Ano 13 - Nº 105 - Maio 2014
ta Entrevis
Zeca o h n i d Pago
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“Nunca fiz um gol, mas na vida é diferente, fiz vários” Nascido em Irajá, subúrbio do Rio, em 1959, Jessé Gomes da Silva Filho, conhecido como Zeca Pagodinho, trabalhou duro antes de conhecer a fama. Quarto de uma família de quatro filhos, foi feirante, camelô, office-boy, contínuo e até anotador de jogo do bicho. Apesar disso, o samba estava marcado em seu caminho. Zeca não perdia uma roda no bairro e criava amizade com bambas como Monarco, Almir Guineto, Mauro Diniz e Paulão 7 Cordas. A partir de antológicas rodas de samba no Cacique de Ramos, que frequentava assiduamente, teve músicas gravadas por Beth Carvalho e Alcione. O sucesso veio a galope. Zeca Pagodinho é hoje unanimidade nacional e, sem dúvida, o sambista mais bem sucedido do Brasil. O artista está lançando o projeto multimídia “Sambabook Zeca Pagodinho” que inclui dois CDs, DVD, Blue Ray, especial de TV, discobiografia, partituras e até aplicativo para smartphones e tablets. Em entrevista, Pagodinho fala sobre espiritualidade, música, inspiração e temas sociais. “Me incomoda muito ver crianças nas ruas cheirando cola”, critica o artista. Questionado se tem alguma utopia, não vacila em responder: “Queria ver um Brasil melhor”. Leia mais nas páginas 8 e 9
Nesta : o Ediçã
Wadih Damous Mauro Santayana Emir Sader Ricardo Rabelo
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Editorial
Maio / 2014
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Não à barbárie
O recente linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, em
ano, em 15 dos 26 estados da Federação, foram registrados 36 lin-
Guarulhos SP, colocou o Brasil na berlinda. Apelar para a “justiça com
chamentos, sendo que 19 resultaram na morte das vítimas. Segundo
as próprias mãos” representa a volta à barbárie, uma violência contra
a Universidade de São Paulo, de 1980 a 2006, o país registrou 1.179
os princípios básicos de convivência humana. Esta prática tem de ser
casos de linchamento.
condenada em todos os níveis, desde os governos, dirigentes políticos,
Na vizinha Argentina, fatos semelhantes aconteceram em abril pas-
sociais, empresariais, até líderes religiosos e meios de comunicação. Os
sado. Pelos menos 10 pessoas foram linchadas após praticarem delitos
linchamentos atentam contra o direito à vida e à presunção da inocência
nas cidades de Córdoba, La Rioja, Rosário, Santa Fé e Buenos Aires. Segundo o diretor da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque,
e eliminam a chance de defesa. Parte da sociedade acredita que linchamento é uma opção cabível,
o Estado e a sociedade não podem tolerar a formação de grupos de
inclusive difícil de ser punido. O crime, mesmo não estando tipificado
vigilantes privados, sob o risco de aumentar a violência e alimentar a
pelo Código Penal, é homicídio qualificado, com
cultura do extermínio que atinge, majoritaria-
pena de 12 a 30 anos de prisão. A Ordem dos
mente, jovens pobres e quase sempre negros.
Advogados do Brasil adverte que podem ser res-
A justiça é a melhor ferramenta para punir
ponsabilizados não apenas quem pratica, mas
qualquer delito, do menor ao mais grave. Por
também pessoas que incitam ao linchamento e
sua vez, a Internet e as redes sociais não podem
que fornecem os meios para a agressão. No caso
ser terreno fértil para a disseminação desta vio-
de Fabiane, a polícia já prendeu cinco pessoas
lência coletiva. A resposta do judiciário tem de
ser implacável. É imperioso que as autoridades “Só seremos o país do futuro se provarmos competentes façam uma reflexão sobre formas Fatos semelhantes têm acontecido em todo que estamos preparados para a mais efetivas de superar a deterioração de vao Brasil. Em janeiro, no Rio, um menor negro de efetiva condenação destes crimes” lores tão importantes como o respeito à vida, à 15 anos foi amarrado nu a um poste acusado acusadas de participar do crime.
por populares de praticar assaltos. No Espírito Santo, o caminhoneiro José Querino de Paula foi apedrejado após um atropelamento. Casos semelhantes estão nas páginas policiais em todo o país. Apenas este
integridade física e à dignidade humana. Só seremos o país do futuro se provarmos que estamos preparados para a efetiva condenação destes crimes.
