JBG_Fevereiro 2013

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2013 |

JORNAL DO

Baixo

Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal Ano 12 - Nº153

FEVEREIRO 2013 PREÇO: 0,85 EUROS

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGA

PORTUGAL CEM NORTE

O que muda no gás e eletricidade? A liberalização do mercado energético, nomeadamente a extinção das tarifas reguladas da eletricidade e gás natural, está em curso em Portugal desde o ano 2000 e entra agora na sua fase plena. O JBG, com a ajuda da ERSE e da DECO, tenta ajudar a compreender todo o processo. Eletricidade e gás, serviços básicos essenciais, são agora passíveis de escolha e com concorrência. Boa notícia é que no mercado atual propostas aliciantes não faltam. ERSE e DECO asseguram que a liberalização energética traz consigo liberdade de escolha, concorrência aberta e disputa saudável entre as empresas.

Apregoa a sua chegada com uma melodia característica, quase que uma viagem intemporal a outras gerações e aos confins da memória. João Gonçalves, o «Amola Tesouras», é um resistente do ofício que pedala centenas de km’s, debaixo de sol e chuva, até chegar ao Baixo Guadiana. A rua é estrada, ofício e casa para si. A bicicleta é a companheira de todas as horas. O ofício é o sustento que um dia há-de pertencer apenas às páginas de um livro e a bicicleta de amolar ganhará espaço num museu. Crença, mito ou pura fantasia, diz-se que a sua vinda anuncia chuva. Coincidência ou não, no dia seguinte à sua visita choveu.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

ABERTURA

JBG

Editorial

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Jornal do Baixo Guadiana Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana Helena de Sousa CP 9621 Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Ana Amorim Dias Ana Lúcia Gonçalves Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Raimundo Maria Celeste Santos Nuno António Pedro Pires Rui Rosa Associação Alcance Associação GUADI Associação Rodactiva DECO NEIP Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana

Independentemente das insatisfações e medos que a vida quotidiana contém, da incomodidade e desgosto que nos provoca ouvir e ver o rol de desgraças que nos fazem saber, na abertura de cada sinal diário de rádio ou de televisão, a crise que se arrasta, também criou uma alargada consciência de que não é possível voltar ao de antes. Significa que sem resvalar em demagogias, que nos prometem regressos sem apontar outra coisa senão caminhos estranhos e estreitos, existe também um arregaçar de mangas para realizar o que é possível e está ao nosso alcance. A recente criação da segunda Eurocidade no País (a primeira teve processo idêntico entre Chaves e Verin

– Nordeste e Galiza), resultante do acordo firmado entre Vila Real de Santo António e Ayamonte, dando assim curso à concretização de um Plano de aproximação a uma realidade marcada por zonas de fronteira entre países e comunidades que desde há muito aspiram ver reconhecida tal especificidade, decisão da iniciativa da Euro Região, órgão que engloba as regiões do Alentejo, Algarve e Andaluzia, actualmente presidido por David Santos, Presidente da CCDR Algarve, representa a possibilidade de se partilharem recursos, equipamentos, organização de eventos, promoção conjunta de um destino turístico, de entre outras matérias. Mas, sobretudo significa, uma nova visão sobre a administração autárquica, centrada numa gestão de proximidade na qual, o efeito fronteira, no lugar de um secular obstáculo, passe a ser uma oportunidade dirigida para o desenvolvimento de um território comum. A esta boa notícia acresce o reiterado compromisso de em breve se iniciarem as obras de desassoreamento da barra do Rio Guadiana, bem como algumas

acções pontuais que permitam uma navegação confortável até Alcoutim. Todos os que habitam e partilham as duas margens do grande rio do Sul, gostariam que as obras se prolongassem ao Pomarão. Mas tal limitação não pode esbater o facto de finalmente vermos concretizada uma aspiração de décadas, a qual representa uma importantíssima alavanca de apoio ao desenvolvimento do Baixo Guadiana. Enfrentando dificuldades e lutando contra a desertificação económica e humana, não desistindo e tirando partido de recursos e apoios disponíveis, sublinha-se a importância da aprovação de projectos no quadro do PRODER de 2,5 milhões de Euros que, a serem como se espera, concretizados, representarão postos de trabalho e riqueza produzida como, na mesma linha, é de sublinhar a iniciativa visando potenciar a praia fluvial de Alcoutim com a compra pelo município de terreno destinado a um Parque de Campismo e a uma área de alojamento. Aprofundando e dando sentido real à cooperação entre autarquias e associações empresariais

Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com e/ou joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com

locais, foi possível unir esforços para que em Monte Gordo produto da parceria, entre a Câmara e a Associação de Pescadores, se tornasse viável, com apoio de um fundo comunitário, disporem de um novo trator de apoio ao transporte de embarcações e uma máquina de limpeza da praia. O país também se ergue fruto do somatório de pequenas coisas. As dificuldades que atravessamos também se vencem no aproveitamento de possibilidades a que não tínhamos dado antes valor correspondente. Nas «Histórias de Vida» trazemos aos nossos leitores, pela mão de uma excelente entrevista conduzida pela Joana, a representação humana de uma figura notável, de uma profissão com fim anunciado e de uma vida que hoje, na voragem dos dias e nos egoísmos que nos consomem e deformam, não julgaríamos ainda poder existir. Representa, na sua simplicidade, um passado ao qual também não desejamos voltar. Resta-me recolher como testemunho o que afirma ser a herança recebida dos seus pais: uma estrada de liberdade!

Carlos Luis Figueira cluisfigueira@sapo.pt

Vox Pop O que acha da nova lei de faturação?

Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares

Nome: Pedro Madeira

Profissão: Desempregado

R: A nova lei da faturação apenas vai servir para aumentar a recessão em que vivemos, pois se a carga fiscal já era imensa, o que vai acontecer é que os inúmeros pequenos negócios, pouco lucrativos, mas que mantinham milhares de postos de trabalho, simplesmente vão ser obrigados a fechar portas, uma vez que não irão suportar a carga fiscal. As pequenas e médias empresas vão ser extremamente penalizadas com esta nova medida.

Nome: Joana Caleiro

Profissão: Assistente Operacional

R:

É mais burocracia para fugirem aos impostos. Concordo até ao ponto que haja fiscalização ou mais controlo sobre a situação.

Nome: Paula Gomes

Profissão: Professora R: Se por um lado vai fazer com que o faturado pelo comerciante seja mais real devido à obrigatoriedade da emissão da fatura simples, por outro obriga o cliente a transportar inúmeros talões, inclusivé de uma pastilha elástica, o que me parece absurdo. Parece que andamos todos com uma pistola apontada à cabeça. Por outro lado, porque será que de repente teve de se comprar um sistema de faturação que talvez a maior parte dos negócios não alcance esse lucro ao final do mês? Será que é para dar continuidade, ou daqui a um ano os comerciantes terão de comprar outro?!

Nome: João Martins Profissão: -

R: Mais uma coisa para tramar a vida às pessoas. Todos os dias acordamos com novidades. Enfim, nem sei onde isto vai chegar.

Registo no ICS: 123554 Depósito legal: 150617/00 JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e Facebook

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Foram efetuadas transferências bancárias para validação de assinatura do Jornal do Baixo Guadiana cujo jornal desconhece a identidade do remetente/ assinante. Agradecemos ao visado que contacte o JBG de modo a proceder à atualização e faturação da respetiva assinatura. 2011 - TRANSF Vânia Alm. Torres, 07 Fevereiro 2011 [Banif], € 10,00 - TRANSF Vânia Isabel Pal, 26 Abril 2011, € 10,00 - TRANSF IB 005863530, 10 Agosto 2011 € 10,00 - TRANSF Teresa Maria Norberto, 14 Novembro 2011, €20,00

2012/2013 - TRANSF Jornal do Baixo Guadi, 04 Maio 2012, € 10,00 - TRANSF Alexandre Carlos, 1 Junho 2012, € 10,00 - TRANSF Maria Isabel Gois, 15 Janeiro 2013, € 20,00


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CRÓNICAS * Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico

Vítor Madeira

O insubmisso Praia fluvial de Alcoutim – uma pérola no turismo do Nordeste algarvio Com o objectivo de conquistar novos mercados turísticos, os investidores e operadores apostam, cada vez mais, na diversificação da oferta turística, disponibilizando novos destinos e produtos de elevada qualidade em segmentos específicos como são o turismo histórico, gastronómico, zen, da saúde e bem-estar, ferroviário, cinegético e o enoturismo, entre outros, em detrimento de um turismo de massas e pouco qualificado. Vem isto a propósito da praia fluvial do Pego Fundo e do pro-

jecto da construção de um parque de campismo na vila de Alcoutim, que se afigura como uma alavanca para a economia daquele concelho raiano, potenciando a diversificação dos produtos turísticos do Nordeste algarvio, que tendem a ser orientados para novas ofertas e experiências. Tudo aconteceu em 2000, quando o executivo municipal liderado por Francisco Amaral constatou a necessidade da construção de uma praia fluvial em Alcoutim, para os adultos e crianças da vila, que tomavam banho nas águas do rio Guadiana sem quaisquer con-

dições de segurança. Desde então, o Pego Fundo, uma das primeiras praias fluviais do país, tem registado, além dos alcoutenejos, um crescimento exponencial de banhistas espanhóis, mas também de outros concelhos da região e do país, que anualmente, entre Maio e Setembro, procuram aquela estância balnear pela qualidade da água, pela excelência ambiental, mas também por um conjunto de infraestruturas e serviços de apoio de qualidade, como o atestam os galardões da Bandeira Azul e da Bandeira Praia Acessível conquistados.

Hoje, e porque o espaço já é pouco para os milhares que procuram a praia do Pego Fundo localizada na ribeira de Cadavais para tomar banho ou descansar, a Câmara Municipal arregaçou as mangas e vai aumentar a zona balnear, construir um parque de campismo, um loteamento habitacional, uma ponte de madeira sobre a ribeira e um circuito de manutenção. A concretização deste projeto em Alcoutim representa uma pedrada no charco, no desenvolvimento turístico do Nordeste algarvio, que deste modo assume uma impor-

tância estratégica para o Baixo Guadiana e uma real e efectiva alternativa de qualidade ao turismo massificado do litoral algarvio. Um concelho que até há 20 anos definhava, sendo considerado um dos mais pobres do país, pode encontrar neste projeto uma forma de gerar riqueza, criar emprego, continuar a conservação e a recuperação do património cultural e histórico e ainda dinamizar e divulgar os produtos locais como o artesanato ou gastronomia, contribuindo deste modo para o desenvolvimento sustentável do turismo em Alcoutim.

Continuo a conduzir. Em piloto automático extremamente atento. “Que raio, Ana… como é que arranjas estes sonhos?”. Trespasso as nuvens caídas no chão e penso que tal como o lugar delas não é ali, também a realidade se encontra alterada. O Mundo mudou. As escolhas que pareciam certas na minha juventude não fazem agora grande sentido. Um bom emprego. Um ordenado certo ao fim do mês. Segurança. O que os meus pais queriam para mim; o que todos os pais queriam para o futuro dos filhos, pertence a uma realidade que já é quase irreal. Segui outros caminhos bem mais arriscados. Em

boa hora o fiz. Olho de frente para o nevoeiro. Olho para trás pelo retrovisor e observo as duas crianças a quem tenho que ensinar a realidade. Como os preparo para o futuro? O lugar das nuvens não é só no céu. E o “certo” pode ser de uma incerteza gritante… Digo-lhes para se nortearem só pela segurança ou para ousarem ser originalmente inventivos? Digo-lhes que uma escolaridade sólida é o suficiente ou incito-os a aprender todos os truques da natureza e a saber viver dela? Digo-lhes que saber história, geografia e fórmulas matemáticas é mais importante que saber

pescar, amassar pão, depenar uma galinha ou distinguir as ervas do campo que se podem comer? Não sei. Por isso, e por via das dúvidas, decido que o imaginativo sonho desta noite e as nuvens caídas no chão são sinais. Sinais da mudança dos tempos. Sinais de que as crianças de hoje têm que ter, mais do que conhecimentos teóricos, sabedorias pragmáticas e, acima de tudo, a noção de que talvez um dia venham a precisar de algo que os adultos lhes estão sempre a querer amputar: a capacidade de usar a fantasia e a imaginação como ferramentas bem reais.

Ana Amorim Dias

Nevoeiro

Entro com o carro por um nevoeiro cerrado. – Nevoeiro é quando as nuvens caem ao chão… - deixo escapar a meia voz. No banco de trás, os miúdos riem-se da minha definição infantil. E voltam à conversa tranquila (espanto!) que estão a ter entre si, deixando-me entregue a dez quilómetros de conjeturas. O Pablo vai soando na aparelhagem do carro, “ … me llaman loco

por dejar tu recuerdo quemarme la piel…”. Não me deixo levar por “recuerdos” nostálgicos, mas chegam-me ao pensamento claros episódios dos sonhos da madrugada. Um restaurante deslumbrante onde nunca tinha estado. Algumas pessoas à minha espera lá dentro. Sou muito bem atendida por uma senhora e dois senhores que me aguardam à porta. Tiro a toalha que me envolve os cabelos molhados e entrego-a, com toda a naturalidade, a um dos homens. Sacudo a melena sobre os ombros semi-desnudos. Volto atrás. Dois euros de gorjeta ao simpático senhor. Será bastante?

Nuno Miguel António

Dois mil e treze ou dois mil e treuze? Independentemente da resposta o sentimento é o mesmo, este será o ano do aprofundamento da recessão na vida do comum português. Por esta altura, há um ano atrás, apregoava-se que 2012 seria o ano da viragem. Passado um ano, 2013 assume-se como o ano das verdadeiras dificuldades, para depois dar início à recuperação. Mas a sensação que fica é a de que no próximo ano a história se irá repetir, pelo menos se até lá não houver uma profunda mudança no sistema. Sem esta

mudança estrutural, na forma como a nossa sociedade se organiza, sem a anulação dos vícios do sistema e da facilidade com que o mesmo é corrompido, dificilmente caminharemos para uma mudança positiva sustentável. E o futuro não se avizinha risonho, um pequeno vislumbre sobre a situação das gerações mais jovens, afinal os adultos dos próximos tempos, permite-nos verificar que muito existe por fazer: o sistema educativo não funciona como a primeira instância de promoção de igualdade de oportunidades como deveria, pelo contrário, as crianças

e jovens mais desfavorecidos são, tendencialmente, os que apresentam os piores resultados escolares e como consequência vêm-se acorrentados a currículos paralelos que lhes condicionam o futuro; o desemprego jovem bate recordes a cada trimestre que passa, sendo que nos aproximamos a passos largos para o assustador número de 1 jovem desempregado em cada 2; e no topo deste panorama assistimos a uma cultura política que não se mostra preparada para incorporar as ideias dos jovens, principal potencial de mudança de uma sociedade, numa tentativa

oca de perpetuar os paradoxos do passado responsáveis pela situação em que nos encontramos. Neste caminho em que os mais jovens correm o risco de se tornar uma geração perdida, limitamonos a sair à rua três ou quatro vezes por ano para fazer ouvir o nosso descontentamento e o resto do ano é passado a admitir que vivemos acima das nossas possibilidades, quando sabemos que assim não o é. Que se passa então? Estaremos adormecidos? Resignados? Ou deixámos de acreditar? Será esta apatia fruto de um sistema que necessita de cidadãos

incapazes de se fazer ouvir para que se possa perpetuar? Ou será uma mistura de todos estes fatores? Seja como for, é importante que os nossos decisores tomem consciência da realidade do seu país e das suas comunidades e tomem medidas específicas para ajudar os jovens que estão sem emprego ou vivem uma situação de emprego precário e os que vivem em situação de pobreza extrema e lutam para sobreviver, sem expetativas quanto ao futuro. Caso contrário, dois mil e treze será mais um ano que desejamos ver ficar para trás.


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EDUCAÇÃO&JUVENTUDE  No concelho de Alcoutim

Pousada da Juventude encerra em época baixa Contrato celebrado entre a autarquia de Alcoutim e Movijovem garantia o funcionamento da Pousada todo o ano em troca de um subsídio de 25 mil euros anuais da câmara. O alojamento fechou para época baixa contrariando o acordo. Câmara quer esclarecimentos. Estávamos no ano 2005 quando a Câmara Municipal de Alcoutim assinou um protocolo com a Movijovem, gestora das Pousadas da Juventude, tutelada pela Secretaria de Estado do Desporto e Juventude. O protocolo garantia que a Pousada se mantivesse aberta durante todo o ano, inclusivé na época baixa. No âmbito do acordo a autarquia comprometeu-se a subsidiar a Pousada no valor de 25 mil euros anuais, correspondendo a 9% da taxa de ocupação da unidade de alojamento. O protocolo garantiu na altura o funcionamento nos 12 meses, bem como a manutenção de 10 postos de trabalho. A contrapartida é que a Movijovem facultaria alojamento gratuito em qualquer uma das suas instalações nacionais aos munícipes alcoutenejos, quando indicados pela autarquia,

nomeadamente turmas em atividades letivas ou desportistas. O objetivo foi manter portas abertas e assim foi até bem recentemente.

Alcoutim aguarda reunião para esclarecimentos Em 2012 o caso mudou de figura e das 40 pousadas, que constituem a rede nacional, 12 delas encerraram portas para período sazonal que termina a 14 de Março de 2013. Segundo declarações da Secretaria de Estado do Desporto e Juventude [SEDJ] à Agência Lusa «esta medida aplica-se às pousadas com ocupação inferior a 20%. No caso de Alcoutim apenas reabriu para as férias escolares de Natal, de 24 de Dezembro a 1 de Janeiro. A SEDJ explicou que o encerramento no

Pousada da Juventude encontra-se fechada até Março Inverno é justificado «pelas reduzidas taxas de ocupação e com os défices de exploração elevados das unidades». Francisco Amaral, presidente do

 Banda Musical Castromarinense abriu as portas da sua casa

Escoteiros aventuram-se na música Numa visita a Castro Marim um grupo de Escoteiros de Faro aventuraram-se não no campo e nas florestas, mas desta vez numa visita à «Casa da Música» de Castro Marim, lar da Banda Musical local. O reconhecimento resultou num workshop de instrumentos musicais. Miúdos gostaram e a Banda deixa a porta aberta para mais visitas. No Sábado, dia 19 de Janeiro, a casa da Banda Musical Castromarinense abriu portas não somente à família de músicos e estudantes que a constitui, como a um pequeno grupo de aventureiros. O Grupo 77 Escuteiros de Faro entrou em contacto com o Maestro da Banda que lhes abriu portas ao mundo filarmónico. Perto de duas dezenas de crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos, uniram o lazer à pedagogia. “Tive o privilégio de fazer um pequeno workshop com bastante interatividade sobre a diferença e constituição de uma banda filarmónica e de uma orquestra sinfónica”, explica o Maestro Bruno Correia que adianta que foi também feita “uma demonstração dos instrumentos que temos na nossa banda com alguns músicos presentes”. O melhor presente ficou para o fim, pois os mais pequenos puderam experimentar alguns dos instrumentos.

Banda a marcar compasso

município de Alcoutim, não ficou contente com a decisão e garante que esta notícia «é má para o concelho». “Tenho uma reunião agendada com o IPDJ de algum modo

para esclarecer a situação. Ao longo dos últimos anos tem havido um compromisso por parte do IPDJ em que todos os anos compramos 25 mil euros em dormidas, e a contrapartida era não encerrar a Pousada; temos oferecido as dormidas aos nossos atletas de Alcoutim quando vão para fora, no sentido de não encerrar”. O autarca admite aguardar a reunião por esclarecimentos visto que o acordo não está a ser cumprido sem deixar de ressalvar a qualidade do alojamento. “É das pousadas com melhores condições e instalações”. Também o PCP exigiu no início do ano que o processo de encerramento das Pousadas, entre as quais as de Aljezur e Alcoutim, no Algarve, seja de imediato suspenso e salvaguardados os postos de trabalho ali existentes.

Alcoutim alarga refeições gratuitas aos infantários Em Outubro de 2012 o executivo alcoutenejo atribuiu almoços gratuitos para jovens desde o 1º ao 3º ciclos no concelho. Agora, no início de 2013, e mediante as dificuldades agravadas das famílias, o município decidiu ampliar a medida aos infantários. Ao todo são já 200 as crianças abrangidas. Em comunicado a autarquia recorda que este não é o único apoio na educação, salientando a atribuição de bolsas de estudo, no valor de 1000 euros, aos alunos do ensino superior; a concessão de subsídio de 300 euros a cada turma para compra de material escolar; e a transferência de um subsídio

a todos os alunos do 1º, 2º, 3º ciclos e secundário para aquisição dos manuais escolares. Também o transporte escolar é gratuito, tal como diversas atividades extracurriculares. Francisco Amaral, edil de Alcoutim, sublinha que “são iniciativas no sentido de apoiar e estimular a educação dos mais jovens” e garante que o conjunto de apoios mencionados tem funcionado como fator de atratividade às escolas do concelho, “registando-se este ano um aumento dos alunos matriculados na escola de Alcoutim, contrariando uma tendência que se verificava desde que a escola abriu”.

