JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2013 |
JORNAL DO
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Baixo
Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000
JANEIRO 2013
Jornal Mensal Ano 12 - Nº152
PREÇO: 0,85 EUROS
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS
TAXA PAGA
PORTUGAL CEM NORTE
Biblioteca itinerante percorre o concelho de Castro Marim
Se os munícipes não se podem deslocar à biblioteca, desloca-se a fonte do conhecimento aos habitantes. O conceito não é novo, mas a metodologia sim, é inovadora. À semelhança da antiga Biblioteca itinerante da Gulbenkian, Castro Marim passa a dispor de um equipamento não só com livros, como também material audiovisual e acesso à internet. «Para além do conhecimento», lema da Biblioteca municipal, o objetivo é encurtar distâncias e levar, acima de tudo, uma palavra amiga e solidária àqueles que por força das distâncias se encontram mais isolados social e geograficamente. A biblioteca ambulante já corre o concelho. Os primeiros a conhecer foram as crianças.
Luís Romão é professor de História de formação, é presidente da junta de freguesia de Vila Real de Santo António, de onde é natural, e esteve desde sempre ligado à área de desporto, seja por questões quase de genética [Pai é ginasta medalhado] ou porque já praticou um sem fim de modalidades, tendo até já sido treinador dos Juniores do Olhanense. Pode-se quase dizer que é a fórmula perfeita para o cargo que ocupa há quase seis meses como Diretor Regional do recente e fundido Instituto Português do Desporto e Juventude. Desporto e Juventude é um binómio que desde sempre conhece e domina. À frente do IPDJ já sublinha dois caminhos: proximidade e envolvimento, pois garante que as reformas não se fazem nos gabinetes. PUB
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2013
ABERTURA
JBG
Editorial
* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
Jornal do Baixo Guadiana Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana Helena de Sousa CP 9621 Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Ana Lúcia Gonçalves Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Raimundo José Carlos Barros Maria Celeste Santos Miguel Godinho Pedro Pires Rui Rosa Associação Alcance Associação GUADI DECO NEIP Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana
Encerramos um ano difícil, no prolongamento de uma crise económica, financeira, que permanece e se arrasta, tomando conta do quotidiano das nossas vidas, atormentando-nos e, a cada passo, humilhando-nos. E já lá vão quatro anos. Apetecia-me não falar de dificuldades nem de causas e consequências a que tudo isto nos levou. Mas a realidade não comporta emoções que em tempos de Festa tendem a esbater a objetividade dos dias. E o que se anuncia não são tempos de bonança, embora nos tivessem prometido que assim seriam. Os cálculos, as anunciadas metas sobre crescimento da economia, o final
feliz, que governantes diversos e transitórios nos anunciam, em discursos anómalos, embutidos de frases sem conteúdos, inaceitáveis e desrespeitosos da nossa inteligência, porque a temos, como povo, em representações que se organizam como homilias, para acalmar a nossa intranquilidade e o desespero que nos corrói, revelaram-se ao longo do tempo como inverdades para além das circunstâncias em que o tempo decorre. Muitos de nós, num curto espaço de tempo, temos sido vazados para a vala comum da pobreza extrema, da ausência de tetos e emoções porque fomos conduzidos para a dependência caritativa, única forma de nos mantermos vivos. Embora os tempos se tornem, a cada dia que cresce, insuportáveis. Tudo isto está para além do aceitável, porque se torna impossível, a um determinado momento, viver assim. É certo que uma parte de nós se adaptou como pode a estes anos de lástima. Percebemos que tínhamos de reduzir despesas porque o futuro era mais que incerto. Tivemos que
ir em busca de duplos ou triplos empregos, descobrindo caminhos de ofertas correspondentes. A manutenção da família, o convívio, o namoro, a ternura, foram relegados para plano secundário, em nome da sobrevivência do conjunto. Fomos obrigados a renegociar com a agiotagem da banca dívidas contraídas, impulsionadas pelas facilidades que antes nos ofereceram de acesso ao crédito fácil. Viver de cartões de crédito assumiu o sinal de uma nova civilização que haveria de marcar tempos novos. Pura trapaça. Hoje muitos de nós, após termos muito pago de amortizações, e porque não há mais para dar, ficamos sem casa, sem carro, sem relógios de marca, ou outros objectos de valor, sem correspondência com o dinheiro empregue. A isto fomos conduzidos por ignorância, por facilitismo, por uma exposição social que superou a racionalidade, por mera imitação dos sinais que os sucessivos e diversos poderes, no seu exercício, deram à sociedade. Assim chegamos a um caminho sem regresso. Os tempos também não foram
Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com e/ou joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt
igualmente fáceis para o Algarve. A ausência do investimento público paralisou obra que em muito poderia ter contribuído para amenizar os níveis altíssimos de desemprego que a região comporta. Os mais elevados do País. Não se percebe como no exterior ou no interior do País se promove a sua actividade principal, nem quais os poderes que as novas estruturas comportam neste importante domínio. As portagens na Via do Infante afastaram gente da qual dependiam, comércio, restauração e alojamento. A febre da cobrança de impostos aos mais desprotegidos por parte desta equipa “Gaspariana” conduziu, e vai acentuar, a desertificação de micro e pequenas empresas, em todas as áreas da actividade económica, porque todas dependem do comportamento do seu conjunto. É perante esta preocupante realidade que iniciamos o ano próximo. Oxalá que outro caminho se torne possível trilhar. Gostaria francamente de vos enviar uma visão mais optimista sobre o que nos oferece o próximo ano.
Carlos Luis Figueira cluisfigueira@sapo.pt
Vox Pop Tem conhecimento que, a partir de Janeiro de 2013, a eletricidade vai encarecer para quem não mudou para o mercado liberalizado?
Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Registo no ICS: 123554 Depósito legal: 150617/00 JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e www.facebook.com/jornal.d.guadiana
NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos
Nome: Alexandra Ferreira Profissão: Professora
Nome: Paula Porto
Profissão: Auxiliar de Educação
R: Ouvi qualquer coisa na rádio e acho
R: Não sabia, mas como tudo aumenta,
que está errado. É mais um aumento, e que vai de certeza afetar o consumidor, principalmente os menos esclarecidos; estou a lembrar-me da população envelhecida do Nordeste Algarvio, por exemplo.
é mais uma… Não sei se há mais empresas como a EDP, mas deveria haver para as pessoas escolherem.
Nome: Ricardo Luz
Profissão: RP e Comercial R: Sim, acho que é um absurdo. É fundamental o Governo ser o único player no mercado energético, isto porque não vejo o setor privado como defensor dos seus clientes, mas sim de uma maximização do lucro. Não faz sentido aumentar preços quando os custos energéticos têm tendência a reduzir. O mercado energético é de tendência monopolista e por essa razão o interesse dos consumidores deve ser salvaguardado.
Nome: Ana Marques
Profissão: Médica Veterinária
R: Sim, sei. Acho que é negativo pois muita gente desconhece que pode mudar e ter acesso a eletricidade mais barata (não deve ser assim muito mais barata mas...)
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CRÓNICAS Vítor Madeira
* Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico
O Forte de São Sebastião é Monumento Nacional Num tempo em que o património, nas suas diferentes manifestações, sejam elas culturais, humanas ou ambientais, conquistou um espaço próprio na sociedade contemporânea, por força do fenómeno da mediatização, mas também pela necessidade de o tornar um produto turístico vendável, gostaria de partilhar convosco o facto do Forte de São Sebastião, na vila de Castro Marim, ter sido classificado Monumento Nacional. No passado dia 6 de Dezembro, por decisão do Conselho de Ministros, o Forte de São Sebastião, à semelhança do que aconteceu com as Muralhas e Porta de Almedina em
Silves, foi classificado Monumento Nacional. O Forte de São Sebastião e as muralhas adjacentes ao monumento foram mandados construir no século XVII, em 1641, pelo rei D. João IV, no âmbito das Guerras da Restauração com Espanha, o que prova a importância estratégica de Castro Marim enquanto praça militar mais importante de todo o Algarve, ou não estivesse a vila localizada junto à linha de fronteira. Por desleixo e incúria dos vários poderes públicos, a começar na Administração Central e a acabar no Poder Local, nos anos 90, o Forte de São Sebastião apresentava elevados índices de degradação, que faziam perigar a sua autenticidade e integridade, até que, em 2004, a
Câmara Municipal desenvolveu um arrojado projecto de reconstrução integral e consolidação da fortificação e das muralhas. O projecto de recuperação do monumento contempla quatro intervenções, três das quais já concluídas, que orçaram em 2 milhões de euros, faltando executar a 4ª fase, que prevê a reorganização dos espaços intramuros e área envolvente, destinados a fins turísticos, definindo dois espaços para a realização de grandes manifestações culturais. A decisão do Governo em classificar o Forte de São Sebastião como Monumento Nacional é um motivo de orgulho para Castro Marim e de reconhecimento do seu legado histórico, mas é também uma respon-
sabilidade e, ao mesmo tempo, um desafio para a comunidade castromarinense transformar cultural e turisticamente a terra. Os dois monumentos nacionais, o Castelo, que está classificado desde Junho de 1910 e agora o Forte de São Sebastião, juntamente com a panorâmica Colina do Revelim de Santo António, constituem as jóias do tesouro histórico de Castro Marim, que tem de continuar a ser bem gerido e preservado. Acredito que Castro Marim, com a diversidade e a riqueza do património histórico que dispõe, com uma das principais reservas naturais da Europa e o valioso património humano que são as pessoas, reúne todas as condições para num futuro breve poder ambicionar o estatuto
de vila cultural do Algarve. Nos últimos anos, mercê de uma política autárquica estruturada nos domínios do património e da cultura de que são exemplo a recuperação e revitalização dos monumentos da vila, a realização do magnificente evento «Dias Medievais», que colocou Castro Marim no mapa ou a organização do Festival Internacional do Caracol dão-nos a confiança e a esperança de podermos oferecer um dos melhores produtos turísticos da região. E porque não aproveitar as excelentes condições do Forte de São Sebastião, Monumento Nacional, para a realização de um Festival de Música Clássica no Algarve, com periodicidade anual?
desembolsasse seiscentos mil euros. Por isso apareceram coisas tão jeitosas como um bunker pré-fabricado ao preço de vinte e cinco mil euros - incluído no preço um certificado de garantia. Enquanto muitos temem o fim do mundo em sentido literal e outros enriquecem a aproveitar-se de crendices baseadas nas contas de um ciclo longo - escrevo. Escrevo no dia 20 de Dezembro às dezanove horas e trinta minutos e confesso não acreditar que o cumprimento de uma profecia maia possa ser causa de esta crónica não
estar disponível uns dias depois do dia 21 de Dezembro em papel de jornal e em formato digital. É que o problema é outro: o fim do mundo, em sentido literal, deveria preocupar-nos pouco num tempo em que nos confrontamos com o problema mais grave do fim do mundo em sentido figurado. Porque o fim do mundo, em sentido figurado, significa, em sentido literal, o fim da esperança. E, apesar de tudo, é essencialmente dessa morte que não deveríamos estar disponíveis para morrer.
pobre, cada vez mais isolada, cada vez mais distante de quase tudo. António vive no monte por trás daquele em que o grupo de João festeja a liberdade da adolescência e sabe bem o quão difícil é envelhecer por aqui. São muitos anos sempre a contar com a imprevisibilidade das estações, com o risco das chuvas desproporcionadas, dos alagamentos das ribeiras, da voracidade dos incêndios, da canícula da época estival. Fez no passado dia doze setenta e sete anos e tem plena consciência que quanto mais velho mais dependente apenas de si próprio. A mulher já partiu há três anos e os dois filhos, lá longe na procura de uma vida, das oportunidades que por aqui não existem, do garante do seu sustento, não podem, não querem, não sabem como cuidar de si. E assim vão correndo os dias, todos os dias, raios partam os dias, qualquer dia já não há António, e então será mais um monte em ruína, tantos são os que se vêem por aí. João e António são dois produtos do
mundo, provindos de tempos distintos, duas realidades que se encontram num mesmo plano, neste final do ano. Um é adolescente e quer (e pode) gozar a boa vida que tem pela frente, o outro pretende encerrá-la com dignidade e em paz. O mundo tem vários rostos, muitos protagonistas. Num mesmo espaço físico, a vida acontece todos os dias e encontra formas de se revelar às vezes muito pouco justas. Há territórios que, por serem ou muito simples ou demasiado complexos, resultado da incúria ou do desprezo dos homens, podem juntar em si num mesmo momento as equidades mais opostas. A vida é assim mesmo. É certo que, por aqui, como em todo o lado, o fim de ano encerra em si a possibilidade de um novo começo – é e será sempre assim – mas, no dia um de Janeiro de dois mil e treze, a vida, por estas bandas, certamente que continuará igual. João regressará ao seu mundo claro e irrepreensível e António aguardará por melhores dias que tardarão, seguramente, em chegar.
José Carlos Barros
O Fim do Mundo
Primeiro ouvi umas conversas cruzadas sobre o fim do mundo e comecei por pensar que se falava em sentido figurado. Porque estamos num tempo que parece anunciar o fim do mundo. O fim do mundo, em sentido figurado, significa, em sentido literal, o fim da esperança. E, dia após dia, à medida que a vida vai sendo cada vez mais difícil, à medida que as dificuldades aumentam, à medida que aumentam os problemas sociais, é como se
a esperança fosse ficando do outro lado de um muro que vai crescendo devagar. Um muro cada vez mais alto de cimento e arame farpado. Depois compreendi a coisa: as pessoas, afinal, acreditavam mesmo numa suposta profecia maia de acordo com a qual o fim do mundo ocorreria no dia 21 de Dezembro de 2012. Em muitos lugares instalou-se o medo. Em muitos lugares instalou-se o pânico. Imensa gente viu-se disponível para acreditar que a última folha de um calendário significa o fim do mundo e não a necessidade de arranjarmos um novo
que comece no dia que se segue ao último dia do calendário velho. Outros, como acontece sempre, aproveitaram para tratar da vidinha. Por isso, na internet, apareceram propostas de instalação de tendas de campanha nas florestas em redor do Pico Bugarach, no Sul de França (que parece que ficará imune ao dilúvio ou à bola de fogo), ao módico preço de dois mil e quinhentos euros a unidade. Por isso, na China, um militar pôs à venda umas cápsulas esféricas de sobrevivência, resistentes a tudo, que podiam ser adquiridas por quem
Miguel Godinho
Melhores dias tardarão
João tem dezanove anos. Pediu a chave da casa situada na margem portuguesa do Baixo Guadiana que o pai comprou e mandou restaurar em finais do ano passado. Foi para lá que veio celebrar a passagem do ano, na companhia de um grupo de amigos. Compraram vários quilos de carne e muitos litros de álcool – mais do que hão-de conseguir comer ou beber – e tentam agora, depois do jantar mal-amanhado de ontem, reacender as brasas feitas com carvão barato comprado numa grande superfície de um bairro periférico de Lisboa. Pelo caminho, realizado durante a manhã num carro de alta cilindrada do pai de um deles, atropelaram sem querer um animal que ninguém conhecia e que se atravessou de repente. Ainda pensaram
em trazê-lo, grelhadinho havia de saber bem. Com os telemóveis topo de gama e completamente alheios à beleza natural do dia a nascer, tiram fotografias em poses ébrias depois de uma noite de excessos, e tentam publicá-las nas páginas pessoais de uma qualquer rede social, sem sucesso, aqui não há rede, que raio de fim do mundo este, só mesmo para vir passar uns dias, longe do olhar repressor dos pais, de cerveja e bebidas importadas na mão, e bebem até não conseguirem mais. São seis e meia da manhã do último dia de Dezembro de dois mil e doze. Por trás dos montes clivosos e difíceis de atingir das serras do Guadiana, o sol começa agora a despontar, formando curvas de luz e condensando as pingas de orvalho que se deitam durante a noite sobre as folhas caducas das figueiras. Os poucos velhos que ainda por aqui vivem e se dedicam à terra, isolados das coisas do mundo, começam a sair dos cantos frios das suas casas e vêm cá fora, meio
adormecidos de uma noite glacial. Ainda hoje eles se deslumbram com o espectáculo que os primeiros clarões produzem ao misturar-se com as brumas matinais, onde os pássaros entoam cânticos e voam livres, alheios ao olhar vigilante dos homens. Os cães ladram a quem por aqui passa, o território é o deles e a verdade é que nunca ninguém lhes pede permissão para cruzar as estradas que correm junto às propriedades. A esta hora, no inverno, o céu costuma estar sempre estrelado, e as perdizes deslocam-se pelos caminhos, como se os caminhos fossem seus, e tudo parece normal, de uma harmonia intemporal. A natureza e os homens numa perfeita proporção, como sempre, os dias frios da estação, as chaminés rudimentares a distribuírem pelos céus o fumo das lareiras que, nalguns casos, ainda ardem. Não é fácil o inverno. Nem tão pouco ser velho hoje em dia. E muito menos ser-se velho na região do Baixo Guadiana, uma região pobre e cada vez mais
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EDUCAÇÃO Depois de inúmeros apelos de vários espectros
Obras na Secundária de VRSA já foram retomadas Depois de muitos apelos, críticas e pedidos de esclarecimentos, finalmente rompeu-se o silêncio e o Natal trouxe consigo uma boa nova: as obras da Escola Secundária vão ser retomadas e em Abril a escola vai estar finalmente pronta. Comunidade escolar já respira de alívio. Dezembro trouxe não apenas a época natalícia como também um “presente” para a comunidade escolar vila-realense. A Parque Escolar Algarve, empresa responsável pela empreitada da escola, já se pronunciou. Obras já foram retomadas e em Abril a escola vai estar pronta e livre de obras e do estaleiro que figurava no recinto escolar desde 2010. Relembre-se que na edição passada o JBG publicou uma grande reportagem que deu conta da situação caótica vivida por alunos, professores e funcionários daquele estabelecimento escolar. A Escola Secundário de Vila Real de Santo António, que serve os três concelhos do Baixo Guadiana, e conta com 900 alunos, está desde 2010 em obras de requalificação que já foram dilatadas e que, desde Julho de 2012, se encontravam paralisadas. A segurança dos alunos estava já em risco e a qualidade de ensino comprometida. O relatório da Proteção Civil local confirmou a
fragilidade da escola em caso de acidente ou catástrofe. Escola, Direção Regional, municípios e deputados pediram explicações à tutela que até há pouco tempo mantinha o silêncio. A comunidade escolar chegara ao limite ponderando até encerrar simbolicamente a Secundária.
Incumprimentos ditaram a paralisação Recorde que as obras, com um investimento de 10 milhões e 600 mil euros, foram suspensas devido ao incumprimento contratual por parte da Parque Escolar Algarve que levou consequentemente à paragem por parte do empreiteiro responsável pela obra. “Neste momento todos temos culpa no processo, tanto o empreiteiro por falta de possibilidades financeiras, que se atrasou nos trabalhos, mas nós PE que somos tutelados pelo Governo, também temos a nossa responsabilidade porque começamos a incumprir com
Parque Escolar já garantiu que em Abril a escola estará pronta as nossas obrigações contratuais, nomeadamente nos pagamentos atempados ao empreiteiro”, explicou Mário Dias da Empresa Parque Escolar no Algarve no final do mês de Novembro ao Jornal do Baixo Guadiana, sendo que a situação estava já entregue aos tribunais e corria o risco do processo se arrastar.
Obras retomadas em força Em meados de Dezembro a situação mudou. Face à insistência e urgência nos pedidos feitos pela comunidade escolar, municípios e deputados, o silêncio foi quebrado com a melhor resposta que a Secun-
dária podia esperar: as obras vão ser retomadas. “A Parque Escolar contactou a direção da escola, sendo que pagou já parte da dívida ao empreiteiro, que por sua vez aceitou retomar a obra e não rescindir o contrato”, disse ao JBG Ana Cabrita, sub diretora da Escola Secundária de VRSA. A responsável explicou que o diretor de obra já se encontra na Escola Secundária a analisar e organizar toda a obra que começará “em força” em Janeiro. “Já nos foi deixada a garantia que em Abril a escola estará pronta e finalmente vamos poder voltar a respirar de alívio”. Já a mesma sorte não teve por exemplo, a Secundária de Portimão, cujo processo continua a arrastar-se. Sem estaleiro e sem obras por concluir, Abril é o mês que todos aguardam para finalmente voltar a ter a sua escola que serve 900 alunos dos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.
Nuno Crato anuncia em Faro
Mais fusões de universidades para 2013 De visita a Faro, na comemoração dos 33 anos da Universidade do Algarve, o Ministro da Educação e Ensino Superior, Nuno Crato, admite mais fusões de universidades e extinções de cursos. Racionalizar ofertas é o caminho. O governante elogiou ainda a estratégia de internacionalização da UAlg. Dia 12 de dezembro foi de comemoração por mais de trinta anos ao serviço do ensino superior na região, mas foi também um balde de água fria para muitos dos que estudam e trabalham nas universidades públicas do país. À margem das comemorações, o titular da pasta da educação e ensino superior admitiu fusões de universidades e extinções de cursos, naquilo que atesta como racionalização das ofertas. “Queremos dar um sinal muito claro que é preciso racionalizar ofertas, estabelecer cooperações entre universidades, coordenação nas ofertas e na utilização dos recursos entre instituições de ensino superior”, explicou Nuno Crato aos jornalistas adiantando que o Governo está a estudar a rede portuguesa e que o próximo passo é juntar esse estudo a outros já feitos pela Agência de Acreditação do Ensino Superior e a dados que estão a ser recolhidos. A súmula pretende um “retrato melhor do que se passa no
Fusões e extinções são realidade
Nuno Crato elogiou a estratégia de internacionalização da UAlg país”, em termos de ensino superior. “É sobretudo importante dar esse sinal e julgo que tanto a Universidade do Algarve, onde hoje tive a honra de estar numa bonita cerimónia de comemoração dos 33 anos, como outras universidades, percebem esta situação
e estão por elas próprias a estabelecer estas parcerias e a ver quais são as outras instituições do ensino superior, nacionais, mas também internacionais, com as quais podem cooperar melhor”, acrescentou o governante da pasta educativa.