Onde encontrar: Associação Brasileira de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas do Rio, São Paulo e BH, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Sindicato dos Petroleiros, Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, Escola de Comunicação, Instituto de Economia, Instituto de Filosofia, Escola de Serviço Social, Escola de Música, Instituto de Psicologia, Fórum de Ciência e Cultura, Faculdade de Direito (UFRJ), UERJ, Café Lamas, Fundição Progresso, Cine SESC Botafogo, Cordão da Bola Preta, Botequim Vaca Atolada, Livraria Leonardo da Vinci, Bar do Gomez, Bar do Serginho, Bar do Mineiro, Bar Santa Saideira, Banca do Largo dos Guimarães (em Santa Teresa), Padaria Ipanema, Casarão Ameno Resedá, Studio RJ, Faculdade Hélio Alonso, Arquivo Nacional, Galeria Catete 228, Livraria Ouvidor (BH), Livraria Quixote (BH), Livraria Mineiriana (BH), Livraria Cultural Ouro Preto (Ouro Preto).
Diretor e Editor: Ricardo Rabelo - Mtb 21.204 (21) 3547-3699 bafafa@bafafa.com.br Diretora de marketing: Rogeria Paiva (21) 3546-3164 mercomidia@gmail.com
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A crise das UPPs Wadih Damous*
saparecendo em seguida, e provocar tiroteios de
sença do Estado em outras áreas, como saúde,
forma a responsabilizar policiais - com ou sem
educação, lazer, saneamento básico e criação de
extensas reportagens, ilustradas com fotos im-
razão pelos mortos ou feridos da comunidade.
oportunidades de trabalho; e os critérios distorci-
pactantes, sobre conflitos envolvendo a polícia
Por sua vez, os moradores perceberam que
dos para a escolha dos locais que receberiam as
em comunidades pobres. Imagens de ônibus
podem reagir à truculência policial e aos tiroteios,
UPPs, dando mais importância ao turismo e às
incendiados por moradores, estimulados ou não
que fazem vítimas inocentes e infernizam a vida
competições esportivas que o Rio vai receber do
por traficantes desejosos de desgastar a ação
nas favelas, indo para as ruas, parando o trânsito
que à real situação de segurança pública. Esses
policial, estão tomando as páginas dos jornais.
e chamando a atenção da sociedade.
e já passou da hora de serem enfrentados.
Quase diariamente os jornais têm trazido
A percepção de que o projeto das UPPs
Mas há outro obstáculo que, se não for solu-
está em crise e entrou num momento crucial se
cionado, pode jogar por terra qualquer concepção
generalizou. O quadro em nada se assemelha
mais civilizada de segurança pública: a Polícia
ao de quatro anos atrás, quando elas foram o
Militar.
carro-chefe para a reeleição do então governador
Sérgio Cabral.
a PM hoje é uma quase uma milícia fardada. A
O debate ganhou, com razão, importância na
corrupção e a truculência, principalmente no trato
sociedade. Afinal, a opção pelas UPPs no lugar
com os humildes, estão generalizadas. Por isso,
da política de guerra aberta e de terra arrasada
é preciso investir em uma nova polícia. Com esta
nas favelas, aplicadas no início do primeiro gover-
que temos é possível que qualquer projeto de
É preciso dizer que, respeitadas exceções,
no Cabral, foi um inegável avanço. As UPPs são
Diante desse quadro, é preciso buscar saídas
segurança baseado no respeito à cidadania das
uma concepção de segurança pública aparentada
para as UPPs, sem fugir da perspectiva de uma
pessoas, sejam elas de classe média ou mora-
com o policiamento comunitário, que sempre foi
polícia integrada à comunidade e garantidora de
doras de favelas, esteja condenado ao fracasso.
defendido pelas correntes progressistas. De-
sua segurança - um dos serviços essenciais que o
Está na hora de se pensar seriamente na desmi-
monstração de como elas ajudaram a melhorar
Estado tem que prestar aos cidadãos. A hipótese
litarização da polícia ostensiva e da unificação
a situação foi a diminuição do número de homi-
de abandono da concepção de policiamento co-
das atuais polícias Civil e Militar. Sem isso, não
cídios nas áreas em que foram implantadas e o
munitário nas favelas, com o recuo puro e simples
se terá uma nova política de segurança pública.
apoio da maior parte de seus moradores.
à situação anterior, seria um enorme retrocesso.
E não se terá um policiamento comunitário que
respeite os cidadãos, sejam eles pobres ou ricos.
Hoje, porém, depois de um momento inicial
Dois graves problemas relacionados com
em que se retraíram, os bandidos partiram para
a implantação das UPPs já foram apontados
outras táticas para desgastar a presença policial
exaustivamente, o primeiro deles até mesmo pelo
nas favelas: fazer ataques rápidos às UPPs, de-
secretário José Mariano Beltrame: a falta de pre-
•Padaria •Confeitaria •Lanchonete
PADARIA IPANEMA Rua Visconde de , 325 - Rio
(21) 2522-6900/2522-8397 :2522-7144
*Wadih Damous é presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e da Comissão da Verdade do Rio. Artigo publicado no Jornal do Commercio.
