a RAPOSA Caçamos as melhores notícias para você Raposos, Nova Lima e Rio Acima - Ano 1 - Número 4 - Janeiro de 2017
FEVEREIRO SEM FOLIA Para conter gastos, prefeituras não vão bancar Carnaval | 12 CONCURSO PÚBLICO Aprovados recorrem à Justiça para que concurso não seja anulado | 5 Breno Sarti
Robson de Oliveira
O QUE FOI QUE ELES HERDARAM
Gestores eleitos contam como econtraram as prefeituras que assumiram | 4 e 6
CRIMINALIDADE CRESCE Onda de assaltos, furtos e invasões de casas e comércios deixa moradores em alerta | 8
Prefeito abre mão de reajuste do salário Depois de polêmica sobre aumentos dos subsídios do Executivo e Legislativo de Raposos, prefeito e vice anunciam que vão continuar com o salário da gestão anterior. Vereadores ainda precisam chegar a um consenso sobre valor da redução prometida | 3
OPINIÃO | 2
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Editorial Aguardando as cenas dos próximos capítulos Se na próxima edição você se deparar novamente com alguns assuntos na capa, não pense que é mera coincidência ou falta de pautas. Significa que algumas novelas ainda não tiveram fim e que continuamos acompanhando o desenrolar das tramas, trazendo fatos novos ou indícios de possíveis desfechos. Entre as matérias que podem estar sujeitas a esse destino, temos a que trata sobre o impasse entre mineradoras e o município de Raposos. No caso da PC Mineração e da Comar, se não vão mesmo embora e buscam uma solução com a ajuda da Câmara, por que demitir todos os funcionários? Como a PC Mineração conseguiu ficar tanto tempo no município sem documentação, como afirma a prefeitura? Caso fiquem, quais serão os impactos ambientais e os ganhos para os cofres públicos? E no bairro do Galo, onde a mineradora Empabra é acusada, junto à Phoenix, de degradação e assoreamento do córrego Espírito Santo? Será que medidas corretivas serão tomadas? Saberemos mais tarde. Também pairam no ar dúvidas sobre o polêmico concurso público, suspenso após denúncias de fraudes e anulado em decreto pelo ex-prefeito em dezembro do ano passado, enquanto os aprovados moviam mundos e fundos para tentar a homologação. Por que só no último mês do mandato a trágica decisão foi tomada pelo gestor público? Quais caminhos os aprovados devem seguir a partir de agora? Quem vai ampará-los judicialmente? Afinal, os 252 aprovados vão ou não tomar posse de seus cargos? Não vamos nos delongar muito, mas ainda podemos citar aqui a escalada da criminalidade, as famílias que reclamam por ainda não terem ocupado as unidades do Minha Casa, Minha Vida e a definição do valor de redução dos reajustes aprovados no ano passado para os vereadores. Esse último assunto tem tido espaço há meses em nossas páginas, nas conversas entre os habitantes, nas postagens feitas nas redes sociais e nas discussões acaloradas dos grupos de whatsapp. Afinal, qual será o real valor definido em conjunto pelos nossos parlamentares para o mandato 2017-2020? Bem, caro leitor, nos resta acompanhar, noticiar e torcer para que na próxima edição nossas páginas estejam recheadas com as melhores respostas para essas perguntas que só serão respondidas nas cenas dos próximos capítulos.
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RAPOSA
Diretor/jornalista responsável: Sergiovanne Amaral Diagramação: Black Comunicação e Artes Colaboradores: Adriane Spínola, Angélica Castro, Gustavo Quintiliano, Nathália Oliveira, Joyce Fernandes, Marcelo Almeida, Walter Ferreira E-mail: jornalaraposa@gmail.com | Tel: 31 3543-2087 | 9 9860-0691 Anúncios: comercialaraposa@gmail.com | 9 9860-0691 Tiragem: 5 mil exemplares
Daniela Campolina
Bióloga especialista em educação ambiental, mestre em educação e militante no Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela e Movimento pelas Serras e Águas de Minas
Educação e mineração: alienação ou conscientização? A região do Alto Rio das Velhas em que estão situadas dentre outras cidades, Rio Acima, Raposos e Nova Lima, pode ser considerada privilegiada ambientalmente. A grande quantidade e qualidade de suas águas cristalinas, serras e sua rica biodiversidade, fazem dessa região local estratégico para investir no turismo ambiental de forma sustentável. Mas, infelizmente estas cidades tem sido assediadas e ludibriadas por uma concepção de geração de renda que tem prazo de validade e deixa o legado da destruição e desemprego: a mineração. Mesmo depois do maior crime ambiental do Brasil, acontecido em Mariana, a mineração não quer perder o fôlego e já iniciou o processo de messianismo o qual tenta convencer os municípios que a única solução de geração de renda é esta atividade.
