AH - Você | 02 de julho de 2016

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FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016 EDIÇÃO Nº 36

Fitness: moda e bem-estar Páginas 10 e 11


FÁBIO KUHN

Eu curto

Judô O lajeadense Edson Soares, 39, se interessou pelo judô por meio do karatê. Em 2011, foi atleta destaque da 2ª Delegacia Regional de Judô. Segundo ele, o judô pode começar a ser praticado desde cedo. Em idade pré-escolar, é importante a estimulação psicomotora da criança. Por meio do judô, ela experimenta movimentos novos e melhora a coordenação motora.

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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Por que pratica? Principalmente por amor às artes marciais, preferencialmente as japonesas. O judô complementa e dá uma outra visão ao karatê, esporte que pratico há mais tempo. Assim, concilio os dois, meu trabalho e o tempo com a família. O que proporciona? Acredito no lema: mente sã, corpo são. A prática correta e bem orientada de artes marciais transforma as pessoas e as torna úteis para a sociedade. Além disso, desenvolve a coordenação motora, principalmente nas crianças. O aprimoramento dos reflexos e o ganho extra na saúde estão entre os benefícios.

Como iniciou a atividade? Sempre gostei de artes marciais de origem japonesa. Iniciei no judô quando conseguimos um professor para dar aulas em Lajeado, na Askat. Aproveitei a oportunidade e não parei mais. A influência veio do karatê. A história dos dois se unem, já que o karatê foi apresentado ao Japão por Gichin Funakoshi e foi Jigoro Kano, fundador do judô, quem ajudou Funakoshi a divulgar o karatê no país. Estudando a história e observando como uma arte complementa a outra, decidi aprender judô e continuo até hoje. Como concilia com a rotina? As aulas geralmente são no

fim da tarde e à noite, por isso, fica tranquilo praticar e combinar com as outras atividades do dia a dia. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Todos podem praticar judô. A Unesco declarou o esporte como o melhor inicial formativo para crianças e jovens de 4 a 21 anos. O judô é uma arte marcial que transforma vidas, melhora o indivíduo como um todo e promove possibilidades psicomotoras e de relacionamento com outras pessoas. Utiliza o jogo e a luta como um integrador dinâmico e introduz técnicas-táticas de esportes de iniciação de forma adequada. Praticar judô é desenvolver a saúde física, mental e criar laços de amizades que duram a vida inteira.

Agenda de eventos 13/7 Pratas da Casa: Hello! Ms. Take Local: Teatro do Sesc. Horário: 20h O Pratas da Casa Acústico Light FM apresenta no Dia Mundial do Rock a banda Hello! Ms. Take, com o melhor do indie rock e rock alternativo. Os ingressos antecipados devem ser retirados no Sesc, mediante a troca de um quilo de alimento não perecível em prol do Mesa Brasil.

26/7

Acredito no lema: mente sã, corpo são.”

O Vale dos Infortúnios Local: Teatro do Centro Cultural Univates. Horário: 20h Com ingresso solidário, a peça O Vale dos Infortúnios volta ao Teatro Univates no dia 26, às 20h. O espetáculo do Grupo de Teatro da Univates marca o retorno da comunidade acadêmica às atividades do segundo semestre e integra a programação de Acolhida. A peça faz uma leitura particular de A Maldição do Vale Negro, de Caio Fernando Abreu.

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Tiago Bortolotto - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

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INFORME COMERCIAL

ma pequena e próspera ilha de clima tropical que abriga uma densa população multicultural. Ali convivem a antiguidade e a modernidade com singular astúcia, entre povos de diferentes raças que evidenciam sua cultura tanto em sua arquitetura como na religião, festas e até comida. A República de Singapura, seu nome oficial, concentra no seu interior um pedaço de história de cada uma das migrações que, atraídas pela sua riqueza comercial, chegaram com desejo de prosperidade e deixaram suas marcas ainda latentes em cada uma de suas ruas.

U

Clima Clima tropical com temperaturas quentes durante o ano todo.

O que vestir Para o dia, roupas informais e confortáveis. As noites requerem algo mais elegante, porém, somente os restaurantes mais tradicionais requerem terno e gravata.

Língua Inglês é falado e compreendido por quase todas as pessoas em Singapura. Motoristas de táxi e comerciantes conversam facilmente em inglês e costumam ser extremamente hospitaleiros.

