Jbg janeiro 2014

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2014 |

JORNAL DO

Baixo

Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal Ano 13 - Nº164

JANEIRO 2014 PREÇO: 0,85 EUROS

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGA

PORTUGAL CEM NORTE

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2014

ABERTURA

JBG

Editorial

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Jornal do Baixo Guadiana Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana Helena de Sousa CPJ 9621 Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Conceição João Raimundo Pedro Pires Rui Rosa Associação Alcance Associação GUADI Associação Rodactiva Cruz Vermelha Portuguesa VRSA DECO NEIP Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com e/ou joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt

A entrada de um novo ano propicia sempre alguns sinais de esperança, sobretudo para quem a vida se tornou particularmente dura nos últimos anos. É humano e, portanto, natural que assim seja. Entramos em 2014 após cinco anos em crise com o País a acumular divida, a perder emprego, a diminuir prestações sociais, a colocar fora do mercado de trabalho não só jovens, mas pessoas acima dos 45 anos. Assistimos à maior vaga de emigração desde a década de 60 do século XX com a grande diferença dos nossos jovens emigrantes, e foram 120

mil, pertencerem a uma geração com qualificações profissionais nas quais as famílias e o Estado investiram. Entramos num novo ano com um País mais pobre, mais desigual económica e socialmente e também mais desertificado, e também com a consciência que no futuro que nos está reservado nada será igual à situação em que a maioria dos portugueses vivia antes de 2008. O momento é de viragem, veremos em que sentido. Neste contexto cumpre valorizar o importantíssimo papel que as autarquias desempenharam de um modo geral em todo o País, acudindo às situações de maior urgência no plano social. Sem o seu contributo através da mobilização de recursos financeiros, humanos, técnicos, com a abertura de programas para diminuir situações de desemprego ou acu-

dindo a carências alimentares extremas, piores situações teríamos hoje para testemunhar. Justo igualmente será de sublinhar o importante papel que no mesmo plano desempenharam muitas associações de solidariedade social, numa resposta solidária a quem mais precisava dela. Porque na verdade não basta que a Lei fundamental do País consagre direitos e liberdades, é necessário que para além desse acto formal se criem condições económicas, com melhor e mais justa distribuição da riqueza produzida para que tais direitos possam ser exercidos em plenitude. Nos novos desafios que os próximos tempos nos reservam a aplicação do, eventualmente, último pacote de fundos provenientes da UE entre 2014 / 2020, representa um desafio importante e a grande

oportunidade de colocarmos de pé uma reforma administrativa que consagre uma maior autonomia no acesso e gestão de tais instrumentos financeiros por parte das autarquias, medida conduzida no sentido de incentivar sistemas de gestão intermunicipal porque só assim ganhariam escala alguns dos projectos; estimulando a utilização conjunta e racional de equipamentos e meios humanos; a junção de serviços e mesmo de empresas. Creio poder afirmar que existe hoje maturidade bastante na gestão autárquica que permite concretizar com êxito tal caminho, convicto que estou de que sem descentralização de meios e competências teremos menores oportunidades de desenvolvimento.

Carlos Luis Figueira cluisfigueira@sapo.pt

Vox Pop A Dieta Mediterrânica foi eleita património imaterial da humanidade pela UNESCO. Como olha para esta distinção?

Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Registo no ICS: 123554 Depósito legal: 150617/00 JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e Facebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Nome: Ângelo Correia

Nome: Ana Rita Sabóia

Nome: Cláudia Fonseca Profissão: Designer

Profissão: Aposentado do comércio alimentar

R: Acho que é inteiramente merecida, visto que somos dos povos com maior diversidade no que diz respeito à gastronomia.

R: Na minha opinião acho que a dieta mediterrânica deve ter todo o seu valor, é um elemento cultural que deve ser iniciada e seguida desde criança, afim de conseguirmos reduzir as doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade , diabetes entre outras.

R: Desconhecia o facto da dieta mediterrânica ser património da humanidade. Percebi que é um reconhecimento recente. Mas deixa-me orgulhosa perceber que a cozinha portuguesa também está incluída.e que a nossa forma de comer é muito rica e variada.

R: Naturalmente que a dieta mediterrânica, que já anteriormente caracterizava os bons costumes alimentares ligados a um salutar estilo de vida, particularmente na região algarvia, ganhou maior projecção com a distinção alcançada junto da UNESCO como Património da Humanidade, através da comissão liderada pela Câmara de Tavira. Daí resultou entre nós um maior interesse por esta típica manifestação, que é também cultura portuguesa.

Profissão: Músico

Profissão: Técnica Administrativa

Nome: Vitor Palmeiro


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CRÓNICAS Vítor Madeira

* Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico

Orçamento do Estado para 2014 – duro, exigente, mas necessário para recuperar a soberania do país. “A austeridade é a única forma de sair da crise” Quando o Presidente da República, Cavaco Silva acaba de promulgar o Orçamento do Estado (OE) para 2014, Mário Soares reuniu na Aula Magna com o movimento «Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social», defendendo que o Governo e o Presidente da República se demitissem para salvar Portugal, o grupo Martifer ganhou a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, empresa gerida pelo Estado, que ao longo de 20 anos, acumulou 179 milhões de prejuízos e o Governo e o Partido Socialista chegaram a acordo no IRC, gostaria de partilhar com os nossos leitores uma reflexão acerca da importância do OE para 2014. Estamos a cinco meses de fechar um dos períodos mais difíceis do Portugal democrático, que durou dois longos anos e meio, quando fomos impelidos pelo Governo de José Sócrates e do Partido Socialista a negociar com a troika o Programa de Assistência externa, porque descobrimos em abril de 2011 que já não tínhamos dinheiro para pagar

salários à função pública e reformas aos pensionistas. Coube ao Governo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho, a missão patriótica de resgatar o país da bancarrota e pôr fim a uma escalada insuportável de endividamento público na ordem dos 120%, que começou a adensar-se a partir de 2005. Têm sido tempos difíceis e violentos aqueles que vivemos, com um nível de desemprego de 16%, uma emigração como não se via desde os anos 60, pessoas com fome, uma escalada de greves no país dos vários sectores profissionais que mina a confiança dos nossos credores, polícias que não respeitam as barreiras de segurança na escadaria da Assembleia da República, professores que boicotam as provas de avaliação dos colegas e um Tribunal Constitucional que chumba os cortes nas pensões da função pública, em nome da «protecção da confiança», ainda que isso ponha em causa a retoma económica e que deixemos de honrar os nossos compromissos internacionais.

O Tribunal Constitucional, guardião da Constituição da República, parece estar alienado da realidade, ao ignorar a circunstância do país estar sob resgate e a necessidade de cortar dois terços na despesa pública e um terço na receita – sendo que as contribuições da Segurança Social, não cobrindo 40% da despesa, tornam a situação insustentável. Porque será que a «protecção da confiança» invocada pelo TC no chumbo sucessivo das medidas do Governo, não impediu o país de ser resgatado financeiramente três vezes pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e porque é que não evitou que oitocentos mil portugueses fossem atirados para o desemprego? Se é verdade que o Governo está a executar um programa imposto pelos nossos credores, também não é menos verdade que as políticas de austeridade por si aplicadas não foram a receita adequada para fazer a consolidação das contas públicas, porque não conseguiu desencadear a famigerada Reforma do Estado em tempo útil e por via disso

José Gomes Ferreira

foi obrigado a aumentar os impostos e a cortar nos salários e nas pensões, levando a uma quebra acentuada na procura interna. Todavia, sou daqueles que acredito que a saída para a crise que atravessamos reside na aplicação de medidas de austeridade, pois quando as despesas são superiores às receitas o caminho é o descalabro. Concordo com o jornalista José Gomes Ferreira, quando afirma: “Os políticos que dizem que há alternativa mentem descaradamente”. A este propósito gostaria de sublinhar a desonestidade intelectual e política dos partidos de esquerda, que nunca estiveram disponíveis para ajudar, de modo franco e aberto, a procurar um consenso nacional para o cumprimento do ajustamento financeiro do país, em especial o PS, que é o principal responsável pelo estado a que chegamos e que até há bem pouco tempo pedia a demissão do Governo. De acordo com os indicadores disponíveis, a taxa de desemprego começou a descer e o emprego a subir, não obstante o número de portugueses