Banda Musical Castromarinense distinguiu uma banda filarmónica de uma orquestra sinfónica

há 89 anos A música parece fascinar os mais pequenos e desperta muita curiosidade. “Já não é a primeira vez que recebemos grupos a querer saber o funcionamento de uma banda filarmónica, mas não só; julgo que é por sermos também um marco de cultura viva a funcionar há 89 anos na vila de Castro Marim”, confirma o Maes-

tro que atesta que um dos motivos é ainda o prestígio da banda musical. Com quase 90 anos de vida a banda continua a marcar compasso no concelho e várias gerações na banda filarmónica. “Teremos sempre as portas abertas para quem nos quiser conhecer”, apela Bruno Correia. Para mais informações contacte: bandamusicalcastromarinense@gmail.com

No total estão abrangidos pela medida 200 alunos


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LOCAL  Nova associação no concelho de Castro Marim

ADCA quer agitar Altura Associação Desportiva e Cultural de Altura, mais conhecida por ADCA, é o nome da mais recente coletividade na localidade turística de Altura, concelho de Castro Marim. Cultura e Desporto são as máximas de uma associação que vem para colmatar uma lacuna na localidade e, mais que tudo, para animar mais novos e mais velhos. A Associação Desportiva e Cultural de Altura (ADCA) é bem recente. De facto foi no final de 2012 que um grupo de 20 amigos, com vontades e visões semelhantes, se uniram e fundaram uma associação que congrega um único interesse: trazer mais dinamismo e mais atividades a Altura. A vontade de criar uma associação não era de agora, mas foi preciso uma iniciativa desportiva para dar o mote. “A base inicial foi o «Interzonas» [torneio de futebol 5 em Altura], pois apesar de muito se falar, a verdade é que nunca se tinha feito nada”, conta Paula Vieira, a presidente da ADCA. “O «Interzonas» começou por ser organizado por um grupo de jovens e teve muita adesão tornando-se um forte convívio todos os Sábados, desde Setembro até Maio”, atesta. E assim foi. De uma brincadeira ficou o «bichinho» e meses mais tarde surgiu a ADCA, com muito esforço e empenho. Como coletividade promete agitar Altura, inclusivé os mais novos, mas também os mais velhos.

Associação para todos O grupo de amigos criou a ADCA e atualmente já conta com 50 sócios e muitos outros que começam a mostrar vontade e iniciativa de participar. O objetivo é simples. “Não há nada em Altura para podermos intervir mais, para podermos fazer atividades, para poder participar no Carnaval, para organizar mercados e atividades para os mais pequenos; assim encontramos um espaço para isso e reunimos as condições”, atesta Paula Vieira que confirma que se trata de “uma associação constituída sobretudo por jovens e para todos sem exceção”. O plano de atividades já está a ser delineado, mas ideias e projetos já têm lugar e começam rapidamente a tomar corpo e forma. “Queremos participar em todos os eventos existentes em Altura e quem sabe criar novos”. Afigura-se desde já a celebração do Carnaval, feiras, mercados, passeios e um retorno às origens. “Queremos implementar as marchas, uma tradição antiga

em Altura com as estudantinas que tenho a certeza que vai ter muito sucesso”. Também continua o torneio «Interzonas» que desta vez, além dos seniores, também integra os juvenis. Não alheios à conjuntura de crise, o caminho a percorrer é o das sinergias no qual Paula Vieira garante que um dos princípios base é o de parceria com outras associações e clubes do concelho, pois «a união faz a força». “Queremos intervir não só ao nível do lazer e animação, como também na componente pedagógica e para tal temos que conhecer melhor a terra e o concelho”.

Carnaval é primeira meta O Carnaval é uma das primeiras etapas de um longo caminho que querem percorrer e a associação vai ter carro e participar no desfile carnavalesco. “Estamos a preparar o Carnaval e contamos com uma equipa de 60 pessoas; dá muito trabalho mas é um grande orgulho”,

Em 2012 o grupo já tinha participado no Carnaval de Altura diz. Sendo o tema do Carnaval de Altura livre a escolha foi rápida e pouco dispendiosa: o casamento. “Toda a gente tem algum fato que já levou a um casamento por isso é mais fácil e não se gasta o que também não se tem”, defende explicando que os mais novos vão ser «os meninos das alianças». Este é o segundo ano que participam no Carnaval da localidade, sendo que em 2012 a participação foi infor-

mal. Para o fim-de-semana de Carnaval só pedem uma coisa: ajuda a S. Pedro! [notícia página 16]. Paula Vieira é perentória e assegura que a associação tem conseguido em pouco tempo juntar gerações, unir a população e o repto é «Trabalhar por Altura». Para saber mais sobre a associação contacte: adcaltura.12@ gmail.com ou consulte: www. facebook.com/adc.altura

 Uma iniciativa ARCDAA

Amendoeiras em Flor são mote para passeio pedestre e sobre rodas Janeiro é o mês de excelência da paisagem colorida de amendoeiras em flor por todo o Baixo Guadiana. A ARCDAA – Associação Recreativa e Cultural de Alta Mora organizou mais um passeio TT - Jipes «Amendoeiras em Flor» e prepara-se em Fevereiro para o passeio pedestre. No dia 27 de Janeiro foi dia de passeio TT Jipes que realizou a sua 5ª edição para os amantes do 4x4. O passeio contou com 30 jipes e um total de 60 participantes que desbravaram paisagens do interior serrano do concelho castromarinense em plena época de floração das amendoeiras. Também a passagem por localidades de interior, a fauna e flora, as gentes da terra e a gastronomia foram ingredientes de sucesso do passeio cuja duração foi de um dia com dois percursos à escolha focados na vertente turística e na vertente desportiva/aventura.

Passeio pedestre é o próximo Aproveitando o branco e rosa da flora local o mote passou dos jipes para o percurso pedestre. O passeio

pedestre «Amendoeiras em Flor» realiza-se no dia 3 de Fevereiro e cumpre oito edições. “O percurso contempla as principais áreas de amendoal da Cumeada de Alta Mora e a passagem por algumas povoações locais e encostas da Ribeira do Beliche”, explica Valter Matias, presidente da ARCDAA, que atesta que o passeio “permite observar a beleza das amendoeiras em flor, enquanto praticam atividade física, num ambiente saudável e com muito convívio à mistura”. Vão ser 8 km´s a partir das 9h junto à sede social da ARCDAA. O evento conta ainda com a colaboração da Câmara Municipal de Castro Marim e da Junta de Freguesia de Odeleite. Para mais informações ou para inscrição consulte: www.arcdaa. com ou contacte: arcdaa@gmail. com

ARCDAA organiza a VIII edição do passeio pedestre «Amendoeiras em Flor»


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LOCA L | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *

ESPANHA por Antónia-Maria

Pasión por los Pájaros… La Asociación Ornitológica de Ayamonte cuenta entre sus socios con una joven ayamontina, llamada Blanca Rivero. Curiosamente, son muy escasas las mujeres que participan en estas Asociaciones dedicadas a la cría y cuidado de canarios, pero Blanca, se inició en este arte, desde niña, y nos describe, ella misma, su gran afición por estas pequeñas aves, y su sacrificado trabajo en el cuidado diario de sus canarios. “La afición por la canaricultura, que es como se llama a la cría de canarios y cuidado de canarios. Me gustan desde pequeña los canarios, ya que tanto mi abuelo como mi padre han tenido, desde que recuerdo, pájaros en casa. Mi abuelo Paco me regaló mi primer canario, recuerdo que era de color amarillo, y yo me encargaba de su cuidado, darle comida

y bebida y limpiarle la jaula. Hace un par de años empecé a echar algunas parejas de canarios para sacar crías, comencé con tres parejas y ahora ya tengo 12 parejas de canarios, aunque entre mi padre y yo tenemos más de 40 parejas, cualquier día mi madre nos echa de casa a los dos jajaja!!!! El compartir esta afición con mi padre es una ventaja que ya si no fuera por esta afición común, no pasaríamos tanto tiempo juntos, además nos ayudamos mutuamente en el cuidado de nuestros pajarillos. Me hice socia de la Asociación Ornitológica Ayamontina, ya que para poder anillar a las crías debes estar federada a una sociedad. Esta sociedad es la que organiza todos los años el Concurso Ornitológico de Ayamonte que se celebra la segunda semana de Octubre en el Pabellón Municipal de deportes

Cancho Roano: un Santuario Tartesico en el Alto Guadiana En la antigua provincia lusitana, actual Extremadura, se encuentra el palacio – santuario de origen tartésico, Cancho Roano. Fue descubierto en los años sesenta, cuando el propietario de la finca no conseguía arar sus tierras por la dureza de las piedras que encontraba. Es el yacimiento arqueológico mas importante de Extremadura y el mejor conservado de todA la Península, siendo construido, por alguna razón que aún se desconoce, cerca del arroyo Cagancho y a bastante distancia del curso del Guadiana. Se cree que fue construido en el siglo VI a.C, o sea hace 2500 años, aunque fue modificada su estructura, en siglos posteriores. Consta de 22 estancias o habita-

ciones y en el espacio central existe un altar redondo donde, se supone, se realizaban sacrificios a alguna deidad, dada la cantidad de cenizas encontradas en el subsuelo. El edificio está orientado al Este y rodeado de un foso de poca profundidad que contenía, siempre, agua, por los sedimentos encontrados el él. Existen otros túmulos en esta región de Guadiana, tan rica en yacimientos de esta naturaleza, que podrían estar relacionados con Cancho Roano, como “la Mata”, en la localidad de Campanario o el “Turruñuelo” En el santuario existe un centro de interpretación para la información de los visitantes, y se puede visitar de forma gratuita.

de Ayamonte, desde hace dos años colaboro en su montaje y organización, es un trabajo duro que ya lo tenemos que montar en varios días y no somos muchos colaborando, pero el trabajo merece la pena una vez que lo tienes montado y ves los pajarillos en sus jaulas jajaja!!!! En nuestro concurso participan expositores de diferentes partes de España y Portugal, ya que está muy bien valorado por la organización que tenemos y por los buenos premios que ofrecemos a los participantes, este año hemos tenido más de 1.500 pájaros en exposición. Además desde que me inscribí en la sociedad he conocido a grandes personas y he aprendido muchísimo de ellos ya que muchas de estás personas llevan varios años dedicados a esta afición y tienen varios medallas naciona-

Blanca preparando la exposición ornitológica en Ayamonte les y mundiales en su palmares, así que tengo buenos maestros. Además gracias a esta afición he conocido y he hecho amistad con muchas personas de diferentes

partes de España, ya que vas a visitar y participar en concursos de otras ciudades, y eso hace que conozcas gente que también le gusta esta afición.

Grupo Musical Folk de Olivenza «Acetre» El grupo musical “Acetre”, de raíces folk extremeño, fue creado en 1976, y es uno de los grupos mas veteranos del panorama musical de Extremadura. Su música es totalmente necesaria para entender las tendencias folklóricas de su región y sus raíces culturales y rayanas. Sus interpretaciones de temas populares bilingües, así lo atestiguan. Todos los componentes del grupo son oliventinos, o sea, natural de la ciudad fronteriza de Olivenza y la bicultural aflora de manera espontánea y sencilla. Así, su repertorio está compuesto de verdegaios, fados y corridinhos portugueses, alboradas y otras muchas canciones populares de la región extremeña y de país luso. Reconocen que su relación con el vecino Portugal, es muy impor-

tante en ellos, y que, su carácter y cultura están marcados por el hecho de haber sido Olivenza una ciudad fronteriza y portuguesa durante muchos años. Confiesan, a menudo, que Portugal es casi su casa… Su primer disco se llamaba “Extremadura, la frontera” al que han sucedido “Dehesario” y “Arquitecturas Rayanas”, uno de sus últimos trabajos. Cuentan con el Premio Nacional de Interpretación en el Festival de Música Folk de Tarifa, en Cádiz. Han recorrido toda España con su música, y ya actuaron en Cuba, donde el folk extremeño es poco conocido, causando sorpresa allí donde van. José Tomás Sousa, es el director del grupo, compositor, y guitarra acústica.

Homenaje al Fado El fado es una bandera única de Portugal del color de la tristeza Caldo verde. Vino. Fado ¡Silencio!...Se va Lisboa …camino del Barrio Alto! Entre tristeza y saudades Amália, Lisboa, los muelles… ¡Eternamente inmortales! Fados “vadios”, fados “certos” corazón de Portugal esparcidos por el viento. ¡Dios mío! Cuanta saudades en la garganta del viento y en la música del aire. Son saudades tan amargas tan dulcemente sentidas… tan de cerca…!Tan lejanas! Por Alquimia, la tristeza en lo mas fondo del Fado se transforma en belleza…

Interior del yaciminto Cancho Roano en Extremadura

Acetre, grupo musical de Olivenza en Extremadura

Manuel Fernández Flores Periodista, poeta, dramaturgo y pintor de Ayamonte


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LOCAL  Município de VRSA

Integrou 30 pessoas portadoras de deficiência A câmara vila-realense integrou três dezenas de pessoas portadoras de deficiência e incapacidade. Os contratos fazem parte do Plano Local de Emprego concelhio que pretende uma política ativa de empregabilidade. No início de Janeiro, e portanto 2013, a autarquia pombalina formalizou um conjunto de novos contratos emprego-inserção para pessoas portadoras de deficiência e incapacidade. Trata-se de uma medida que, segundo a autarquia, “reforça a política inclusiva desenvolvida há mais de seis anos na autarquia vila-realense, que tem procurado integrar munícipes portadores de deficiência nos seus mais variados setores, como é o caso da área cultural, desportiva, administrativa ou da manutenção de espaços verdes”. Como tal, no começo do ano a câmara vila-realense integrou mais de trinta pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade. Os beneficiários dos contratos auferem uma bolsa de ocupação mensal no valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), mais subsídio de alimentação e seguro de

acidentes pessoais, por um período de 12 meses. Os contratos são desenvolvidos em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e com as Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho, nomeadamente a Associação de Beneficência Mão Amiga, a Cruz Vermelha e Santa Casa da Misericórdia de VRSA.

Política ativa de emprego “A Câmara está apoiar a transição destes munícipes para o mercado de trabalho, estimulando a sua participação em atividades socialmente úteis e reforçando as suas competências”, refere a autarquia em comunicado adiantando que os novos contratos “fazem ainda parte do Plano Local de Emprego de Vila Real de Santo

VRSA integra munícipes portadores de deficiência desde 2007 António, uma estratégia local ino- dora com o pelouro dos recursos vadora que pretende diminuir o humanos, estas metas mostram “o número de desempregados no con- funcionamento pleno das políticas de celho e que propõe soluções com vista responsabilidade social da autarquia à implementação de políticas ativas de VRSA que, apesar das medidas de de emprego, envolvendo todos os contenção financeira em vigor, consetores de atividade”. tinua a apostar na área social e na Para Conceição Cabrita, verea- integração dos seus munícipes”.

 Na Cruz Vermelha pombalina

Já se joga corfebol intercultural O Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII) da Cruz Vermelha de VRSA conseguiu formar equipa e começar os treinos da modalidade de corfebol na cidade pombalina. O objetivo é a representação no Torneio Intercultural a ter lugar em Maio de 2013, associando-se às celebrações do «Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento». Recorde que a iniciativa de carater nacional pretende a integração e interação social entre cidadãos imigrantes. A luta é pela igualdade de oportunidades e combate aos preconceitos através do desporto. A equipa está reunida e conta com 15 elementos; 10 mulheres e 5 homens de nacionalidades portuguesa, americana, moldava, búlgara, ucraniana, romena e russa.

Treinos na Escola

Caldeira Alexandre O JBG encontrou uma equipa de corfebol animada e muito esforçada no ginásio da Escola Caldeira Alexandre em Vila Real de Santo António. E, para além de promover o diálogo intercultural, promove também o desporto e hábitos salutares. “É um jogo bastante competitivo e acho que, para quem quiser fazer um desporto mais ativo, pode contar com o corfebol”, atesta Rita Prieto da Cruz Vermelha. A meta é também ela competitiva e representativa de diálogo. “No fundo o que se quer é trabalhar a interculturalidade que é juntar não só os cidadãos nacionais, como também cidadãos estrangeiros imigrantes que estejam a residir no concelho de VRSA e esse passo foi alcançado”. A liderar os treinos estão as professoras Ana Cabrita e Eugénia

150 Famílias com cartão social em Alcoutim O município de Alcoutim aprovou no dia 22 de Janeiro a atribuição do cartão social a cerca de 150 famílias alcoutenejas. Desde já um serviço de apoio social criado pelo município em 2005 e dirigido às famílias economicamente desfavorecidas. O cartão social oferece aos titulares reduções de 50% no pagamento

de taxas e tarifas de serviços prestados pela autarquia, como por exemplo no pagamento mensal de água domiciliária e saneamento básico. Segundo a autarquia o cartão social corresponde a «uma das diversas medidas de apoio social que o município colocou em prática e que tem vindo a reforçar nos últimos anos,

Os treinos acontecem às Quartas e Sextas-feiras das 18h30 às 20h Caeiro que, em base de voluntariado, garantem ter «bons alunos e muito empenhados». O entusiasmo é muito e «os golos começam agora a surgir, mas ainda há muito trabalho pela frente», garantem. Esta iniciativa é promovida pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercul-

por se verificar um agravamento das situações de pobreza e exclusão social no concelho». Em comunicado a autarquia refere ainda que às famílias que atravessam este tipo de situações são atribuídos apoios económicos com vista à recuperação e/ou melhoria de habitações e ao pagamento de medicamentos de doenças graves.

tural - ACIDI em parceria com a Rede de Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes - CLAII e cofinanciado pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros - FEINPT. Para informações contacte: dvrsantoantonio@ gmail.com ou 281541827.

POUPANÇA CRIATIVA Caro leitor e cara leitora, quero nesta edição partilhar consigo algo divertido e fácil de fazer e que o/a deve ajudar a poupar algum dinheiro ao longo de vários meses: DETERGENTE CASEIRO para a máquina de lavar roupa. Parece estranho, mas acredite, funciona! Este “detergente” não tem fosfatos, lava bem e é barato. A receita original é para oito litros mas, quando o fiz pela primeira vez rendeu-me 12 litros! Apenas vos digo que há cerca de um ano que não gasto dinheiro em detergente! Os ingredientes podem ser encontrados em supermercados, drogarias ou farmácias. O que é necessário então? 400gr de sabão azul e branco (entre 0,90€ e 1,10€); 120 gr de carbonato de sódio compra-se em drogarias ou farmácias (entre 1,50€ e 2€) - eu usei bicarbonato de sódio por 1,80€; 120gr de borato de sódio – compra-se em farmácias (cerca de 2€) eu encontrei num supermercado com o nome de perborato por 0,90€; 8 litros de água. Coloque 1,5 litros de água numa panela grande. Junte o sabão cortado em pedaços pequenos e deixe derreter completamente em lume brando. Junte o borato de sódio e mexa até dissolver. Deve ter preparado um recipiente grande (um balde de plástico de 12 litros, mínimo). Junte o carbonato de sódio e mexa até espessar. Se usar bicarbonato de sódio, como eu usei, deve deitar o preparado no recipiente grande antes de adicionar o bicarbonato, pois este produto entra em reação e “cresce” e arrisca-se a que comece a sair da panela! Quando tiver o preparado no recipiente adicione água quente até perfazer os oito litros. Mexa vigorosamente durante algum tempo (15 minutos) até que esteja homogéneo. O detergente engrossará enquanto vai arrefecendo. Mexa de vez em quando até arrefecer totalmente. Transfira o detergente para garrafões de plástico ou reutilize outros recipientes de plástico. Uma dose de detergente entre 60 e 90 ml é suficiente para uma máquina de roupa. Com o uso verá que dose lhe convém, pois isto depende do nível de sujidade da roupa. Esta receita é da autoria da blogger Rita Domingues, publicada na «Revista Visão», nº 992, semana de 8 a 14 de Março de 2012. Divirta-se e até à próxima edição!

Famílias detentoras do cartão social pagam metade das taxas de água e saneamento básico

Maria Celeste Santos


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

G RA ND E R EPO R TAGEM  Mercado Liberalizado de Energia

O que muda no gás e eletr A liberalização do mercado energético, nomeadamente a extinção das tarifas reguladas da eletricidade e gás natural, está em curso em Portugal desde o ano 2000 e entra agora na sua fase plena. Vocábulos por vezes pouco percetíveis são muitos, novidades e alterações outras tantas, mas o JBG, com a ajuda da ERSE e da DECO, ajuda a compreender todo o processo. Eletricidade e gás, serviços básicos essenciais, são agora passíveis de escolha e com concorrência. Boa notícia é que em mercado de concorrência, descontos e propostas aliciantes é coisa que não falta. ERSE e DECO asseguram que a liberalização energética traz consigo liberdade de escolha, concorrência aberta e disputa saudável entre as empresas. Joana Germano Todos os meses são contas e contas para pagar e as faturas do gás e eletricidade são inevitáveis, sendo bens essenciais dos quais não se podem prescindir. Atualmente, com o mercado liberalizado, mudar é um imperativo e pode ser muito viável, mediante a fatura e necessidade de cada casa e família. Empresas e indústrias já começaram a mudar, mas os consumidores domésticos continuam com imensas dúvidas, até porque a informação ainda não chega a toda a população. O JBG quer dissipar dúvidas e ajudar o leitor a compreender o processo de mudança, como tal falou com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e com a Associação de Defesa do Consumidor (DECO).

Liberalização é imperativo da UE Ao contrário do que maior parte da população possa pensar, a liberalização do mercado energético não surgiu de um dia para o outro, nem sequer foi um processo previsto pelo governo português, mas sim um imperativo da União Europeia. A verdade é que a liberalização do mercado está em curso já desde o ano 2000, a preparar a transição do setor de tarifas reguladas, que termina até 2015. E o que é o mercado liberalizado? Vamos à resposta: «O mercado liberalizado permite a livre concorrência nos mercados de eletricidade e gás, possibilitando o aparecimento de vários comercializadores de energia e uma maior escolha por parte dos consumidores. O processo de liberalização do mercado de energia ficou completo até ao final de 2012, com a extinção gradual das tarifas reguladas de venda de eletricidade e gás a clientes. No mercado regulado, os preços de venda da energia são fixados anualmente pela ERSE, sendo essa a tarifa praticada pela EDP Serviço Universal e Gás Serviço Universal. No mercado livre, os preços da energia são estabelecidos por cada comercializador, respeitando as regras da concorrência e o Regulamento das Relações Comerciais», pode-se encontrar no website da ERSE. Ou seja, e no caso específico da eletricidade, cada cidadão pode decidir se quer manter o vínculo com a EDP, que deixará de ser «Universal» para ser «Comercial»,

ou se prefere optar por outra. Em ambas as opções o consumidor tem de mudar para o mercado liberalizado. Até à data existem já algumas empresas que o consumidor pode escolher para ser o seu operador de eletricidade e/ou gás natural.

