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11 a 17 de dezembro de 2020
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A tragĂŠdia que chocou o paĂs
Edição 2612 5
OCUPAĂ‡ĂƒO POR COVID
Hospital no limite frequĂŞncia. Ainda ontem, o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Margarida dedicado a pacientes da Covid-19 no quarto andar, estava totalmente ocupado. Monlevade investiga mais uma morte e registrou, nos Ăşltimos quatro dias, 126 novos casos. PĂĄgina 3
O Hospital Margarida em João Monlevade enviou comunicado ontem (10) afirmando que estå chegando a 100% da capacidade de atendimento. O texto pede que a população colabore com medidas de distanciamento social, que use måscara e lave as mãos com
#TODOSPORMONALIZA CAMPANHA SOLIDĂ RIA PARA AJUDAR VĂ?TIMA DE ACIDENTE DE MOTO PĂ G. 7
NĂvia Martins
JoĂŁo Vitor SimĂŁo
Ă”NIBUS ficou destruĂdo apĂłs cair da Ponte Torta sobre a linha fĂŠrrea
Um dos acidentes mais trĂĄgicos da regiĂŁo completa uma semana nesta sexta-feira (11). O desastre vai ficar por muito tempo na lembrança dos que atuaram no socorro Ă s vĂtimas do Ă´nibus de turismo, que caiu de 35 metros na Ponte Torta, na BR-381, deixando 19 mortos e 29 feridos. Para socorrer Ă s vĂtimas, grupos de resgate do MĂŠdio Piracicaba, alĂŠm de mĂŠdicos e toda equipe do Hospital Margarida, foram mobilizados e relataram terem visto um cenĂĄrio de guerra. A NotĂcia traz toda a repercussĂŁo da tragĂŠdia que chocou o paĂs. Veja
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2 Opinião
EDITORIAL
Heróis de todos os dias
“Nós podemos ser heróis, mesmo por um dia”. É o que canta um dos maiores nomes da música pop mundial, o inglês David Bowie no sucesso Heroes. Em João Monlevade e região, há heróis anônimos, voluntários que não medem esforços para ajudar o próximo. Os grupos de resgate voluntários são reservas morais do Médio Piracicaba na sua nobre missão de salvar vidas. Em mais uma lamentável tragédia em nossa região, o acidente com o ônibus da empresa Localima, que despencou da Ponte Torta na BR-381, todos os grupos voluntários, além de socorristas de brigadas em empresas, se desdobraram para minimizar os impactos da tragédia, resgatando o máximo número de vítimas. Os integrantes do Sevor foram os primeiros a chegar à cena do acidente. Foram os primeiros a avisar à Vale do acidente, pedindo a suspensão dos trens. Foram eles quem levaram 30 pessoas com vida para o Hospital Margarida para os primeiros socorros. Nem a Defesa Civil Estadual, nem o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), citaram a atuação dos voluntários da região. Não o fizeram,
CHARGE
não por falta de méritos dos voluntários. Mas por que seria o reconhecimento da incompetência de um estado que não dá conta de cuidar de todos ao mesmo tempo. Mas, não se pode apontar todos os dedos para o Estado, que falha muito, mas no triste episódio da semana passada, se desdobrou e mostrou que Minas é um dos mais preparados do país. Rapidamente, helicópteros levaram as vítimas mais graves para BH, diversas ambulâncias dos bombeiros e da Defesa Civil foram eficazes no seu papel e a Polícia Civil imediatamente iniciou as investigações. Sem falar no trabalho dos médicos legistas para identificar e liberar os corpos. Foi uma ação conjunta de todos os heróis que não o são por apenas um dia. Mas além dos agentes públicos, é preciso reconhecer a capacidade técnica e o compromisso dos grupos de resgates que merecem todo o reconhecimento e méritos por servirem para o bem. Na ativa há 20 anos, o Sevor é escrito pelas histórias das muitas vidas que ajuda a salvar. E mais esse capítulo entra na história desse grupo, heróis em todos os dias.
Para onde ir? (*) RENATA CELY FRIAS Muitas mulheres que vivem em situação de violência e abuso em João Monlevade, não têm para onde ir, juntamente com seus filhos. Infelizmente, essa falta contribui para que a maioria delas se cale diante das agressões já que não têm onde ser acolhidas. Por isso, é fundamental que o município crie uma casa de apoio e acolhimento às vítimas de violência doméstica. As vítimas de violência precisam de amparo e de cuidados até que as medidas judiciais cabíveis sejam providenciadas e executadas. É uma realidade triste daqui e da maioria das cidades brasileiras: Aonde a mulher violentada vai se abrigar? Muitos desses crimes acontecem na calada da noite. Para onde a mulher vai correr, onde poderá ser abrigada juntamente com seus filhos, se não há o devido amparo? A polícia deve ser acionada e o pedido de socorro pode ser o 190. Mas a criação de uma casa de apoio às vítimas seria fundamental para minimizar os casos. A mulher poderia se abrigar ali ao menor sinal de violência. Faltam em nossa cidade serviços que atendam exclusivamente a mulheres e que possuem expertise no tema da violência contra elas. Em muitos municípios brasileiros, esses serviços já são oferecidos através dos Centros de Referência que são espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência. Esses locais proporcionam o atendimento e o acolhimento necessários à superação de situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania e também das ca-
sas-abrigo que são locais seguros que oferecem moradia protegida e atendimento integral a mulheres em risco de morte iminente em razão da violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, no qual as usuárias permanecem por um período determinado, durante o qual deverão reunir condições necessárias para retomar o curso de suas vidas. E a pergunta é: Por que não temos um serviço assim aqui em João Monlevade? Políticas públicas para as mulheres deveriam vir em primeiro lugar. A mulher é maioria na sociedade e responsável, em quase 100% dos casos, pela educação e formação dos filhos. O debate é amplo e merece destaque na pauta do prefeito eleito e dos vereadores que vão assumir o legislativo. O momento é oportuno para levantar essa bandeira. Os casos de violência doméstica aumentaram em todo o país, durante a pandemia, com os agressores passando mais tempo em casa. A situação não é diferente em Monlevade. Nossa cidade se despede da primeira mulher eleita que foi incapaz de apresentar uma proposta neste sentido. Por isso, é hora de um novo momento para João Monlevade. É preciso envolver as entidades de classe nesta iniciativa, fomentar o debate entre os agentes públicos, a Delegacia da Mulher e ouvir a sociedade. Principalmente, quem já passou e não quer mais passar por situações de violência. Nossa cidade pode e merece mais.
(*) RENATA CELY FRIAS é advogada em João Monlevade e região e especialista em Direito Previdenciário. renatacely@yahoo.com.br
O que 2020 nos ensina (*) GABRIELA GOMES 2020 foi um ano “escola”, de aprendizado a duras penas, e também de autoconhecimento, desafios e gratidão. Apesar das escolas estarem fechadas, nunca foi tão importante aprender, em todos os sentidos da palavra. Obrigada 2020, por nos apresentar uma nova realidade, dentro e fora de nossas casas, dentro e fora de nós mesmos. Aprendemos que o tal sopro, que falam que a vida é, está mais próximo de nós do que imaginamos, e que o hoje é o nosso maior presente. Um ano em que tudo mudou muito rápido, que o normal deixou de existir, que o novo chegou com força total, derrubando barreiras, estatísticas e conceitos. Obrigada 2020, por nos ensinar a renascer, ainda vivos, e nos dar a oportunidade de ver as coisas por outros ângulos. A reclusão uniu as famílias, os filhos puderam ter mais contato com os pais e ambos se reconheceram. O tempo, antes tão corrido e repleto de compromissos, não foi o protagonista esse ano. Reuniões foram canceladas, festas desmarcadas e a vida teve que encontrar um novo ritmo. Alguns aprenderam rapidinho, e se adaptaram como camaleões ao sol. Outros acreditam ainda que isso tudo é exagero, que as coisas vão voltar a ser como eram. Imagino que estejam equivocados. O impacto que 2020 nos trouxe foi mais profundo do que supomos, e vamos colher frutos dele pelas próximas décadas. Talvez pelos próximos séculos. O vírus há de ser combatido, a população protegida e os abraços voltarão a ser permitidos, em breve, como esperamos. Mas algumas mudanças serão permanentes, principalmente as interiores.
Obrigada 2020, por nos lembrar o quanto somos frágeis e vulneráveis, e o quanto precisamos uns dos outros para sobreviver. Obrigada por nos lembrar a importância dos professores, que foram guerreiros durante esse ano de lutas. Obrigada por nos lembrar o quanto dependemos dos profissionais de saúde, que se dedicam 24h por dia ao cuidado com o outro, que abrem mão do convívio com a própria família para cuidar da nossa. Obrigada 2020, por nos lembrar o quanto o trabalho dos pesquisadores é relevante para todo o planeta, e que as muitas horas deles trancados nos laboratórios salvam vidas. Vários setores sofreram esse ano, alguns mais do que outros. Muitos se reinventaram, renasceram das cinzas de um ano difícil e conquistaram novos mercados. A criatividade e o trabalho foram armas de alto calibre nesses tempos, e contribuíram para o sustento de diversos lares. Obrigada 2020, por acender a luz da fé em muitos corações. Por nos fazer aprender que a oração é remédio diário e o caminho mais curto para a paz interior. Obrigada 2020 por nos mostrar, intensamente, o poder de Deus sobre nós, sua presença e seu auxílio. Porque mesmo durante esse furacão, a que chamamos de 2020, Ele não largou as nossas mãos e quando não conseguíamos mais caminhar, Ele nos carregava no colo. Obrigada 2020 por provar para todos nós que a força mais poderosa que existe é o amor, ao próximo e a nós mesmos.
(*) GABRIELA GOMES é publicitária
Ódio Recreativo (*) MARCOS MARTINO Eu já ouvi de um sujeito muito religioso que o ser humano é vocacionado para o amor. Quem dera! Estamos longe de sermos mocinhos. Na verdade vivemos o tempo inteiro entre o sublime e o terrível. E acreditem: tem gente que ama odiar. Por exemplo: tem gente que lê a bíblia, vai à igreja, recita o "amai-vos uns aos outros", comunga e minutos depois esquece toda a bondade e odeia profundamente. E isso não vem de hoje. Odiar sempre foi fashion. Antigamente, nas arenas romanas, tinha gente que ia torcer pro leão arrancar as tripas dos cristãos. Desmembramentos eram quase gols. Justificativa para o ódio: aqueles cristãos eram chatos e perigosos. Eles falavam de caridade, de paz e amor. Coisa mais subversiva. Aquele povo aparecido dava um ódio... O apedrejamento também era moda e até hoje persiste em alguns locais do planeta. Na época de Jesus, o próprio teve de defender Maria Madalena da sanha moralista do povo. A paz daquele barbudo dava um ódio... Na idade média, os odientos gostavam de denunciar, chamar de herege, de bruxo qualquer um que agisse ou pensasse diferente. E como havia um tribunal moral composto por odiadores convictos, os malditos tinham verdadeiros orgasmos ao assistir as pessoas queimando nas fogueiras em praça pública, principalmente os desafetos. Existem algumas profissões em que os odiadores profissionais se dão melhor. Por exemplo: o jornalismo tá cheio de odiadores remunerados ou simpatizantes de corporações ou de determinados
grupos políticos. Criam colunas e programas boca do lixo onde descem a lenha em todo mundo, miram sua metralhadora e rátátátá. Odeiam com força e formam clube do ódio, um séquito de seguidores com sangue nos olhos que adoram destruir reputações, com suas línguas, dedos e canetas diabólicos. E tem muitas coisas “legais” pra odiar. Pode-se odiar outros times de futebol, os políticos do outro lado, as mulheres bonitas e oferecidas, os homens que se dão bem com as mulheres, os chefes, os artistas. E as redes sociais? Minha nossa! Abriram as portas do inferno para os odiadores, que podem exercer seu democrático direito de odiar sem restrições. E olha que legal: dá pra odiar e ainda impulsionar o ódio. E se não tiver nada pra falar é só inventar fakenews e detonar os imbecis "aparecidos", que insistem em fazer sucesso, enquanto todo mundo tá na m*. Portanto, se você quer ficar livre do ódio recreativo, o conselho que lhe dou é: não faça sucesso. Nada de ostentar roupas novas. Melhor arranjar um carro velho pra rodar, um celular quebrado pra usar, arrumar uma namorada feia e desdentada, jamais reformar a fachada da sua casa, pois vão dizer que você está roubando. Ou então...pode ligar o FODA-SE, fechar o corpo e a mente para conteúdos negativos e pessoas peçonhentas. Em tempo: bem que poderiam criar uma vacina contra o ódio também...