O ministro confirmou que este processo pode conduzir à fusão de universidades e extinção de cursos. Ressalvou no entanto que a regra é a da fusão voluntária das universidades e, “em princípio não” será imposta pelo executivo. “A fusão da Universidade Técnica e da Universidade Clássica foi iniciativa delas próprias, iniciativa que o Governo acompanhou e ajudou a concretizar. Damos sinais, apontamos caminhos que cabem ao Governo fazê-lo, mas é importante que sejam as instituições a tomar a iniciativa”, esclareceu. Para o governante, o caminho da cooperação entre instituições de ensino superior é “inevitável” e Portugal só terá a ganhar com essa política. Quanto às extinções, são claramente uma decisão tomada. “Há cursos com uma participação reduzida e a 20 quilómetros há outra instituição com
o mesmo curso e oferta reduzida; as duas instituições só têm a ganhar com isso”, garante. As mesmas declarações vêm no sentido da própria cerimónia de comemoração onde o Ministro elogiou o esforço feito pela Universidade do Algarve na procura de receitas próprias e por ter já avançado para a definição das áreas âncora e para a elaboração de uma estratégia de internacionalização, medidas que considerou fundamentais para o futuro das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. No que concerne aos montantes cada vez mais reduzidos para a pasta do Ensino Superior o reitor da UAlg, João Guerreiro, apenas teceu um comentário. “Sublinho apenas que sem estabilidade institucional e sem clara estratégia financeira, de preferência com carácter plurianual, a vida das universidades correrá sérios riscos”.
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EDUCAÇÃO&JUVENTUDE Na Universidade do Algarve
Associação Académica tem uma Presidente Com 80,5% dos votos Filipa da Silva é a primeira mulher eleita para a direção da Associação Académica da Universidade do Algarve. Objetivo fulcral é saldar a dívida de 850 mil euros da associação. Filipa da Silva é estudante do mestrado de Ciências Farmacêuticas e é a primeira figura feminina eleita para a Direção Geral da associação académica algarvia. Obteve, através da Lista A, 80,5% dos votos contra a lista concorrente (B) liderada por Filipe José da Silva, estudante de Gestão de Empresas, que arrecadou apenas 19,5% da votação. A Lista A venceu em todas as Unidades Orgânicas da academia do Algarve. Também outra mulher, Rita Correia, é a responsável pela mesa de Assembleia Geral, com lista única. No total, votaram cerca de 2300 estudantes dos 9 mil inscritos na academia algarvia, um número superior ao registado no ano pas-
sado. A nova direção toma posse a 7 de Janeiro de 2013.
Reestruturação financeira Em época de crise, e num ano que se espera da mais forte austeridade, o objetivo é a reestruturação financeira da entidade. «Trabalhar para diminuir o passivo» da associação que, no final de 2011 rondava os 850 mil euros, é o objetivo da nova dirigente. Em 2013 vai ser levada a cabo uma reestruturação financeira que passa pela transferência de pessoal e também pelo despedimento de alguns trabalhadores. «É duro, mas tem que ser feito», confirma
Filipa da Silva que espera que a dívida seja saldada até 2015 garantindo que, para evitar prejuízos e atingir este prazo «o modelo de reestruturação tem que ser seguido à risca daqui para a frente», diz em declarações ao jornal online «Canal Superior». Outra das metas é aumentar a credibilidade da instituição e melhorar a ação social, através da aplicação do Fundo de Emergência Social de forma direta, atribuindo bolsas aos estudantes que não conseguiram pela via normal, e indireta, investindo esse mesmo dinheiro na alimentação, alojamento e serviços médicos dos Serviços de Ação Social da UAlg.
Filipa da Silva é a primeira mulher a liderar a associação académica da UAlg
No Ensino Superior
Em Castro Marim
Fisco não dá tréguas
Portaria atrasou funcionamento da CPCJ
Para além do crescente aumento do desemprego e ausência de trabalho para os recém-licenciados, que têm saído do país à busca de melhores oportunidades lá fora, agora os estudantes de ensino superior vêm-se a braços com mais uma condicionante. Os estudantes com propinas em atraso vão ser alvo de execução fiscal. A Autoridade Tributária e Aduaneira (ATA) deu instruções às repartições de Finanças para exe-
cutarem fiscalmente os estudantes com propinas em atraso sempre que as universidades emitam certidões de dívida. O Fisco ganha poderes para atuar, inclusivé na penhora de bens. A medida está a preocupar as associações de estudantes, que temem que centenas de alunos fiquem com os bens penhorados e não possam prosseguir os estudos. Repare que dos 300 mil estudantes no Ensino Superior público, mais de 15 mil
têm propinas em atraso. Esta medida da ATA não é nova, no entanto a administração fiscal quer agora implementá-la de modo uniforme em todo o país adotando a cobrança coerciva de propinas. Relembre-se que a prática corrente nas universidades é aguardar pelo final do ano letivo e, em caso de incumprimento, impedir a matrícula no ano seguinte ou não entregar o diploma, caso se trate do último ano de curso.
Investigação contou com orientação da UAlg
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Castro Marim foi instalada a 30 de Junho de 2010. No entanto, a publicação de portaria em Diário da República arrastou-se por mais de dois anos. O fim de 2012 trouxe a notícia que há muito o concelho esperava. “Finalmente aí está, depois de três longos anos a aguardar a publicação de uma portaria que traz à luz do direito a CPCJ de Castro Marim”, assegura em tom de alívio o edil castromarinense, José Estevens, que alerta para a desatualização da constituição da comissão,
dado o tempo passado desde a sua instalação. “Estamos num período de reconstituição dos membros que integram as comissões alargada e restrita e 2013 é seguramente o ano do arranque efetivo da CPCJ”, atesta adiantando que “é lamentável dizer isto, mas chega numa altura em que cada vez mais se justifica; na verdade sempre se justificou, mas agora em função da grave situação económica e social que se vive existem sinais claros que justificam a sua intervenção”, conclui o autarca castromarinense.
Vila-realense apresenta doutoramento Concurso criativo sobre sustentabilidade turística de Pais Natais em VRSA João Fernando Guerreiro Romão doutorou-se em Economia no âmbito do primeiro programa de Doutoramento em Turismo promovido em Portugal pela Universidade do Algarve - Turismo e Lugar, com a defesa da tese «Diferenciação Territorial, Competitividade e Sustentabilidade em Turismo». O trabalho apresenta e discute os quadros conceptuais de desenvolvimento e orientação política para o turismo, centrando-se na aplicação aos destinos turísticos dos conceitos de competitividade, sustentabilidade e diferenciação, com as implicações sobre os sistemas regionais e processos de desenvolvimento do turismo e da economia, sobretudo relacionados com a inovação e utilização dos recursos naturais e culturais. O trabalho foi desenvolvido em função de análises comparativas entre regiões de diversos países, nomeadamente: Istambul (Turquia), com os professores Sukru
João Romão doutorou-se em Economia na Universidade do Algarve Yarkan e Richard Butler, criador do modelo do Ciclo de Vida das Áreas Turísticas; New Haven (EUA), com os professores Robert Mendelshon, especialista em turismo e Timothy Gregoire, especialista em métodos econométricos (Yale School of Forestry and Evironment); Amesterdão (Holanda), com os professores Peter Nijkamp, especialista na área da economia regional e Jasper Dekkers, especialista em
representação geográfica de informação estatística, Leeuwen e Bart Neuts (Departamento de Economia Espacial da Universidade Livre de Amesterdão); e Sapporo (Japão) com o professor Asami Shikida (Universidade de Hokkaido). A investigação realizada por João Romão teve a orientação dos professores João Guerreiro e Paulo Rodrigues da Universidade do Algarve.
Crianças do Centro Infantil «A Borboleta» recriaram Pais Natais A «Sala da Fantasia», do Centro Infantil «A Borboleta» em Vila Real de Santo António promoveu no dia 19 de Dezembro um concurso criativo. O objetivo foi promover a parentalidade e o envolvimento das famílias na comunidade escolar. Tratou-se de uma exposição de Pais Natais elaborados com os materiais mais criativos que há memória. A exposição contou com 24 figuras natalícias feitas com rolos de papel higiénico, balões, cartões, musgami, lã, feltro, esferovite,
garrafões e garrafas de água. “O envolvimento das famílias foi ótimo e a adesão foi total. É notória a felicidade das crianças ao verem os seus trabalhos expostos, o que mostra a importância do envolvimento das famílias no trabalho pedagógico”, atesta Dulce Neto, educadora da instituição e promotora da iniciativa que adiantou ao JBG que o resultado foi “um sucesso, pois resultou numa linda e criativa exposição com o trabalho dos pais e dos filhos”.
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LOCA L | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *
ESPANHA por Antónia-Maria
Emilio Martín Campeón Mundial de Duatlon Emilio Martín Romero es un claro ejemplo de esfuerzo, constancia y superación. Emi, como le llaman los más cercanos y amigos, nació en Huelva hace ya treinta años. De padre almendrero (de El Almendro) y madre castillejera (de Castillejos), desde su infancia sintió el gustillo por la práctica del deporte, en especial el de las carreras, participando en las que, con motivo de las fiestas locales, se celebraban en sus pueblos, destacando muy mucho entre los de su edad. Combinaba estas actuaciones festivas
con las que a través de la Consejería de Deportes de Huelva se celebraban en diversos puntos de la provincia, ocupando siempre un lugar destacado en la meta final. Los años no hicieron que abandonase su afición, y siguió participando en eventos de atletismo, en las especialidades de 800, 1500 y 3000 obstáculos, llegando a ser Campeón de Andalucía, componente de la Selección Andaluza, de la Selección Universitaria y asiduo a los encuentros Iberoamericanos y Juegos Mediterráneos. Con el atletismo ha recorrido gran
El Chanza El rio Chanza es el afluente principal del Guadiana en la provincia de Huelva; nace en la Sierra de Aracena, lugar de antiguos litigios fronterizos entre Castilla y Portugal. Estos parajes eran antiguos territorios del rey Sancho II, donde, este rey, aspiraba, fundar el reino del alto Algarve; actualmente esta comarca, forman parte del Parque Natural Sierra de Aracena en la región Norte de la provincia. Nace a partir de las aguas subterráneas de dicha sierra, y circula por rocas bicarbonatadas hasta llegar a la localidad de Cortegana, donde mana por una antigua fuente, situada en la calle del mismo nombre, muy próxima a algunas viviendas de este pueblo serrano. Es un río que marca frontera entre los dos países ibéricos, y
Fuente típica donde nace el río Chanza
recibe arroyos como Santa Ana, de la Corte, Albahácar… mientras recorre los términos municipales de Aroche y Rosal de la Frontera, hasta internarse en Portugal. La ruta de la rivera del Chanza está catalogada de dificultad media, tiene 10Km de recorrido y una duración de 4 horas aproximadas. Se inicia en la fuente de su nombre y discurre por el sendero AndrinosHurón, pudiendo observarse aves de gran belleza como el búho real o la cigüeña negra, además de abundante flora autóctona de la sierra. También, en la localidad de Cortegana, y en otra antigua fuente de origen romano llamada “Fuente Vieja”, nace otro arroyo que discurre en dirección opuesta al Chanza y desemboca en el rio Múrtigas, subafluente del Guadiana.
parte de Europa y otros lugares del mundo y se ha codeado con los más grandes del atletismo español, europeo y mundial.. Por último, le dio por probar en el ciclismo, en la modalidad de duatlon (carrera y ciclismo), consiguiendo en poco tiempo ser dos veces Campeón de España y, hace poco, en Nancy (Francia) coronarse Campeón Mundial. Emi ya lo ha conseguido todo... lo que venga ahora será un premio más que arrimar a su esfuerzo, constancia y superación. Suerte, Emi. Desde Castillejos, Miguel Gómez.
Emilio Martín, campeón de España de Duatlón
Coral Polifónica «Polinnia» de Ayamonte La Coral Polifónica “Polinnia” de Ayamonte nació en el año 2000 como heredera de la desaparecida Coral “Jesús Villanueva”, de gran andadura musical en esta ciudad. La coral “Polinnia”, desde su inicio marca un estilo muy diferente, adentrándose en la música antigua y en el canto “a capella”, así como en temas tradicionales y populares de la Península y de América Latina. Su dilatada experiencia les lleva a incursionar en el género lírico e interpretar autores de gran dificultad polifónica y coral como Händel, Bach o Mozart. Sus componentes han participado en numerosos encuentros corales como la coral de Peñarroya, el grupo coral Ossonoba de Faro, la Real Agrupación de Valverde del Camino, en
el Festival Internacional de Música del Algarve, en los encuentro de corales “Música del Andévalo”, en Calañas. También han actuado en el Centro Cultural “Antonio Aleixo” de Vila Real de Sto. Antonio, en el encuentro de corales de Tavira y en el Festival de Corales del Atlántico de la ciudad de Isla Cristina entre otros muchos eventos. Fueron, igualmente, invitados a participar en los actos del 150 aniversario de la Sociedad Filarmónica “1º de Dezembro” de la ciudad portuguesa de Montijo. A lo largo de su trayectoria musical, han sido dirigidos por Dª María Jesús Rodriguez y por D. Rubén González Ruiz, siendo actualmente su director el profesor D. Anselmo Garcia Martín.
La coral Polinnia de Ayamonte durante una de sus actuaciones
El Angel Anunciador No pregunto siquiera si quería. Te han elegido a ti. Y Ella asintió. Un rayo entró fugaz por la ventana. Y el rayo fue creciendo y se hizo luz, más luz y claridad sonora. Habló y habló y se marcho triunfal dejando la semilla trasplantada. El aura se hizo enorme por la estancia. Circulada, dorada y fulgurante. Traspasó, dispersó. Y la sombra fue luz y arco-iris de setenta colores prodigiosos. Eternos, infinitos, inmortales. Él anunció. Y no hubo mayor privilegio para un arcángel. Inés María Guzmán
Cartel del Belen viviente de Beas
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LOCAL Uma iniciativa da Cruz Vermelha/CLAII de VRSA
VRSA já tem equipa intercultural de Corfebol Trata-se de uma iniciativa inédita que alia o desporto à promoção do diálogo intercultural e ao combate a comportamentos discriminatórios. O objetivo é formar equipa em VRSA com cidadãos nacionais e imigrantes. Cruz Vermelha já conta com 15 elementos. O Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII) de Vila Real de Santo António, existente na Delegação da Cruz Vermelha (CV) pombalina, tem em mãos uma tarefa aliciante: constituir uma equipa de corfebol que pretende incentivar ao diálogo intercultural. A iniciativa quer promover a integração social, a participação cívica e a interação entre cidadãos imigrantes. O torneio é misto e pretende a promoção de igualdade de oportunidades e combate aos preconceitos através da prática desportiva. A meta é mobilizar cidadãos nacionais e imigrantes para a prática de Corfebol e criar uma equipa local para representação no Torneio Intercultural a ter lugar em Maio de 2013; de resto uma iniciativa associada às celebrações do «Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento». A participação no Torneio compreende uma equipa de 10 elementos,
5 homens e 5 mulheres, dos quais dois serão suplentes. Entre os critérios constam ter mais de 18 anos; a inclusão de pelo menos 3 cidadãos de nacionalidade portuguesa e de pelo menos 3 cidadãos estrangeiros a residir há menos de seis anos em Portugal. Recorde que o projeto «Corfebol» é promovido pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural-ACIDI em parceria com a Rede de Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes - CLAII e cofinanciado pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros - FEINPT.
Delegação de VRSA já reuniu 15 elementos Entretanto a CV VRSA já fechou as inscrições e conseguiu reunir 15 participantes. As mulheres estão em maioria com uma participação ame-
Cruz Vermelha já tem equipa de corfebol com nacionalidades portuguesa, americana, búlgara, ucraniana, russa e moldava ricana, duas moldavas, três búlgaras estar a aguardar a resposta da Escola e quatro cidadãs portuguesas. Já os D. José I em VRSA para que os treihomens estão em minoria com um nos possam decorrer no pavilhão do português e três cidadãos dos países estabelecimento escolar. Para mais informações contacte: de Leste (Moldávia, Bulgária e Ucrânia). Quanto aos treinos, Maria Rita dvrsantoantonio@gmail.com Prieto, do CLAII de VSRA garantiu ou 281541827.
Castro Marim garante apoios ao associativismo local No concelho castromarinense o associativismo não passa em branco e é vontade da autarquia continuar a apoiar as associações locais que estimulam o desporto e cultura no concelho e que, segundo a autarquia, “são importantes na construção de uma comunidade mais unida e solidária”. O município atribuiu valores às associações numa soma de 93.651,00 euros. “Os subsídios foram concedidos ao abrigo dos Contratos-Programa, de acordo com as atividades e capacidade de realização demonstradas por cada uma das agremiações, que interagem com o meio cultural, social e desportivo castromarinense”, atesta a câmara municipal garantindo que “vai continuar a apoiar as associa-
ções locais, na medida em que elas desempenham um papel essencial na coesão social do concelho, não só na sua ação diária, substituindo com êxito os poderes públicos, mas também porque enriquecem e fortalecem o património humano que são as pessoas”. Entre as associações locais beneficiadas constam catorze [Associação de Pesca Desportiva de Castro Marim; Associação Recreativa Cultural e Desportiva dos Amigos de Alta Mora; Associação Recreativa e Cultural Azinhal; Campesino Recreativo Futebol Clube; Casa do Povo do Azinhal; Clube de Junqueira; Clube Recreativo Alturense; Grupo Desportivo e Cultural de Rio Seco; Leões do Sul Futebol Clube; Putos da Rua
Município atribuiu subsídios a 14 associações locais que ultrapassam os 90 mil euros Futebol Clube; Secção Columbófila Castromarinense; Secção Columbófila do Clube Recreativo Alturense;
Sociedade Recreativa Banda Musical Castromarinense; e União Desportiva Castromarinense].
Em Alcoutim
Seniores criam grupo coral O Lar de Alcoutim comemorou o Natal com uma atuação de luxo e vinda diretamente da «prata da casa». A instituição criou um grupo coral há cerca de seis meses que apresentou o seu repertório ao vivo na festa de Natal da instituição no dia 12 de Dezembro. O grupo tem cerca de 20 elementos com idades entre os 80 e os 85 anos de idade, que estrearam com músicas do cancioneiro popular, como «Todos me querem», «Tia Anica de Loulé»,
«Entrai Pastores», «Rama da Oliveira», entre muitas outras. Este grupo resulta de uma cooperação entre a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e a câmara municipal de Alcoutim. O objetivo, para além do lazer, é melhorar a qualidade de vida dos idosos ao nível da ocupação saudável do tempo e aumento da autoestima. A professora, Ana Alves, é a responsável pelos ensaios do grupo coral que cantou, encantou e promete mais atuações.
POUPANÇA CRIATIVA Nesta edição quero falar-lhe de como reduzir o consumo energético e o valor da fatura da eletricidade no fim do mês. Verifique primeiro o número de lâmpadas elétricas que tem em cada sala ou quarto da sua casa. São todas necessárias? Então retire o máximo de lâmpadas que lhe seja possível, deixando apenas o suficiente para o seu trabalho ou conforto. Quanto às restantes, se ainda não substituiu por lâmpadas de baixo consumo esta será uma ótima oportunidade para o fazer. Existe à venda grande variedade deste tipo de lâmpadas, um pouco mais caras, mas que duram o triplo das outras. Nesta época do ano, algo que faz subir o consumo energético nas nossas casas é o aquecimento. Nas construções mais antigas, sem sistema de isolamento, o melhor é isolar todas as janelas e portas exteriores. Podemos encontrar em drogarias, ou outras lojas, fitas para isolamento de portas e janelas de vários tipos e com vários usos, autocolantes e de fácil aplicação. A área mais importante a isolar é sempre a zona inferior das portas e janelas, pois o ar frio (mais pesado que o ar quente), infiltra-se por qualquer espaço, empurrando o ar quente para a zona superior da casa, obrigando-nos a usar mais eletricidade para o aquecimento. Para essa zona devemos usar a fita mais larga, que é uma tira de esponja autocolante que se aplica na zona inferior interna das portas. Nas molduras de portas e janelas usamos uma outra fita, também autocolante, mais estreita e fina e toda em borracha. Este isolamento pode ainda ser reforçado substituindo as cortinas de janelas e portadas, normalmente mais finas e quase sempre para decoração, por cortinas mais grossas e pesadas (a usar apenas na estação mais fria, claro) evitando assim a entrada do ar frio nas nossas casas. Algo que consome muita energia são as “luzinhas” vermelhas dos pequenos eletrodomésticos que não ficam realmente desligados. Eu chamo-lhe «o combate às luzinhas vermelhas»! Se não consegue desligar completamente o aparelho desligue-o da tomada quando não o estiver a utilizar. No fim do mês notará a diferença! Boa poupança e até à próxima edição! Divirta-se e até à próxima edição!
Grupo Coral abrilhantou a festa de Natal do Lar de Alcoutim
Maria Celeste Santos
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G RA ND E R EPO R TAGEM Cultura cada vez mais descentralizada
Biblioteca itinerante percorre o Se os munícipes não se podem deslocar à biblioteca, desloca-se a fonte do conhecimento aos habitantes. O conceito não é novo, mas a metodologia sim, é inovadora. À semelhança da antiga Biblioteca itinerante da Gulbenkian, Castro Marim passa a dispor de um equipamento não só com livros, como também material audiovisual e acesso à internet. «Para além do conhecimento», lema da Biblioteca municipal, o objetivo é encurtar distâncias e levar, acima de tudo, uma palavra amiga e solidária àqueles que por força das distâncias se encontram mais isolados social e geograficamente. A biblioteca ambulante já corre o concelho. Os primeiros a conhecer foram as crianças.