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Informe Publicitário
Reeleita direção do Sindipetro-RJ
Petroleiros da ativa e aposentados reelegeram a direção do Sindipetro-RJ. Na verdade essa é a consagração de um trabalho realizado em defesa da categoria e da Petrobrás. Sempre buscamos o diálogo, a negociação para resolver os problemas da categoria, mas nunca nos ausentamos da luta! Nosso jurídico tem arrancado vitórias importantes para a categoria como os níveis de 2004/2005/2006 para os aposentados, também na complementação da RMNR, vitória nas ações contra a Transpetro e a Petrobrás, etc. Mas diante da intransigência e truculência da direção da companhia usamos de um arsenal para tirar essas pessoas da zona de conforto: enterro simbólico,
escracho, rolezinho, Praga da Casa. Temos tido importantes vitória com essas armas. Conseguimos reintegrar dois petroleiros injustamente demitidos e constituir um Grupo de Trabalho para estudar as perdas dos aposentados e uma Comissão de Anistia que tem se reunido, porém os direitos dos aposentados e a Anistia não têm avançado como desejamos. Com os rolezinhos buscamos pressionar a empresa para avançar nos direitos dos aposentados, na Anistia e na defesa da Petrobrás. Toda última sexta do mês tem rolezinho, o próximo vai ser 30/6. Precisamos aumentar a pressão. Precisamos defender a Petrobrás, mas denunciar os corruptos na Petrobrás. Lugar de corrupto é na cadeia. E os petroleiros mostram com resultado a grandeza da nossa empresa que não para de crescer. Vamos continuar empunhando a ban-
deira em defesa dos ativos, dos aposentados, da anistia. Nessa eleição, nosso sindicato se orgulha de ter realizado dois debates ao vivo entre as chapas em nossa TV petroleira, cuja cópia está disponível em nossa página eletrônica. Transmitimos a apuração da eleição online em tempo real pelo Facebook. Somos dos poucos sindicatos que dão igualdade as chapas na disputa da eleição. O dinheiro da categoria financia boletins, faixas e galhardetes para as chapas em disputa. Apoiamos com orgulho vários movimentos sociais, estudantis e sindicais. Estamos sempre ao lado das legítimas bandeiras da sociedade e dos trabalhadores. Agradecemos a todos que nos ajudaram a construir essa vitória inclusive aos nossos oponentes. Agora somos todos petroleiros em busca de novas vitórias!
Para garantir OPOrtUniDaDES igUaiS DESDE CEDO, O gOVErnO FEDEraL EStÁ inVEStinDO FOrtEMEntE
na EDUCaçãO. Aqui no Rio e no Brasil inteiro. Recursos garantidos para a construção de 216 creches e pré-escolas. Mais de 14 mil professores participam do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa. Quase 3 mil escolas já oferecem educação em tempo integral.
É assim que o Brasil combate a desigualdade social e se torna
UM PAÍS CADA VEZ MAIS JUSTO.
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Ricardo Rabelo Tiro no pé
Pode ser um tiro no pé a recente decisão do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, de revogar o direito a trabalho externo de condenados do mensalão. Barbosa alega que os condenados precisam cumprir um sexto da pena para obter o benefício. Acontece que o magistrado contrariou jurisprudência praticada há 15 anos pelo Superior Tribunal de Justiça que considera que a concessão de trabalho externo a presos no regime semiaberto não depende do cumprimento de um sexto da pena. Com a decisão, pelos menos 400 presos terão que voltar a cumprir pena apenas no Complexo da Papuda, no DF. Em todo o país, milhares de presos nesta condição terão que permanecer reclusos, aumentando a superlotação penal. E agora?
Menos Lamentável o editorial de um grande jornal carioca que afirmou que o
presidente do STF estaria sofrendo uma campanha “insana” de dirigentes petistas. O jornal afirma que as críticas são “um desatino” político e “atiçam” a ação criminosa de militantes. E completa com a seguinte pérola: “a democracia brasileira não pode servir de adubo para a violência”. É importante lembrar a este jornal que estamos em pleno regime democrático de direito e que críticas são normais. Ao contrário deste jornal, que apoiou a Ditadura, a livre manifestação de pensamento não pode ser vista como afronta a nenhum poder da República.
Dilma
Patético é ver a oposição esbravejar pelo fato da presidente Dilma estar divulgando as realizações de seu governo. Até o recente pronunciamento dela em
rede de TV foi questionado no Superior Tribunal Eleitoral. É notório que o propósito é impedir que Dilma informe a opinião pública suas realizações. Uma pergunta que não quer calar: FHC não fez o mesmo quando presidente com o Plano Real?
Dilma II
Se Dilma continua liderando as pesquisas antes do início da campanha, imagino que quando for lançada oficialmente, irá aumentar a preferência entre os eleitores. Além de ter um amplo leque de realizações ainda contará com o apoio de Lula que promete “suar a camisa” em seu favor. Mesmo sendo Dilma a candidata, Lula irá percorrer o país servindo de “cabo eleitoral de luxo”. Me desculpe a oposição, mas somente um fator gravíssimo poderá impedir seu favoritismo, tanto no primeiro como no segundo turno.