É a velha e questionável história de “emprego e progresso”. Queremos que todas as belezas e recursos fiquem submersos em barragens de lama ou virarem buracos vazios de perspectivas e futuro? E quando o minério acabar? Uma das estratégias de convencimento das mineradoras merece destaque: sua infiltração na educação. É o caso de Rio Acima, onde uma das maiores mineradoras do mundo ofereceu cursos de formação de professores no segundo semestre de 2016. A atitude pode ser considerada um processo de alienação, pois foram disseminadas inverdades e dados foram omitidos. Foi dito, por exemplo, que a mineração não interfere no abastecimento de água da população, dados e gráficos de perspectivas mundiais de consumo de água que não se adequam ao contexto local foram
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manipulados, no intuito de direcionar o pensamento das pessoas. É fato que a atividade mineraria possui um histórico na região, mas o direcionamento de cursos nos faz questionar como tem sido as discussões nas escolas, secretarias, câmaras e prefeituras, sobre o futuro dos municípios. A educação tem como premissa a formação de cidadãos críticos e conscientes, mas será que é isso que mineradoras e governantes querem? Qual seria o impacto dos cursos e demais atividades de empresas minerarias no imaginário de futuro nesses municípios? Fica o alerta para a influência das mineradoras na formação de opinião dos nossos educadores que podem estar, mais tarde, passando para frente argumentos que não ajudam a construir o melhor futuro para a nossa comunidade.
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Prefeito anuncia que devolverá todo o reajuste aprovado pela Câmara Promessa foi feita durante cerimônia de posse. Vice-prefeita também não terá salário reajustado. Dinheiro deve ser devolvido aos cofres públicos e aplicado em melhorias para o município Robson Oliveira/Divulgação/Prefeitura de Raposos
O prefeito Serginho da Bota já tinha garantido a redução dos subsídios em carta pública, mas esperou até a posse para anunciar o valor
Cartas autorizando devolução de valores são divulgadas no Facebook Antes mesmo que uma decisão geral em relação aos subsídios fosse tomada na Câmara Municipal, dois vereadores resolveram anunciar o que fariam com as remunerações recebidas no primeiro mês do ano. No dia 13 de janeiro o vereador Pastor Agnaldo (PHS) postou em sua página no Facebook uma carta solicitando à presidência da Casa a retenção do aumento proporcionado pela Lei 1.239/2016, ressalvando apenas a diferença equivalente à defasagem do reajuste do índice inflacionário anual. O dinheiro retido deve retornar aos cofres públicos para ser revertido em melhorias para a cidade.
“A devolução pode ser confirmada pelos recibos que estão na contabilidade da Câmara e no meu próprio contracheque”, disse o vereador. Um dia antes, o vereador Rafael Gonçalves (PCdoB) também usou a rede social para fazer o mesmo comunicado. O vereador lembrou, em sua postagem, que essa atitude está alinhada ao compromisso feito em carta pública, divulgada no ano passado, na época da votação do reajuste para Executivo e Legislativo. Até o fechamento desta edição, a reportagem do jornal A Raposa não havia recebido informações sobre outras manifestações do tipo.
Fotos arquivos pessoais/divulgação
Pastor Agnaldo (PHS) e Rafael Gonçalves (PCdoB) anunciaram retenção dos salários de janeiro em rede social
Por essa ninguém esperava. Durante a cerimônia de posse, o prefeito de Raposos, Sérgio Soares, o Serginho da Bota (PSB), revelou que ele e a vice Gianetti Pereira (PTN) abririam mão do polêmico reajuste aprovado pela Câmara dos Vereadores no ano passado. Resumindo, os dois receberão, respectivamente, R$13.183,98 e R$5.544,66. Com o reajuste aprovado, eles teriam direito a receber R$ 21.792,86 e R$ 9.165,15. Vale lembrar que Serginho havia liderado um movimento para redução dos subsídios, depois que o reajuste foi aprovado pela maioria dos vereadores em uma votação caótica. Na ocasião, ele, a vice-prefeita e os vereadores eleitos assinaram uma carta aberta à população, prometendo abaixar os salários. No entanto, não havia indica-
ção de percentuais ou valores definidos. Segundo o prefeito, a dispensa do aumento dos subsídios foi um gesto coerente com o momento pelo qual passa a economia do município e do país. “Não nos candidatamos por causa do salário. Passamos por um momento de crise econômica e devemos ser solidários com a população”, disse. De acordo com o setor de comunicação da prefeitura, o pedido foi encaminhado à Câmara Municipal no dia 1º de janeiro. Fiscalização A população pode acompanhar as contas públicas pelo portal transparência ou protocolando requerimentos junto à prefeitura e Câmara, para ter informações sobre os subsídios recebidos pelos vereadores, prefeito e vice, entre outros cargos.
Situação de vereadores só será definida depois de fevereiro
Enquanto o prefeito e a vice-prefeita já definiram a redução de seus subsídios, os vereadores só devem chegar a um consenso depois de 21 de fevereiro, quando voltam a acontecer as reuniões ordinárias. Segundo informações apuradas na Câmara Municipal, é preciso que os parlamentares cheguem à conclusão sobre um percentual de redução e votem um Projeto de Resolução, que fará com que o novos valores passem a valer para todos os vereadores. O presidente da Câma-
ra, Evandro Social (PRB), explicou que a situação só pode ser resolvida depois do recesso. “Oficialmente não podemos tomar nenhuma decisão agora. Temos que esperar que as sessões ordinárias retornem”, explicou. O vereador Leleco Caixa (PHS) reforçou a explicação do presidente. “Fizemos um compromisso de reduzir e vamos honrá-lo. Assim que o recesso terminar, resolveremos a questão dos salários. Estou na Câmara todos os dias, atendendo e tirando dúvidas da população.”, afirmou.