Operadores de consumo doméstico no mercado A ERSE tem aqui um papel preponderante para que todo o processo seja conduzido da melhor forma e com rigor. “Tratam-se de dois serviços públicos essenciais [eletricidade e gás] e daí ter um regulador específico que cuida que o mercado liberalizado chegue de forma transparente”, atesta Sandra França da ERSE. “Nós não colocamos a liberalização do setor energético em causa, isso é um imperativo comunitário. Desde a década de 90 que faz parte dos novos desafios comunitários, não é uma opção de

Portugal, nem da ERSE. Acredita-se que essa legislação vai trazer benefícios e melhorias de eficiência ao sistema”, conta reiterando que “a liberalização de facto parece ser a melhor forma de concretizar eficiência nos vários segmentos da cadeia de valores do setor”, atesta confirmando que as últimas tarifas serão extintas num intervalo de três anos, portanto até Dezembro de 2015. Para o consumo doméstico são já conhecidos quatro operadores; neste caso a EDP Comercial, Endesa, Galp e Goldenergy. São quatro, mas existem mais direcionadas para o consumo industrial, e outras mais podem surgir entretanto, pois o mercado é livre. “Nem todos se destinam ao segmento generalista e aos consumidores finais. Alguns operadores servem segmentos particulares; por exemplo na Direção Geral de Energias constam 30 e tal empresas”, adianta. Quanto a mercado para tantas empresas, será

que haverá? “ Não sou especialista de mercado, mas acredito que sim; elas são licenciadas com o sentido de explorar determinado segmento, tal como as livrarias ou mercearias os clientes estão lá sempre”, afirma.

Campanhas de Informação em 2013 Críticas têm-se feito sentir no sentido de campanhas de informação que pretendam informar e alertar os cidadãos para as mudanças e para o que é o mercado liberalizado, mas até à data nada surgiu na rádio ou televisão, por exemplo. Existem sim folhetos e informação descarregável nos sites da ERSE e DECO, bem explícitos, mas tendo em conta que nem toda a gente dispõe ou tem acesso ao serviço de internet, outras campanhas talvez já devessem ter sido levadas a público, evitando alguma histeria no final de 2012 para quem, estando mal informado, julgou que

a não mudança até ao final de 2012 implicaria ficar sem gás e eletricidade em casa. Quanto às campanhas informativas Sandra França é taxativa. “O Governo decide quando acha que deve fazer essas campanhas, mas presumo que agora, que é realmente o período de partida para a extinção das tarifas reguladas, que de facto justifica-se o reforço da informação dessa matéria”, diz garantindo que “a ERSE já trabalha nessa matéria e informação há bastante tempo…”. O JBG questionou a chegada de informação ao cliente final não utilizador das novas tecnologias. A resposta surgiu. “Compreendo que não, mas acredito que agora, a partir do momento em que as tarifas reguladas forem extintas, é que de facto se impõe, se calhar acima dos meios possíveis para a situação do país neste momento, mas acredito que seja a única maneira de conseguir levar a situação a bom porto, ou seja, que o ritmo das pessoas que


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GR AN D E R EP O R TAGEM

ricidade? mudam seja compatível com o timming”, declara afiançando que ninguém ficará sem eletricidade no meio de todo este processo. “Para isso é que existem os comercializadores de último recurso [comercializador sujeito à obrigação de fornecer eletricidade mediante uma tarifa fixada pela ERSE e que são em Portugal continental a EDP Serviço Universal e as Cooperativas Elétricas]. Todos os clientes serão abastecidos desde que cumpram as regras/requisitos estipulados”, sublinha. Quanto ao período transitório, neste caso até 2015, pode ser alargado, mas não muito. “As pessoas têm que começar a tratar da mudança pois o sistema não pode mudar 5 milhões de clientes num dia e esses são os que faltam mudar”, garante confirmando que atualmente existe «mais oferta, mais tecnicismo e mais informação».

Até 2015 aumentos na fatura para quem não muda Ponto de situação: as tarifas reguladas vão terminar e os cidadãos a partir de agora passam a poder escolher o seu operador ou comercializador. Nada lhes é imposto. O cidadão analisa, compara, escolhe e muda. Atenção que ainda não é obrigatório mudar; o prazo final é 2015, no entanto, e para quem ainda não mudou, trimestralmente podem surgir aumentos na fatura. Recorde que desde 1 de Janeiro de 2013 a eletricidade aumentou 2,8% para os consumidores domésticos em Portugal continental, o que representa mais de € 1,24 euros por mês em média numa fatura média de 47 euros, abrangendo a maioria das famílias portuguesas - cerca de 5,6 milhões de consumidores. Esta foi a primeira tarifa transitória proposta pela ERSE, no âmbito do processo de liberalização do mercado de eletricidade, e vigora até 31 de Março, altura em que o regulador pode anunciar nova tarifa transitória de 1 de Abril até 30 de Junho e assim sucessivamente, trimestre a trimestre até final de 2015. Já o preço do gás natural, para os consumidores domésticos e pequenas empresas que se encontram no mercado regulado, aumentou 2,5% também em Janeiro. “Esta revisão reflete a subida dos custos de aprovisionamento de gás natural e a análise das condições existentes no mercado liberalizado”, explicou em comunicado o regulador do mercado. Já a tarifa social para os consumidores considerados economicamente vulneráveis não sofreu qualquer revisão trimestral. À semelhança do que acontece com a eletricidade, a tarifa transitória do gás natural (à exceção da tarifa social) passa a ser revista trimestralmente. A tarifa transitória pretende funcionar sobretudo como um estímulo para a mudança efetiva para o mercado liberalizado. Ou seja, quem não muda vai ter que suportar eventuais aumentos trimestrais na eletricidade

Passos para mudar de comercializador:

e gás natural.

Mais escolha, preços mais competitivos Luís Pisco, da DECO, garante que através da liberalização dos mercados passamos de um modelo regulado, onde o preço de venda da energia é fixado anualmente pela ERSE, para um mercado liberalizado onde os preços de energia são estabelecidos pelo comercializador, respeitando as regras da concorrência. “Isto preconiza o fim das tarifas reguladas e obriga o consumidor a escolher o comercializador”, explica. Ou seja, a liberalização é a abertura do mercado. A DECO defende o mercado liberalizado e enumera vantagens. No campo positivo Luís Pisco destaca “ a liberdade de escolha, oferta de serviços, preços diferenciados em função do consumo, novas tecnologias, eficiência energética; em suma multi-serviços e poupança”, garantiu contrapondo com o facto de os preços serem, de qualquer forma, fixados pelo mercado. Para já a mudança de comercializador é assegurada transitoriamente pela EDP Universal e REN Gasodutos. Como representante da DECO Luís Pisco ressalva que a mudança é isenta de custos para o comercializador e há que ponderar a decisão. “Devem fazer a mudança de forma tranquila e informada. Primeiro tem que saber quais os operadores disponíveis e analisar. Peçam a todos orçamento, comparem, confrontem, usem os simuladores da ERSE e da DECO. Depois é contactar a melhor proposta e analisar muito bem o contrato”, explica. Dado que a generalidade da população não reconhece os tecnicismos do vocabulário ao utilizar o simulador, ou quando estiver a negociar um contrato. o consumidor deve saber que uma tarifa de acesso é a potência instalada e a tarifa de energia representa o consumo (ambos constam nas faturas de eletricidade). Um fornecedor de último recurso é o comercializador incumbente, no caso da eletricidade é a EDP. Quem ainda não mudou para o mercado liberalizado, não há problema. Não há necessidade de corridas desenfreadas para mudar de imediato, pois a transição energética de consumos domésticos de gás e eletricidade decorre até Dezembro de 2015. Pressas não são necessárias, mas não deixe para a última hora, pois mudar quase uma população inteira para novo operador não se faz num estalar de dedos. Para mais esclarecimentos e para conhecer os preços dos novos operadores consulte os sites e simuladores da ERSE www.erse.pt e DECO www.deco.pt NOTA: Esta reportagem foi elaborada sobretudo a partir da sessão de esclarecimentos realizada pela DECO no dia 10 de Janeiro na Biblioteca Municipal de Faro, juntamente com os materiais disponibilizados pela ERSE e DECO nos respetivos sites os quais o JBG aconselha o leitor a consultar para informação mais detalhada.

Algumas dúvidas… Quem pode ser comercializador de gás e eletricidade? Neste momento apenas quatro estão ativas no mercado: EDP, Endesa, Galp e Gold Energy. A lista dos comercializadores licenciados está em www.dgge.pt ou em www.erse.pt Para que comercializador mudar? Depende do seu perfil de consumos. Simule e veja a alternativa mais adequada às suas necessidades. O que tem de fazer o consumidor para mudar? Depois de escolher o consumidor deve contactar o novo comercializador para celebrar o contrato de fornecimento. Será o novo comercializador a tratar de todos os procedimentos para a mudança. Quantas vezes e com que frequência se pode mudar de comercializador? O consumidor pode mudar as vezes que entender, mas deve ter atenção às condições do contrato, nomeadamente à existência de um período de fidelização. A mudança de comercializador tem encargos? Pela mudança de comercializador não podem ser cobrados encargos. O consumidor é obrigado a mudar de comercializador para o mercado livre? Não. A mudança de comercializador é uma decisão do consumidor. Só a partir de 31 de Dezembro de 2015 é que será obrigado a tal, com exceção de quem beneficia da tarifa social. Em 2013 os novos contratos de gás e eletricidade já têm de ser feitos no mercado livre. Quem fica no mercado regulado paga o mesmo? Nos próximos meses as tarifas reguladas podem sofrer ajustamentos de 3 em 3 meses, isto para que o consumidor seja incentivado a optar por um fornecedor do mercado livre. Os contratos com os comercializadores em regime de mercado podem implicar um prazo mínimo de permanência? Os contratos em regime de mercado têm a duração que resultar do acordo das partes. Podem ser cobrados consumos mínimos pelos comercializadores? Não. A imposição e cobrança de consumos mínimos são proibidas por lei. A mudança implica alteração na potência contratada ou no contador? Não. As características técnicas da instalação não se alteram com a mudança de comercializador. A mudança de comercializador implica mudar de contador? Não. O contador é propriedade do distribuidor e não do comercializador. A mudança implica a alteração de algum aparelho em casa? Não, já que as características técnicas de fornecimento não se alteram. O que acontece aos beneficiários da tarifa social? Mantêm o direito de serem fornecidos pelo comercializador de último recurso com a tarifa social regu lada pela ERSE. Se optarem por contratar energia no mercado, mantêm o direito aos descontos legal mente previstos. Quais são as condições para beneficiar da tarifa social? O consumidor terá de ser beneficiário de qualquer uma das seguintes: complemento solidário para idosos; rendimento social de inserção; subsídio social de desemprego; 1º escalão do abono de família; pensão social de invalidez. O consumidor terá ainda de possuir um contrato de fornecimento em seu nome, destinado exclusivamente a uso doméstico em habitação permanente. Na nova fatura de eletricidade continua a ser debitada a contribuição audiovisual? Sim. Também se mantêm as isenções já em vigor. Qual é a periodicidade das faturas de eletricidade? A fatura de eletricidade é de periodicidade mensal.


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P OLÍTICA

Amaral é candidato oficial a Castro Marim Depois de esclarecida a lei de limitação de mandatos Francisco Amaral avança com candidatura ao concelho vizinho. Em Dezembro de 2012, em entrevista ao JBG, Francisco Amaral, atual edil de Alcoutim, manifestava já a intenção de se candidatar ao concelho vizinho de Castro Marim, no entanto aguardou a clarificação da lei de limitação de mandatos que impede os autarcas de cumprirem mais de três mandatos consecutivos. Aqui a ambiguidade residia na interpretação da lei. Enquanto alguns partidos consideravam que o limite encerrava na respetiva câmara, estando a porta aberta para candidaturas a outros concelhos, outros não. Agora a lei já está esclarecida. “A Comissão

Nacional de Eleições já se pronunciou no sentido de que os autarcas, atingindo o limite de mandatos, podem concorrer a outros concelhos, de maneira que estão criadas as condições para que possa concorrer em Castro Marim”, disse ao JBG Francisco Amaral que confirmou a candidatura ao concelho vizinho. “Já houve uma decisão por parte da Comissão Política do PSD de Castro Marim que, por unanimidade, aprovou o meu nome e já estamos a trabalhar nesse sentido”, atesta. Parte para a eleição com otimismo e confiança. “Noto por parte da população de Castro

Amaral deixa Alcoutim e avança para eleição no concelho vizinho

Marim uma grande aceitação e estou otimista; no fundo 20 anos de autarca em Alcoutim dão uma grande bagagem e experiência e eu sou um autarca de prestígio a nível nacional, não havendo ninguém em Castro Marim que não tenha ouvido falar de mim e bem”. O objetivo é poder liderar os destinos do concelho vizinho. “Sou um homem de poder local, sinto-me bem a servir os outros. Estou muito confiante que os castromarinenses me possam eleger para liderar a câmara nos próximos quatro anos e dar seguimento à obra do autarca José Estevens”, completa.

PS de Castro Marim já prepara autárquicas Pré campanha eleitoral já se faz sentir. PS castromarinense aposta em colóquios sobre os setores chave da economia. Sendo que as eleições autárquicas são em Outubro o PS de Castro Marim já se lançou na corrida e desde Novembro passado que dinamiza um conjunto de colóquios. “É uma organização do PS de Castro Marim integrados já na pré-campanha eleitoral do nosso candidato Carlos Nóbrega”, explicou ao JBG Célia Brito, presidente da concelhia de Castro Marim do Partido Socialista . Já decorreram três colóquios, nomeadamente sobre o comércio, que teve lugar em Altura, o segundo sobre o turismo no «Castro Marim Golfe» e o último sobre a agricultura no interior serrano. “Queremos chegar a todos os setores importantes e localizá-los na comunidade e tem corrido muito bem”, revela a responsável socialista, adiantando que “foi muito positivo ver a abertura da população e a receção

é muito diferente do que há quatro anos para cá”. O objetivo é abordar os setores chave da economia, sendo que já estão a ser agendados outros com os imigrantes residentes no concelho e também com os construtores.

A agricultura foi temática do último e terceiro colóquio, «Agricultura, pecuária e florestas – que futuro para Castro Marim?», no passado dia 19 de Janeiro na localidade serrana das Furnazinhas, onde Carlos Nóbrega, candidato à câmara municipal de Castro Marim, defendeu a criação de um gabinete de apoio às empresas. “É necessário criar na autarquia de Castro Marim um gabinete de apoio às empresas com a finalidade de atrair

Carlos Nóbrega defende a criação de um Gabinete de Apoio aos Empresários na autarquia novos investidores, eliminar o excesso litado estruturalmente”, afirmou, de burocracia e apoiar a formulação adiantando que o gabinete “deve unir de candidaturas aos financiamentos todos os setores da vida pública em disponíveis, como forma de impul- torno do desenvolvimento”. O cansionar um setor cada vez mais debi- didato apresentou a sua estratégia

PSD já tem candidatos no Baixo Guadiana

Jerónimo de Sousa em Faro

PSD de VRSA elege nova comissão política de secção

Jerónimo de Sousa, secretário geral do PCP vai estar em Faro no dia 2 de Fevereiro, pelas 16h, para participar no comício marcado nas instalações da Cooperativa COOBITAL. Segundo o PCP, esta iniciativa de âmbito regional surge na campanha nacional que o PCP está a realizar «contra a política de exploração e empobrecimento que está em curso, pela demissão do governo e por uma política e um governo patriótico e de esquerda». Este comício integra um conjunto de ações do PCP a decorrer em 2013 e das quais se destacam as comemorações do Centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. O PCP do Algarve apela ainda à participação na jornada nacional de luta convocada pela CGTP-IN para 16 de Fevereiro que, no Algarve, terá expressão em VRSA, Faro e Portimão.

O novo presidente da Comissão Política de Secção do PSD de Vila Real de Santo António tomou posse no dia 29 de Janeiro na sede da concelhia. A comissão foi eleita no dia 26 de Janeiro, com 27 votos a favor, 1 contra e 1 nulo. A nova comissão política de secção é agora presidida por Pedro Pires e conta com Carlos Lança e João Sol na vicepresidência. A mesa da assembleia é presidida por António Cabrita. Para o novo presidente, Pedro Pires, os objetivos da liderança passam por «fomentar o debate de ideias entre os militantes e a sociedade civil, promovendo o diálogo e gerando contributos para o desenvolvimento sustentado de VRSA». Para atingir esse desígnio, estão em calendário diversas reuniões

Castro Marim, VRSA e Alcoutim já têm candidatos sociais-democratas para as autárquicas de 2013. Em VRSA Luís Gomes concorre para o seu terceiro mandato. Francisco Amaral, atual edil alcoutenejo a cumprir o último mandato, candidata-se ao concelho vizinho de Castro Marim. O atual vice-presidente de Alcoutim, José Rosa Pereira concorre agora à presidência alcouteneja. Nos casos de Francisco Amaral e de José Estevens, edil castromarinense que se candidata agora ao concelho de Tavira, tratam-se de candidatos que já não podiam voltar a concorrer nos seus municípios de origem, devido à limitação de mandatos, mas que agora se candidatam a outros concelhos.

Criação de gabinete de apoio às empresas

VRSA tem novo presidente da Comissão Política do PSD trimestrais que servirão para ouvir os contributos e ideias da comissão e da mesa e para estabelecer maior proximidade com a secção da JSD de VRSA. Ainda no plano interno, a nova Comissão Política pretende potenciar a adesão de

de desenvolvimento para o concelho, sendo que a base é «uma política de proximidade e descentralizada», diz apelando ainda ao «orçamento participativo». No colóquio, que teve lugar no Clube de Caçadores e Pescadores de Furnazinhas, participaram oradores ligados à agricultura [Joaquim Castelão, anterior Diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP), Mário Dias também da DRAP; Pedro Madeira, Administrador da Frusoal; Célia Brito e José Luís Domingos do PS concelhio]. A formação, a utilização de novas tecnologias e o «abandono do amadorismo rumo ao profissionalismo», são alguns dos fatores chave que o painel abordou enfatizando a qualidade e segurança alimentar dos produtos como essenciais na competitividade.

novos militantes e reforçar a participação e ação do PSD de VRSA nos órgãos distritais. «Entre as metas da comissão destacam-se igualmente o apoio à condução da liderança do social-democrata Luís Gomes na Câmara Municipal de VRSA, bem como a recolha de contributos para a construção de um plano estratégico para o concelho», sublinha Pedro Pires. Nas linhas programáticas da nova equipa inclui-se a realização de um conjunto de jornadas autárquicas abertas à opinião pública e de plenários para ouvir os militantes e promover o diálogo interno, cujos temas versam sobre finanças, emprego, juventude ou sobre as vantagens da recém-criada Eurocidade Ayamonte-VRSA.


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LO CAL  No coração da vila

Alcoutim vai ter parque de campismo Banhistas são cada vez mais na Praia Fluvial do Pego Fundo e o espaço já é pouco, como tal o município de Alcoutim adquiriu um terreno ao lado da praia. Objetivo é ampliar o espaço balnear e construir um parque de campismo. A praia fluvial do Pego Fundo, única na serra nordestina algarvia, tem batido todas as expetativas de afluência. Banhistas são às centenas, sobretudo espanhóis, e dado que a praia fluvial não abunda em espaço, este já se torna reduzido para os frequentadores da praia. Como tal, a câmara municipal tomou medidas e adquiriu um terreno ao lado da praia fluvial do Pego Fundo. Metas são ampliar o espaço balnear, mas não só. O terreno, com 8 hectares, vai dar lugar a um loteamento habitacional, ponte pedestre sobre a Ribeira de Cadavais, circuito de manutenção e um parque de campismo; o empreendimento já está em fase de projeto. “A praia fluvial já é pequena para as solicitações; de Verão temos ali centenas de pessoas diariamente, o que é muita gente para tão pouco espaço, daí a importância de termos adquirido aquele terreno para ampliar a praia fluvial, a zona de areal e recreio”, explica o edil Francisco Amaral adiantando que “com a compra deste terreno, paralelo à praia, conseguiremos receber um maior número de visi-

tantes e garantir a qualidade, além das vantagens daqui subsequentes para a economia local”. Garante ainda que o projeto do parque de campismo “é uma mais-valia importante para Alcoutim e vai colmatar uma lacuna que já se sentia há muito tempo sobretudo na altura das Festas da vila e na época balnear”.

Parques de caravanismo surgem “Embora neste momento já haja um parque de caravanismo da câmara (Pereiro) já estão a surgir parques de caravanismo particulares, um em Alcaria e outro em Alcoutim; mas campismo não havia nada”. Para além do parque de campismo e loteamento habitacional, o edil atesta haver “terreno variado para uma quinta ecológica”, ressalvando que estão a aguardar as sugestões da arquiteta do município”. Recorde que a praia fluvial do Pego Fundo situa-se na ribeira de Cadavais, já próximo da foz com o rio Guadiana, e está equipada com um vasto leque de infraes-

Terreno adquirido pelo município vai ampliar a praia e dar origem a um Parque de Campismo em plena vila truturas e serviços – apoio de mobilidade condicionada, parque portivas. Refira-se que esta praia praia, com bar, sanitários, duches, de merendas, parque geriátrico, tem conquistado os galardões da parqueamento automóvel e aces- campo de voleibol e uma área Bandeira Azul e da Bandeira Praia sos adaptados para pessoas com para atividades lúdicas e des- Acessível.

 De cariz social e comunitário

«Projeto Alcoutim» já arrancou Inspiradas no «Projeto Querença» a Câmara Municipal de Alcoutim, a Universidade do Algarve e a Associação Alcance são promotoras do «Projeto Alcoutim». O «Projeto Alcoutim» arrancou no início de Fevereiro e tem como propósito fundamental promover o empreendedorismo de jovens licenciados. Este é o 2º projeto do género no Algarve, inspira-se na metodologia do 1º projeto, designado «Projeto Querença» (Loulé), que visa fixar, no interior mais desertificado, jovens recémlicenciados. Estes projetos deram azo à criação da Rede Nacional de Projetos com Querença, que já se estende até Viana do Castelo passando pelo Alqueva. O «Projeto Alcoutim», para além de visar essencialmente uma dinâmica criativa e empreendedora, fixando no concelho novos empresários, tem também uma vertente sociocomunitária. A dinamização do território e das comunidades locais pode vir a ser uma mais-valia num dos concelhos mais desertificados do Algarve.