COXIA BR-381 Apesar do grave acidente e da perda de 19 vidas e 29 feridos, não tivemos notícias do governo federal sobre as obras de duplicação da BR-381, sobretudo, no trecho onde ocorreu a tragédia. A Ponte Torta é velha, não tem manutenção e é um trecho muito perigoso da rodovia. É preciso que os holofotes para esse trágico acontecimento tragam novas luzes para a nossa região.
Prefeitura De volta do feriadão prolongado, a Prefeitura reabriu as portas na quarta-feira e há muito serviço a ser feito nos vinte dias que faltam para acabar o governo Simone (PTB). Só a título de exemplo, restam as conclusões das pavimentações das ruas prometidas antes das eleições. Vai dar tempo?
Cidade triste A prefeita Simone encerra seu mandato deixando a cidade triste. A primeira mulher a chegar ao comando do município vai encerrar o mandato deixando a cidade sem graça. Não há enfeite de Natal nas praças como em anos anteriores. Triste fim para a gestão Simone Moreira.
de Doró da Saúde como um dos prováveis nomes para presidir o Legislativo. Apesar de ter sido eleito pelo lado “Moreira”, Doró tem ligações fortes com o casal Dorinha e Machadão, nomes ligados ao vice-prefeito, Fabrício Lopes (Avante), e também ao prefeito eleito, Laércio Ribeiro (PT). Será?
Coincidência? Outro nome já citado nesta coluna e que afirma ter desejo de ser presidente da Câmara é o eleito Fernando Linhares (Democrata). Linhares é articulado e tem conversado com os vereadores manifestando seu desejo. Coincidência ou não, ele também é ligado e tem o apoio do casal Machado.
Sobrinho Aberto o período de especulações, outro nome que circula para ocupar um cargo de confiança do Legislativo é o de Flávio Machado, o Tita, sobrinho de Machadão e Dorinha, que assumiria a diretoria da Câmara. Se essas informações de bastidores se confirmarem, o casal Machadão e Dorinha terá o controle da Câmara. Vamos aguardar.
PT x Laércio Pergunta Se tivesse sido reeleita, a prefeita ia deixar a cidade apagada e sem clima de Natal? Será que o monlevadense, depois de um ano tão difícil em todos os sentidos, não merecia o aconchego de ver sua cidade iluminada como em anos passados? É o apagar das luzes mais sem graça de um governo de João Monlevade.
O monlevadense votou no Dr. Laércio, mas não votou no PT. Parece estranho, mas basta perceber que o Partido do prefeito elegeu apenas um vereador. Além da confiança no nome do médico, ex-secretário e ex-prefeito, pesou o fato do PT ter sido coadjuvante na campanha, com os destaques para a coligação montada pelo vice, com a visão política do Machadão.
Secretariado
Urnas Ainda sobre as eleições, a prefeita e seu grupo não tiveram a metade dos votos do segundo colocado. Numa conta simples, a prefeita só foi votada pelos 300 comissionados e seus familiares. Isso mostra a verdadeira força que vem do povo: tirar do poder quem não fez por merecer.
Bissexta Depois do vexame das urnas, Conceição Winter deve fazer o que sempre fez após suas derrotas: recolher-se em casa, não dar nenhuma declaração importante, não se envolver nas questões da cidade, enquanto espera passar quatro anos para sair novamente em busca de votos. É igual ano bissexto, só aparece a cada quatro anos. É por isso que nunca conseguiu vencer.
Presidência Nos zunzunzum dos bastidores, circulou esta semana, o nome
Ainda sem notícias do secretariado do prefeito Laércio Ribeiro, especula-se também que o vice, Fabrício Lopes, pode ser assessor de governo. Ele teria o papel de articular a gestão com a Câmara, além das principais entidades e representantes públicos. Experiência, visão e vontade de fazer, isso ele tem de sobra. Resta saber se terá o espaço desejado. Ele também é cotado para a Secretaria de Obras, função que já exerceu muito bem em tempos atrás.
Último elo Como será a atuação de Andrea na Câmara? Ela será o último elo entre Carlos Moreira e os poderes públicos de João Monlevade. E, se não souber sua voz, se ficar à mercê dos desejos do radialista ex-prefeito, vai perder também a força que a elegeu. Andrea tem chance de fazer um bom mandato e mostrar que a experiência de décadas em cargos na Saúde foi boa para as pessoas. Do contrário, vai afundar como o seu grupo.
4XHP Or VDEH R TXH GL] Diretora Geral: Maria Cecília A. Passos Registro profissional: MG07860JP
Editor: Erivelton Braz Assistente: João Vítor Simão Diagramação e Arte: Julieta Bittencourt Gráfica Nina: Guilherme Bessa e Sanzio Miranda Impressão: Editora Gráfica Nina Publicado desde 1984 - Propriedade da empresa A Notícia Regional Ltda. Circulação: João Monlevade e região Av. Rodrigues Alves, nº 78, República, João Monlevade/MG
(*)MARCOS MARTINO é compositor e ativista cultural 2612.indd 2
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Hospital alerta que está atingindo 100% da capacidade Na manhã de ontem (10), o Hospital Margarida enviou nota em que afirma que a casa de saúde está atingindo 100% de sua capacidade de atendimento. “Vimos a público, mais uma vez, solicitar a população que evite aglomerações, redobre as medidas de segurança, não fique sem máscara e fortaleça a sua imunidade", pede a casa de saúde. No texto, o Hospital relembra que “a vacina ainda não chegou” e que o Margarida trabalha
arduamente no tratamento das pessoas internadas no setor da Covid. “Pedimos à população de Monlevade e cidades vizinhas que cooperem para que a taxa de transmissão não aumente”. Na quarta-feira (9), Monlevade registrou 92 novos casos e, segundo o Boletim do Hospital, divulgado ontem (10), dez dos leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Margarida, criados exclusivamente para o tratamento da Covid-19, estavam
ocupados. Com isso, todos os leitos do CTI para tratar a doença, que ficam em ala separada no 4º andar do prédio, estavam ocupados. Além desses, há mais cinco leitos em outros setores. Até o fim da tarde de ontem, a casa de saúde tinha 16 pacientes em tratamento contra a doença: 10 no CTI, sendo três pacientes com a doença comprovada e outros sete ainda em investigação. Além deles, outras duas pessoas estavam no ambu-
Itabira regride para a Onda Vermelha A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Itabira informa que, após avaliação do Comitê Estadual de Combate ao Coronavírus, o município retornará para a onda vermelha do plano Minas Consciente, a fase mais restritiva da doença. Medidas de segurança começam a valer a partir deste sábado, 12 de dezembro. Segundo informado pela administração, o grau de risco do município subiu no último monitoramento e atingiu 20 pontos (vai de 0 a 32), sendo enquadrado na onda vermelha. O aumento dos índices epidemiológicos também é observado em cidades e regiões próximas, como João Monlevade. A SMS alerta a população para que reforce as normas sanitárias, como o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento social e a higienização constante das mãos. Durante a vigência da onda, o funcionamento dos setores econômicos está restrito aos serviços essenciais, de acordo com o CNAE principal informado no registro
empresarial. Permanecem abertos: •Supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência; •Bares (somente para delivery ou retirada no balcão); •Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros; •Serviços de ambulantes de alimentação; •Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop; •Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito; •Vigilância e segurança privada; •Serviços de reparo e manutenção; •Lojas de informática e aparelhos de comunicação; •Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões; •Construção civil e obras de infraestrutura; •Comércio de veículos, peças e acessórios automotores.
Crê-Ser, ESF e canil fora do Plano Plurianual Os vereadores de João Monlevade excluíram cinco das metas previstas no Plano Plurianual (PPA) 2018-2021. Na reunião de quarta-feira (9), oito dos parlamentares votaram a favor de retirar do plano, que define investimentos do poder Executivo, a infra-estrutura das instalações da Fundação Crê-Ser, a construção do novo Canil Municipal, a ampliação das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e saúde bucal, a implantação do Ônibus da Saúde e a infra-estrutura da unidade de atendimento em atenção especializada. O texto enviado pela prefeita
Simone Carvalho (PTB) aponta a pandemia da Covid-19 como justificativa para a retirada dessas obras. Ao apelar ao voto contrário à exclusão, Pastor Carlinhos (PL) ironizou a explicação dada pela Prefeitura, e afirmou que a Câmara estaria “dando um cheque em branco a um governo incompetente”. Carlinhos disse ainda que a exclusão não impede a conclusão dos projetos mencionados, e que não pretende prejudicar o governo do prefeito eleito, Laércio Ribeiro (PT). Já Gentil Bicalho (PT) pontuou que houve pouco diálogo com a comunidade para
elaborar o Plano Plurianual. Além de Pastor Carlinhos (MDB), ficaram contra o projeto Toninho Eletricista (PTB) e Cláudio Cebolinha (DEM), enquanto Vanderlei Miranda (PL), Lelê do Fraga (DEM) e Djalma Bastos (PSD) não estavam presentes. Revetrie Teixeira (MDB), que estava ausente, votou por telefone, favorável ao projeto. Assim como ele, os demais, Belmar Diniz (PT), Thiago Titó (PDT), Guilherme Nasser (MDB), Tonhão (Cidadania), Gentil Bicalho (PT) e Sinval Dias (PSDB), também votaram pela aprovação.
Lorena Silvestre
latório em consulta ou tomando medicação. Quatro estavam internadas na enfermaria, sendo todas com a doença confirmada. Dos 16 pacientes, 14 são residentes em João Monlevade.
MORTE SUSPEITA Também no fim da tarde de
da Provisória nº 815, de 29 de dezembro de 2017, autorizou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação a prestar assistência financeira aos entes federativos que recebem recursos do FPM, para apoio à superação de dificuldades financeiras emergências na área da Educação. O Município de São Gonçalo do Rio Abaixo, foi um dos entes Federativos que recebeu o repasse. O valor repassado deve ser utilizado até 31/12/2020, caso não seja utilizado deverá ser devolvido à conta da União do Tesouro
Nacional”, explica a mensagem do prefeito Antônio Carlos Noronha Bicalho. Estiveram presentes, o presidente Flávio Silva de Oliveira (PDT) e os vereadores, Marcos Antônio Bicalho (PSDB), Ailton de Figueiredo Neves (PR), Otávio Izidorio Teixeira (PSDB), Luciana Maria Bicalho (PTB), Maria de Lourdes Guedes Barros (PSB), Renata Maria Guzzo (PL) e Luiz Gonzaga Fonseca (PL). Felipe Silveira Cunha (PL) justificou sua ausência.
Asilo demite cuidadora e investiga caso de agressão Uma denúncia de maus-tratos no Asilo de João Monlevade se tornou pública nesta semana. Uma cuidadora de idosos do Asilo Lar São José foi demitida por supostamente ter agredido uma das idosas atendidas pela instituição. O caso teria acontecido em uma das noites da semana passada, e foi denunciado por um dos funcionários da casa de acolhimento. A cuidadora teria sido flagrada dando tapas em 2612.indd 3
uma das internas. Segundo informações obtidas pelo A Notícia, apesar do asilo ter demitido a profissional suspeita dos maus-tratos, não foi confeccionado um boletim de ocorrências ou tomadas outras medidas mais rígidas. O caso também foi repercutido no Programa Espaço Livre, comandado por Chico Franco e por Marileia Miranda, da Rádio Comunicativa FM, na ma-
nhã de ontem (10). Procurado, o presidente do Asilo Lar São José, Geraldo Pereira, confirmou que a cuidadora de idosos não faz mais parte do quadro de funcionários da entidade. Segundo ele, o caso está em investigação interna e, caso haja indícios consistentes, medidas mais incisivas devem ser tomadas.
e uma criança, de 11 anos, do sexo masculino. O município soma 2.194 registros da doença, com 23 óbitos confirmados. Até o fechamento desta edição, 189 cumpriam o isolamento domiciliar e 1.977 estavam recuperados. Monlevade investiga ainda dois óbitos por coronavirus.
“Neste ano, Natal e Ano Novo devem ser online”, sugere médico ALTA DE INTERNAÇÕES POR COVID ACENDE ALERTA PARA FESTAS DE FIM DE ANO Há duas semanas para o Natal, o aumento de casos e de internações por Covid-19 no Hospital Margarida em João Monlevade, acende o alerta para o período de confraternizações e festas de fim de ano. Especialistas afirmam que não há dúvida de que a alta dos casos esteja relacionada a um maior relaxamento das pessoas em relação às medidas de proteção. Desde março, quando começou a pandemia, pela primeira vez, o Hospital Margarida tem sua capacidade comprometida. O crescimento dos casos acende o alerta de médicos e especialistas. A situação do hospital é preocupante, porque Monlevade atende também a cidades vizinhas. Ontem (10), a ocupação dos leitos passou de 70%, comprometendo a capacidade de atendimento da Casa
de Saúde. O diretor do Centro de Terapia Intensiva (CTI), o médico Marcos André Crim Câmara, afirma que o momento impõe um novo desafio para as pessoas que, na opinião do médico, deveriam rever como serão realizadas as festas de fim de ano. “Infelizmente a Covid continua em alta. Muitas internações, atendimentos, muitas pessoas infectadas. As festas de fim de ano são muito caras ao brasileiro. Nesta época, eu sugiro que as festas sejam online. Com abraços online. Evitar viajar para encontrar parentes, evitar aglomerar. Não está na época disso. Para termos um Natal em 2021, precisamos nos resguardar com o mínimo de pessoas reunidas neste ano. Estamos no pico da onda”, alerta.