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“Enxugamos a máquina pública” Em seu sexto mandato como prefeito de Nova Lima, Vitor Penido (DEM), chega trazendo um vice jovem, fazendo cortes radicais e criticando as decisões tomadas na gestão passada. Sua maior meta é equilibrar as finanças e recuperar setores como saúde e educação Alguns fatores foram importantes nesse processo: a má gestão, decisões erradas das administrações passadas e a queda no preço do minério. Nova Lima tem grande parte da economia voltada para a mineração e ainda dependemos muito da Cefem. Tenho dialogado e buscado recursos com gestores do O senhor assumiu a pre- poder público e privado. feitura antes das eleições por causa da cassação O vereador Zé Guedes de Cassinho e afirmou era considerado seu aliaque era necessário fazer do, mas vocês travaram muitos cortes. Qual a si- uma queda de braço por causa do orçamento. Por tuação hoje? Reduzimos conside- que tanto desgaste para ravelmente o valor dos chegar a um acordo? Ao propor o orçaaluguéis, enxugamos a mento menor para o máquina pública com uma auditoria interna Legislativo, nosso maior no departamento pes- objetivo era ter mais possoal, estamos revendo sibilidade de verba para benefícios abusivos e a educação e para a saúilegais que eram destina- de. A votação do orçados a alguns servidores mento municipal é algo e estamos em constante muito minucioso que diálogo com os governos precisa ser bem alinhado Estadual e Federal para para que não aconteçam buscar verbas. Além dis- erros como os que fizeso, fizemos um corte ram com que Nova Lima grande nos contratos quebrasse. Por isso, toda com fornecedores e na essa discussão política cooperativa de veículos. e técnica é fundamental. Precisamos e vamos Nova Lima é conhecida sempre focar no interespor ter um dos maio- se da cidade. res orçamentos de MG, mas enfrenta uma crise O orçamento da Câmara financeira. O que pro- foi reajustado e o valor vocou essa crise? Quais proposto inicialmente os planos a curto prazo pelo Executivo foi dopara reverter a situação? brado. O que fez com Jornal A Raposa: Quais são as prioridades para o primeiro ano de mandato? Vitor Penido: Nosso maior objetivo é o equilíbrio das finanças de Nova Lima para podermos investir adequadamente em projetos essenciais nas áreas da saúde, educação e infraestrutura.
que o novo orçamento da Câmara mudasse tanto? Na verdade reduzimos o repasse de R$ 34 milhões para R$ 20,9 milhões. Após mostrarmos a situação financeira da cidade e também recebermos a análise dos custos da Câmara, chegamos a esse resultado. O que podemos esperar da relação entre Legislativo e Executivo depois do impasse do orçamento? O senhor pode afirmar que hoje tem a maioria na Câmara? A palavra chave para nossa gestão é união. Não falamos em maioria na Câmara, mas em maioria a favor de Nova Lima. Temos certeza que teremos esse apoio. Os problemas envolvendo a aprovação do orçamento atingiram o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, que chegou a ter atividades paralisadas. Quais os planos para o hospital e qual é a situação da saúde no município? Encontramos a saúde sucateada, com mais de 9 mil procedimentos à espera de atendimento, obras paradas e unidades sem instalações adequadas. Estamos retomando obras e modificando o sistema de
saúde. Nesse processo, a Fundação Hospitalar (da diocese e que conta com recursos de outras instituições) é fundamental para a cidade, assim como são as unidades de saúde, a Unidade de Pronto Atendimento, a policlínica e os diversos serviços oferecidos à população. O que fazer quando Nova Lima não for mais de interesse para as empresas mineradoras? Já estamos nos preparando para esse futuro com a diversificação da economia, com a atração de empresas consideradas “limpas” como as microcervejarias e as empresas de tecnologia. Nova Lima conta ainda com um potencial turístico sem igual, com mais de 60% do território preservado, e vamos explorar isso turisticamente, com sustentabilidade. Os problemas ligados à segurança pública têm aumentado. Para o senhor, a que deve esse
aumento na criminalidade? Como parar essa escalada? A segurança pública é um desafio nacional que estamos enfrentando com bons resultados. A nossa Guarda Civil Municipal tem atuado mais próxima das comunidades e em constante parceria com a Polícia Militar. Estamos implantando novas bases conjuntas em diversas regiões como as regionais nordeste e noroeste e o Vila da Serra. O seu vice é muito jovem. O que justificou essa escolha e o que espera dele? O João Marcelo foi a escolha acertada para colocar Nova Lima no rumo certo. A perspicácia, modernidade e trabalho social que esse nova-limense sempre desenvolveu o credenciam como um vice-prefeito exemplar. Aliar a minha experiência à visão do João Marcelo é um ponto positivo para Nova Lima avançar.