Carlos Brito

As más e as boas perspectivas de 2014 O que nos vai trazer este 2014? Tal seja a pergunta que todos fazemos e nos fazemos. Bem se percebe que a resposta que procuramos não tem nada a ver com o enganador optimismo e o escamoteamento da realidade patentes na mensagem natalícia do primeiro-ministro, Passos Coelho, e na mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Cavaco Silva. A falta de credibilidade da palavra dos governantes é, há que reconhecê-lo, uma causa agravante da angústia e do sobressalto em que vive a maioria dos portugueses. O que sabemos, seguramente, e eles não disseram, é que vem

aí mais um ano de austeridade reforçada e de incertezas generalizadas. Ao certo, podemos contar com mais impostos; mais cortes e taxas sobre os vencimentos, salários, reformas, pensões, incluindo as de sobrevivência; mais reduções nos gastos com a saúde, educação e prestações sociais; mais subidas de preços da electricidade, do gás, da água, dos transportes, das taxas moderadoras nos hospitais e de outros consumos de primeira necessidade; novo agravamento das rendas de casa. Apesar de derrotado no Tribunal Constitucional, o Governo não desiste de mexer nas reformas e subsiste a ameaça de penalizar mais fortemente os reformados. A cinco meses da saída da troika, o Governo e o Presidente da República falam como se um programa

cautelar já estivesse negociado com os credores, ocultam contudo as novas condições que nos querem impor. Tudo indica, porém, que elas compreendem a continuação da tutela estrangeira e o prosseguimento da política da troika, sem a presença da troika. É todo este quadro negro que Passos Coelho e Cavaco Silva tentam amenizar com os alegados «bons sinais» que, segundo eles, estão a ser «dados pela economia». Mas estes são tão frágeis, inconsistentes e imperceptíveis para população que governantes mais conscienciosos teriam vergonha de invocá-los diante das tremendas desgraças que avassalam grande parte das famílias portuguesas. As perspectivas para o Ano Novo não se reduzem, no entanto, a este quadro negro. Os portugueses dispõem de forças, de meios e de instrumentos para contra-

riá-lo, modifica-lo e substituí-lo. Além dos que o nosso regime democráticoconstitucional oferece sempre às oposições e que têm sido usados intensamente, especialmente pelos trabalhadores, o ano de 2014 será marcado por dois acontecimentos que, em ligação com as condições em que se verificar a saída da troika, muito podem influir no próximo futuro político de Portugal. São as Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril e as eleições para o Parlamento Europeu, na última semana de Maio. Em torno de qualquer destes processos, e sobretudo dos dois em conjunto e interligação, podem criar-se dinâmicas de vontade popular tão poderosas que deitem por terra os planos do Governo e do Presidente da República para continuarem a mesma desastrosa política de austeridade após a saída da troika. Uma

que emigrou, a oferta de empregos nos centros de emprego duplicou nos últimos noves meses. O índice de produção industrial de bens intermédios, à semelhança dos indicadores do consumo, têm vindo a melhorar há três semestres consecutivos e as exportações continuam a apresentar taxas de crescimento muito positivas, o que nos leva a acreditar que estamos a dar a volta e a confirmar uma trajectória de recuperação económica e social do país. Acredito que se formos capazes de estabelecer um consenso alargado em torno do interesse nacional, que comprometa responsavelmente o Governo, os partidos, as organizações patronais e sindicais, vamos conseguir reconquistar a soberania financeira do país. Para que isso aconteça considero essencial a execução do Orçamento do Estado para 2014 (OE) que, apesar de duro e exigente, é do meu ponto de vista a única forma de consolidar o crescimento e a coesão que nos permita regressar ao financiamento em condições de mercado para as empresas e para as famílias. grande dinâmica de massas, associado a uma clamorosa derrota da coligação governamental nas europeias, podem forçar a realização de eleições legislativas antecipadas e assim abrir caminho a uma alternativa ao Governo de direita e ao empobrecimento generalizado a que, por sua obra, foi reduzido povo português. A existência desta perspectiva real coloca às forças que se opõem à actual política e ao quadro negro do seu desenvolvimento, sobretudo às forças de esquerda, a indeclinável obrigação de trabalharem com afinco e abertura para ela se concretize. Não se diga que não existem condições objectivas. O que tem faltado é vontade política. O que tem abundado são sectarismos parolos e ilusórios egoísmos partidários que impedem que se veja o interesse comum e o interesse do país. Merecem por isso ser saudadas as iniciativas, em curso, que apelam à convergência da esquerda, tanto no que se refere às comemorações do 25 de Abril, como especialmente as eleições europeias.

José Cruz

Adivinham-se mudanças globais

Todos os indicadores disponíveis apontam para grandes mudanças geoestratégicas, a nível global, a partir já deste ano de 2014. Os Estados Unidos da América, grande importador de petróleo, apesar das suas significativas reservas atingirem 26,54 milhares de milhões de barris, no final de 2012, estão em vias de alcançar a sufi-

ciência energética. A nova base é auxílio do gás extraído de rochas xistosas, gás de que se tornarão o maior produtor mundial, superando mesmo a Rússia. Entretanto, no México, estado norteamericano vizinho, a vitória do PRI permitiu que o Congresso do país colocasse fim no passado dia 12 de Dezembro, ao exclusivo estatal da produção do petróleo, abrindo o sector ao capital estrangeiro. A medida de estatização tinha sido aprovada pelo próprio PRI, no ano de 1938 do século passado. As grandes companhias petrolíferas

que veem seguindo a situação política mexicana e, não sejamos ingénuos, exercendo a influência necessária para que as decisões evoluam no sentido dos seus próprios interesses, estão já a afinar a maquinaria financeira necessária para se envolverem no negócio e não desperdiçarem tão apetitosa oportunidade. O alvo é a mais que viável constatação da existência de uma grande jazida petrolífera em águas profundas, na Baía de Burgos, com reservas potenciais avaliadas em mais de 15 mil milhões de barris. Parece também assegurado que os ter-

renos mexicanos vizinhos do Texas, com quem fazem fronteira, são beneficiários da extensão dos recursos já conhecidos e em exploração neste estado americano. A importância do investimento internacional para acudir às novas realidades da apetecível carteira de fornecimentos no sector da energia, vai certamente refletir-se numa diminuição dos fluxos de apoio financeiro aos países petrolíferos da África Ocidental, como Angola, e também ao Brasil e à Venezuela. O próprio Médio Oriente, até agora

fiel da balança sequiosa de energia dos Estados Unidos, poderá ver-se afetado e ter de entrar num processo de reequilíbrio político de estados como o Irão e a Arábia Saudita e, como consequência lateral, do estado de Israel. Nestas circunstâncias, talvez até os concessionários da exploração de petróleo em águas de baixa profundidade ao largo do Algarve, fechem as tampas dos poços, a aguardar por melhores dias, e o turismo das nossas praias bem como a pesca costeira, possam respirar por largos anos em paz.


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JUVENTUDE

Associação algarvia condecorada pelo Governo A MOJU, associação Movimento Juvenil (MOJU) em Olhão recebeu o primeiro lugar no Algarve do prémio «Boas Práticas Associativas». A entidade promotora foi o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ). Trata-se do primeiro ano do concurso de «Boas Práticas Associativas» lançado no Algarve e que teve como grande vencedor a associação juvenil de Olhão - MOJU. A iniciativa teve por base um concurso que pretende selecionar, a nível regional, as Associações Juvenis que se destacam pelo impacto na(s) comunidade(s), pelas suas caraterísticas de atuação, qualidade e inovação, consistência e capacidade de expressão enquanto escolas de cidadania ativa e de participação cívica e democrática dos jovens. Este ano, o IPDJ recebeu 75 candidaturas de todo o país, das quais foram consideradas elegíveis 48 e de onde saíram as 5 organizações vencedoras. A cerimónia de divulgação de resultados e de entrega dos prémios às associações vencedoras realizou-se dia 1 de dezembro,

no Museu do Desporto em Lisboa e contou com as presenças do Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, do Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, bem como dos vários representantes do IPDJ.

Prémio dedicado a todos os jovens Recebendo das mãos de Pedro Passos Coelho o distinto certificado Nuno António, presidente da MOJU, falou num “enorme orgulho” por receber o prémio, que diz “vem reconhecer a importância do associativismo juvenil e validar a atividade [da MOJU] no terreno”. Nuno António dedicou o prémio a todos os jovens que de alguma forma contribuíram, contribuem e irão contribuir para as atividades

MOJU de Olhão integrou distinções do Governo de Pedro Passos Coelho da associação juvenil olhanense. A MOJU surgiu em 2007 e é uma associação sem fins lucrati-

vos, cujos objetivos consistem na promoção da participação ativa dos jovens na sociedade e o seu

desenvolvimento pessoal e social, com projetos nas áreas social, educativa, desportiva e cultural.