Cultura & Costumes De acordo com sua diversidade cultural, os habitantes de Singapura reúnem suas celebrações ao redor das principais festividades das respectivas religiões que convivem no país. Os descendentes de chineses são basicamente taoístas ou budistas, apesar de alguns praticarem o cristianismo. Também se encontram seguidores das religiões muçulmana e

hindu. Pelas ruas, se costuma apresentar atuações populares, especialmente no Ano Novo Chinês. O Baile do Leão é um espetáculo único, que combina demonstrações acrobáticas e se desenvolve especialmente durante as festas tradicionais chinesas. Também se cultivam as tradições artísticas malaias e indianas que encontraram melhores maneiras de expressar a raiz da recente abertura política.

O que comprar Itens modernos e tradicionais são encontrados facilmente, incluindo artesanatos, sedas, joias, relógios, artigos eletrônicos, câmeras, antiguidades, especiarias e ervas chinesas.

Alfândega e documentação Passaporte em vigor, com validez mínima de seis meses, sem visto para as estadias que não superem os 90 dias, bilhete de saída e dinheiro suficiente para a estadia. Pode-se introduzir livremente no país um litro de vinho e de bebidas alcoólicas. As drogas estão proibidas sendo seu tráfico castigado inclusive com pena de morte.

Religião

neses, malaios, hindus, indonésios e até os típicos fast-food, como hambúrguer e refrigerante.

Festividades Nos meses de setembro e outubro, os hindus celebram o Thimithi em que provam sua fé caminhando sobre brasas ardentes no templo Sri Mariamman. O Navarathri, Festival das Nove Noites, é dedicado às mulheres de Shiva. Durante o Vishny y Brahma, jovens mulheres são vestidas ao estilo tradicional para as danças cerimoniais.

A maioria da população professa religiões de origem chinesa (54%), muçulmanos 16% e budistas 7%.

Eletricidade A tensão elétrica é de 220/240 volts a 50 Hz.

Moeda e câmbio A moeda oficial é o dólar de Singapura (SGD).

Gastronomia O prato nacional é o hokkien, macarrões fritos. Também se destacam as características multiculturais. A variedade das especialidades culinárias e lugares onde prová-las é enorme. Existem muitos mercados ambulantes de comidas típicas e nos restaurantes há todos os tipos de comida imaginável: pratos chi-

Vera Riediger vera@freeturismo.com.br


Fala Doutor

Joelhos: garantia de sustentação ao corpo A saúde dos joelhos, compostos por ligamentos, articulações e meniscos, depende do fortalecimento dos ossos e músculos ANDERSON LOPES

O

s joelhos são as maiores articulações do corpo humano e funcionam como uma dobradiça. A cartilagem reveste os ossos, enquanto as estruturas internas têm função de amortecimento. A musculatura da coxa é imprescindível para dar estabilidade. Durante a infância, a preocupação em relação aos joelhos é com o desenvolvimento. No nascimento, têm angulação normal, para o lado de fora. Com o passar do tempo, na maioria dos casos, há correção automática e gradual. Ao fim da infância, é normal que os joelhos fiquem um pouco mais para dentro, com angulação de até 9º. Na adolescência, com a prática dos esportes, começam as lesões traumáticas dos meniscos, cartilagens e ligamentos. Já as fraturas ocorrem em sua maioria por conta de acidentes no trânsito. Lesões musculares, como estiramentos e lesões tendinosas, se encaixam no quadro dos machucados traumáticos. Na fase adulta e terceira idade, há o envelhecimento das articulações em todo o corpo, comuns a partir dos 50

anos. São lesões degenerativas, como artrose (desgaste da cartilagem), e existem em vários graus. Se o tratamento conservador não adiantar, recomenda-se o processo cirúrgico, com colocação de próteses. As articulações bastante degeneradas causam dores e deformidades.