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POR FALAR EM POLÍTICA Marcelo Almeida Jornalista comunicamarcelo@yahoo.com.br
Barack Obama: exemplo para Raposos, Rio Acima e Nova Lima Será ilusão demais achar que Barack Obama pode ser exemplo para legisladores e prefeitos de cidades tão mais pobres e com populações até 20 mil vezes menores do que os EUA? Reflita comigo. É verdade, ele cometeu erros. Obama não fechou a prisão de Guantánamo e não conseguiu aumentar o controle sobre a venda de armas no país, sem contar que foi omisso no conflito da Síria e descumpriu outras promessas em relação à política externa. Entretanto, priorizou a resolução da crise econômica que o país e o mundo enfrentavam e privilegiou a saúde, com o “Obamacare”, um sistema que beneficia minorias e imigrantes sem cobertura médica. Ainda restabeleceu relações com um antigo inimigo do país e vizinho próximo, Cuba. Obama fez tudo isso (ou em muitos casos deixou de fazer) com muita transparência. Com palavras e ações, conseguiu despertar o interesse da população por política, especialmente os mais jovens. Enfrentou a superexposição do seu governo. Tinha snapchat, twitter, facebook e instagram. Divulgava diariamente para mais de 80 milhões de seguidores no twitter as suas ações políticas sem ser piegas. Estimulou uma participação popular em sintonia com a cultura da sua época. Em outras palavras, Obama sustentou a democracia com respeito, inclusive, oferecendo espaço aos seus opositores e às vozes dissonantes. Mas a sugestão para vereadores, prefeitos e governadores não é criar contas oficiais nas redes sociais e nem, como o Obama pop fez, divulgar suas músicas preferidas no Itunes. Não, claro que não. Políticos menores (não porque são de cidades pequenas), aqueles com pensamentos e ações acanhadas e tacanhas, têm medo da exposição porque não suportam serem questionados. Em escala virtual e com participação popular então, serão achincalhados oficialmente em público. É preciso lembrar que nenhuma democracia se sustenta com falácias e inverdades. Os fatos precisam existir. O que quero dizer é que o objetivo das administrações legislativas e municipais deve ser o de trazer o povo para o processo político, assim como agiu Barack Obama, para favorecer decisões, estimular parceiros políticos e “inspirar com palavras e ações”. Vamos pensar e agir diferente a partir de agora. Nós podemos. Yes, we can.
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Aprovados em concurso público lutam na Justiça para ocupar cargos Os aprovados em um concurso público para a Prefeitura de Raposos, realizado em 2015, travam uma batalha para assumir seus cargos. Depois de acusações de fraudes, a Comarca de Nova Lima suspendeu o concurso em janeiro de 2016. Como se a situação não pudesse piorar, no dia 6 de dezembro, o ex-prefeito Sargento Coelho emitiu um decreto anulando o concurso. Em 2015, foram abertas 252 vagas para diversos cargos, devido ao alto índice de contratações na prefeitura. A empresa responsável pelo concurso foi a JMS Tecnologia e Serviços. Agora, uma comissão foi criada para tentar resolver a situação e já se
reuniu com vereadores e com o atual prefeito. A pedagoga Flávia Aline Melo é uma das integrantes da comissão. Ela foi aprovada para o cargo de professora de nível superior e não tem descansado para fazer valer seu direito. “Nossa expectativa é de que o decreto do ex-prefeito seja derrubado para que o processo continue correndo na Justiça e seja homologado, permitindo que os aprovados possam assumir seus cargos”. Procurada, a prefeitura manifestou em nota que vai aguardar decisão judicial e entende que se o processo está sob o comando do judiciário, somente uma sentença pode ou não anular o concurso.
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Raposos e Nova Lima fazem aniversário em fevereiro Nova Lima completa, em 5 de fevereiro, 316 anos de história. Para comemorar, a população terá acesso a uma Praça do Lazer, apresentação musical e repique de sinos. A programação completa está no site www. novalima.mg.gov.br. Já Raposos completa, no dia 16, 327 anos. Nos dias 16 e 18/2 haverá missa festiva, shows, apresentações circenses e a primeira edição do “Bloco Unificado”, com desfiles dos blocos carnavalescos da cidade. Programação completa no site www.raposos. mg.gov.br.
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“Temos que ter a consciência de que somos funcionários do povo” Eleito prefeito depois de longa experiência no Legislativo, Serginho da Bota (PSB) assume uma cidade com a segurança pública em crise e desmente que haja dinheiro sobrando nos cofres públicos Robson de Oliveira
Jornal A Raposa: O período de transição de governo foi tranquilo? Serginho da Bota: Formamos nossa equipe, mas as pessoas que realmente sabiam o que acontecia na prefeitura na gestão passada e poderiam ter participado da transição não participaram. As informações demoraram a chegar, muitas estavam defasadas e outras não correspondiam à realidade do que íamos encontrando. A transição não foi aberta. E o que vocês encontraram? Temos tido dificuldade até para encontrar materiais listados no patrimônio. A frota de veículos está sucateada. Disseram que o município estava organizado. Quem dera! Todo dia, na parte contábil, temos conhecimento de contas e mais contas. Ainda não sabemos qual é a dívida total e qual é o patrimônio real. Não deu tempo de levantar esses dados e isso não foi esclarecido durante a transição. O ex-prefeito divulgou que deixou a prefeitura sem dívidas, com R$1,8 milhões em recursos e quase R$ 2 milhões em convênios, algo inédito na história da administração pública de Raposos. O senhor pode confirmar essas informações?