Joana Germano
F
oi na quadra natalícia que a câmara municipal de Castro Marim, em parceria com a Associação Odiana, colocou em funcionamento a «Bibliomóvel», uma unidade móvel e extensão da biblioteca municipal castromarinense, mas na vertente itinerante e descentralizadora. A bem dizer, o conceito de biblioteca ambulante não é novo, já a Fundação Gulbenkian nos anos 50 tinha criado o Serviço de Bibliotecas Itinerantes (SBI) com o intuito de promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos. A prática era corrente e assentava no livre acesso às estantes, empréstimo domiciliário e gratuitidade do serviço. As bibliotecas itinerantes, em veículos móveis, fizeram chegar os livros às aldeias e habitações mais dispersas de Portugal. Atualmente a «Bibliomóvel» chega a Castro Marim em novos tempos, com objetivos semelhantes, mas com metodologias inovadoras e adequadas ao século XXI. A meta final é a mesma: o desenvolvimento de uma política cultural efetiva junto das populações, que visa democratizar o acesso ao conhecimento e à leitura de toda a comunidade local. Passamos a explicar: a «Bibliomóvel» é um serviço itinerante de empréstimo domiciliário gratuito de material bibliográfico e informático, que visa a descentralização cultural. Divulga o livro e promove a leitura junto das populações das zonas rurais e com baixa densidade populacional, assim como a grupos com necessidades especiais e com poucos recursos. De acordo com a autarquia a iniciativa “pretende contribuir para a formação integral e bem-estar do indivíduo, reforçando o direito de todos os cidadãos aos bens culturais”. A busca incessante de novos utilizadores fora da sede de concelho é segundo a autarquia “um desafio cada vez maior numa sociedade em constante mutação”. O grande objetivo de uma biblioteca desta natureza, hoje, como antigamente, é o esbater das desigualdades de acesso ao Livro e à Leitura, fruto do isolamento social e geográfico de algumas populações. O projeto
leva bens culturais essenciais como o livro, o cd, o dvd e o jornal a casa de quem está impossibilitado de se deslocar à Biblioteca Municipal de Castro Marim, seja por razões de mobilidade ou de distância. A iniciativa já captou o interesse da população e promete levar e projetar a cultura aos quatro cantos do concelho.
Livros e uma palavra amiga A «Bibliomóvel» está apetrechada de meios especializados e informatizados, uma extensão real da Biblioteca Municipal de Castro Marim. Não se transportam apenas livros, mas também toda uma panóplia diversificada de material audiovisual e as tão valiosas, e cada vez mais imprescindíveis, Tecnologias de Informação e Comunicação
[TIC]. “Para além de possibilitar aos munícipes dos aglomerados de interior o acesso à biblioteca municipal, garantindo-lhes ainda o acesso à internet (e isso pensamos que pode ser um serviço da maior importância), num tempo em que cada vez mais os assuntos se tratam online”, atesta o edil local, José Estevens, que vê nesta unidade uma oportunidade essencial. “Levamos a possibilidade aos munícipes mais isolados de poderem preencher alguns dos seus requerimentos e de se dirigirem à administração pública com esta ferramenta que o município disponibiliza”, explica sublinhando que para além da cultura e descentralização, leva-se também «uma palavra amiga e solidária», relembrando que a unidade móvel, apesar de incidir também nas escolas do concelho, e portanto nos mais jovens, é destinado primariamente,
à população que vive nas localidades das freguesias mais afastadas da sede do município. Objetivos são diversos, mas aqui descentralizar e potencializar são as palavras de ordem num concelho com muitas localidades serranas dispersas e isoladas, o que só por si já acarreta obstáculos ao nível de distâncias físicas e sociais e acessibilidades culturais.
Conhecimento para residentes e visitantes A «Bibliomóvel» passa a visitar as quatro freguesias do concelho [Altura, Castro Marim, Odeleite e Azinhal]. O funcionamento é fácil e rápido, basta haver vontade e disponibilidade para conhecer o interior de um veículo completamente apetrechado com conhecimento. Qualquer cidadão das localidades
mais isoladas do concelho, pode ser um dos utilizadores desta unidade móvel. Basta dispor de um cartão, que pode ser solicitado no local, e que permite a requisição de todo o tipo de documentos. Cada utilizador pode requisitar dois documentos por um prazo de 15 dias, renovável duas vezes por igual período. A unidade ambulante funciona de Segunda a Sexta-feira e, para além da promoção do livro e da leitura, o espaço disponibiliza outros tipos de informação aos utilizadores no âmbito cultural, social e desportivo. Apesar do foco dirigir-se sobretudo às localidades mais isoladas do concelho, também a de litoral, neste caso a freguesia de Altura, vai receber a biblioteca itinerante. “Também vai funcionar no litoral; tem é que atuar com maior intensidade nas zonas do concelho onde as TIC, o acesso aos transportes e
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GR AN D E R EP O R TAGEM
o concelho de Castro Marim biblioteca municipal é mais difícil. Iremos privilegiar as freguesias de Odeleite e Azinhal, também a zona interior de Castro Marim, mas não quer isso dizer que Altura não tenha também a visita da «Bibliomóvel», assegura José Estevens que também não descarta a utilização da unidade pelos turistas. “Não é nossa prio-
ridade privilegiar os turistas, mas também não iremos fechar-lhes as portas da «Bibliomóvel», adianta explicando que “o que ocorre é que a utilização e consulta por turistas tem uma dificuldade acrescida em relação aos residentes, porque estão pouco tempo e porque podem fazer as suas requisições e depois existir dificuldade em proceder à entrega, mas é uma hipótese que não está descartada de todo” explica acrescentando que pode ser também “uma oportunidade de valorização da estadia do turista no Baixo Guadiana”.
Crianças foram as primeiras a conhecer a unidade itinerante O arranque das funções da biblioteca ambulante aconteceu no mês de Dezembro com visitas às escolas
do 1º ciclo e pré-escolar do concelho de Castro Marim. A visita permitiu dinamizar uma atividade de leitura em torno de dois livros «O trenó novo do Pai Natal», de Nuno Caravela, e «O cavalinho de pau do Menino Jesus e outros contos de Natal», de Manuel António Pina. Aqui os alunos, juntamente com os professores escolares e as animadoras da unidade, puderam desvendar o misticismo da carrinha da cultura móvel. Os mais pequenos ficaram encantados com a carrinha, os quais apelidaram de «Biblioteca com Rodas». Depois de um breve jogo de Natal procedeu-se à visita guiada à carrinha e seus conteúdos literários e didáticos. Os mais novos, e porque a época era natalícia, foram presenteados com livros e com uma viagem ao mundo da biblioteca móvel. Ao receber os presentes as crianças depressa esboçaram um sorriso e transmitiram a maior das alegrias. Muitos, aguçados pela curiosidade apressaram-se a abrir a prenda. Outros, mais contidos, garantiram que só abririam no Dia de Natal. No final da apresentação, nomeadamente os alunos do Centro Escolar de Altura, cantaram um medley de Natal que encantou miúdos e graúdos presentes. A festa do Natal, encabeçada aqui pela «Bibliomóvel», prosseguiu para mais de duas centenas de crianças visitando todas as escolas do concelho. Quem também manifestou contentamento com a Bibliomóvel foram algumas das professoras presentes para as quais a deslocação à biblioteca descentralizada agora é mais fácil e agilizada, vindo diretamente ao encontro dos miúdos e das suas necessidades. Segundo a autarquia castromarinense, “o renascer da biblioteca móvel no concelho é um valioso contributo ao enriquecimento cultural das pessoas, num compromisso para com o lema inscrito na Biblioteca Municipal: estar para além do conhecimento”.
2013 começa em força Dezembro foi o mês inaugural e de apresentação da biblioteca ambulante; sobretudo uma viagem pelas escolas e uma apresentação aos mais novos. Já para este mês de Janeiro a «Bibliomóvel» começa a todo o gás. As primeiras visitas da unidade dão a conhecer o staff da Biblioteca Municipal e o modo de funcionamento do equipamento. Posteriormente, por cada visita, uma história para contar e para ouvir também, por parte de quem for visitado e queira compartilhar algo com a equipa constituída por Técnicos da Biblioteca e/ou técnicos da Unidade Orgânica de Educação e Ação Social da autarquia. Para já estão a ser definidos seis distintos percursos pela totalidade do concelho. Os percursos vão ser publicados nos mupis existentes
Mais para trás, na vida das bibliotecas itinerantes O Serviço de Bibliotecas Itinerantes (SBI) foi criado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 1958. A sugestão foi de Branquinho da Fonseca, no seguimento ao projeto de uma biblioteca-circulante iniciado pelo próprio, em 1953, no museu-biblioteca do Conde Castro Guimarães, em Cascais. Branquinho da Fonseca era ali conservador-bibliotecário. A intenção era abranger todo o território nacional, incluindo as atuais regiões autónomas. O objetivo era o de promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos, assentando a sua prática no princípio do livre acesso às estantes, empréstimo domiciliário e gratuitidade do serviço O público a quem o serviço se dirigia era principalmente o de menor acesso à educação e cultura, habitando nas regiões mais desfavorecidas, abrangendo todas as faixas etárias. As estatísticas demonstram que o maior acolhimento destas bibliotecas se registou entre o público mais jovem. Após a morte de Branquinho da Fonseca passou a ser dirigido pelo escritor António Quadros. Criar bibliotecas itinerantes foi uma opção motivada pelo facto de grande parte das populações não terem tido antes contacto com o serviço de bibliotecas, tornando-se essencial que estas se deslocassem até aos leitores que tinham desde a falta de tempos livres à escassez de meios de deslocação. Pelo custo dos livros, estes só eram acessíveis, na época, às classes mais favorecidas. As bibliotecas itinerantes, em veículos móveis, fizeram chegar os livros às aldeias, pequenos lugarejos e habitações dispersas de Portugal. Este serviço era em muitos casos o único contacto com os livros que se possibilitava a um elevado número de populações. Não disponibilizava apenas leitura lúdica, embora esta fosse a mais saliente, mas também leitura informativa e formativa, abarcando o maior número de temáticas possíveis e incluindo manuais de estudo oficiais. A escolha do fundo documental obedecia a critérios definidos por uma comissão e era publicado num catálogo atualizado regulamente. No acervo das obras disponíveis iam-se incluindo, embora lentamente e de forma reservada, algumas obras não muito do agrado dos dirigentes políticos da ditadura do Estado Novo.
Números No início, ano de 1958, foram colocadas em circulação 15 bibliotecas itinerantes, em especial na região de Lisboa e litoral. Em 1961 circulavam por todo o país, 47 carrinhas da marca Citroën. O pessoal que assegurava o funcionamento destas unidades móveis, era constituído por dois elementos: o auxiliar e o encarregado, este último responsável pela biblioteca, a quem competia orientarem o leitor nas suas escolhas de leitura. O encarregado não necessitava de qualquer curso específico, nem sequer de ser diplomado, apenas precisando de ser alfabetizado, evidenciar alguma cultura geral, gosto pelo livro e predisposição para o contacto com o público. A Fundação Calouste Gulbenkian estabeleceu parcerias com as autarquias, através das quais estas últimas cediam instalações para depósito dos livros e pontualmente contribuíam no pagamento de despesas, ao passo que a Fundação arcava com o grande ónus de fornecer o acervo de obras, o biblio-carro, pagar os honorários do pessoal, o combustível, despesas de manutenção e conservação, entre outras. A Gulbenkian substituía-se assim ao Estado ao criar uma rede de bibliotecas, até porque o Estado não estava muito interessado na formação de cidadãos plenamente esclarecidos e informados. A partir do início da década de 70 o projeto «Serviço de Bibliotecas Itinerantes» vê a sua sustentação fragilizada no seio da Gulbenkian, que pretendia que as despesas fossem repartidas com o poder central e local. A 20 de Fevereiro de 1974 chegou mesmo a haver uma reunião onde se discutiu a extinção do serviço. Com o 25 de Abril de 74 a situação mudou radicalmente e o serviço manteve-se, sofrendo algumas reestruturações. No período de 1981 a 1996, com o escritor Vergílio Ferreira como diretor do «Serviço de Bibliotecas Itinerantes», foram enfatizadas a animação da leitura e a difusão literária e cultural e reforçadas as atividades de promoção da leitura e dos livros, tais como exposições, debates, encontros com autores, leitura de contos e poesia, nas bibliotecas Gulbenkian. Em 1983 o Serviço de Bibliotecas Itinerantes foi renomeado Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian. Vergílio Ferreira foi um defensor da manutenção do projeto das bibliotecas Gulbenkian. Entendia que a proposta lançada pelo Instituto Português da Leitura e do Livro não era uma alternativa completa, dado não cobrir então todo o país, porque excluía as regiões autónomas e por não ter um serviço de unidades itinerantes. A implementação gradual do Programa Nacional de Leitura Pública, a partir de 1987, que visava a construção de bibliotecas de feição mais moderna de acordo com os princípios de Manifesto da UNESCO contribuiu para o decréscimo progressivo do número de efetivos da SBIF que se vinha registando desde o início da década, acima de tudo dos móveis, que rapidamente se extinguiram. Por outro lado muitas das nova biblioteca da Rede Nacional de Leitura Pública começaram a integrar o serviço de biblioteca itinerante. Contudo em muitos dos casos a gradual ausência das bibliotecas itinerantes da Gulbenkian das povoações, não foi colmatada pelos novos serviços móveis, sobretudo nos povoados mais periféricos. Em 1993 o S.B.I.F. passava a S.B.A.L. [Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura] e em 19 de Dezembro de 2002 era definitivamente extinto. OBS: Esta resenha histórica é feita a partir de várias fontes da Internet, com especial o site: http://bibliotecasitinerantes.web.simplesnet.pt
pelo território, nos meios de comunicação social e ainda através de flyers informativos e no website do município: www.cm-castromarim.pt Os objetivos, segundo a autar-
quia são «a proximidade, periodicidade, cumplicidade e amizade com o público-alvo destes serviços». A sublinhar que o projeto da «Bibliomóvel» tomou forma
através de uma candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural [PRODER]; uma iniciativa da Câmara Municipal de Castro Marim em parceria com a Associação Odiana.
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LOCA L Corpo de Bombeiros Voluntários de VRSA
Escola de Infantes e Cadetes já está a dar frutos Foi em 2008 que a Escolinha de Infantes e Cadetes teve início em Vila Real de Santo António, sendo pioneira no Algarve. O objetivo é formar e renovar o corpo de soldados da paz que serve dois concelhos contíguos: VRSA e Castro Marim. Dos 24 novos bombeiros recrutados em Novembro, cinco são da Escolinha. Formação já está a dar frutos. A Escolinha de Infantes e Cadetes de Vila Real de Santo António foi a primeira a ser criada no Algarve e conta com 45 jovens; atualmente já outras surgiram na região. Esta é desde já uma aposta no futuro do corpo de bombeiros, pois do recrutamento feito no mês de Novembro de 2012 foram 24 os candidatos, sendo que cinco são da Escolinha. “De facto estamos já a colher frutos este ano. Agora foram cinco, para o ano são se calhar são mais dois ou três. Se não tivéssemos esta escolinha então não tínhamos mais ninguém”, conta o Comandante Paulo Simões que adianta que começar uma formação diretamente com os jovens é a solução para a ausência de bombeiros. “Os miúdos vêm com 6, 7, 8 anos e daqui a 3 ou 4 anos já sabem o valor do espírito de voluntário”, adianta. As aulas começam em Janeiro, interrompem no Verão e recomeçam em Outubro aos Sábados das 10h às 13h com as vertentes de instrução, ginástica, socorrismo, incêndios, etc. “Já fizemos em VRSA um Encontro Nacional de Infantes e Cadetes porque quisemos abanar a estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil, que não têm nada para os miúdos”, alerta. Mas para se
ser bombeiro não basta o sonho de criança, há que ter espírito e saber acatar ordens, o que nem sempre é bem recebido. “Os miúdos querem todos ser bombeiros ou polícias, mas depois existe uma fase de adaptação ao regulamento, gradações, patentes, e a juventude de hoje em dia não gosta de receber ordens”, confessa revelando que enquanto alguns abandonam; ficam os resistentes e “os que sabem que servir aqui é muitas vezes sem receber nada em troca”. O espírito é ser-se voluntário, mas também voluntarioso.
Medicina é um caminho Em muitos anos de casa (desde 1978) o Comandante Paulo Simões já conheceu muitos bombeiros e aspirantes que ao entrar no percurso académico encaminham-se sobretudo para a área da saúde. “Temos uma rapariga que está na República Checa a tirar um curso na área da medicina e mais duas raparigas que entraram para a escolinha já a pensar na área médica; tenho ainda um rapaz que vai para enfermagem e com a experiência que consegue adquirir aqui faz o curso com uma perna às costas”, considera.
Alcoutim aprovou orçamento para 2013 O orçamento 2013 da autarquia alcouteneja foi aprovado na reunião da Assembleia Municipal de Alcoutim, no dia 14 de Dezembro de 2012 prevendo uma receita e uma despesa global de 11.903.703€; sendo de despesas e receitas correntes 5.922.203€, o que representa 49,8% do orçamento, e 5.981.500€ de receitas e despesas de capital, representando 50,2% do total do orçamento. De acordo com a autarquia o documento “propõe um desenvolvimento sustentado, onde aposta na melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos munícipes”, contempla ainda “a continuação dos investimentos nas áreas do saneamento básico e abastecimento de água, renovação da rede viária e urbana, educação, cultura e desporto, ação social e saúde, indústria e energia, ordenamento do território, turismo e proteção do meio ambiente”. O grande objetivo de 2013 “é combater o desemprego e o acréscimo do número de famílias com carências sociais e económicas”. A autarquia ressalva no entanto que no Plano
Plurianual de Investimentos, a elaboração do orçamento para 2013 teve por base “um rigoroso exercício de prioridades de investimento e rentabilização de recursos, que lhes permitirá manter-se como referência nacional em termos de consolidação orçamental e estabilidade financeira e obedecer aos condicionalismos financeiros da Administração Central, agravados em 2013 pela alteração na distribuição dos montantes das transferências do estado, pelo aumento das receitas correntes e diminuição das receitas de capital e pela diminuição de fundos comunitários disponíveis”. Na área dos transportes rodoviários e rede viária está previsto um investimento de cerca de 2.500.000 euros, onde se destacam a pavimentação e sinalização da estrada municipal 507 (Cortes Pereiras – Alcoutim), a 2ª fase da Avenida de Acesso à Escola de Martinlongo e a reparação da ponte de Mestras/ Barroso. No abastecimento de água e saneamento básico, entre outras obras, o município evidenciou ainda a construção das condutas
O responsável ressalva também o grande empenho das Escolas básicas e Secundária do território onde os próprios docentes sugerem aos alunos ingressar nos bombeiros de forma a adquirirem algum conhecimento prático daquilo com que podem lidar no futuro.
Recrutamento com apenas 15 bombeiros No último mês de Novembro a recruta traduziu-se em 24 bombeiros; há dois anos foram 11 e a maioria não se manteve. O comandante fala em desmotivação. “Já tem acontecido casos, quando o pessoal assalariado não consegue dar conta do recado, em que se toca a sirene e aparece uma ou duas pessoas, outras vezes nem isso”, explica garantindo que a maioria dos voluntários tem o seu primeiro trabalho que lhes dá o sustento que o voluntariado não dá; e não só. “É complicado as pessoas virem voluntariamente e deixarem as suas casas e as suas famílias e depois em serviço ainda serem ofendidas; parecendo que não desmotiva muito”, atesta. Quanto a ofensas o JBG questionou o porquê? A resposta não tardou. “Um exemplo ao Azinhal, Diogo Dias, Tremelgo e Pessegueiro. Nas áreas da saúde e ação social está prevista a conclusão da obra do Lar de Balurcos e a autarquia avança com a construção do Lar de Martinlongo. O apoio social e a ajuda económica às famílias serão também reforçados através do alargamento de um conjunto de medidas iniciadas em 2012 (atribuição de bolsas de estudo aos estudantes, pagamento de refeições a todos os alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, préescolar e creche, isenção de 5% no IRS, aplicação de taxas mínimas de IMI e garantia de acesso gratuito a serviços de saúde, como dermatologia, medicina dentária, fisioterapia, entre outros). Os programas de combate ao tabagismo, alcoolismo e outras dependências, bem como os serviços prestados pela Unidade Móvel de Saúde, «Alcoutim ainda + Solidário» e o «Vamos à Vila» vão manter-se como prioridades. Em 2013 está ainda prevista a ampliação da Praia Fluvial do Pego Fundo, a remodelação do salão da câmara, que será transformado num auditório, a construção do núcleo museológico Dr. João Dias, a construção de um loteamento habitacional em Alcoutim e de outro em Martinlongo e a conclusão da obra do edifício Paços do Concelho.
Escolinha de Infantes e Cadetes preconiza o futuro das corporações muito concreto: você liga para o 112 e vê o que demora a ser atendido e até ao pedido de socorro chegar. Não somos nós que atendemos e as pessoas não entendem isso. Muitas vezes os meios chegam muito tempo depois aos locais e quem ouve é quem vai lá. Os voluntários aos poucos desmotivam…”
Corpo de Bombeiros com novos elementos
Atualmente o Corpo de Bombeiros vila-realense é constituído por cerca de 130 elementos. Passemos às subtrações. Desses 130, cerca de 45 pertencem à Escolinha, portanto não fazem serviço operacional. São 83 voluntários e apenas 35 são assalariados. Para chegar está já uma equipa de intervenção cedida pelo Estado com mais cinco elementos; 50% é comparticipado pela câmara municipal de VRSA e o Estado comparticipa os restantes 50%.
Em Castro Marim
Festa de Natal dos seniores
Festa de Natal contou com muita música e animação As Festas de Natal multiplicaram-se pelo Baixo Guadiana e tal como tem vindo a ser tradição, os seniores tiveram festividade com fado e música popular em Castro Marim. O convívio no dia 23 de Dezembro, teve lugar na Quinta do Sobral e reuniu quinhentos idosos, com mais de 60 anos, residentes no concelho castromarinense. Foi servido um almoço de Natal em simultâneo com muita música e animação com o grupo de baile «+ Dois» e a fadista Aurora Gonçalves.
Segundo a câmara municipal de Castro Marim “o tradicional almoço de Natal para os idosos constituiu um momento de confraternização, em que todos estiveram mais unidos no espírito natalício, realçando a importância do amor e a necessidade de viverem em paz e comunhão, para que os valores da amizade, da solidariedade e da fraternidade não esmoreçam neste tempo de angústia e de dificuldades para muitas famílias”, considerou o edil local, José Estevens.
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LO CAL Reconhecimento histórico pode trazer mais turismo a Castro Marim
Forte de S. Sebastião é monumento nacional A classificação como monumento nacional do Forte de São Sebastião, antiga muralha defensiva de Castro Marim, vai contribuir para aumentar a atratividade turística da localidade, quem o garante é José Estevens, edil local. Distinção faz jus ao lema do município: «Castro Marim Uma Terra com História».
