegido da alta temperatura, assegurando o bom cozimento e a umidade interna. Mesmo se o peru não vier com o esligar o pino que avisa a hora de desligar forno, é possível descobrir o ponto quena da carne. Basta fazer pequena incisão na parte mais dura da ricoxa. Se o líquido escorrido for claro, sem sangue, o assado está concluído. Quando isso acontecer, aumente a temperatura do forno para dourar. A apresentação do prato deve seguir o perfil dos m convidados. Se gostarem visomente do peito, vale serviho. É -lo fatiado com um molho. s, pois ideal para famílias grandes, ladares. agrada os mais variados paladares.

– O caldo que sobra no tabuleiro serve para fazer molho para servir à parte. – Leve a uma panela com um pouco de farinha de trigo para engrossar.


Viver

De biquíni,

Coluna

sem celulite Tratamento inicia com avaliações e consulta nutricional. Depois, as sessões de endermologia e anidro x medicinal garantem resultado

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hega o verão e a celulite é uma das maiores preocupações das mulheres ao colocar o biquíni. Alterações hormonais, flacidez, gordura localizada, retenção de líquidos e má circulação estão entre os causadores. Tudo contribui para deixar a pele com aspecto de casca de laranja. São bolsas de gordura acumulada por baixo da pele que causam as covas nas ancas, coxas e nádegas. Em mulheres, o tecido adiposo da hipoderme se deposita em grandes feixes verticais. Esses são separados por septos fibrosos verticais à superfície da pele. Isso separa as células gordurosas em grupos. São formados por fibras que ligam a pele à musculatura localizada abaixo da hipoderme. Para combater essa alteração da pele, a Magrass desenvolveu métodos especiais. O primeiro passo é a avaliação personalizada. Tem o mesmo valor de um laudo médico. Baseada em fontes científicas internacionais, oferece leituras sobre o Índice de Massa Corporal e mostra se existe excesso de peso em relação à estatura. Após reconhecer os pro-

blemas e traçar os objetivos, é hora de iniciar ações. O primeiro passo é a consulta nutricional inicial, na qual se aprende mais sobre alimentação saudável. O programa metabólico ensina a ingerir os alimentos corretos nas horas certas, sem necessidade de contar calorias. Para cuidar das celulites em específico, são utilizados aparelhos e cosméticos com alta concentração de ativos. As sessões de endermologia agem por meio de sucção gerada por vácuo, tracionando de forma progressiva e ordenada a pele e o tecido celular

subcutâneo. Assim, ativam e melhoram a circulação local, eliminando as toxinas e metabólitos causadores da celulite. O anidro x medicinal é a evolução da conhecida carboxiterapia. Depois do gás carbônico medicinal (atua quebrando a gordura, melhorando a circulação e o tônus da pele), são aplicadas manualmente mesclas de ativos naturais. Elas aceleram ainda mais a quebra e remoção das moléculas de gordura. Além de tratar a celulite, a sessão também é eficiente contra estria e flacidez. DIVULGAÇÃO

