Zine Antígona

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Zine Antígona espaço de expressão da comunidade escolar do Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza mês de julho 2021


O período da

pandemia do coronavírus

editorial marca a escola desde o ano de

2020. Alunos(as) e professores(as) sentem falta da convivência social, dos papos no corredor, da hora do lanche, das trocas de ideias, dos abraços e das risadas. Isto porque a escola foi e sempre será o espaço de convivências e afetos.

Você, leitor, está sendo convidado a mergulhar na leitura do

Fanzine

Antígona, assim como participar das próximas edições. Esta edição é marcada pelo assunto: como me vejo em tempos de pandemia? e conta com a participação dos estudantes do Ensino Médio do turno da manhã, assim como de professores e entrevista da psicopedagoga Izabel Ludwig. Na próxima edição, aguardamos o seu texto. É um projeto simples, despretensioso, mas com a intenção de aproximar a escola da comunidade.

Boa leitura! orientação: profa Ana Cardoso


Com a palavra: a Diretora Roseli Bergozza A partir do ano de 2020, as certezas foram questionadas sobretudo as relacionadas aos fazeres pedagógicos e ao processo de ensino e aprendizagem. O novo cotidiano imposto pela pandemia nos faz constantemente questionar o papel da escola e a importância das relações, na adoção de modelos híbridos de aprendizagem. Os desafios foram impostos para professores e estudantes: a casa virou sala de aula, o acesso a dispositivos digitais e internet não é possível para todos; contudo, apesar de distantes, não estamos ausentes. Trabalhar com estes atravessamentos, no atual contexto, tem causado um certo desconforto e um tensionamento nas relações. Os professores precisaram repensar suas práticas e materiais para adaptá-las frente ao novo ordenamento. A sensação de que o processo de ensino-aprendizagem não se consolida com o distanciamento social, a adoção de protocolos sanitários e a impossibilidade de compartilhar espaços coletivos trazem uma sensação de tristeza e vazio, relatadas por muitos estudantes e professores. .


Além de espaço para a construção do conhecimento, a escola é um eixo socializador e humanizador, local de desenvolvimento afetivo que pressupõe o olhar, o afeto, o carinho e a proximidade. A construção e o reconhecimento da capacidade de vivenciarmos este “novo normal” é imprescindível para que sejamos capazes de lidar com sentimentos e emoções, como o medo, a insegurança e a ansiedade.

Como Diretora do Cristóvão, parabenizo a iniciativa da professora Ana na criação do Zine Antígona e a participação dos professores, estudantes e demais envolvidos, pois permite, através da escrita, um espaço de trocas de sentimentos e emoções potencializadas. Finalizo com os versos de Fernando Pessoa para acalentar a esperança em dias melhores. Roseli Maria Bergozza - Licenciada em História e Pedagogia, Pós-graduada em Coordenação Pedagógica - UFRGS e Mestre em Educação - UCS. "Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida. E outra vida que é pensada, E a única vida que temos. É essa que é dividida entre a verdadeira e a errada. Qual porém é verdadeira e qual errada, ninguém nos saberá explicar; E vivemos de maneira que a vida que a gente tem é a que tem que pensar". Fernando Pessoa

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Sessão leituras: "Antígona" de Sófocles O luto é um momento importante para começar a superar a morte de uma pessoa querida, um familiar, um amigo ou amiga. A morte não é esperada e, quando vem, arrebata a todos ao seu redor e causa ainda mais sofrimento quando se trata da morte de jovens. Infelizmente, isto vem ocorrendo com frequência durante a pandemia de covid-19. Assim como na obra de Sófocles, "Antígona", a personagem de mesmo nome, enfrenta a Lei para conseguir honrar seu irmão com os rituais fúnebres necessários ao sepultamento e à morte. As cerimônias fúnebres são um momento de despedida e poderá, de determinada forma, trazer uma certa paz para os sentimentos de quem fica. É também um ritual para que a pessoa querida consiga enfim alcançar a luz. É um momento para sentir que, por mais que doa a perda, com a superação, as lembranças serão de momentos bons . Vitória Borges (1302)


Sessão leituras: "O impacto da pandemia de COVID-19 na vida dos estudantes" de Daiane Castilhos Bentaqui (1302) Um fato já enraizado na cultura brasileira é o de que a mulher sempre tem que fazer as tarefas do lar, cuidar da família, do marido, entre outras coisas. Em tempos de pandemia do covid-19, isto só piorou, pois os adultos saem para trabalhar e garantir o sustento da casa, enquanto que as jovens ficam em casa para estudar. Obviamente, não é só isso que elas vão fazer. Elas limpam, cozinham, cuidam dos irmãos. Além disso, na maioria das famílias de baixa renda, existe apenas um ou dois celulares na casa, para mais de uma pessoa estudar e dividir o aparelho. Às vezes o sinal de internet é péssimo, o que faz a situação ficar ainda mais precária. Outro ponto a ressaltar é que em muitas situações o salário dos pais não é o suficiente para sustentar a casa, e as adolescentes têm que dar um jeito de conseguir ajudar a complementar a renda, trabalhando fora, fazendo bicos. Com todas estas tarefas e um tempo extremamente reduzido, sobrecarregadas, os estudos acabam se tornando a última coisa que elas pensam em fazer.