No início de Dezembro chegou a boa nova ao concelho de Castro Marim. O Forte de S. Sebastião, antiga muralha defensiva da vila, foi classificado monumento nacional, segundo decisão do Conselho de Ministros de 06 de Dezembro. No caso do Forte de São Sebastião,
dois elementos [Castelo e agora o Forte] que integram o património nacional, é motivo digno de orgulho”, diz defendendo que “na região do Algarve, talvez sejamos a sede de concelho que terá património com maior relevância e dimensão relativa classificado”.
nos finais dos anos 90, num estado avançado de degradação que ameaçava a sua destruição. Para além da requalificação levada a cabo, a autarquia enaltece a paisagem circundante do Forte e Revelim que dispõem de “uma vista panorâmica deslumbrante sobre a Reserva Natu-
ção de argamassas de revestimento e a reconstrução dos diferentes troços de muralhas. A intervenção na fortaleza foi acompanhada por arqueólogos da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, sob a orientação da arqueóloga Ana Arruda.
Sebastião e das muralhas adjacentes datam do Século XVII e foram mandadas construir em 1641, pelo rei D. João IV, no âmbito das Guerras da Restauração com Espanha, o que denota a importância estratégica deste lugar do território. A edificação desta fortaleza veio transformar
Classificação do Forte de São Sebastião em Castro Marim como monumento nacional pode atrair mais turistas à vila e fomentar a economia local foram ainda integrados na classificação como monumento nacional os demais elementos arquitetónicos que subsistem dos baluartes e revelins que o ligavam ao castelo de Castro Marim. A salientar que em Castro Marim já estava classificado como monumento também o castelo da vila. Perante a classificação, o presidente da câmara municipal, José Estevens, atesta que este reconhecimento “é motivo de regozijo, de afirmação, de valorização e constitui um aumento da atratividade turística da terra, porque temos sempre muita gente interessada em visitar estes monumentos, especialmente quando o património passa a integrar os catálogos de monumentos classificados”. A distinção do Forte é também “motivo de orgulho e, ao mesmo tempo, de esperança para o futuro do concelho”, diz. “Trata-se de reconhecer o valor histórico que Castro Marim tem, porque o facto de, sendo uma vila tão pequena ter
História e paisagem de mãos dadas
ral do Sapal de Castro Marim/Vila Real de Santo António”.
O autarca frisou ainda que a classificação do Forte de São Sebastião foi um processo liderado pelos serviços de cultura do Algarve e reconheceu que, para a classificação do monumento também “terá contribuído o facto de ser um património completamente recuperado e bem visível na paisagem do sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António”. Além do forte, a classificação inclui um dos cinco baluartes originais que ainda subsiste, e o Revelim de Santo António, que também integrava a estrutura defensiva da vila e do castelo. Atualmente o património que integra o Forte de S. Sebastião está completamente recuperado, sendo que autarquia castromarinense defende que este é um dos fatores que pode ter contribuído para esta distinção, relembrando que o monumento encontrava-se,
Requalificação entra na 4ª fase Recorde que em 2004 a Câmara Municipal de Castro Marim iniciou um projeto de reconstrução integral e consolidação do Forte de São Sebastião e das respetivas muralhas, com vista à preservação da autenticidade e integridade do monumento, respeitando a sua configuração original. O investimento foi de 2 milhões de euros, faseado em três intervenções: as obras na fortificação, que integraram o Baluarte do Enterreiro; o Baluarte de São Sebastião; a Cortina do Enterreiro e a Cortina do Forte contemplaram a desmatação e limpeza, a reconfiguração pontual da alvenaria, a reparação de juntas desguarnecidas, a reparação de fissuras, a melhoria das condições de drenagem das águas pluviais, a remoção e execu-
Não obstante, o projeto de requalificação ainda não está concluído. A recuperação e requalificação do Forte de São Sebastião ficará completa com a execução da 4ª fase do projeto, que segundo a autarquia “prevê a reorganização dos espaços intramuros e área envolvente, destinados a fins turísticos, criando para o efeito dois espaços para a realização de grandes eventos culturais: um fechado dentro da cidadela do Forte, o outro no terreiro adjacente à Cortina da Lezíria, mais informal e polivalente”. Ainda o Passeio de Ronda, que percorre toda a muralha da fortificação, irá dispor de estruturas de acolhimento e informação para o visitante. Segundo a informação disponibilizada pela autarquia a obra de melhoramento e valorização do Passeio de Ronda será executada brevemente.
A História do Forte A construção do Forte de São
o velho castelo medieval na praça militar mais importante de todo o Algarve, atendendo à sua localização privilegiada junto à linha de fronteira. É de salientar que a planta do Forte adaptou-se ao cerro onde está implantado, contando com um recinto amuralhado que integra cinco baluartes e cuja porta principal está virada a Norte, em direção à vila e ao Castelo, que está classificado como monumento nacional desde Junho de 1910. Originariamente, o Forte de São Sebastião, enquanto elemento defensivo da vila, dispunha de duas portas de ligação ao Castelo; uma na entrada nascente em São Sebastião, a outra na entrada Sul em Santo António. Recorde que à semelhança do Forte de Castro Marim outras seis estruturas situadas nos concelhos de Silves, Viana do Alentejo, Alcácer do Sal, Trancoso, Porto e Chaves foram classificadas como monumentos nacionais.
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LOCA L Já é oficial
José Estevens é candidato à Câmara Municipal de Tavira O JBG soube em primeira mão que José Fernandes Estevens, atual presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, já oficializou a sua candidatura ao município de Tavira para as eleições autárquicas já no próximo mês de Outubro.
O autarca castromarinense candidata-se ao concelho vizinho de Tavira
A hipótese de candidatura ao município de Tavira já tinha sido difundida pelos media ao longo de 2012, mas agora é oficial. José Fernandes Estevens, que já atingiu o limite de mandatos à frente dos destinos do concelho de Castro Marim, vai-se candidatar ao município vizinho de Tavira pelo Partido Social Democrata (PSD). “A minha candidatura ao concelho de Tavira já foi ratificada pela Comissão Política Nacional do PSD, portanto já é uma certeza”, garantiu José Estevens ao JBG no final de Dezembro. Quanto à questão da lei de limitação de mandatos autárquicos José Estevens é contra. “Sempre me manifestei contra a limitação dos mandatos por entender que
isso representa um condicionamento do direito de qualquer cidadão; constitui um certificado de menoridade ao povo que penso que ao longo destes 38 anos de democracia já deu suficientes provas da sua superior maturidade e inteligência, sendo que não precisa de ver impostas medidas para fazer as suas escolhas”, considera o autarca ressalvando no entanto que outro assunto distinto é a limitação a concelhos diferentes. “Nunca esteve na mente do legislador limitar os mandatos a outros municípios. Esta foi uma questão lançada à última da hora oportunisticamente, dando uma má imagem dos políticos”, assegura sublinhando que se trata de “uma compressão nos direi-
Contratação dos serviços pode estar para breve
Unidade de Cuidados Continuados de Azinhal quase pronta a funcionar Infraestrutura está concluída desde Maio de 2012 encontrando-se atualmente em fase de apetrechamento e arranjos finais. 2013 pode ser o ano em que a Unidade finalmente cumpre a sua função. A garantia é deixada ao JBG pelo edil castromarinense José Estevens. A Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal está concluída desde a primeira metade do ano 2012, mas o seu apetrechamento e últimos acabamentos ainda não permitiram a abertura da unidade. De facto a obra da Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA), sob a chancela do arquiteto José Alberto Alegria ficou concluída 18 meses antes da data inicialmente prevista. “De momento está em fase de acabamento de alguns arranjos exteriores e ligação à rede elétrica”, conta José Estevens garantindo que
Investimento na infraestrutura foi de 2 milhões e 200 mil euros “a informação que temos da ARS Algarve é que está tudo em condições de poder ser contratado o serviço e isso irá acontecer já no princípio de 2013”. Segundo o autarca a unidade poderá começar a cumprir a sua função sendo que se trata “de uma carência reclamada pela população do concelho e também do Algarve”.
Unidade com «excelentes condições» O projeto, inserido numa zona
desprotegida, com população idosa, enquadra-se nos objetivos da Rede Nacional de Cuidados Continuados e foi até considerada pelo Presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, Martins dos Santos, como usufruidora de «excelentes condições», após uma visita de trabalho realizada ao local em 2012. O equipamento foi construído a pensar nos utentes e nas famílias, integra espaços de convívio e dois pátios de influência arquitetónica mediterrânica, com três alas de
quartos: 10 quartos individuais de internamento, 10 quartos duplos de internamento, um quarto individual de isolamento e um quarto de pessoal de serviço. O piso inferior é composto inteiramente por uma zona de serviços, nomeadamente cozinha, refeitório, lavandaria, instalações sanitárias e técnicas. O investimento total foi de dois milhões e duzentos mil euros, sendo que 41% do investimento total foi financiado pelo Programa MODELAR do Ministério da Saúde e os restantes 59% da Câmara Municipal.
tos, liberdades e garantias dos cidadãos; é algo que vai contra a Constituição como muito bem esclareceu a Comissão Nacional de Eleições”. Para o responsável esta é já “uma questão ultrapassada”. Recorde que a lei de limitação de mandatos impede os autarcas de cumprirem mais de três mandatos consecutivos. A ambiguidade reside na interpretação da lei. De momento o próprio Governo em coligação tem interpretações opostas; PSD dá cobertura a candidaturas no limite a outros municípios, já o CDS entende que a limitação incide sobre o cargo, pelo que os autarcas em fim de mandato não se podem candidatar a outro município.
VRSA aguarda pela aprovação do PAEL Albufeira, Olhão e Faro foram os últimos municípios do Algarve que viram recentemente aprovadas as suas candidaturas ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Juntam-se agora a Lagoa, Lagos, Loulé e Tavira cujas candidaturas foram aprovadas em Novembro. Portimão e Vila Real de Santo António aguardam ainda decisão do Governo. Até à data o Estado já garantiu 76 milhões de euros para liquidar dívidas a curto prazo das câmaras municipais. Recorde que Vila Real de Santo António tem em curso um Plano de Ajustamento Financeiro, um instrumento que visa a estabilidade económica da autarquia e pretende dar seguimento às metas de contenção, em vigor há pouco mais de um ano. Esta medida pressupõe o recurso ao PAEL, visando o saldo das dívidas vencidas há mais de 90 dias e registadas a 31 de Março. Como tal, a autarquia pombalina concretizou em Outubro passado o pedido de 25,6 milhões de euros dos quais 30% se destinam a liquidar faturas a fornecedores do concelho. Apenas os municípios de Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Vila do Bispo, Monchique, S. Brás e Vila do Bispo ficam de fora e não se candidataram a este instrumento estatal.
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GRANDE ENTREVISTA À conversa com Luís Romão, novo Diretor Regional do IPDJ Joana Germano
Luís Romão é professor de História de formação, é presidente da junta de freguesia de Vila Real de Santo António, de onde é natural, e esteve desde sempre ligado à área de desporto, seja por questões quase de genética [Pai é ginasta medalhado] ou porque já praticou um sem fim de modalidades, tendo até já sido treinador dos Juniores do Olhanense. Pode-se quase dizer que é a fórmula perfeita para o cargo que ocupa há quase seis meses como Diretor Regional do recente e fundido Instituto Português do Desporto e Juventude. Desporto e Juventude é um binómio que desde sempre conhece e domina. À frente do IPDJ já sublinha dois caminhos: proximidade e envolvimento, pois garante que as reformas não se fazem nos gabinetes.
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“Não acredito em políticas e reformas feitas em gabinete” JBG – Está há seis meses na direção de um IPDJ recentemente criado. Como tem sido? Luís Romão - No fundo isto é o ano zero. Foi uma fusão que em termos legislativos está feita, mas que, em termos de procedimentos, ainda há muitas lacunas, quer a nível central ou regional, visto que fundiu o desporto com a juventude, e isto demora o seu tempo; felizmente temos aqui uma equipa muito boa. Não quero estar a bater no passado, mas efetivamente a herança não foi a melhor. Os feedbacks que me vão chegando revelam alguma desacreditação do antigo IPJ. É necessário ir para o terreno, é necessário reabrir isto, até porque temos um edifício fantástico e não podemos estar parados. Estamos num período em que falamos de crise 500 vezes por dia, mas o discurso está muito negativo; é muito fácil justificarmos tudo com a crise, o difícil é ter um discurso positivo no meio disto tudo e temos que acreditar que é possível. JBG – O IPDJ é a fusão de dois organismos nas áreas da juventude e desporto. Tratou-se de redução de despesas ou de uma aposta integrada? LR - É um bocadinho das duas. Há efetivamente uma racionalização dos serviços e dos meios, que me parece importante neste período. Se esta racionalização for feita de forma integrada e consistente, como me parece que está, julgo que é a correta, pois desporto e juventude têm tudo a ver. Acho que se ganha mais; dá mais trabalho, é um facto. Há uma racionalização dos meios e tem que existir, porque efetivamente houve erros que foram cometidos e tem que se racionalizar, mas também potenciar aquilo que existe, e aqui acho que foi uma fusão bastante feliz. Aqui o desporto pode beneficiar do contacto com a juventude e vice-versa; este binómio pode ganhar escala. JBG – Como é que funciona esta política integrada e descentralizada para ambas as áreas? LR -É importante respeitar a identidade de cada área, sendo que será possível, em algumas situações, cruzar as duas. É claro que se há um projeto de desporto convém que seja coordenado por um técnico de desporto e vice-versa. Isto quer por uma questão de conhecimento e domínio da matéria, quer por uma questão de lógica. Neste momento temos um gabinete técnico do IPDJ onde estão a trabalhar os técnicos da juventude e os do desporto e essa integração é muito
importante porque acabam por ter que conversar sobre os projetos e isso suscita a curiosidade e reflexão; trata-se de uma integração progressiva. JBG – A sede do IPDJ é em Faro. Excluindo o website, como é que um jovem pode conhecer o IPDJ? Existe algum gabinete descentralizado? LR -Não, não existe e esse é um dos projetos para começar no início de 2013, pois já estamos a preparar um périplo pelo Algarve. Ou seja, a ideia é irmos a todos os concelhos algarvios, em parceria com as câmaras municipais, e fazer com que estas convoquem todas as associações; o objetivo é fazer uma apresentação do que é o IPDJ, as valências, os apoios, a questão do associativismo jovem; é no fundo ir ao terreno. Com o caos da 125 e os constrangimentos da A22, que nos limitam, acabamos por nos afastar
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Estamos sempre no campo da subsidiodependência e o caminho não é por aí, é pelas sinergias, parcerias, com o sermos capazes de ser criativos, engenhosos, empreendedores e conseguirmos fazer receita com alguma coisa e sem ser através do website não há grande hipótese. Há muita gente que não sabe quais são as valências do IPDJ e o nosso papel é inverter isso. Não podemos estar à espera que as pessoas venham aqui; temos que ir ao terreno e o périplo serve de ponto de partida. As associações e os jovens têm que saber que nós existimos, perceberem que temos uma política de proximidade e a partir daí, despoletar o processo. Quero que o IPDJ seja uma referência em ambas as áreas. Na área da juventude talvez seja mais fácil, pois temos já vários projetos a nível nacional, falta é ir para o terreno. Na área do desporto é mais complicado não havendo dinheiro; a aposta é sobretudo na área da formação, mas também aqui estamos a auscultar as câmaras. Temos sobretudo que ouvir as pessoas. JBG- Um dos objetivos é revitalizar o turismo jovem, nomeadamente a rede de Pousadas da Juventude. Este
ano já fecharam cinco pousadas por falta de condições e aquelas, com taxas de ocupação inferiores a 20%, vão encerrar este Inverno, inclusive a de Alcoutim. Trata-se da qualidade em detrimento da quantidade? LR -Não é só a quantidade, tem a ver com a racionalização dos meios também. A crise leva-nos a repensar aquilo que temos. As Pousadas não são do IPDJ, são da Movijovem, mas a ideia é mesmo a qualidade e a rentabilidade em detrimento da quantidade. Portanto aquelas que estão junto às sedes são para ficar. Alcoutim não corre o risco de fechar, poderá é equacionar-se o seu período de funcionamento durante o ano; depois haverá outras que não têm viabilidade nenhuma e nesses casos poderão ser negociadas com entidades particulares ou com câmaras municipais. Por exemplo, e no caso concreto da Pousada de VRSA, são
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precisas obras profundas, mas há interesse em negociar e assim que surja uma proposta concreta é claro que há interesse e faz muita falta em VRSA. Em relação à Pousada de Faro há um projeto muito específico, que é reformular a Pousada com mais quartos duplos, reabrir o bar e ter aqui espetáculos. O próprio auditório pode significar negócio para as Pousadas, pois há interesse de muitas empresas em formações externas e workshops; tudo isto está ainda a ser estudado, mas os feedbacks são muito positivos. JBG- Existem parcerias ao nível do desporto com as infraestruturas regionais? A título de exemplo, existe alguma parceria com o Complexo Desportivo de VRSA que foi recentemente distinguido?
LR - Estão a ser preparados alguns projetos de âmbito internacional, os quais atualmente estamos a tentar perceber se são possíveis de concretizar. Estamos a tentar reativar o Encontro AlgarveAndaluzia e poderia perfeitamente funcionar em VRSA, até por questões de proximidade. O IPDJ não tem instalações desportivas, portanto temos sempre que recorrer às boas instalações que existem no Algarve. VRSA tem um complexo que tem que ser aproveitado e neste momento já há projetos em comum: o programa nacional e o centro de marchas e corrida, que funcionam no Complexo e ainda os centros de prescrição de atividade física que funcionam nesses mesmos espaços; portanto há uma grande proximidade. O intuito de irmos para o terreno também é reunir com os vereadores dessas áreas para encontrar pontes. Mais uma vez vamos dar a um trabalho de descentralização. No alargamento ao desporto estamos a preparar iniciativas; por exemplo em S. Brás de Alportel estamos a tentar preparar uma Festa dos Campeões para homenagear os campeões nacionais algarvios; há um encontro regional de desporto adaptado em carteira; também as Jornadas de Desporto na Natureza; o uso do Parque Aventura em Odeleite é outra das hipóteses em que já temos iniciativas pensadas. São ideias que sendo feitas em parceria os custos minimizam bastante; tudo é possível. Felizmente a rede de parceiros começa a ser bastante extensa e profíqua e desta forma será sempre possível surgirem novos projetos de âmbito regional, nacional ou internacional. JBG- A base para o futuro são portanto as sinergias? LR – Sim, em tudo. Por exemplo, as direções regionais têm que colaborar umas com as outras nas atividades e o relacionamento pessoal é muito importante, existindo já uma base nesse sentido com o Centro de Emprego e Formação Profissional, com a Direção Regional de Educação e com a CCDR, para além de clubes, associações e autarquias. A Região de Turismo é outra parceira que tem que estar connosco. Há também um excelente relacionamento com o Conselho Nacional de Juventude e com a Agência Nacional para a Juventude. Penso que todos ficamos a ganhar se estivermos em sintonia. JBG – As sinergias também valem para as escolas? LR - Claro! Onde é que vamos cativar mais jovens? É nas escolas! As escolas têm que estar envolvidas nestes processos, pois é onde os
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jovens passam o tempo. Costumo dizer, como professor, que as escolas costumam ser redutos irredutíveis e não é fácil a entrada. Se a entrada for feita em sintonia com a Direção Regional de Educação é mais fácil através de um projeto específico. Temos alguns, por exemplo o Parlamento dos Jovens, que é patrocinado pela Assembleia da República, também o Euro Escolas com o Parlamento Europeu, e depois o INOVA, ao nível do empreendedorismo. Estes projetos já fazem com que estejamos presentes nas escolas, penso é que não se tem aproveitado bem isso; tem que haver um acompanhamento assíduo. Façamos um raciocínio: o grande alvo de desemprego atualmente são os jovens, ora o IPDJ tem que estar envolvido em tudo aquilo que se fizer em prol de políticas de combate ao desemprego. Temos que nos aproximar e as sinergias são a resposta, pois é a única forma que temos neste momento para poder concretizar o que quer que seja. Se o dinheiro é em menor escala temos que fazer algo para contornar isso. JBG - As políticas de juventude são as ideais? LR - Julgo que se estão a dar passos nesse sentido. A questão do Livro Branco, em que se pediu contributos aos jovens, é um bom passo, isto desde que os contributos sejam tidos em consideração. Não acredito em reformas ou políticas feitas em gabinete, pois tem que se ouvir e ir para o terreno; no fundo é auscultar as pessoas e respeitar as diferenças regionais. Por vezes os diagnósticos são díspares da realidade. Existem, por exemplo, lacunas ao nível do associativismo, na área do emprego e as formações têm que ser orientadas nesse sentido. Espero que em 2013 já estejamos em condições de fazer um diagnóstico preciso e ‘precioso’ das duas áreas e a partir daí encontrar caminhos. Obviamente que em seis meses, e num período de fusão, é mais difícil. Temos que perceber quais as necessidades e esse levantamento tem que ser feito. É por isso que estes périplos pelo Algarve são muito importantes. JBG - O Algarve é a região do país onde as associações juvenis têm menor expressão. Representam cerca de 1% do país com apenas 15. Porquê? LR - É uma percentagem ínfima e julgo que este facto tem a ver também com a incapacidade que o IPJ teve de se mexer. Estas coisas só se conseguem no terreno, pois, e volto a reiterar, não acredito em políticas ou em reformas feitas em gabinetes. Temos é que nos preocupar em dar a volta à situação, ir para o terreno e sermos suficientemente apelativos e aqui, para além da mescla de desconhecimento, a maior fatia de culpa é mesmo da direção regional que tenho a ideia de não ter sido aliciante, motivadora e pró-ativa. JBG- O apoio concedido ao abrigo do Programa Apoio Associativismo Jovem [PAAJ] é suficiente para a manutenção de uma associação ou o paradigma tem que mudar? LR - As associações podem concorrer ao PAAJ desde que sejam RNAJ [Registo Nacional Associações Juvenis], e também através
dos programas «Juventude em Ação» e «Impulso Jovem». São medidas que podem ser decisivas para concretizar e é importante que as associações percebam que podem usufruir de tudo isto. Continuo a achar, e ainda bem, que isto não é suficiente, pois se for suficiente estamos sempre no campo da subsídiodependência. O caminho não é por aí, acho que o caminho são as sinergias criadas com parcerias, com o sermos capazes de ser criativos, engenhosos, empreendedores e conseguirmos fazer receita com alguma coisa. Estes projetos são bons, têm financiamento e são uma ajuda forte, mas não se pode cair só nesse erro. Os dirigentes associativos devem ser muito mais pró-ativos senão correm o risco de não terem sucesso. Temos bons exemplos de dinamismo cá e as portas do IPDJ estão sempre abertas. JBG - Uma das funções do IPDJ é, para além do apoio
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ao associativismo, também o apoio ao voluntariado e promoção da cidadania. Que atividades desenvolvem? LR - Temos programas próprios, temos uma base de dados de voluntários, temos programas que participam em ações dinamizadas pelo próprio IPDJ; tivemos cá um recentemente sobre «Internet segura». Temos outro em stand by do voluntariado para as florestas e outro, muito interessante, que não existe nesta Direção Regional, que é o «Recados e Companhia» que apoia idosos, mas que no Algarve não está dinamizado. Depois temos muitos programas de voluntariado em parceria, nomeadamente com a Federação Portuguesa de Futebol, no apoio aos jogos; há ainda uma parceria com o «Rock in Rio» e o «Jovens 18-24» em parceria com a Prevenção Rodoviária. JBG – Qual é a real importância do voluntariado neste organismo?