VACINA O médico afirma que a vacina é esperança. “Temos esperança que a vacina surja e nos liberte da pandemia. Com toda a segurança, vamos nos reencontrar. Mas precisamos estar vivos até lá”, alerta. Para ele, idosos e pessoas com doenças crônicas precisam estar isolados. “Mas não adianta eles estarem isolados e alguém levar a doença para eles. Festas em 2021, se Deus quiser”, diz. Sem a vacina, o médico afirma que se houver aglomeração, festas e viajens, teremos um aumento de internações nas unidades de saúde. “Não é hora de reunir, de viajar ou de aglomerar. Toda e qualquer festa culminou, numa ou duas semanas depois, no aumento de casos, como reflexo”, alerta.
Monlevadense vence concurso que revelou Gisele Bündchen
Câmara de São Gonçalo aprova projeto de crédito de R$72.075,08 Em reunião extraordinária na tarde de ontem (10), a Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo aprovou o Projeto de Lei 16/2020, de autoria do Executivo. A proposição “autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito especial ao Orçamento em vigor e dá outras providências” foi aprovada por oito votos. Os recursos são referentes ao Programa de Transferência de recursos financeiros aos entes federativos que recebem o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A Medi-
ontem, a Prefeitura divulgou boletim com a morte suspeita de uma mulher de 51 anos. Ela faleceu no Hospital Margarida na noite de quarta-feira (9) e o óbito está sendo investigado por suspeita de Covid-19. Também ontem, foram 21 novos casos da doença confirmados, sendo oito mulheres, 12 homens
Reprodção
Uma jovem monlevadense, moradora do bairro Planalto, pode ser o futuro da modelagem brasileira. A modelo Caroline Aranda (foto), 17, venceu o concurso “The Look of the Year”, que já revelou nomes como Isabeli Fontana, a itabirana Ana Beatriz Barros e a maior modelo brasileira de todos os tempos, Gisele Bündchen. Em 2020, o concurso foi realizado totalmente pela internet e abriu as portas para que Caroline consiga concretizar seu sonho de criança: ser uma
modelo internacional. A jovem sonha em ter uma casa e condições de conquistar tudo aquilo que sempre sonhou. Ela é aluna da L’Office Models e agenciada por Marcelo Mourah. “O concurso teve três meses de preparação e terminou ontem (10). Foram três mil participantes, 14 selecionadas e duas apenas de Minas. Ela ganhou um contrato de quatro anos com uma agência em São Paulo que vai trabalhar a imagem dela, no Brasil e no exterior. Estamos felizes e realizados”, explica Mourah.
São Gonçalo do Rio Abaixo se ilumina para o Natal A cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo recebeu decoração de Natal em prédios e espaços públicos. Em suas redes sociais, o prefeito Antônio Carlos Noronha Bicalho (PDT) convidou a população a entrar no clima natalino. “Este ano, preparamos uma decoração especial com muita cor, luz e brilho para despertar nos corações de cada pessoa sentimentos de fé, amor e fraternidade. Convido todos a visitarem as ruas e praças da nossa cidade e a entrarem no clima mágico do Natal”, escreveu. Segundo o prefeito, ao contrário de outros anos, devido à pandemia do coronavírus, não houve festa para inauguração da decoração. O chefe do Executivo lembra a importância do uso de máscaras e respeitar o distanciamento social.
Lúcia Costa
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Monlevade nĂŁo estĂĄ preparada para as chuvas e LaĂŠrcio define plano de ação FALTAM MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ATÉ FUNCIONĂ RIOS PARA DESOBSTRUIR RUAS DE IMEDIATO Uma equipe indicada pelo prefeito eleito de JoĂŁo Monlevade, LaĂŠrcio Ribeiro (PT), se prepara para o perĂodo chuvoso e elabora um Plano de EmergĂŞncia com açþes preventivas. O grande desafio serĂĄ lidar com a falta de equipamentos e mĂŁo de obra para os trabalhos. Segundo informaçþes do atual secretĂĄrio de Obras, DamiĂŁo JosĂŠ Teodoro de Castro, a Defesa Civil de JoĂŁo Monlevade tem deficiĂŞncias, como falta de materiais, equipamentos e atĂŠ de funcionĂĄrios para atender de imediato problemas relacionados Ă s chuvas. Conforme o secretĂĄrio, falta mĂŁo de obra atĂŠ mesmo para desobstruir as ruas. Segundo ele, a situação seria amenizada com o contrato vigente entre a administração municipal e a Pontes de Minas - responsĂĄvel pela limpeza da cidade. Os funcionĂĄrios da empresa seriam empenhados para limpeza e varrição das vias. O planejamento dos trabalhos começou a partir de uma reuniĂŁo ocorrida ainda no final de novembro com membros da
Equipe de Transição representando ĂĄreas como Obras, SaĂşde, AssistĂŞncia Social, Meio Ambiente e JurĂdico. JĂĄ no inĂcio de dezembro, foi a vez dessa comissĂŁo se reunir com os atuais membros da Defesa Civil da Prefeitura de JoĂŁo Monlevade, com representantes de outras secretarias e ainda com o coordenador de transição indicada pela atual administração, Eduardo Bastos. Por indicação do prefeito eleito LaĂŠrcio, estiveram presentes o coordenador da ComissĂŁo de Transição, Geraldo Giovani; o vice-prefeito eleito, FabrĂcio Lopes (Avante) e os membros da ComissĂŁo de Transição: Geraldo Amaral, Geraldo Magela (DindĂŁo), JosĂŠ Firmo do Carmo JĂşnior (Juninho da Cemig), NĂĄdia Cota GuimarĂŁes e Marco AntĂ´nio Penido Simas (MarcĂŁo).
PREOCUPAĂ‡ĂƒO O vice-prefeito eleito, FabrĂcio Lopes, preocupado com os prĂłximos meses e com o final de ano, perĂodo de muitas chuvas, solicitou que sejam tomadas providĂŞncias como
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paração para o perĂodo dos envolvidos diretos, que sĂŁo servidores da Secretaria de Obras e integrantes da ComissĂŁo Municipal de Defesa Civil (COMPDEC). TambĂŠm foi repassado relatĂłrio atualizado a ser utilizado durante as vistorias.
AÇÕES IMEDIATAS
Divulgação Equipe de Transição
REUNIĂƒO tratou sobre a situação das chuvas em JoĂŁo Monlevade
verificação de disponibilidade de pessoal, equipamentos, mĂĄquinas e veĂculos e tambĂŠm atualização de senhas. "Todas as estruturas da prefeitura serĂŁo mobilizadas e preparadas para o enfrentamento do perĂodo chuvoso", frisou. O coordenador da equipe de transição, Geraldo Giovani, apontou que o encontrou foi solicitado para que os membros da administração do prefeito eleito estejam munidos de informaçþes sobre a atual situação e açþes da
Coordenadoria da Defesa Civil do municĂpio. "Independentemente se o perĂodo de chuva vai ou nĂŁo cumprir o cronograma histĂłrico, o nosso governo estĂĄ se preparando para atender a população da melhor forma possĂvel", falou.
DEFESA CIVIL O coordenador da Comissão de Transição da administração atual, Eduardo Bastos, apresentou algumas açþes da Defesa Civil, dentre elas a pre-
De posse das informaçþes, a equipe indicada por LaÊrcio Ribeiro estuda as açþes que devem ser colocadas em pråtica, diante das dificuldades apresentadas. De imediato, os membros da futura administração devem começar os trabalhos antes do dia 1º de janeiro. Compra de materiais, equipamentos e aumento de servidores para resposta råpida à população - em caso de necessidade - são outras questþes em anålise.
Secretariado só serå definido após transição O secretariado do novo governo da Prefeitura de João Monlevade só serå definido e anunciado após o tÊrmino dos trabalhos da equipe de transição. A previsão Ê que essa fase termine no próximo dia 18. A informação Ê de Geraldo Magela Gonçalves, Dindão, responsåvel pelas informaçþes da equipe de transição por parte do governo eleito.
As equipes de LaĂŠrcio e a que foi determinada pela prefeita Simone Carvalho (PTB) devem finalizar os trabalhos na prĂłxima sexta-feira (18). “O novo governo receberĂĄ informaçþes sobre um cenĂĄrio superficial em que se encontra a Prefeitura, jĂĄ que o tempo foi muito curto para a transiçãoâ€?, explica DindĂŁo. Nesta semana, a equipe do novo governo visita departa-
mentos, secretarias e setores diversos colhendo o måximo de informaçþes e para conhecer como atualmente cada secretaria estå funcionando. Foram solicitados uma sÊrie de documentos referentes a cada pasta. Conforme o prefeito LaÊrcio jå anunciou, o Departamento de à guas e Esgotos (DAE) deve passar por uma auditoria.
Apesar de não ser oficial, informaçþes de bastidores apontam que o engenheiro Geraldo Amaral deve assumir o comando do DAE. Ele coordenou o departamento
no primeiro mandato de LaĂŠrcio entre 1997 e 2000. “Os monlevadenses tĂŞm saudades de sua gestĂŁo e o nome dele ĂŠ natural para o cargo. Mas isso serĂĄ definido en-
tre as partes, Dr. LaÊrcio e Geraldo Amaral que, no momento, estão debruçados no trabalho de conhecer a situação do departamento�, informa Dindão.
Geraldo Amaral deve assumir o DAE
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Geral
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Uma tragédia, sete dias depois ACIDENTE COM ÔNIBUS NA PONTE TORTA COMPLETA UMA SEMANA E DEIXARÁ MARCAS POR MUITO TEMPO O acidente com o ônibus da empresa Localima completa uma semana nesta sexta-feira (11). Uma das maiores tragédias na região matou 19 pessoas, deixou 29 feridos e ainda contabiliza um saldo de sete internados em João Monlevade e três em Belo Horizonte. Além desses, sete sofreram ferimentos leves, foram atendidos e receberam alta. Outros três passageiros não precisaram de atendimento hospitalar. A viagem iniciou-se na quinta-feira (3) quando o ônibus partiu da cidade do interior alagoano de Mata Grande, às 9h, com destino a São Paulo, a 2.300 km de distância. Muitos passageiros viajam de férias, indo visitar familiares. Alguns retornavam para casa na capital paulista. O veículo era conduzido pelo motorista Luiz Viana de Lima e tinha o auxiliar José Roberto Santos da Silva, conhecido como Bebeto, que revezava a direção
na longa viagem. Ele está entre os mortos. O ônibus atravessou a Bahia, onde pegou outros passageiros. Segundo uma das passageiras, Luana Costa da Silva, de 24 anos, a parada na cidade de Jeremoabo (BA) causou estranheza. O veículo fez a parada para trocar uma peça. Segundo a mulher, o motorista não passou a informação para os passageiros. Eles só perceberam a manutenção quando desceram para conferir o motivo da demora na parada. Ao entrar em Minas Gerais, dois passageiros desceram em Governador Valadares, há cerca de quatro horas do acidente. Por volta das 13h da última sexta-feira (4), o veículo caiu de um altura de 35 metros no KM 350 da BR-381 na “Ponte Torta”. Conforme apurado até o momento, o veículo seguia sentido Belo Horizonte, quando ao subir
Divulgação
CENA de guerra: ônibus caiu de 35 metros e ficou destruído
uma ladeira, perdeu a tração e começou a voltar de marcha ré. Ele bateu na mureta de proteção e despencou caindo sobre a linha férrea da Vale. A Polícia Rodoviária Fede-
ral suspeita que o ônibus tenha apresentado um problema mecânico no freio antes do acidente. O motorista contou que o freio não funcionou e que, ao perceber que não conseguia
Ônibus era arrendado à JS Turismo INFORMAÇÃO É DO GENRO DOS PROPRIETÁRIOS DA LOCALIMA Representantes da empresa Localima, proprietária do ônibus acidentado, estiveram na Delegacia de Polícia Civil de Monlevade na segunda-feira (7). O genro dos donos da Localima, Flaviano Carvalho, afirmou à imprensa que a empresa arrendou o ônibus para a JS Turismo, responsável pela venda das passagens e pela operação da viagem. “O ônibus pertence à empresa Localima, mas tem um contrato de arrendamento com a empresa JS. A empresa JS é que tem o poder e o direito de trafegar nesta linha. Por isso, o ônibus era arrendado”, afirmou Flaviano. Ele não prestou depoimento,
apenas acompanhou a esposa, que passou mal enquanto falava à Polícia e foi atendida por um médico. Aos jornalistas, Flaviano disse que uma vistoria foi feita no ônibus em outubro, mês em que completou um ano de arrendamento do veículo com a JS. Flaviano também garantiu que há seguro em vigor, que é pago mensalmente, e que os documentos foram anexados no inquérito. Flaviano Carvalho disse que o motorista Luiz Viana de Lima foi contratado de forma “temporária” pela Localima e que acredita em “imprudência” por parte de Viana. “Só o
Erivelton Braz
FLAVIANO Carvalho falou aos jornalistas na segunda-feira
motorista vai poder explicar se foi uma falha humana, mas acreditamos que foi uma imprudência do motorista. Depois do acidente, o motorista fugiu do local e a gente não teve mais contato”, afirmou.