Sessão: licença poética

O bem e o mal são verdades universais ou apenas ponto de vista? O bem e o mal foram associados a dois opostos, originalmente luz e trevas. E foi nos ensinado que, tudo que vem das trevas é ruim, e tudo que vem da luz é bom e devemos seguir. Afinal, isso é uma verdade absoluta ou apenas uma perspectiva? As trevas não é algo ruim ou maligno, apenas a ausência de luz como o dia e a noite. A noite, para muitos, é linda, para alguns, é temida, e para outros, momento de descanso e repouso. O dia para muitos, apreciado, para outros, odiado; para muitos, um momento de produtividade. Tudo é relativo: apenas escolhemos de que ângulo olhamos as situações da vida. Maria Luiza Bassi Paim (1302)


Sinto um vazio em meu peito desolar; Sinto um frio, Uma ânsia, por meu corpo se espalhar. Estou carente; Carente de toque; de sol; de agitação; de esperança; de motivação. Eu não nasci assim; Criança do distanciamento; Sempre corri, sempre abracei, Rodeada, livre, Sempre vivi pelo momento. Sinto um vazio, um frio de tremer os ossos. Estou carente, Carente de futuro, De sangue; Carente de envolvimento. "Carência" de Sabrina Cavalheiro (1302)


DIÁrios de uma PROFESSORA Os primeiros minutos da manhã eram inspiradores, principalmente quando o despertador não invadia os seus sonhos. Ainda assim, levantava cedo para atender aos pedidos das gatas famintas - as exigentes. Nestes tempos de pandemia e isolamento social, a escola que ela trabalha fechou e os contatos interpessoais com alunos, ou até mesmo com os colegas professores, se tornaram raros; o medo do imprevisto, do vírus, do futuro assombra a todos como um fantasma. Ela ainda insistia em enviar recados afetivos aos estudantes - pelo classroom - na tentativa de chegar até onde estivessem, como se, esticando o braço, em longo movimento, pudesse tocá-los do outro lado da tela. Tinha essas sentimentalidades em razão do Netuno em conjunção com o Sol - era o que lhe dissera uma astróloga certa vez. Apesar disso, a mídia e o governo insistiam em dizer que os profissionais da educação não trabalham, apesar de a sala de aula ter invadido a sua vida privada, das tensões em casa, com as tarefas domésticas, relações em crise, notícias catastróficas, insônias e frustradas relações no ensino remoto. O fatídico ano de 2020 foi exaustivo, porque, além de preparar as aulas, participar de lives, era preciso preencher planilhas mensais com porcentagens de alunos ativos e dos que haviam abandonado aquela maneira de estudar. Era a burocracia escolar deixando os dias ainda mais áridos. Outro aprendizado destes tempos é que, ainda que os jovens fossem hipnotizados pelas telas, surpreendentemente, se negaram a estudar pelo ensino remoto através de celular, tablet, notebook; não sentem vontade, inspiração: se desesperam, querem o "tempo" anterior, a convivência sem máscaras e, de preferência, com abraços e risadas. O final do ano foi ainda mais trágico, pois era o momento de busca de alunos em toda parte. Agora, pelos escassos relatos que tínhamos acesso, eles trabalham, namoram, tiveram filhos, adoeceram; poucos se interessaram pelos estudos sem a interação com os seus pares e/ou com os professores. A pandemia nos trouxe mais um aprendizado: só se aprende em um ambiente carregado de afetos...