Aécio O pré-candidato tucano Aécio Neves mostrou ao que veio. Em recente declaração à imprensa disse que
será o candidato do “agronegócio”. O político deixou claro que vai beneficiar os grandes fazendeiros em detrimento da agricultura familiar. O mais incrível é que falou isso sem escrúpulo nenhum. Aécio II Quanto mais bate nas realizações de Dilma, mais sentirá os efeitos negativos ao longo da campanha. Afinal, quem pode ser contra a Bolsa Família que tirou 45 milhões de brasileiros da miséria? Quem pode ser contra o programa “Mais Médicos” que levou milhares de médicos para todos os rincões do país? Oportunisticamente, Aécio tenta surfar na “crise” criada pela grande imprensa em torno da Petrobras. Está claro que a intenção é criar uma crise artificial que pode ter efeito bumerangue. Quem viver verá!
Vinculo Não podem dizer que apoio o governo Dilma por compromisso partidário. Quero deixar claro que sequer sou filiado ao PT e sempre que preciso, faço críticas também. O que acho injusto é que a mesquinhez político-eleitoral prevaleça sobre a verdade.
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Temos que olhar o Brasil de forma macro e reconhecer que estamos em outro patamar econômico-social. Críticas são sempre salutares, mas achincalhe por achincalhe é desonestidade. Pelo quadro pintado pela oposição, o Brasil está hoje “pior”, à beira do precipício. Quem pode acreditar nisso?
Copa Estou torcendo para que tenhamos um grande mundial. A minha única crítica é que o comércio e a indústria hoteleira aumentaram os preços assustadoramente. Hoje, em qualquer cidade que abrigará a Copa, tudo está absurdamente mais caro. Precisava disso? Não era esse o “legado” que queríamos para o nosso país!
Copa II Espero que prevaleça o bom senso e que o sucesso da Copa não seja prejudicado pela intolerância. As categorias profissionais em greve e os governos municipal, estadual e federal devem chegar a um consenso sem prejudicar o evento. Acho que o princípio básico de uma negociação é ceder dos dois lados. Que assim seja!
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Ganhar para avançar Emir Sader* O que se está esgotando não é o governo do PT, mas sua primeira fase. A prioridade das políticas sociais é amplamente vitoriosa, foi e continua sendo a responsável pelo imenso processo de democratização social por que passa o Brasil desde 2003. É assim que diminuímos a exclusão social, a desigualdade, a pobreza e a miséria – objetivo fundamental de um país que sempre carregou esses carmas -, mesmo em meio a uma
/minsaude
profunda e prolongada recessão internacional. A política externa que prioriza os processos de integração regional e os intercâmbios Sul-Sul se confirmou como a melhor forma de inserção internacional do Brasil e de contribuição para o desenvolvimento das áreas sempre exploradas e subordinadas e de construção de um mundo multipolar. Essas políticas têm é que avançar muito, especialmente no Mercosul, na Unasul, no Banco do Sul, no Conselho Sulamericano de Defesa.
O papel ativo do Estado é o responsável por o Brasil ter resistido à crise, fortalecendo os bancos públicos, induzindo a reação ativa diante da crise e não se submetendo a ela. Precisamos, sim, é readequar o Estado para um papel ainda mais ativo na economia, ainda mais quando setores do empresariado privado resistem a participar do esforço produtivo do país e se refugiam na especulação financeira. Assim, os caminhos escolhidos pelo governo Lula – prioridade do
social, integração regional, papel ativo do Estado – são corretos e, ao contrário de ser abandonados, devem ser fortalecidos. Mas esses avanços foram obtidos explorando as linhas de menor resistência do neoliberalismo, sem alterar as estruturas de poder, que seguem vigentes, e se colocam como obstáculos para dar continuidade e aprofundar a radical transformação democrática que o Brasil precisa. As políticas sociais podem seguir, mesmo com crescimento
/minsaude
O PROGRAMA MAIS MÉDICOS TROUXE MAIS SAÚDE PARA O RIO DE JANEIRO. Só aqui no estado, já são
495 médicos levando atendimento de qualidade a
72 municípios* *Abril de 2014
Mais Médicos no Brasil:
Dobrou o investimento
em atenção básica
Atendeu mais de
Cerca de
da demanda dos municípios
de pessoas beneficiadas
100%
49 milhões
O Programa Mais Médicos do Governo Federal superou uma grande meta: em apenas oito meses, atendeu a mais de 100% dos municípios cadastrados no Programa. O Rio de Janeiro faz parte desta conquista com mais de 234 milhões de reais investidos, além da ampliação e melhoria do atendimento médico oferecido à população, principalmente a que vive nas localidades mais distantes e nos bairros mais pobres. Confira se a sua cidade está participando do Programa. Acesse o site maismedicos.saude.gov.br ou ligue 136.