LR – Para mim o espírito do voluntariado é fazer sem receber nada em troca, aquele que é pago, porque existe, desvirtua completamente a essência. Tem que ser uma ação livre, algo que nos predispomos a fazer e que tem a ver com a personalidade e educação das pessoas. Nas associações e clubes aquilo que chamamos de carolice é muitas vezes o voluntariado. No IPDJ queremos que a formação para a cidadania esteja sempre implícita em todas as iniciativas porque esta crise não é essencialmente de dinheiro, é uma crise de valores. Se os nossos jovens forem formados para serem bons cidadãos então teremos melhores profissionais, melhores políticos; em suma teremos uma sociedade muito melhor. Este trabalho envolve toda a comunidade e não é feito a curto prazo. Do que tenho observado o voluntariado tem que ter alguns estímulos ao longo do percurso senão acaba por desmotivar. JBG- Quais os planos para
Esta crise não é essencialmente de dinheiro, é uma crise de valores e isto é mais grave porque é mais difícil resolver, pois tem que se trabalhar as questões da cidadania
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reanimar o espaço do IPDJ em Faro? LR - É sobretudo o Plano de Atividades Interno que vamos já promover em 2013 com as associações que nos apresentam propostas; e já são muitas. Está aberto a qualquer associação que nos apresente propostas concretas. Temos um auditório, temos salas de formação, sala de exposições e estamos disponíveis para reunir. A questão da política de proximidade é muito importante para que se instale o hábito de vir ao IPDJ; no fundo é a valorização do espaço. A mudança da loja, a hipótese de reformularmos a Pousada e a reabertura do bar são aspetos fundamentais. Para além destas mudanças físicas tem que haver uma atitude diferente com as pessoas e com as associações. JBG - Há possibilidade de novos voos do IPDJ para 2013 ou a crise é limitativa? LR - A crise é limitativa em parte, quando não há dinheiro para investir em determinadas coisas. Mas a crise é também uma oportunidade para mudar o paradigma, para que as pessoas percebam que os modelos que existiram até agora já não funcionam. A forma como se funcionava já não faz sentido neste momento e temos que trabalhar a cidadania para combater esta crise de valores. É um trabalho mais desafiante, temos que ser muito mais criativos, muito mais empreendedores; é um trabalho que tem que ser feito. JBG- Muitas associações juvenis queixam-se da ausência de Conselhos Municipais de Juventude (CMJ). Quão importante pode ser esta estrutura? LR - Efetivamente os CMJ podem e devem ser muito importantes a partir do momento em que os autarcas percebam também que tem que lhes ser dado o valor necessário. Fazer os CMJ só por que se faz, não me parece a melhor atitude, agora se for no sentido de se ouvir e envolver os jovens nos destinos do concelho parece-me muito interessante. Se conseguirmos que as juventudes partidárias algarvias trabalhem em conjunto, pois são todas consensuais nos CMJ, já é um bom princípio. Agora é importante que os jovens sejam ouvidos e levados a sério. O que se decide não tem que ser lei, mas têm que ser ouvido, pois o futuro é dos jovens. Há duas coisas inequívocas: a crise é certa, mas se há gente que não tem culpa desta crise são os jovens que são vítimas deste estado atual, portanto mais uma razão para os envolver em busca de um futuro melhor. Estamos neste momento a construir com as Juventudes Partidárias do Algarve um projeto de cidadania e participação democrática. Estou com muitas expetativas relativamente ao produto final, mas acredito que vamos conseguir concretizar algo muito interessante e que sirva de exemplo, juntando as várias sensibilidades partidárias. JBG – Foi adjunto de Luís Gomes e é atualmente presidente da junta de freguesia de VRSA. As autárquicas são já este ano… LR -Faço parte da equipa do Luís Gomes inequivocamente. A única coisa que é certa e definida é que estou com o Luís Gomes, por várias razões; por amizade, por lealdade e por acreditar no seu trabalho.
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LOCAL
Natal em Imagens no Baixo Guadiana O Natal é uma época de festa e ninguém lhe fica indiferente. Entre presépios e Pais Natais, e uma vasta diversidade de iniciativas que marcaram passo na região, os mais felizes são sempre as crianças. Alcoutim, Castro Marim e VRSA brindaram à época com muita cor e criatividade. Ficam as imagens.
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FOTOS 1 e 2 Em Castro Marim, e com o selo da junta de freguesia local, desfilaram pela vila cerca de 50 Pais Natais que aderiram ao apelo de trazer o fato vermelho e colocar a barba branca. Uns com fato, outros sem, todos se juntaram ao passeio. Também a «Casa do Natal» com presépio de Ernesto Pires, este ano com um túnel de um lado a outro do presépio, fez as delícias dos mais novos.
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FOTOS 3 e 4 Em Altura a junta de freguesia decidiu dar largas à imaginação e encarnou a «Mãe» e o «Pai Natal» visitando o centro escolar e Infantário Cegonha Branca. Os mais pequenos adoraram a surpresa e os presentes. Também a Câmara municipal visitou todas as escolas do concelho com livros de presente com a «Bibliomóvel». Mais pequenos até cantaram medley de Natal. FOTOS 5 e 6 Augusto Rosa e Teresa Marques são os autores do Presépio Gigante de VRSA que conta com mais de 3500 figuras e 190m2. As crianças e os turistas estrangeiros adoraram a grande obra de Natal em tamanho XL.
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FOTO 7 Na Aldeia Natal de VRSA a pequenada fazia fila para poder falar com o Pai Natal. Ao chegar ao velhinho de barbas muitos pediam jogos e consolas. A «Aldeia Natal» teve ainda concertos, feiras de rua e teatro a assinalar a programação natalícia. Uma iniciativa da câmara, junta de freguesia SGU e da delegação de VRSA da ACRAL. FOTO 8 O centro da vila de Alcoutim ficou mais bonito. O presépio na Praça conta com iluminação à noite e junta residentes e turistas.
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AMB IEN TE Na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA
5% da área protegida é ocupada por espécies exóticas invasoras O problema não é novo, mas só mais recentemente o assunto entrou em discussão. As espécies exóticas invasoras provocam alterações significativas e ameaçam a sobrevivência de espécies locais. Na reserva do território já foi feito um estudo. Cerca de 5% é ocupado por planta invasora. Dia 14 de Dezembro o Centro de Interpretação da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA levou a cabo um workshop técnico sobre espécies exóticas invasoras. O mote foi dado para aprender e apreender que a invasão biológica por espécies exóticas é uma ameaça à biodiversidade, assim como as atividades económicas que dela dependem. O público-alvo incluiu técnicos de serviços públicos, de associações de produtores florestais, associações de pesca desportiva, organizações não-governamentais de ambiente, investigadores, professores e estudantes, bem como proprietários de áreas florestais e de salinas.
O que é uma espécie exótica? «Uma espécie exótica, ou não indígena, é a que ocorre num território que não corresponde à sua área de distribuição natural. As exóticas invasoras podem ocupar o território de forma excessiva, provocam modificações significativas nos ecossistemas e usam os recursos necessários à sobrevivência das espécies locais», esclarece um documento do Instituto da Conservação da Natureza e
das Florestas [ICNF]. O documento, veiculado pela Reserva, atesta que «várias espécies exóticas invasoras têm um comportamento agressivo e podem excluir competitivamente várias espécies e comunidades nativas». A causa é simples: o comércio e o turismo. «Com o comércio internacional e o turismo é cada vez mais fácil a espécies de outros países e continentes chegarem ao nosso território, sendo algumas invasoras», atesta o documento que garante que as consequências podem ser extremamente gravosas. «Reduzem a biodiversidade, afetam o equilíbrio ecológico e as atividades económicas e podem prejudicar a saúde pública através da transmissão de doenças ou parasitas».
Conhecer e prevenir Em Portugal existem já várias invasoras, introduzidas intencional ou inadvertidamente. Existe regulamentação nacional para a introdução destas espécies em Portugal, mas legislar não chega. Uma das principais soluções está exatamente em educar. Elisabete Marchante, do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra é perentória.
Spartina densiflora é a invasora mais comum na área protegida da Reserva “Para introduzirmos uma espécie nova temos que pedir autorização ao Ministério do Ambiente”, mas mais importante é conhecer. “Há que procurar saber mais, tem que se educar para estes temas e não só; os técnicos têm que monitorizar, avaliar, registar e publicitar, pois a prevenção é o melhor remédio no caminho para a erradicação”, diz. A responsável defende ainda uma prevenção contínua e controlada. “Os controlos das invasoras devem ser contínuos, senão não vale a pena; é apenas gastar dinheiro”. Uma das sugestões deixadas é a colaboração das escolas na preservação da biodiversidade educando os alunos e
modificando o comportamento da comunidade. Na batalha da erradicação da espécie versus o controlo da mesma, Norberto Santos do ICNF é defensor do aproveitamento das mesmas para biocombustível, ressalvando no entanto, que desde que esta abordagem não fomente a sua expansão. Esta seria uma das soluções que passaria pelo aproveitamento da espécie e salvaguarda do equilíbrio do meio ambiente.
5% da Reserva ocupada com «invasoras» Paulo Monteiro, vigilante da Natu-
Fotografia de Natureza é aposta para 2013 Associado ao turismo de natureza, que começa a ganhar terreno no Baixo Guadiana, outras apostas surgem. Curso de iniciação à fotografia de Natureza é já uma das novidades para 2013 que, até à data, já conta com algumas dezenas de inscrições. O turismo de natureza é já uma das grandes apostas para 2013 e é um vetor que as entidades ligadas ao turismo e desenvolvimento local e regional não descuram. Neste sentido passeios pedestres temáticos, atividades fotográficas e cursos de fotografia na área do património, paisagem, fauna e flora e exposição fotográfica são algumas das atividades que a Odiana, através do projeto TAG [Turismo Ativo no Guadiana, uma iniciativa de cooperação entre o Algarve – Alentejo – Andaluzia e financiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal – Espanha], quer desenvolver já em 2013. Para já arranca um curso de iniciação à fotografia de natureza. O curso, em regime pós-laboral, começa a 8 de Janeiro e termina a 2 de Março com 32 horas de aulas teóricas e 21 horas de componente prática. A Odiana dinamiza a iniciativa, mas a responsabilidade de lecionar é da Associação ¼ Escuro.
Sincronia entre a fotografia e a natureza O curso vai ser orientado pelo fotógrafo Agostinho Gomes da «1/4 Escuro». O curso, claro está, é para aprender a fotografar melhor e com a especificidade exigida em natureza. “O objetivo do curso é, por um lado, para que quem goste de fotografia, fique a fotografar melhor e com mais qualidade; que conheça e execute com confiança todas as capacidades que a própria máquina fotográfica lhe oferece; por outro lado, aprender a fotografar a natureza”, explica o orientador que adianta que “paisagem natural, macro, flora e avifauna, são pontos a abordar não só a nível técnico, como também, ao nível de saber estar na natureza”. Portanto, além da componente fotográfica também uma sensibilização ambiental para uma «sincronia fotografia/natureza». Gostar de fotografia é obrigatório para
Agostinho Gomes da «1/4 Escuro» frequentar este curso. Para o responsável é “uma paixão e quem a sente quer aprender mais e mais...”. O local designado para as aulas de campo não suscita qualquer problema no Baixo Guadiana. “Felizmente vivemos num paraíso natural e temos muitos locais para praticarmos. Desde toda a margem do Guadiana, de VRSA a Alcoutim, à mata de VRSA, praia e dunas, passando por toda a Reserva Natural do Sapal, que é um paraíso em
avifauna; temos felizmente uma escolha enorme”, garante. Quanto ao grande boom que agora se assiste relacionado com a fotografia de natureza, Agostinho Gome é perentório. “A fotografia de natureza, como a fotografia em geral, aumentou de forma estrondosa com a entrada do digital”, diz, confirmando que “hoje temos maquinas que já fazem fotografia muito aceitável a preços muito baixos. Não temos revelações de rolos fotográficos, ou seja, além da despesa inicial do equipamento, as pessoas não têm mais custos”. A soma dos dois campos resulta bem. “Com tudo isto, aliado ao gosto que muitas pessoas têm pelo contacto com a natureza, felizmente, está a vertente da fotografia que, também teve com o digital o seu boom”, remata. Para mais informações sobre o curso contacte a Associação ODIANA através do 281 531 171 ou geral@odiana.pt
reza do ICNF na Reserva Natural de Castro Marim e VRSA, fez as honras da casa com a apresentação das áreas de incidência da spartina densiflora [planta invasora] na área protegida. O resultado do estudo de campo foi taxativo: 5% da área protegida da Reserva Natural é ocupada com a spartina densiflora. São 647 áreas que revelam a ocorrência da «invasora». Recorde que a Reserva ocupa 1550 ha, sendo que 67% é área protegida; 5% destes está «invadido» por espécies não amigas do meio ambiente. A spartina é proveniente da América do Sul e instala-se em sedimentos marinhos ou fluvio-marinhos, saturados na maré baixa e sujeitos à influência diária das marés. Entre as ameaças está a redução do volume de sedimentos transportados pelos rios (efeito da redução da atividade agrícola e pastoril e da retenção por açudes, diques, mini-hídricas e barragens). Entre as espécies invasoras mais problemáticas no país estão as acácias (Acacia spp.), o chorão-das-praias (carpobtrotus edulis) que invade as dunas; e as háquias (hakea spp) que ao formarem bosques densos reduzem a disponibilidade de água e aumentam o risco de incêndio.
Guia de Aves mais completo da Europa Já chegou às livrarias a 2ª edição do «Guia de Aves». Este é já considerado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves como «o melhor guia de campo para a observação e identificação de aves em Portugal e na Europa». Esta 2ª edição tem 448 páginas com um formato de livro de bolso (13,5 x 19,4 cm), e contem 3500 ilustrações sobre todas as plumagens representativas de cada espécie. O guia apresenta todas as espécies de aves que nidificam ou que aparecem regularmente na Europa, Norte de África e numa grande parte do Médio Oriente. Os textos originais são da responsabilidade de Lars Svensson. As ilustrações são de Killiam Mullarnev e de Dan Zetterztröm . O texto foca aspetos do habitat, área geográfica e descrição de cada espécie e inclui mapas de distribuição para as espécies de Portugal e da Europa.
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DESENVOLVI ME N TO Um ano depois das portagens na A22
Automobilistas cortam simbolicamente a EN 125 Foi exatamente um ano após a introdução das portagens na A22, que a Comissão de Utentes da Via do Infante assinalou no dia 8 de Dezembro, uma ação protesto pela suspensão da cobrança. Cerca de uma centena de automobilistas cortou a EN 125 durante breves minutos.
A22 foi a autoestrada nacional que perdeu mais tráfego; cerca de 50% A Comissão de Utentes da Via do gens na Via do Infante que durou Infante (CUVI) levou a cabo mais aproximadamente duas horas e uma ação de luta, a 12ª marcha, marcou o primeiro ano sobre o início contra a via portajada no Algarve. de pagamento de portagens. No dia 8 de Dezembro, feriado, Os automobilistas circularam a cerca de uma centena de automo- cerca de 20 km/hora liderados por bilistas conseguiram cortar a EN 125 um reboque com um carro sinisdurante cerca de cinco minutos, em trado. A coluna de carros parou por mais um protesto contra as porta- duas vezes para colocar memoriais
a vítimas de acidentes mortais ocorridos durante o período de um ano na EN125, acidentes que a CUVI garante terem aumentado muito desde a introdução das portagens. A Comissão atesta que os protestos vão continuar até que as portagens sejam retiradas da A22. O movimento considera que a suspensão das obras de requalificação da via alternativa, a EN125, e a anulação da construção das variantes de Lagos, Olhão, Tavira, São Brás de Alportel e Faro são situações que agravam o problema da mobilidade e da dinâmica económica regional. A comissão alertou ainda para os prejuízos provocados na região e assegura que o movimento na A22 decresceu para metade.
Via do Infante rendeu 19 milhões de euros de portagens Foi através de comunicado que a Estradas de Portugal (EP) garantiu que as portagens na A22 renderam à empresa 19 milhões de euros, entre Janeiro e Novembro de 2012. Esta foi também a antiga SCUT que mais tráfego perdeu, nos primeiros nove meses do ano com uma quebra de 49%, em relação ao mesmo período de 2011, ou seja, antes da introdução de portagens (8 de Dezembro de 2011). Face ao decréscimo de utilizações a EP considera que 7% da quebra verificada corresponde à «descida conjuntural e não ao efeito de aplicação de portagens». A destacar que os dados divulgados pela EP referem-se apenas aos montantes arrecadados em portagens pagas pelos utilizadores das autoestradas, não adiantando qual o montante dessa verba que é pago às concessionárias. Na marcha os insultos eram sobretudos dirigidos ao Primeiro-ministro, Passos Coelho e ao Presidente da República. A marcha
Programa Formação Algarve inicia 2ª fase
«Frusoal» de VRSA também aposta na formação profissional Trabalhadores de uma das maiores empresas de citrinos do Algarve já estão a receber formação. Nutrição, higiene e segurança alimentar e gestão da qualidade são algumas das áreas. A formação profissional prolonga-se até Maio de 2013. Foi no concelho vizinho de Tavira, no dia 5 de Dezembro, que arrancou a segunda fase do programa Formação Algarve com a primeira das ações de formação. São 21 formandos, trabalhadores de duas empresas ligadas ao setor comercial frutícola: a «Frusoal» de Vila Nova de Cacela, em VRSA e a «Tavifruta» de Tavira. Recorde-se que a primeira fase do programa destinou-se à apresentação de candidaturas e que encerrou a 16 de Novembro, já com dilatação do prazo inicial estipulado. O arranque da 1ª ação de formação foi assinalado com a visita do Delegado Regional do IEFP IP - Carlos Baía e do Diretor Comercial da Frusoal - Pedro Madeira. A importância da qualificação profissional dos trabalhadores foi um dos pontos, garantindo uma cadeia de riqueza que começa na qualificação profissional – competitividade – mais e melhores postos de trabalho. Esta segunda fase prolonga-se até Maio de 2013 na qual os funcionários abrangidos vão receber formação profissional, estando prevista a realização de cerca de 20 ações de formação em toda a região para mais de 300 formandos. As ações serão operacionalizadas pelos Centros de Emprego e Formação Profissional do Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., pela rede de Escolas de
Hotelaria e Turismo do Instituto do Turismo de Portugal, I.P., bem como por outras entidades formadoras acreditadas.
Programa quer combater a sazonalidade Ao longo das 350 horas de formação modular certificada que irão frequentar, os trabalhadores da «Frusoal» e da «Tavifruta» vão adquirir conhecimentos e melhorar competências em áreas pertinentes para as atividades que desenvolvem [sistemas de encomenda, layout, gestão e controlo de stocks, a gestão da qualidade, os princípios da nutrição e higiene e segurança alimentar]. O programa Formação Algarve, lançado em Setembro de 2012, destina-se exclusivamente às empresas do Algarve e visa combater a sazonalidade do emprego na região, resultante da forte dependência económica do turismo. Procura reforçar a competitividade e a produtividade dos setores mais afetados através da realização de formação profissional para os trabalhadores, durante a época baixa. As empresas podem ainda beneficiar de apoios financeiros entre 50% ou 70% da retribuição base mensal bruta de cada trabalhador abrangido.
FRUSOAL A Frusoal iniciou atividade em 1990, tendo então 24 sócios. De início a produção abrangia citrinos, vinha e produtos hortofrutícolas. Durante os anos seguintes a empresa adaptou-se ao mercado e com o aumento do número de associados e produtores (atualmente, mais de uma centena), foi feita igualmente uma aposta na especialização da produção. Atualmente culturas como o figo ou a ameixa ainda estão presentes (embora com uma expressão residual), sendo que 99% da produção da Frusoal se concentra nos citrinos. Os principais clientes atuam na área de distribuição grossista e no setor das grandes superfícies em Portugal, Espanha, França, Polónia, Ucrânia, República Checa e Itália.
Frusoal e Tavifruta aderiram ao programa Formação Algarve. 21 Funcionários encontram-se em formação até Maio de 2013
foi até Boliqueime, terra natal de Cavaco Silva a quem o movimento apelidou de «um dos carrascos do Algarve».
Portugueses gastam menos… Com as festividades encerradas é hora de fazer contas ao que se gastou. Segundo a SIBS, entidade que gere o multibanco, as compras feitas com cartão caíram 10,7% entre 26 de Novembro e 9 de Dezembro, face ao período homólogo de 2011. Este decréscimo significa que durante esse período os portugueses gastaram menos 169 milhões de euros. Não obstante, no espaço de duas semanas que antecedeu o Natal, os portugueses efetuaram 17 milhões de levantamentos no valor de 1.096 milhões de euros, portanto menos 5,3% do que em 2011. Também o valor médio diário de cada levantamento foi mais reduzido; em 2011 levantavam 69 euros, em 2012 é de 65 euros. Já o valor médio de compras em lojas registou uma leve subida, passando dos 40 euros de 2011 para 41 euros em 2012.