prof. Ana Maria Cardoso


Ciclos de vida

DIÁrios de uma PROFESSORA

Era uma segunda-feira, 03 de Julho de 2017. Um dia ensolarado e bastante frio. Nesse dia, iniciava um ciclo muito importante na vida da Ana Clara, educadora, professora de Língua Portuguesa e Literatura há anos, mas nova em Caxias, nova no Cristóvão. Era um momento de muitas expectativas, ansiedade e desafios que ela teria pela frente. Desde então, os dias foram passando, e a rotina na escola com as turmas de ensino médio sendo, em muitos momentos, desafiadora. Porém, como em todos os dias temos desafios a vencer, metas a cumprir, transformações em nós e com a vida do outro, assim aconteceu durante alguns anos na vida da professora Ana. Muitas pessoas - estudantes de diversas culturas, com conhecimentos diferentes, seres muito ricos de diversos conhecimentos e taletos, colegas - passaram pela sua vida e, consequentemente, ela pela vida delas. Essas pessoas transformaram a vida da professora Ana, fizeram dela uma profissional muito mais qualificada, pois eles deram seu sim aos seus pensamentos e projetos; outros, algumas vezes negados, mas todo o movimento ensina, e ela aprendeu muito. Ao longo desse tempo, veio a pandemia e a professora teve que ficar em casa, longe fisicamente dos seus queridos estudantes. Assim foi o ano de 2020, com o distanciamento, projetos e interações ficaram de lado, o que causou grande angústia e tristeza em não poder estar naquele espaço tão caloroso que é a escola. Quando digo a escola: estudantes, professores, funcionários, corredores, falas, sorrisos, choros, desabafos, conhecimentos, aprendizagens e todas as interações possíveis, que só a escola pode proporcionar à vida das pessoas.


Ao longo deste ano, a professora assumiu um concurso na rede municipal, que era de grande vontade dela atuar nessa rede de educação. Ela estava muito feliz, continua, aliás. Então ela trabalhava em duas redes de ensino, municipal e estadual. Mas, neste ano, 2021, ela recebeu uma proposta para trabalhar integralmente na rede municipal, e aceitou. Mas não pensem que foi fácil se desapegar dos seus queridos, amados e estimados estudantes, pois ela sentia grande carinho e admiração por muitos que pode conhecer e conviver nesse ano e em todos os outros enquanto deu as suas aulas de Língua Portuguesa e Literatura, enquanto era sujeito e agente de e em muitas histórias de vida. Agora, a professora atua somente com estudantes do ensino fundamental, mas ela está feliz, pois pensa e reflete muito sobre a sua vida: suas experiências, aprendizagens, evoluções, transformações, relações, ciclos, entre outras tantas coisas que fazem parte da nossa existência. Em relação aos ciclos, esses têm início e fim, ou pelo menos um período de relaxamento, mas agora chegou ao final o ciclo da professora no Cristóvão, escola tão grande, em todos os sentidos, e que acolheu tão bem a profe. Assim, também numa segunda-feira, ensolarada e fria ela deixa o CM, que ficará para sempre no seu coração. Ela é muito grata a todos que escreveram a história da vida, nesse local junto dela. Então, este é um momento muito especial, em que ela teve a oportunidade, ao convite da professora, também chamada Ana, colega de área, pessoa querida demais, de escrever esse texto como forma de uma breve despedida, porque, afinal, é só um ciclo que acaba, mas outros, com os mesmos personagens, pode acontecer. Pessoal, deixo aqui um até breve e digo que todos os momentos valeram muito a pena, aprendi demais e certamente levarei à frente tudo o que construímos juntos. Levarei todos sempre no meu coração! Abraços e até breve!! Professora Ana Clara Garcia


Um copo d’água, por favor.

DIÁrios de um PROFESSOR

A pandemia literalmente virou o mundo de cabeça para baixo. Os dias foram invadidos por algo totalmente novo e com alto grau de desconforto e medo. Foram tantos medos - medo de morrer e de não ter posto sonhos em prática - foi o pior deles. Por um período, a máscara foi agradável, pois era uma maneira de ocultar as faces involuntariamente inquietas. A pandemia não apenas mexeu com o coletivo, mas nos coloca em confronto com o próprio ser: sacode o eu interno, mexe com o que se estava acostumado, pois, até então viver era planejar, pôr os planos em prática e colher os frutos. Ora, isso agora já não faz mais sentido. Não se tem domínio do amanhã e esse foi o maior aprendizado nesta sociedade positivista. O isolamento nos afastou dos grupos, mas nos aproximou da própria essência; apresentou fantasmas que antes estavam escondidos em um corpo que só seguia e sequer sabia que era possível parar; já tínhamos esquecido quem nós éramos. Apenas obedecíamos ao toque para a marcha barulhenta dos dias. Contudo, com o ensino remoto precisamos aprender coisas novas, usar ferramentas digitais, que nos foram impostas, isto é, foi preciso seguir e se reinventar, mesmo a contragosto. O(a) professor(a) ficou exposto, os medos surgiram, os sentimentos de inferioridade, antes ocultos, vieram à tona. Através das salas meeting, das câmeras e demais produções audiovisuais se expôs o conhecimento e, às vezes, se perdeu o controle. Este foi o maior dos desconfortos: o de nos vermos controlados, vigiados e filmados. A garganta seca a cada aula - na tela - os batimentos cardíacos aceleram. Afinal, nos deparamos com a própria imagem e, ao olhar o próprio rosto, é necessário olhar para si mesmo. Aliás, no que acreditamos? O que se quer com o aprendizado na escola? Este contato faz os indivíduos se tornarem pessoas melhores? O cansaço, a tensão e a ansiedade se fizeram presentes e, de repente, percebemos que éramos felizes e não sabíamos... Professor Marcus Vargas