Cidadania europeia foi discutida em Faro na sessão «EU Cidadão» O gabinete «Europe Direct» da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAl) levou a cabo uma iniciativa no passado dia 9 de Dezembro que teve como grande objectivo divulgar a importância da cidadania europeia. O projeto «EU Cidadão», organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região (CCDR) do Algarve, no âmbito da Volta do Ano Europeu do Cidadão, permitiu discutir a cidadania europeia com muitos estudantes algarvios. O programa de atividades promovido através do Centro de Informação Europe Direct Algarve (ED Algarve), em colaboração com a Cooperativa ECOS, arrancou com a sessão de abertura, na qual participaram o presidente da CCDR/Algarve, David Santos, a diretora do ED Algarve, Catarina Cruz e o presidente da Cooperativa ECOS, Bruno António. O evento contou com a presença do deputado do PS Miguel Freitas, do presidente da Câmara de Albufeira, Carlos Silva e Sousa, de autarcas e representantes das câmaras de Loulé, Castro Marim, Olhão, Vila Real de Santo António e Lagos, de professores e dezenas de estudantes de Faro, de Quarteira, de Vila Real de Santo António, Lagos e Albufeira, assim como de técnicos e responsáveis de vários organismos públi-

Jovens foram público desta iniciativa e a interculturalidade na União Europeia teve impacto neste encontro cos, responsáveis por associações e boas práticas apresentadas permi- papel e responsabilidade do cidadão empresários. tiram aos participantes lançar as comum. primeiras questões e desafios com O dia continuou com o «Vox Pop», Questões, respostas e a intervenção dos facilitadores do um espaço de entrevistas de rua, e discussão Serviço de Voluntariado Europeu, «Café Europa», onde um dos temas sobre o papel e as responsabilida- foi moderado pelo deputado do PS, No Laboratório de Cidadania, as des das instituições e políticos e o Miguel Freitas.

Nos três grupos de trabalho, discutiram-se «Os jovens e o Crescimento Económico», «Emprego e Mobilidade», «Que rumo para o Algarve: a demografia e a geografia» e «Que Europa Queremos?»). Houve uma conclusão/ questão comum: “A Europa, apesar da crise, continua a ser dos melhores sítios para se viver. Mas de que modo podemos todos contribuir para resolver os problemas?” Por outro lado, a «Feira de Cidadania» afirmou-se como um espaço de informação, divulgação e apresentação de projetos e de instituições que trabalham na região orientados para a promoção da cidadania. No encerramento, Inês Azevedo, coordenadora do Ano Europeu dos Cidadãos, congratulou-se pela “lição de cidadania em que se que constituiu o evento” e falou dos direitos consagrados já nos tratados da União Europeia através da carta dos direitos fundamentais desde 2009. As eleições europeias em Maio de 2014 são agora a maior preocupação das entidades que trabalham em prol da promoção e adesão à União Europeia.


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EDUCAÇÃO

Ocupação de salas de aula da secundária foi solução encontrada Os contentores, ou monoblocos como também são conhecidos, na secundária de VRSA já viram o seu prazo de validade expirar há muito. Pais, comunidade escolar e autarcas temem segurança de alunos. A câmara de Vila Real de Santo António defendeu a “ocupação imediata” de salas «novas em folha», bem como de pavilhão desportivo. À data de fecho do JBG, 2 de Janeiro, fonte da câmara municipal de Vila Real de Santo António assegurou ao nosso jornal que a 3 de Janeiro iria ser levada a cabo a transferência do equipamento que se encontrava no interior dos monoblocos para ser colocado nas salas de aula terminadas e por estrear. A decisão foi tomada na sequência das várias diligências, sem resultado, da parte de comunidade escolar, pais e autarquia junto da Parque Escolar para que as salas e pavilhão desportivo prontos fossem entregues de modo a devolver maior normalidade à rotina daquela escola em obras há já mais de três anos. Como já por diversas vezes o JBG anunciou há uma insegurança latente no que toca às condições em que decorrem as aulas na escola secundária de Vila Real de Santo António. Depois de muitas reuniões, várias manifestações, e poucas definições em meados de Dezembro a câmara municipal de Vila Real de Santo António tomou uma posição clara. A autarquia liderada pelo edil Luís Gomes quis “colo-

car um ponto final às duas dezenas de contentores de validade caducada utilizados como salas de aula e defendeu a ocupação imediata das 21 novas salas, já com condições de receber os alunos, e do pavilhão desportivo, também concluído há vários meses; medida esta que pretende permitir que os estudantes voltem a ter aulas de educação física”. Em comunicado à imprensa a edilidade lembrava que “já fez todas as diligências”, no sentido de “desbloquear a situação junto da administração da Parque Escolar – responsável pela empreitada de requalificação – e do Ministério da Educação”. Da parte destas entidades a autarquia garante que apenas obteve “o silêncio” e não compreende “como pode a simples assinatura de um despacho condicionar o futuro de um milhar de alunos”.

Contentores removidos durante as férias “É impensável que existam 21 salas de aula prontas a receber alunos que

já reúnem todas as condições para serem ocupados por alunos e professores, de acordo com o estipulado no contrato”.

Atraso já vai para 3 anos

Salas de aulas foram ocupadas a 3 de Janeiro, véspera de regresso às aulas atualmente se encontram a ter aulas em contentores onde já chove no interior. Por não ficarmos indiferentes a esta situação, iremos continuar a propor à tutela medidas úteis que respondem aos anseios de toda a comunidade educativa, nomeadamente pais, estudantes e professores”, afirma Luís Gomes que colocou à disposição da escola secundária meios humanos e logísticos para que, durante as férias do Natal, fosse possível remover os

contentores e iniciar a transferência dos equipamentos escolares para as novas e modernas salas de aula. A autarquia lamentou também que “não obstante os esforços do empreiteiro, os restantes blocos concluídos e referentes à segunda fase de obra ainda não tenham sido rececionados pela Parque Escolar um ano depois de os próprios deputados à Assembleia da República terem visitado as obras e verificado que os mesmos

Recorde-se que a requalificação da Escola Secundária de VRSA, em funções desde 1963, foi integrada no Projeto de Modernização das Escolas Secundárias, promovido pela tutela e desenvolvido pela E.P.E., tendo a empreitada sido orçamentada em 12 milhões de euros e tendo como duração prevista para execução o prazo de dezasseis meses. As intervenções deveriam ter ficado concluídas no final de 2011, mas a falta de pagamentos ao empreiteiro, os processos de redução de custos durante a obra, bem como o atraso na emissão de ordens de execução – por parte da Parque Escolar – provocaram o atraso das obras e a paragem dos trabalhos durante quase um ano. De referir que esta escola recebe alunos de todo o Baixo Guadiana.

Agrupamento de Escolas de Associação Oncológica recebeu Castro Marim ganha selo mega doação da interculturalidade Por deliberação do júri, no decurso da cerimónia, que se pretendia como um momento de partilha de boas práticas, as escolas mais pontuadas fizeram uma breve apresentação das práticas que sustentaram a candidatura; foram, depois, divulgadas as 10 escolas distinguidas com o «Sêlo Escola Intercultural», sendo o Agrupamento de Escolas de Castro Marim uma dessas instituições agora reconhecidas com este selo. Esta foi uma iniciativa conjunta da Direção-Geral da Educação (DGE) e do Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACIDI), realizada no passado dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, no Salão Nobre do Centro Ismaili, da Fundação Aga Khan. A cerimónia de entrega do distintivo «Sêlo Escola Intercultural», visa distinguir as escolas que se destacam na promoção de projetos com vista ao reconhecimento e valorização da diversidade como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos/as. Esta foi a fase final da iniciativa, que contou com inquéritos e entrevistas ao longo deste ano letivo.

O Agrupamento foi uma das dez escolas/agrupamentos, a nível nacional, distinguido com o Selo «Escola Intercultural» A cerimónia contou com a presença comunidade, vem valorizar o trabado Secretário de Estado Adjunto do lho desenvolvido no Agrupamento no Ministro Adjunto e do Desenvolvi- sentido de: - promover, desenvolver e mento Regional, Pedro Lomba, do aperfeiçoar práticas educativas que se Secretário de Estado do Ensino Básico apoiem em ações culturais; - promoe Secundário, João Grancho, da Alta ver a diversidade como uma oportuComissária para a Imigração e Diálogo nidade e fonte de aprendizagem para Intercultural, Rosário Farmhouse, do todos/as; - fortalecer o envolvimento Diretor-Geral da Educação, Fernando da comunidade educativa na construEgídio Reis, do CEO da Fundação Aga ção de uma escola onde todos/as têm Khan – Portugal, Karim Merali, bem lugar; - garantir a igualdade de oporcomo de alunos e professores repre- tunidades e o sucesso escolar de todos/ sentantes de escolas de todo o território as os/as alunos/as; - contribuir para o nacional que se uniram em torno desta desenvolvimento de práticas pedagóiniciativa. gicas mais inclusivas e interculturais”, “Este reconhecimento, apenas pode ler-se numa nota da direção do possível com o empenho de toda a agrupamento às redações .