Compras feitas com cartão caíram 10,7% face a 2011
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D ESEN VO LVIMEN TO Taxa Turística: discussão continua
Turismo do Algarve acredita que a taxa não avança No mês de Novembro a AMAL fez pública a proposta de implementação de uma taxa turística sob as dormidas na região. Municípios querem, associações hoteleiras repudiam. Turismo do Algarve não acredita que a taxa avance. A ideia dos municípios é criar uma taxa turística que incida sobre as dormidas nos estabelecimentos hoteleiros da região. A ideia, até à data, continua a ser analisada, tal como o JBG deu conta na sua última edição. Para já o que se sabe é que os municípios defendem a taxa, argumentando que a mesma teria como base a situação económica que se agrava cada vez mais na região. “Os presidentes de câmara, preocupados com o agravamento da situação económica e social, entendem que os instrumentos de apoio são insuficientes, pelo que analisaram a possibilidade dos municípios virem a adotar uma taxa sobre as dormidas turísticas, que reverteria para fins sociais e de apoio à população mais carenciada”, lê-se no primeiro comunicado enviado à redação do JBG. O coro de protestos, nomeadamente das associações hoteleiras, turísticas e empresariais, repudiam
Competitividade do destino pode estar em causa
Algarve com mais dois «óscares» mundiais de turismo
Conrad Algarve recebeu o título de «melhor novo resort» Portugal conquistou no dia 13 de Dezembro três World Travel Awards, considerados os «Óscares» do turismo mundial. A TAP e dois hotéis de luxo algarvios, Vila Joya e Conrad Algarve, foram distinguidos numa cerimónia que decorreu na Índia, em Nova Deli. A gala juntou profissionais de várias áreas do turismo e um pouco por todo o globo. O hotel Vila Joya, em Albufeira, arrecadou novamente o prémio de «melhor resort boutique» do mundo (galardão que ganha consecutivamente desde 2006). Já o Conrad Algarve, inaugurado em Setembro de 2012, recebeu o título de «melhor novo resort». Quanto à TAP, empresa em vias de privatização, conquistou o prémio de melhor companhia aérea de ligações para a América do Sul; um galardão que atesta a posição da transportadora
portuguesa como uma das melhores do mundo. Portugal contou com um total de 15 nomeados a concurso, entre unidades hoteleiras e pontos turísticos, todas candidatas a prémios por elevarem o nome do turismo luso ao mais alto nível. O Algarve disputou ainda o título de «Melhor Destino de Praia do Mundo» que perdeu para as ilhas Turks & Caicos. De recordar que em Outubro de 2012 o Conrad Algarve acolheu a gala regional dedicada à europa, sendo que a revista Publituris foi o media partner exclusivo dos WTA em Portugal. Esta foi a 19ª edição dos World Travel Awards, evento que distingue o que de melhor se faz no setor do turismo. A votação que dita a escolha dos vencedores é efetuada por agentes de viagens de todo o mundo.
da
Europa»
e ameaçaram até com medidas judiciais.
A taxa turística continua em análise, mas o Turismo do Algarve já fez saber que não acredita que a taxa siga em frente, frisando até que há municípios que não concordam com a ideia. “Não houve nenhuma concertação; há municípios que não estão interessados e existem outras formas de financiamento das autarquias. É um processo que, no meu entender, nem vale a pena especular, porque não vai acontecer”, diz Desidério Silva, o novo presidente da Entidade Regional do Turismo do Algarve e antigo edil de Albufeira, à revista Publituris. Avança ainda que no contexto atual a medida não tem condições para ser posta em prática. “É bom que não aconteça,
«Perto
O teu primeiro emprego EURES»: Comissão lança projeto piloto para ajudar os jovens a encontrar emprego Taxa turística continua a somar críticas na região por diversas razões, como a imagem ria para apoiar a população mais do destino, a questão psicológica de carenciada. Por outro lado, e na quem nos visita e da competitivi- visão dos empresários da região, dade. Não me parece que nesta fase a taxa serviria para compensar isso possa avançar”, frisou. a drástica diminuição de verbas Com a implementação desta taxa no Orçamento do Estado para os os municípios poderiam arreca- municípios. dar cerca de 15 milhões de euros A taxa não é consensual e contipor ano, montante que de acordo nua a disparar críticas dos vários com a proposta da AMAL servi- quadrantes.
Novo modelo de promoção do Algarve
Aposta é nos recursos existentes e na criatividade O tempo não corre de feição e os gastos atualmente têm que se cingir ao importante. E assim funciona também o novo modelo de promoção externa do país. A aposta é na criatividade, recursos disponíveis e no online. O plano foi debatido no dia 13 de Dezembro em reunião com o Turismo de Portugal onde foi apresentado o novo modelo de promoção externa do país para 2013. O encontro serviu para negociar a estratégia de marketing da Associação Turismo do Algarve (ATA) para 2013. Foi ainda estabelecida uma metodologia para «auscultação periódica» entre as partes, para que o Algarve possa ser ouvido sobre as ações previstas para a região, confirma a Associação de Turismo do Algarve (ATA). “Este encontro de trabalho emitiu um sinal claro de proximidade entre o Turismo de Portugal, entidade que
centraliza a promoção do país, e os parceiros regionais representados pela ATA. Acima de tudo saiu daqui reforçada a necessidade de intervenção do Algarve, em tempo útil, no processo de definição das estratégias para a região no plano do Turismo de Portugal” sublinha Desidério Silva, acrescentando que as ações para 2013 vão ser «inovadoras» e privilegiam os canais online. Sobre as medidas assentes o responsável reitera a “aposta na criatividade e na boa utilização dos recursos disponíveis, aspetos fundamentais para a diferenciação do destino”. A salientar que esta reunião surgiu no âmbito de uma auscultação do turismo de Portugal pelas entidades e associações regionais de promoção turística para harmonizar a atuação de divulgação do país no estrangeiro e no mercado nacional.
A Comissão Europeia acaba de lançar um projeto-piloto para ajudar os jovens a encontrar emprego noutro país da UE. Na sua fase inicial, a iniciativa «O teu primeiro emprego EURES» visa melhorar a mobilidade transfronteiras para 5 mil jovens. Servirá também para testar a transformação da rede EURES - que reúne os serviços de emprego dos Estados-Membros – em serviço pan-europeu de emprego. Conforme foi anunciado em abril de 2012 no Pacote Emprego, a Comissão pretende melhorar o funcionamento da rede EURES, a fim de conferir maior transparência ao mercado laboral europeu e orientar para as ofertas disponíveis as pessoas que procuram trabalho e as que pretendem mudar de emprego. Facultará também um acesso facilitado e em tempo real às ofertas de emprego na UE, ao mesmo tempo que disponibilizará aos empregadores listas de candidatos com as competências adequadas.
O Comissário Europeu responsável pelo Emprego, os Assuntos Sociais e a Inclusão, László Andor , afirmou: «O projeto-piloto «O teu primeiro emprego EURES» marca o primeiro passo na criação de um serviço de colocações mais personalizado que assista as pessoas na tarefa de encontrar emprego noutros países europeus. A solução para a crise de desemprego na Europa pode passar por ajudar as pessoas com as qualificações pertinentes a encontrar emprego noutros países que delas precisem.
Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve
Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt
www.ccdr-alg.pt/europedirect
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CULTURA
Igreja Matriz de Alcoutim encheu para receber o «Coral Polifónica Polinnia de Ayamonte» A Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS) organizou pelo 4º ano consecutivo o Concerto de Natal na Igreja Matriz de Alcoutim. O grupo convidado foi o «Coral Polifónica Polinnia de Ayamonte», um grupo coral que nasceu em Ayamonte em Janeiro de 2000 e que tem um largo repertório musical. A atuação em Alcoutim incluiu interpretações como «El Nacimiento», «Liberdad Espiritual Negro», «Soy yo Señor», «Alegria – Villancico popular de Puerto Rico», «Ya viene la vieja». Segundo a Direção da ATAS, este concerto ultrapassou todas as expetativas pela beleza e pela surpresa de cada interpretação, incluindo também instrumentos musicais. Trata-se de um Grupo Coral que saiu do convencional. Algumas dessas interpretações foram colocadas no Facebook da ATAS para que quem não teve a oportunidade de estar presente possa ver e quem viu
Coral ayamontino celebrou o Natal com música em Alcoutim possa rever. Ultrapassou também as No final do Concerto, no adro da expetativas pelo facto de a Igreja ter Igreja, houve Caldo Verde e Tapas ficado completamente cheia. para todos, desde intérpretes, acom-
AGENDA Alcoutim Noite de Reis 05 Janeiro, 20h Sanlúcar de Guadiana Org: Ay.Sanlúcar e CM Alcoutim
«Charolas Ossónoba» (Associação Cultural e Recreativa de Estoi) 12 Janeiro Locais: - Alcoutim (Centro de Dia,13h30) -Martinlongo (Centro Paroquial, 15h30) -Vaqueiros (Clube Desportivo, 17h) -Martinlongo (Café Gonçalves,18h) -Giões (Restaurante O Poço Novo,19h)
Mercado de Vaqueiros 14 Janeiro, 09h
Mercado do Pereiro 27 Janeiro, 09h Exposição «Desenhos de Carlos Luz» De 01 a 31 de Janeiro Casa dos Condes
Castro Marim Casa do Natal (Com Presépio e Pais Natais) Até 6 Janeiro (Junto à JF Castro Marim)
Curso Fotografia de Natureza 8 Janeiro até 2 Março Baixo Guadiana Organização: -Associação Odiana -Associação «1/4 Escuro» Informações: geral@odiana.pt 281 531 171
Exposição Fotográfica «Caminhos da Fé» Mês Janeiro Igreja do Castelo
«Conta lá!» Terças e Quintas-feiras, 11h - Pré-escolar: «O coelho Branquinho e a formiga Rabiga» de Alice Vieira - 1º ciclo: «Se houvesse limão? de Alice Vieira
Bosque do Pai Natal Até 6 de Janeiro Parque de Merendas de Monte Gordo
VRSA
Mercado Bimensal de Vila Real de Santo António 6 de Janeiro, 09h às 17h Avenida da República
Toque de Luz» – Escultura e composição em madeira Arquivo Histórico Municipal Até 25 de Janeiro
Presépio Gigante de Vila Real de Santo António De Augusto Rosa e Teresa Marques Até 6 Janeiro 2013 Centro Cultural António Aleixo
Exposição de tampos de latas de conserva da coleção de José Alexandre Pires Até 31 de Janeiro Biblioteca Municipal Vicente Campinas
Visionamento da apresentação «Recordar faz viver» O percurso de vida de José Alexandre Pires e a indústria conserveira pelo mundo 3 Janeiro, 17h30 Biblioteca Municipal Vicente Campinas
Aldeia de Natal Casa do Pai Natal, ateliês, música, dança Até 6 Janeiro Praça Marquês de Pombal Clube de leitura «Livros mexidos» Tema: «África» Conversas sobre os autores que aí nasceram ou que sobre ela escreveram. 17 Janeiro, 18h Biblioteca Municipal
panhantes e público em geral. Foi um momento de convívio com cerca de 120 pessoas (portugueses, espa-
nhóis e outros estrangeiros a residir no rio e alguns a residir no concelho de Castro Marim).
POR CÁ ACONTECE
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C ULTUR A COLUNA CULTURAL
No Mercadinho de Cacela Velha
Os Fenícios no Algarve Desde a longínqua Proto-história que o território algarvio recebeu povos oriundos do Mediterrâneo oriental, sendo os fenícios pioneiros nas viagens que os trouxeram aos confins do mundo conhecido de então. Mas quem eram estes fenícios? Em que regiões do Algarve se estabeleceram? E qual o seu legado cultural? Os fenícios foram um povo que ocupou o antigo território de Canaã, que corresponde grosso modo ao actual território do Líbano, por volta de 1200 a. C. Fundaram várias CidadesEstado, nomeadamente Biblos, Sídon e Tiro, onde o comércio era a actividade principal. A sua expansão foi desencadeada devido ao declínio das potências continentais da região e também ao desaparecimento da marinha de Creta e de Micenas, potências navais do II milénio a.C. do Mediterrâneo oriental. Até ao séc. V a. C., quando os gregos começaram a cruzar os mares e a fundar colónias e entrepostos, os fenícios dominaram o comércio mediterrânico, não tendo concorrência durante mais de trezentos anos. A grande riqueza mineira da Península Ibérica, da qual faz parte o Algarve, atraiu desde cedo a atenção deste povo. A razão inicial da sua presença no ocidente está certamente relacionada com a procura de metais como cobre, prata, estanho e ouro, não se limitando exclusivamente a esta actividade, como também ao desenvolvimento de feitorias e à riquíssima indústria da salga de peixe. De acordo com os autores greco-latinos como Veleio Patérculo, Estrabão, Diodoro ou Plínio, a fundação das primeiras colónias fenícias no Ocidente deu-se por volta de 1100 a. C., porém, esta informação levanta muitas dúvidas ao nível do registo arqueológico, pois as cronologias determinadas para os materiais arqueológicos raramente antecedem o séc. VIII a. C. No contexto algarvio temos conhecimento de assentamentos fenícios em Castro Marim e no Cerro da Rocha Branca, em Silves. Contudo, é provável que também Tavira ou Faro tenham recebido estabelecimentos fenícios, pois tanto as condições geomorfológicas (localizações em promontórios próximos de estuários de rios), como os topónimos latinos de Balsa e Ossonoba poderão ter origem fenícia. Estes estabelecimentos localizados nos estuários de rios como o Guadiana, o Gilão ou o Arade, constituíram uma rede de navegação de cabotagem, através da qual se podiam estabelecer relações comerciais com as populações locais. De resto, estas bases de assentamento poderiam assumir diferentes formas, como colónias, feitorias ou entrepostos comerciais, sendo estes resultado dos interesses quer dos mercadores, quer das estruturas do poder indígena. Do ponto de vista cultural, os fenícios foram os responsáveis pela implementação das primeiras formas de escrita, sendo a denominada escrita do sudoeste, encontrada no Algarve e Baixo Alentejo, a adaptação do alfabeto de origem fenícia à realidade fonética das populações autóctones de então. No entanto, também aqui devemos referir a introdução de novas técnicas de exploração de minas e de novas formas de explorar os recursos marinhos, assim como a introdução da roda de oleiro para o fabrico de cerâmicas, ou a introdução da produção do vinho e do azeite, produtos que assumiriam grande importância nas comunidades do Mediterrâneo da Antiguidade.
Fernando Pessanha Formador de História do Algarve * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
Olaria fez sucesso Cacela Velha recebeu mais um «Mercadinho de Natal» no dia 16 de Dezembro. Produtores, colecionistas e amantes de velharias e antiguidades marcaram presença. Com muitos artesãos, das mais variadas áreas, foi na olaria que se juntaram mais pessoas. O mercadinho natalício voltou à histórica aldeia de Cacela Velha sob a chancela da ADRIP - Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural e Cultural de Cacela e o CIIPC - Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/ CMVRSA. O certame aconteceu num Domingo com clima ameno, mas pouco solarengo. Ao final da manhã eram muitos os carros que congestionavam a pequena aldeia com estacionamentos improvisados em todos os cantos para visitar o mercado artesanal. Nas ruas encontrou-se artesanato tradicional com a cestaria latoaria, olaria, empreita, cortiça, trapologia, cerâmica; produtos alimentares como o mel, pão caseiro, bolos, filhós, empanadilhas, licores e aguardentes, vinhos algarvios, compotas, fruta e legumes, chocolates e trufas, frutos secos, sal e flor de sal; bijuteria com pedras, sementes e outros materiais; sabonetes e cremes naturais; brinquedos de madeira; flores, árvores de Natal naturais e ervas aromáticas; livros; e ainda um espaço destinado às velharias, antiguidades e colecionismo. Nove dezenas de artesãos pontuaram pela assiduidade e a animação também não foi esquecida. O dia foi pautado por momentos musicais, de danças do mundo com «Mare», coreografias de repertório natalício pelo projecto «Escolhas» e a «Gente pequena». E ainda o atelier experimental de uso de lãs tingidas com plantas. No que diz respeito às vendas os artesãos
LIVROS
por Carlos Brito
António Borges Coelho
LARGADA DAS NAUS
O moldar do barro suscitou o interesse de turistas estrangeiros e dos mais novos não saíram dececionados. Uns venderam mais, outros menos, mas vendeu-se. Os espaços de doçaria foram os que mais depressa viram o stock ter que ser reposto.
Olaria encantou os mais novos Era perto do espaço da «Olaria Algarvia» que os mais novos marcaram passo. Enquanto Francisco Eugénio, proprietário e artesão da Olaria moldou o barro não houve ninguém que partisse à descoberta de outros itens. Todos queriam ver e ficavam encantados como de as mãos de alguém o barro se moldava para dar origem aos mais diversos artigos. A salientar que é face a esta forte atratividade que a «Olaria» realiza workshops para crianças e recebe inúmeras visitas escolares e de turismo no seu atelier em Olhão. A novidade ainda reside noutro aspeto, é que a olaria tem uma oficina móvel.Também os turistas, sobretudo os estrangeiros, mostraram-se encantados com as peças únicas que dali resultaram Saiba mais em: www.olarialgarvia.com
Banda Musical Castromarinense trouxe música ao Natal
Igreja Matriz de Castro Marim recebeu repertório musical filarmónico Na tradição da grande música de Natal, a Banda Musical Castromarinense realizou no dia 15 de Dezembro um Concerto de Natal, na Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, em Castro Marim. O concerto foi dirigido pelo maestro Bruno Correia com um repertório exclusivamente natalício. A primeira parte foi integralmente preenchida com a atuação da Escola de Música da Banda Musical Castromarinense, onde os jovens músicos celebraram a magia e os sons enternecedores do tempo de advento. Na segunda parte do concerto os músicos da filarmónica tocaram temas clássicos do Natal, como «White Christmas» de Irving Berlin, «Merry Christmas», de Willy Haustvast, ou «Happy Christmas», de John Lennon e Yoko Ono.
Com o título em epígrafe foi publicado, no princípio do ano, o terceiro volume da História de Portugal de António Borges Coelho. Inicia-se com a conquista de Ceuta e termina com a entrada no Tejo da nau de Vasco da Gama de regresso da primeira viagem à Índia. É um livro focado sobre um dos períodos mais extraordinários da história de Portugal. O autor imprime uma grande vivacidade à narração dos feitos excepcionais dos portugueses de então e ao juízo sereno que emite sobre eles, usando quase sempre os testemunhos dos que viveram ou tiveram notícia próxima do que se passou. Não foram, é claro, tempos exclusivamente de glória, foram-no também de baixeza e tragédia, como em Alfarrobeira ou nas sucessivas conspirações da alta nobreza contra D. João II e na implacável resposta deste; de drama, como o desastre da Tânger; de inaudita crueldade, como caça aos escravos na costa africana. Mas é também a história onde não estão só as grandes figuras – os reis, os nobres, os heróis - os pequenos também assomam nas grandes janelas que o autor lhes abre e, assim sabemos não só da sua condição, mas também da sua influência no que aconteceu, em certas ocasiões decisiva. O título do volume – Largada das Naus - é ele próprio um impulso à leitura, pois dá-nos a impressão que estamos em cimo do cais, observamos os preparativos, assistimos à partida e vamos também na viagem. Com a sede de conhecer dos navegadores portugueses de quinhentos, galgamos as páginas como eles galgaram a imensidão do «mar tenebroso» e em pouco mais de meio século devassaram a costa ocidental da África desde o Bojador ao Adamastor. Mas o objectivo era a Índia. Lá chegou a armada de Vasco da Gama, a 20 de Maio de 1498, cerca de 10 anos depois de Bartolomeu Dias ter dobrado o Cabo da Boa Esperança. Perguntados sobre o que iam fazer, teriam respondido: «Viemos buscar cristãos e especiarias.» Tinham partido de Lisboa 148 homens, regressaram ao Tejo, apenas 55, cerca de um terço. Mas o negócio das especiarias vai dar lucros de 5, 20 e até de cinquenta vezes. «A abertura dos mares – diz António Borges Coelho – tornava a Terra finita, revelava novos povos, novas plantas, novos animais, novos climas. O comércio desigual e o saque iriam proporcionar a trasfega de riqueza à escala planetária. As mercadorias chegariam aos portos europeus através de Lisboa, a grande metrópole sonora e multicolor.»
* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
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PAT RIMÓN I O A empreita de palma: do uso na agricultura ao aproveitamento no quotidiano
Rubrica de pATRIMÓNIO
geralmente começam ainda jovens. Aproveitavam os serões de inverno, quando não havia trabalho no campo, para ajudar as mães a entrançar as fitas de
A empreita de palma é uma das principais formas de artesanato do Baixo Guadiana e ficou com este nome por ser um trabalho com preço ajustado à empreitada. Anteriormente tinha bastante peso no orçamento de muitas famílias, mas hoje em dia, apesar de ser um tipo de artesanato bastante representativo da região, já não tem a importância de outrora. A empreita emergiu das necessidades ligadas ao trabalho rural, onde era necessário ter recipientes para embalar e transportar os produtos agrícolas. Este ofício é tradicionalmente realizado por mulheres, que
Iria da serra ao mar a tal baracinha que ela teceu, desde moça a velha, nas pausas do moirejar, entre o sacho e a panela, entre o ribeiro e a ovelha. Leonel Neves
empreita a partir das folhas secas da palmeira anã. Esta espécie de palmeira, abundante na serra algarvia, passou também a ser importada do sul de Espanha, para a realização dos trabalhos mais delicados. Depois de lavada e seca ao sol, ripa-se, para fazer tiras mais finas. Depois, molha-se para ser mais fácil trabalhar. Em alguns casos, é tingida, para produzir efeitos artísticos nos objetos. Posteriormente, com a ajuda de uma agulha de cobre, a empreita é cozida com
a baracinha, que é um fino cordão feito com palma enrolada. Ontem como hoje, é entrelaçada nos mais diversos feitios, criando alcofas para embalar produtos agrícolas; esteiras para guardar e secar figos; gorpelhas para os burros que carregavam azeitona, amêndoa ou alfarroba; vassouros para caiar e varrer a casa; ou capacheiras para no seu interior se peneirar a farinha para o pão. Primitivamente era utilizada para os bens essenciais à vida no campo, mas, mais tarde, foi também utilizada no fabrico de objetos do quotidiano, como capachos, chapéus, abanicos, fruteiras e até revestimentos para garrafas de vidro. Em Castro Marim, as alcofas de empreita, entretanto substituídas por caixas ou sacos de plástico, eram ainda utilizadas para depositar o sal extraído nas salinas. Pedro Pires Técnico de Património Cultural. Centro de Estudos de Património e História do Algarve da Universidade do Algarve CEPHA/UAlg
A Dislexia caracteriza-se por uma dificuldade na aprendizagem e automatização das competências de leitura e escrita, em crianças inteligentes, sendo a sua origem neurológica. Encontram-se identificadas as regiões cerebrais responsáveis pelas alterações psicolinguísticas observadas nas crianças com dislexia. Essas regiões localizam-se no hemisfério esquerdo do cérebro e apresentam uma menor activação das áreas cerebrais responsáveis pela descodificação fonológica, leitura e escrita. As crianças com dislexia revelam muitas dificuldades em adquirir e desenvolver o mecanismo da leitura e da escrita, com diversas incorrecções, erros e trocas de letras e sílabas, e dificuldade na compreensão da informação lida. A sua escrita surge com muitos erros ortográficos, as frases e os textos que escreve são confusos em termos de conteúdo, com pouca riqueza no vocabulário, podendo a qualidade da sua letra ser igualmente má e irregular. Apesar destas dificuldades, as crianças disléxicas apresentam uma capacidade intelectual normal ou superior à média, podendo evidenciar capacidades acima da média em áreas que não dependam directamente da leitura e escrita (arte, desporto, música, etc.). Os primeiros sinais: •Começou a falar mais tarde ou apresentou problemas de linguagem durante o seu desenvolvimento. •Na leitura troca letras ou inventa palavras ao ler um texto. •A sua leitura é bastante lenta, silábica, esforçada e inadequada para a idade. •Não gosta de ler e escrever, distraindo-se com muita facilidade.
Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia doze de Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia onze de Dezembro de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas trinta a folhas trinta e um verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Alfredo Rodrigues Guerreiro e mulher, Maria da Encarnação Mestre Guerreiro, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ele natural da freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, residentes no lugar de Cortelha, na referida freguesia de Azinhal, contribuintes fiscais números 102 066 965 e 140 342 648. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano destinado a habitação, sito na Cortelha, na dita freguesia de Azinhal, composto por um edifício térreo com vários compartimentos e logradouro, com a área total de duzentos e setenta e quatro metros quadrados, dos quais noventa e oito vírgula cinquenta são de área coberta, a confrontar a Norte com caminho e herdeiros de José Domingos, a Sul com herdeiros de Felisberto Rodrigues e herdeiros de Américo Rodrigues Fernandes, a Nascente com herdeiros de Américo Rodrigues Fernandes e a Poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 506, com o valor patrimonial tributável e atribuído de quatro mil cento e oitenta euros. Que o referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgantes, já no estado de casados, por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e sessenta e cinco, feita com os demais interessados, por óbito dos pais do primeiro outorgante marido, Felisberto Rodrigues e Maria Isabel, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no já referido lugar de Cortelha, na dita freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 11 de Dezembro de 2012. A Colaboradora, (Joana Isabel da Silva de Gouveia e Sousa) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/4, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 16.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)
A Dislexia •Os resultados escolares não são condizentes com a sua capacidade intelectual, ocorrendo uma grande oscilação do rendimento escolar ao longo dos dias, etc. As principais dificuldades: •Leitura silábica, hesitante, com bastantes erros e incorrecções. •Confusão e trocas de letras ou sílabas com diferenças subtis de som ou de grafia (o-u; p-t; b-v; s-ss-ç; s-z; f-t; m-n; f-v; g-j; ch-x; x-z-j; nh-lh-ch; ão-am; ão-ou; ou-on). •Omite ou adiciona letras e sílabas durante a leitura (famosa-fama; casaco-casa; livro-livo; batata-bata; biblioteca/bioteca). •Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras (ai-ia; par-pra; sal-las; ra-ar) •Velocidade de leitura bastante lenta para a idade e para o nível escolar. •Dificuldades na compreensão de textos lidos. •Escrita com muitos erros ortográficos. •Dificuldades em exprimir as ideias e pensamentos na forma escrita, défices na construção frásica e na organização das ideias no texto. •A qualidade da grafia poderá ser deficitária: letra rasurada, disforme e irregular, tornando os seus textos escritos quase ilegíveis, etc. Repercussões da Dislexia As repercussões da dislexia são muitas vezes consideráveis, quer ao nível do sucesso escolar, quer ao nível do comportamento da criança e as reacções mais características são: •Reduzida motivação e empenho pelas actividades que implicam a mobilização das competências de leitura e escrita, o que por sua vez aumenta as suas dificuldades de aprendizagem. •Sintomatologia ansiosa perante
CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO
situações de avaliação ou actividades que impliquem a utilização da leitura e escrita. •Sentimento de tristeza e de autoculpabilização. •Reduzida auto-estima e autoconceito académico. •Sentimento de insegurança e de vergonha como resultado do seu sucessivo fracasso. •Sentimento de incapacidade, de inferioridade e de frustração por não conseguir superar as suas dificuldades e por ser comparado com os demais. •Problemas comportamentais caracterizados por comportamentos de oposição e desobediência, hiperactividade, défice atencional, etc. •Outras problemáticas poderão estar presentes como seja a enurese nocturna, perturbação do sono, sintomas psicossomáticos, etc. Caso identifique algumas destas dificuldades no seu filho é importante recorrer a uma avaliação para despiste de uma eventual dislexia, uma vez que quanto mais cedo ela for detectada mais fácil será a sua reeducação, permitindo minimizar grande parte das suas consequências futuras. www.neip-vrsa.blogspot.com www.facebook.com/NEIP.VRSA
ou psivrsa@gmail.com
Conta registada sob o n.º 20/12 Factura / Recibo n.º 3266 Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Janeiro de 2013
CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte de Dezembro de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas cinquenta e três a folhas cinquenta e cinco do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e dois - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Filipe António Herminio de Celorico Drago e mulher, Maria Luísa Guerreiro Cristo de Celorico Drago, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, residentes na Rua Francisco Gomes, n.º 37, 2º esquerdo, em Vila Real de Santo António, contribuintes fiscais números 145 373 576 e 145 374 297. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, ambos não descritos na Conservatória do Registo Predial: a) Prédio rústico sito na Torre dos Frades, na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, composto por cultura arvense, oliveiras, sobreiros e pomar de citrinos, com a área de trezentos e três mil quinhentos e noventa metros quadrados, a confrontar a norte e sul com via pública, a nascente com Vitalino Neto, e a poente com Herdeiros de Pedro Madeira e via pública, inscrito na matriz rústica sob o artigo 106, secção AA-AA1, com o valor patrimonial tributável de 732,46 euros; e b) Prédio rústico sito em Olhos, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por cultura arvense, salgados e vinha, com a área de cento e setenta e nove mil e cem metros quadrados, a confrontar a norte com Afonso Drago, a sul com Teresa Hermínia Drago e Filipe Drago, a nascente com caminho-de-ferro, e a poente com Herdeiros de Francisco Filipe Rocha da Silva e outros, inscrito na matriz rústica sob o artigo 44, secção BU, com o valor patrimonial tributável de 2.169,02 euros. Que atribuem aos prédios os respectivos valores patrimoniais tributáveis, calculados para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto de Selo, pelo que somam os mesmos o valor de dois mil novecentos e um euros e quarenta e oito cêntimos. Que os referidos prédios lhes pertencem, por os terem adquirido por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, já, portanto, no estado de casados, por óbito do pai do justificante marido, António Celorico Drago, casado que foi sob o regime da comunhão geral com Rita Hermínia, também já falecida, residentes que foram na Torre dos Frades, na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os primeiros outorgantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os primeiros outorgantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 20 de Dezembro de 2012. A Colaboradora,
NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira, Ana Sofia Gonçalves, Daniela Santos
(Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 56/12 Factura / Recibo n.º 3284 Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Janeiro de 2013
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SO C IEDAD E JBG em revista durante um ano
2012 à Lupa No começo do novo ano o JBG não quis deixar de referenciar algumas das notícias que pautaram os destaques e cabeçalhos do Jornal do Baixo Guadiana durante o ano de 2012. Fica aqui uma retrospetiva noticiosa do ano que já passou.
A
G
Autocarro social de Castro Marim encurta distância e mobilidade do interior para o litoral do concelho. População sénior é assídua. Alcoutim: Perante a crise o executivo alcoutenejo oferece almoços aos alunos do 2º e 3º ciclos das escolas do concelho. Algarve foi galardoado com os «óscares» do Turismo. A região foi eleita como «o melhor destino de praia europeu».
Guadiana: Desassoreamento do Rio foi anunciado. Obras devem começar em Abril de 2013.
B Baixo Guadiana tem sido promovido nas feiras de turismo nacionais e internacionais. Em 2013 a Alemanha recebe o Baixo Guadiana. BTT está em crescendo no Baixo Guadiana. Clubes e associações multiplicam-se com novas iniciativas.
H Hotel Guadiana foi classificado como Edifício de Interesse Municipal. Estatuto preserva um marco no património de VRSA. Historiador vilarealense publicou livro sobre a «Cidade Islâmica de Faro». Fernando Pessanha já pensa em novo sobre o Baixo Guadiana.
I IC 27: Governo deixou de fora do investimento a conclusão do IC 27 e a ponte Alcoutim-Sanlúcar. Incêndios: O verão ficou marcado
Kamov. Helicóptero do INEM saltitou da sua base em Loulé para Beja. Estado quis substituir por um Kamov que não preenchia os requisitos. Helicóptero do INEM já voltou ao Algarve.
L Lifecooler: O portal de turismo virtual registou mais de um milhão de visitantes online em busca do Baixo Guadiana. Laranjeiras: Cais da localidade de Alcoutim tem agora nova cara e prepara-se para receber turistas.
M Monte Gordo: Apesar das consequentes quebras turísticas da região a localidade do concelho vila-realense
O
Ouro: VRSA e Castro Marim viram distinguidas as suas praias pela QUERCUS com a «qualidade ouro». Orçamento de Estado para 2013 é «brutal». Famílias ficam sem margem de manobra.
P «Projeto Alcoutim»: o concelho nordestino está a preparar projeto inspirado no «Projeto Querença. Em 2013 arranca em pleno. Protesto: Quase um milhão de pessoas manifestaram-se no dia 15 de Setembro. O protesto contra a troika e a austeridade foi uma das maiores manifestações de sempre. PAEL: Nove municípios algarvios recorrem para saldar dívidas de curto
C Caravanismo está em voga. Foram inaugurados os Parques do Pereiro em Alcoutim e de Almada de Ouro em Castro Marim. Candidaturas PRODER crescem. Baixo Guadiana mantém uma das taxas mais saudáveis de execução para o desenvolvimento rural. Crise: É a palavra mais repetida no ano de 2012. Espera-se que para 2013 seja menos.
Regiões de Turismo do Algarve e Alentejo vão trabalhar juntas para promoção integrada. Reabilitação do centro histórico de VRSA segue marcha com a iniciativa europeia JESSICA.
S Splash – Companhia de dança vilarealense venceu festival de dança europeu. Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim arrancou com o apoio domiciliário ao fim de semana. Secundária de VRSA: Requalificação, após muitos condicionalismos, já está em marcha. Escola vai estar pronta em Abril de 2013.
T TDT entrou em funcionamento com muitos condicionalismos. TeaTroTeca, grupo de teatro escola de Castro Marim, venceu três prémios em Lisboa numa competição promovida pela Editorial Caminho. Taxa turística proposta pela AMAL a cobrar aos turistas pela dormida na região. Proposta não reúne consenso.
U Universidade do Tempo Livre (UTL) de Castro Marim continua no concelho. Já formou mais de 200 pessoas.
D
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«Dias Medievais» de Castro Marim cativaram 63 mil pessoas. O evento é de sucesso. Desporto: Complexo Desportivo de VRSA vai ter centro médico de reabilitação já em 2013.
VRSA valorizou a cavala. Docapesca e Escola de Hotelaria uniram-se para valorizar espécie em abundância e com preços em conta. VRSA e Ayamonte vão ser Eurocidade. Os dois países vão partilhar equipamentos e infraestruturas já a partir de 2013.
E
W
Euroregião. Algarve assumiu a presidência da região tripartida entre Algarve, Alentejo e Andaluzia. A Ecovia do Litoral foi concluída e percorre a costa algarvia. Sinalização é um dos aspetos a melhorar. Escola Professor Joaquim Moreira, em Martinlongo descerrou a placa de inauguração após 13 anos de abertura.
pelo incêndio de Tavira; ardeu mais de um terço do concelho.
F
J
Fundação Real Madrid abriu escola Sócio-Desportiva em Castro Marim e VRSA. Em 2013 já estão programadas mais aulas. Freguesias: Com a Lei de Extinção as freguesias de Alcoutim e Pereiro fundem-se. Forte de S. Sebastião em Castro Marim é monumento nacional e promete atrair turistas.
Jardim de Blain em Alcoutim ganha placa toponímica «Dr. João Lopes Dias» numa homenagem ao médico benemérito. Jovens europeus escolheram a vila de Alcoutim para realizar «um intercâmbio sob o tema «Educação para a Saúde».
Wi-fi: Duplicaram as zonas de internet gratuita em Altura e Castro Marim.
X
K
demonstra as mais altas ocupações no Algarve. Museologia: Aconteceu I Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus em Alcoutim.
prazo. Portagens: A22 continua a ser taxada e perdeu 50% do tráfego.
Xilografia: Liga dos Amigos da Galeria Manuel Cabanas mudou de espaço. Espólio do xilógrafo encontra-se no Arquivo Municipal de VRSA.
Q
Y
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Quartel da GNR de Alcoutim foi inaugurado. Autoridade já tem sede de qualidade. Quinta do Vale: resort turístico de golfe em Castro Marim apresentou pedido de insolvência. Administração garante a recuperação económica .
Yoga e Tai Chi: Aulas já convenceram crianças e idosos em Alcoutim.
Nelson Gonçalves, atleta do clube Pic Nic de VRSA alcança o 8.º lugar nos Jogos Paralímpicos de Londres. Nacional 125: Requalificação da estrada continua parada. Para 2013 obras retomam mas quatro variantes caem por terra.
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Z Zé Povinho sofre cada vez mais com a austeridade. Greves e manifestações marcaram 2012 e já novas estão agendadas para 2013.
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2013
PASSATEMPO S & L AZER
Autor: João Raimundo
Quadratim - n.º103
Jogo da Paciência n.º 109
Há Portugueses que estão a destruir Portugal. Greves, aumento de impostos, cortes nos salários e pensões (estes têm que ser devolvidos a quem ficou sem eles); fomentar a desertificação do País com a emigração e o desemprego; encerramento de centros de saúde, hospitais, maternidades, repartições de finanças, tribunais, juntas de freguesia; criação de taxas moderadoras; passear pelo mundo à custa dos sacrifícios do povo; não ao investimento e à manutenção de empregos e empresas, mas sim à falência total do País.
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“NOMES FEMININOS ”
Belmira Ana Márcia Sónia Sandra Joaquina
Se possível vá pelo caminho correto do Quadratim ao encontro de – FELIZ 2013. São os votos que desejo a todos os leitores e não só!
?
“Sei que a DECO desde o dia 23 de Novembro se encontra a recolher assinaturas para a controlo do mercado dos Combustíveis, como ficou essa questão?”
Maria Joana Susana Vânia Clara Catarina Josefa
linhas
para
a
alma...
Compre o «Nico» e ajude a GUADI! «Eu sou o Nico ...» é um livro para miúdos e graúdos, baseado numa história real de um cão que é salvo por uma voluntária da GUADI. O valor da venda do livro reverte na totalidade a favor da associação. Custa 10 Nicos e encontra-se à venda na Biblioteca Municipal de VRSA ou através dos contactos da GUADI!
Existem 10 maneiras de ficar mais inteligente?!... 1.Coma peixe: Os peixes oleosos são ricos em DHA, um ácido graxo Omega-3. É importante para as grávidas comer bastante peixe, pois o DHA é necessário para o desenvolvimento do cérebro do feto. 2.Beba chá: A cafeína do chá verde e preto dá energia ao corpo e à mente, mas atenção pois não é bom beber café e energéticos. Para um ganho cerebral excelente faça pausas regulares para beber chá. Doses pequenas durante o dia são melhores do que tomar uma única grande dose. 3.Sem stress: Stress não faz nada bem ao seu dia, humor e até mesmo ao teu cérebro, mas um leve nervosismo pode melhorar o desempenho cognitivo. Uma dica: controle a sua respiração quando ficar nervoso (a). 4.Leia, mas mais devagar: Leia mais, porém devagar para melhor compreender o texto e sua interpretação. A nossa retina e o tempo que a imagem leva para ir da mácula para o tálamo e em seguida ao córtex visual para processamento, limita os olhos para cerca de 500 palavras por minuto, em eficiência máxima. 5.Mantenha-se ativo: Pessoas com mais de 65 anos que andam cerca de 9 km por semana em passo moderado têm 27% menos hipóteses de desenvolver demência do que adultos sedentários. O exercício melhorara o fluxo sanguíneo no cérebro. 6.Pratique: Pratique mais testes de inteligência. 7.Durma: Uma breve sesta, mesmo que dure apenas seis minutos, deixa a pessoa com mais energia mental. 8.Jogue videojogos: A coordenação motora e a memória melhoram, no entanto, tudo o que é em excesso faz mal…. 9.Exercícios: Estudos mostram que estudantes que praticam exercícios aeróbicos regulares ajudam a construir matéria cinza e branca no cérebro de adultos mais velhos. 10.Descubra: Você pode-se tornar mais inteligente estudando mais, criando mais conexões entre os neurónios. Pratique!
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Luísa Isabel Cláudia Alice Vera Noémia Adélia
Soluções Jogo da Paciência - n.º108
umas
SABIA QUE
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A DECO INFORMA... Os consumidores responderam ao apelo da DECO, permitindo entregar o abaixo-assinado no Ministério da Economia, na Rua da Horta Seca, a 14 de Dezembro. Lançada a 23 de Novembro em www. igualaolitro.pt, esta ação contou com 42 268 assinaturas e defende a transparência total nos combustíveis. As assinaturas recolhidas em cerca de 15 dias são o resultado do sucesso desta operação. O envolvimento ativo dos consumidores reflecte a partilha desta causa e a exigência para mudar a situação. Testámos gasóleo low-cost, regular e premium e o resultado é igual ao litro. Na hora de atestar, use o mais barato. Todas as alegações das companhias devem ser comprovadas. Só assim o consumidor pode saber o que compra e fazer uma escolha livre. Os testes aos combustíveis devem ser realizados periodicamente. É urgente criar uma entidade para controlar a publicidade e regular o setor ao nível da qualidade do combustível e da transparência nos preços, com coimas eficazes para punir os abusos. Como o nosso estudo provou, para todos os combustíveis testados, o resultado é “igual ao litro”. Podem chamar-lhe «low-cost» ou «premium», mas o impacto no automóvel não é significativo. A DECO pretende a transparência total já. Os consumidores foram enganados durante décadas. Chegou a hora do Estado intervir nesta situação. A DECO compromete-se a divulgar os desenvolvimentos desta ação.
Susana Correia jurista
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GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com/ http://associacaoguadi.blogspot.com FACEBOOK
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C O LAB O R AD O R ES Pensamentos
A caça
A vila de Castro Marim De beleza natural A brisa vai-lhe beijando De frescura quase igual
Levantei-me cedo e fui caçar Escolhido o local, comecei a caminhar Nada aparecia para matar Farto de tanto andar, parei para descansar Enquanto ali estava, um cigarro fumava Ao longe tiros ouvia, pensava De certo algum coelho escapava Uma nuvem negra passava Ai, o sol desapareceu Já não ouvia os pássaros Era outro o som, o da chuva que caía Passado uns momentos, pelo chão corria Procurei abrigo, ou molhado ficaria Vim para casa, e caça? Não trazia... Manuel Tomaz
Era Digital Serei um defunto solitário Como qualquer abandonado idoso Não é um viver desditoso Mas assumido, responsável, voluntário Cada um tem o destino da sua sorte Queira ou não queira o que lhe calhou Pois para a hora da própria morte É essa a sorte que Deus lhe reservou A minha não será diferente Neste abandono de era digital Com ou sem internet caseira Sou como toda a gente Não deixarei de ser «Manuel Gomes do Sapal» Nem isso faz parte da minha canseira. Manuel Gomes
De olhar tão pequena De vez vou eu passando A noite quase todos gentinha Com a luz vou apreciando
O Sortudo O pobre rico foi rico Porque a sorte o ajudou Um dia veio a desgraça E o rico pobre ficou
Devemos amar o nosso próximo Dividir o pão de cada um dia Devemos amar-nos a todos nós Devemos cantar todos com alegria
Era pobre agora é rico Já se esqueceu da pobreza Aquele que nasce pobre Nunca chega a ter nobreza
Damos solidariedade e paz É o que nós melhor fazíamos Acabar com a nossa vaidade Compartilhar a todos a alegria.
Os sonhos são como o vento Dão prazer ao sonhador Há quem sonhe acordado Julgando-se um doutor
António Victor Severo Martins
Pobre rico foi aquele Que da miséria nasceu Trabalhou, ou foi gatuno E a sorte tudo lhe deu
Dezembro Mês de Natal Chegou o Pai Natal, vergado ao peso do cabaz. Vem cheio de prendas e muito amor… Traz-nos ainda muita alegria e paz, E para suportar o frio “o seu calor”…
Há p’rai tanto riquinho Com a cabecinha louca Dizia-se ter dinheiro E a crise fechou-lhe a boca
São as prendas no sapatinho de cada criança, Reina a alegria em cada lar… Vive-se um momento de esperança, Nunca se conjugou tanto o verbo amar…
A sorte mais o destino Ambas são inseparáveis Seguem o mesmo caminho Tornando-nos responsáveis Quando um pobre chega a rico Trambolhões ele passou Mas muito ele aprendeu Nas páginas que ele estudou. Natália Palma
Que seja este o Natal de todas as crianças, Não esquecendo os mais pobres, os mais desprotegidos Aqueles que, só conhecem o sofrimento e a dor… Um Natal com todas estas mudanças, Em que, os sem abrigo agora mais protegidos, Passem a ter um Natal em Paz, com alegria e muito amor.