Tristeza de fim de ano

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hegou mais um fim de ano. Avaliações, cobranças, arrependimentos, conquistas, perdas, ganhos, enfim, período propício para “contabilizar” os feitos ou o que se deixou de fazer. Uns comemoram, outros são mais pacíficos, mas há o grupo dos entristecidos. Um grupo que, nesta época, se fecha, se retrai, fica mais pensativo, introspectivo. Ficar triste em meados de Natal é natural, principalmente devido às avaliações e reflexões suscitadas. E essa tristeza pode piorar devido à existência de alguma lembrança traumática, como recordações da morte de um ente querido que não foi bem elaborada ou uma perda significativa (como separação, demissão do emprego, reprovação escolar.). Tudo isso acarreta sentimento de luto pelas perdas. E junto a esse luto vem a sensação de tristeza. Importante é saber diferenciar essa tristeza circunscrita das épocas natalinas e de fim de ano de uma doença chamada depressão. Nos fins de ano, até pode ser considerado normal ficar triste; porém, caso essa tristeza seja excessiva, a ponto de causar prejuízos na vida do indivíduo, acompanhada de outros sintomas, como falta de ânimo para as atividades do dia a dia, isolamento social, incapacidade para o trabalho, choro excessivo, pensamentos negativos, ideação de suicídio, alterações no sono e no apetite, deve-se buscar ajuda de um profissional da saúde mental imediatamente, pois, nesse caso, podemos estar diante de um transtorno depressivo, o qual necessita de tratamento especializado. É normal as pessoas confundirem, ainda hoje, depressão com tristeza, com “baixo astral”. A tristeza é um sentimento que acontece com qualquer pessoa, mas é passageira, não altera o funcionamento do indivíduo. Entristecer não é, necessariamente, deprimir. Todo ser humano tem momentos de tristeza, faz parte da vida. No dia de Natal, por ser uma data considerada cultural e socialmente familiar, de união, de troca, de religiosidade, muitas pessoas se entristecem, pois as lembranças podem ser dolorosas, algumas feridas ainda não cicatrizadas podem “voltar a sangrar”, a percepção da realidade pode não agradar. A passagem de ano, por representar o recomeço, uma nova oportunidade, o deixar para trás o que não foi bom, é um dia de festa e geralmente é mais alegre que o Natal. De qualquer forma, essa tristeza de fim de ano pode ser até positiva, pois o entristecimento geralmente leva a uma maior autorrepecç e autoconhecimento; flexão, aumenta a capacidade de introspecção e refletir sobre a própria vida sempre será benéfico para qualquer pessoa. Quero deixar meus votos de um Feliz Natal e Novo Ano para todos leitores, amigos e pacientes. E que, em 2016, o ser humano prime pela boaa vontade, elhorar e pela paz e busque, sempre, melhorar transcender.

Fábio Vitória psiquiatra

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Sociedade FOTOS DANIELA MARONESI

Um brinde aos melhores

2| Andrea Feine recebeu na loja em Santa Cruz do Sul arquitetos e parceiros para o lançamento do livro ARQ – Arquitetura e Decoração 2016. A noite foi de glamour e requinte, sem deixar de evidenciar a criatividade e importância do setor. As arquitetas Carine Reiter (esq.) e Francéli Ferreira (foto 1) marcaram presença. Gilberto Feine e o filho Eduardo Feine

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receberam os convidados durante o evento. Milton Kunzler posa com Gilberto, Eduardo e Sérgio Pereira (foto 2, da esq. para a dir.). Os parceiros Manoela Cortez, Carmem Dresch, Deisi Kunzler, Andrea Feine, Daniela Poloschi, Viviane Leipelt e André Damiani ficaram orgulhosos com o resultado da obra (foto 3, da esq. para a dir.). Jura Nicaretta, Andrea e

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1| Renata Nicaretta Garcia aproveitaram a noite para colocar a conversa em dia (foto 4, da esq. para a dir.). Também prestigiaram o lançamento do livro Lela Falleiro, Carol Moura e Renata Tolotti (foto 5, da esq. para a dir.). As presenças de Tainá Zagonel, Luciana Schnorr, Giancarlo Bervian, Ana Claudia Bervian e Eduardo Stoll também foram registradas. (foto 6, da esq. para a dir.).

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Parceiros prestigiam nova sede FOTOS TAMMY MORAES

As colegas Lilian Lohmann, Fernanda Duarte, Jelci Danieli, Marciane Diehl, Elizabeth Wessel e Caroline Cerutti abrilhantaram a inauguração da nova sede da Unimed em Lajeado (foto 1, da esq. para a dir.). Também marcaram presença Nelson Eggers, Aline Eggers Bagatini e Fernanda Tochetto Bertuol (foto 2, da esq. para a dir.). O casal Ana Isabel e Nestor Bergamaschi também prestigiou o evento.