DIÁrios de uma PROFESSORA

Resiliência, paciência e empatia são essenciais para enfrentar essa fase difícil imposta pela pandemia, no entanto, tais sentimentos nobres não permanecem ao longo dos dias pelas dificuldades que surgem ao longo da quarentena. Para não pirar e manter a saúde mental em dia, eu foquei no trabalho. Nesses tempos difíceis, aproveitei para me reinventar e criar. E por falar em criação, criei um canal no Youtube - Canal Química com Cássia. No Canal, os estudantes, em geral, encontrarão conteúdos de Química, dicas para o Enem e Vestibulares em Química e outras Áreas do Conhecimento, bate-papo com profissionais de diferentes profissões para orientar os estudantes que estão indecisos quanto à escolha de um curso na faculdade. Há dicas também de como está o Mercado de Trabalho e sempre alertando para cuidarem da sua Saúde Mental com técnicas de relaxamento e meditação. Está sendo muito divertido e prazeroso desbravar esse universo digital e relacionà-lo à educação! . "Relatos de um tempo de Pandemia" - Profª Cássia Regina Bossard


"Poderoso pra mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas) Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado e chorei." Manoel de Barros Era uma vez um menino que morava na cidade com a sua família. Vivia como qualquer menino que frequentava a escola; ele tinha 16 anos, alto, branco, magro, estudioso e era uma pessoa boa e gentil. O seu verdadeiro desafio era a sua família, já que gostava de ajudar as pessoas. Independentemente das circunstâncias, ele sempre fazia o melhor. Contudo, a sua família o considerava um imbecil só porque ele queria ajudar e tinha gente que se aproveitava de sua bondade. Ele não ligava como o chamavam ou se tiravam proveito dele; ele era feliz do jeito que era.

Valeria Lunar (1302)


tempos de escola memórias

Em um ano de escola do ensino fundamental, eu e meu amigo fazíamos a prova de matemática em dupla. Íamos muito bem, revezando as questões até que, em um certo momento, enquanto ele estava resolvendo uma questão, soprei uma folha de caderno e fez um barulho estranho. Foi inesperado. Começamos a rir, sem conseguir parar; a professora - claro - brigou com a gente. Disse que, se nós não parássemos de rir, ela iria zerar a prova. Pior que nós não conseguimos parar. Só cobrimos a boca com as mãos e continuamos rindo durante uns 10 minutos. Conseguimos terminar a prova e... gabaritamos... Pedro Henrique de Castro (1201)


Luís, o antissocial Em uma cidade muito mais ruralista do que urbana, vivia um jovem de apenas 14 anos que se chamava Luís. Era conhecido como Luisinho, maneira carinhosa que os seus avós o chamavam. O menino perdeu os pais muito cedo e os seus avós sempre trabalharam muito para sustentar a casa. Então ele sempre viveu só. Isso nunca o abalou. Ele sempre viveu feliz, mas por conta de não ter a presença da família, Luisinho sempre foi antissocial. Ele contava com a amizade de seu vizinho Ricky, da mesma idade, que era mais alto e forte do que ele. Nos últimos tempos, o amigo passou a sair com outras pessoas e Luisinho ficava ainda mais tempo sozinho. Na escola, ele tinha notas altas, mas era péssimo em esportes. Havia uma menina que chamava a atenção do rapaz: Beatriz era uma das meninas mais bonitas da escola e, quando ele olhava para ela, sentia uma pressão no peito e um forte nervosismo. A professora programou uma atividade em grupo naquele dia. Luís sentou sozinho, de cabeça baixa, e, quando olhou para o lado, deparou-se com Beatriz que também estava sem grupo; quase sem querer, se movimentou até ela, mas com um grande temor perguntou se podia sentar ao seu lado. Ele ficou nervoso e começou a sentir taquicardia e teve um mal súbito. Os colegas viram, Ricky veio ao seu encontro para ver o que estava acontecendo e o conduziram ao atendimento. Levaram Luís para enfermaria, deram-lhe remédio e ele adormeceu. Ao acordar, deparou-se com Beatriz e a cena quase lhe fez desmaiar novamente. Beatriz agradeceu por ele ter ido ao encontro dela, pois não sabia com quem faria o trabalho. Luis transbordou de felicidade com as palavras dela. Voltaram para a sala e os colegas o receberam de um jeito esquisito, menos Beatriz. Neste dia, os dois sentaram-se juntos e conversaram durante um longo tempo como se há anos se conhecessem... e estivessem juntos. Andersen Gonsalves Escobar (1302)