Apoiadores

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Recuperação necessária O tratamento em caso de lesões nos joelhos depende de cada caso. Para uma fratura sem deslocamento, são indicados os métodos conservadores, que são todos que não necessi-

tam de cirurgia. A fisioterapia é grande auxiliar no tratamento das lesões articulares e músculo-esqueléticas. É necessária também depois de cirurgias, para reabilitar a articulação a ter a função de antes da lesão. Os medicamentos são utilizados para melhorar a cartila-

Os atletas eventuais estão mais propícios a sofrer lesões nos joelhos por conta do despreparo físico. A falta de campos regulares e de conhecimento técnico aperfeiçoado também influencia nos danos ao corpo


Coluna

gem ou aliviar a dor e inflamação e relaxar a musculatura. O tratamento conservador é amplo e tem meios químicos e físicos. As lesões ligamentares, de ligamento cruzado e posterior, ocorrem com instabilidade no joelho em pacientes que são no geral jovens que praticam esporte. Nesses casos, é provável a realização da cirurgia para estabilizar o joelho. No caso do ligamento colateral medial, por estar fora da articulação, cicatriza com tratamentos conservadores. Depende do grau da lesão, da prática esportiva, idade e expectativa do paciente. As lesões meniscais, na maioria das vezes, se resolvem com cirurgia para ressecar a lesão ou suturar. A artrose tem tratamento conservador. Em casos mais evoluídos em que a pessoa tem mais limitação e dor constante, é necessário cirurgia.

A maioria das lesões pode ser evitada ou minimizada apenas utilizando medidas preventivas.” Jamil Barghouti, ortopedista

Lesões: vilãs dos joelhos Segundo o ortopedista Jamil Barghouti, o joelho, além de carregar o peso do corpo, apresenta grande amplitude de movimento. Isso o torna suscetível a lesões variadas. A Hora – Por que lesões no joelho são comuns em casos de prática de esportes como o futebol? Jamil Barghouti – O joelho é vulnerável ao trauma direto (pancadas) ou indireto (torções), e pode ser lesionado inclusive por excesso de uso ou uso inadequado. As lesões podem ocorrer tanto no atleta profissional quanto no amador. No último, são mais frequentes, pois não fazem preparação física adequada, jogam em campos irregulares e não têm uma técnica aperfeiçoada como os profissionais. Quais as maneiras de prevenir lesões? Barghouti – A maioria das lesões pode ser evitada ou minimizada apenas utilizando medidas preventivas, como não praticar esporte intenso quando se está acima do peso ideal. Opte por caminhada, academia e procure ajuda de nutricionista. Uma musculatura forte e com boa flexibilidade ajuda na estabilidade articular dos joelhos. Treino proprioceptivo (de equilíbrio articular) e treino do gesto esportivo ajudam a reduzir as chances de lesões. Do que o joelho é composto? Barghouti – De um complexo ligamentar, cartilagem e meniscos. Os ligamentos mais importantes são: o ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento cruzado posterior (LCP), ligamento colateral medial (LCM) e ligamento colateral lateral (LCL). A maior incidência de lesões ocorre no LCM e LCA. Tanto os ligamentos quanto os meniscos têm função de estabilizar a articulação e possibilitar o movimento. Os meniscos e a cartilagem servem também para amortecer o impacto. Cada joelho tem dois meniscos: um lateral (lado de fora) e outro medial (lado de dentro). As torções podem lesionar tanto os ligamentos quanto os meniscos, ou ambos, dependendo da intensidade e direção do trauma. Quando lesionado, o ligamento colateral medial geralmente é tratado com medicação analgésica, imobilização (joelheira), fisioterapia e reforço da musculatura interna da coxa. Os meniscos e ligamentos são tratados cirurgicamente. Atualmente, as cirurgias são minimamente invasivas por serem realizadas através de artroscopia (vídeo). Isso permite ao atleta o retorno ao esporte após o tempo determinado de recuperação.