Isso é mentira. Há contas e mais contas para pagar e já deu para perceber que é mentira. O que é prioridade nesse primeiro ano? Temos que avançar em todos os setores, mas os principais são saúde e segurança pública. Há assaltos acontecendo em plena luz do dia. A que se deve o aumento da criminalidade e quais ações estão tomando? O governo passado foi o pior em relação à segu-
rança. É um problema no país, mas aqui poderia haver uma repressão maior. Estamos perdendo os jovens para o crime, para as drogas. Já nos reunimos com o secretário de defesa de Nova Lima, com a delegada e com o comando da Polícia Militar para pedir prioridade. A escolha do secretariado foi fácil? Não. Procuramos pessoas capacitadas, que entendessem a situação e que comungassem com nosso governo. Para a
Secretaria de Meio Ambiente, por exemplo, temos dificuldade de encontrar uma pessoa porque há cobranças de um grupo bem capacitado. Posso demorar para escolher um secretário, mas é porque não quero errar. Não quero que se repita o que aconteceu com a Secretaria de Saúde, onde passaram uns onze secretários e a situação não melhorou. Prefiro me resguardar, pensar melhor e ter uma margem de erro menor. Digo aos secretários que temos que ter a consciência de que somos funcionários do povo. O que o senhor tem a dizer sobre o programa Minha Casa, Minha Vida, que acabou não sendo entregue no prazo prometido? Aquilo foi uma covardia. Teve gente que vendeu móveis porque não cabiam no apartamento e hoje estão sem móveis e sem casa nova. Fizeram uma promessa de entrega, as pessoas acreditaram, se planejaram, mas nem a documentação estava toda em dia. Jogar a culpa em cima do banco é muito fácil. Como o senhor define sua relação com o Legislativo? O Legislativo foi minha escola. O prefeito tem que ter bom relacionamento e valorizar o vereador. O vereador
tem que participar, ele é parte do governo. É muito fácil só aparecer na reunião de 15 em 15 dias e ir embora para casa. Tenho um relacionamento muito bom com todos. Depois que o senhor assumiu, A PC Mineração paralisou as operações e demitiu todos os funcionários, alegando problemas com a prefeitura. O que aconteceu? Não encontramos nenhuma nota ou projeto relacionado à empresa e queríamos saber como contribuía para o munic[ipio. Não foi a prefeitura quem mandou parar. Havia um alvará vencido e demos um prazo para regularização. Essa empresa queria passar com caminhões de 34 toneladas naquele asfalto (do bairro Vila Bela) e qual seria a contrapartida? Como prefeito, quero várias dessas empresas aqui, gerando receita e renda, e não só explorando. A PC Mineração só tirou alvará no município depois das eleições, mas já estava aqui. Nem fomos informados oficialmente do fim das atividades. O senhor não escolheu chefe de gabinete até agora. Como está a rotina sem um chefe de gabinete? A minha vice está ajudando demais. Ela é atuante e acaba servindo como chefe de gabinete.
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Pergunte à
advogada Entrei em um processo de endividamento. Como posso sair dessa situação? dividamento das empresas é dividido em quatro grupos: endividamento bancário, endividamento tributário, endividamento trabalhista e endividamento com fornecedores. No caso das famílias, essa situação concentra-se nas relações bancárias, principalmente com o cartão de crédito e com o cheque especial, e na aquisição de bens de consumo. Primeiro passo Para se tratar esse mal, o primeiro passo é controlar a entrada e a saída de capital, tanto no âmbito empresarial quanto no familiar. As regra são claras: gastar menos do que se recebe, não considerar como renda disponível o limite de cartão de credito e o de cheque especial, e as linhas de crédito de toda natureza. Tomada esta primeira providência é hora de tratar o endividamento que se formou anteriormente. Para as empresas as possibilidades são di-
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Minha Casa, Minha Vida ainda sem data para ser entregue
Nathália Oliveira
Em 2016, o endividamento das famílias brasileiras cresceu 58,2% em relação a 2015. Esse número é preocupante, ainda mais quando se vê um cenário econômico instável, refletindo diretamente na diminuição da oferta de empregos. O levantamento foi divulgado na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Em uma visão ilustrativa e simplificada, temos que a diminuição da oferta de empregos é gerada pela ausência de movimentação de mercado. Tem-se, então, um círculo vicioso onde o ponto inicial é a queda do consumo, gerada pela diminuição de renda das famílias, esta por sua vez ocasionada pelo medo do desemprego ou até ausência deste, fazendo com que o dinheiro não circule. Sem circulação do dinheiro há, evidentemente, queda no faturamento das empresas, o que ocasiona as demissões e situações de endividamento. Basicamente, o en-
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versas: fala-se em recuperação judicial e extrajucial, ações revisionais de contrato, negociação com credores através de moratória, anulatórias de débito fiscal e assembleia com credores. O último grau das possibilidades é o pedido de falência. As famílias endividadas podem lançar mão, dependendo do caso, de ações revisionais de contrato, parcelamentos tributários, ou basicamente uma organização das finanças e compromissos pessoais. O mais importante é tomar uma atitude em relação ao endividamento, buscando estancá-lo. Isso vale tanto para as famílias quanto para as empresas, administrando as dívidas passadas e fazendo melhores escolhas futuras sobre onde injetar o capital disponível. Busque conhecimento e ajuda de profissionais da área: advogados especialistas em direito empresarial, contadores, economistas.