Diante da pandemia e do ensino remoto, é necessário que as camadas sociais menos favorecidas tenham no mínimo acesso gratuito à internet, porque isso ajuda a combater o número de pessoas que abandonam os estudos. A nossa cultura precisa “abrir os olhos”, mudar de pensamento. Diante disso: onde está a empatia pelas pessoas? Um fator que faz prevalecer o abandono dos estudos pelas jovens mulheres é o machismo, que está presente no meio familiar. Além dos prejuízos individuais e sociais, as mulheres acabam sendo violentadas, abusadas, assediadas, menosprezadas; ainda são vistas com desprezo e com sentimento de posse. A sociedade precisa evoluir, abandonar o machismo. A visão de que é só a mulher que deve cuidar da casa e das crianças é completamente errônea, ainda mais na adolescência que é um importante momento rumo ao mercado de trabalho. A maioria das jovens têm o sonho de voltar a estudar, de se formar, de conquistar o seu diploma e, principalmente, ajudar a sua família. Diante dessa situação, nós devemos continuar lutando, sem desistir. É preciso conquistar os seus sonhos. É preciso acreditar que dias melhores virão e, no futuro, poderemos afirmar “eu realizei meu sonho”. Sessão Leituras "A pandemia impacta na vida dos jovens" Júlia Maeski (1302)


Desafios dos estudantes: como me vejo em tempos de pandemia? Em quase dois anos de pandemia, podemos dizer que muita coisa mudou; mudou nosso jeito de pensar sobre a vida, chegou até a confundir algumas pessoas, outras tiraram esse tempo pra se reencontrar naquilo que mais gostam. Na educação não podia ser de outro jeito: uns entendem a matéria, mas outros não sabem nem como começar a estudar. Não julgo esses dois tipos de estudantes, porque sou o meio termo. Por exemplo, há matérias que só agora (depois de meses) entendi, com o tempo a realizar as atividades. Outros conteúdos não entram na minha cabeça de jeito nenhum; a saída é procurar na internet as respostas de trabalhos, porque eu não sei. Não culpo os estudantes que não estão aprendendo e também acho um erro que eles sejam julgados por não conseguirem aprender no ensino remoto. Isto porque não sabemos o que se passa na casa de cada estudante. Eu mesma me senti muitas vezes tão perdida em relação aos estudos que eu ficava estressada. Está sendo difícil para todos nós - para os professores também é desafiador, mas acredito que para quem passa as atividades não é tanto! Talvez porque faz parte do cotidiano do professor explicar aquela matéria e preparar as atividades, mas os alunos não estão preparados. De certo modo, todos estão aprendendo a se virar como podem; muitos jovens trabalham para ajudar em casa. Sei que a cada dia parece ser mais difícil, mas temos que acreditar que vamos superar isso e… talvez, sem perceber, algum dia vamos frequentar novamente a escola como era antes do coronavírus. É preciso tentar dar o nosso máximo sempre - seja para estudar, trabalhar, conviver ou qualquer outra coisa. É preciso procurar recursos para aprender, afinal, aprender só faz bem. Como disse Fernando Pessoa: "Sê inteiro em tudo o que fazes". Eduarda Ribeiro (1202)


Como me vejo em tempos de pandemia? Me vejo parada, pois não se pode sair e aglomerar. Às vezes me sinto culpada só por ir no mercado comprar algo, por medo de trazer covid para os meus pais ou até mesmo me contaminar. Não me sinto livre pra respirar, sinto medo de sair. Me sinto triste por não poder abraçar um amigo; Nestes tempos, ficar nas redes sociais virou um hábito, mas isso incomoda um pouco. As pessoas só falam de covid; já virou uma rotina, assim como " fulano morreu". Alexandra Athaydes (1203) _________

Com o isolamento me sinto menos produtiva. Não posso encontrar os meus amigos, não posso sair para desfrutar de um momento de lazer: parques, cinemas ou até mesmo os shoppings. Com isso, fico somente na mesmice das tarefas de casa e da escola. Meu lazer se resume em ficar com meus cachorros ou nas redes sociais. Eu desligo a TV, pois só se fala sobre pandemia, coronavírus e mortes. E o governo? Nos abandonou. Meus sentimentos? Às vezes estou feliz; às vezes triste. Às vezes braba; às vezes calma. Tô quase bipolar! Porém, de uma coisa tenho certeza - quero que tudo isso desapareça! Naiara Marques Andrade (1201)