Coordenação científica, coordenação executiva e estagiários do «Projeto Alcoutim»

São cinco os estagiários, designados como «Grupo de Missão», cujas áreas de formação vão da Gestão de Empresas, passando pelo Turismo até à Engenharia Alimentar. O grupo de estagiários que vai residir em Alcoutim, de 1 de Fevereiro a 31 de Outubro 2013, integra os estágios profissionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Uma das ideias inerentes ao projeto é que findos os nove meses de estágio possam continuar no concelho a desenvolver os seus próprios projetos empresariais. Ainda em Fevereiro será lançado o logótipo, o website e o facebook do «Projeto Alcoutim» para que todos os interessados possam acompanhar as suas atividades. Para quem queira tornar-se voluntário do «Projeto» nas atividades sociocomunitárias pode utilizar o e-mail: projeto.alcoutim@mail.com


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LOCA L  Na Praia de Monte Gordo

Pescadores com novo trator e máquina de limpeza Foi com grande regozijo que a Associação de Pescadores da Pesca Artesanal da Baía de Monte Gordo recebeu um novo trator que vai ajudar a revitalizar a atividade piscatória que emprega cerca de duas centenas de trabalhadores. Dia 21 de Janeiro foi dia de alegria para a Associação de Pescadores da Pesca Artesanal da Baía de Monte Gordo (APPABMG), pois cumpriu-se o desejo de um novo trator para ajudar o transporte dos barcos até ao mar. Tratou-se de uma aspiração alcançada através de uma candidatura da associação ao Programa Operacional de Pescas do Continente (PROMAR), que contou com o apoio da Divisão de Atividades Económicas do município vila-realense. A candidatura abrangeu ainda a aquisição de um carregador frontal e de uma máquina de limpeza de praia que vai assegurar a manutenção da frente de mar adjacente à zona de arrumos e armazéns de pesca. O valor do investimento ascende aos 78.291,18 euros com uma comparticipação do promotor de 15.658,24 euros. Em agenda está também a remodelação do edifício da lota que vai acolher a sede da

Associação de Pescadores e cuja obra começa em breve.

Sinergias são solução Para Luís Gomes, edil vila-realense, a colaboração da autarquia neste processo de candidatura «é exemplo do trabalho de parceria que deve ser feito entre municípios e associações, medida que faz ainda mais sentido numa época de ajustamento financeiro», atesta sublinhando que este tipo de parcerias é uma das ações previstas no Plano de Emprego de VRSA, lançado em Julho de 2012. «Neste caso, a aquisição do trator ajudará a dinamizar o setor da pesca, uma das principais atividades económicas de Monte Gordo e que dá emprego a cerca de 200 pessoas», conclui o autarca. Recorde que em Outubro de 2012 o JBG já tinha noticiado

A entrega do trator decorreu no areal da praia de Monte Gordo e contou com membros da comunidade piscatória que a comunidade piscatória da praia da Manta Rota beneficiou de um novo trator, uma casa de

Castro Marim com 24 milhões para 2013 O orçamento municipal de Castro de euros. Destacam-se a Revisão do das acessibilidades será executada Marim atinge o montante de € Plano Diretor Municipal, o Plano a obra da ponte sobre a ribeira de 23.986.867, com o investimento de Pormenor da Área de Negócios Rio Seco”, refere o município em a situar-se nos € 13.526,363, o do Sotavento Algarvio (ANESA), comunicado. equivalente a 56% do orçamento as obras de urbanização do Plano No que corresponde à habitaaprovado. Os cortes ção, vão ser consão na ordem dos cluídas as obras 4,5 milhões de euros dos últimos oito sobretudo das desapartamentos pesas correntes “de na Urbanização das Laranjeiras forma a garantir a em Altura. Ainda saúde financeira na mesma localida Autarquia, sem dade a sublinhar colocar em risco a estratégia de desena remodelação do volvimento do futuro Mercado Munido concelho”, refere a cipal de Altura, autarquia em comucom a construnicado. ção de novas Continua a aposta bancas e o aconno abastecimento dicionamento e de Água e Saneacongelação do pescado em conmento Básico com Autarquia reitera prioridades no saneamento e acessibilidades 4,2 milhões de euros dições de higiene previstos. O município aguarda a de Pormenor nº 1 de Altura e a e segurança. decisão da candidatura apresen- conclusão das infraestruturas da No âmbito da ação social a tada ao POVT para lançar a obra Urbanização Lupamar. autarquia pretende adquirir dois do Subsistema Central, destinada a Em matéria de acessibilidades a autocarros para «aumentar a quaservir água e esgotos a 11 localida- verba disponível é de 2,7 milhões lidade e o conforto dos transportes des do interior do concelho. Espera de euros. “A Câmara Municipal escolares e da rede de circuitos de também iniciar a construção das espera iniciar brevemente a obra transporte social». Já ao abrigo do redes de abastecimento de água e de conclusão da Estrada Municipal Programa de Conforto Habitacioesgotos das localidades de Cabeço Altura-Furnazinhas, numa extensão nal para Pessoas Idosas (PCHI) do de Junqueira, Casinhas e Montes de 34 Km, com a construção do Ministério da Solidariedade e da Castelhanos. troço Eira Verde-Monte Novo/Fur- Segurança Social, o município vai No ordenamento do território foi nazinhas, num investimento de 2 recuperar e qualificar habitações aprovada uma fatia de 1,8 milhões milhões de euros. Ainda no campo degradadas a idosos do concelho.

apoio em madeira, uma máquina de gelo e uma câmara frigorífica na sequência de uma candidatura

ao PROMAR, também promovida pela câmara municipal de Vila Real de Santo António.

VRSA com orçamento de base zero no valor de 85,6 milhões O Orçamento 2013 é de 85,6 milhões para Vila Real de Santo António. O montante inclui os valores na candidatura ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL) e o valor do orçamento de base zero para o exercício de 2013, cifrado em 26,6 milhões de euros. A autarquia vila-realense aderiu ao instrumento de apoio e resgate financeiro lançado pelo Governo para os municípios portugueses, como tal estabeleceu um Orçamento centralizado na contenção e recuperação financeira. «Foi neste cenário que o executivo municipal apresentou, no dia 17 de Outubro de 2011, o Plano de Contenção Financeira da autarquia de VRSA, onde estão inscritas as 100 medidas de redução da despesa, estando estas refletidas no presente orçamento», refere a autarquia. Foi estabelecido um Orçamento de base zero, onde cada um dos itens e medidas foram aprovados

individualmente, incluindo os que transitam de ano para ano num Orçamento normal. Esta medida de gestão tem ainda a particularidade de ser feita de baixo para cima; ou seja, as sugestões de como os departamentos se podem tornar mais eficazes e gastar menos são pensadas, desde logo, ao nível interno. O facto de ter aderido ao PAEL levou a um grande aumento das despesas correntes em 2013 (o programa do Governo visa pagar dividas de curto prazo já vencidas), que é seguido pelo aumento substancial das receitas de capital, que também será o reflexo do apoio solicitado ao Estado. É o crescimento nesta última rubrica que motiva o aumento do valor do Orçamento dos 49,8 milhões de euros em 2012 para os 85,6 milhões de 2013. No sentido inverso, as receitas correntes devem cair para metade, em relação a 2012.


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Joana Germano

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Joana Germano

oi a meados de Janeiro que o JBG encontrou uma figura tão característica e tão acarinhada, como quase mítica nas ruas de Castro Marim. A sua melodia ouvia-se ao longe e anunciava a sua chegada como quase de um conto ou lenda se tratasse. Anda pelas ruas de cidades e localidades e faz-se anunciar pelo apito e melodia que do instrumento de sopro emana. Há quem chame gaita ou apito. Ao soprar ressoam tonalidades consecutivas de grave a agudo e o eco invade os lugares; todos sabem quem chegou, qual figura mítica intemporal, é real, é o amolador, um caixeiro-viajante de outros tempos, mas que ainda resiste. Chega pela manhã, quando sol já vai alto. “O meu sinal é com o apito, assim que chego toco; quem ouve já sabe de quem se trata”, conta. Na realidade João Maria Morais Gonçalves, de seu nome de batismo, é conhecido unicamente

Amolador, o ofício mítico por «Amola Tesouras». Tem 59 anos e desde os 14 que trabalha. Cedo o ofício de amolador, mais que trabalho, tornou-se a sua vida. O João Amola Tesouras não é do Baixo Guadiana, nem tampouco do Algarve. Não vive cá, mas por cá passa algum tempo e conta com alguns clientes. É de Setúbal, nascido e criado, e é da península que vem de bicicleta e corre mais de 200 km’s até ao Alentejo e Algarve, munido apenas da sua bicicleta. Nas pernas já conta com muitos quilómetros, quase que um cicloturista formado em vendas e oficina que faz da bicicleta modo e sustento ambulante. “Para andar em cima desta bicicleta o dia inteiro é preciso já muitos anos e muita experiência. Muitas vezes mal ganhamos para comer, o que ainda é pior”, lamenta, embora sempre animado, bem disposto e com gargalhadas à mistura. A conversa continua.

“De noite todos os gatos são pardos”

“Abalo de Beja para dormir em Setúbal, mas antes passo por Lagos, Castro Marim, VRSA, Faro, Albufeira; corro todo o Algarve”. Não necessariamente por esta ordem, e com muitas paragens e quilómetros à mistura, o amolador corre e percorre todo o Alentejo e Algarve. “Sempre até Setúbal, não mais; ando mais para o Sul e já ando cá há muitos anos”. Fala de Beja como sendo local com clientes assíduos; Vila Real de Santo António e Castro Marim também o são, mas o seu sítio de eleição para a arte de amolar, até porque é o concelho que mais lhe dá a ganhar, é Albufeira. “Onde tenho mais clientes é mesmo em Albufeira, paro muito lá. Há muitos turistas e estrangeiros. Turismo daqui para Albufeira é do dia para a noite”, compara. “O único amolador daqui até Lisboa sou eu, não encontra mais nenhum”, atesta garantindo que concorrência não a há. A zona Sul é toda sua, mas nem por isso é sinónimo de mais trabalho. Faça sol ou chuva João Gon-

çalves, o «Amola Tesouras», não pára. Descansar ou fazer pausas não se compactua com o ofício que o escolheu. “Não tenho medo da chuva; água suja não molha tropa”, declama. A bicicleta e as suas pernas já muitos quilómetros percorreram, largos milhares até. “Não tem conta-quilómetros, se tivesse sabíamos já”, ri-se. A bicicleta transporta também a sua casa. Tem todo o material consigo e ao chegar o sol-posto monta tenda e encosta. “Quem anda na estrada também tem que ter cuidados, porque a estrada é um sítio perigoso. Em chegando às 19h da noite já não ando mais. Começo de manhã, bem cedo, isto porque de noite todos os gatos são pardos”, confirma garantindo que “às 19h encosto às boxes, não ando mais na estrada; fico em qualquer lado, nem que seja no campo. Com facilidade nos dão uma pancada e ali ficamos”.

«Quem corre por gosto não cansa»

O número de amoladores por todo o país é uma incógnita dado o carater ambulante, mas João atesta que poucos restam num ofício de mera subsistência. A bicicleta é transporte e ferramenta de trabalho, uma companheira de vida. “A bicicleta é a minha mulher”, graceja. “Às vezes salta um pneu ou outra coisa qualquer, ou mudo as câmaras-de-ar e o banco, mas a bicicleta é sempre a mesma”, ri-se. Para um amolador a bicicleta é essencial visto que é nela que se transporta para oferecer os seus serviços de amolar facas, tesouras e outros instrumentos de corte. Vem na sua velha bicicleta, onde está montada a pedra de esmoril com que executa os trabalhos. Para amolar é dar ao pedal e começar a afiar os objetos cortantes. Fácil? Não o é! É preciso dominar a técnica e ter muita arte. Na bicicleta está também uma caixa com ferramentas de diferentes tamanhos, diversos feitios e muitas utilidades onde se podem ver chaves, alicates, pregos, martelo e ainda outras


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Apregoa a sua chegada com uma melodia característica, quase que uma viagem intemporal a outras gerações e aos confins da memória. João Gonçalves, o «Amola Tesouras», é um resistente do ofício que pedala centenas de km’s, debaixo de sol e chuva, até chegar ao Baixo Guadiana. A rua é estrada, ofício e casa para si. A bicicleta é a companheira de todas as horas. O ofício é o sustento que um dia há-de pertencer apenas às páginas de um livro e a bicicleta de amolar ganhará espaço num museu. Crença, mito ou pura fantasia, diz-se que a sua vinda anuncia chuva. Coincidência ou não, no dia seguinte à sua visita choveu. ferramentas adaptadas. Afia facas, tesouras, canivetes, navalhas, repara chapéus-de-chuva e outrora também alguidares de barro, jarros e travessas. “Antes fazia e reparava potes de azeite, regadores, baldes e alguidares com um «gato»”, recorda explicando que o «gato» de que fala, tratava-se de um bocado de arame espalmado que ajudava no conserto; “valia um tostão naquele tempo”, relembra. “Punha os fundos de panelas de alumínio por 25 tostões” afiança confirmando que “é preciso ter muita persistência”. “Já aprendi e fiz de tudo um pouco, a única coisa que não aprendi foi a fazer uma máquina de fazer dinheiro!”, ri-se atestando que «quem corre por gosto não cansa».

«Barato sai caro» Nos sítios por onde passa tem clientes, mas não abundam. Por vezes são os mais velhos, e conhecedores do ofício, que não dispensam os seus serviços. O «Amola Tesouras» continua com o ofício e

a experiência que acumula leva-o a um dos mais verdadeiros ditados: «O barato sai caro». “Muita gente pensa que por se levar dois euros, que são 400 escudos, de amolar uma tesoura, que é uma grande fortuna; as pessoas acham tudo caro; por vezes preferem comprar uma tesoura ou faca novas do que amolar, pensam que lhes sai mais barato, mas não. Para comprar uma boa tesoura gasta-se mais do que isso, pois muito do que tenho aprendido é que o barato sai caro e o caro é o que normalmente mais barato sai”, explica. “Dois euros não são nada; bebe-se uma bebida, nada mais; não dá para comprar uma refeição”, reclama. No trabalho é o mais profissional possível. “Quando tenho um serviço é para fazer como deve de ser; senão ficar bem feito já não me dão trabalho e isso não quero. Dá ao pedal e funciona a pedra de amolar. A faca ou tesoura podem demorar 5, 10 ou mais minutos, o que interessa é que o serviço fique bem feito. “Gosto

de trabalhar com a minha calma e com a minha paciência. Muitas pressas não resultam”. Também arranja guarda-chuvas. Quando se parte uma vareta o amolador emenda. “Quando vejo que não há conserto para o guarda-chuva mais vale jogar fora que eu não engano ninguém. Volto a dizer que o caro sai barato. Quando se compra um guarda-chuva por cinco euros não podemos estar à espera que dure”. Os consertos são na hora e no local. “Não levo nada comigo, senão não podia com a bicicleta. Arranjo tudo no local, à vista; seria preciso um armazém ou um reboque”.

«Parar é morrer» Enquanto que o seu ofício cai em desuso, as reparações e vendas estão em acentuado declínio. Amolar facas mal dá para o sustento. “Já não compensa; as pessoas querem menos, preferem comprar, quem quer reclama e o pagamento é fraco”, queixa-se. “Arranjem-me trabalho fixo todos

os meses que eu vou e largo logo isto”, apela dizendo que o faz por necessidade. “Não sei fazer mais nada. O que os meus pais me deixaram foram as estradas livres e não fazer mal a ninguém. E assim faço, tem que ser assim. Parar só se for algo urgente. Desde que eu não tenha problema nenhum e que eu possa andar sigo sempre. Parar é morrer”. João «Amola Tesouras» lastima mas prossegue dizendo que “não há trabalho em lado nenhum e não posso largar o meu”. “Com a idade que tenho vou procurar trabalho onde? Nem para os novos há, quanto mais para mim”, volta à carga contando que não sabe ler, nunca aprendeu; nunca ninguém lhe ensinou. Contou que há tempos arranjou outras lides mas depois do trabalho feito o patrão ficava a dever e “trabalhar à borla é que não”, avisa.

Chega a chuva O «Amola Tesouras» passa pelo Baixo Guadiana todos os meses.

Aqui só se conhece este. Quase uma figura mitológica que desperta a curiosidade e traz a magia com a melodia que entoa. Tal como outras profissões antigas, diz-se que o ofício tem os dias contados e que tende a desaparecer. Hoje em dia poucos são os clientes que o esperam numa sociedade consumista e implacável onde prontidão, acesso fácil e preço baixo ditam as regras do mercado e nem sempre preservam as riquezas culturais que um dia hão-de pertencer apenas às páginas de um livro e a uma bicicleta de amolar que ganhará espaço num museu. João Gonçalves, o «Amola Tesouras», segue viagem. Sorridente e conversador são adjetivos que bem o caracterizam. A rua é estrada, ofício e casa para si. Crença, mito ou pura fantasia, diz-se que o amolador anuncia chuva. No dia seguinte, coincidência ou não, choveu.


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LOCAL  Lufada de ar fresco ao comércio

Altura já prepara o Carnaval O Carnaval de Altura já é tradição enraizada no município de Castro Marim, sendo a única localidade do concelho que celebra com pompa e circunstância os festejos, as máscaras e o corso carnavalesco. Este ano são seis carros alegóricos naquele que é o único desfile de Carnaval do Baixo Guadiana. Há já algum tempo que a junta de freguesia de Altura está a preparar o desfile alegórico do Carnaval, uma festa que a população tem como sua e já não abdica, sendo que o ano passado ultrapassou todas as expetativas de visitantes no calendário. Para já seguem os preparativos. “Estamos neste momento na parte tosca dos carros alegóricos, que vão ser seis, bem como a providenciar os materiais para a feitura dos carros”, adianta Nélia Mateus, presidente da junta de freguesia local. O tempo é escasso mas tudo corre de feição. “As coisas estão a decorrer normalmente, embora o tempo seja limitado e optámos por fazer o Carnaval a 9 e 10, até porque já tivemos conhecimento que na Terça-feira não vai haver tolerância e à semelhança do ano passado vamos fazer ao Sábado e Domingo” explica a autarca que atesta que o dia 12, dia forte do Carnaval, não passa em branco. “Na Terça-feira, ao final da tarde, fazemos o enterro do Entrudo; vamos fazer uma brincadeira que já fizemos o ano passado; depois disso faremos um jantar aberto à população com inscrição e pagamento prévio.

Lufada de ar fresco para o comércio local A verba é muito escassa mas a boa vontade impera e com pouco se faz muito. “Conta-se sobretudo com a boa vontade das pessoas, embora haja um pequeno número de entidades, empresas e particulares que ainda nos dão um pequeno contributo para podermos enfrentar essas despesas; é graças mesmo à generosidade das pessoas e à boa vontade dos grupos envolvidos e a pessoas da freguesia que se consegue por o Carnaval na rua”, sublinha a responsável que atesta estar sempre disponível para esta celebração, dado que os festejos mexem também na economia da localidade. “Nesta época baixa é muito importante que se faça o Carnaval; é uma lufada de ar fresco para o comércio e na animação”, diz. Pessoas não faltam, pois o Carnaval de Altura já marca compasso nas agendas culturais e volta este ano a ser o único no Baixo Guadiana. “O ano de 2012, ao nível de expetadores, foi o melhor ano de sempre, foi uma avalanche de gente que nos surpreendeu”, confirma.

Carnaval de VRSA com bailes e dj’s No concelho de Vila Real de Santo António, à semelhança do ano passado, não vai haver desfile e carros alegóricos de Carnaval, mas as celebrações assinalam-se com bailes e uma seleção de dj´s na praia de Monte Gordo e no Centro Cultural António Aleixo. No recinto do Centro Cultural, em VRSA, não faltam bailes e concursos de máscaras, nos dias 9, 10, 11 e 16 de Fevereiro, sempre depois das 22 horas. A 9 de Fevereiro, a noite vai ser animada por Vera Pereira, enquanto no dia 10 o palco fica entregue aos ritmos de Tânia e Teresa. No dia 11 de Fevereiro, o Centro Cultural recebe o Duo Reflexo, fechando a programação de Carnaval, no dia 16, com o grande Baile da Pinhata, também às 22h. Em Monte Gordo, os bailes têm lugar nos dias 9, 10 e 11 de Fevereiro, entre as 22h e as 4h, numa tenda instalada na Zona Poente da avenida marginal. As primeiras horas da noite, em Monte Gordo, serão animadas pelo Duo Reflexo e por Ângelo Correia. Noite fora,

no dia 9, a cabina de som fica aos comandos do dj Ilegal, enquanto no dia 10 a pista de dança será conduzida pelos dj’s Karussa e Karussa Jr. Para os mais novos, no dia 8 de Fevereiro, em VRSA, entre as 9h30 às 10h30, está programado um desfile de Carnaval Infantil, desde a EB1/JI António Aleixo e a EB1/ JI Escola Caldeira Alexandre até à R. Dr. Teófilo Braga, passando pela Praça Marquês de Pombal. Segue-se um baile de Carnaval infantil no Centro Cultural. Também no dia 8, mas em Monte Gordo, um desfile de Carnaval desde a EB1/JI Monte Gordo até ao Casino, entre as 9h30 às 10h30. Segue-se um baile de Carnaval no pavilhão da EB 2.3 de Monte Gordo. Já em Vila Nova de Cacela, o desfile infantil decorre entre a EB1/JI Manuel Cabanas e o mercado municipal. Depois das 10h30, há baile no pavilhão de Cacela. Também no dia 10 de Fevereiro, o centro cultural recebe uma matiné infantil, com concurso de máscaras e música de Paulo Pacheco.