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3| TAMMY MORAES

Os melhores do teatro O trio Tatiana Linhares, Diego Abelleira e Éderson Winck, da Companhia de Teatro da Univates, foi condecorado no Projeto Portal Cultura pelo espetáculo Vale dos Infortúnios (foto 1, da esq. para a dir.). Leandro Ferreira, subgerente do Sesc, e Betina

Durayski, gerente do Sesc, entregaram os troféus (foto 2). Outro evento que movimentou o local foi a premiação dos parceiros e entidades beneficiadas pelo Programa Mesa Brasil. Na foto 3, a equipe do programa posa com Betina (centro). FOTOS TAMMY MORAES

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Noite de comédia Julia Bald e Marcelo Klein, diretor de tênis do Clube Tiro e Caça, prestigiaram a passagem do Teatro do Pretinho pela cidade. Os empresários Charão e Tete Kerbes organizaram o evento.

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Comportamento

Como perpetuar o

espírito natalino A mudança de comportamento da sociedade costuma ser restrita às poucas semanas que antecedem ou sucedem o Natal. Alimentadas pelo marketing massivo, as pessoas costumam ficar sensíveis e se tornam solidárias. Mas, ao passar esta época, costumam voltar à rotina e esquecer das ações caridosas.

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ais do que uma troca de presentes, o Natal evoca sentimentos fraternos e parece aproximar as pessoas. O espírito natalino invade corações solidários, que fazem a alegria dos menos abastados. Mas o fenômeno chama a atenção por acometer as pessoas somente uma vez por ano. Segundo a psicóloga Clarissa Pasqua-

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lotto, o Natal, por meio de costumes e rituais, traz carga de deveres como: resolver brigas entre familiares ou amigos, definir situações pendentes e também fazer o bem. O “espírito natalino” é subjetivo, diz ela. Pertence a cada um e é interpretado e vivido de diferentes maneiras. “O intuito é se redimir de determinados acontecimentos do ano.” ano. Para Astrid Lenhart, sócia-diretora de Desenvolvimento da Human Excellence Center, muitos estão voltados para si, suas famílias e trabalhos durante o ano todo. Por isso, quando o Natal se aproxima, ficam mais sensíveis. O resultado é querer ajudar o próximo, oferecer algo aos necessitados e tornar a data mais feliz. Mas como em um “passe de mágica” essa sensibilidade desaparece após o Natal. Com a correria da rotina, a maioria não se volta ao seu interior, diz Astrid. Ao chegar a data, percebem que mais um ano será finalizado. Junto disso, vem a sensação de não ter feito tudo o que queriam. “Surge um sentimento de melancolia, tristeza, pois não conseguem ter de volta o tempo perdido.” Para compensar, sentem que devem ajudar o próximo e amenizar os sentimentos.

(...) o Natal, por meio de costumes e rituais, traz carga carg de deveres.” Clarissa Pasqualotto, Psicóloga


Fazer o bem o ano inteiro O Rotaract Lajeado Integração tem 14 anos de existência. Há dez organiza o Projeto Presépio Solidário. Os locais contemplados são indicados por conhecidos. Em escolas, depois do contato com os diretores, escolhem crianças com até 10 anos, dependendo das séries disponíveis. Os professores pedem aos alunos que escrevam suas cartas. As opções de presentes são brinquedos, material escolar, comida ou roupas. As doações vêm de padrinhos. Neste ano, escolheram duas escolas: Pedro Welter e São João Bosco. Segundo Maiara Zagonel, presidente do Rotaract Lajeado Integração, foram 155 crianças contempladas. No começo deste mês, ainda realizaram ação na Vovolar. Doaram um kit com toalhas, cremes e flor para cada idoso. Para Darlan Bald, um dos integrantes do Rotaract Lajeado Integração, ver pessoas que tal-

vez não fossem ganhar nada recebendo uma lembrança é um momento único. Os presentes são sempre cheios de carinho. “Nesta época, as pessoas estão mais propensas a ajudar.” Durante o ano inteiro, os voluntários realizam ações em prol da comunidade, conta Maiara. No Dia das Crianças, promovem projeto para dar um dia diferente aos pequenos. “Os levamos para fora do ambiente onde vivem, para conhecerem outros lugares.” Neste ano, ainda organizaram o Projeto Caixa dos Sonhos. Foram escolhidas 20 crianças carentes. Cada uma recebeu apadrinhamento de um desconhecido durante um semestre. “Foram colocadas caixas na casa das crianças, com presentes como roupas, calçados e comida.” No fim de novembro, promoveram almoço para padrinhos e afilhados se conhecerem. “Foi um momento lindo”, define Maiara.