Ficar em casa de vez em quando é muito bom, mas quando é pra ficar muito tempo, como agora, e principalmente, por um motivo horrível, como o covid–19, é muito angustiante. Nestes dias me sinto um pouco ansioso para saber quando poderemos voltar ao normal; sei que não vai ser logo; mas quando estivemos um pouco mais perto do normal de ontem, acho que já vai ser bem melhor que hoje. Eduardo Maas (1201)

Greice Alves (1202)


Estou em casa, me cuido para que eu não me contamine, nem a minha família. Estou fazendo as atividades e tarefas cotidianas, mas com medidas seguras para me cuidar do vírus. No começo foi difícil me adaptar a tudo isso; tive que me esforçar bastante, principalmente, no aspecto mental.Tive medo de me contaminar ou que a minha família pegasse covid, mas isto não aconteceu: ainda bem! Apesar disto, estou aprendendo bastante como: apreciar o tempo com a família, me dedicar a aprender coisas novas e dar mais valor às pessoas que estão ao meu redor.

A pandemia chegou e mudou a vida coletiva, Não podemos sair com os amigos, comer fora, festejar. Casamentos, festas de aniversário, formaturas... tudo cancelado. Agora vivemos em um novo normal, mas confesso que nem todos nós estávamos prontos para isso. Me vejo nesse novo mundo tão perdida, não sei até quando será assim. Só espero que acabe logo. Queria poder sair, respirar ar puro e limpar a alma. Queria passear, sair com amigos, minha formatura e meu aniversário. Faz tanto tempo que já nem sei mais o que é ter um aniversário. Só desejo força e sabedoria para atravessar essa fase. É preciso de fé - a vacina já está aí!

Como me vejo em tempos de pandemia?

Letícia Lisboa (1203)

Andrei Morais (1203)


Para falar a verdade, minha rotina não mudou muito com a pandemia, pois sempre gostei de ficar em casa fazendo algo que eu goste do que ir passear. Contudo, é claro que minha vida mudou bastante, conheci muitas pessoas virtualmente e consegui melhorar em certos aspectos. Mesmo eu estando bem, ainda quero que esta pandemia acabe logo, mais pelas outras pessoas do que por mim mesmo. Sei que tem gente que está passando por uma época ruim e espero que, com o fim da pandemia, consigam resolver os seus problemas. Erick Hofmam da Silva (1203)

No começo sentia - muito. Tudo me afetava E a ansiedade surgiu. Depois não sentia - nada Nenhum sentimento Apenas existindo no vazio. Agora eu vivo em um ciclo Oscilante entre doses de emoção e apatia. Kamilly Souza (1301)


Ao longo da história, um fardo injusto foi colocado sobre as mulheres, pois, desde muito jovens, possuem grandes responsabilidades em casa, enquanto que muitos meninos, mesmo depois de adultos, continuam a não se responsabilizar pelos serviços domésticos. Com a pandemia do coronavírus e ensino remoto, uma grande quantidade de meninas jovens tiveram que parar os estudos para serem donas de casa, como afirma reportagem do jornal "El País" sobre o impacto da pandemia na vida das jovens brasileiras. Há ainda outro agravante, já que os pais e mães precisam sair para trabalhar e manter a família. Com isso, os estudos de parte das meninas foi colocado em segundo plano para contribuir com as tarefas da casa. Sessão reflexão sobre a leitura: "O impacto da pandemia na vida das jovens brasileiras" de Rafaella dos Santos Camargo (1302)


A pandemia é (e sempre será) um divisor de águas em nossas vidas A história do Brasil possui várias guerras, conflitos e pestes que exterminaram parte da população. Hoje, vive-se algo que não é novo no mundo, mas único em experiências. Outro ponto é que há meses atrás filas intermináveis se faziam para a entrada em um Estádio de futebol. Filas imensas se formaram para o show de um cantor preferido; emoções que hoje, pensando melhor, talvez nem tivessem sido tão bem aproveitadas! A pandemia chegou sem ser convidada ou anunciada, mudando meu conceito de vida, morte, convivência, estudo e trabalho. Mudou sobre o que se diz respeito sobre como construir um futuro, diferente do que meus pais aprenderam ou tentaram me ensinar. É uma nova vida para todos. Crianças, jovens e idosos, que, querendo ou não, tentam aprender a recomeçar. Vejo, nesse novo tempo, a grande oportunidade de crescer ainda mais como ser humano: aprendi a importância da gratidão; valorizar a presença de quem eu amo, cuidar da minha saúde mental, tentar viver em paz, buscar o equilíbrio do corpo, da alma e do espírito. A pandemia é (e sempre será) um divisor de águas nas nossas vidas. Ana Luisa dos Santos Carvalho (1302)