Nathália Oliveira é advogada especialista em direito empresarial e ajuda empresas e famílias que estão passando por instabilidades econômicas. Ela é autora do blog www.pergunteaadvogada.blogspot.com.br. Mande sua pergunta para ela pelo e-mail nathalia@gogadvogados.com.br. Contato: (31) 9 9635-1815 e (31) 3032-1590.
Atraso no fornecimento de água tratada, ausência de iluminação pública, problemas com asfaltamento, documentação atrasada para o Banco do Brasil e falta de licitação de empresa para administrar o Condomínio Mirantes da Serra I. Essas foram as principais causas apontadas pelo prefeito de Raposos, Sérgio Soares, durante audiência pública com os proprietários das 256 unidades do
Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida para as chaves ainda não terem sido entregues. A gestão passada havia prometido aos proprietários que a mudança seria feita antes do fim do mandato, mas isso não ocorreu. Ainda não há uma data estipulada para que os contemplados passem a morar nas unidades, mas a prefeitura espera resolver a situação ainda no primeiro trimestre deste ano.
Funcionamento
Segunda à sexta-feira, das 8h às 21h | Sábados das 8h às 20h Domingos e feriados, das 8h às 12h
Convênios
Câmara Municipal, Prefeitura, Sindicato Metabase, Vale
3543-1958 | 3543-3731 Rua Bolivar de Freitas, 20 - Centro - Raposos/MG
Funerária Raposos Ao seu lado em horas difíceis
Plantão 24 horas Qual matéria você gostaria de ver no jornal A Raposa? Mande um e-mail para jornalaraposa@gmail.com ou um whatsapp para 31 9 9860-0691.
3543-1230
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| = a RAPOSA = | Raposos, Nova Lima e Rio Acima - Janeiro de 2017 CULTURA DA GENTE Adriane Spínola Produtora cultural e musicista
Hora de ajustes para as mineradoras
tresmarias.contato@gmail.com
A cultura do carnaval Muito se conta sobre a história do carnaval. O Brasil, por ter a maior festa do mundo, se apropriou da folia e trouxe os olhos do mundo todo pra cá. O que poucos sabem é que há registros desta chamada “tradição brasileira” desde 600 a.c., na Grécia, quando o povo de lá brincava e festejava a seu modo, para posteriormente atravessar o período de obrigações e cultos aos seus Deuses. Ainda hoje, é considerada uma festa popular pagã, que antecede o período “sem carne”, quando os cristãos se abstém de tudo o que é considerado mundano para cumprirem o período da quaresma. Na maior parte do Brasil, vemos as influências afro brasileiras e indígenas assumirem a folia, com Maracatus, Samba de Roda, Afoxés, Frevos e outras tradições que, mesmo não tendo o carnaval como período principal, como o Carimbo, o Siriri, o Tambor de Crioula, Autos de Boi e outras, vão às ruas ocupar a cidade. A região sudeste, em especial Minas Gerais, tem os blocos de rua como característica principal, por herança Europeia, do período Vitoriano, onde as fantasias, máscaras, confetes e serpentinas ocupam maior espaço. Cidades com forte tradição carnavalesca como Ouro Preto, Sabará e Diamantina, possuem estruturas famosas e antigas de blocos, em muitos casos, formados por famílias inteiras e passadas de geração a geração A capital, Belo Horizonte, retomou a tradição do carnaval há poucos anos e, embora a história local tenha sido construída com os desfiles de escolas de samba, hoje o movimento acontece de maneira mais forte com a formação dos blocos de rua. Uma festa que reapareceu por iniciativa popular, com objetivo de ocupar a cidade e questionar ações políticas, transformou-se em uma das maiores folias do país. Hoje, o carnaval no Brasil representa mais que um período de diversão que precede um ciclo sagrado. A festa que percorreu grande parte da história da humanidade, representa a liberdade de expressão de povos que já foram perseguidos, a rica diversidade cultural brasileira, a força das tradições regionais e de um povo que ocupa as ruas das cidades, cantando marchinhas de luta e desfilando seus sambas, seus baques, seus santos, seus axés. Que essas vozes, essa luta, essa diversidade, possam ser vistas e ouvidas sempre, não só em alguns dias de “liberdade”.