Segundo Flaviano, as empesas só devem conversar agora, em âmbito judicial. A Polícia aguarda os donos da Localima para prestar depoimento na próxima semana.
Hospital Margarida agradece empenho da comunidade
parar, pulou do ônibus. Outros passageiros que o ouviram gritar, também pularam e tiveram ferimentos leves. Eles contaram que viram o ônibus cair no abismo.
Segundo a perita Daniella Leite, após uma leve subida, o ônibus iniciou um movimento de marcha-a-ré, descendo sem controle e vazando pelo lado esquerdo da ponte. O primeiro impacto foi de uma altura de 26 metros, quando o ônibus bateu com a traseira em um barranco; depois, o ônibus sofreu um movimento longitudinal ('giro') e bateu novamente, desta vez de frente, a 34,5 metros da superfície da ponte. Um inquérito para investigar o que motivou o acidente e apresentar respostas foi instaurado pela Polícia Civil. O coordenador é o delegado regional, lotado em João Monlevade, Paulo Tavares. Ele espera concluir as investigações o quanto antes. O veículo foi removido para o pátio da Polícia Civil e passará por perícia que deve ser concluída em até 30 dias.
Veículo já foi autuado três vezes por transporte irregular de passageiros O ônibus que tombou na última sexta-feira (4) já havia sido autuado três vezes em 2019. A informação é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O órgão informou também que o ônibus não tinha autorização para levar passeios por estradas.
"A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros", disse a ANTT.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lamentou o acidente e as mortes ocorridas. Nas redes sociais no dia do ocorrido, Romeu Zema disse que estava "estarrecido" e que prestava toda a "solidariedade aos familiares e amigos das vítimas". A prefeita de João Monlevade, Simone Carvalho (PTB), também emitiu nota de pesar e decretou luto de três dias no município. Na reunião de quarta-feira (9) da Câmara Municipal, os vereadores de João Monlevade fizeram
um minuto de silencio e aprovaram uma Moção de Pesar a ser enviada para as cidades das vítimas. Em seus discursos, vários parlamentares lamentaram o ocorrido. Após um longo trabalho de identificação no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte (IML), os corpos das vítimas foram levados de aeronaves para suas cidades de origem. Alguns foram encaminhados para São Paulo, onde moravam ou tinham outros familiares.
Autoridades se manifestam
Desastre da Ponte Torta repercute na imprensa nacional e internacional
Nívia Martins
HOSPITAL viveu intensa movimentação no dia do acidente
A diretoria do Hospital Margarida agradeceu as manifestações de carinho e respeito da comunidade com a casa de saúde, em virtude do atendimento às vítimas do acidente ocorrido na Ponte Torta. "Não poderíamos esperar ou-
tra atitude que não fosse a imensa generosidade, humanidade e empatia que faz da população de João Monlevade e região um povo tão especial. Fomos prontamente atendidos quando solicitamos doações de roupas, sapatos e material de higiene pessoal
para suprir as necessidades dos acidentados. Temos agora um volume considerável de doação que nos permitirá ajudar a estes e outros pacientes”, informou a diretoria na tarde de sábado (5). Em virtude disso, o hospital pediu que a população, momen-
taneamente, suspenda a entrega de doações. “Não queremos que nada se perca, nem estrague. Por isso guarde ou ajude outras pessoas da comunidade que necessitam”, informa o hospital que agradeceu em nome de todos os seus profissionais.
Aviões da Força Aérea Brasileira levaram corpos, sobreviventes e familiares Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) levaram para Alagoas os corpos de onze das vítimas do desastre com o ônibus. Foram utilizadas duas aeronaves, um C-130 para o transporte dos restos mortais e um C-99 para levar os sobreviventes e os familiares das vítimas que vieram a Minas Gerais acompanhar os procedimentos. Os aviões decolaram por volta de 13h da segunda-feira (7) do aeroporto da Pampu2612.indd 5
lha, em de Belo Horizonte, seguindo para a cidade baiana de Paulo Afonso, localidade com aeroporto mais próxima a Mata Grande, de onde partiu o ônibus envolvido no acidente. O restante do percurso, cerca de 90km, foi feito por via terrestre. O traslado para as cidades de Água Branca, Delmiro Gouveia, Mata Grande e Pariconha, onde moram parentes das vítimas, aconteceu por volta das 17h da segunda-feira. Quatro
corpos foram levados para São Paulo pela polícia e um foi retirado do IML de Belo Horizonte pela família. De acordo com o assessor de Comunicação da Prefeitura de Mata Grande, Wadson Correia, o Executivo disponibilizou um ginásio de esportes e uma escola municipal para os funerais. O município e o estado de Alagoas decretaram luto oficial de três dias.
CBMMMG-Divulgação
A tragédia da tarde da última sexta-feira (4) em João Monlevade foi noticiada por alguns dos principais veículos de mídia do mundo. No Brasil, as principais emissoras de televisão, além de portais de notícias, rádios e impressos em geral fizeram a cobertura do acidente. Muitos enviaram equipes para João Monlevade, enquanto outros veículos receberam informações da imprensa local, como A Notícia, O Popular, Portal N1, Defatonline, Itabiranet e Diário. O portal da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) destacava que, até o meio da tarde, havia catorze mortos, e reproduziu as mensagens publicadas
pelo governador Romeu Zema (Novo). O jornal argentino Clarín informou que o ônibus carregava ao menos quarenta pessoas, havendo 26 feridos até o início da noite. A publicação portenha também ressaltou que o veículo não possuía autorização para transportar passageiros. Já a página na internet da Radiotelevisão Italiana (RAI) publicou que uma falha de freio foi a possível causa do desastre na Ponte Torta, e que seis pessoas, incluindo o motorista, conseguiram saltar do ônibus antes que ele despencasse. 10/12/2020 20:17:40
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6 Geral
Heróis sem capa
Socorristas da região mostram empenho ao atender às vítimas do desastre do ônibus
Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação via AFP
A tragédia na BR-381 foi mais uma prova explícita da dedicação e do trabalho incansável dos grupos de resgate do
Médio Piracicaba, muitos deles voluntários. Desde os primeiros minutos após o desastre, socorristas já se dirigiram
ao local do acidente para prestar os cuidados necessários. Muitas equipes se empenharam, e a área no entorno
dos destroços ficou repleta de carros e ambulâncias de resgate. Depois, foi a vez dessas viaturas se deslocarem várias
vezes seguidas para o Hospital Margarida, tentando salvar os que ainda estavam com vida. Entre os grupos que par-
ticiparam do atendimento, estão o Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) de João Monlevade; Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave) de Nova Era; Bombeiros Voluntários de São Domingos do Prata; Grupo de Resgate Voluntário de Emergência (GRVE), de Barão de Cocais; o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG); brigadas de emergência da ArcelorMittal e da Vale; o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); ambulâncias municipais que passavam próximas ao acidente; Remoções Monlevade e Fusão Ligas. Equipes da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram no local para auxiliar na identificação das vítimas e dar suporte ao resgate e também aos peritos; a Polícia Civil enviou equipes de Belo Horizonte e até um helicóptero para ajudar no socorro. O Serviço de Trânsito e Transportes (Settran) organizou o trânsito, enquanto a equipe da Vale controlou o f luxo na ferrovia. A Defesa Civil também compareceu ao Hospital Margarida. Carros funerários estiveram no local para fazer o transporte dos corpos, enquanto o socorro mecânico Fernando Bela Vista, Léo do Guincho e Katitu do Pátio também ficaram a postos.
Cenário de guerra Médicos e socorristas relatam como foi o resgate e contam histórias da tragédia A Notícia ouviu alguns socorristas do Sevor e alguns médicos que trabalharam no atendimento às vítimas do acidente do ônibus que caiu da Ponte Torta. São relatos emocionantes e que mostram a importân-
cia de profissionais e pessoas que fazem a diferença para salvar vidas e minimizar o sofrimento de vítimas de acidentes tão graves como o ocorrido. Todos os que foram ouvidos, destacam o empenho também
“Tia, sabia que meu sonho era andar de avião?” A médica Daniela Freitas relata que aquele dia foi atípico no Hospital Margarida e marcado por muita emoção. “Ah gente, chorei demais. Uma menina, de 7 anos, que foi transfe-
rida com traumatismo e fratura no fêmur me disse, quando soube que iria ser transferida de helicóptero: tia ..., sabia que meu sonho era andar de avião? Eu disse, escondendo as lágri-
das equipes de enfermagem, do setor administrativo, da limpeza, da cozinha, entre outros setores do Hospital Margarida, que não mediram esforços para realizar um trabalho em equipe. Confira:
mas ... ah sim ... dessa vez você vai de helicóptero mas essa não vai contar, certo? Depois que ficar boazinha e a perninha sarar ... vai fazer essa viagem que aí vai valer, neh? E num avião bem grandão! Quando soube que o pai também iria de helicóptero, perguntou com aquela inocên-
cia de criança: meu pai também machucou a perna? Eu disse: sim, precisa cuidar. O pai estava muito grave com choque, vários traumas, insufiência respiratória e foi entubado. Tive notícias da menina: ela está muito bem e sua cirurgia foi um sucesso! Mas não tenho notícias do pai”, relata.
“Emprestei meu celular para uma chamada de vídeo entre mãe e filha” Ainda segundo Daniela Freitas, a mãe de uma das vítimas tinha visto o acidente no noticiário e reconhecido o ônibus onde estava a filha. Foram mais de seis horas
de angústia até a filha falar com a mãe. “Emprestei meu celular para uma chamada de vídeo e foi um momento muito emocionante, a mãe descobrir que a filha esta-
va viva e poder falar com ela. As duas ficaram muito agradecidas por conseguirem se falar. Mas eu tive receio. Não sabia como era a saúde da senhora, se daria conta de
receber essa notícia assim por telefone. Mas quando atendeu e viu a filha na chamada de vídeo, eram lágrimas de alegria, desespero, incredulidade”, relembra a médica.
que estavam agitadas e sofrendo muito. Como tenho 32 anos de medicina e 28 de Hospital, já trabalhei com outros acidentes de grande proporção e vimos muitos acidentes de ônibus. Mas o impacto da tragédia sempre é terrível. A gente fica tenso, penalizado pelas famílias destruídas, pessoas longe, desamparadas. Além de dar o suporte técnico, tentamos dar o
suporte psicológico e isso toda a equipe fez. O Sevor enviou 31 socorristas e fez um trabalho de excelência. Tenho orgulho de participar do Sevor. A cidade inteira precisa do Sevor e o Sevor precisa da cidade inteira. Só conseguimos agir com a ajuda da população,” Ana Beatriz Dutra Valente Costa, médica e integrante do Sevor.
“Vi um cenário de guerra” “Assim que cheguei ao Hospital, porque as vítimas estavam chegando em grande quantidade, me deparei com um estado de guerra. Muitas vítimas chegando ao mesmo tempo. Toda a equipe médica se mobilizou, equipes de enfermagem, todos foram para o Pronto Socorro. Meu papel foi verificar a gravidade de cada paciente e acionar os bombeiros pedindo transpor-
te aéreo. Assim que as coisas acalmaram um pouco, fomos informados de mais pacientes graves. Um paciente de 16 anos foi entubado ainda no Estádio Louis Esnch, antes de embarcar, mas ele faleceu. Como sou pediatra, fiquei muito preocupada com a situação das crianças. Conversei com elas para dar um alento. Elas ali, sem a mãe, sem o pai, ficamos pertinho delas
“Vimos no local uma cena de terror” “Chegando lá, vimos uma cena de terror. Corpos esmagados, pessoas com politraumatismo e pânico dos sobreviventes gritando por socorro. Foi uma força em conjunto para salvar as pessoas. Em aproximadamente 50 minutos, conseguimos levar todas as vítimas que estavam com vida para o Hospital Margarida. Depois do Sevor chegaram o Gave, de Nova Era, os Bombeiros Voluntários do Prata, a ArcelorMittal mandou equipes da Brigada com 11 pessoas, depois a Perinatal (empreiteira da Vale) enviou duas equipes e depois de todas as vítimas encaminhadas é que chegaram as equipes de bombeiro militar.