O TEMPO QUE O MUNDO PAROU?!?!? A pandemia, essa palavra que agora faz parte do nosso cotidiano (tão rotineira) e que antes nem sabíamos o que significava e nem precisávamos saber. Esse conjunto de letras que só de ouvir reviramos os olhos, baixamos a cabeça com tristeza e lamentamos ter aprendido o significado. Está passando, alguns dizem: o tempo na pandemia passou rápido e outros que o tempo está se arrastando. Já eu, bom.... acho que os dias viraram anos e o ano virou horas, não sei explicar, mas os dias se misturaram, as coisas ficaram confusas, momentos de alegria, outros de dedicação, outros de cansaço, outros de desespero, mas, em todos eles, eu só pensava - “Até quando????”. Afinal, nossas cargas não diminuíram, pelo contrário aumentaram, a tensão no ar disparou e os momentos de socialização e descontração sumiram, assim, do dia para a noite. Mas vai passar. Tem que passar. Tenhamos força de vontade para viver nessa coisa louca e lembre-se tudo tem o seu tempo, inclusive você! O mundo não parou, ele apenas está fazendo curvas e caminhos mais difíceis e um dia voltaremos para a realidade e sentiremos que estamos nela!! “A diferença entre passado, presente e futuro é somente uma persistente ilusão.” Albert Einstein Maria Vittória Santin Dama (3302)


Uma boa notícia: a escola firma parceria com a Escola de Estudos Psicanalíticos A Escola de Estudos Psicanalíticos de Caxias do Sul firmou parceria com o Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza neste mês de junho de 2021. O projeto ocorrerá ao longo de três anos. Assim, estudantes e professores serão atendidos nas dependências da escola, ou via meeting, conforme combinação prévia. É mais um projeto bacana para contribuir para a saúde mental dos convivas da escola. Saiba um pouco mais sobre o projeto LETRA - CLÍNICA NA ESCOLA PÚBLICA no texto que segue abaixo. A linguagem constitui um desafio importante a ser vencido. Isto porque a aquisição da linguagem escrita implica novas articulações com o corpo, o qual adquire outras significações: o olho que percebe e recorta as letras que se associam a sons, a mão que se destina a traçá-las e ainda o texto, que não passa mais pela voz e sim pelo grafismo. Entretanto, as problemáticas relações do próprio corpo com as aprendizagens se apresentam como sintomas em algumas crianças, sendo que, na adolescência, as aprendizagens poderão “emperrar” frente ao entender ou interpretar um texto repercutindo na escrita – o corpo novamente em cena. A aposta do trabalho se volta para aquelas crianças e adolescentes cujas dificuldades escolares representam as diferentes formas de enfrentamento deste desafio. São estas crianças e adolescentes em sofrimento no encontro com as aprendizagens que serão recebidas pelo Serviço de Atendimento Clínico da Escola de Estudos Psicanalíticos. Interessados(as) em agendamento, entre em contato com a escola.


ENTREVISTA Nesta edição do Zine Antígona a psicopedagoga Izabel Cristina Ludwig responde aos questionamentos de “como me vejo em tempos de pandemia?” A entrevistada faz parte da Escola Psicanalítica que firmou parceria com a escola no projeto LETRA. As alunas Kamilly Raabe da Silveira de Souza, Maria Luiza Bassi Paim e a professora Ana Maria Cardoso elaboraram perguntas para o bate-papo. Confere a seguir. Zine Antígona - Como você se sente em tempos de pandemia? Izabel – Foi um aprendizado muito intenso. Ficar em casa e conviver com a família foi muito bom. Pude me aproximar mais de minha filha. Isso só foi possível devido à pandemia, pois em função do trabalho quase não tinha tempo para ficar com ela. Os laços entre nós se fortaleceram. Outro ponto que destaco foi a possibilidade de utilizar os recursos tecnológicos, acredito que isso possibilitou novas formas de aprendizagem que revolucionaram a educação no mundo todo. Porém, uma questão muito importante que se fez aí, foram as dificuldades encontradas, principalmente nas escolas públicas, onde o acesso à essas tecnologias ainda é bastante precário..


Zine Antígona - Como se pode aceitar este momento trágico que estamos vivendo em meio às dificuldades de isolamento social e negacionismo? Por que algumas pessoas conseguem lidar melhor com o isolamento e outras não? Izabel - Quando se perde uma situação - como a liberdade de ir e vir - precisamos entender o lugar que esta perda ocupa em nossa vida. Há pessoas então que em situação de perda expressam revolta através de ações, fazem uso de bebida, comem ou dormem demais. Cada pessoa lida do seu jeito com a perda. O sofrimento faz parte do luto. Ter um espaço de fala para que essa dor possa ser elaborada se apresenta como uma possibilidade de minimizar os seus efeitos. As perdas durante a vida podem se apresentar de diferentes formas: por exemplo, a chegada de um irmão, ou o término do ensino médio, entrar no mercado de trabalho... Essas são situações de transformações que exigem de nós uma capacidade de adequação. Deixar o novo entrar é permitir se aventurar em novas emoções. O segredo é perceber quais são as nossas necessidades e ir ao encontro dos nossos sonhos. Ir se construindo aos poucos, como diz o poeta Antônio Machado: “Caminhante, não há caminho; o caminho se faz ao andar”.