Meninos e meninas entre 3 e 5 anos, acompanhados de utentes do lar de Castro Marim, levaram a cabo missão solidária A Associação Oncológica do Algarve posto de reciclagem do material de recebeu com “enorme gratidão” no plástico onde entregaram os 300 passado dia 6 de Novembro uma garrafões bem como descobriram o visita muito especial. Os meninos trabalho que ali é desenvolvido. A da sala 1 do Pré-escolar de Castro azáfama misturou-se com a alegria Marim levaram cerca de 300 gar- na convição de que esta foi uma rafões cheios de tampinhas que ação solidária. vão ajudar para a construção de As nossas espectativas foram uma residência no Algarve para superadas, um dos nossos objeos doentes oncológicos em trata- tivo foi igualmente atingido. Ultramento na Unidade de Radiotera- passámos os trezentos garrafões pia de Faro. O nome do projecto cheios de tampas recolhidas pelas é «Casa Flor das Dunas». mãos dos Adultos e de tantas crianOs alunos foram recebidos na ças que unidos pela mesma causa, sede da associação onde brinda- transformaram uma iniciativa num ram os colaboradores da entidade compromisso, numa corrente, que com cânticos de natal e com um a julgar pelo entusiasmo de todos presépio em material reciclado. Os não irá parar jamais”, disse ao JBG mais pequenos fizeram-se acom- Fátima Valentim educadora daquepanhar de um grupo de utentes les meninos em jeito de “agradeda Santa Casa da Misericórdia de cimento a toda a comunidade de Castro Marim. Castro Marim, e não só, que se Depois dirigiram-se todos até ao solidarizou com esta iniciativa”.


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LOCA L | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *

Belén playmobil en lepe El gran Belén Playmobil instalado en el teatro municipal Alcalde Juan Manuel Santana de Lepe, ha recibido ya más de 1.000 visitas en su primera semana de apertura al público. El Belén, que este año pasa por su segunda edición, se abrió al público para visitas el domingo 1 de diciembre y permanecerá abierto hasta el 4 de enero, a la espera de superar el número de visitantes del

año pasado, que alcanzó las 7.000 personas. El Belén Playmobil es una creación del joven Juan Manuel Rodríguez Oria, vecino de esta localidad, y cuenta con más de 2.500 personajes, además de adornos y otros enseres, repartidos en un original montaje de 40 metros cuadrados de extensión, que incluye tanto escenas de Belén como de la Navidad en la ciudad de Lepe.

ESPANHA por Antónia-Maria

La Retama: un arbusto autóctono de nuestra región Las retamas pertenecen a la familia de las leguminosas y están extendida por toda la Península Ibérica en sus variadas especies. Son arbustos sin hojas y de tallos verdes y su origen genético procede del sudoeste de la península. Hay numerosas especies, pero las más abundantes son: la retama común, la negra, la blanca y la norteafricana. Su nombre procede del árabe retam. La retama blanca está extendida por todo el sudoeste, incluyendo el Algarve, la provincia de Cádiz, Canarias y los países del norte de Africa. Varios son los nombres comunes que se le aplican…ginesta montesina, hiniesta, lluvia de oro y muchos

más. Es de crecimiento rápido y rebrota al cortarla. Florece en invierno y a comienzos de la primavera. Ya en el siglo I, el agrónomo gaditano Columela escribe en sus tratados sobre los arboles, de esta especie y los beneficios de su cultivo, para el hombre, recomendando su siembra por semillas sumergidas en agua, previamente. En el Bajo Guadiana está muy extendida en terrenos de marismas o próximo a dunas donde la salinidad de los suelos es elevada, gracias a que han desarrollado defensas para sobrevivir en este medio. Sus ramas se usan para atar los viñedos en algunos lugares, o como leña para alimentar los hornos de pan, por su gran poder calorífico. También

se utiliza para hacer cestos por sus ramas flexibles o pasta de papel, y en Canarias, cama para el ganado. Animales, como la cabra, aprovechan sus frutos. Se dice que “debajo de una retama se puede criar un borrego”… Se sabe que enriquece el suelo por su aporte de nitrógeno y asociado al encinar los beneficia con sus nutrientes. Por su verdor y su aspecto ornamental, pueden ser usadas en jardines de regiones secas, por su poco consumo de agua, junto a otras especies halófitas como las acacias o mimosas o palmeras, por la técnica de la xerojardineria: jardines mediterráneos adaptados al medio con plantas autóctonas y de poco riego.

Aniversario del fallecimiento del pintor ayamontino, Antonio Gómez Feu

Con esta imagen navideña os deseamos un feliz año 2014 para todos los lectores y colaboradores del «Jornal do Baixo Guadiana»

Sopa “en blanco” de pescado La sopa “en blanco” de pescado es ideal para estos días navideños, con tantos excesos en las comidas. Se puede hacer con pescada o merluza Este plato esencialmente propio de pescadores ha sido siempre recomendado para personas delicadas de estómago. El pescado conserva aquí todo su sabor y cualidades. El ‘en blanco’ de pescado más frecuentemente elaborado era el de jureles, debido a su bajo precio. Aunque es un plato típico de Málaga, se extendió a toda la región costera de Andalucía

Preparación: - El pescado que se utiliza puede ser preferentemente pescada, pescadilla, jureles o cualquier otro análogo. Se limpia y se coloca en una cazuela cubierto con agua. Se añaden ajo, cebolla y perejil picados, y se condimenta con sal y pimienta. - Se agregan rodajas de papas y se pone a hervir. Cuando esté cocido, se le añade aceite de oliva y, si se desea, un poco de zumo de limón. - Poco antes de retirar la cazuela, se colocan unas rodajas de pan sentado y se sirve cuando esté esponjada

El pescado conserva aquí todo su sabor y cualidades

por José luis rúa Estos dias se celebra el treinta aniversario del fallecimiento del pintor ayamontino, Antonio Gómez Feu. El pintor sordoparlante que cautivó a todos por su especial sensibilidad y su manera tan especial de plasmar en el lienzo con la misma soltura, un paisaje, un interior o un retrato. Si hubiera que decir algo de él, seguramente podríamos encontrarlo en la boca de alguien, o de muchos, que tuvieron la oportunidad de vivir en su época, de visitar sus exposiciones, de comunicarse con él, dado que era un gran conversador, - a pesar de ser sordomudo-, de sorprenderse de sus inquietudes literarias, de su enorme sensibilidad, de su afán viajero, de su humanidad y de su sencillez, de ser gran amigo de sus amigos. Hoy, pasados 30 años, siento su amistad como si terminara de despedirlo en la Goleta después de tomar un rioja a mediodía y de saborear una conversación que sabía a buena cosecha. Y el concepto más amplio de su estilo podrían ser “ sus fantásticas acuarelas ( de la escuela de Segrelles) opuestas a los ligeros retratos, a la rica composición de los bodegones, al arabesco detalle de los interiores de iglesia ( de la escuela sevillana), a las apretadas perspectivas del paisaje, a la fiel reproducción de lo filatélico…”

Y esa amplia diversidad que tan magistralmente manejaba, se debió unicamente al dominio de la técnica en sus mas diversas acepciones. De su paso por Valencia en su época de estudiante. En Sevilla, de esa etapa de madurez y asomo a las galerías y de cuando en 1952 se instala en Barcelona. Allí, en la ciudad condal, es donde desarrollara su trayectoria pictórica hasta que en el verano del 83 recala en Ayamonte hasta los últimos días de su vida. Una vida que transcurre en el silencio de sus labios y en las mejores conversaciones de sus lienzos. Su título de profesor obtenido en la Escuela de Bellas Artes San Fernando de Madrid, era su tarjeta de presentación, mientras que las mejores críticas especializadas fueron su tarjeta de visita. Alejado de los círculos y los grupos, fue un luchador independiente, honesto, creativo, capaz de lucirse con el óleo, la acuarela o el lápiz y seguro de lograr el mejor trabajo en el retrato ( inmortalizó a grandes personalidades de la vida militar, social y cultural del momento, destacando el acuarelista Segrelles, militares de la epoca o su ultimo retrato al pintor ayamontino D´Esury), la imaginería ilustrativa ( Becquer y sus leyendas, Bethoven y su Marcha Heroica, Camoes y Las

Luisiadas, El Quijote o las estampas filatélicas); en los interiores de templos ( Los Jerónimos de Lisboa, el Claustro de la Rábida, Las Angustias o San Antonio de Ayamonte); las naturalezas muertas llenas de vida, los paisajes urbanos de la Barcelona antigua o la belleza del Alcázar de Sevilla o la Casa de Pilatos. Y en sus ojos las lágrimas de agradecimiento a su ciudad, que supo homenajearlo cuando aún podía dar las gracias. Un homenaje sencillo en el patio del ayuntamiento en la tarde noche del 22 de agosto de 1980. 80 obras en una exposición antológica en la sala capitular. Rotulación de una calle con su nombre. Cena de honor en la caseta municipal y un alcalde que supo estar a la altura de las circunstancias, el siempre recordado Juan Antonio González. Y muchas cosas que se podrían decir de este insigne pintor ayamontino, de esta gran persona y de este buen amigo, que vivió en Barcelona parte de su existencia, pero que siempre llevó a Ayamonte con el y lo dejó presente en cada una de sus obras. Ahora es solo cuestión de recordarle posiblemente como uno de los mejores pintores que dió Ayamonte. Desde esta ciudad que es más bella porque fue tuya. Un abrazo.