Ao levantar o ônibus, encontramos mais uma pessoa com vida, que estava presa no banheiro. A Polícia Militar ajudou muito no resgate, o Capitão Elias ajudou na retirada de vítimas dos escombros, a PRF ajudou, a Polícia Civil e a Polícia Técnica também. Eu tive vários contatos com vítimas, conversei com dois que pularam. Eles falaram que pularam em seguida, após o motorista. Conversei com vítimas que estavam machucadas e abaladas. Uma senhora me perguntava sem parar sobre o filho, uma criança de 11 anos, que foi para BH e isso me marcou também”, Renato Carvalho, socorrista do Sevor.
“Cada ocorrência é um aprendizado para a vida da gente” “Eu saí do meu trabalho era 13h20 e vi o chamado da ocorrência. Nesta hora, o socorrista Eduardo já estava se preparando e fomos juntos. Chegando lá, vimos vítimas que pularam do ônibus pedindo socorro. Acionamos a ambulância, eu não sabia até então a proporção do acidente. Não imaginava que o veículo tinha caído. Foi assustador ver o ônibus destruído e pensei: morreu todo mundo. Eu e o Eduardo fomos os primeiros a chegar ao ôniobus e havia um foco de incêndio. Fui entrando no ônibus e começamos a retirar as pessoas. Muitos óbitos e outras pessoas gravemente feridas. Tiramos as pessoas, tinha uma criança que estava debaixo 2612.indd 6
de um corpo e tivemos que tirar o óbito primeiro. Foi um socorro muito difícil pelo abalo. Fiquei o tempo todo dentro do ônibus ajudando a tirar as vítimas das ferragens. Já cobri outros acidentes graves, com mortes, mas não havia participado de uma operação desse tamanho. Cada ocorrência é um aprendizado para a vida da gente. Tragédias assim nos mostram o quanto é importante ser socorrista voluntário. Isso é por amor, não é por dinheiro. Outra coisa que me chamou a atenção foi a solidariedade das pessoas que nos ajudaram em nosso trabalho", Cláudio Maurício Soares, socorrista do Sevor.
“Um acidente dessa proporção requer muitas entidades envolvidas” “Quando recebi a mensagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), fiquei muito preocupada, tentei achar o maior números de socorristas para ajudar. Pois sei que acidente dessa proporção, requer muitas entidades envolvidas. Assim fiz, acionei todos que poderiam ir. E eu também. Sobre esse acidente, eu resgatei um sobrevivente, que pulou do
ônibus, e que teve escoriações. Ele só falava que não queria sair do local, pois tinha que ver o que tinha acontecido. Ele só ficava chorando, inconformado com a tragédia, perguntando toda hora sobre o primo dele. Todos nós ficamos impactados, porém nós sabemos separar o lado emocional do profissional”, Josiane da Silva, socorrista do Gave (Nova Era)
“O trabalho em equipe ajudou no resultado” “Eu estava chegando à central e pegamos o auto salvamento (veículo usado em resgates em rodovias), eu e o Cláudio, e recebemos a informação de que o ônibus estava incendiando. Do Sevor, fomos os primeiros a chegar. Tinha muitas pessoas lá que nos ajudaram a levar os equipamentos até o local. Um rapaz ajudou a apagar o incêndio, fizemos a avaliação do cenário e iniciamos a retirada de vítimas imediatamente. Foi a
primeira vez que participei de um acidente de tamanha proporção. Foi importante ver a união das equipes. Vimos cenas muito fortes que não são comum no dia a dia. Todos trabalharam em equipe, o que foi bacana, pelo resultado que tivemos, graças a Deus. A gente conversava com as vítimas, pedindo calma e informando que daria tudo certo”, Eduardo Teixeira do Nascimento, socorrista do Sevor.
"Mesmo com todo o treinamento, as cenas são muito fortes" “Estava na segunda ambulância e ajudei a tirar as vítimas do ônibus. O pessoal do guincho nos ajudou muito. Eu tirei 10 pessoas com vida, entre essas, três crianças. O mais difícil foi devido a queda, muitas pessoas estavam em cima das outras. Muitos óbitos estavam em cima dos vivos. Tivemos que tirar os óbitos primeiros. So saí depois de retirar a última vítima. A cena mais marcante foi a retirada de uma vítima com vida, que estava com vários corpos sobre ela. So vi as mãos dela e
embaixo dessa mulher, estava uma criancinha de dois anos. Parece que as duas passam bem. A população nos ajudou nos fornecendo água, frutas e alimentos. Foi muito bacana, tentando nos ajudar da forma que puderam. O trabalho de todos os grupos voluntários, as equipes da Arcelor, da Vale foi muito importante também. A união total das equipes ajudou no salvamento de 29 pessoas com vida, o que é de grande valia e mérito de todas as equipes”, Antonio Laia, socorrista do Sevor 10/12/2020 20:17:41
Geral
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SOLIDARIEDADE
Família busca ajuda para vítima de acidente e cria campanha Sempre é tempo de ajudar a quem precisa. Em João Monlevade, a campanha #todosjuntospormonaliza mobiliza pessoas nas redes sociais desde o dia 3 de dezembro para ajudar Monaliza Cristina Ferreira Nunes, de 35 anos. Ela sofreu um grave acidente de motocicleta que causou traumatismo craniano.
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Monaliza ficou 22 dias internada em Belo Horizonte, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde teve infecções e hidrocefalia. Tudo isso causou também transtorno mental. Monaliza é mãe solo de cinco filhos com idades entre 15 e quatro anos. Ela está na casa dos pais, no bairro Vila
Tanque, e depende da família e da solidariedade de todos para sobreviver. Pensando nisso, a irmã, Marina Mara Andrade Nunes, pede ajuda da comunidade através da campanha #todosjuntospormonaliza. Em conversa com A Notícia, Marina disse que Monaliza precisa de fraldas (tamanho
grande), luvas (tamanho médio), álcool e lenços umedecidos. Ela também informa a conta poupança da Caixa Econômica Federal para doações em dinheiro para ajudar na recuperação da irmã: Agência 0116, Conta 84367-1, Operação: 013, em seu nome: Marina Mara Andrade Nunes. Nas postagens, Marina divulga seu contato para mais esclarecimentos, o telefone (033) 9 9152-9834. As doações já começaram e, desde o acidente, a família tem o apoio dos vizinhos, com cestas básicas e até mesmo nos cuidados com as crianças de Monaliza. “Ainda existem pessoas muito boas neste mundo”, afirma a mãe, Selma de Andrade Nunes, 62 anos, que deixou o emprego para cuidar da filha e dos netos. Em seis meses, foram quatro internações com altas hospitalares de 72 e 48 horas apenas. Monaliza deve passar por nova cirurgia nos próximos meses para colocação de prótese de titânio na cabeça. No momento, para evitar a continuidade do afundamento craniano, utiliza uma prótese de gesso e a família busca os serviços da rede municipal de Saúde para demais cuidados. Mesmo com a afirmação dos médicos de uma situação irreversível, a família acredita na melhora do quadro de saúde da moça. “Os médicos dizem que não haverá melhora, mas para Deus, nada é impossível”, ressalta Marina.
O ACIDENTE A tarde de 18 de junho de 2020 começava bem para Monaliza. Ela havia conseguido o documento que garantiria na Justiça o medicamento de R$2.998,00 para uma das filhas que é autista. Então uma chamada de mototáxi para o trajeto do bairro Vila Tanque à Prefeitura de João Monlevade mudou tudo. Próximo ao Estádio Louis Ensch, o mototaxista perdeu o controle da moto. Segundo informações, após a blusa da passageira ter se agarrado no rolamento da motocicleta. O mototaxita teve escoriações leves, já ela, bateu a cabeça no solo, após o capacete ter se soltado com o impacto. Para a família, a cena do acidente foi alterada e pouco ficou esclarecido sobre as verdadeiras causas do ocorrido. Segundo o pai de Monaliza, Enivaldo Ferreira Nunes, 65 anos, pouca assistência foi dada pelo condutor à vítima até hoje. Socorrida pelo Serviço Voluntário de Resgate (Sevor), a vítima foi levada para o Hospital Margarida e, oito horas depois, foi transferida para o Hospital João XXIII em Belo Horizonte. Marina deixou o emprego em Governador Valadares e acompanha a irmã desde então. Ela explica que nesses seis meses entre internações e pequenas altas, chegou a pro-
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ANTES do acidente Monaliza Cristina trabalhava como autônoma para sustentar os filhos.
Arquivo de família
Nívia Martins
A IMAGEM diz muito: com luvas descartáveis, filhas querem estar próximas e tocar a mãe
Nívia Martins
MONALIZA recebe cuidados dos pais: Selma e Enivaldo Nunes e da irmã Marina, em um quarto com entrada restrita e totalmente adaptado
curar a Defensoria Pública na capital para conseguir tratamento adequado a Monaliza. “Ela precisava de cirurgia e UTI por uma segunda vez. A infecção estava visível e tive de procurar a Justiça para que a operassem”, relata. A consequência dessa demora foi uma piora no quadro de
saúde. A irmã conta que Monaliza chegou a andar, a conversar e reconhecer pessoas antes da infecção causada por rejeição à prótese craniana. Os parentes acreditam em negligência no atendimento e pensam em acionar a Justiça contra a Casa de Saúde.
CAMPANHA: #TODOSJUNTOSPORMONALIZA AGÊNCIA 0116 CONTA POUPANÇA: 84367-1, OPERAÇÃO: 013 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL NOME: MARINA MARA ANDRADE NUNES MAIS INFORMAÇÕES: (033) 9 9152-9834. Quem quiser entregar doações de fraldas (tamanho grande), luvas (tamanho médio), álcool e lenços umedecidos na sede do A Notícia, o jornal se dispõe a levá-las até a casa de Monaliza no bairro Vila Tanque.