Paralisação de atividades, demissões e reclamações sobre degradação. Autoridades de Raposos cobram mudança de postura de mineradoras instaladas na cidade As empresas PC Mineração e Comar Extração de Areia Ltda, autorizadas a realizar a atividade de dragagem e desassoreamento no Rio das Velhas, em Raposos, paralisaram suas atividades e demitiram todos os 30 funcionários. Segundo o sócio-proprietário, Jorge Bolivar de Melo Rezende, a prefeitura enviou um ofício à sua empresa, limitando a carga dos caminhões que transitavam pelo bairro Vila Bela em 10 toneladas. “O trecho suporta peso maior. Não há sentido nessa proibição”, disse Bolivar. Procurada, a prefeitura alegou que não foi comunicada sobre o fim das atividades e que não encontrou documentação sobre as empresas, além dos alvarás de funcionamento. “Não havia
projetos, licenças e notas fiscais”, afirmou o fiscal de rendas Bruno Maia . Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Comar já foi autuada por operar atividade divergente da informada e por degradação ambiental. Em dezembro de 2016, após pedido da empresa, a Secretaria concedeu à Comar um prazo para descomissionamento/desativação. Bolivar tem conversado com vereadores para conseguir uma solução para o impasse. “Queremos continuar o trabalho na cidade. Há muitos ganhos para a comunidade”, afirmou. Nos próximos dias o empresário deve se reunir com representantes da prefeitura para tentar resolver o impasse.
No bairro Galo, córrego afetado gera revolta O vereador Evandro Social (PRB) acionou o Ministério Público para tentar frear o assoreamento do Córrego Espírito Santo e a degradação no bairro Galo, causados pela Phoenix Mineração Ltda. “Exigimos o reparo dos danos e que também não voltem a atuar da mesma maneira, evitando que os problemas continuem”, disse. A mineradora Empabra, que hoje atua no lugar da Phoenix, informou que em até um mês os problemas apontados em nota técnica da Anglo Gold, que vistorou o local, estarão resolvidos.
Onda de assaltos assusta população Uma onda de assaltos em plena luz do dia e arrombamentos em residências e comércios têm deixado os moradores de Raposos em estado de alerta. Em apenas duas semanas, os criminosos fizeram vítimas em diversas regiões da cidade. O professor José Francisco Gurgel Júnior estava viajando quando sua casa foi invadida. “Meu cunhado foi até a casa ver como estava e percebeu que havia sido invadida. Não deixaram nem as roupas de cama”, conta. O major Damon Mateus de Souza, da 1ª Cia.
da PM de Nova Lima, disse que o policiamento será intensificado que serão realizadas operações policiais no município, com recursos de recobrimento de Nova Lima, para melhorar a segurança local. Também serão feitas ações conjuntas com a Polícia Civil para prender os autores dos crimes que forem comprovadamente identificados. A previsão de efetivo da PM em Raposos é de 17 policiais. Durante o dia são empenhados entre 2 a 4 policiais, dependendo da necessidade.
Arquivo pessoal
A casa do professor José Francisco foi invadida enquanto ele viajava. Os ladrões levaram até a roupa de cama da família
Raposos, Nova Lima e Rio Acima - Janeiro de 2017
Ray Ban Cat-eye Lente arredondada R$ 610
John Lenon, o clima nostálgico dos anos 60 e o reforço da Ray Ban com o modelo Ray Ban Gatsby garantem sofisticação a essa tendência vintage. Os óculos de lentes ovais ou arredondadas têm lugar garantido nessa estação.
Ray Ban clássico Armação metálica Lente marrom clara R$ 560
Algo a mais no seu olhar
Lentes espelhadas, redondas e armações cat-eye (as famosas armações gatinha). Esses três estilos de óculos de sol jão são vistos nas ruas e vão continuar garantindo espaço nos lugares mais descolados e nas passarelas mundo afora.
| = a RAPOSA = |
Josi Fiúza
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A produtora, consultora de imagem e fotógrafa Josi Fiúza é multifunções no mundo da moda. Começou a trabalhar muito cedo em lojas de luxo de BH e acabou criando laços com estilistas, modelos e outros profissionais renomados da área. Nessa edição, ela apresenta alguns estilos de óculos que já são tendência garantida nesse verão.
Cat-eye lente espelhada R$ 170
Cat-eye lente degradê Armação dourada R$ 170
Ana Hickman Armação redonda retrô Lente preta R$ 420
Ray Ban espelhado R$ 580
MODA |
Os óculos cat-eye ou estilo gatinha também estão de volta, recordando o glamour do passado. Eles não são para qualquer tipo de rosto, mas também tornaram-se uma tendência do verão.
As lentes espelhadas foram tendência em 2016 e vão continuar. Há lentes de várias cores, como azul, vermelho, verde, amarelo, rosa e prata. Há também diferentes formatos. A dica é jogar as cores das lentes com as cores das suas roupas para criar um look poderoso.