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LOCAL

Desempregados em Castro Marim estão a ser integrados nas IPSS’s num apoio da câmara municipal Diversos protocolos celebrados entre a câmara municipal de Castro Marim e as diversas instituições particulares de solidariedade social (IPSS’s) do concelho foram solução encontrada no combate ao desemprego. A Câmara Municipal de Castro Marim aprovou em reunião do executivo, a 10 de dezembro, a celebração de um protocolo com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do

concelho - Associação Cegonha Branca, Associação dos Amigos e Naturais de Castro Marim «Sapal Verde», Associação de Bem Estar Social da Freguesia de Azinhal «ABESFA», Associação Social da

Freguesia de Odeleite e Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim - que tem por finalidade a reinserção profissional da população desempregada do concelho. Esta medida social para a comunidade castromarinense teve em linha de conta a elevada taxa de desemprego - cerca de 15% da população ativa existente no concelho e uma das maiores da região do Algarve.

Candidaturas ao IEFP

Em parceria com as IPSS, o município está a preparar candidaturas aos diversos programas do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), contando já com mais de uma centena de pessoas inscritas, comprometendo-se a financiar a parte das candidaturas que não é subsidiada por aquele organismo, mas da responsabilidade das entidades empregadoras. A elaboração das candidaturas aos programas do IEFP é realizada pelo serviço de ação social da

câmara municipal e os encargos serão custeados pelo município. Os beneficiários das candidaturas serão distribuídos pelas IPSS do concelho e pelos serviços da autarquia. Para o Presidente da Câmara Municipal trata-se “de um esforço financeiro municipal muito significativo, no sentido de ajudar as famílias que atravessam um momento muito difícil das suas vidas”. Francisco Amaral espera que “a economia retome e esta ajuda deixe de ser necessária”.

Cruz Vermelha de Martinlongo vai expandir-se e câmara promete dar apoio O presidente da Câmara Municipal de Alcoutim compromete-se em continuar a apoiar financeira e logisticamente a Cruz Vermelha Portuguesa de Martinlongo. Entretanto, esta entidade já projeta novos serviços para a freguesia. “Consciente da necessidade de desenvolvimento da economia social no concelho de Alcoutim”, a câmara municipal comprometeu-se a manter o protocolo de colaboração em vigor e apoiar logisticamente as atividades da Cruz Vermelha Portuguesa de Martinlongo. Entretanto, a entidade liderada por Manuel Almeida Martins anuncia a necessidade de aumentar os serviços, “complementando a oferta de serviços praticada pela Rede Social do concelho de Alcoutim”. A Cruz Vermelha Portuguesa de Martinlongo já ante-

cipou que vai preparar “um conjunto de propostas no sentido de criar um sistema de apoio residencial permanente à terceira idade no âmbito da alimentação (almoço e jantar), saúde, higiene e medicação, implementação de projetos de apoio psicológico junto das populações mais isoladas, de reativação da unidade de socorro e criação de polo de distribuição do banco alimentar, entre outras iniciativas a desenvolver, perspetivando a manutenção dos três postos de trabalho e a regularização da situação financeira da instituição”.

Mudanças de órgãos sociais Manuel Almeida Martins, presidente da direção da Delegação de Tavira da Cruz Vermelha Portuguesa, onde foi integrada a extensão de Martinlongo na sequência da mudança dos titulares dos órgãos sociais, comunicou a vontade de “consolidar e expandir os serviços prestados à comunidade, alargando a área de influência a todo o concelho de Alcoutim, em estreita articulação com os serviços municipais de ação social”.

A Cruz Vermelha já projeta novos serviços para a freguesia de Martinlongo

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim projeta residência para doentes de Alzheimer

Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim revitalizada

O JBG já tinha avançado com esta notrícia, dando conta de um projeto pioneiro que pode marcar uma aposta essencial no apoio aos doentes com Alzheimer. Agora sabe-se que o investimento ascende aos 2,5 milhões de euros, e será construído, no antigo edifício sede da Casa do Povo de Castro Marim. Destina-se a dar uma resposta eficaz e adequada às necessidades específicas dos indivíduos portadores da doença não só aos doentes do concelho, mas antes a toda a região algarvia. A sul do Tejo, não existe qualquer unidade desta natureza que possa responder a doentes com a patologia, constituindo assim um grave problema para as famílias que têm doentes de Alzheimer a seu cargo, visto que os Lares da Terceira Idade não têm estruturas físicas, nem pessoal especializado adequados. “Consciente da dificuldade que é a edificação de uma estrutura residencial com estas características, o Provedor da Santa Casa da Misericór-

Foi celebrado um protocolo entre a Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) e o município de Castro Marim com a finalidade de dinamizar a unidade móvel de saúde. A primeira unidade móvel de saúde do país foi criada em Alcoutim em 1995 e diminuiu significativamente a taxa de morbi-mortalidade relacionada com a gripe, a pneumonia, a diabetes, a hipertensão e a hipercolesterolémia naquele concelho. São precisamente esses objetivos que se pretendem alcançar em Castro Marim. O município de Castro Marim compromete-se a assumir todas as despesas inerentes à viatura e mais quatro mil euros (4.000€) anuais. A unidade móvel de saúde já iniciou as suas funções com a campanha de vacinação antigripal com vacinas adquiridas na vizinha Espanha, por se encontrarem esgotadas em Portugal.

Trata-se da primeira residência do género a sul do rio Tejo dia acredita, firmemente, que a mesma poderá ser uma realidade num prazo de dois anos, pois trata-se de resolver um problema que aflige seriamente os pacientes de Alzheimer e as famílias: o seu internamento e a qualidade de vida destas pessoas”, pode ler-se numa nota enviada à redação. Para o Presidente da Câmara Municipal, a construção deste equipamento, que terá capacidade para 70 utentes, podendo criar 50 postos

de trabalho, “é uma boa notícia para Castro Marim”. Em primeiro lugar, porque reflete as preocupações sociais e o dinamismo da Santa Casa da Misericórdia, depois porque constitui um bom exemplo no acompanhamento de uma doença que, infelizmente, tem vindo a registar um crescimento muito significativo. Em janeiro a biblioteca de Castro Marim vai receber uma conferência sobre a doença de Alzheimer.

“Alcoutim ainda + solidário” com mais apoio A efetuar no concelho de Alcoutim há quatro anos um serviço de apoio a tarefas do quotidiano, mas que para alguns se tornam inacessíveis, o projecto «Alcoutim ainda + solidário» já acudiu a mais de 1000 solicitações. Fazendo uma avaliação positiva deste serviço, o atual executivo municipal decidiu mantê-lo no próximo ano, reforçando a dotação financeira prevista na proposta de Orçamento para 2014. De igual forma, foi decidido aumentar o envolvimento das juntas de freguesia, apostando na descentralização de competências e numa maior proximidade aos cidadãos.

Medida responde a limitações financeiras e de mobilidade O projeto «Alcoutim ainda + solidário» é um serviço gratuito de ajuda ao domicílio para pequenos trabalhos domésticos, disponibilizado pela Câmara Municipal de Alcoutim desde o ano de 2009.


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G RA ND E P L ANO  CLAII de VRSA

Centro de apoio ao imigrante em VR 10 anos da rede CLAII em Portugal Ao nível nacional a rede de Centros de Apoio à Integração dos Imigrantes celebrou 10 anos. Ao Baixo Guadiana estendeu o seu raio de atuação em 2006, instalando-se na delegação de Vila Real de Santo António (VRSA) da Cruz Vermelha Portuguesa. Possibilitou um acompanhamento mais focalizado às comunidades estrangeiras que escolheram o concelho e concelhos vizinhos como destino de emigração. De há sete anos para cá muitos já chegaram e partiram. Em VRSA a comunidade do Bangladesh é a que mais tem crescido nos últimos tempos, em contraciclo com a comunidade brasileira que marca o maior retorno às origens. Susana H. de Sousa Foi graças a um protocolo tripartido, entre câmara municipal de Vila Real de Santo António, Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural (ACIDI) e Cruz Vermelha Portuguesa em VRS assinado a 27 de Dezembro de 2006, que nasceu o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII). Dedica-se em exclusivo às comunidades imigrantes que escolheram o Baixo Guadiana para residir na esperança de encontrar melhores condições de vida. Pessoas que chegaram vindas de países onde a crise se mostrava devastadora há muito tempo e que se tornaram imigrantes em Portugal numa condição sem prazo, e numa altura em que a crise ainda não tinha atingido o país de forma tão severa como se veio a revelar. Rita Prieto conta-nos que a afluência de imigrantes era já “bastante notória” em 2006 e que “o CLAII veio ajudar a regularizar a situação de muitos que estavam ilegais”. A coordenadora deste CLAII recorda que ao início “o trabalho desenvolvido passava muito pelas questões burocráticas”. Por isso mesmo foi desde logo muito estreito o contato com as entidades locais, tais como câmara municipal, segurança social, mas também Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e Centro de Emprego. “À época as maiores comunidades, à semelhança do resto do país, eram a brasileira e ucraniana”. Se por um lado os cidadãos de nacionalidade brasileira vinham, na sua maioria,” de zonas mais rurais e pobres, apresentando baixas qualificações”, o retrato da comunidade ucraniana era oposto. Nos dias de hoje a comunidade da Ucrânia é a mais representativa, sendo que no que diz respeito aos cidadãos da comunidade brasileira muitos já regressaram ao seu país de origem,

que neste primeiro quarto de século XXI está a protagonizar um período de ascendência económico-financeira. A convicção de Rita Prieto é que “se não houvesse tantas dificuldades económicas em Portugal muitos dos emigrantes brasileiros teriam feito a sua vida por cá, uma vez que falam a mesma língua, o clima é convidativo, a sua integração é fácil e a violência no Brasil é um fator muito negativo que acarreta uma insegurança constante”. Esta perceção tem-na do contato que

ao longo dos anos foi estabelecendo com os imigrantes.