menor, mas tem um limite. Além de que, somado às políticas de distribuição de renda, se necessita melhorar a qualidade das políticas sociais, especialmente as de saúde, educação, transporte, segurança pública, cultura, entre outras. Esse deve ser um objetivo prioritário do próximo mandato. O crescimento econômico requer imperiosamente a quebra da hegemonia do capital especulativo, o que supõe realizar o que a Presidenta Dilma tinha prometido para seu primeiro mandato: colocar as taxas de juros no nível internacional, para desincentivar a especulação financeira e a vinda de capitais para usufruir de taxas de juros muito altas e tributação baixa. O Estado, por sua vez, precisa ser reformado para readequar-se aos processos de transformação que o país precisa enfrentar. Precisa de uma reforma tributaria socialmente justa, em que quem ganha mais paga mais. Com o Estado, o sistema político precisa sofrer transformações que tornem a representação popular mais legítima. O financiamento público de campanhas e critérios mais rigorosos para o registro de partidos são necessidades urgentes. A convocação de uma Assembleia Constituinte autônoma é a única vida possível para essa reforma e tem que constar desde agora no calendário do próximo ano. Se trata agora de ganhar para avançar. Não é mais possível simplesmente administrar o modelo tal qual existiu até agora, sem reformas estruturais que desbloqueiem os obstáculos que tem freado o crescimento econômico e dificultado a melhoria dos serviços públicos. Dilma tem que se comprometer, desde agora, com as transformações estruturais que abram uma segunda etapa dos governos do PT. Trata-se de ganhar para avançar, para transformar as estruturas profundas do poder, herdadas ainda da ditadura e do neoliberalismo. *Professor e sociólogo, publicado no site Carta Maior: www.cartamaior.com.br
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Uma biblioteca e Um parqUe no coração do rio. e os dois são o mesmo lUgar.
A Biblioteca Parque Estadual, que o Governo do Rio acaba de inaugurar no Centro, tem muito mais do que estantes repletas de livros. Ela é um espaço público, acessível e sustentável que abre um mundo de possibilidades para você. 200 mil livros, 20 mil filmes, 3 milhões de músicas, teatro, auditório, estúdios de gravação, exposições, salas multiuso, jardim suspenso, espreguiçadeiras, área infantil... Um lugar tão diferente que visitar é a única maneira de entender. A Biblioteca Parque Estadual fica na Avenida Presidente Vargas, 1.261. Outras Bibliotecas Parque já existem em Manguinhos, Niterói e Rocinha.
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Zeca Pagodinho
Entrevista
Por Ricardo Rabelo
“Nunca fiz um gol, mas na vida é diferente, fiz vários”
Nascido em Irajá, subúrbio do Rio, em 1959, Jessé Gomes da Silva Filho, conhecido como Zeca Pagodinho, trabalhou duro antes de conhecer a fama. Quarto de uma família de quatro filhos, foi feirante, camelô, office-boy, contínuo e até anotador de jogo do bicho. Apesar disso, o samba estava marcado em seu caminho. Zeca não perdia uma roda no bairro e criava amizade com bambas como Monarco, Almir Guineto, Mauro Diniz e Paulão 7 Cordas. A partir de antológicas rodas de samba no Cacique de Ramos, que frequentava assiduamente, teve músicas gravadas por Beth Carvalho e Alcione. O sucesso veio a galope. Zeca Pagodinho é hoje unanimidade nacional e, sem dúvida, o sambista mais bem sucedido do Brasil. O artista está lançando o projeto multimídia “Sambabook Zeca Pagodinho” que inclui dois CDs, DVD, Blue Ray, especial de TV, discobiografia, partituras e até aplicativo para smartphones e tablets. Em entrevista, Pagodinho fala sobre espiritualidade, música, inspiração e temas sociais. “Me incomoda muito ver crianças nas ruas cheirando cola”, critica o artista. Questionado se tem alguma utopia, não vacila em responder: “Queria ver um Brasil melhor”.
Você é uma pessoa espiritua- minha praia. E também não dá mais e ligo o gravadorzinho para não para ficar até 5 horas da manhã na esquecer. Quando quero compor lista? Eu sou. Amo a Deus em primeiro lugar. Sem ele ninguém anda para frente. Minha cabeça quer cantar e viver. Meu papel é fazer e cantar samba, levar alegria, buscar alegria.
A espiritualidade ajuda na tua carreira? Sempre, com São Jorge, as crianças aqui no meu peito (Cosme e Damião). É bom estar com Deus no coração, os orixás, os mentores do bem.
Você frequenta rodas de samba? Não dá mais. Estou sempre chegando de viagem e com agenda cheia. Eu geralmente sou convidado por amigos para rodas em Xerém e Curicica, mas sempre informalmente. A roda do Cacique de Ramos agora é tocada por outra geração de músicos, é uma turma legal, mas não é a
rua (riso).