O ano passado o Carnaval de Altura bateu recorde de visitantes

Temática Livre Quanto a temáticas específicas, não as há. Cada um dos seis carros, e grupos adjacentes, tem total liberdade na feitura dos carros e disfarces usados. Entre os seis carros o JBG sabe que a associação ACDA em Altura irá estar presente com a

temática do «Casamento» [notícia página 05] e também a Junta de Freguesia de Castro Marim. “Este ano o tema vai ser o «Castelo de Castro Marim» e participar no Carnaval é uma forma de mostrarmos o concelho”, garante Célia Brito, responsável da junta de freguesia castromarinense que alerta no

entanto que a grande estreia do carro alegórico não é em Altura. “O nosso carro estreia em Castro Marim no circuito das escolas com as nossas crianças”. O Corso e Desfile Carnavalesco parte nos dias 9 e 10 de Fevereiro às 15h da Junta de Freguesia de Altura realizando o percurso até à Alagoa.


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D ESEN VO LVIMEN TO  Rio Guadiana é prioridade

Eurocidade Ayamonte/VRSA esbate fronteiras Janeiro trouxe a assinatura do protocolo da Eurocidade entre Ayamonte e VRSA, uma forma inovadora de estreitar laços culturais e económicos em prol do desenvolvimento conjunto das populações de uma e outra margem; um estímulo à eurocidadania. O desassoreamento do Guadiana foi ponto de ordem e ficou o compromisso por parte da CCDR Algarve. Em 2013 começam as obras de desassoreamento. Já tinha sido noticiado em Dezem- concretiza o plano de trabalhos uma e a mesma região”, confirmou tornar uma oportunidade. Nesse e «o testemunho de uma nova gerabro pelo JBG e no dia 9 de Janeiro 2012-2014, com o qual me com- relançando o desafio de projeção sentido está em estudo a criação ção de políticas locais». de 2013 veio como «Presente de prometi”, disse adiantando que “se internacional. “Temos que unir do cartão do Eurocidadão, cujas Reis» de última hora. Os municí- trata de uma figura de coopera- esforços e laços institucionais vantagens estendem-se ao comérIntercâmbio Chaves/Verín pios vizinhos de Vila Real de Santo ção local, que começou por ser a para concretizarmos ações que cio tradicional, através de um conAntónio e Ayamonte em Espanha utilização conjunta dos diferentes nos firmem num quadro interna- junto de descontos e promoções Com menos de um mês de criação tornaram-se na a Eurocidade Aymonte/ VRSA já realizou uma mais recente, visita de trabalho à Eurocidade e a primeira do Sul da Eurocidade Chaves-VePenínsula Ibérica. rín, um «bom exemplo Num momento de cooperação internacional entre cidades que se quer de união o Guadiana vizinhas por serem uma serviu mais uma referência Ibérica em vez para estreitar projetos de cooperação laços e não divitransfronteiriça», atesta dir. O protocolo a autarquia pombalina de colaboração relembrando que se trata da primeira Eurofoi formalizado cidade da Eurorregião em pleno Rio Norte de Portugal-GaGuadiana numa embarcação onde liza, iniciado em 2007». foram acordadas Para além das delegaaquelas que são ções lusas e espanholas, as linhas mestras também David Santos, de atuação da Presidente da CCDR nova Eurocidade. Algarve e EAAA marcou O logótipo remete Administrações local e central de Portugal e Espanha marcaram presença e estão expectantes com o trabalho da nova Eurocidade presença. Foi mostrado desde logo para in loco o funcionamento uma união ibérica e cooperação equipamentos e serviços propor- cional, pois temos um conjunto de concedidos aos portadores. Luís da Eurocidade, foram partilhadas que se continua a fazer através cionando aos seus cidadãos mais fatores para potenciar esta região Gomes não tem dúvidas, a criação experiências de trabalho que podem do Guadiana, sendo disso claro oferta e melhor qualidade de vida. do Guadiana, região da Euroci- da Eurocidade é um instrumento ser replicadas e beneficiadas pelos exemplo a Ponte Internacional do Cria um sentimento de eurocida- dade, como destino único e que importante para o desenvolvimento cidadãos de Ayamonte e VRSA. Guadiana e a travessia via ferry. dania e pertença avançando para tem que ser promovido”. Antonio O slogan é claro: «Unidos pelo novos modelos de relacionamento Rodriguez Castillo, Alcalde de AyaArranca desassoreamento do Guadiana Guadiana». e entre ajuda, promovendo a con- monte, reflete o momento como A nova Eurocidade é o exemplo vergência institucional, económica «histórico» para ambos os países e de um novo modelo de cooperação e social e abolindo fronteiras”. Na considera que «o rio aproxima-nos A notícia do desassoreamento do Rio Guadiana marcou em defique vai para além da colaboração formalização do acordo, David mais do que nos divide». “Temos nitivo o início da Eurocidade Ayamonte/VRSA, sendo que David institucional e alcança uma nova Santos, assumiu um compro- que desenhar estratégias de desenSantos [Presidente CCDR Algarve], apesar de depender dos govervisão de cidadania europeia. O misso: tornar o Guadiana nave- volvimento, pois já não há fronnos português e espanhol, efetivou o compromisso de um Guadiana projeto visa a conjugação de esfor- gável durante a sua presidência teiras na Europa e este é o mais navegável já em 2013. “Tenho consciência que não é um assunto ços e recursos, através do plane- na EAAA. “Para enriquecer este claro exemplo disso. O desafio é fácil o desassoreamento e navegabilidade do Guadiana, apesar de amento e da gestão conjunta dos modelo vamos reunir esforços “escrever o futuro com cooperajá ter sido por diversas vezes abordado em Comissões Luso Espaserviços e dos equipamentos dos para tornar o Guadiana navegá- ção e com maiúsculas”, atesta o nhola e na Comissão Internacional de Limites”. O governante municípios fronteiriços, sempre vel; desassorear a foz e intervir autarca espanhol. admitiu estar já em agenda uma reunião sobre o rio com entidades numa base de partilha, sendo que pontualmente ao longo do rio é a de Portugal e Espanha, essencialmente no que diz respeito a aproo efeito fronteira é encarado como nossa próxima etapa”, concretizou Modelo de cooperação vações ambientais, adiantando que existem já duas candidaturas uma oportunidade de desenvol- o responsável que garantiu saber de segunda geração aprovadas no POCTEP com financiamento para o desassoreamento vimento territorial e socioeconó- que “sentar Portugal e Espanha à do rio e da foz. “Queríamos chegar até ao Pomarão, mas existem mico. mesma mesa e aprovar o desassoA Eurocidade Ayamonte/Vila algumas dificuldades a nível ambiental, mas pelo menos até Alcoureamento não é tarefa fácil [Caixa Real de St.º António é um projeto tim queremos desassorear o Guadiana. Ainda ninguém conseguiu Sentimento de ao lado]. que vai além da cooperação insfazer isto até hoje mas eu tenho mesmo que fazer porque me comEurocidadania titucional e pretende o fortaleciprometi”, assegurou o responsável adiantando que “ridículo é Estratégia de promoção mento na ligação já existente entre ter-se candidaturas aprovadas no POCTEP, ter verba, e não se faz A criação da Eurocidade surgiu conjunta os dois municípios, exemplificando porque não há aprovação”. Para já o governante confirma que o no âmbito do plano de atividaum novo modelo de cooperação de montante disponível (que não quis adiantar o montante), não é des apresentado pelo Presidente Luís Gomes, autarca vila-re- segunda geração e promovendo a para estudos, mas sim para obra física e já este ano. “Abril é uma da CCDR-Algarve, David Santos alense frisou a importância da convergência económica, social, data que acho aceitável para se começar, ou pelo menos para ter as aquando assumiu a presidência Eurocidade para o desenvolvi- cultural, turística e ambiental aprovações necessárias para se dar início e acabar a obra este ano, da Eurorregião Alentejo-Algarve- mento destas comunidades, mas entre ambas as cidades. O acordo pois em termos de tempo não é uma obra complicada”, conclui. Andaluzia [EAAA], por um perí- não apenas. “Este acordo não ultrapassa mesmo as trocas comerLuís Gomes, edil de VRSA mostrou-se desde logo satisfeito com odo de dois anos, em Setembro de fica pela assinatura deste docu- ciais e culturais e possibilita aos o desassoreamento. «Poucos países têm em comum um rio com 2012 em Sevilha. O responsável mento, pois encerra um conjunto habitantes de VRSA utilizar os as características do Guadiana e, como tal, não podemos abandomostrou-se orgulhoso por partici- de complementaridades, quer na equipamentos coletivos de Ayanar este recurso. Este anúncio da CCDR é, pois, um dos grandes par naquela que é a primeira ação área da partilha de infraestruturas, monte, beneficiando das mesmas compromissos de 2013 para o desenvolvimento do Algarve e uma do plano de trabalho da EAAA. “O equipamentos, na área da cultura, condições dos residentes daquela marca do entendimento entre duas regiões transfronteiriças», nota ato de assinatura que cria o proto- quer no desporto. O importante localidade espanhola, e vice-versa. o autarca. colo da Eurocidade já é o reflexo é ter uma estratégia clara para a Assim, o «efeito de fronteira» deixa da parte prática da EAAA, tal como promoção conjunta daquilo que é de ser um inconveniente para se


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DESENVOLVI ME N TO  Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA deu o mote

Dieta Mediterrânica com «Sol e Sal» O sol, fonte de vida, e o sal, que tempera a vida, foram os ingredientes essenciais para o seminário sobre a dieta mediterrânica, sem esquecer uma degustação das delícias resultantes. O selo foi da Escola de Hotelaria e Turismo (EHT) de VRSA. Dia 16 de Janeiro foi dia do evento «Sol & Sal – a influência na Dieta Mediterrânica». Objetivos foram importantes; desde promover e divulgar a gastronomia mediterrânica, a sua herança cultural e os recursos endógenos do Baixo Guadiana; bem como promover as atividades da EHT aos hoteleiros, empresários, entidades oficiais, escolas e público em geral; a sala foi pequena para os tantos curiosos. O evento resultou de uma iniciativa do curso de especialização tecnológica em Gestão e Produção de Cozinha da EHT VRSA em parceira com a ação EFA Profissional de Técnico de Informação e Animação Turística do Centro de Emprego e Formação Profissional de Faro (a decorrer em VRSA). Insere-se no âmbito das atividades previstas da EHT VRSA na candidatura da Dieta Mediterrânica a património imaterial da humanidade, promovida pela Câmara Municipal de Tavira.

Primeiro os saberes O evento abriu com a palestra dedicada aos «Recursos Endógenos – salvaguardar a herança, garantir o futuro». A Câmara Municipal de Tavira, responsável pela candidatura a Património Mundial da UNESCO da Dieta Mediterrânica, veio a VRSA promover os saberes e sabores do Mediterrâneo. Jorge Queiroz, um dos responsáveis pela candidatura,

de atum. O painel contou ainda com a participação da CCDR e Câmara Municipal de VRSA.

Depois os sabores…

Iguarias mediterrânicas, com assinatura de chefes reconhecidos, deixaram público de água na boca falou da trilogia alimentar sagrada mediterrânica: o azeite, o cereal (pão) e o vinho, mas não só. “A sardinha, cavala e carapau também fazem parte desta dieta e abundam na costa portuguesa. São ricos em ómega 3, sendo os mais baratos, mas também os mais saudáveis”, relembrou alertando que “esta dieta é importante na regulação de colesterol no sangue e no combate à obesidade - a epidemia global do século

XXI, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. No campo do sal, Luís Horta Correia da Cooperativa Terras de Sal de Castro Marim, falou do «ouro branco» que no passado era a «especiaria dos pobres» mas cujo mercado atualmente está ramificado no gourmet, no healthy e no biológico. “O Norte da Europa aprecia a qualidade do nosso sal que é de salina, já o deles é de gema, portanto de mina”,

explica o responsável confirmando o sal de Castro Marim como de «alta qualidade e distinto». “Todos os dias temos contactos do Norte da Europa, pois o consumidor começa a saber escolher”. Dâmaso do Nascimento, empresário das Conservas Dâmaso em VRSA encerrou o painel focando-se sobretudo nas inovações que alcançou com o atum e a muxama, sendo que também da sua autoria, e à venda no mercado, está o chouriço

Depois dos saberes chegam os sabores. Na parte da manhã, reservada à gastronomia mediterrânica, o primeiro workshop a cargo dos chefes Henrique Mouro (Chefe Cozinheiro do ano 2001) e Joaquim Feliciano (Chefe e proprietário do Restaurante Chaminé na localidade de Altura). Henrique Mouro trabalhou como chefe em hotéis de luxo e em 2010 abriu o seu próprio restaurante em Lisboa «Assinatura», que oferece uma cozinha criativa e na primeira pessoa. Confecionou Espadarte na pedra de sal e ostras cozinhadas com cuscos. Já Joaquim Feliciano, por várias vezes representante da gastronomia algarvia, e galardoado em 2011 com a cataplana de ouro no concurso «Cataplana Experience», confecionou a mesma iguaria que lhe valeu o ouro: Cataplana de polvo com batata-doce. Depois do almoço, confecionado pelos alunos, deu-se o último workshop com «Cozinha Típica vs. Cozinha de Autor», a cargo dos chefes e formadores da EHT VRSA, Jorge Rodrigues e Luís Parreira. Evento encerrado, delícias apresentadas, o balanço foi de sucesso.

Sal de Castro Marim promovido na Alemanha Próxima paragem na estratégia de promoção do Sal de Castro Marim é a BIOFACH a maior Feira Internacional de Produtos Orgânicos do Mundo, entre os dias 13 e 16 de Fevereiro na cidade de Nuremberga – Alemanha. Objetivo: afirmar o sal de Castro Marim como um produto biológico de alta qualidade. Meta: Singrar no mercado europeu e mundial. O Sal de Castro Marim, juntamente com os seus produtores, viaja entre os dias 13 e 16 de Fevereiro para Nuremberga, na Alemanha, para a maior Feira Internacional de Produtos Orgânicos do Mundo, a BIOFACH. A iniciativa é da Associação Terras do Baixo Guadiana em parceria com a Odiana e o objetivo é afirmar o produto endógeno. “Num momento particularmente difícil, onde o crescimento económico é encarado como uma prioridade fundamental para a sobrevivência da nossa economia e, numa altura em que nos é exigida uma aposta forte no nosso tecido produtivo, através da promoção e internacionalização dos nossos produtos, a Associação Odiana em parceria com a Associação Terras do Baixo Guadiana quer dar uma resposta a este apelo”, conta Valter Matias da Associação Odiana. “Esta participação insere-se numa estratégia de dinamização

e promoção do território e numa aposta clara nos produtos locais biológicos e endógenos da região e estando o sal certificado, e com esta escala, faz todo o sentido levá-lo até à BIOFACH”, complementa Ricardo Bernardino da ATBG.

cipações, sendo que também do Baixo Guadiana vai estar a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) a representar a fileira das ervas aromáticas. Ainda no Sotavento algarvio vai estar o sal de Tavira. De Vila Flor e Vimioso representam-se o azeite e o mel, respetivamente. A BIOFACH 2013 conta com a participação de 2.420 expositores e uma estimativa de 40.315 visitantes, vindos de todo o mundo. É um certame anual dedicado aos produtos orgânicos, desde alimentos ecológicos, outros produtos naturais (brinquedos, presentes, tecidos...), agricultura orgânica. A iniciativa surgiu no âmbito do Plano de Aquisição de Competências e Animação (PACA) – Subprograma3 – Dinamização das Zonas Rurais do Programa PRODER.

Sal nos mercados mundiais O apelo teve resposta e ambas as associações, em conjunto com a Cooperativa Terras de Sal e alguns produtores, traçaram desde logo uma estratégia, sendo que há meses que andam a preparar toda a informação e o stand promocional. “Queremos afirmar o Sal de Castro Marim como um produto biológico de altíssima qualidade que tem todas as potencialidades para singrar no mercado europeu e mundial”, atesta o responsável da Odiana. De Portugal são cinco as parti-

Sal de Castro Marim quer singrar no mercado internacional


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D ESEN VO LVIMEN TO  PRODER no Baixo Guadiana

Interior pode ganhar mais verbas A Associação Terras do Baixo Guadiana (ATBG) aprovou recentemente um conjunto de projetos candidatos ao PRODER cujo investimento elegível, aprovado na medida 3.1, alcança mais de 2 milhões e meio de euros. Ricardo Bernardino, coordenador da ATBG, está confiante que no próximo quadro comunitário as zonas rurais possam beneficiar de iguais ou mais verbas. No início de Janeiro a ATBG, gestora do subprograma 3 – Dinamização das Zonas Rurais, no Baixo Guadiana, no âmbito do programa PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural, anunciou o leque de projetos aprovados na medida 3.1 ao abrigo do primeiro e único concurso de 2012 [16 de Abril a 16 de Maio]. Na ação 3.1.1 «Atividades de Exploração Agrícola» foram apresentados três projetos, dois deles aprovados, embora um sem dotação orçamental; o montante de investimento aprovado foi de cento e noventa e oito mil, trezentos e setenta e sete euros. Na ação 3.1.2 «Criação de microempresas», oito projetos surgiram. “Foram três projetos aprovados que totalizam 821 mil seiscentos e trinta e cinco euros de investimento e passam já para a fase de contratação; sem dotação orçamental são quatro projetos que ficam em overbooking e um com parecer desfavorável, que não preenchia os critérios de elegibilidade”, confirma Ricardo Bernardino, coordenador da ATBG que salvaguarda os projetos aprovados sem dotação orçamental. “Estão organizados por classificação e se houver libertação de verbas contratadas ou reforço da atual dotação financeira existirá a possibilidade de cofinanciar em parte, ou a totalidade destes projetos, a começar pelos que obtiveram

Ações PRODER

Investimento elegível aprovado

Despesa pública (subsídio a atribuir)

3.1.1 - Diversificação de Atividades na Exploração Agricola

198.377,11 €

119.026,27 €

3.1.2 - Criação e Desenvolvimento de Microempresas

821.635,82 €

492.981,49 €

3.1.3 - Desenvolvimento de Atividades Turísticas e de Lazer

1.649.856,45 €

963.692,20 €

TOTAL

2.669.869,38 €

1.575.699,96 €

Montantes totais aprovados na medida 3.1 no último concurso PRODER turismo equestre; também um Parque melhor classificação”, garante. Já a terceira e última ação, a 3.1.3 de Campismo e Caravanismo, que é «Atividades Turísticas e de Lazer», o primeiro no concelho de Mértola”, reuniu maior afluência, com oito apro- ressalva atestando que continua a vados, oito sem dotação orçamental aposta nos projetos de animação e dois desfavoráveis. O montante de turística. investimento aprovado foi superior a 1 milhão e 649 mil euros. O grosso Reforço de verbas no nesta ação foram mesmo os turismos futuro rurais. “De facto os turismos rurais têm sido uma constante; só neste Para já a medida 3.1 está encerrada, concurso são cinco”, diz afiançando quanto à 3.2, continua em análise. também que “estes até estão reparti- Para 2013, à partida não haverá dos por todo o território”. Em termos mais período de candidaturas. A de diferenciação o território pode explicação é simples: a verba está contar no futuro com alguns projetos esgotada. “Até final de 2013 só se a inovadores. “Temos um Centro Hípico gestão do PRODER reforçar a verba no concelho de Tavira e não tínha- é que poderá haver novo período de mos cá nenhum projeto relacionado candidaturas, pois de momento a com esta temática, nomeadamente o ATBG já levou toda a verba a con-

curso” diz. Apesar dos montantes serem escassos, o coordenador está confiante. “As taxas de aprovação e execução apresentadas pela ATBG levam-nos a acreditar que poderemos ver reforçado, a curto-prazo, o nosso orçamento disponível.”. De momento a Estratégia 2020 está em discussão e existem entidades que se mostram descrentes quanto às verbas a atribuir; a ATBG mostra-se otimista. “A informação não é muita, mas existem algumas indicações de que as verbas poderão ser mantidas ou até reforçadas ao nível do desenvolvimento rural, e em particular da abordagem LEADER”, diz adiantando que “temos esperanças de conseguir uma dotação para o LEADER igual ou até superior à atual”.

Luís Gomes debateu «Equilíbrio do mundo» em Cuba De 27 a 30 de Janeiro o autarca vilarealense participou na III Conferência Internacional «Pelo equilíbrio do Mundo», no Palácio de Convenções de Havana em Cuba. O evento foi organizado pela Oficina do Programa Martiano cuja missão é coordenar todos os eventos que se destinem a homenagear o influente pensador, poeta, político e filósofo cubano José Martí, nascido há 160 anos. Na lista de convidados estiveram as mais destacadas figuras da polí-

tica e pensamento mundiais, oriundos de cerca de 40 países, como são os casos do ex-presidente do Brasil, Lula da Silva; do teólogo brasileiro Frei Betto; do prémio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel; e do ex-diretor geral da Unesco, Federico Mayor Zaragoza. O autarca vila-realense, Luís Gomes, em representação do município, fez uma intervenção de fundo onde focou a solidariedade e políticas sociais. A participação do município de VRSA dá seguimento aos

Luís Gomes focou as políticas sociais

múltiplos acordos com a República de Cuba em áreas como a cultura, educação, desporto, saúde, desenvolvimento comunitário e reabilitação urbana. A esta proximidade, soma-se o protocolo de geminação estabelecido com a cidade de Playa, em 2006, bem como os acordos de cooperação estabelecidos com os serviços de saúde de Cuba. Também para estreitar os laços com este país, VRSA organiza anualmente o Encontro de Cultura Cubana.

Algarve reeleito melhor destino de golfe O Algarve foi considerado, pelo segundo ano consecutivo, o melhor destino de golfe da Europa Continental pela relação preço/benefício (best value for money), ficando à frente da Turquia e de Múrcia no título dos prémios da revista britânica «Today’s Golfer». O destino algarvio foi o grande vencedor dos «Today’s Golfer Travel Awards», ao reunir 43 por cento dos votos de mais de 7000 eleitores.