Idioma pode ser maior barreira Excetuando os imigrantes dos países de língua portuguesa, o idioma pode ser a maior barreira na integração dos cidadãos estrangeiros em Portugal. A coordenadora do CLAII em terras pombalinas realça que ao longo dos anos “muitos programas nacionais vieram introduzir mudanças muito significati-

vas e positivas que possibilitou que os imigrantes acedessem com facilidade ao ensino do português”, mas também sublinha que muitos, nomeadamente de origem ucraniana, não se preocuparam em aceder a estas iniciativas e agora ressentem-se. “Ao início muitos cidadãos ucranianos trabalhavam na construção civil e como trabalhavam juntos, comunicando facilmente entre eles não se preocuparam com esta questão”, frisando que “agora, de alguma forma, sentem falta dessa

ferramenta”. As comunidades do Bangladesh, Índia, Paquistão e China também se mostraram sempre muito reticentes a aprender o português, o que se mostrou um obstáculo evidente no trabalho deste CLAII. Mas, por outro lado, há imigrantes que auxiliam no domínio das traduções, possibilitando que alguma da burocracia que envolve documentos dos países de origem, sejam tratados com maior celeridade. Se a barreira da língua a este nível não existe em maior escala “é graças ao voluntarismo

de muitos imigrantes cuja ajuda é preciosa”, testemunha Rita Prieto.

Da legalização ao Diálogo Intercultural Não foi demorado o processo que permitiu que o CLAII de VRSA integrasse na sua dinâmica de atuação Diálogo Intercultural. Esse passo foi dado depois de vários reptos lançados pelos imigrantes, sobretudo mulheres, que desafiaram, nomeadamente, Rita

Prieto a realizar atividades culturais no objetivo de reviver e promover no Baixo Guadiana hábitos e costumes dos seus países de origem. “Podemos dizer que o diálogo intercultural existe no nosso CLAII praticamente desde o início”. É com visível orgulho que a coordenadora deste projeto fala de atividades que fazem parte da genética deste projeto. Natal, Ano Novo, Festa «Entreculturas» - que trouxe até à praça Marquês de Pombal inúmeras nacionalidades e tradições, são alguns exemplos. “Os princípios do ACIDI são

a igualdade, o diálogo, a cidadania, hospitalidade, interculturalidade, proximidade e iniciativa e são esses princípios que medeiam a nossa atuação no Baixo Guadiana, quer no simples atendimento como num processo mais amplo de integração”, explica a coordenadora do CLAII vilarealense.

Acolhimento e apoio Recorde-se que os CLAII são espaços de acolhimento, informação e apoio descentralizado, que visam ajudar a responder às questões, problemas que se colocam aos imigrantes, com capacidade de interação com estruturas locais, tendo como missão ir além da informação e apoiar o processo multivetorial do acolhimento e integração de imigrantes a nível local. Em tempos o CLAII de VRSA contemplou o gabinete UNIVA Imigrante no auxílio da procura de trabalho, mas devido ao corte de verbas do projeto a iniciativa foi extinta, sendo que, no entanto, Rita Prieto também técnica do Gabinete de Inserção Profissional (GIP) tem aqui oportunidade de manter este apoio aos imigrantes.

Exploração laboral e violência doméstica No seio dos problemas que afetam as comunidades estrangeiras estão em destaque problemas como a exploração laboral e a violência doméstica. “Auxiliámos diversos casos de imigrantes que foram explorados, nomeadamente na área da construção civil”. Nestes casos os cidadãos são encaminhados para a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Outro dos problemas com que o CLAII teve de lidar já por diversas vezes é a violência doméstica. “As víti-


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GR AN D E P LAN O

RSA integra celebração dos A valorização do apoio aos imigrantes Conceição Cabrita Vice-Presidente e Vereadora de Ação Social Câmara Municipal VRSA «O balanço do CLAII nestes sete anos da sua existência é bastante positivo uma vez que este projeto tem levado à integração dos imigrantes em VRSA. É importante realçar que para além da integração este projeto preserva as origens dos cidadãos através de atividades desenvolvidas num constante e importante diálogo intercultural. O grupo de dança Splash [de Anna e Natália Avramenko] é um excelente exemplo de integração e preservação das suas raízes». Maria Judite de Sousa Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa de VRSA «Tem sido muito importante porque é mais uma valência que desenvolvemos na ajuda ao próximo. Quando o CLAII começou a imigração era muito grande e era importante dar apoio a quem vinha de outro país para recomeçar a sua vida, muitas vezes do zero. Os nossos objetivos foram atingidos e é com grande satisfação que vamos dar continuidade ao projeto». Oxsana Bessonova Imigrante ucraniana «Desde o início que eu e meu marido contámos com o grande apoio do CLAII em Vila Real de Santo António. Se não houvesse este apoio não sei como teria sido a nossa integração que começou há 13 anos. Aqui ajudam-nos à legalização, a arranjar trabalho e dão apoio ao diálogo entre culturas. Os nossos filhos são mais portugueses que ucranianos e por isso não querem sair de Portugal. Como as coisas estão muito difíceis meu marido emigrou para trabalhar na construção civil em França. Temos esperança».

Atividades realizadas no ano de 2013 No âmbito da 3ª edição da Promoção da Interculturalidade a nível Municipal apoiada pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros, o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Real de Santo António, realizou várias atividades no ano de 2013, tendo sempre em conta a promoção da Interculturalidade. Foi o caso de: Contos Interculturais; Programa de Rádio Viver Aqui; Sessão de Sensibilização sobre Direitos e Deveres dos Trabalhadores; Sessão de Sensibilização sobre Dislipidémia, Hipertensão e Diabetes seguida de rastreios; Sessão de sensibilização sobre a temática da Imigração; Torneio de Corfebol; Curso Básico de Costura; Festa Entreculturas; Exposição fotográfica Viver Aqui.

(em baixo) Maria Judite de Sousa, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa de VRSA, e Rita Prieto, coordenadora do CLAII. (p.8 e em cima) imigrantes nas várias atividades. mas são mulheres, e algumas casadas com portugueses”. Quando surge uma denúncia de violência doméstica a responsável encaminha para a Associação de Apoio à Vítima (APAV) que tem também uma extensão de atendimento na Cruz Vermelha da cidade pombalina.

3000 atendimento em 7 anos No concelho de Vila Real de Santo António existem 1798 imigrantes, sendo que 917 são homens e 881 mulheres. As nacionalidades mais representativas são Ucrânia (42%), Bangladesh

(19,51%), Roménia (15%), Brasil (7,9%), Bulgária (3,76%) - fixados maioritariamente na localidade de Altura, concelho vizinho de Castro Marim - Moldávia (3,21%) e Senegal (2,96%). Atualmente, maioria dos atendimentos realizados pelo CLAII são para apoio social - através do Banco Alimentar e Banco de Roupa da Cruz Vermelha - seguindo-se a legalização e depois a ajuda na procura ativa de emprego. Até ao final de 2013 o centro de apoio aos imigrantes de VRSA fez cerca de 3000 atendimentos. Ao longo destes sete anos o pico de atendimentos registou-se em 2010 – com 576. Desde então e a quebra se verifica,

tendo sido mais acentuada no ano de 2013, com cerca de 400 atendimentos. Esta é uma consequência do fluxo emigratório dos imigrantes que, novamente, fazem as malas à procura de melhores oportunidades perante um Portugal diferente, sob auxílio da Troika. “Muitos dos imigrantes que voltaram para as suas terras de origem, e isto aconteceu sobretudo com os de origem brasileira, contaram com o apoio do Retorno Voluntário, um programa da Organização Internacional das Migrações [OIM], explica-nos Rita Prieto.

Comunidade do Bangladesh é a que mais cresce

Nos últimos anos, e em contraciclo à saída dos imigrantes brasileiros, tem havido um número que vai crescendo de cidadãos do Bangladesh a chegar a VRSA. “Vêm trabalhar na área do comércio e chegam em grupos numerosos”. A responsável diz-nos também que muitos “têm habilitações bastante elevadas”.