O sucesso atrapalha? Atrapalha em alguns momentos, a moeda tem dois lados. Sou um ser humano, tem dia que acordo invocado. Eu gostaria de ir ao zoológico com a minha filha e não posso. Tenho que explicar isso para ela. Em Xerém vou ao supermercado, à feira, todo mundo me conhece. Até os caras dos CDs piratas quando me veem falam “olha ele ai” (riso). O meu trabalho sustenta e leva alegria para muita gente. Teve um médico que disse que seu paciente só se acalmava ouvindo “Deixa a vida me levar”.
Qual é o melhor lugar para compor? Isso não existe. Até em sonho eu componho. Acordo no meio da noite
chamo o Arlindo Cruz, Dudu Nobre e Jorge Aragão. Nestes encontros, a gente faz 10 músicas e em compensação fica três dias de ressaca (risos).
O amor é a melhor fonte de inspiração? Quando você está amando está em estado de graça. Não tem como ser repetitivo, basta ver o Arlindo escrever um samba atrás do outro.
Como você está vendo a violência no Rio de Janeiro? Até os violentos estão incomodados. Só Deus mesmo para resolver. Se a gente não tiver fé, não resolve. Não pode é vacilar na fé.
Como define esse novo trabalho sambabook?
Ainda bem que estou vivo e não morri né? (riso). Estou meio pálido nesta foto (riso). A gravação foi uma festa, como são todas as minhas gravações. A Brahma pôs uma geladeira cheia de cerveja e a Velha
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Essa pergunta merecia um respostaço, mas eu não tenho para te dar. Eu tenho vontade de abrir uma rádio para tocar só o que eu gosto (riso). O que eu sei é que a cada dia está pior para ouvir rádio. O que salva é o programa da Dorina e do Rubens Confete na rádio Nacional.
Quando soube da sambabook? Tomei conhecimento do projeto quando estava ensaiando e o Martinho estava gravando do outro lado. Aí vi maior festa rolando quando ele gravava o sambabook dele com um monte de convidados.
Em seus 30 anos de carreira qual é a música que mais ter marcou?
E se o Frejat te convidar a gravar rock?
Acho que foi “Deixa a vida me levar”. O Brasil inteiro cantou e se emocionou com esta música.
Eu vou lá e canto (riso).
Eu não sei mexer com tecnologia, não sei fazer nada (riso). Até para ouvir CD preciso de alguém para ligar o som. Botaram um aparelho tão moderno que eu não sei ligar. Só escuto música quando vou a Xerém e ouço os cedezinhos dos meus compadres já pensando nos que posso gravar.
As escolas de samba estão voltando a olhar para o samba de raiz?
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Por que as rádios tocam pouco samba?
Guarda levou galinha com quiabo (riso). Recebi o Frejat, Dudu Nobre, Maria Rita e um monte de convidados. A lista foi feita pela gravadora, não opinei.
Como está vendo as novas mídias?
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Não vou ao Maracanã, vai ser lá em casa mesmo com minha cervejinha ao lado do telão. e depois virava partido alto. Quando chegava novembro a gente parava com as rodas. Mas, sou portelense e apaixonado pela sua velha guarda que está sempre cantando na minha casa.
Se o Brasil for à final, quem seria melhor enfrentar?
Pô, que perguntão para quem não entende nada de futebol! Não sei, talvez o meu time de Xerém (riso). Agora, Brasil é Brasil, né? Vou enfeitar a minha casa. Eu gosto é da Verdade que vai lançar uma mú- festa. Não vou ao Maracanã, vai sica para a Copa do Mundo? ser lá em casa mesmo com minha Sim, um samba do Altair Veloso e cervejinha ao lado do telão. Paulo César Feital que eu acabei de gravar para o disco Festa Brasil com Você acha que sua carreira ajumúsicas para a Copa dou a levantar o samba?
Eu não sou cria de escola de samba. Eu venho de terreiros e de blocos. Antigamente a gente falava que nosso Foi a Beth Carvalho que abriu tudo pessoal era de “meio de ano”. Era o Você é bom de bola? aí. Ela já tinha nome e levou a rapasamba de inverno, de botequim. Era Nunca fiz um gol. Mas, na vida é ziada do Cacique para tocar e gravar um samba que começava com choro diferente, fiz vários (riso). com ela.
Quem é Zeca Pagodinho? Esse cara que você está vendo. Posso estar aqui, ou na favela, na praia, em Xerém ou no palco. Eu sou uma mistura de Almir Guineto, Martinho da Vila, João Nogueira, Paulinho da Viola. Eu venho dessa escola aí.
Qual seria seu recado para as novas gerações de músicos? Não desistir, né? Mas, tem que fazer música boa, com mensagem e qualidade.
Você tem alguma utopia? Queria ver um Brasil melhor e que as guerras acabassem. E que as crianças tivessem escolas. Me incomoda muito ver crianças nas ruas cheirando cola.