O Algarve foi ainda a região do país a figurar mais vezes na lista dos premiados, com seis distinções no total. Nas categorias de «Melhor Campo de Portugal» e de «Melhor Hotel/Resort de Portugal», o destino continuou a liderar as preferências: o Oceânico Old Course, em Vilamoura e Vale do Lobo ficaram em primeiro lugar, com 30 por cento e 15 por cento dos votos, respeti-

vamente. «Os campos de golfe algarvios são cerca de 40 e registam mais de um milhão de voltas por ano. Já foram distinguidos com vários prémios internacionais e este é mais um de que nos orgulhamos, sobretudo por ser atribuído por uma revista do Reino Unido, que continua a ser o nosso principal mercado emissor de turistas», diz o presidente do turismo algarvio,

Desidério Silva, aproveitando para felicitar as empresas da indústria do golfe «pelo seu serviço de excelência». A «Today’s Golfer» é uma das revistas temáticas mais vendidas do Reino Unido e todos os meses chega a mais de 200 mil golfistas britânicos. É desde 2010 uma publicação aprovada pela IAGTO (International Association of Golf Tour Operators).

«Perto

da

Europa»

Portugueses mais bem informados no Ano Europeu do Cidadão

O lançamento da nova geração de 18 centros Europe Direct em Portugal tem como objetivo promover e facilitar a chegada de informação prática aos portugueses sobre os seus direitos na União Europeia e as vantagens de se viver, morar e estudar na UE. Vou viver, estudar ou trabalhar para outro país europeu: o que devo fazer? Que programas europeus existem para apoiar os jovens? Que ajudas financeiras disponibiliza a UE para o meu novo negócio? Onde posso encontrar um parceiro para organizar um evento de informação e debate sobre a Europa na minha escola ou associação? As respostas a estas e outras questões poderão ser facilmente encontradas nos centros de informação Europe Direct em Portugal. São 18 os centros de informação agora selecionados e cofinanciados pela União Europeia para colocar em prática, entre outros, a mensagem deste Ano Europeu dos Cidadãos: a promoção do diálogo sobre o futuro da Europa e a divulgação dos direitos e deveres dos cidadãos europeus, assim como oportunidades decorrentes da participação na União Europeia. Viviane Reding, Vice-Presidente da Comissão Europeia responsável pela Justiça, Direitos Fundamentais e Cidadania, defende que a maior vantagem da “nova rede de centros de informação Europe Direct, que entrarão em atividade este ano, é continuar a explicar às pessoas na sua própria língua quais são as implicações das políticas europeias a nível local”. Uma ideia que é reforçada por Luiz Sá Pessoa, chefe interino da Representação da Comissão Europeia em Portugal, que considera ser esta rede renovada um “instrumento privilegiado para comunicar a Europa com os cidadãos, isto é, para falar e para ouvir”. De facto, e segundo dados do último Eurobarómetro, 40% do Portugueses querem saber mais sobre os seus direitos na UE. Para isso será fundamental a nova rede de Centros Europe Direct. Portugal foi um dos países com mais propostas apresentadas à terceira geração da rede Europe Direct. Foram 58 candidaturas, um aumento de mais de 30% em relação ao anterior convite, publicado em 2008. Com a nova rede procura-se assegurar uma ainda melhor qualidade na informação prestada e uma mais completa cobertura do país. Dos atuais 18 centros (mais três do que em 2012), nove juntam-se pela primeira vez à rede, alguns em regiões onde até agora não existia qualquer apoio. Em toda a Europa, a rede Europe Direct contará, ao longo dos próximos cinco anos e nos 27 países da UE e Croácia, com 500 centros. Cada Centro Europe Direct terá à sua disposição uma equipa qualificada que lhe poderá responder a dúvidas gerais sobre a União Europeia, por contacto direto pessoal, telefónico ou por correio eletrónico. Para além desta função de informar a nível local e regional, os centros têm ainda como missão promover a cidadania participativa através de várias ferramentas de comunicação (publicações, sítio Internet, meios de comunicação social, etc.), interagir com as partes interessadas locais e regionais, os multiplicadores e os meios de comunicação social e estimular o debate através da organização de conferências e eventos. Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt

www.ccdr-alg.pt/europedirect


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

CULTURA

«Luz sobre a Ria» em Santa Rita Até 15 de Fevereiro o Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela (CIIPC) recebe exposição fotográfica cuja venda do espólio reverte para recuperação da embarcação tradicional «Golfinho». A exposição é intitulada «Luz sobre a Ria» e encontra-se até Fevereiro no CIIPC, sediado na Antiga Escola Primária de Santa Rita. A mostra conta com imagens de Cacela Velha e da Ria Formosa efetuadas por 20 fotógrafos do Grupo F/18.1, que se associa à Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural e Cultural de Cacela (ADRIP) numa campanha solidária para angariação de fundos destinados à recuperação do «Golfinho» - uma embarcação tradicional de pesca artesanal. As fotografias podem ser adquiridas, sendo que o valor apurado reverte para a recuperação da embarcação. «Hoje conhecida por «Golfinho», esta lancha de madeira, com mais de 20 anos, e outrora usada na pesca de rede artesanal, é oriunda de Monte Gordo e representa a última geração destas embarcações», atesta o CIIPC em comunicado adiantando que «destinada à demolição, foi doada à ADRIP para fins culturais e atualmente encontra-se em estado de degradação, necessitando de recuperação urgente».

«Castro Marim – Dos Fortes reza a História» Foi apresentado no dia 19 de Janeiro, no Pátio das Letras em Faro, a mais recente publicação sobre a vila castromarinense «Castro Marim – Dos Fortes reza a História». O autor é António José Pereira da Costa, natural da Amadora e é coronel de Artilharia reformado e historiógrafo. A obra aborda sobretudo a vila de Castro Marim como baluarte defensivo do Algarve constituindo no recanto do Sul uma duradoura praça defensiva. A apresentação esteve a cargo do professor e historiador algarvio António Rosa Mendes. A obra conta com o apoio do município castromarinense e foi editado pela «Gente Singular».

Campesino recebe Comédia «O Urso»

Inauguração da exposição contou com alguns dos fotógrafos autores A exposição pode ser visitada de Segunda a Sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h.

Clube Campesino do Monte Francisco recebe comédia sobre a «Guerra dos Sexos

AGENDA Alcoutim

Castro Marim

VRSA

«Alcoutim, Terra de Fronteira» Exposição permanente vila Alcoutim Inserida no projeto Exposição «Algarve, do Reino à Região» Org: Município de Alcoutim

Carnaval de Altura 8 e 9 Fevereiro Altura – Partida da JF Altura até à Alagoa

Exposição de Tampos de Latas de Conserva Coleção de José Alexandre Pires Até 28 Fevereiro Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Desfile de Carnaval 08 Fevereiro, 11h Alcoutim Org: Agrupamento de Escolas, Infantário, Lar e Centro de Dia de Alcoutim Torneio de Sueca 23 Fevereiro, 14h Farelos Org: Associação dos Amigos de Farelos e Clarines Exposição «Bonecas Flor d’Agulha» 01 a 28 Fevereiro Centro de Artes e Ofícios Alcoutim

Comédia «O Urso» 22 Fevereiro, 21h30 Campesino RFC, Monte Francisco

Torneio de Sueca 4 Março Sede da Banda Musical Castromarinense Inscrições até 22 Fevereiro, na sede da Banda Musical ou através do contacto: 962 716 224

O Campesino RFC no Monte Francisco, concelho de Castro Marim, recebe no dia 22 de Fevereiro, pelas 21h30, a peça de teatro «O Urso» de Anton Tchekhov. A comédia conta a história de uma viúva e de um credor que são envolvidos por uma trama onde se revela a exaltação humana e a sensibilidade nervosa, numa hilariante crítica ao comportamento de homens e mulheres, brincando com a sempre controversa e atual «guerra dos sexos»; expõe em simultâneo as mazelas de uma sociedade rígida e repressiva. A produção é do Teatro Cubo e conta com os atores: Filipa Giovanni, Nuno Moniz e Tiago d’Almeida. Para mais informações contacte 96 91 06 806 ou producaocitc@gmail.com

POR CÁ ACONTECE

Clube Leitura «Livros mexidos» Tema do mês: «O Alentejo – a região e as suas gentes» 21 Fevereiro, 18h Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Feira de Stocks/I Outlet Têxtil VRSA 28 Fevereiro a 3 Março A partir das 09h30 Centro Cultural António Aleixo

UTL - Aula Aberta Tema: Santo António de Arenilha - 500 anos da sua fundação Apresentação Fernando Pessanha 6 Fevereiro, 15h UTL - VRSA Contos interculturais Com colaboração da Cruz Vermelha VRSA 7 Fevereiro, 11h Biblioteca Municipal Vicente Campinas Carnaval 8 a 11 Fevereiro VN Cacela, Monte Gordo, VRSA (ver notícia página 16)

Exposição Fotográfica «Luz sobre a ria» Até 15 Fevereiro Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela - CIIPC Santa Rita

Lançamento Livro «As três viagenslivro I” de Filipe Batista Com apresentação de Pedro Costa 22 Fevereiro, 17h30 Biblioteca Municipal Vicente Campinas Apresentação Livro «A Cidade Islâmica de Faro» de Fernando Pessanha, Com apresentação de António Rosa Mendes 28 Fevereiro, 18h Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Sessão de Conto «Conta lá!» Terça a Quinta-feira, 11h Biblioteca Municipal Vicente Campinas


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C ULTUR A COLUNA CULTURAL

 Na Casa dos Condes em Alcoutim

«Avós em Movimento» animaram tertúlia

LIVROS

por Carlos Brito

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Santo António de Arenilha – Fundada há 500 anos Assinala-se, no presente mês de Fevereiro de 2013, os 500 anos da fundação de Santo António de Arenilha. Apesar do respectivo topónimo já aparecer assinalado no Livro das Fortalezas de Duarte de Armas – livro incumbido por D. Manuel onde estão representados os castelos e fortalezas existentes na fronteira portuguesa – não devemos, contudo, partir do pressuposto de que já ali existiria o dito povoado. Ora, o já mencionado Livro das Fortalezas foi produzido nos primeiros anos do século XVI, talvez por volta de 1509, e denuncia um topónimo de evidente origem castelhana que se refere claramente às características arenosas da margem portuguesa da desembocadura do Guadiana. Porém, só alguns anos mais tarde foi elaborada a Carta de Privilégio concedida por D. Manuel, em 8 de Fevereiro de 1513, documento régio que determinou a construção de Arenilha: “nossa Villa darenilla que hora mandamos fazer e edifycar (…) e que nos praz que ha dita Villa seja couto asy e de maneira que ho he a nossa Villa de Castro Marym”. Desta maneira, pretendia o “Venturoso” evitar as investidas da pirataria moura (bastante activa na centúria de quinhentos) e o contrabando de mercadorias (prejudicial aos cofres da Coroa), através da criação de um couto de homiziados. Não nos podemos esquecer que toda a erma região entre Cacela e a foz do Guadiana correspondia a um areal não protegido e pouco vigiado, pelo que se tornava propício a incursões inimigas e outras actividades ilícitas. Porém, com a criação do referido couto, forçava-se o povoamento de uma localidade que pudesse vigiar as embarcações da pirataria magrebina que frequentemente apareciam no horizonte. E, por outro lado, também o monarca português afirmava a sua soberania política e administrativa sobre aquele território, para além tirar melhores proventos das pescarias do mar de Monte Gordo. Com efeito, estas reformas levadas a cabo na margem portuguesa do Guadiana, no reinado de D. Manuel, não podem nem devem ser entendidas como um caso pontual ou isolado, mas sim contextualizadas num quadro mais ambicioso e abrangente; pretendia o soberano português fortalecer seu reino política e administrativamente (vejam-se as reformas presentes nos forais manuelinos), para além de assegurar a delimitação e manutenção de suas fronteiras, (veja-se a incumbência do já referido Livro das Fortalezas de Duarte de Armas). A verdade é que Santo António de Arenilha acabaria por ter vida efémera; já em 1600 referia Henrique Fernandes Sarrão em História do Reino do Algarve: “os vezinhos são tão poucos, que não passam de dous” e, inevitavelmente, acabou por se despovoar nos princípios do século XVII. Contudo, e não obstante a curta vida de Arenilha, torna-se impossível deixar de referir a visão estratégica D. Manuel no que se refere à defesa dos interesses da Coroa portuguesa. Uma visão estratégica que, não se pretendendo iluminada pelas luzes da razão, acabou por se antecipar ao Marquês de Pombal em mais de dois séculos e meio…

«Jorge Sampaio» por José Pedro Castanheira

Tertúlia reuniu comunidade do Lar de Alcoutim A iniciativa decorre sempre mensalmente, a uma Sexta-feira pelas 21h no espaço da Casa dos Condes e é já um evento que ninguém perde, quer seja pela temática ou pelo convívio. A última, acolheu um debate e troca de ideias sobre o trabalho desenvolvido na instituição em prol do bem-estar físico, psicológico e emocional dos idosos institucionalizados. A ideia foi debater com o público e os técnicos do Lar de Alcoutim, os projetos colocados em prática e analisar os seus resultados, procurando aproximar a comunidade da instituição; tratou-se sobretudo de uma abordagem construtiva de todo o trabalho desenvolvido com os idosos. Presentes no encontro estiveram alguns dos idosos institucionalizados que relataram as suas experiências à luz das atividades que têm sido colocadas em prática. Com um balanço muito positivo, intervieram também os técnicos dinamizadores e a direção do Lar. O resultado foi bom e a meta foi cumprida. Refira-se que uma das ações a decorrer atualmente é o desenvolvimento de atividades conjuntas entre os idosos institucionalizados e as crianças do Infantário de Alcoutim. Em agenda ficou desde logo marcado um novo encontro com os seniores institucionalizados que querem colaborar numa noite de histórias e anedotas.

Encontro Transfronteiriço de Museus com II edição em Espanha Depois do I Encontro Transfronteiriço de Museus realizado no Castelo de Alcoutim, nos dias 19 e 20 de Outubro de 2012, cujas atas já estão publicadas em http:// es.calameo.com/read/00190617578e403c5d355, a Delegada Regional da Associação Portuguesa de Museologia, Maria Luísa Francisco, confirmou ao JBG que o II Encontro vai realizar-se em Espanha em 2013, embora a data só seja conhecida após a reunião da Comissão Executiva do Encontro, em Fevereiro, em Sevilha. A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e a Associação de Museólogos e Museógrafos da Andaluzia (AMMA), juntamente com elementos da Direção Regional de Cultura do Algarve, continuam empenhadas neste evento.

Fernando Pessanha Formador de História do Algarve

A biografia de Jorge Sampaio da autoria de José Pedro Castanheira é um trabalho de extremo rigor e quase exaustivo sobre a vida e a intervenção pública, especialmente política, do terceiro Presidente da República eleito depois do 25 de Abril. O livro foi apresentado no dia 23 de Outubro do ano passado no anfiteatro 2 da Fundação Gulbenkian, mas com outras salas da instituição também completamente cheias. Apesar das suas 1060 páginas trata-se apenas do primeiro volume. Segue a vida de Jorge Sampaio até aos acontecimentos que rodearam a sua decisão, já como Secretário-Geral do PS, de se candidatar a presidência da Câmara Municipal de Lisboa. No entanto, o Prólogo é todo centrado nas presidenciais de 14 de Janeiro de 1996 e na festa da vitória da primeira candidatura de Sampaio à Presidência da República. Ao longo do texto a figura e a acção do biografado aparecem sempre enquadradas nos principais acontecimentos da vida nacional, de tal maneira que com justeza se pode dizer que estamos perante uma verdadeira história das últimas duas décadas da vigência da ditadura fascista e das primeiras décadas do regime democrático. Têm tratamento especialmente detalhado: a crise académica de 1962, com Sampaio à frente da RIA; a luta oposicionista em 1968 e 69 com Sampaio candidato pela CDE de Lisboa; o movimento antifascista em 1973, com Sampaio em ruptura com a «oposição clássica»; o 25 de Abril e a entrada de Sampaio no IV Governo Provisório como Secretário de Estado de Melo Antunes; a adesão de Sampaio ao PS, a sua rápida ascensão, a disputa do lugar de Secretário-Geral. «Sampaio nunca deixou de me surpreender – observa o biógrafo - pela permanente fidelidade ao seu passado assumindo também com exemplar transparência todos os erros e hesitações». Dos factos relatados ressalta um conjunto de valores a que Sampaio tem sido permanentemente fiel: a liberdade, a democracia e o processo democrático, o desenvolvimento, a justiça social, a tolerância. No discurso da vitória em 1996, acrescentou-lhe alguma coisa mais, que marca também indelevelmente a sua intervenção. Disse ele: «Não há nada que se faça na vida e também na política sem afecto, sem pensar no próximo.» O livro é uma edição conjunta das «Edições Nelson de Matos» e «Porto Editora» e está à venda nas livrarias.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Reunião Preparatória em Sevilha


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

COLABORADO R E S «A Crise e os seus culpados Quem são os responsáveis?» A crise que tanto nos assusta E que tanto mal nos tem feito Será necessária e assim tão justa Ou será que ao Governo faz jeito?... Quem são os verdadeiros culpados Desta crise que tanto mal nos faz Terão que ser descobertos e julgados Para podermos viver em Paz. Porquê esta crise que nos atormenta E que não nos deixa descansar? Não será uma crise fraudulenta Imposta para nos roubar? Quem esta crise inventou E de tanto foi capaz Deve andar preocupado… Mergulhado no mal que criou Não deve dormir em Paz Nem viver descansado!...

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Desembarque em Marte com escala lunar Partiu a nave Oriente, vai sobre Marte descer, testar o que sua gente anda por lá a fazer. Leva a bordo cientistas em matéria espacial; todos querem dar nas vistas com o seu saber doutoral. De passagem pela Lua no mar da Tranquilidade, vão espreitar a Terra nua da varanda da Saudade.

Relógio

Guardam na mente uns miúdos que tratam por marcianos; seres estranhos, cabeçudos, que se assumem como humanos.

Ideias e Pensamentos II

Faz-se o desembarque astral e, por tal gente ninguém deu; um silêncio sepulcral percorre os confins do céu.

Amar e ser amado na vida Não devemos fazer discrição Porque a vida é um desengano Porque nós todos somos irmãos

Por esses Mundos perdidos no firmamento a passar. Pelos tempos esquecidos, onde o Homem quer pousar.

Nasce o dia vem a noite Todos pensamos no futuro Como devemos encarar Porque nós vamos para o fundo

E, talvez no mais distante, possa a resposta encontrar, aquela que Marte intrigante, não foi capaz de lhe dar!...

Não penses de quem pensas Pensa no nosso irmão a sério Só terás o teu proveito Depois de olhares para o céu

Manuel Palma

Quero ser agricultor Tenho uma horta no campo É coisa que gosto tanto Passo os dias a plantar Puxando pela enxada Já tenho a terra cavada Para as batatas semear É o trabalho que mais gosto Com qualquer de vós aposto Que vou ter o meu valor É semear e colher Ao mesmo tempo dizer Sou um bom agricultor Agora que farei eu Se não vier chuva do céu Sem ter água para regar Irei fazendo o que posso Já não tenho pinga no poço E vejo a fruta a murchar Mas nem tudo está perdido Eu não me dou por vencido Mesmo com duros combates Já dizem que vai chover Eu cá estarei para ver Quero apanhar os tomates. Henrique Roberto

Coração que dois adora Que a nossa vida pode ser Se for coração de homem De mulher que pode crer. António Victor Severo Martins

Histórias da Nossa Terra Estou diante da porta principal, negra e antiga do Castelo de Castro Marim. A vista é magnífica e com a brisa a bater-me no rosto, enquanto os meus pés pisam estas pedras escurar e rugosas pelo tempo. Se elas falassem tinham certamente muito para contar. E por falar nisto, hoje vou contar uma história verídica, que chegou até mim oralmente através de gerações. A senhora minha sogra, nascida e casada nesta vila, contava-me que por volta dos anos vinte do século passado, corria o boato que aparecia no Castelo, Sextafeira, à meia-noite, uma alma penada. Naquela época havia um soldado da Guarda-Fiscal (GF) - porque a GF já existia na fronteira dos dois países ibéricos. O soldado era destemido e, de seu nome António Eusébio, logo pensou em desvendar o enigma. E se bem o pensou, melhor o fez; escusado será dizer que esta vila não era como hoje a conhecemos. Sexta-feira, horas mortas, a brisa soprava forte, um escuro de breu e o bom do António aguentava firme envolto na capa militar. De repente uns pequenos passos delicados soaram ainda mal percebidos, depois outros passos mais fortes e pesados surgiram. Um vulto branco passou mesmo debaixo das barbas do Guarda António Eusébio, que numa nesga de tempo puxou o lençol que o homem trazia por cima da cabeça até aos pés. Descoberto aquele amor proibido o homem apaixonado suplicou ao GF, por tudo o que era sagrado, que não contasse a ninguém a sua paixão, porque era um homem casado. O guarda regressou a casa onde contou o sucedido à mulher e aos filhos. Porém, pouco tempo depois, pediu transferência para o Alentejo, levando consigo esta história. Nunca mais se ouviu falar em fantasmas ou almas penadas por Castro Marim. Se estas pedras falassem….! Ilda Ferreira

Que Coisa Bela Não sei como, mas no campo estava O céu azul, azul até demais Viçosas zonas de cultivo; o Sol banhava Mais além, verdejantes os cereais A ribeira, parecia cantar para mim Ao passar, as flores regava Um cenário impressionante mesmo aqui Mais ali, um passarinho cantava No meio de tão vasta grandeza Olhei para o lado, que vi? Uma mulher, que harmonia, que beleza Caminhava descalça, dançava para mim Que coisa bela, ilusão, engano? Pura fantasia, será que sonhei? Ainda fiz um gesto, foi brando Acabaram os sonhos, acordei.