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8 Geral/Classificados
Sevor foi o primeiro grupo a chegar ao local VEJA SÍNTESE DO ATENDIMENTO DO GRUPO VOLUNTÁRIO DE JOÃO MONLEVADE . Por volta das 13:20 operador do Sevor recebe o chamado da ocorrência e despacha duas equipes que estavam na central, na avenida
Reprodução/ Sevor
VOLUNTÁRIOS foram os primeiros a chegar ao local do acidente
1 IMÓVEIS Aluguel APTO na av. Castelo Branco, 531, térreo, c/3 qtos (1c/suíte), dependência. Tr. 98771-2900 _________________ APTO na av. Getúlio Vargas, em cima do Magazine Luiza, c/3 qtos (1 c/suíte), dependência. Bom p/ comércio. Tr. 98771-2900 _________________ APTO na av. Getúlio Vargas, nº 6.144, bairro Santa Bárbara, c/2 qtos, sem garagem (no prédio da Aluvidros). Valor a negociar. Tr. 3852-1030 _________________ APTO na rua Alberto Sharlê, bairro Alvorada, c/3 qtos (sendo 1 suíte), sala p/2 ambientes, cozinha, área de serviço, banheiro social, box de despejo, 1 vaga de garagem. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ APTO na rua Guanabara, nº 209, bairro República, c/2 qtos, 2 banheiros, área de tanque e garagem. Tr. 99781-4345 _________________ APTO na rua Guanabara, 253, apt.106, bairro República. C/2 qtos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Tr. 3852-2048 _________________ APTO na rua Hamacek, bairro Lucília, c/2 qtos, sala, cozinha, banheiro social, área de serviço, garagem, elevador. Tr. 38513596 PJ857 _________________ APTO na rua Monte Santo, bairro Carneirinhos, c/3 qtos (1 suíte), banheiro social, sala conj. c/copa, cozinha, área de serviço, dependência c/banheiro, 2 vagas de garagem. Tr. 99196-0171 _________________ APTO na rua Santa Mônica, bairro José Elói, c/2 qtos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço. R$400,00. Tr. Carlos 986818835 _________________ APTO no bairro Alvorada, c/3 qtos (suíte), sala p/2 ambientes, banheiro social, cozinha, área de serviço e garagem. Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ APTO no bairro Vale do Sol, rua Dona Clara, bloco 19, apt. 102,
c/2 qtos, sala, cozinha e banheiro. Tr. Genivaldo 99589-0930 _________________ APTO no bairro Vale do Sol, c/3 qtos, sala, cozinha, área de serviço, banheiro social e garagem. Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ BARRACÃO na rua Richard, nº 40, fundo com av. Getúlio Vargas 4.375, c/100m² livre, s/divisória, 2 banheiros. Tr. 98771-2900 _________________ CASA na rua Quarenta e Seis, bairro Vera Cruz, c/2 qtos, sala, cozinha, banheiro social, área de serviço, garagem e terraço. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ CASA na rua Santa Mônica, bairro José Elói, c/sala, 2 qtos, cozinha, banheiro, área de serviço. R$400,00. Tr. Carlos (31) 98681-8835 _________________ CASA no bairro de Lourdes, c/3 qtos (sendo 3 suítes), sala visita, sala de jantar, banheiro social, cozinha, área de serviço interna e externa, 2 vagas de garagem e ponto comercial. Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ LOJA na av. Alberto Lima, 1977. Tr. 99918-5050 _________________ LOJA na av. Armando Fajardo, bairro Cruzeiro Celeste, c/aprox. 200m², 2 banheiros, cozinha c/ banheiro. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ LOJA na rua Geraldo Miranda, 34, c/100m², ao lado do Magazine Luiza. Tr. 98771-2900 _________________ LOJA no bairro Santa Bárbara, c/aprox. 60m², banheiro. Tr. 38515121 PJ3637 _________________ QUITINETE atrás do EPA. Tr. 99781-4345/99602-6759 _________________ QUITINETE na av. Getúlio Vargas, c/1 qto, sala, cozinha e banheiro social. Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ QUITINETE na rua Guanabara, 209, República. Tr. 997814345/99602-6759 _________________ QUITINETE na rua Luiz Ferreira, bairro Carneirinhos, c/1 qto, sala, cozinha, banheiro. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ QUITINETE na rua Mumbica, bairro José Elói. Tr. Luzia 38524190/98010-4190 _________________ QUITINETE na rua Olinda Dias Fernandes, bairro Santa Bárbara. Tr. Luzia
Alberto Lima, em João Monlevade; . Em seguida, aciona mais uma equipe que estava saindo do hospital; . Às 13:24, faz chamada geral convocando todos os voluntários devido à proporção do acidente; . Sevor é o primeiro grupo a chegar ao local e envia, no total, 27 voluntários para a área do acidente. Dois socorristas ficam na central para repor materiais. Outros dois seguem para o Hospital Margarida para registrar as entradas, além de uma médica do Sevor que segue para ajudar a atender; . Sevor solicita a Vale para desligar a linha férrea, para evitar mais uma tragédia; . Sevor aciona o Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave) de Nova Era; Bombeiros Voluntários de São Domingos do Prata; Grupo de Resgate Voluntário de Emergência (GRVE), de Barão de Cocais. . Sevor comunica Hospital Margarida o qual se prepara com mais de 10 médicos, e mais de 20 profissionais de enfermagem e administrativos; . Foram encaminhados para o hospital 27 vítimas, socorridas pelos grupos, além da brigada da Arcelor, PMMG, PRF, Guincheiros (JS, Fernando, e Leo), brigada da Vale (empresa Perinatal); . Após quase uma hora, chegam duas viaturas dos Bombeiros Militares de Itabira, mais duas viaturas dos Bombeiros Militares de Ipatinga e uma equipe do SAMU daquela cidade; . Ao levantar o ônibus, os Bombeiros Militares encontram mais uma vítima dentro do banheiro, debaixo do veículo. O homem foi socorrido, mas faleceu a caminho do hospital . Chegaram duas aeronaves dos Bombeiros Militares, outra da Polícia Militar para efetuar transferências para Belo Horizointe, das vítimas já atendidas em estado grave.
3852-4190/98010-4190 _________________ QUITINETE no bairro Carneirinhos, c/1 qto e banheiro. Tr. 38515121 PJ3637 _________________ QUITINETES (novas) na av. Getúlio Vargas, nº 4.375, bairro Carneirinhos. Tr. 98771-2900 _________________ QUITINETES (2) novas na rua do Andrade, bairro José Elói, c/ garagem. Tr. 3852-4190/980104190 _________________ SALA na av. Wilson Alvarenga, bairro Carneirinhos, c/aprox. 30 metros, um banheiro, elevador, garagem. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ SALA na av. Wilson Alvarenga, c/banheiro e área de 35m². Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ SALA na av. Wilson Alvarenga, no edifício São Gonçalo. Tr. 38515121 PJ3637
2 IMÓVEIS Compra e Venda
APTO na rua Etelvino Rocha, bairro Vale do Sol, c/3 qtos (sendo 2 c/móveis planejados), banheiro, cozinha planejada, uma vaga na garagem. Tr. Mauro 99946-9636 _________________ APTO na rua Gomes Batista, 639, apt. 202, bairro Lourdes, c/2 qtos (c/armários), sala, cozinha, banheiro, área de serviço, 1 vaga de garagem. Tr. 985101759/98201-0840 _________________ APTO na rua Guanabara, nº 209, bairro República, c/2 qtos, 2 banheiros, área de tanque e garagem. Tr. 99781-4345 _________________ APTO no bairro JK, c/4 qtos (sendo 1 suíte), sala p/2 ambientes c/varanda gourmet, banheiro social, cozinha, área de serviço, 2 vagas de garagem. Tr. 38513596 PJ857 _________________ APTO no bairro Lourdes, c/4 qtos (sendo 1 suíte), sala conjugada, banheiro social, cozinha, área de serviço e aquecedor nas torneiras
e banheiros, 2 vagas de garagem, elevador, salão de festas. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ APTO no bairro Nossa Senhora da Conceição, c/2 qtos c/armários, sala, banheiro social, cozinha c/área de serviço, 1 vaga de garagem. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ APTO no bairro Vale do Sol, 2º andar, todo reformado, c/2 qtos (guarda-roupa planejado), cozinha planejada, sala p/2 ambientes planejados, 2 vagas de garagem. Tr. 98701-2735 _________________ APTO no bairro Vale do Sol, c/3 qtos, sala, cozinha, área de serviço, banheiro social e garagem. Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ ÁREA no bairro Aclimação, c/2 lotes, medindo cada 440m², totalizando uma área de 880m², lotes planos e de excelente localização. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ CASA na av. Aeroporto, c/3 qtos (sendo 1 suíte), sala p/2 ambientes, banheiro social, cozinha planejada, área de serviço, área gourmet, garagem p/3 carros. Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ CASA na av. W3, nº 125, bairro Loanda, c/3 qtos, sala, copa, cozinha, banheiro, área. Tr. Maria Francisca 3851-0793/991498115 _________________ CASA na rua Palmeiras, 178, bairro Alvorada, c/510m², 8 qts, 3 salas, 6 banheiros, sendo 3 suítes. Garagem p/2 carros. Área livre no lote de 150m². Aceita-se troca por apartamento em Monlevade ou Belo Horizonte, ou lote. Tr. 98765-2269 _________________ CASA no bairro Chácara Velha, em São Gonçalo do Rio Abaixo, c/2 quartos, quintal grande, área de tanque e varanda. R$120 mil. Tr. Cida (31) 97510-2426. _________________ CASA no bairro Industrial, c/3 qtos (sendo 1 suíte c/hidromassagem), sala de visita c/varanda, banheiro social, cozinha c/bancada de granito, área gourmet c/ churrasqueira, área de serviço, área externa privativa, garagem p/8 carros c/banheiro, tanque e qto de despejo, aquecedor solar, gás canalizado. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ CASA no bairro Nossa Senhora da Conceição, c/excelente localização, próximo ao centro, porém em rua tranquila. C/3
Faz saber que pretendem se casar: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE MINAS GERAIS Registro Civil das Pessoas Naturais Oficial Titular: Rosa Maria Bedetti Frade Tavares - Rua Brasília, n. 91, Lucília 35930-010 - João Monlevade - MG Edital de Fora - SÉRGIO VITALINO ALVES, maior, Mecânico, residência Rua Nossa Senhora de Fatima, nº 98, Lucília, João Monlevade-MG, filho(a) de GERALDO DE SOUZA ALVES e THEREZA DE JESUS ALVES; e ANDRÉA RODRIGUES TAVARES, maior, Babá, residência Rua Paulo de Frontim, nº 90, Industrial, João Monlevade-MG, filho(a) de JERÔNIMO JOSÉ TAVARES e ALCIR RODRIGUES DA SILVA; 020084 - WILLIAN ALMEIDA DE SOUSA DA SILVA, maior, Mecânico Montador, residência Rua: Sacramento, 108, Feixos, João Monlevade-MG, filho(a) de HOARACI SOUSA DA SILVA e MARIA APARECIDA DE ALMEIDA; e BIANCA AINE CORREIA SANTANA, maior, vendedora, residência Rua: Sacramento, 108, Feixos, João Monlevade-MG, filho(a) de FABIANO COSTA SANTANA e SANDRA CORREIA SANTANA; 020085 - CALEBE LEANDRO FONSECA, maior, Motorista, residência Rua Luiz Prandini, nº 459, Apto 101, Nossa Senhora da Conceição, João Monlevade-MG, filho(a) de RINALDO RICARDO DA FONSECA e HELENA DA CONCEIÇÃO LEANDRO FONSECA; e GLEICEANE CAMPOS SANTOS, maior, Técnica de Analise Clínica, residência Rua Luiz Prandini, nº 459, Apto 101, Nossa Senhora da Conceição, João Monlevade-MG, filho(a) de JOSÉ DANTAS SANTOS e MARIA LÚCIA CAMPOS SANTOS; 020086 - PABLO HENRIQUE DE LIMA, maior, Microempreendedor Individual, residência Rua Geraldo Miranda, nº 253, Nossa Senhora da Conceição, João Monlevade-MG, filho(a) de GERALDO MARTINHO DE LIMA e MARIA AUXILIADORA BORGES LIMA; e RAFAELA DE SOUZA RAMOS, maior, Auxiliar de Laboratório, residência Rua Geraldo Miranda, nº 253, Nossa Senhora da Conceição, João Monlevade-MG, filho(a) de RONALDO DIAS RAMOS e ROSEMARY MENDES DE SOUZA RAMOS; 020087 - ALAN JOVIANO CONDÉ, maior, Expedidor de mercadoria, residência Rua Portolândia, nº 132, Cruzeiro Celeste, João Monlevade-MG, filho(a) de MANOEL JOVIANO CONDÉ e AGNES MARIA DOS REIS; e MARIANNE GABRIELA DA CRUZ SALOMÃO, maior, Fiscal de caixa, residência Rua Hidelbrando Santana, nº 420, Rosário, João Monlevade-MG, filho(a) de MIGUEL ROGÉRIO SALOMÃO e SARA MARIA DA CRUZ; 020088 - GUILHERME DE ANDRADE SOARES, maior, Moto Boy, residência Av. Polônia, nº 180, Teresópolis, João Monlevade-MG, filho(a) de CRISTIAN TOMAZ SOARES e POLLYANNA CARVALHO DE ANDRADE SOARES; e ALÉCIA SOUZA DO COUTO, maior, Vendedora, residência Rua Marquês de Valença, nº 298, Novo Cruzeiro, João Monlevade-MG, filho(a) de DOMINGOS SÁVIO DO COUTO e MARIA SOCORRO DE SOUZA RAMOS; 020089 - FILIPE ROBERT MIRANDA DOS SANTOS, maior, Mecânico, residência Rua Rio Grande do Norte, nº 233, Satélite, João Monlevade-MG, filho(a) de HILÁRIO ALVES DOS SANTOS e ELIZABETH FÁTIMA MIRANDA; e VANESSA CRISTINA SOARES, maior, Engenheiro Civil, residência Rua Rio Grande do Norte, nº 233, Satélite, João Monlevade-MG, filho(a) de GERALDO MAGELA SOARES e ROSENICE APARECIDA DE FREITAS SOARES; 020090 - BETI MARTINS DA SILVA, maior, Vigilante, residência Av. Armando Fajardo, nº 4709, Bairro Cruzeiro Celeste, João Monlevade-MG, filho(a) de SEBASTIÃO VICENTE DA SILVA e MINERVINA MARTINS DE OLIVEIRA; e TEREZINHA DE FATIMA DE OLIVEIRA, maior, Do lar, residência Av. Armando Fajardo, nº 4709, Bairro Cruzeiro Celeste, João Monlevade-MG, filho(a) de JOSÉ RAYMUNDO DE OLIVEIRA e MARINA JANUARIA DE OLIVEIRA; 020091 - RODRIGO EDUARDO VIEIRA, maior, Técnico de Segurança do Trabalho, residência Rua Santa Mônica, nº 19, José Elói, João Monlevade-MG, filho(a) de NAZÁRIO DE SOUZA VIEIRA e DALVA ALVES VIEIRA; e LÍVIA SILVA DO NASCIMENTO, maior, Esteticista, residência Rua Lavras, nº 07, Apto 302, Alvorada, João Monlevade-MG, filho(a) de ANTONIO MAGNO DO NASCIMENTO e MARLENE SILVA DO NASCIMENTO;