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Não é a Venezuela! Mauro Santayana*
Para alimentar sua população, e afastar o risco de uma crise de abastecimento, governo mexicano pede que Brasil e Argentina forneçam, em caráter de emergência, 300.000 toneladas de frango. É de dar pena. Mas, para infelicidade de seu próprio povo, o modelo neoliberal mexicano continua fazendo água por todos os lados. Empresa menos rentável da América Latina no ano passado, segundo o site especializado Latinvex, a PEMEX teve, em 2013, o maior prejuízo de sua história, da ordem de mais de 12 bilhões de dólares – e ele já passa de U$ 2.5 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Enquanto isso, com todos os seus problemas, a Petrobrás - eleita no mesmo ranking a empresa mais rentável do continente latino-americano em 2013- lucrou, no mesmo período, mais de U$ 10 bilhões. O conteúdo local dos produtos mandados para o exterior, pelos cinco principais setores exportadores mexicanos, segundo a revista local Paradigma, não chega a 60%, contra 90% no Brasil e na China.
Segundo a OCDE, quatro em cada 10 mexicanos não recebem um salário que dê para comprar uma cesta básica. No país mais desigual das Américas, junto com o Chile, não existe seguro desemprego, e 60% da população ativa está na informalidade.
Agora, para ilustrar melhor o que verdadeiramente está ocorrendo por lá, o site especializado em proteína animal www.eurocarne. com, citando a associação de importadores de carnes do México, acaba de divulgar que houve um aumento de 25% no preço da carne
de frango, boi e porco – o suíno, por exemplo, passou de 30 para 48 pesos o quilo - no mercado mexicano, nos últimos meses, devido ao crescimento dos custos de produção nos EUA, seu principal fornecedor de alimentos. Com isso, o consumo de proteínas no país de Zapata, com mais de 50% da população em situação de pobreza, caiu, também, no mesmo período, extraordinários 20%. Para evitar o aumento da inflação e uma grave crise de abastecimento, o governo Peña Nieto está ultimando a importação, da Argentina e do Brasil, em caráter de emergência, de 300.000 toneladas de frango. E ainda tem mexicano - que com certeza não precisa comer empanada na hora do almoço – que fica falando mal da Venezuela nos sites e redes sociais. É isso aí. Trata-se do incompetente e decadente Mercosul, dando de comer ao povo da nau capitânia da “próspera” – o México cresceu a metade do Brasil no ano passado – e “bem sucedida” – na opinião de The Economist e do Financial Times - Aliança do Pacífico. *Jornalista, publicado no site Carta Maior: www.cartamaior.com.br
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Copa sem repressão A Anistia Internacional tem documentado casos de violência policial nos protestos desde junho passado, quando o Brasil assistiu a uma grande mobilização de pessoas nas ruas, em diversas cidades, reivindicando direitos. Há evidências de que a polícia brasileira não está preparada e adequadamente treinada para lidar com estas manifestações públicas: “Diante deste contexto, estamos convocando a sociedade mundial a dar um cartão amarelo de advertência para o governo brasileiro, sinalizando que não aceitaremos violações de direitos humanos em nome dos grandes eventos”, defendeu Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil. Mais informações: https://www.aiyellowcard.org/br Fonte: Anistia Internacional
Ação Fome Zero No ano passado, a Ação Fome Zero completou 10 anos de trabalho. Como a vida é marcada por ciclos, não há como deixar de registrar o momento e avaliar o que aconteceu nesse período. Foram 10 anos de um plano idealista e que teve seu papel no momento histórico no qual vencer a exclusão pela fome era a meta principal. Entretanto, vivemos esses 10 anos com recursos arrecadados no momento da fundação e a perspectiva de término daquele aporte inicial indica que é prudente encerrar as atividades da entidade. Podemos fazer isso com tranquilidade e a agradável sensação de que cumprimos nosso papel. E queremos continuar dessa forma e encerrar as atividades de acordo com que a lei determina. Asseguro, ainda, a intenção de buscar uma entidade ou instituto que acolha o acervo dessa organização e que, quem sabe, possa dar prosseguimento à premiação de gestores eficientes da merenda escolar. Pela parceria nestes anos, muito obrigado! Antoninho Marmo Trevisan, presidente do Comitê Gestor – Ação Fome Zero
Português no mundo A diplomata da Missão de Portugal junto à ONU, Elisabete
Cortes Palma, afirmou que o português é um idioma com grande potencial de crescimento no mundo. A declaração foi feita na comemoração ao Dia da Língua Portuguesa e da Cultura. Segundo ela, atualmente são 250 milhões de falantes de português face a 400 milhões de falantes de espanhol ou de inglês. O português é atualmente a quarta língua mais falada no mundo e a mais falada no hemisfério sul. É também a língua que registra uma das taxas de crescimento mais elevadas de utilização na Internet, nas redes sociais e na aprendizagem como língua estrangeira. A diplomata garante que o português é a terceira língua mais utilizada no Facebook e a quinta maior usada na Internet de uma forma geral. Fonte: ONU