Onde encontrar os produtos desta página: Ótica Solari - 31 3541-7439 - Nova Lima/MG | Ótica Império Glass - 31 3541-1352 - Nova Lima/MG
Lente espelhada prata R$ 190
10 | GERAL | = a RAPOSA = | Raposos, Nova Lima e Rio Acima - Janeiro de 2017
Prêmio
Revelação
Empresarial Os melhores profissionais de Raposos em 2016
Buffet Casa Verde
Paulo Gás Júnior
Lava a jato e troca de óleo Camisa 10
Jornalista Sergiovanne Amaral
Jornal revelação A Raposa
Marc Som Eletroeletrônica
periodontia e implantodontia
Dr. Paulo André Franco
Advogado Dr. Igor Bruno Góes
X3 sonorização e eventos
Gráfica Fróes
BMF Espeteria / BMF Car Love
Ciro Calçados e Esportes
Villa Açaí
Ascar Reciclagem
Supermercado Raposão
Açougue Modelo
Casa de Carne Modelo
Salão masculino El Shaday
Turismo JLage Viagens
Natan Zór Fotógrafo
Estrela Futebol Clube
Suca subgerente Ciro Calçados
Cidadã Simpatia Maria Terezinha Silva
Eva Maciel Noivas e costuras
Estação Motos
Bar da Gianetti
Salão Filadelfia
Pães e Lanches Raposos
In Midia Diego Galdino - locutor
Eletrofort
Músico Ricardo Moreira
Drogaria Drogamar
Sandra Portela Moda feminina e masculina
Restaurante da Fabrícia
Rosa Maria Ornamentações
Raposos, Nova Lima e Rio Acima - Janeiro de 2017
| = a RAPOSA = |
WALTER FERREIRA • COMPORTAMENTO
GERAL |
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EM DIA
Tevendomevi Bom ano novo, caro leitor! Ano novo, vida nova! Muitas promessas são programadas no início do ano. Perder peso, casar-se, separar-se, arranjar um novo emprego, um novo amor, pagar contas impagáveis, e por aí vai uma lista imensa... Quantas vezes ouvimos isso no início e também ao longo do ano? Muitas vezes não passam de vãs promessas. Outras cumprem-se ou se cumprirão. Buscar o ideal do ego é uma luta constante e frequente do ser humano. Na verdade, nós não nos aceitamos como pessoa, como sujeito. Buscamos sempre o ideal do eu. Mas pergunto: o que é ideal para você? Muitas vezes o ideal nos trai, engana, cobra e não se mostra. Há sempre um mas, em tentar melhorar, aprimorar, plastifi-
car, fazer academia várias vezes na semana, comprar um carro novo, vestir-se na moda, com afinco, ter um belo corpo, belos dentes, muita boa saúde, ser um amigo fiel e compreensivo e a enorme fileira dos bons – bom filho, bom marido, bom pai, bom funcionário, bom chefe, bom vizinho, bom cidadão, bom religioso e outro infinitos de muitos bons... Muitas vezes ser bom em tudo é um enorme sacrifício. E o termo tem origem nas palavras “sacro” + “ofício”, ou seja, ofício sagrado. Como é difícil apenas “ser”. Ser o que se é, sem cobranças, sem culpa, sem pressão, sem nada. Apenas ser. Esse é um grande dilema para o homem moderno. A modernidade cobra isso dele, assim como a sociedade.
Exemplo ideal pra que tipo de sociedade? Se eu lido bem comigo, as coisas, os fatos, vão bem. Se não, é um enxame de cobranças, exigências de todo tipo, que nos enfadonham, nos adoecem e muitas vezes nem merecem respostas... Liberte-se, seja você mesmo como você é: tente ser livre dentro dos seus limites e da sociedade. Aprenda a viver com pouco, apenas o necessário. Só aí, você verá sua vida melhorar demais. Não compare. Não meça. Não estabeleça padrões nem para si e muito menos para o outro. Apenas viva e tente ser feliz. É isso que importa. Você ser feliz. Permita-se ser feliz. O que é a felicidade? Pergunta difícil. Resposta mais ainda. A felicidade é fugaz,
feita de pequenos momentos, muitas vezes de pura intensidade. O seu olhar para uma criança pode ser um momento muito feliz. Ou não. Depende da circunstância e do que o seu EU quer naquela hora para si e para o outro. Viva a sua vida com intensidade nos bons e até nos maus momentos. Ninguém está livre deles. Apenas viva. E tente fazê-lo sempre com muito bom humor. Assim você viverá mais e melhor, cuidando da sua saúde física e mental, para a sua felicidade geral. Bom ano que se inicia! Walter Ferreira Filho é psicólogo clínico wferreirafilhobh@gmail.com (31) 9 9718-8177 | (31) 3223-2019
12 | GERAL | = a RAPOSA = | Raposos, Nova Lima e Rio Acima - Janeiro de 2017
Prefeituras não vão bancar Carnaval As prefeituras de Nova Lima, Raposos e Rio Acima não realizarão festas de carnaval este ano, alegando contenção de gastos e a necessidade de investir imediatamente em setores básicos. Em Nova Lima, a
festa custaria cerca de R$ 2 milhões. Em Raposos, estima-se que R$ 400 mil seriam gastos. Flávia Cristina Soares, diretora do bloco Sungajaras, de Raposos, apoiou a decisão da prefeitura. “Saúde e educação tem
total prioridade frente ao lazer”, disse. A recomendação é para que os blocos e as escolas de samba não desfilem nas ruas porque não haverá policiamento suficiente para garantir a segurança dos foliões.