Doutor Jamil S. Barghouti, Centro Avançado de Ortopedia e Fisioterapia

Quando é preciso remover o dente siso? Como os sisos normalmente despontam em uma idade que coincide com o início das responsabilidades da vida adulta, é inevitável: basta alguém dizer que arrancou o terceiro molar para ouvir a piada de que perdeu o juízo. A ironia é que dois estudos americanos sugerem que a falta de senso pode estar justamente em mantê-lo. Isso porque, sem acompanhamento e higiene adequados, esses dentes camuflam encrencas graves. Embora a maioria só procure o dentista depois de sentir a dor provocada quando o siso rasga a gengiva, especialistas indicam que o melhor período para retirá-lo é entre os 15 e os 18 anos ou antes de ele irromper. Nessa faixa etária, a raiz não está completamente formada, tem cerca de 2/3 e o osso é mais maleável. A recuperação de um adolescente é mais rápida que a de um adulto. O ideal é fazer o monitoramento com radiografias a partir dos 15 anos, para avaliar o momento mais oportuno. Se houver espaço suficiente para o dente se acomodar, é possível conviver com ele, mas assumindo o risco de encarar alguns dramas. Um panorama da encrenca que isso pode causar vem da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos. Ali, um estudo avaliou sisos sem nenhum sinal de que algo estava errado e descobriu um grande número de casos de infecções silenciosas capazes de afetar a gengiva, a raiz e os ossos da face. Por isso, se a decisão for mantê-lo, é preciso fazer exames de imagem periódicos para detectar doenças antes de surgirem complicações. Até porque a enrascada pode ir além da boca, como mostra outra pesquisa americana, da Universidade da Carolina do Norte. Feita em pacientes com o siso, ela constatou um aumento da proteína C-reativa, que indica a presença de inflamação no organismo. Essa molécula é diretamente relacionada a panes cardiovasculares, principalmente infartos e derrames, alerta José Flávio Torezan, cirurgião bucomaxilofacial do Hospital-Sírio Libanês, em São Paulo. A lista de fatores apontados por especialistas para sua retirada preventiva é considerável. Para começar, esse componente tardio da dentição gosta de nascer em posições inconvenientes e danificar os vizinhos, isso quando não se infiltra no osso. Ele vive também em constante movimentação angular. Quando está parcialmente erupcionado, fica exposto às bactérias que causam cáries e infecções. Existe ainda a probabilidade de aparecerem cistos e tumores em seu entorno. Os demais detalhes sobre siso continuam na coluna do dia 27 de agosto.

Jamal Saleh Barghouti cirurgião-dentista FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

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Sociedade FOTOS EDUARDO AMARAL

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Entre amigos Léo Katz (centro) foi o homenageado na Noite do Engenho, evento promovido pelo Rotary Club Lajeado Engenho, no Clube Tiro e Caça. Na foto, ele posa ao lado da mulher Angélica e dos filhos Marcelo, Pedro e Júlio (foto 1). Claudete Willrich, João Roberto Frielink, Annelise Dessoy e Klaus-Dieter Lietzmann prestigiaram (foto 2, da esq. para a dir.). O casal Ederson Luciano Maia Vieira e Andrea Silva Vieira aproveitou a noite (foto 3).

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Comemoração Karina Cenci (esq.) e Fernanda Lermen marcaram presença no aniversário de um ano do espaço físico da Pipocando Marketing (foto 1). As amigas Mariane Oliari, Raquel Luana Miguel e Carolina Dupont participaram da comemoração (foto 2, da esq. para a dir.). FOTOS FERNANDA TAVARES

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FOTOS EDUARDO AMARAL

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Noite cultural As amigas Giana Godoy (esq.) e Lucia Fontoura prestigiaram a peça Macbeth, com o ator Thiago Lacerda, no Teatro do Centro Cultural Univates (foto 1). Também assistiram ao espetáculo as amigas Fabiane Hamester, Rejane Heck, Lilian Büchner Heck e Solange Maurer (foto 2, da esq. para a dir.).

FOTOS ENTRE A GENTE/DIVULGAÇÃO

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Solta o som Alessandra Costantin, Shirlei Foltz e Alex Kemmerich estiveram presentes no Happy Hour Cultural do Clube Tiro e Caça (foto 1, da esq. para a dir.). A atração especial da noite foi a dupla Claus e Vanessa. Alex Gräff e Jordana Pelegrini estiveram por lá (foto 3). Isabela Renner, Rúbia Meinertz, Cristiane Johann e Karine Petter também curtiram a noite.

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Moda

Tendência fitness

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estes dias frios, é importante não deixar os exercícios de lado. Para quem frequenta a academia, a moda fitness é aliada. Quando montar um look, pense na funcionalidade sem deixar a pegada fashion de lado. O ideal é combinar peças de cores básicas com outras mais ousadas. Blusa e legging são as queridinhas, pois permitem movimentos completos. Para ficar aquecido, os casacos com penas de ganso são a pedida. Entre as tendências, estão as calças de moletom que imitam a cor do jeans.