Zine Antígona - O que fazer diante da perda de pessoas queridas durante a pandemia? Izabel - É importante dar um lugar para este sentimento: falar sobre o que aconteceu, porque às vezes as pessoas acreditam que, quando não falam sobre o assunto, o fato deixa de doer, mas isso não é verdadeiro. Como profissional da psicopedagogia, sei que a palavra tem um efeito de cura - Falar, escutar e escrever são os três principais eixos de cura pela palavra... A escrita traz a marca da identidade do seu autor. À medida que falo, ouço e escrevo expresso o meu ponto de vista, me reorganizo internamente diante da situação vivida. Eu passei por uma perda que me causou muito sofrimento há 9 anos. Após 20 anos de casada, tendo uma filha de 7 anos, meu marido teve uma morte súbita. Eu fiquei completamente sem chão e tive que me refazer a partir deste sofrimento; o processo de autoconhecimento que já vinha fazendo me ajudou muito! Eu sofri, claro, entrei nos labirintos internos, como na história da mitologia grega de Ariadne e o Minotauro, mas sempre com consciência de como retornar. Hoje, nove anos depois, construí uma nova família e seguimos felizes na caminhada da vida.


Zine Antígona - A minha identidade é uma construção social ou eu sou independente das influências que tive? Izabel - Adolescência é um “entre-lugar”, não mais infantil nem ainda adulto. É uma fase de construção em que as descobertas e as novas experiências se fazem muito presentes, em que os amigos têm muita influência nas decisões. Somos seres sociais e da cultura, vivemos em comunidade e nos tornamos seres humanos a partir de nossas inter-relações. O período da adolescência requer que os vínculos familiares se fortaleçam principalmente através do diálogo. É importante que a família esteja muito atenta aos movimentos dos adolescentes. Os laços familiares ajudarão em fases desafiadoras que se interpõem na caminhada da vida. A família é nossa primeira experiência de vivência em comunidade. Nós nos construímos a partir das nossas relações com os outros IZABEL CRISTINA LUDWIG. Especialista em Psicanálise pela Unisinos - São Leopoldo/RS, também em Psicopedagogia e Supervisão Escolar pela FACCAT – Taquara/RS, e graduada em Pedagogia por esta mesma instituição. Participou do grupo didático terapêutico coordenado pela escritora e psicopedagoga Alícia Fernandez e formação em Psicopedagogia Clínica em EPSIBA-Buenos Aires. Membro da Escola de Estudos Psicanalíticos - Seção Caxias do Sul/RS. Atua na clínica para crianças, jovens e adultos com enfoque nas aprendizagens. Realiza assessoria e consultoria institucional, coordena grupos de estudos sobre alfabetização e psicanálise. Possui experiência de 21 anos de atuação na Psicopedagogia Institucional e 30 anos na área da Educação Básica. Atuou na Coordenação Pedagógica nas Secretarias de Educação dos municípios de São Leopoldo e Parobé, e em diferentes escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul. Foi vice-presidente do Conselho Municipal de Educação no município de Parobé-RS. Contato: izabel.ludwig19@gmail.com Telefone: 54 9 9624 0016


Espaço incentivo à leitura

Uma das palestras mais assistidas do TED Talk chega em formato de livro. Para os fãs de Chimamanda, e para todos os que querem entender a fonte do preconceito. O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto. É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O perigo de uma história única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações. Responsável por encantar o mundo com suas narrativas ficcionais, Chimamanda também se mostra uma excelente pensadora do mundo contemporâneo, construindo pontes para um entendimento mais profundo entre culturas. Acesse a obra em Árvore de Livros com o seu e-mail educar.


"Contemple o momento presente. Deixe que ele respire, como uma coisa viva. Respire você também, como esta coisa viva que você é. Contemple-o de frente. Respire, respire, conte até dez, até vinte talvez. Daqui a pouco ele vai se transformar em outra coisa, o momento presente" Caio Fernando Abreu. "Pequenas epifanias"

A presente edição do Fanzine Antígona tratou do tema: como me vejo em tempos de pandemia? O material foi elaborado com a contribuição de muitas pessoas: de você, de mim, de nós. A continuidade desta ideia depende da nossa vontade e do interesse de uma necessária aproximação e convivência. Além disso, expressar as ideias nos liberta, nos orienta e nos empodera! Até a próxima edição. contato: jornalantigona@gmail.com


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