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e dois de Janeiro de dois mil e treze foi lavrada neste Cartório, de folhas noventa e dois a folhas noventa e quatro do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Vinte e Dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu: RITA MERILHA DOMINGUES, viúva, que também usa e é conhecida por Rita Merilha Domingues Salvador, por Rita Domingues Salvador, e por Rita D. Salvador, natural da freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, de nacionalidade Norte-Americana, residente em 51, Melrose Avenue, Massapequa, Long Island, 11758, New York, Estados Unidos da América, contribuinte fiscal número 193 319 578. Que declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do direito a metade indivisa do prédio urbano sito nas Hortas, na freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, composto por edifício térreo destinado a habitação e logradouro, em deficientes condições de habitabilidade, com a área de quinhentos e oitenta e três metros quadrados, dos quais cento e quarenta e seis vírgula cinquenta são de área coberta, a confrontar a norte com Avenida Capitão Salgueiro Maia, a sul com Maria João Merilha Bento Domingues Teixeira, a nascente com caminho e a poente com Câmara Municipal – Estação de Tratamento de Águas Residuais, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1523, com o valor patrimonial tributável, correspondente ao direito, de 1.662,98 euros. Que o prédio se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Real de Santo António sob o número três mil quinhentos e noventa e seis da dita freguesia, na proporção de metade a favor de Rita Merilha Domingues, ainda no estado de solteira, menor, conforme inscrição AP. trezentos e cinquenta, de dezoito de Outubro de dois mil e doze, e na proporção da restante metade a favor de Ana Margarida Domingues Teixeira, conforme inscrição AP. trezentos e cinquenta e um, de dezoito de Outubro de dois mil e doze. Que, posteriormente à aquisição daquele direito sobre o prédio, a justificante contraiu casamento com José Salvador Amaral, sob o regime da comunhão geral, dele tendo vindo a separar-se judicialmente de pessoas e bens por sentença de vinte e quatro de Janeiro de mil novecentos e setenta e três, decretada pelo Tribunal Judicial da Comarca de Celorico da Beira, transitada em julgado a sete de Fevereiro do mesmo ano. Que, por força do regime de bens em que vigorou o dito casamento, o direito a metade do referido prédio comunicou-se ao cônjuge José Salvador Amaral, que passou a ter no bem o direito à meação, equivalente, portanto, a um quarto do bem considerado na sua totalidade. Que ela, justificante, para além da meação que possuía no direito a metade do prédio, é dona e legítima possuidora do direito equivalente a um quarto do bem considerado na sua totalidade, correspondente à meação do seu cônjuge José Salvador Amaral, por o ter adquirido por inversão do título da posse, inicialmente operada em data que não sabe precisar do ano de mil novecentos e sessenta e nove, ano em que se separou de facto e se arrogou dona e legítima possuidora de todos os bens que havia levado para o casamento, dentre os quais se inclui o acima identificado, inversão do título essa reiterada consecutiva e designadamente no ano de mil novecentos e setenta e três, ano em que foi decretada a separação judicial de pessoas e bens, negando-se o direito a qualquer bem levado por seu cônjuge para o casamento e negando-lhe, a ele, o direito a qualquer bem levado por si, ocupando o imóvel há mais de quarenta anos, sem qualquer oposição, desde o início, sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento e acatamento de todos, na convicção de que também aquele direito sobre o prédio lhe pertencia, por não reconhecer ao então seu cônjuge qualquer direito sobre o dito prédio urbano, e por exercer, desde há mais de quarenta anos, ininterruptamente, todos os direitos e obrigações inerentes à qualidade de proprietária, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, recebendo suas rendas, desfrutando do prédio como coisa própria, autónoma e exclusiva, dele retirando as vantagens de que é susceptível, e nele praticando os actos materiais correspondentes ao direito de propriedade, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a justificante adquiriu o referido direito por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar este seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 22 de Janeiro de 2013. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização

Manuel Tomaz

da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 42/01 Factura / Recibo n.º 3334 Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2013


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PAT R IMÓ N IO &C O LAB O R AD O R ES

O Entrudo no Baixo Guadiana

Rubrica de pATRIMÓNIO

gostava: colocavam às suas portas vasos partidos ou caldeiros velhos cheios de cal, e mudavam os vasos de umas casas para as outras. Nesta época comia-se o galo de entrudo. A

Não fica cá ninguém para galo de Entrudo. Provérbio algarvio

O entrudo é o período que vai desde o dia de Reis até à Quarta-feira de Cinzas. É uma tradição popular rural em que se celebra o fim do inverno e o brotar das sementes, repetindo-se desde há, no mínimo, 2500 anos, embora tenha perdido alguma força durante o século XX. Durante o entrudo o povo extravasava toda a sua alegria. Ninguém trabalhava durante esta época e, segundo a crença popular, quem semeasse nessa altura já sabia que não colhia nada, porque os ratos lhe comiam tudo. As pessoas entronchavam-se com lençóis, colchas e roupas velhas, e percorriam a aldeia satirizando e fazendo diabruras aos vizinhos de quem menos se

ave era criada durante um ano até ao almoço de carnaval, em que iria à mesa guisado com batatas ou fedéus fritos. Quem não tinha galo, matava uma galinha e fazia uma cabidela. Do porco morto em Dezembro fazia-se uma fritada em banha, ou com grão cozido numa panela de barro. Outros preferiam a couve cozida com chouriça e toucinho. A refeição era acompanhada pelo vinho caseiro produzido de modo artesanal, armazenado em barris ou potes de barro, e consumido em dias festivos. Da farinha de trigo, faziam-se vários as filhoses de canudo, fritas em azeite e adoçadas com mel ou açúcar. Cada terra tinha o seu baile de entrudo, onde os farranchões e

farranchonas – como também eram conhecidos os mascarados – se divertiam durante toda a noite, ao som da gaitinha de beiços, do fole e da concertina. Enquanto os moços percorriam os bailaricos dos montes vizinhos, as moças não arredavam pé dos seus montes, tentando cativar os jovens de fora. Na Quarta-Feira de Cinzas celebrava-se o fim das festividades com o enterro do entrudo. Nesse dia enchiam um boneco de trapo com palha de centeio, e transportavam-no pela povoação em cima de um burro. Atrás, seguia o lamuriento cortejo fúnebre. O papel de viúva estava destinado a um homem disfarçado de mulher que chorava com grande alarido, como convinha. Após a leitura do testamento, queimavam o defunto. Depois de alguns dias de excessos, o povo descansava até recuperar as forças. Entrava a Quaresma, e a vida retomava a normalidade, pois o trabalho que tinha ficado por fazer urgia.

Pedro Pires Técnico de Património Cultural. Centro de Estudos de Património e História do Algarve da Universidade do Algarve CEPHA/UAlg

Crise... no conceito de Diagnóstico Psicológico “…de nada servirão estes conselhos se nós ignorarmos o que é a virtude, se ela é uma ou múltipla, se as virtudes são individualizadas ou interdependentes, se quem possui uma virtude possui também as restantes ou não, qual a diferença que existe entre elas…” Séneca, in ‘Cartas a Lucílio’

Se optarmos por separar em dois momentos históricos o conceito de diagnóstico na área da Psicologia como ciência, temos um primeiro tipo – o diagnóstico tradicional – definido numa perspectiva “emprestada” pelas profissões médicas. Este termo refere-se ao esforço para estabelecer as causas ou condições de uma dada doença e à descrição do tratamento apropriado. A doença é geralmente categorizada com uma marca, título, rótulo e a categorização implica o tratamento, sendo este visto como a essência indicadora e apaziguadora da(s) causa(s) do(s) problema(s) do indivíduo. O processo de avaliação psicológica dever-se-ia fazer no sentido de se procurar uma causalidade interna que por si só explicaria o comportamento perturbado. Este primeiro momento de diagnóstico que consideramos de Tradicional, dura essencialmente até à Segunda Guerra Mundial. Neste preciso período, desenvolve-se uma época de busca por parte do psicólogo de uma identidade, ou seja, a busca de definição das suas competências, do seu papel e imagem face às categorias profissionais afins e mais antigas. Recorre-se aos instrumentos como garantia da prática psicológica, resultando dessa dinâmica, este período corresponder também à denominada “explosão dos testes psicológicos”. No entanto, os instrumentos ou técnicas que se utilizam são um ponto muito frágil para identificar uma profissão. Este primeiro momento da avaliação tradicional corresponde também ao diagnóstico em que predominam as etiquetas com a aceitação incondicional dos resultados dos testes psicológicos,

facto que contribui para a redução do psicólogo à situação de passador de testes. Sendo a etiquetagem um dos aspectos negativos do diagnóstico, esta representa um perigo real, em situações interpretadas como: •Quando etiquetamos ou rotulamos um sujeito implicitamente estamos a prendê-lo à sua situação sendo que isto “enterra definitivamente o sujeito numa condição que à partida talvez não fosse irreversível”; •O rótulo atribuído tem uma conotação negativa, muitas vezes com efeito semelhante à doença; •As medidas terapêuticas que são muitas vezes mais discriminativas do que integrativas. A própria etiquetagem justifica medidas discriminativas que reforçam a manutenção do sujeito numa situação diferente sendo que este perigo aumenta quando se avaliam crianças. As crianças evidenciam uma grande capacidade de plasticidade cerebral e de mudança comportamental, onde parece-nos evidente que a avaliação psicológica das mesmas deve ser extremamente sensível e cirúrgica na conclusão de diagnósticos de carácter permanente, estanque e definitivo. O diagnóstico tradicional permitiu que o psicólogo fosse considerado como mero calculador de Q.I.s., sendo que este exemplo de prática clínica, diagnóstico baseado unicamente no Q.I., é falseado pois dá-nos uma “quantidade” de inteligência que não tem muita preponderância e efetividade com a qualidade desta, nem com as variáveis presentes na sua obtenção e maturação. Poderemos ver um segundo momento conceptual da avaliação psicológica

definindo esta como uma dinâmica de avaliação do comportamento do indivíduo como parte integrante da intervenção com o mesmo, devendo manter-se uma interação harmoniosa e coerente estes dois processos. Uma vez iniciada a avaliação e, considerando-se possuidor de alguns dados acerca do sujeito, o psicólogo utilizará estes como ponto de partida para um melhor conhecimento daquele. A avaliação psicológica e consequentes conclusões diagnósticas passam a ser um processo continuamente reformulado pelo feedback estabelecido com o indivíduo, adequando-se cada vez mais à realidade deste e modificando-se face aos seus progressos. À medida que as avaliações se tornam mais diferenciadas e mais definidas, promovem-se conceitos interventivos mais fidedignos de alcançarem verdadeiras respostas terapêuticas em conveniência do bem-estar do indivíduo. Surgem, por outro lado, conceitos com conotações negativas menos intensas. A recusa da etiquetagem na psicologia traduz-se também no deixar-se de utilizar “obsessivamente” o termo de diagnóstico e passar-se a uma disciplina de avaliação psicológica funcional e apaziguadora de rótulos clínicos. Em Psicologia existe pois a necessidade de se estudar as modificações e dificuldades de comportamento cognitivo e ambiental, existindo um crescente interesse para com os aspectos positivos – o que é mobilizável no sujeito – ou seja, com o que é possível e construtivo mudar nele. Para o efeito impuseram-se melhorias de rigor científico na utilização de instrumentos de avaliação psicológica e uma maior interação de modelos teóricos (revisão profunda dos modelos e

GUADI Convocatória Assembleia Geral Convocam-se os sócios da Associação GUADI, para comparecer no próximo dia 20 Fevereiro, pelas 21 horas na Universidade dos Tempos Livres em VRSA, para a realização de uma Assembleia Geral, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Eleição do Corpo Dirigente; 2 - Apresentação do Relatório de Contas de 2012. Se à hora marcada não estiver presente a maioria absoluta dos sócios, a Assembleia funcionará, com o número de sócios que comparecerem. A GUADI

suas metodologias); aperfeiçoamento das técnicas de entrevista e de avaliação informal; e a avaliação ecológica. Na psicologia moderna e atual, talvez seja interessante criar-se um desassossego constante e permanente nesta discussão clínica sobre a dinâmica de avaliação psicológica, de modo a que ela tenha sempre no seu horizonte a necessidade de um saber científico cada vez mais humanizado e multifacetado que promova respostas às afecções e conflitos psicológicos da sociedade do presente.

www.neip-vrsa.blogspot.com www.facebook.com/NEIP.VRSA psivrsa@gmail.com NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira, Ana Sofia Gonçalves, Daniela Santos


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

PASSATEMPO S & L AZER

Autor: João Raimundo

Quadratim - n.º104

Jogo da Paciência n.º 110

Cortar no valor das pensões, reformas, nos subsídios de férias/Natal dos cidadãos é um atentado aos seus direitos. Reduzir ou anular comparticipações nos medicamentos, na assistência preventiva e despiste de doenças; encerrar unidades de bens e serviços é fomentar o absentismo e aumentar o desemprego. Será que os cidadãos que fazem parte dos órgãos de soberania não vêm que estão a errar e que em vez de fomentar o desenvolvimento estão a destruir Portugal? Foram eleitos para governar com inteligência e saber e não para vender o património rentável de todos.

“ILUSTRES PORTUGUESES ”

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Aníbal A. Milhais (Herói Militar) José (V.B.) du Bocage (Sábio) (Gomes) Freire Andrade (General) (António) Cabreira (Matemático) (Marcelo J.N.A.) Caetano (Estadista) (Luis V.) Camões (Poeta) (Carlos V. Gago) Coutinho (Matemático)

Pelo caminho correto do Quadratim vá ao encontro de – SIM À ADSE e NÃO À EXTINÇÃO DE FREGUESIAS

No passado dia 19 de Janeiro, o Serviço de Imuno-Hemoterapia do Hospital de Faro realizou mais uma colheita de sangue na Sede da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Real de Santo António. A presença de quarenta e sete dadores revela o bom acolhimento por parte da população do concelho, resposta que merece todo o louvor e agradecimento, pela generosidade e sentido cívico que representa. Esta colaboração regular com o Serviço de Imuno-Hemoterapia é uma das atividades que a Delegação desenvolve na área da saúde. Não pode ser esquecido o trabalho realizado nos Postos de Enfermagem das praias dos concelhos de VRSA e de Castro Marim, no «Mundialito» e no «Copa Foot 21» onde são feitos centenas de atendimentos. Apesar de se debater com graves problemas financeiros, esta Delegação continua sempre presente no apoio à população.

(António C.A.F.) Egas Moniz (Nobel Medicina) Duarte Pacheco (Estadista) Pedro Hispano (Papa João XXI) (Bernardo) Sá (N.F.) Bandeira (Estadista) (Américo M.) Aguiar (Padre Américo) (Vitorino) Nemésio (Escritor) (Florbela) Espanca (Poetisa) Febo (Moniz) (Patriota) Alfredo (Keil) (Compositor Musical) (Henrique) Mendonça (Poeta) Josefa (Ayala Figueira) (Pintora) (António Oliveira) Salazar (Estadista) Manuel (M.B.) du Bocage (Poeta)

Soluções Jogo da Paciência - n.º109

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO «Descontos na net»

Colheita de Sangue

8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

«Ouvi falar em compras coletivas ou de grupo através da internet. Será que existem vantagens?»

ADOTE NA GUADI: 1 - Alvin Macho com cerca de 1 ano de porte pequeno, mistura de teckel com rafeiro, carinhoso e sociável com outros animais.

A DECO INFORMA... A funcionar através da internet, as chamadas compras coletivas ou em grupo, têm tido sucesso entre os consumidores por venderem produtos ou serviços com descontos consideráveis. Quando tudo corre bem, empresa e consumidor ficam satisfeitos. A primeira porque lucra, o segundo porque poupa. No entanto, nem sempre a compra está isenta de problemas. Produtos que tardam em chegar, ou que não correspondem ao encomendado, reembolsos em crédito em vez de dinheiro, são os exemplos mais frequentes. Analisando alguns destes contratos de empresas de compras coletivas todos contêm disposições que procuram afastar a responsabilidade da empresa quando algo corre mal. Certas empresas garantem que o parceiro aceita o cupão vendido, mas não assumem quaisquer falhas por parte do mesmo. Outras, desresponsabilizam-se por praticamente tudo, desde perdas e danos sofridos pelo utilizador quando utiliza o site, até à qualidade dos serviços prestados ou produtos comprados. Por se tratar de vendas à distância, deve ser sempre referida a possibilidade de o consumidor desistir da compra no prazo de 14 dias. No entanto, muitas empresas não fazem referência a este direito. Na ausência de legislação específica sobre esta atividade, quando algo corre mal, deve pedir explicações à empresa que forneceu o produto, mas também a quem intermediou a compra, pois é com esta entidade que o consumidor celebra o contrato. Caso se trate da aquisição de um bem, continua a ter dois anos de garantia, podendo exigir a reparação, substituição, redução do preço ou a devolução do dinheiro. Relembramos, ainda, que a ASAE é a entidade com competência para fiscalizar esta atividade e que sempre que o conflito não fique resolvido, para além de poder contactar a DECO, pode também recorrer a um centro de arbitragem ou a um julgado de paz.

Susana Correia jurista

2 - Scooby, Com cerca de 2 anos. Brincalhão e sociável com humanos e outros cães.

Telm: 964773101 / 919395094 Email: associacaoguadi@gmail.com GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com/ http://associacaoguadi.blogspot.com FACEBOOK


JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2013 |

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P UBLIC IDAD E CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e sete de Dezembro de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas setenta e um a folhas setenta e dois verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Arnaldo Lourenço Martins Mestre e mulher, Maria Catarina Vicente Mestre Martins, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Alcoutim, ela da freguesia de Pereiro, ambos do concelho de Alcoutim, residentes em Balurcos de Baixo, Alcoutim, contribuintes fiscais números 106 378 643 e 105 533 475, Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, dos seguintes prédios, ambos localizados na freguesia e concelho de Alcoutim, não descritos na Conservatória do Registo Predial daquele concelho: a) Prédio rústico sito em Santa Maria, composto por cultura arvense, oliveiras, mato e amendoeiras, com a área de dezasseis mil quatrocentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a norte com Isabel Maria Simão Alves Pereira Ferreira, a sul e a nascente com Maria Antónia Rodrigues Simão Góis Francisco, e a poente com Manuel Cavaco Silvestre, inscrito na matriz rústica sob o artigo 31, secção 085, com o valor patrimonial tributável de 364,80 euros; e b) Prédio rústico sito em Barranco do Vinagre, composto por alfarrobeiras, cultura arvense, mato e leitos de curso de água, com a área de dez mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a norte com Arnaldo Lourenço Martins Mestre, a sul e a nascente com Barranco, e a poente com Carlos Rodrigues Lourenço, inscrito na matriz rústica sob o artigo 41, secção 085, com o valor patrimonial tributável de 199,18 euros. Que o referido prédio identificado em a) lhes pertence, por o terem adquirido por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, já, portanto, no estado de casados, a Maria da Palma, solteira, maior, residente que foi em Torneiro, na freguesia e concelho de Alcoutim, já falecida. Que o referido prédio identificado em b) lhes pertence, por o terem adquirido por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, já, portanto, no estado de casados, a Manuel António, solteiro, maior, residente na Rua José Bernardino, n.º 2, no Monte Francisco, na freguesia e concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os primeiros outorgantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os primeiros outorgantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 27 de Dezembro de 2012. A Notária, (Lic.Maria do Carmo Correia Conceição) Conta registada sob o n.º 88/12 Factura/Recibo n.º 3303 Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2013

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e seis de Dezembro de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas cinquenta e oito a folhas sessenta do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: José Rita Custódio e mulher, Maria José Custódio, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, ela da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, onde residem, na Corte Pequena, Caixa Postal 21, contribuintes fiscais números 159 143 683 e 195 597 400. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos localizados na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho: a) Prédio rústico sito na Corte Pequena, composto por cultura arvense e mato, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com José Rita Custódio, a Sul com Manuel José Gonçalves Romeira, e a Nascente com Adelina Pereira e Manuel José Gonçalves Romeira, inscrito na matriz sob o artigo 146, secção DL, com o valor patrimonial tributável de 11,69 euros, igual ao atribuído; b) Prédio rústico sito no Corgo da Lagoa, composto por cultura arvense, com a área de setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Ermelinda Dias Horta e João Rodrigues Gonçalves, a Sul com Casimiro Rosa, a Nascente com José João e a Poente com José António e Manuel João Afonso, inscrito na matriz sob o artigo 117, secção DL, com o valor patrimonial tributável de 19,23 euros, igual ao atribuído; e c) Prédio rústico sito na Corga da Lagoa, composto por mato e cultura arvense, com a área de dois mil metros quadrados, a confrontar a Norte com José António, a Sul com José João, a Nascente com Manuel António Dias Romeira e a Poente com Ermelinda Dias Horta e João Rodrigues Gonçalves, inscrito na matriz sob o artigo 92, secção DL, com o valor patrimonial tributável de 27,50 euros, igual ao atribuído. Que atribuem aos prédios os respectivos valores patrimoniais, calculados para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, pelo que somam os mesmos o valor global de cinquenta e oito euros e quarenta e dois cêntimos. Que o referido prédio identificado em a) lhes pertence, por o terem adquirido, já no estado de casados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, a Alzinda Maria, solteira maior, residente na Eira Verde, na Corte Pequena, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim. Que o referido prédio identificado em b) lhes pertence, por o terem adquirido, já no estado de casados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, a Henrique Romeira e mulher, Miraldina Maria Mártires Rosa, casados sob o regime da comunhão geral de bens, e residentes que foram na Corte Pequena, na referida freguesia de Odeleite, ambos já falecidos. Que o referido prédio identificado em c) lhes pertence, por o terem adquirido em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e nove, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, a José Rodrigues e mulher, Floripes Maria Cavaco Rodrigues, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua das Laranjeiras, n.º 20, na freguesia de Conceição, concelho de Faro, ele actualmente já falecido. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 26 de Dezembro de 2012. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 64/12 Factura / Recibo n.º 3291 Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2013