Créditos: Loja participante deste editorial: Vanusa Esportes (3714-1030) Beleza: Bel Room – Betina Lenhard (9944-7612) Locação: Academia Em Forma (3709-0796) Modelo: Taís Heinen Fotografia: Tiago Bortolotto Produção: Tammy Moraes Assistente de produção: Ana Laura Munhoz

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Comportamento

Nando Reis promete

emocionar o público Ex-Titãs apresenta sucessos da carreira solo no dia 7, às 21h30min, em comemoração ao centenário do Clube Tiro e Caça DIVULGAÇÃO

P

ara comemorar o aniversário de cem anos, o Clube Tiro e Caça (CTC) escolheu o músico Nando Reis para subir ao palco do Salão Social e marcar o momento único. O evento ocorre nesta quinta-feira, 7, às 21h30min. Acompanhado da banda Os Infernais, o artista entoa sucessos que prometem fazer a plateia cantar junto: De Janeiro a Janeiro, Pra Você Guardei o Amor, Por Onde Andei. Segundo Jéverson Mariani, do Departamento de Eventos do CTC, os ingressos para mesas, cadeiras e pista ainda estão disponíveis. Associados do clube, idosos e estudantes recebem 50% de desconto. Para mesas, a venda é exclusiva na secretaria do clube. O evento é realizado em parceria com Django Produções. A programação de aniversário de cem anos do CTC se estende até o fim do ano. Na edição mensal do Happy Hour Cultural, dia 20, ocorre apresentação de Serginho Moah. Em agosto, no dia 24, é a vez de Ney Lisboa subir ao palco. Marcando também os cem anos de samba, o grupo Demônios da Garoa se apresenta no dia 6 de agosto. Para as crianças, o Clubinho terá programação de Dia da Criança, Halloween e Natal. O début ocorre em outubro, no dia 10. Para André Bücker, presidente do CTC, a data é especial, uma marca. “O ano é de comemoração.” Não será simplesmente um show, e sim o encontro de amigos, momento de confraternização em comunidade que ficará na memória. “As pessoas vão lembrar que partici-

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Momento histórico A Hora – Qual a importância de realizar eventos como o show de Nando Reis? André Bücker – Assim como outras instituições, é nosso dever ajudar a elevar o nível cultural da região. Tem muita gente que usa os espaços do clube para praticar esportes e é o momento para conhecer essa vertente cultural do CTC. Por oferecer atividades diferenciadas, temos pessoas de outras cidades se associando ao clube. O show é mais uma oportunidade para que elas vejam que o clube é um lugar de família, de um bem-estar. Isso é o que move a diretoria. Ter um local onde as pessoas se sintam seguras e construam boas memórias.

param do aniversário de cem anos do clube.”

Parte da comunidade O CTC chega à marca histórica cheio de jovialidade, diz

Bücker. Para isso, é importante sempre ter novas pessoas para pensar em inovações. O intuito é continuar fazendo parte da história dos associados e da região.

As pessoas vão lembrar que participaram do aniversário de cem anos do clube.”

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André Bücker, presidente do CTC

Qual a expectativa para a programação do restante do ano? Bücker – Ainda teremos grandes eventos, como o début. A expectativa é sempre trazer o associado e família para o clube. A felicidade e o desafio é ver o CTC cheio. Por exemplo, os campos hoje são de grama sintética, e isso possibilita jogar a qualquer momento. Isso é ideal para os amantes de futebol. Estar localizado no centro é uma vantagem porque muitos trabalham, moram ou transitam por essa parte da cidade. Podem aproveitar a viagem e terminar a tarde no clube. Por isso, é importante investir em shows, outras ati-

vidades e melhoramentos no local. Isso faz crescer a vontade das pessoas virem ao CTC. O que o aniversário de cem anos significa? Bücker – O Clube Tiro e Caça faz parte da minha história. Eu cresci em uma casa nos fundos do campo. Agora há muro na divisão, mas quando eu era pequeno era apenas uma cerca. E eu sentia como se o clube fosse o pátio da minha casa. Por isso, essa ideia ficou forte em mim, de as pessoas se identificarem com o clube como parte da casa. Essa é a marca que eu gostaria de deixar como presidente. Hoje, o clube não é mais somente esportivo. Ele abrange uma gama de públicos. Por isso, passamos a ter uma responsabilidade sociocultural e ambiental. Vemos que o clube se insere como uma entidade de Lajeado, com maneira de representar a região. Cem anos é simbólico e o clube está sempre se renovando. A ideia é movimentar as pessoas, ter ações e fazer o clube ser ativo na comunidade.