Imigrantes tornam-se emigrantes Em 2013 houve um fenómeno que ganhou contornos maiores e que está a marcar a imigração no Baixo Guadiana. É que muitos imigrantes, na sua maioria de origem ucraniana, já com a nacionalidade portuguesa constituíram família e engrossam a lista de cidadãos portugueses que procuram trabalho na União Europeia. França e Alemanha são

os destinos de eleição. “Até agora o feedback desses imigrantes de segunda viagem é bastante positivo”. Rita conta-nos que os homens partem, as mulheres e os filhos ficam [ver exemplo real na caixa em cima].

Cruz Vermelha cria gabinete de apoio ao emigrante Tendo em conta os novos fenómenos das migrações, o próximo projeto da Cruz Vermelha Portuguesa pombalina é a criação de um «Gabinete de Apoio ao Emigrante». “Trata-se de uma iniciativa a pensar nos cidadãos com nacionalidade portuguesa que tentaram encontrar melhores condições de vida fora do país e que agora estão a regressar. Projeto a surgir em 2014 e que vai contar com a parceria da câmara municipal de VRSA.


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LOCA L  Protocolo assinado em Dezembro

Bombeiros de VRSA vão ter unidade de formação Trata-se de uma aspiração antiga dos bombeiros do Algarve e que graças a um protocolo recente vai ver a luz do dia. Até aqui a formação dada aos soldados da paz eram realizada fora da região. Os municípios de Vila Real de Santo António e Castro Marim, a Associação Humanitária de Bombeiros de VRSA, a Federação dos Bombeiros do Algarve e a Escola Nacional de Bombeiros celebraram em Dezembro um protocolo para a instalação de uma Unidade Local de Formação em Vila Real de Santo António. Até aqui não existia qualquer ponto de formação no distrito de Faro, o que significa que para receberem mais conhecimento os elementos desta corporação tinham de sair do Algarve para o efeito. A futura unidade formativa

ficará localizada no quartel do Corpo de Bombeiros de VRSA e responde a uma aspiração antiga dos Bombeiros de toda a região. O programa de formação abarca áreas-chave como o combate aos incêndios urbanos, industriais e florestais ou o controlo de acidentes com matérias perigosas, aumentando a resposta operacional no âmbito da proteção e socorro.

Maior cooperação Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “esta

A futura unidade de formação vai ficar localizada no quartel dos bombeiros voluntários de Vila Real de Santo António

parceria estratégica reforça ainda mais a cooperação que a autarquia tem vindo a desenvolver com os bombeiros” e “permitirá dar continuidade ao bom trabalho de prevenção desenvolvido durante o ano de 2013”. Além de VRSA e Castro Marim, também o município de Monchique assinou com a Associação Humanitária de Bombeiros local, a Federação dos Bombeiros do Algarve e a Escola Nacional de Bombeiros um protocolo homólogo com vista à instalação de uma unidade de formação no futuro Centro de Recursos de Proteção Civil de Monchique.

Pescadores da Manta Rota receberam equipamento São materiais de apoio à pesca que se vão juntar ao trator recebido em 2012. A disponibilidade de entrega do material veio da parte da câmara que encara a atividade piscatória importante para a economia concelhia. A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António entregou à Associação Desportiva Praia da Manta Rota um conjunto de equipamentos de apoio à pesca. A medida destina-se a revitalizar a atividade pesqueira na freguesia de Vila Nova de Cacela,

particularmente na praia da Lota. Os equipamentos foram adquiridos na sequência de uma candidatura ao Programa Operacional de Pescas (PROMAR), no âmbito do regime de apoio aos Portos de Pesca, Locais de Desembarque e Abrigo, e envolvem a aquisição de uma casa de apoio em madeira, uma câmara frigorífica e uma máquina de gelo.

Equipamentos cedidos por dois anos com renovação

Equipamento foi adquirido no âmbito de uma candidatura ao PROMAR

Fundação da Juventude leva a cabo formação no Baixo Guadiana A Fundação da juventude no Algarve está a levar a cabo dois tipos de formação no Baixo Guadiana. Acontecem desde 12 de Dezembro e ao longo de 425 horas têm lugar na associação Odiana. Serão, sensivelmente, dois meses em que a associação Odiana vai disponibilizar a sua sala multiusos para formações em «Animação Turística e Empreendedorismo» e «Apoio à Infância». No total vão ser 425 horas de formação intensiva em horário laboral. São 225 horas de formação de Animação Turística e Empreendedorismo, das 09h30 às 13h30, e 200 horas de Apoio à Infância, portanto das 14h00 às 18h00. Trata-se da modalidade Vida

Ativa/Emprego Qualificado, uma medida promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), cujos destinatários são desempregados. A entidade promotora, e responsável por ambas as formações, é a Fundação da Juventude, Delegação do Algarve, que promove a inserção de jovens na vida ativa e a sua empregabilidade. A Fundação da Juventude conta no seu portfólio com diversas iniciativas ligadas

à empregabilidade, tendo como principais vetores a formação profissional e o emprego e empreendedorismo. A participação da Odiana dá-se ao nível da cedência da sala multiusos e espaço para as formações, sendo que a mesma se encontra disponível para outro tipo de iniciativas que tenham como intuito o desenvolvimento do território e da população. Saiba mais em: www.odiana.pt ou http://fjuventude.pt

Os equipamentos são cedidos pela autarquia pelo período de dois anos, com possibilidade de renovação, e destinam-se apenas a ser utilizados pelos profissionais da Associação Desportiva Praia da Manta Rota. A cedência dos equipamentos tem em consideração a importância que a atividade da pesca representa para o concelho de Vila Real de Santo António, bem como a reconhecida escassez de recursos financeiros dos pescadores para investirem e m materiais.

Freguesias de Alcoutim recebem maiores verbas A Câmara Municipal de Alcoutim está a reforçar as verbas das Freguesias, em resposta às suas novas atribuições e competências, decretadas pela nova lei das Autarquias Locais, e pela dificuldade manifesta por estas entidades em cumprir os seus compromissos. De acordo com uma nota do departamento de relações públicas da câmara, “foram atribuídas verbas às Freguesias de Martinlongo e Vaqueiros, num total de cerca de 25.000 euros”. No caso da Freguesia de Martinlongo, a verba destina-se a melhoramentos e reparações em infraestruturas públicas de diversas localidades da freguesia e no espaço polivalente, utilizado pela

comunidade local para diversos eventos e atividades socioculturais. Em Vaqueiros, os reforços vão ser usados para adquirir novos equipamentos informáticos, para instalação de wi-fi e obras de reparação do telhado do edifício-sede da Freguesia, de forma a acolher o espólio do Núcleo Museológico de Vaqueiros, e para obras de melhoramentos na capela do cemitério da aldeia. “No orçamento Municipal de 2014, reservámos cerca de 200 mil euros para as Freguesias e, caso se venha a mostrar necessário, poderá haver um reforço”, garantiu o presidente da autarquia, Osvaldo Gonçalves.


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LO CAL

Villa Romana do Montinho das Laranjeiras é «interesse público» Trata-se de uma notícia muito importante para o Baixo Guadiana, e para o município de Alcoutim em particular, uma vez que desde 1990 a edilidade investe no património que constitui este espaço arqueológico. A Villa Romana do Montinho das Laranjeiras, a 8km da vila de Alcoutim, junto ao Rio Guadiana, foi classificada como sítio de interesse público pela Secretaria de Estado da Cultura. As ruínas desta Villa ficaram a ser conhecidas após a “grande cheia do Guadiana”, no ano de 1876. Cumprindo ordens do Governo, o arqueólogo Estácio da Veiga realizou, em 1877, a escavação do local, mas só em 1990 se reiniciam os trabalhos arqueológicos. A proximidade do caminho fluvial foi determinante na implementação e solidificação das comunidades na Villa e do seu desenvolvimento socioeconómico desde a época romana. Nas ruínas reconhecem-se três áreas distintas, de diferentes épocas. Da época romana, século I, a pars fructuaria, um espaço vocacionado para a atividade económica predominante, a exploração agro-

pecuária. Do período visigótico, final do século VI e princípio do século VII, uma ecclesia, uma igreja de planta cruciforme. Por fim, da época islâmica, séculos XII e XIII, as buyut, duas habitações geminadas, que terão sido hospedarias. A classificação da Villa Romana do Montinho das Laranjeiras, segundo a Portaria n.º 883/2013, publicada no passado dia 11 de dezembro, prende-se com a sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, com o “testemunho notável” de vivências e factos históricos, com a sua dimensão “e o que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva” e com o contributo que constitui na investigação histórica e científica.