Os contraentes apresentaram os documentos exigidos pelo art.1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, que os impeçam de se casar, que o faça na forma da Lei: João Monlevade 10/12/2020 ROSA MARIA BEDETTI FRADE TAVARES Oficial do Registro Civil
qtos (sendo 1 suíte c/banheira de hidro e closet; e um qto c/ armário), banheiro social, sala de estar, sala de jantar, cozinha planejada, sala de TV, área de serviço c/lavanderia, dependência de empregada c/banheiro, espaço gourmet c/churrasqueira, jardim, 1 qto de despejo, piscina, garagem p/5 carros, varanda. 232,70m² privativos, 465m² de terreno, 5 vagas de garagem. Tr. 3851-3596 PJ857 _________________ CASA no bairro Paineiras, c/área de 307m² e lote 388m², sendo frente de 14m e fundos área verde c/42m². Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ CASA no bairro República, c/4 qtos (sendo 1 c/suíte e 2 c/armários planejados), cozinha grande, varanda, área de lavanderia no terraço, piscina e sauna. Dependência p/empregada c/banheiro, garagem p/3 carros. Tr. 986744388 _________________ CASA/GALPÃO no bairro Nossa Senhora da Conceição, área construída c/aprox. 327m², 2 lotes c/área total de 600m². Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ CHÁCARA no bairro Boa Vista, c/casa, 1200m². Tr. 98704-0531 _________________ CHÁCARAS (4) de 5 mil metros cada em São Gonçalo do Rio Abaixo, perto da Porteira Amarela. Valor a combinar. Aceita-se carro. Tr. 3851-0102/98962-0102 _________________ LOJA, sobreloja e quintal na av. Alberto Lima, 1977. Área total de 714m². Tr. 99918-5050 _________________ LOTE na rua Castanheiras, bairro Sion, c/360m². Tr. 98758-0195 _________________ LOTE na rua do Andrade, bairro José Elói, medindo 495m², c/13 m de frente, todo murado. Tr. 3851- 3596 PJ857 _________________ LOTE no bairro Cidade Nova, urbanizado, c/360m². Tr. 987580195 _________________ LOTE no bairro Cidade Nova, c/390m², na rua 38, quadra 19. R$100 mil. Tr. 98912-9665 _________________ LOTE no bairro Metalúrgico. Tr. c/Edna ou Daniel 3851-0102 _________________ LOTE no bairro Mangabeiras, c/360m². Tr. José Carlos 997475871 _________________ LOTE no loteamento Parques do Vale, ao lado da Lagoa Silvana, em Ipatinga, c/área total de 376m², em área residencial. C/escritura. R$120.000,00. Somente interessados. Tr. José Luiz (31) 99963-0778 _________________ LOTES no bairro Sion, c/área de 360m². Tr. 3851-5121 PJ3637 _________________ PONTO COMERCIAL na av. Alberto Lima, nº1977, loja, sub loja e quintal. Área 714m² . Tr. 99918-5050 _________________ PRÉDIO de 3 andares na av. Cândido Dias, bairro Loanda, nº1513 (possui 3 aluguéis). Tr. Edmilson 97501-8265 _________________ QUITINETE toda mobiliada no bairro Rosário, rua Angelina Ponce Martins, c/quarto, sala, cozinha, banheiro, c/52m². R$160 mil. Tr. 98721-8650 _________________ TERRENO c/7 hectares, casa colonial, ou chácaras. Na região de Abre Campo. Aceita-se troca no negócio. Tr. c/Edna ou Daniel 3851-0102 _________________ TERRENO em São Gonçalo do Rio Abaixo, c/2,5 hectares c/muita água de nascente. Tr. 975102426/99607-9699 _________________ TERRENO no bairro José Elói, c/190m². R$45 mil. Aceita-se moto ou carro de menor valor como parte do pagamento. Tr. 98721-8650
Alguns sobreviventes ficaram no Albergue de Monlevade "AS PESSOAS GRITANDO E A GENTE SEM PODER FAZER NADA" A Prefeitura de João Monlevade se disponibilizou a ajudar os sobreviventes da tragédia da Ponte Torta. Segundo a secretária de Trabalho Social, Ana Angélica Prandini de Assis, as pessoas que receberam alta do Hospital Margarida foram abrigadas no Albergue Municipal, que fica no bairro Sion. Segundo Ana Angélica, a Prefeitura ajudou a organizar o retorno das vítimas para suas cidades de origem. No mesmo dia do acidente, seis vítimas foram liberadas e passaram a noite no Albergue municipal. No sábado (5), uma missa foi realizada no local e alguns sobreviventes falaram ao Jornal A Notícia sobre o drama vivido. A cuidadora de idosos Solange Pereira da Silva, de 50 anos, escapou da tragédia ao pular do ônibus em movimento. Ela conta que desmaiou assim que caiu ao solo, mas escapou ilesa do acidente. Ela reside em São Paulo, tinha ido a Mata Grande (AL). “Tô
sentindo dores nas costas e na coluna, mas não é nada grave. Acho que é devido ao baque e ao nervosismo que a gente fica porque, até agora, é fechar o olho e eu tô vendo toda a cena. Todos os gritos, as pessoas gritando, pedindo socorro e a gente sem poder fazer nada", relembrou. Eliane Guerra também sobreviveu à tragédia e contou que pulou do ônibus assim que teve oportunidade. Ela disse ao A Notícia, na manhã de sábado (5), que ainda não tinha caído a ficha e que precisava agradecer. Ela relembrou o caso com emoção. "Agora que começou a cair a ficha de que realmente Deus me deu o livramento. De eu estar viva, conseguir pular e estar viva, mas é difícil a gente ver as pessoas que a gente gosta, conhecido, ir embora assim, né? Mas, fazer o quê? Temos mais é que rezar e pedir a Deus para que conforte todas as famílias", afirmou.
SEST SENAT Torna pública a abertura de processo seletivo para a contratação de Auxiliar Administrativo (vaga exclusiva para PCD – código 855/20) para atuar em João Monlevade/MG. Salário: R$1.527,38 mais benefícios. O processo seletivo terá as seguintes etapas: avaliação documental, avaliação de conhecimentos específicos (objetiva e discursiva) e entrevista. Inscrições e mais informações no link: https://www.sestsenat.org.br/trabalhe-conosco código nº 855/20
EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Sime – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Material Elétrico e Eletrônico de João Monlevade-MG, vem através deste convocar indústrias sócias que exerçam as seguintes atividades enquadradas no Grupo 19: Indústria de ferro (siderurgia), artefatos de ferro em metais em geral, serralheria, mecânica, proteção, tratamento e transformação de superfícies, máquinas, balanças, pesos e medidas, cutelaria, estamparia de metais, móveis de metais, artefatos de metais não ferrosos, geradores de vapor (caldeiras e acessórios), parafusos porcas, rebites e similares, trefilação e laminação de metais não ferrosos, aparelhos elétricos, eletrônicos e similares de radio transmissão, peças para automóveis e similares, reparação de veículos e acessórios, funilaria, forjaria, refrigeração, aquecimento e tratamento de ar, preparação de sucatas ferrosa e não ferrosa, artigo equipamentos odontológicos, médicos hospitalares, informática e rolhas metálicas, para assembléia geral extraordinária permanente a ser realizada no dia 18 de dezembro de 2020 às 08h00min em primeira convocação e às 08h30min em segunda convocação, em sua sede: Rua Cassino, nº.53, Centro Industrial, João Monlevade - MG, para tratar dos seguintes assuntos: 1. Apreciação da pauta de reivindicações encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico Eletrônico, Desenhos/Projetos e Informática de João Monlevade, Rio Piracicaba, Bela Vista de Minas e São Domingos do Prata-MG, de 26 de outubro de 2020; 2. Análise da definição de limite de atendimento ou não a cada uma de suas cláusulas; 3. Celebração de Convenção Coletiva de Trabalho 4. Autorização para celebração de negociações e acordo coletivos de trabalho 5. Participação em dissídio coletivo, como suscitados ou suscitantes. WENILSON FERNANDES CARNEIRO PRESIDENTE
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11 a 17 de dezembro de 2020
Reconstituição vai esclarecer mais detalhes e foi positiva, diz delegado A reconstituição do acidente com o ônibus da empresa Localima que caiu da Ponte Torta na última sexta-feira (4) foi realizada entre o fi m da manhã e início da tarde de quarta-feira (9). A Polícia Civil conduziu os trabalhos e o delegado Paulo Tavares os avaliou como positivos. Um ônibus de outra empresa foi usado para simular aquele envolvido no desastre, que matou 19 pessoas. Para Paulo Tavares, a reconstituição trouxe informações que vão ajudar na conclusão do inquérito. No entanto, segundo a perita Karina Martins, que acompanhou a reconstituição, outras análises
devem ser feitas para esclarecer as circunstâncias que levaram à queda do ônibus. O motorista Luiz Viana de Lima participou da reconstituição e ajudou com informações. Afastado da área dos jornalistas, ele se mostrou muito abalado e chorou muito ao reviver os momentos fi nais do acidente que matou 19 pessoas e deixou outros 29 feridos. Em conversa com a imprensa, a advogada Carolina Zerbini, que representa Luiz Lima, enfatizou que seu cliente é uma pessoa idônea, com mais de 20 anos de experiência na estrada e que cumpre todas as exigências legais para conduzir veículos com passageiros.
DEPOIMENTOS O trabalho total da reconstituição durou cerca de quatro horas. Segundo a Polícia Civil, até o momento, o inquérito policial conta com 14 oitivas formalizadas, incluindo vítimas ainda internadas e outras que tiveram alta, testemunhas, o motorista e uma representante da empresa de ônibus. A intenção é ouvir todos os sobreviventes e isso será feito assim que as demais vítimas tiverem condições de falar. A BR-381 ficou fechada durante a reconstituição e, devido à quantidade de veículos, o trânsito ficou lento no local.
Lorena Silvestre
RECONSTITUIÇÃO deve apresentar mais detalhes para ajudar nas investigações
Motorista se apresenta com advogada e diz que deixou local por medo O motorista Luiz Viana de Lima (foto), de 47 anos, que estava desaparecido desde a data do acidente, se apresentou de forma espontânea à Delegacia Regional de João Monlevade na segunda-feira (7) e disse que deixou o local porque estava com medo de ser agredido por populares. "Segundo ele, fugiu porque ficou com medo. Muitas pessoas que paravam no local, alguns outros motoristas, estavam procurando por ele, perguntando cadê o motorista. Então ele se sentiu acuado e resolveu fugir”, disse o delegado regional, Paulo Tavares, que coordena o inquérito. Luiz Viana prestou depoimento por três horas à Polícia
Civil e estava muito abalado, chorando o tempo todo. Ele não teve escoriações ao saltar do ônibus. O motorista chegou à sede da Polícia no carro da advogada monlevadense Carolina Zerbini e não falou com a imprensa nem na chegada, nem na saída. Segundo Paulo Tavares, que não deu muitos detalhes, o motorista ficou na região e só reapareceu para prestar depoimento. A advogada não tem ligações com as empresas responsáveis pelo ônibus e pela viagem. No depoimento, o motorista apontou falhas mecânicas no momento do acidente. Em coletiva após o depoimento, o delegado relatou que o con-
Reprodução
dutor disse que o coletivo teve um problema no freio e que o veículo passou por uma troca de correia durante a viagem, conforme disse uma passageira.
A advogada do motorista informou que ele colabora com a justiça e que ficará em João Monlevade até ser liberado. Não há nenhum pedido de prisão contra ele.