ANDERSON LOPES

Caminhos

Entre tropeiros

e dinossauros Com acervo de riquezas paleontológicas, Candelária é destaque internacional

C

andelária segue a Rota Caminho dos Tropeiros e tem opção cheia de mistérios e lendas de grande valor histórico. Trata-se de uma viagem no tempo. A Estrada do Botucaraí foi aberta em 1798 pelo Governo Provincial para possibilitar o acesso aos campos dos ervais entre os municípios de Passo Fundo e Soledade. A picada aberta facilitou o comércio entre os moradores dos pampas e os de cima da serra. Parte da estrada ainda foi conservada e é possível visitá-la no Parque da Ponte do Império. Fica na localidade de Alta Passa Sete. Lá está a Ponte do Império construída entre 1879 e 1880. A obra impressiona pela justaposição das pedras retangulares, artisticamente

trabalhadas, formando três arcos romanos. O parque oferece ampla área para camping e um balneário. É possível caminhar sobre a estrada utilizada pelos tropeiros, pois permanece intacta em meio à vegetação. Uma antiga lenda é relatada numa placa próxima à cruz de pedra, datada do século 19. Um marco que aponta o local onde um biriva (novato em cavalgar) foi devorado vivo por uma onça. Reza a lenda que uma pedra se deslocou do morro. O movimento assustou o cavalo que deu um pinote e derrubou o novato. Caído, o cavaleiro viu a pedra cair sobre suas pernas, deixando-o preso. O companheiro pouco pôde fazer e partiu em busca de ajuda. Ao voltar com reforço, todos se depararam

com a cena terrível: uma onça e três filhotes devoravam o tropeiro vivo. Os animais foram mortos a tiros e a história de horror se espalhou pelo vilarejo.

Paleontologia A Paleontologia na cidade é uma visitação à parte. É importante agendar a visita com um curador que poderá explicar passo a passo a história que destaca a cidade ao mundo. Abriga um acervo inestimável de riquezas paleontológicas reconhecidas internacionalmente. Fósseis de animais pré-históricos e mais antigos do planeta foram descobertos e estão à

mostra no museu local. Existe uma descoberta inédita feita em parceria com a UFRGS. O candelariodon é um carnívoro, que, por descendência, dará origem aos mamíferos, alguns milhões de anos depois. O maior crânio de um predador do Período Triássico (220 a 230 milhões de anos) foi encontrado na cidade. O terreno fez com que pesquisadores do mundo todo levassem para diversos museus fósseis de animais pré-históricos. Estima-se que mais de 50 animais estão em coleções externas, inclusive em Harvard, nos Estados Unidos. Tanto animais grandes quanto minúsculos foram

O museu de Candelária abriga fósseis de animais pré-históricos. O candelariodon, descoberta inédita, é um carnívoro que daria origem aos mamíferos alguns milhões de anos depois

encontrados. Foram 13 novas espécies descobertas na cidade. Até então, elas eram desconhecidas da ciência. Algumas ogivas ainda aguardam perícia, o que pode indicar novas descobertas.