A psicóloga Clarissa Pasqualotto fala sobre a importância de se iniciar uma corrente de solidariedade. A Hora – Muitas pessoas realizam atos solidários em grupo no Natal. Se for dado o primeiro passo, é possível criar uma corrente de caridade? Clarissa – Sem dúvidas, há pessoas com enormes desejos de fazer algo por alguém, mas sentem-se sozinhas nesse movimento. Essas iniciativas, quando acontecem em grupo, produzem efeitos deslumbrantes e reflexos ainda maiores. Poder agir e sentir sforem conjunto, compartilhar sensações e prazeres, sem dúvida, transforma aquele momento em algo ainda mais grandioso.

Astrid Lenhart, sócia-diretora de Desenvolvimento da Human Excellence Center, comenta que ajudar o próximo faz bem. A Hora – Afinal, por que as pessoas realizam atos solidários? Astrid – Faz bem ajudar o próximo. Aquele que ajuda é o maior recompensado. Ao praticar o bem, o coração se preenche de amor. E falo aqui do verdadeiro amor, incondicional, que não vê separações e diferenças. Praticar o bem ao próximo é, em primeiro lugar, a prática do bem consigo mesmo. Quando temos algo a oferecer ao outro, é sinal de que temos algo a ofereecer a nós mesmos.

Coluna

Um livro para cavalos ... já disse isso, mas vou repetir de outra forma: quando me convidam a ler poesia, eu peço, pelo amor de Deus, se não podemos fazer outra coisa. Abro exceções. Não faz muito tempo, escrevi por aqui ter gostado dos livros artesanais da Aline Lenz. Mas ela, localmente, é hors concours. ... pois bem. Na última Feira do Livro de Lajeado, conheci um garoto chamado Augusto Darde. Acabamos expondo na mesma estante e levei Pequenos Poemas na Prosa para casa. Lia antes de dormir. Terminei. O que é um bom sinal, porque costumo abandonar poesia, qualquer seja sua forma. ... gostei de quando disse ser “difícil de ver na prosa o que realmente vai fazer coçar” e, páginas depois, “por mais que se queira, o verso não é a loucura, o verso é a loucura bonita e oficializada.” Esse [aparente] paradoxo me lembrou dos conflitos do escritor Hermann Broch (1886-1951), um crítico da arte pela arte e um defensor da manifestação artística imbricada com a ação política e a ciência e, portanto, com perspectivas sociais. Hannah Arendt fez um belo ensaio a seu respeito em Homens em Tempos Sombrios. ... ao lado do autobiográfico – e por meio dele – os textos dardeanos desvelam um olhar perspicaz sobre o humano. ... curti bastante os destoantes “Moletom amarelo no recreio” e “Na Almirante Barroso, Lajeado”. Darde é bom, também, quando “viaja”. Filosofar em prosa poética é viagem. ... em meio a uma brincadeira, quando ele, a Aline Lenz, a Laura Peixoto, a Meire Brod e eu – os “Escritores Independentes” reunidos na Feira do Livro – fazíamos uma autocrítica divertida sobre as más escolhas feitas para as capas de nossos livros, disparei que a dele dava a entender que era para cavalos. ... piada idiota. Mas na hora pareceu boa. ... agora, pensando em plausível relação do texto com cavalos, forçando um pouco, diria que lembra aqueles dos campos que, domados, recordam de um período de liberdade, quando não havia rédeas, donos e labuta. cu... vale a pena para conhecer o Vale [escusas pelo jogo de palavras tosco, mas não resisti]. Até mais.

por Jandiro Koch jandiro@jornalahora.inf.br

Rock e solidariedade Do hábito de frequentar um bar de rock em Lajeado nasceu motivação para atos solidários. Um grupo resolveu ocupar seu tempo livre para, além de apreciar o estilo musical, demonstrar uma outra vertente da atitude rock and roll por meio do Clube do Rock. Com um show beneficente, arrecadaram mais

de 250 quilos de alimentos para o Lar do Idoso Tabita neste ano. A iniciativa foi um sucesso, conta Tiago José Kuhn, mais conhecido como “Tj”, promotor de eventos do clube. “Ano passado fizemos ações para crianças, por isso, neste ano resolvemos ajudar os idosos.” Dentre as instituições sugeridas, o lar Tabita era o mais necessitado, relata.