Ignorantes O “Standard & Poor’s” é um nome muito eloquente. Esses tecnocratas de merda são uns ignorantes! Não sabem nada de nada e ganham salários altíssimos e em cada crise que eles desatam acabam aumentando suas fortunas! Porque são finalmente recompensados por essas façanhas, que consistem em arruinar o mundo. Eduardo Galeano, escritor uruguaio
Festival do Rio As inscrições para a Première Brasil do Festival do Rio, que acontece entre os dias 24 de setembro e 8 de outubro no Rio de Janeiro, estão abertas até o dia 4 de julho. A Première Brasil é a seção do festival dedicada à exibição de produções nacionais de longa ou curta-metragem e se divide nas Mostras Competitivas Principais de Ficção, Documentário e Curta-Metragem; na Mostra Competitiva Novos Rumos; e em Mostras Especiais Não Competitivas. Para ser elegível à seleção da Première Brasil, a obra deve ter o Certificado de Produto Brasileiro - CPB registrado na ANCINE. Para concorrer ao Troféu Redentor, longas-metragens de ficção ou documentário devem ter duração acima de 70 minutos, ser inéditos no Rio de Janeiro e não podem ter sido explorados comercialmente no Brasil. Curtas-metragens podem
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ter duração de até 15 minutos. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição no site do festival: http://www.festivaldorio.art. br/2014/premierebrasil/formulario_pbrasil.php Fonte: ANCINE
Editais Funarte
A Fundação Nacional de Artes lançou quatro editais na área das Artes Visuais. São eles: XIV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia; Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais – 2ª edição; Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 7ª edição; e Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais 2014. As portarias foram publicadas nesta mesma data no Diário Oficial da União. As inscrições estarão abertas até o dia 18 de junho. Os recursos em premiações dos quatro editais chegam a R$ 3,3 milhões. Informações: www.funarte.gov.br Fonte: FUNARTE
Edital Biblioteca Nacional A Fundação Biblioteca Nacional torna público o edital de lançamento do Prêmio Literário Fundação Biblioteca Nacional - 2014. Ele tem como objetivo premiar autores, tradutores e projetistas gráficos em reconhecimento à qualidade intelectual de suas obras, publicadas e impressas no período de 1º de setembro de 2013 a 30 de abril de 2014, no Brasil, em língua portuguesa. Mais informações: http://www.bn.br/portal/
Edição Paulista? Como bom mineiro, chego atrasado para as celebrações do centenário do Bafafá (100 edições). Sinto-me também centenário: leio o Bafafá desde que ele nasceu e acho que já está passando da hora de lançar a edição paulista. Fernando Morais, jornalista e escritor
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Adega da Velha: o nordeste em Botafogo Não é preciso ir à Feira de São Cristóvão para apreciar as delícias do nordeste. Em pleno bairro de Botafogo funciona a Adega da Velha, especializada em culinária nordestina. Fundada em 1981, oferece dezenas de pratos, tira-gostos e marcas de cachaça, além do tradicional chope na pressão. O prato cartão visita da casa é a carne de sol acompanhada de baião de dois, aipim frito e queijo coalho derretido. Mas tem também carne seca acebolada, picanha de sol, pernil, feijão no queijo e carne seca, além de bolinho de aipim e queijo coalho no melado. Às sextas e sábados, a adega serve também suculenta feijoada. O sucesso e tradição da casa justificam a recente premiação de “Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro”, outorgado pela Prefeitura. O público tem a opção de bebericar no salão refrigerado, nas mesas da calçada ou ainda no balcão. Adega da Velha Rua Paulo Barreto, 25 loja A/B – Botafogo Funcionamento: de segunda a domingo de 11h à meia noite Informações: 2286-2176
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Sushi Laranjeiras agora com novo nome: O Japa Sushi Inaugurado há seis anos como Sushi Laranjeiras, acaba de trocar o nome para O Japa Sushi. Localizado no charmoso bairro das Laranjeiras, é uma excelente pedida para curtir um legítimo restaurante de culinária japonesa. O público encontra desde o tradicional rodízio ao pedido a la carte. Entre os destaques, o combinado família com 150 peças e ainda o camarão tailandês com molho picante. O salmão é importado do Chile e cortado com facas de louça trazidas do Japão. O salão de 80 lugares e a agradável varanda estão preparados para comemorações de aniversários e outros eventos festivos. O dono da casa, Sérgio Silva, explica o diferencial do restaurante: “Cortamos o salmão em fatias finas, no padrão japonês”. Durante a Copa do Mundo as partidas serão exibidas em TVs LED e serão sorteados brindes entre os presentes. O sucesso da casa já proporciona voos mais altos. Brevemente será inaugurada uma filial também na Zona Sul. Restaurante O Japa Sushi Rua das Laranjeiras, 336 – Loja E – Laranjeiras Funcionamento: de segunda a sexta de 18h à meia noite. Sábados e domingos de 11h30 à meia noite. Informações e reservas: 2285-2791 – 2225-7642 Entregas em domicílio em toda a Zona Sul Site: www.sushilaranjeiras.com.br
A Agenda mais democrática do Rio de Janeiro: www.bafafa.com.br