O Capitalismo e a Pobreza
Relógio
O pobre sempre humilhado Durante a vida inteira Sentindo-se desprezado Não se dá por derrotado Sem um tostão na algibeira. Os direitos e as razões Que sempre lhe é negado Trabalho sem condições São as leis dos tubarões Que manobram o Estado. Se o pobre se render Ao grande capitalismo Sem força para vencer Com certeza vai morrer Na desgraça e no abismo. Tantos tubarões na terra Mais perigosos que os do mar São eles que fazem a guerra Andam na Cidade e na serra Para os pobres enganar. Muitos nos fazem sofrer Não tenhamos ilusões Dizem que votar é um dever Tudo prometem fazer Na altura das eleições. Henrique Roberto
O Barquilho Fecho os olhos e olho para trás, estou nas ruas direitas e perpendiculares, que desaguam umas nas outras. Lavadas copiosamente pelas chuvas do Inverno, varridas pelos ventos do Outono, perfumadas na Primavera, aquecidas calorosamente pelo sol simpático do Estio. Casas baixinhas caiadas de branco ou ocre, enfeitadas de molduras nas janelas e portas, no seu estilo próprio e singular pombalino. Vinha gente de toda a parte, de Lisboa e do Porto, das Beiras e do Alentejo para a praia, para as águas calmas e quentes do mediterrâneo, ali a dois passos, para o areal branco e fino onde se multiplicavam os chapéus-de-sol e toldos de cores alegres e garridas. Vinham a banhos com os seus fatinhos de corpo inteiro, para o Vasco da Gama, para as pensões, onde bonecas trajadas de sevilhanas sobre almofadas de seda e escarlate vestiam cadeirões de verga nas entradas. O famoso pregão do barquilho, deliciosa bolacha fina e estaladiça que o barquilheiro vendia na praia, faziam as delícias da pequenada. A marreca dava a volta ao Oceano, casino num fervilhar de gente que passeava de charrete, meio de transporte puxado por um belo macho, e que o povo dava o nome de «trem», ao longo da marginal entre luxuosos e pitorescos chalés de grandes pátios com entradas floridas, faziam o gosto ao olho de nacionais e estrangeiros. Mas voltando à vila conserveira pela estrada da mata ladeada por pinheiros altos e elegantes descobre-se o majestoso farol, construído no século passado. O contrabando imperava e dava cartas na economia da vila de entã, café para lá, sedas e perfumes para cá. Outros tempos, outras vontades, tempos passados, enfim… Ilda Ferreira
Um Poema de Natal Era noite, e além nos céus de Belém, as estrelas brilhavam, e entre si cochichavam; numa gruta funda, talvez imunda, envolto em palhinhas, muito fofinhas, na noite fria, de Dezembro, nascia Jesus Menino, tão pequenino e já Senhor, nosso Redentor. Mas, um tal rei Herodes, de grandes bigodes, que lá governava e as leis ditava, homem mau, um cara-de-pau, que não gostava e até odiava as criancinhas; as suas alminhas, por perversidade, extrema maldade, decretou mandar sem vacilar, para o outro mundo. De espada nua, saiu à rua, este monstro odiado, monarca tarado, e espalha o terror; a morte, o horror, entre aquela gente; de sangue inocente, ficou o reinado, p’ra sempre manchado, eternamente. Tal barbaridade, ódio e maldade, na realeza, tamanha vileza, nunca o mundo viu; meninos inocentes, de crimes ausentes, às mães arrancados, vão ser degolados, por um louco irado, na lama atolado, impunemente. Começa a matança e, nem uma criança, na redondeza, escapa à crueza do rei assassino; somente o Menino Jesus pequenino, na gruta escondido, assim protegido, ficou ileso! Manuel Palma
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DESPOR T O
Futebolândia
Vila-realenses são campeãs
O padel está em alta e Vila Real de Santo António é já cidade de campeões nesta modalidade. A final da categoria de pares femininos foi exclusivamente vilarealense deixando para trás a concorrência de Lisboa e Leiria.
Calendário 2013… Janeiro: Godinho Lopes, porque vive a fazer bonecos de neve (em Portugal só na Serra da Estrela), vive num mundo de fantasia; parece o coelhinho que vai com o Pai Natal ao circo, como no anúncio dos chocolates. Fevereiro: Cristiano Ronaldo porque disse em entrevista a um canal de televisão americano que seria ator depois de acabar a carreira; não chega o carnaval que é a relação dele com a Irina; passar as férias com a mãe Dolores a ouvir a música (ou coisa parecida) da “mana” Cátia. Março: O Sporting. Até parecem jogadores tirados de um jogo de matraquilhos e, como não bastasse, contrataram o Jesualdo Ferreira, que é benfiquista desde pequenino mas tem um fraquinho pelo Porto e agora também pelo Sporting. Aliás, também deve ter uma costela do Braga, Leixões, Marítimo e todas as equipas que o contratem no futuro. Abril: Pinto da Costa. O presidente do F.C. do Porto continua inocente, aliás este país são só inocentes; os do processo Casa Pia, Apito Dourado, Vale e Azevedo, o Bip Bip do Coiote, o lobo mau do capuchinho, etc… Maio: Passos Coelho. O primeiroministro continua convencido que está a fazer um favor ao país, com as medidas que lança; o professor Bambo tem que intervir e fazer-lhe uma “macumba” para ele ir parar ao Pólo Norte e sem GPS, para não voltar. Junho: Teresa Guilherme e a TVI conseguem juntar mais analfabetos e desempregados do que outra instituição do país. Onde será que vão desencantar esta gente que nem sabe onde fica Lisboa? Este programa devia ser proibido para as crianças deste país, o ensino já é o que é, ouvindo a falta de cultura que por ali vai, ainda ficam piores; ainda ficam a pensar que Portugal conseguiu combater o défice de 2012. Julho: As férias que cada vez são mais cá dentro, aliás vão ser tão cá dentro que nem vamos sair de casa. Montamos uma tenda no quintal com “barbecue”; disse “barbecue” porque é mais fino que fogareiro. Agosto: O Orçamento de Estado que vai deixar todos de calções de banho. Espera-se que pelo menos tenhamos dinheiro para dar uns mergulhos, coisa difícil com o orçamento do “Gasparzinho-um susto de ministro”. Setembro: Paulo Portas que, ora está a favor ou contra, só não sabe do quê. Ainda são os efeitos de andar de submarino, aquilo lá em baixo tem menos oxigénio; é a pressão atmosférica. Outubro: Cortes na função pública. Ainda falta cortar na água, na luz, na comida, na roupa; tantos cortes só em Castro Marim (cortes de energia por parte da EDP) e olha que são muitos ao longo do ano; não há torradeiras e microondas que resistam. Novembro: Dia dos finados. Este ano não há feriado no dia 1 de Novembro, acabaram-se os vendedores de velas e flores que descontavam uma fortuna para o IRS; menos uma contribuição para o Estado (Aqui fui sarcástico). Dezembro: O subsídio de Natal que passou a ser uma miragem. Qualquer dia acabam com o Natal. Já viram o bico-de-obra que era pagar o subsídio de Natal a uma pessoa com 2013 anos? Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação eusebiocosta@live.com.pt
Decorreu em Vila Real de Santo António, nos dias 8 e 9 de Dezembro de 2012, a 5ª Etapa do Circuito da Federação Portuguesa de Padel. A prova foi organizada conjuntamente pelo Padel Clube de VRSA e a Federação Portuguesa de Padel, com o apoio do município vila-realense. Participaram no torneio jogadores que competem no Circuito Padel Pro Tour [Circuito Profissional] e onde os Atletas do Padel Clube de VRSA tiveram «uma excelente participação», de acordo com a organização que confirma ainda que “na prova rainha, na Categoria de Pares Masculinos, os atletas profissionais superiorizaram-se a toda a concorrência proporcionando um grande espetáculo nas meias-finais e final do torneio”. Na final de Pares Masculinos
Sérgio Contreras (Malaga)/Gonçalo Rubio (Sevilha) impuseram-se a Raul Marcos (Madrid)/Antonio Luque (Jaen) pelos parciais de 7/5, 3/6 e 6/4. Na Categoria de Pares Femininos foi uma final totalmente vila-realense [Padel clube de VRSA]. As atletas Laura Martins / Marta Salvador sagraram-se campeãs de Pares Femininos ao derrotar na final a Daniela Martins/Ana Nunes pelos parciais de 6/3, 4/6 e 6/4 deixando para trás a concorrência de Lisboa e Leiria. Os atletas Daniela Martins/Fernando Martins (Padel Clube VRSA) em Pares Mistos sagraram-se campeões ao vencer na final Filipa Fernandes/Nicolau Silva (Leiria) pelos parciais de 6/1, 6/3. Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes Conceição Cabrita, Vereadora do Desporto do
Campeãs e vice-campeãs de Pares Femininos são do clube vila-realense município de VRSA, Ricardo Oliveira, Presidente da Federação Portuguesa de Padel e Octávio Salvador, Presidente do Padel Clube de VRSA. A organização mostra-se orgulhosa
com os resultados obtidos, mas não só. “Este torneio destacou-se pela excelente convivência e os laços de amizade criados entre os atletas dos dois países”.
Patinagem com plateia cheia em Castro Marim
A iniciativa foi do Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural «Leões do Sul Futebol Clube», com o apoio da câmara municipal e junta de freguesia de Castro Marim, num festival que trouxe cerca de 100 jovens patinadores do Card-Portimão, Grupo Desportivo Diana – Évora, Real Amizade Farense – Faro, Escola de Patinagem de Portimão, Patinagem Clube de Tavira e Roller de Lagos Clube de Patinagem. O festival pertenceu sobretudo às crianças que desfilaram em patins com os passes e coreografias lecionadas durante o ano. Os figurinos foram desde os estrunfes, animais, anjos, e trajes e danças com um «cheirinho» a samba e ao hip hop. O Festival de Patinagem Artística Natal 2012, «A pequenada sobre rodas», é mais um dos eventos que Pavilhão Muncipal de Castro Marim recebeu o festival de patinagem
Depois do triatlo o duatlo A equipa de Triatlo dos «Leões do Sul» do concelho de Castro Marim, participou nos dias 8 e 9 de Dezembro não na prova de triatlo, mas sim no duatlo de San Bartolome de la Torre, na província de Huelva em Espanha. No duatlo fica de fora a natação, mas nem por isso a prova é mais fácil. O duatlo foi constituído por 5,5 kms de corrida; 20 kms de BTT; e novamente 2,75km de corrida.
A equipa dos Leões do Sul marcou presença e posição na prova. No escalão de Elites, num total de 112 atletas as pontuações do clube castromarinense foram as seguintes: Nelson Mestre 13º, David Costa 32º, Pedro Ribeiro 54º. Destacou-se mais uma vez, no escalão +55 anos, o Atleta Amândio Norberto que alcançou o 5º lugar numa prova com 143 atletas participantes.
Equipa dos «Leões» com o Campeão do Mundo de Duatlo Olímpico (ao centro), Emílio Martin
vem a consolidar a patinagem como uma aposta ganha do clube de S. Bartolomeu do Sul. A Escola de Patinagem dos Leões do Sul, que corporiza o projecto «Vamos Patinar» garante que este “é o resultado da persistência, determinação e empenhamento do clube na aprendizagem desta modalidade e na formação dos jovens”. Trata-se da única Escola de Patinagem no concelho de Castro Marim e segundo a direção “é uma peça na estratégia de formação e desenvolvimento dos jovens, uma realidade a que como coletividade de âmbito desportivo os Leões do Sul estão particularmente atentos”. Promover a participação dos jovens e potenciar a prática da modalidade são alguns dos objetivos.
BTT Familiar de Natal em VRSA Em colaboração com a SGU e a câmara municipal de Vila Real de Santo António a RODACTIVA/SEM ESPINHAS realizou no dia 15 de Dezembro um pequeno passeio BTT em família pela cidade pom-
balina. Pedalaram cerca de 40 pessoas de todas as idades. “O passeio foi pela amizade, pelo desporto, pelo convívio e pelo maravilhoso espírito natalício”, considera a organização.
Pais Natais de bibicleta desfilaram pela marginal de VRSA
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D ESP O R TO Entrevista com Amândio Norberto
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«Leões do Sul» somam e seguem Amândio Norberto é presidente de um dos clubes mais antigos do concelho de Castro Marim, os «Leões do Sul». A coletividade é sobejamente conhecida no território e tem desenvolvido modalidades como a patinagem, o hóquei, o BTT, pedestrianismo e mais recentemente o triatlo. Amândio Norberto é, para além de um desportista inveterado, a grande alma que dá corpo aos «Leões» do Baixo Guadiana. JBG - Quantos mandatos já fez à frente dos «Leões do Sul»? Amândio Norberto - Quando a coletividade foi fundada, os mandatos eram anuais, mas a partir de 1990/91 passaram a bianuais. Assim sendo, fiz à frente dos destinos dos «Leões», na qualidade de Presidente da Direção, seis mandatos de um ano e estou na parte final do 9º ano bianual. Tenho dedicado grande parte do tempo da minha vida a esta causa. JBG - Qual o estatuto de um clube como os «Leões do Sul» após tantos anos (1976), sendo uma das coletividades mais antigas do concelho? AN - Com 36 anos de vida e trabalho ininterruptos, procuramos dentro do nosso espaço de ação afirmarmo-nos como “uma força viva” do concelho de Castro Marim, na certeza de estarmos a contribuir para o bem comum. Esta é a nossa forma de estar no Movimento Associativo Popular. JBG - Começaram com o futebol e entretanto hoje já contam com o btt, natação de mar e a patinagem. É difícil conciliar tantas modalidades? AN -Claro que é difícil! E só o conseguimos com vontade e persistência. Estamos referenciados no ex-IDP, como sendo uma associação que prossegue fins desportivos; essa é a nossa maior vocação. Depois dinamizamos todas as outras que referiu, mais o Triatlo e o Pedestrianismo. Fruto de circunstâncias várias, as diferentes modalidades têm tido altos e baixos, algumas delas com períodos específicos de desenvolvimento. Este ano, por exemplo, organizámos a prova de Natação de Mar de Altura com um número recorde de participantes, tanto da prova em si, como do circuito de Natação de Mar do Algarve (219); no BTT já tivemos mais ativos e por via dessa atividade tivemos um campeão nacional, Diogo Afonso, sendo treinador o Professor Mário Alpiarça. Atualmente temos 83 atletas, dos quais 25 são federados. JBG - Os «Leões» são o único
clube da zona que proporciona patinagem e fundou com outros dois clubes da região, a Associação de Pati-
de juvenis. No dia 15 de Dezembro realizámos mais um festival de patinagem. É mais um entre tantos outros que temos realizado.
Amândio Norberto dedica-se de corpo e alma aos «Leões do Sul» desde a fundação da coletividade nagem do Algarve… AN - A patinagem chegou na década de oitenta, trazida pelos irmãos Fernando e Pedro Lobato e a partir daí tem sido uma aposta nossa; uma aposta já ganha! Grande parte das crianças do con-
Vamos ao encontro das expetativas das crianças que naquele dia mostram a sua arte em cima de um par de patins aos seus familiares e à comunidade, imbuídos do espírito de Natal. Saliento, que esta atividade só tem sido possível manter,
““A minha maior ambição, que sei ser partilhada por muita gente aqui na aldeia, é que o trabalho empenhado e dedicado que temos vindo a fazer ao longo destes 36 anos tenha continuidade no futuro” celho de Castro Marim e de VRSA sabem patinar graças ao trabalho desenvolvido pela nossa coletividade. De salientar aqui também o trabalho da nossa técnica, a Professora Célia Pinheiro. Para nós, «Leões do Sul», o facto mais marcante da modalidade aconteceu na época 2000/01, quando participámos no campeonato nacional de hóquei em patins, no escalão
com a colaboração e persistência dos pais das atletas. JBG - Os «Leões» têm-se destacado nos últimos tempos pelo triatlo e duatlo. Como surgiu? AN - Estas modalidades surgem no clube como federadas em 2012. Sempre admirei o triatlo por incluir as três modalidades
que sempre gostei de praticar: natação, ciclismo e corrida. Pratico-as há bastante tempo com amigos… Além de mim, há duas outras pessoas cuja ação foi muito importante na fundação da secção: Nelson Mestre e Lopo Faísca. Atualmente temos nesta modalidade sete atletas federados. JBG - Para além do desporto, o clube tem também as componentes recreativas e sociais. AN – Sim, e são muito importantes, pois complementam a nossa atividade desportiva. Na área recreativa destaco os festejos dos «Santos Populares», as «Noites de Acordeão» e as «Noites de Fado», como forma de entretenimento. Na área social, muito sensível, dado que entendemos que nada se constrói sem solidariedade e partilha, recordo os nossos contributos monetários, conseguidos através da atividade desportiva do BTT, à Associação Rota da Cortiça referente à ação de Reflorestação na Serra do Caldeirão e à campanha de angariação de fundos para ajudar as vítimas do desastre ambiental do arquipélago da Madeira. Na área social participamos na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR) e no Conselho Local de Ação Social de Castro Marim (CLAS). JBG - Muita gente diz que é o grande estratega e alma do clube, para além de desportista também… AN - A história não se apaga, por isso mesmo, não posso negar o que está registado. Ainda assim,
de forma humilde, direi que nunca estive sozinho nesta caminhada. Entre outros não posso deixar de salientar a ajuda determinante do meu grande amigo Zé Romeira. Somos um coletivo de voluntários a trabalhar em prol da comunidade. Prova disso foi a distinção que o Município de Castro Marim nos concedeu ao atribuir aos «Leões do Sul», em 2006, a Medalha de Mérito – Grau Ouro, «pelos relevantes serviços prestados ao concelho nas áreas do desporto e do lazer». JBG - Quais os desígnios para o futuro dos «Leões»? AN - A minha maior ambição, que sei ser partilhada por muita gente aqui na aldeia, é que o trabalho empenhado e dedicado que temos vindo a fazer ao longo destes 36 anos tenha continuidade no futuro. São os mais jovens que têm que assegurar esse continuidade. Gostaria muito que daqui a 100 anos o «Leões do Sul» ainda existisse como símbolo da nossa aldeia de S. Bartolomeu do Sul. Numa ocasião como esta, não posso deixar de referir o município de Castro Marim, pois sem o seu apoio, toda a referida atividade não seria possível. De igual modo, faço um agradecimento muito especial ao JBG, pela oportunidade, bem como a todos aqueles que nos ajudam e que connosco colaboram, nomeadamente, os associados, o município e as juntas de freguesia de Castro Marim, Odeleite e Altura, bem como algumas entidades privadas.
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Passagem de Ano com «prata da casa» trouxe milhares a Monte Gordo O ano de 2012 marcou o país pela forte austeridade que se fez sentir e que ainda mais se espera para 2013, mas a verdade é que o reveillon aconteceu e foi sinónimo de alegria e festejos. No Baixo Guadiana, como tem vindo a ser tradição, a festa rija fez-se na marginal de Monte Gordo com música, dj’s e fogo-deartifício. Entrada não se pagou e a enchente mostrou que em dia de reveillon ninguém fica em casa. A animação começou no dia 29 de Dezembro, estendendo-se até 31. No dia 29 subiram ao palco os «Grab it Band», «The Sun» e os dj’s Bruno Lourenço e Flip d’Palm. No dia 30 a noite começou com os «Allmariados», seguidos da banda «Uns & Outros». A cabina de som ficou aos comandos dos «Smash». A noite de 31 começou com o «Duo Reflexo» e no momento das doze badaladas 2013 começou com fogo-de-artifício na Baía de Monte Gordo. Nas primeiras horas de 2013, ao palco subiu a mais célebre banda algarvia, «Íris». A pista de dança abriu a cargo do dj/produtor «Rosabrava» (by Guadiprod). Noite fora o dj «Glowjack» a encerrou as celebrações. Também na véspera de Ano Novo a Praça Marquês de Pombal ganhou música com o grupo «Cê Barros». Para Luís Gomes, edil vila-realense, a festa de passagem de ano “é um dos eventos chave, tendo em consideração as boas taxas de ocupação hoteleira nos últimos anos”, diz justificando a aposta. Não esquecendo a crise, relembrou que optou “por uma programação que recorreu essencialmente a bandas e dj locais, o que nos permitiu um orçamento mais reduzido, mantendo um cartaz com a mesma dimensão e qualidade”. No território do Baixo Guadiana Alcoutim também marcou a festividade. Na vila o grupo «Sixis», fogo-de-artifício e DJ Pires pela madrugada, numa organização da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários com o apoio da autarquia. O reveillon também foi assinalado nas localidades de Giões, Vaqueiros e Pereiro com festas organizadas por associações. A primeira pela Associação «Grito de Alegria», a segunda pelo Clube Desportivo de Vaqueiros e a última pela Junta de Freguesia do Pereiro e Associação Estrela Pereirense.
Cartoon
Onda de solidariedade natalícia foi crescente. Portugueses confirmam que a crise não inviabiliza a solidariedade. Depois de muitos apelos as obras da Secundária de VRSA vão ser retomadas. Comunidade escolar já respira de alívio.
Para além da saída de mão-de-obra qualificada do país agora os estudantes de ensino superior com propinas em atraso vão ser alvo de execução fiscal. Educação está comprometida.
sotavento algarvio
ECOdica Dê preferência às comidas típicas e aos ingredientes da sua região, pois está a ajudar a reduzir custos de transporte para que o produto de uma outra região chegue até si ,evitando assim as perdas causadas pela manipulação dos alimentos. Consuma verduras, legumes e frutas da estação, que além de respeitar o ciclo natural, e serem mais saborosos, têm preços mais baixos.