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DIVULGAÇÃO

Objeto de desejo

Coluna

Requintes de Axiomas de outrem (a verdade dos outros)

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or vezes uma determinada ideia parece tão certa e lógica que sequer nos perguntamos se, de fato, ela é a solução dos nossos problemas. Simplesmente, aplicamos sem hesitar. Até pouco tempo atrás e ainda hoje continua sendo normal a figura icônica do Papai Noel usando gorro, luvas e roupa grossa em pleno verão de um país tropical. Na arquitetura, parece ser um charme esbanjar superfícies envidraçadas nos prédios em geral, mesmo em tempos de crise energética e caos financeiro. Mas digo isso não apenas pelo custo de instalação, mas, principalmente, pelos custos posteriores referentes ao gasto energético do prédio. O que não se percebe é que ícone do Papai Noel é totalmente pertinente aos países do hemisfério norte, que no período natalino vivenciam o inverno. Os prédios completamente envidraçados são desejáveis nos países ou regiões próximas dos círculos polares ou em locais de muita altitude, que têm clima frio, onde qualquer oportunidade de captar um pouco de luz solar é válida (levando-se em conta que os vidros em questão não são similares aos utilizados por aqui). Não é de hoje que em um mundo globalizado as informações e soluções tecnológicas são pulverizadas e espalhadas por todo o lugar. As trocas de experiências e tecnologias são muito bem-vindas sempre. A arquitetura brasileira de um modo geral precisa se desenvolver muito. A importação de soluções é apenas um dos caminhos, pois existem soluções nacionais que desenvolvemos e exportamos também. De fato, é uma troca. O que não pode acontecer é importar conceitos ou soluções sem antes passar por um crivo, sem raciocinar se de fato é a melhor solução para o problema a ser resolvido. Normalmente, as pessoas tendem a se prender à aparência das coisas e na arquitetura isso não é diferente. Mesmo no Brasil, a arquitetura entendida como apropriada para a Região Sul não é justa ou adequada para a Norte, tão pouco para a Nordeste, pois a orientação solar, a umidade, a direção dos ventos, a amplitude térmica, entre outros fatores, podem alterar a solução. Desse modo, as referências externas devem modo absorvidas, porém, com o devido ser ab cuidado contextualizacuid idado de fazer uma contextualiza ção à nossa realidade. çã

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Natal C

ada vez mais, alimentos como panetones, chocolates e bolos refinados se tornam opção de presente neste Natal. As bebidas, como vinhos e espumantes, também não ficam de fora. Aposte nas mais exclusivas. As embalagens elaboradas fazem parte do pacote. Veja algumas das melhores dicas para presentear. FOTOS

Panetone Língua d e Gato Kopenha ge da Casa N n, ostra

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Camisa, calça jeans e sapato Dudalina, da Loja DonJuan

Moda

Estilo e bom gosto

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om a chegada da época das festas, é importante começar a pensar nos looks para cada ocasião para arrasar nas baladas e happy hours. Para deixar o look atual, aposte na combinação de peças e cores. Sempre com muito estilo e bom gosto. No quesito elegância, o menos sempre é mais. Ter estilo é uma maneira de dizer quem você é sem precisar falar nada.

Créditos: Loja participante desta produção: Loja Don Juan (3748-0318) Modelo: Canaã Weber Produção de moda: Cassiane Nascimento e Leila Franz Fotografia: Anderson Lopes Locação: All In Pub (3729-8770 ou 8189-8760)

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Polo e calça Dudalina e sapatênis Democrata, da Loja Don Juan FIM DE SEMANA, 19 E 20 DE DEZEMBRO DE 2015

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Camisa Adamant, calça sarja Guilherme Ludwer, sapato Democrata e cinto DonJuan, da Loja Don Juan

Camisa Adamant, calça sarja Guilherme Ludwer, sapato Democrata e cinto Don Juan, da Loja Don Juan



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