Horror: homem estupra mãe adotiva, irmã deficiente e foge para Alvinópolis IDOSA FALECEU DIAS DEPOIS EM SABARÁ Um crime que chocou a cidade de Sabará, na região Metropolitana de Belo Horizonte, também chama a atenção do Médio Piracicaba. Um homem de 37 anos, que estava escondido em Alvinópolis, foi preso na quarta-feira (9). Ele é suspeito de estuprar a mãe adotiva e a irmã, que tem síndrome de Down. Segundo a Polícia Civil, o homem passava uma temporada no bairro General Carneiro em Sabará com a idosa, de 74 anos, e com três irmãos, um deles esquizofrênico em alto grau e outra, de 35 anos, portadora da síndrome. No último dia 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças, aproveitando-se que uma de suas irmãs havia ido a Belo Horizonte, o trabalhador rural começou a passar a mão nas partes íntimas da irmã deficiente. A mãe adotiva o flagrou cometendo o ato e o repreendeu. Foi quando o homem levou a idosa para um quarto, onde estava o irmão esquizofrênico e, na sua frente, violentou a mulher. Além de estuprá-la, ele ainda mordeu o corpo da vítima em vários pontos, deixando-a bastante ferida. A mulher, que adotou o autor do crime quando ele tinha três anos, sentia várias dores no corpo, mas levou quatro dias para con-
tar o caso a uma das filhas. Antes saudável e cuidando dos dois filhos incapazes, a idosa passou a ter dificuldades fisiológicas, crises de ansiedade e desmaios, precisando ser internada algumas vezes. Ela faleceu no dia 22 de novembro. Mas além da dor no corpo, a mãe ainda sofria com as ameaças do filho adotivo, refugiado em Alvinópolis, que constantemente ligava para a família para intimidá-la, dizendo que sairia impune e que se vingaria caso fosse preso. A idosa sofria grandes abalos emocionais com os telefonemas, que pioraram seu estado de saúde. Apesar da causa de sua morte ser indeterminada, os policiais civis acreditam que a violência concorreu decisivamente para o óbito. Em depoimento, o autor negou ter cometido o crime, mas o teria confessado para suas irmãs. Ele está preso preventivamente por estupro de vulnerável e estupro qualificado por morte. Antes de ter cometido os abusos, o trabalhador rural era considerado um homem comum, casado e sem antecedentes criminais. Segundo apontado pela Polícia Civil, ele recebeu da mãe adotiva todos os cuidados e carinho durante a infância, e aparentemente não tinha problemas psicológicos ou envolvimento com drogas. (Com informações do Jornal O Tempo).
Crianças são molestadas por amigo da família no Pedreira Duas crianças foram molestadas na tarde de quarta-feira (9) no bairro Pedreira, em João Monlevade. De acordo com o Boletim de Ocorrências, as duas meninas, de 6 e 7 anos, relataram que estavam na porta da casa da avó, quando um homem, de 53 anos, as convidou para irem à casa de um rapaz. Quando chegaram ao local, elas perguntaram o que estavam fazendo, e o autor respondeu que não estavam fazendo nada. Em seguida, ele abaixou as calças das duas garotas e acariciou suas coxas. Ele ainda tentou abaixar as calcinhas das meninas, mas elas as seguraram com força e impediram o progresso das agressões. Neste instante, o dono da casa, de 27 anos, chegou ao local, e reparou num movimento incomum em uma baia do imóvel. Em seguida, o autor do crime, de 53 anos, saiu correndo, dizendo que
“estavam pegando mangas”. Logo a seguir, ele ouviu vozes de crianças perguntando por quem estava no local. O rapaz conta que encontrou as meninas e reparou que o botão da calça da garota mais velha estava aberto. Ele então contou o que havia acontecido à avó das meninas, que repassaram o caso às mães das vítimas. A Polícia Militar foi acionada, e a avó das crianças indicou que o suspeito costuma frequentar a casa dela, repassando a história que as garotas haviam contado. As mães das vítimas reproduziram o mesmo relato. Questionado sobre o fato, o suspeito alegou que somente chamou as crianças para apanhar mangas no terreno do rapaz. Ele foi levado à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos e pode responder por estupro de vulnerável e violação de domicílio.
Homem assassinado à luz do dia na Isaac Cassimiro
Grave acidente mata casal em Bela Vista de Minas Um grave acidente marcou a manhã desta quinta-feira (10) na BR381. Segundo informações, um Fiat Uno, que teria placas de Nova Era, rodou na pista nas proximidades do posto Gira-Sol, em Bela Vista de Minas, e bateu de frente contra um caminhão. Um casal morreu, e
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pelo menos outra pessoa está gravemente ferida. Equipes do Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) e do Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave) estiveram no local para atender às vítimas. O trânsito foi desviado para o pátio do estabelecimento.
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CRIME ocorreu à luz do dia no bairro Loanda
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Um homem foi assassinado na manhã de quarta-feira (9) na avenida Isaac Cassimiro Gomes, no bairro Loanda, em João Monlevade. Por volta das 9h45, testemunhas contam ter ouvido disparos de arma de fogo, e logo depois viram o cadáver de José Geraldo de Souza, 38, deitado para cima, com o rosto completamente ensanguentado e com um facão ao seu lado. O autor do crime, segundo testemunhas, fugiu em um Chevrolet Corsa prateado. O local foi preservado para os trabalhos da Perícia Técnica da Polícia Civil. Depois, o corpo foi encaminhado ao Posto Médico Legal (PML) para autópsia. Os policiais iniciaram a investigação já nos primeiros instantes após o crime, procuran-
do por imagens de câmeras de segurança no entorno, mas estas estavam desligadas. No entanto, em conversa com alguns populares, as equipes policiais foram informadas de que a vítima do crime estava separada de sua esposa, que já havia requerido uma medida protetiva contra alegadas perseguições. Uma equipe policial compareceu à casa de um suspeito do crime, mas ele não estava no local. Um irmão disse que esse apontado autor era constantemente intimidado por José Geraldo, tanto que já teria comprado uma arma para se defender. A polícia concentra esforços para encontrar o responsável pelo crime e elucidar as circunstâncias que levaram a tal. 10/12/2020 20:17:45
11 a 17 de dezembro de 2020
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“Estamos exaustos fisicamente, mentalmente e também em clamar por mudanças e melhorias e não sermos ouvidos” SETOR DE ENFERMAGEM DA PREFEITURA PEDE SOCORRO E FALA DO DRAMA VIVIDO DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA O setor de enfermagem da Prefeitura de Monlevade pede socorro. Desde o início da pandemia, os profissionais vivem o drama de trabalhar exaustivamente e, segundo eles, sem o apoio do atual governo. Seja na Vigilância em Saúde (Visa) ou no Centro de Referência da Covid, no andar superior da Secretaria de Saúde, a situação está cada vez pior. Clamando por equipamentos de proteção individual, eles foram criticados pela prefeita Simone Carvalho (PTB) e seu marido Carlos Moreira em programa de rádio no início de março. Agora, eles relatam o drama vivido desde então e agravado, recentemente, com o aumento do número de casos. “A sensação que tenho é que o sistema vai colapsar porque nós, enfermeiros, que fazemos essa roda girar, estamos exaustos física e mentalmente e exauridos também em clamar por mudanças e melhorias e não sermos ouvidos”, conta a enfermeira Isabela Damasceno. Segundo ela, a realidade precisa ser escancarada para a próxima gestão ter conhecimento do que está acontecendo. “Eles precisam assumir sabendo que o Centro do Covid, nesse desenho que está funcionando, está insustentável. Só não enxerga quem não quer ver. Neste momento, o que nos resta é a esperança de que a nova gestão nos ouça e nos ofereça melhores condições de trabalho e reconhecimento”, relata. Também enfermeira, Isabela Almeida conta o drama vivido. “Dou plantão no Centro de Referência desde o início da
sua implantação. Cada dia que passa a situação está pior, em relação ao aumento do número de atendimentos. Os profissionais de enfermagem estão sobrecarregados e desmotivados. Cada plantão é um desgaste físico e mental imensurável. Trabalhamos sem realizar horário de almoço e, em alguns plantões, excedemos do horário de encerramento”, relata. Outro problema grave é que, nos dois locais onde os enfermeiros atendem no Centro de Referência, não há nem pia para lavar as mãos. Isabela Almeida alerta que já tem nove meses que o Centro de Referência foi implantado e, até o momento, não contrataram nenhum profissional de enfermagem. “Somos remanejados da nossa unidade de trabalho para cobrir o Centro de Referência”, conta. Segundo ela, apesar das reclamações e reivindicações de mais profissionais e por melhorias salariais, nada é feito pela gestão. “Não conseguimos receber 20% a mais de insalubridade, o mínimo que poderia ser ofertado, diante do sacrifício imposto pela pandemia”, conta. Mirellié Marcenes, também enfermeira, alerta para o descumprimento à legislação. Isso porque, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) preconiza que as unidades de saúde que possuem apenas um responsável técnico não podem ficar sem esse profissional. Porém, isso tem acontecido com frequência, já que os profissionais são deslocados de seus postos de trabalho para realizar os atendimentos no
Centro de Referência. Os profissionais se queixam ainda que, apesar de verbas para enfrentamento à Covid, não houve melhorias também na infraestrutura nas Unidades Básicas de Saúde (UBS's). “Também não houve melhorias nas condições de trabalho, como melhores pagamentos nos plantões de fim de semana, o que aconteceu em outros municípios”, alega a enfermeira Renata Moura.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE Enfermeira atuando na Vigilância em Saúde, Viviane Ambrósio conta como tem sido o dia a dia em seu local de serviço: “a Visa trabalha intensamente contra o coronavírus desde o dia 28 de fevereiro, quando surgiu o primeiro caso suspeito de Covid em João Monlevade. Foi o único setor administrativo da Prefeitura que nunca teve redução da carga horária de trabalho, muito pelo contrário”. Viviane relata que, desde o primeiro caso positivo, é realizado boletim diário, confeccionado pelas enfermeiras. Além disso, elas são responsáveis pelo monitoramento dos pacientes, atualização e orientações, tanto à população quanto aos profissionais de saúde, da rede pública e privada. Elas também fazem o cadastro e entrega de resultados dos exames de PCR colhidos no Centro de Referência da Covid, além de receberem e conferirem as notificações enviadas da rede pública e privada. “E ainda atuamos em todas as outras doenças que en-
volvem a Vigilância Epidemiológica e a vacinação”, conta. Viviane relata ainda o problema do espaço físico reduzido e a falta de computadores na sede da Visa, que fica em uma casa velha na avenida Getúlio Vargas, próxima da conhecida Praça da Monza. “Não temos espaço físico adequado, uma vez que é necessário a ajuda dos dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, que nos auxiliam na Visa na escala de revezamento e no monitoramento dos pacientes suspeitos e positivos da doença”, conta. Viviane diz ainda que no local não há computadores necessários para atender a Vigilância Epidemiológica e Sanitária, além de não ter internet de qualidade e nem apoio da administração atual. A enfermeira Patrícia Souza lamenta o que ela chama de completo descaso da atual administração com o cenário vivido, tanto no trato com os profissionais quanto com os pacientes. Ela alerta que, se permanecer do jeito que está, pacientes terão exames coletados, mas as amostras serão perdidas por falta de profissionais para fazem o cadastro obrigatório dos mesmos antes do material ser levado à Funed em Belo Horizonte. “A Vigilância não tem como assumir isso sozinha. Só na quarta-feira foram 92 exames positivos. Nós já repassamos o problema para a coordenação da Vigilância e para a Secretaria de Saúde, mas nada é feito. Estamos deixando outros serviços de lado. Dessa forma não dá”, reclama.
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divulgado em 29 de julho, porém, até o momento, não ocorreu a contratação dos profissionais aprovados. Elas relatam a sobrecarga de trabalho nos últimos dias devido ao aumento de casos e contam que os profissionais de Enfermagem vêm acumulando atribuições, uma vez que os mesmos continuam desempenhando as suas funções nas Unidades Básicas de Saúde/ Estratégia de Saúde da Família, se deslocando de seus postos de trabalho para realizar os atendimentos no Centro de Referência. Além disso, não houve, por parte da administração, nenhuma medida de incentivo financeiro, seja por bônus ou gratificação e nem aumento do percentual do adicional de insalubridade de 20% para 40%
do valor do salário mínimo. A equipe de enfermagem propôs: contratar pelo menos dois enfermeiros e técnico de enfermagem em caráter de urgência, para dividir a sobrecarga do serviço; disponibilizar mais um funcionário administrativo para auxiliar no preenchimento das notificações; gratificar mensalmente os profissionais da linha de frente no combate ao coronavírus, além de outros direitos. Eles pediram retorno até ontem (10), o que não tinha acontecido até o fechamento desta edição. O A Notícia também questionou a Prefeitura sobre quais atitudes seriam tomadas diante das reclamações do setor de enfermagem, mas não obteve resposta.
OFÍCIO No dia 2 de dezembro, a coordenadora de Enfermagem Joana D’Arc Palheiros e a coordenadora da Atenção Primária, Luana Caixeta, enviaram um ofício à secretária municipal de Saúde, Elisângela Almeida. No ofício, elas relatam que as profissionais de enfermagem aceitaram e se dispuseram a realizar plantões provisoriamente até que fosse concluído o processo seletivo que visava a contratação de cinco enfermeiros para atuarem no Centro de Referência. O resultado final do processo foi
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