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Economia da cultura cresce mais que economia brasileira
O Observatório Itaú Cultural apresentou na última segunda-feira (10) uma nova metodologia para mensurar os impactos da cultura no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Tendo como base os microdados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo apontou que a Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) movimentou, em 2020, R$230,14 bilhões, equivalendo a 3,11% PIB brasileiro.
Com isso, o Brasil tem cerca de 7,4 milhões de trabalhadores da economia criativa (7% do total), mais de 130 mil empresas criativas (3,25% do total) e realizou cerca de US$ 3,5 bilhões de exportações liquidas de bens criativos (2,4% do total). Assim, o ECIC ultrapassa outros setores importantes para a economia brasileira, como o automotivo que correspondeu a 2,1% do PIB e se aproximou do setor da construção civil, que corresponde a 4,06% em 2020.
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Eduardo Saron, presidente do Itaú Cultural, aponta que os dados são importantes para provar a necessidade de investir em cultura “Mais recursos para a cultura não é custo nem gasto, e sim mais inclusão produtiva e mais desenvolvimento econômico”, defende e acrescenta que esse setor pode ser também um ótimo espaço para geração de empregos formais e informais.
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Um outro dado importante apontado foi que o PIB da economia da cultura e indústrias criativas cresceu mais que PIB total do país entre os anos de 2012 e 2020. Nesse período, o setor dos segmentos criativos avançou 78%, enquanto a economia total do país subiu 55%.
Cultura no quadradinho
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No Distrito Federal o PIB da economia criativa
Metodologia
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O PIB da economia da cultura e das indústrias criativas do Observatório Itaú Cultural foi elaborado a partir do critério de renda, o que engloba massa salarial, massa de lucros e outros rendimentos auferi- dos por empresas. Para garantir esse estudo foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc/IBGE), da Relação de Informações Sociais (RAIS), do Programa de Avaliação
Seriada (PAS) e da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), além das Tabelas de Recursos e Uso do IBGE (TRU) para contabilização dos impostos e o histórico de prestação de contas da Lei Rouanet.
A metodologia foi de- representa cerca de 0,77%, e movimentou, em 2020, o total de R$12 bilhões em receitas, com cerca de 3 bilhões em lucros. Além disso, mais de 60% dos trabalhadores possuem vínculo formal em suas ocupações e tem uma remuneração básica que ultrapassa os R$6 mil.
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“A gente não faz política pública, esse não é o nosso papel. A nossa missão é fomentar isso para que os estados procurem saber e investir nas pessoas; para que possam cruzar esses dados e permitir que pes- quisadores, gestores públicos ou o próprio trabalhador da cultura possam ter mais subsídios, conhecimentos e possam reivindicar políticas aos seus setores”, comenta Leandro Valiati.
A atuação do obser- senvolvida durante um ano e meio por um grupo de pesquisadores liderado por Leandro Valiati, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade de Manchester, no Reino Unido. vatório é ampliada com seminários, cursos, encontros e palestras; uma linha editorial de livros e da Revista Observatório, disponíveis gratuitamente na web; e a promoção de pesquisas sobre o campo cultural.
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