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e quatro de Janeiro de dois mil e treze, foi lavrada neste Cartório, de folhas noventa e cinco a folhas noventa e oito do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: José Fernandes Pereira e mulher, Hortense Maria Pereira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele natural da freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, residentes no lugar de Cortelha, na referida freguesia de Azinhal, contribuintes fiscais números 135 705 703 e 106 295 934. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos localizados na freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho: a) Prédio rústico sito em Capitão, composto por cultura arvense e mato, com a área de dois mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Afonso Vaz, a Sul com Custódia Maria, a Nascente com Manuel Custódio Fernandes e a Poente com Aldomiro Martins Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 87, secção AM, com o valor patrimonial tributável de 19,71 euros. b) Prédio rústico sito em Mula Velha, composto por amendoeiras, cultura arvense, vinha e mato, com a área de onze mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Barranco, a Sul com Manuel Custódio Fernandes, a Nascente com Custódia Maria e Manuel Bento Silveira Mestre e a Poente com José Afonso Vaz, inscrito na matriz sob o artigo 91, secção AM, com o valor patrimonial tributável de 144,83 euros. c) Prédio rústico sito em Saiço, composto por vinha, cultura arvense, mato, alfarrobeiras e amendoeiras, com a área de cinco mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Barranco, a Sul com António Dias Castanho, a Nascente com António de Jesus Fernandes e a Poente com Barranco e Herdeiros de Maria Alberto Bárbara Madeira Afonso, inscrito na matriz sob o artigo 46, secção AP, com o valor patrimonial tributável de 120,48 euros. d) Prédio rústico sito em Barranco da Lagartixa, composto por mato, oliveiras, cultura arvense, figueiras, alfarrobeiras e amendoal, com a área de trinta e sete mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de Manuel Alberto Bárbara Madeira Afonso, a Sul com Manuel Joaquim Machado e Herdeiros de Manuel Alberto Bárbara Madeira Afonso, a Nascente com Maria Antónia Amaro Fernandes, Manuel Afonso Vaz e Manuel Amaro Pereira e a Poente com Barranco da Lagartixa, inscrito na matriz sob o artigo 52, secção AP, com o valor patrimonial tributável de 358,55 euros. e) Prédio rústico sito em Lagartixa, composto por cultura arvense, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte, a Nascente e a Poente com Maria de Jesus Correia e a Sul com barranco, inscrito na matriz sob o artigo 64, secção AP, com o valor patrimonial tributável de 5,10 euros. f) Prédio rústico sito em Barranco Fonte da Bicha, composto por amendoeiras, citrinos, hortejo, oliveiras, alfarrobeiras, cultura arvense e mato, com a área de quatro mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Viriato António Teixeira, a Sul com Manuel José Custódio, a Nascente com Custódia Maria e a Poente com Barranco e Mário José Palma Fernandes Martins, inscrito na matriz sob o artigo 3, secção AQ, com o valor patrimonial tributável de 115,14 euros. g) Prédio rústico sito em Barranco da Fonte da Bicha, composto por amendoeiras e cultura arvense, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Américo Pereira Fernandes, a Sul com Herdeiros de Sebastião Teixeira, a Nascente com Manuel Rosa Rodrigues e a Poente com Isabel Josefa, inscrito na matriz sob o artigo 19, secção AQ, com o valor patrimonial tributável de 55,51 euros. h) Prédio rústico sito em Cortelha, composto por cultura arvense, com a área de cento e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Jacinto Fernandes e Herdeiros de Sebastião Teixeira, a Sul com caminho, a Nascente com Herdeiros de Sebastião Teixeira, e a Poente com Florentino Pereira Madeira, inscrito na matriz sob o artigo 202, secção AQ, com o valor patrimonial tributável de 4,14 euros. i) Prédio rústico sito em Peguinhos, composto por cultura arvense, com a área de oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte e a Sul com António Pereira Viegas, a Nascente e a Poente com Florentino Pereira Madeira, inscrito na matriz sob o artigo 36, secção AS, com o valor patrimonial tributável de 0,73 euros. j) Prédio rústico sito em Curraladas, composto por cultura arvense, com a área de oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com José Domingos Valente, a Sul com António Pereira Viegas, a Nascente com Adriano Correia Machado, e a Poente com Manuel António Correia Sequeira, inscrito na matriz sob o artigo 59, secção AS, com o valor patrimonial tributável de 6,32 euros. k) Prédio rústico sito em Rosal, composto por cultura arvense, com a área de dois mil e duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte e a Nascente com Manuel Afonso Vaz, a Sul com Barranco, e a Poente com Maria de Jesus Correia, inscrito na matriz sob o artigo 131, secção AT, com o valor patrimonial tributável de 17,52 euros. l) Prédio urbano sito em Cortelha, composto por um edifício térreo com vários compartimentos destinado a arrecadações e arrumos, e logradouro, com a área total de cento e cinquenta e quatro vírgula noventa metros quadrados, dos quais quarenta e cinco vírgula dez são de área coberta, a confrontar a Norte e a Nascente com Caminho, a Sul com Caminho e Ildefonso Pereira, e a Poente com Ildefonso Pereira e Herdeiros de Manuel Fernandes, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 509, com o valor patrimonial tributável de 5.680,00 euros. m) Prédio urbano sito em Cortelha, composto por um edifício térreo, destinado a arrecadações e arrumos, com a área total e de implantação de quarenta e cinco metros quadrados, a confrontar a Norte com Januário Correia Rodrigues, a Sul e a Poente com Via Pública, e a Nascente com Serafim Correia, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 518, com o valor patrimonial tributável de 1.010,00 euros. Que atribuem aos referidos prédios os respectivos valores patrimoniais, calculados para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, pelo que somam os mesmos o valor global de sete mil quinhentos e trinta e oito euros e três cêntimos. Que os referidos prédios entraram na posse dos primeiros outorgantes, já no estado de casados, por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e sete, feita com os demais interessados, por óbito do pai do primeiro outorgante marido, António Fernandes, solteiro, maior, residente que foi no já referido lugar de Cortelha, na dita freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa que, é exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado os modos de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 24 de Janeiro de 2013. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 48/01 Factura n.º 3338 Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2013

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIM A cargo da Adjunta de Notário Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje neste Cartório Notarial, a folhas cento e dois, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “trinta e três – D”, Lidia Maria Gonçalves Teixeira, N.I.F. 189292989, solteira, maior, natural da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, onde reside no lugar de Diogo Dias: Que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem de um prédio urbano, composto por edifício térreo com dois compartimentos, destinado a habitação, sito em Diogo Dias, na freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, com a superfície coberta de vinte metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Carlos Lourenço, sul e poente com via pública, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim e inscrito na respetiva matriz em nome do justificante sob o artigo número 1960, com o valor patrimonial tributário de 1.428,80 euros, a que atribui igual valor. Que o referido prédio lhe pertence por o haver adquirido em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e um, por compra verbal e nunca reduzida a escrito, feita a Carlos Lourenço e mulher, Maria Antónia Teixeira, casados entre si no regime da comunhão geral, actualmente falecidos, residentes que foram em Diogo Dias, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, não dispondo ela justificante de título formalmente válido que comprove tal compra Que sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado na posse do referido prédio, ininterruptamente, avista de toda a gente, sem oposição de ninguém, com a consciência de utilizar e fruir coisa exclusivamente sua, adquirida dos anteriores proprietários, habitando o referido imóvel, cuidando da sua reparação e manutenção, pagando as contribuições e impostos, enfim extraindo todas as utilidades por ele proporcionadas. Que em consequência de tal posse em nome próprio, pacífica, pública, contínua e de boa-fé, adquiriu o prédio por usucapião, que, expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo. Está conforme com o original. Cartório Notarial de Alcoutim, aos doze de Dezembro de dois mil e doze.

Conta: Art.º20.º n.º4.5…….€23,00 São: Vinte e três euros. Conta registada sob o n.º57

A Adjunta do Notário, em substituição legal, (Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão)

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2013


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

DESPOR T O

Futebolândia

Equipas alemã e holandesa estagiaram em VRSA A equipa de futebol Hannover 96 (Alemanha – Bundesliga) estagiou durante cerca de uma semana (até dia 13 de Janeiro) no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António. Para encerrar o estágio a formação alemã realizou um jogo amigável com o FC Utrecht da Holanda, no Estádio Municipal, garantindo o regresso a VRSA ainda

Olá! Sejam bem-vindos a mais uma edição do «Futebolândia», primeira do ano 2013 e hoje, em exclusivo, parte da discussão entre Mourinho e Ronaldo num treino do Real Madrid (desde já aviso que a discussão foi em madeirense/inglês/português/espanhol ou coisa parecida). Ronaldo – Tá “Can´t” (Can’t quer dizer quente em inglês/madeirense). Mourinho – Quente…eu estoy enfadado (mistura de português e espanhol). Ronaldo – O que foi que eu fiz? Simplesmente to see (quer dizer que o Ronaldo tossiu). Mourinho – Não é isso, tu tens que ayudar el equipa quando é necessário, isto não é o “Pastilhas” ou o Sporting. Ronaldo - Epá, até parece que cometi um “cream” (crime em inglês/madeirense). Mourinho – Qual crime?! Crime é a quantidade de gel que usas no cabelo, isso é que é crime! Ronaldo – “Ice” se eu fosse o melhor jogador do mundo... (Ice – expressão de desejo, ai se…) Mourinho – Eu tive “pelotas” para colocar o Casilhas no banco de suplentes, posso fazer o que me apetecer, sou o melhor treinador do mundo na publicidade do Millennium BCP. Ronaldo – Eu a partir de agora vou ser “May Go” (May Go quer dizer meigo). Nota: Cortei o resto da conversa por ser demasiado “lamechas” para divulgar, mas posso adiantar que não chorava tanto desde o dia em que vi o Leonardo Di Caprio morrer no filme Titanic. Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação eusebiocosta@live.com.pt

em 2013. Na mesma semana, as instalações desportivas vila-realenses receberam um estágio da equipa feminina do Twente F.C. (Holanda), sendo a primeira vez que o emblema feminino holandês se deslocou a VRSA. Recorde que o Complexo Desportivo de VRSA é um centro de treino acreditado pela Federação Interna-

cional de Atletismo (IAAF), desde 2002, e está classificado como Centro de Preparação Olímpica, desde 2004. É igualmente sócio honorário da Associação de Futebol do Algarve. Além de ter constituído um Centro de Treino Oficial do Euro 2004, o equipamento acolheu, no Verão de 2012, os treinos de preparação das Seleções Olímpicas e Paralímpicas de

Atletismo da Grã-Bretanha (UK Athletics). É palco frequente de treino de seleções e formações nacionais e internacionais, recebendo ainda eventos periódicos como o «Mundialito» de futebol infantil, a competição «Copa Foot 21», a corrida «X Milhas do Guadiana» ou a «Taça dos Clubes Campeões Europeus de Atletismo».

Pedalar contra os atropelamentos No dia 19 de Janeiro Vila Real de Santo António uniu-se, tal como outras 25 cidades portuguesas, na Manifestação «Basta de Atropelamentos». Esta foi uma iniciativa da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) numa altura em que cada vez mais as notícias dão conta de mortes nas estradas devido a atropelamento. Foi uma manifestação pacífica dirigida à sociedade em geral. De acordo com a organização o mote foi dado «para que se pense qual o caminho a seguir, para que se

escolha um futuro mais promissor onde as pessoas possam usufruir do espaço público sem medo, e onde as crianças possam brincar na rua com mais segurança». Apesar do frio e vento que se fizeram sentir a cidade de VRSA uniu-se à causa e juntou 80 participantes de todo o território do Baixo Guadiana que aderiram à iniciativa com ponto de encontro na Praça Marquês de Pombal, seguindo-se uma marcha aberta a todos os cidadãos de bicicleta. A associação BTT do Baixo Guadiana foi uma das promotoras da iniciativa na cidade pombalina.

«Por Trilhos de Castro Marim» volta à vila Volta pelo 2º ano consecutivo, no dia 3 de Março, o Raid BTT «Por Trilhos de Castro Marim», uma organização da Associação Rodactiva que pretende acolher 250 praticantes da modalidade. “A associação conta com a presença de praticantes de BTT vindos de todo o país, assim como dos vizinhos espanhóis”, refere José Valentim que garante que a associação dedicada ao desporto de duas rodas “pretende também, através da Geminação Castro Marim – Guérand, trazer até à vila castromarinense alguns atletas do clube US Guerand, do ciclismo Francês”. O evento vai ser fracionado em dois raides (um com 60Km e outro

com 40Km), que irão percorrer a zona serrana, assim como um passeio pedestre para quem pretende desfrutar da paisagem e monumentos da vila anfitriã. O ponto de encontro é no Pavilhão Desportivo de Castro Marim pelas 07h30 com a abertura do secretariado e com início da prova às 09h e término previsto às 13h. A data final para inscrição é dia 25 de Fevereiro com sorteio de um fim-de-semana para duas pessoas num Hotel em Monte Gordo. Para inscrições e mais informações consulte: www.rodactiva. pt ou rodactiva.blogspot.com ou ainda a Loja Vrsatilbiker em Vila Real de Santo António.

Juventude Basquetebol Feminino reconquista título

Equipa feminina volta a conquistar o título algarvio O Juventude Basquetebol Clube de Vila pombalina já tinha vencido a fase Real de Santo António, reconquistou o regular da competição e somou o título de campeão regional de sub-19, quinto título distrital consecutivo. em feminino, ao ganhar a última fase O triunfo deu ao Juventude Basdo campeonato distrital, disputada a 20 quetebol Feminino a qualificação de Janeiro na cidade de Olhão. para o Campeonato Nacional. PorA equipa pombalina derrotou o timonense e Farense, segundo e terPortimonense (51-37), o Farense ceiro classificados, respetivamente, (47-30) e o Ginásio Clube Olhanense garantiram o apuramento para a (63-29). A sublinhar que a equipa Taça Nacional.

Foram cerca de 80 os ciclistas e cicloturistas que deram ao pedal contra os atropelamentos

Passeio «Contra a Fome» No dia 17 de Fevereiro a Associação BTT do Baixo Guadiana leva ao terreno mais um passeio, desta vez de cariz solidário. O mote é pedalar contra a fome, sendo que para participar basta um euro e um bem alimentar. A recolha de bens vai decorrer durante toda a manhã do dia 17 de Fevereiro nos supermercados «Intermarché» de Altura, Monte Gordo e VRSA. Os bens alimentícios recolhidos vão ser depois entregues à câmara municipal de VRSA que faz a

distribuição pelas famílias carenciadas do concelho.O percurso é de 20km com dificuldade média/ baixa e o passeio tem início pelas 09h no parque do supermercado Intermarché de VRSA. Recorde que este passeio conta com o carimbo da recém criada Associação BTT Baixo Guadiana, com os apoios do município e junta de freguesia vila-realenses e os supermercados «Intermarché» do Baixo Guadiana. Saiba mais em: http://associacaobttbaixoguadiana.blogspot.pt/


JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2013 |

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D ESP O R TO  Baixo Guadiana Sobre Rodas

Os três mosqueteiros do Baixo Guadiana rumam a novas equipas Humberto Fernandes Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e Amaro Antunes, são os três representantes do Baixo Guadiana no ciclismo profissional. Todos eles no ano passado representavam a equipa algarvia «Prio Tavira»; este ano os três ciclistas deram um novo rumo às suas carreiras. Enquanto o vencedor da «Volta a Portugal 2011», Ricardo Mestre, integra um projeto bastante ambicioso na Equipa «Euskaltel», Samuel Caldeira ruma ao Norte de Portugal até à equipa «OFM/Valongo/Golden Times». Já Amaro Antunes viaja até Itália para integrar a «Ceramica Flaminia». O JBG foi ao encontro dos três ciclistas saber quais os objetivos para a nova época.

Ricardo Mestre O corredor natural da Cortelha, em Castro Marim, é o reforço da equipa «Euskaltel-Euskadi »para a nova temporada, uma equipa do ciclismo mundial que corre as principais provas do calendário internacional. Ricardo Mestre vai estar assim entre os melhores ciclistas do mundo. “Entre os dias 8 e 20 de Janeiro estivemos concentrados na região de Bilbao e depois fomos para Alicante com melhor tempo. Este estágio teve a finalidade de reunir

superior que no ano anterior, o que será bastante bom; vou começar a minha época com a já conhecida prova de abertura do calendário nacional português seguida com a mais valorizada corrida lusa que é a «Volta ao Algarve», com o restante do meu calendário por definir”, revelou Samuel Caldeira.

Amaro Antunes

Os atletas Samuel Caldeira, Ricardo Mestre e Amaro Antunes são os três representantes do Baixo Guadiana no ciclismo profissional toda a equipa em treinos longos e foi feita a apresentação da mesma, assim como definir o pré-calendário para esta época 2013. A decisão de ir para uma equipa de renome internacional visava precisamente as grandes provas. Felizmente tenho a sorte de o meu treinador contar comigo para o «Giro» de Itália, o que me enche de satisfação e pode abrir-me portas para que, num dos próximos anos, possa participar no «Tour»”, avançou o “menino de ouro”

do Baixo Guadiana, adiantando que a estreia da época foi programada para o dia 27, em França, no «Grand Prix La Marseillaise», seguindo-se a «Etoile de Bessèges».

Samuel Caldeira “A OFM/VALONGO/GOLDEN TIMES é uma equipa nova e o principal objetivo para a época de 2013 é conseguir vencer o maior número de corridas. É uma equipa que

Ironman ibérico já em 2013 Uma prova de triatlo ao mais duro e exigente nível decorre em Outubro e une Portugal e Espanha. Leões do Sul participam na prova cujo limite de tempo é de 18 horas. Os Tri-Atletas dos Leões do Sul, Nelson Mestre e David Costa, concluíram no dia 13 de Janeiro a Meia-Maratona de Ayamonte. Esta foi a primeira de várias provas que vão realizar durante os próximos nove meses, como preparação para o grande evento «TriIberman». A preparação para esta prova tem por base a realização de provas de longa distância, quer na Natação, Ciclismo e Corrida. As principais provas em que assenta a preparação correspondem à Maratona Sevilha (42kms Corrida); Meia-Maratona Castro Marim (21 kms corrida), Tri-Iberman Meia Distância (1,9km Natação + 100kms Ciclismo + 21kms Corrida), 5kms do Alqueva (Natação), entre outras. A preparação culmina no dia 5 de Outubro no «Tri-Iberman – Distancia Ironman». A prova consiste num triatlo IRONMAN, portanto uma prova de triatlo mas a um nível muito mais exigente com a Distância: 3,8 kms

Nelson Mestre e David Costa são os Tri-Atletas dos «Leões do Sul» que participam no IRONMAN Natação + 180kms Ciclismo + 42kms Corrida;o limite de duração é de 18 horas. A prova acontece entre Portugal e Espanha. O segmento da Natação começará em Vila Real Santo António, atravessando o Rio Guadiana e terminando em Ayamonte, onde vão estar bicicletas à espera dos atletas

que vão rumar para norte junto ao rio Guadiana, até à ponte internacional do Pomarão, seguindo para Mértola e novamente junto ao rio até ao Estádio Municipal de VRSA onde ficam as bicicletas e começa a Maratona em direção a Espanha, novamente com a meta em Isla Canela. Saiba mais em: www.tri-iberman.es

pode vencer em todos os terrenos montanha, contra-relógio e sprint; tem jovens com imenso valor. Está aqui um grupo bastante homogéneo que vai dar que falar em 2013. O primeiro estágio foi já de 15 a 18 de Janeiro, o que foi um bom teste para conhecer os novos colegas e ter as primeiras sensações do estado de forma. O calendário da equipa será o português, incluindo algumas provas em Espanha. Individualmente pretendo estar a um nível

“A minha vida vai continuar como até agora, exceto com a diferença de estar a correr por uma equipa de outra nacionalidade, «CERAMICA FLAMINEA». O calendário é totalmente diferente daquele que estava habituado; é mais ambicioso. As expetativas, como é natural, são muitas. Estou motivado, com vontade de lutar e principalmente de poder evoluir. Ainda não me concentrei com o grupo (será para breve), mas é uma equipa bastante jovem, ao qual a ambição será redobrada. Tem tem sede em Itália, na Toscana e é filial a equipa pro tour «Saxo-Bank». O primeiro estagio começou dia 28 de Janeiro e consiste em 10 dias de training camp; espero que seja uma boa experiência”, contou ao Jornal do Baixo Guadiana o antigo ciclista tavirense Amaro Antunes.


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2013

Arte em Latas de Conserva Durante o mês de Janeiro, e a decorrer também durante o mês de Fevereiro, a Biblioteca Municipal Vicente Campinas recebeu uma inovadora exposição de tampos de latas de conserva. A coleção é de José Alexandre Pires e reúne um vasto espólio de latas de conserva emolduradas e provenientes de vários cantos do mundo. As fábricas vila-realenses Peninsular, Ramirez, Tenório, Folque, Parodi, Aliança, Esperança, foram algumas das representadas na exposição com tampos de latas. Vila Real de Santo António acolheu a exposição tendo em conta o importante papel que a indústria conserveira teve no concelho e cujas marcas são visíveis em múltiplas características da cidade, dado que o setor entrou em declínio acentuado na década de 70, acabando mesmo por desaparecer. A exposição é complementada também pelo dvd «Recordar faz viver», que compila imagens que retratam o percurso de vida de José Alexandre Pires e, simultaneamente, atestam as características da indústria conserveira pelo mundo. O espólio divide-se pelos dois pisos da Biblioteca com cerca de 600 tampos, a maioria da era do alumínio, material que nos anos 50 veio a substituir a folha-de-flandres na confeção das latas. O autor tinha muito mais materiral, mas optou por trazer à mostra apenas aquele que se encontravam em melhor estado de conservação Natural de Portimão, José Alexandre Pires é filho de Francisco José Pires, que viria a ser conhecido em Marrocos para onde emigrou, no início dos anos 30, como industrial e armador. O autor especializou-se em conservas de peixe, sendo que dele são os estudos efetuados sobre o ciclo da sardinha. Tem um largo curriculum nos quatro cantos do mundo e dedicou-se ao estudo e ensino das técnicas de conservação, nomeadamente o enlatamento do peixe a cru, quer em Portugal, quer no estrangeiro. A exposição está patente até ao final do mês de Fevereiro.

Cartoon

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Desassoreamento do Guadiana torna-se real em 2013. Na criação da Eurocidade VRSA/Ayamonte ficou assente o compromisso ibérico. Praia Fluvial de Alcoutim já é pequena para a grande procura. Parque de campismo promete trazer mais turistas.

Algarve vai mesmo perder 17 freguesias. Dos 16 concelhos apenas 10 são afetados. Reorganização administrativa do território já foi aprovada.

sotavento algarvio

ECOdica Use as máquinas de lavar roupa/ louça só quando estiverem cheias. Caso precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos; só o detergente já resolve. Retire imediatamente as roupas da máquina de lavar quando estiverem limpas. As roupas esquecidas na máquina ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para engomar, consumindo assim muito mais energia elétrica.


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