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Moda

Coluna

A violência tem sono leve Sobre o suposto (presunção de inocência – vide Constituição Federal) estupro coletivo ocorrido recentemente. Pessoas revoltadas. Muitas defenderam a castração química, a emasculação, a pena de morte. Viraram papagaios de Datena e Sheherazade. Reinserção na sociedade pós-cumprimento de pena? Não acreditam. Não escondem a sede de sangue. Querem extirpar o falo, os testículos. Eliminar o indivíduo. Amparam o “justiceiro”, o autointitulado substituto do Estado, instituição considerada incompetente para lidar com a criminalidade e garantir a segurança. Na contramão, leitores da “cultura do estupro”, imbricada com a “cultura homofóbica” e a “cultura machista”. Explicaria a recorrente violência com a mulher: um estupro a cada 11 horas no Brasil. Reclamam a responsabilização dos indivíduos, mas enfatizam a prevenção. Exageram em alguns pontos? Sim. O debate entre os que acreditam no mal como intrínseco, os deterministas sociais e os analistas da sociedade machista se intensifica. Concordar sobre a existência de múltiplas causas não necessariamente excludentes, tampouco concomitantes? Que tal? Todos, em algum momento, andamos como sujeitos com labirintite sobre linhas separando o bem e o mal, o certo e errado, o permitido e o proibido. Nem sempre estar do lado claro/sombrio é consciente. A permanência talvez seja. Ainda, essas demarcações, apesar de o regramento legal padronizador, não seguem o mesmo traçado para todos. Somente doentes e psicopatas ultrapassam limites? Ingenuidade. Basta trazer do silêncio as incontáveis violações (sexuais) cometidas por soldados em zonas de conflito. “Bons moços” seguem para países distantes dos quais retornam como heróis. “Homens comuns” se tornam criminosos. “A oportunidade faz o ladrão”? Abuso de força, opressão, tirania. Assassinato, guerra, tortura. Física, psicológica, verbal. Institucional, intrafamiliar, moral. Bullying, homofobia, racismo (...). A violência é (?) condição humana. Adormecida, mas de sono leve. Tentar matá-la seria, em certo sentido, suicídio. Conhecê-la, deixá-la dar umas voltas sem invadir o espaço dos outros pode ser estratégia. A fantasia é forma inócua para extravasar? Por voyeurismo? Por simulação mental? Pela possibilidade de debatê-la em diálogo ou monólogo? Sem desconsiderar pesquisas sobre riscos da má influência da ficção, especialmente em crianças e adolescentes, para mim é. Recomendo filmes como Dogville, La Riña, Laranja Mecânica, O Senhor das Moscas e Precisamos Falar Sobre Kevin. E cérebro funcionando. Há alternativas (esportes...). Mas não há garantias. Mesmo porque (auto)contr trole total é utopia.

por Jandiro Koch jandiro@jornalahora.inf.br

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A acadêmica e maquiadora Ana Laura Munhoz (de branco) intermediou o bate-papo da terceira edição do Fashion Talk

Fashion Talk reúne

profissionais da região Com o tema “Fazer a diferença no cenário atual de moda”, o evento também arrecadou roupas para doação

A

terceira edição do Fashion Talk, promovido pelo curso de Moda da Univates, ocorreu na semana passada. Reuniu profissionais do setor para debater sobre métodos de driblar o momento de crise econômica. O bate-papo contou com a presença de Alexandre Dullius, empresário da Rola Moça; Ana Paula Quinot, diretora de compras das Lojas Dullius; Michele Schwinn, estilista e modelista da Rayon; Patrícia Hermann, consultora de moda da Selfy e Lojas Paty's; Samanta Piacini, empresária da Lemon Basics Boutique; e Ana Laura Munhoz, maquiadora e acadêmica do curso. O evento foi organizado pelas estudantes da disciplina de Produção de Moda e Styling. A primeira edição ocorreu em 2014, promovida pela turma daquele ano, e seguiu nas edições seguintes nos moldes em que foi criada. Segundo a professora Josiane da Costa

Schmitt, cada turma dá seu toque, escolhe os convidados e temas que sejam atuais. Para Josi, esse tipo de evento é importante pois traz à tona a realidade do mercado de trabalho da moda em diferentes áreas. É preciso entender o momento pelo qual passa o segmento atual de moda da região, opina. “Também serve para ajudar na decisão do caminho a seguir após o término do curso.” As soberanas da Expovale marcaram presença no Fashion Talk. Apesar de ter entrada gratuita, os participantes foram convidados a levar uma roupa em bom estado. A doação das peças foi o lançamento da campanha de arrecadação das soberanas da Expovale, que segue até

O mercado da moda é amplo, mas às vezes sofre com a falta de novas ideias.” Josiane Schmitt, professora da Univates

dia 4. Os pontos de coleta estão na Acil, Posto Fascina de Lajeado e Laboratório de Moda da Univates.

Realidade da região Ana Laura conta que o tema surgiu da vontade de abordar algo que estivesse em pauta. O debate tratou de como a crise econômica afeta cada segmento. “Apesar de não usarmos a palavra no tema do evento, ela foi bastante destacada durante a conversa”, diz Josiane. A intenção era descobrir o que os convidados fazem de diferente para suas empresas e marcas se destacarem e continuarem a crescer mesmo nesse cenário. Os representantes das empresas Rola Moça e Dullius destacaram que conseguiram superar vários limites nesse período. Aproveitaram para alavancar as vendas e pensar em novas estratégias. “O mercado da moda é amplo, mas às vezes sofre com a falta de novas ideias.” Segundo Ana, as alunas buscaram escolher convidados da região para traduzir essa realidade. Por serem de áreas diferentes, houve troca de conhecimentos e experiências, finaliza Josiane.




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