A Villa Romana do Montinho das Laranjeiras

A Villa Romana do Montinho das Laranjeiras fica situada a 8km da vila de Alcoutim, junto ao Guadiana Trata-se de um sítio arqueológico situado junto ao rio Guadiana com vestígios de ocupação desde o século I até ao século XIII, repre-

sentativo das rotas comerciais entre esta região e o Norte de África. Além dos vestígios romanos apresenta também estruturas de uma antiga

igreja visigótica (séculos VI e VII) bem como um conjunto de casas islâmicas dos séculos XII e XIII. O acesso ao recinto é gratuito e encontra-se aberto ao longo do ano. Conjunto composto pela Villa e por basílica. Planta longitudinal, de forma irregular com diversos compartimentos de planta quadrangular e rectangular de paredes de xisto, que se encontram espalhados, alguns deles com pequeno pátio central, ainda visível; pavimento com silhares de xisto em alguns compartimentos; troço de coluna caiado que faria parte de um edifício. Igreja paleocristã de planta cruciforme acrescentada à villa na zona mais baixa e com inclinação para o rio, a SE.; braço mais curto com possível cabeceira; a NO. encontram-se escavadas na rocha seis sepulturas dispostas paralelamente entre si que correspondem a uma segunda fase de reconstrução da igreja.

ATAS foi Ata de Fronteira foi assinada em Alcoutim para distinguida reforçar cooperação Decorreu a 13 de Dezembro em Alcoutim a assinatura da Ata de Fronteira entre o Município de Alcoutim e os ayuntamentos de Sanlúcar de Guadiana, El Granado e San Silvestre de Guzmán. A assinatura da Ata de Fronteira assinala e confirma a demarcação da fronteira luso-espanhola, estabelecida pelo Tratado de Limites entre Portugal e Espanha, celebrado em Lisboa em 1864. Mais tarde, através de convénio bilateral, os limites foram confirmados em 1864 entre a confluência do Rio Cuncos e a foz do Rio Guadiana. O ato de assinatura da Ata de Reconhecimento de Fronteira é anual, mas, pela primeira vez em muitos anos, juntou os autarcas das quatro comunidades, num encontro marcado pela manifesta vontade de trabalhar e desenvolver a cooperação entre os

Maria Luísa Francisco recebeu prémio em nome da direção da ATAS

Cerimónia juntou autarcas de Alcoutim, Sanlúcar de Guadiana, El Granado e San Silvestre de Guzman povos. Estando no início deste mandato autárquico, o Município de Alcoutim aproveitou esta oportunidade para anunciar as suas intenções e objetivos de cooperação transfronteiriça para os próximos quatro anos, apresentando alguns projetos que gostaria de desenvolver com os pares da margem espanhola, como a promoção de encontros gastronómicos e a colaboração nos eventos sociais e/ou turísticos, entre outros, cujo objetivo final será o de aproximar as comunidades transfronteiriças e promover as margens como conjunto turístico. “O Município de Alcoutim acre-

dita no trabalho e no crescimento em parceria e é com esse desígnio que vos peço que analisemos de que forma será possível otimizar, ainda mais, a nossa cooperação”, referiu o autarca de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, nomeadamente na “promoção e realização conjunta de eventos que valorizem a recente classificação da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO”, que abrange os dois países. À cerimónia seguiu-se o hastear da bandeira nacional no Castelo da Vila, onde permanecerá içada como símbolo de soberania nacional.

A Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar (ATAS) foi distinguida pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), na categoria de Cooperação Internacional, pela organização do 1º Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museologia. Este 1º Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museologia foi organizado em parceria com a Direção Regional de Cultura do Algarve e a Associação de Museografia e Museologia da Andaluzia, com o apoio da Câmara Municipal de Alcoutim e decorreu em 19 e 20 de outubro de 2012 em Alcoutim. Segundo Maria Luísa Francisco, da direção da ATAS, a ideia de realizar o Encontro transfronteiriço de Museus em Alcoutim surgiu “pelo facto de desempenhar a função de Delegada Regional da Associação Portuguesa de Museologia e estar simultaneamente na Dire-

ção da Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar. Uma forma de conciliar foi realizar o evento em Alcoutim, para que se desse a conhecer Alcoutim como destino cultural valorizando a sua riqueza patrimonial.” Acrescenta ainda que “a parceria concretizou-se quando juntamente com a Direção Regional de Cultura do Algarve nos encontramos em Sevilha com a Associação AMMA (Associação de Museógrafos e Museólogos da Andaluzia).” Conclui referindo que “o Encontro que deu origem ao prémio valoriza também a importância da cooperação entre instituições”. Os prémios da APOM visam “incentivar e premiar a imaginação e a criatividade dos Museólogos portugueses e o seu contributo efetivo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal, sendo também uma forma de dar visibilidade ao que de melhor se faz no âmbito da museologia”.


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DESENVOLVI ME NTO  Castro Marim

Comissão de Utentes organizou manifestação contra fecho de finanças No passado dia 17 de Dezembro o centro da vila de Castro Marim foi palco de uma manifestação de utentes contra o fecho da repartição de finanças. Edilidade juntou-se à causa. Faixas negras e palavras de ordem exigiam a manutenção da repartição de finanças em Castro Marim. Em discurso perante a população esteve o líder da comissão de utentes dos serviços públicos do concelho e o presidente da União de Sindicatos do Algarve. Os responsáveis criticaram duramente “os cortes cegos de Governo” que “agora prepara-se para fechar as repartições de finanças do Interior do país”. António Goulart lembrou o exemplo dos CTT “cuja privatização é um exemplo claro daquilo que vai acontecer aos restantes erviços públicos no país se se permitir que o Governo leve por diante esta política cega de austeridade”. “Em poucos meses, por decisão do Governo e das Troikas, as populações de Castro Marim foram

confrontadas com a intenção de encerramento de vários serviços públicos, sendo, as extensões de saúde de Odeleite e do Azinhal, tesouraria da Segurança Social e agora a repartição de finanças”, lembra a comissão de utentes dos serviços públicos de Castro Marim.

ção e melhoramento de todos os outros Serviços Públicos do Concelho, nomeadamente as Finanças, Registo Civil e CTT”.

Edilidade na manifestação

«Morte lenta de Castro Marim» A Comissão de Utentes dos serviços públicos do Concelho considera que “está a assistir-se à morte lenta de Castro Marim” e, por isso, apelou à população, aos trabalhadores desses serviços, para “não se resignarem e lutar contra o encerramento das Extensões de Saúde e da Tesouraria da Segurança Social, defendendo também, a manuten-

População manifestou-se em meados de dezembro

A vice-presidente da câmara municipal de Castro Marim, Filomena Sintra, participou nesta manifestação e afirmou que a câmara “está contra estes encerramentos, que a confirmarem-se representam um retrocesso enorme no desenvolvimento do concelho”. Cautelosa, Filomena Sintra disse “não ter qualquer confirmação oficial deste encerramento, mas garante que a câmara está atenta a esta situação e que tomará as medidas necessárias para salvaguardar os serviços de finanças no concelho”.

 Com apoio municipal

Extensão do Azinhal poderá reabrir em breve O presidente da câmara municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, já adiantou que em cima da mesa das negociações está um apoio municipal na ordem dos 33 mil euros. Prosseguem reuniões com Administração Regional de Saúde. A 22 de Outubro as populações residentes na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, Azinhal e Odeleite, freguesias do concelho de Castro Marim, manifestaram-se em frente à Administração Regional de Saúde (ARS) no Algarve. Passados cerca de dois meses o presidente da câmara municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, anunciou ao JBG que a reabertura da extensão do Azinhal poderá acontecer “em breve”. Sem adiantar datas, porque ainda decorrem as reuniões com a ARS o autarca explicou que a solução passará pela autarquia contribuir com cerca de 30 mil euros para as obras de recuperação do edifício daquela extensão de saúde e mais três mil euros para o apetrechamento informático de apoio ao funcionamento. “É a solução possível”, diz-nos Francisco Amaral que se mostra empenhado em conjuntamente com o presidente de junta da freguesia do Azinhal e com a ARS

“reabrir o mais depressa possível” aquela extensão de saúde. Quanto à extensão de saúde de Odeleite o autarca avança que “é preciso uma intervenção mais profunda”, mas também está convicto que “reabrirá”.

Vaqueiros: Extensão de saúde para antiga escola primária No que diz respeito a Alcoutim, o presidente da câmara, Osvaldo Gonçalves, explicou ao JBG que “está a ser feito um estudo para que a extensão seja relocalizada na antiga escola primária que tem melhores condições de funcionamento e acessibilidades”. Ainda não existe ainda qualquer verba associada às adaptações, bem como à informatização daquela estrutura, mas o edil prossegue em reuniões com a ARS e diz-se “firmemente empenhado” na reabertura desta extensão em Vaqueiros.

Autarcas vão subsidiar obras e equipamento informático


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Mensagem de Ano Novo Osvaldo Gonçalves Presidente da C.M. Alcoutim

Luís Gomes Presidente da C.M. VRSA

Francisco Amaral Presidente da C.M. de Castro Marim

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ntecipando a saída da crise, foi aprovado um Orçamento Municipal ambicioso, que garante a execução de obras e o desenvolvimento de projetos fundamentais para o futuro de Alcoutim e das suas gentes, assegurando a coesão social no nosso concelho e valorizando um trabalho partilhado com as demais instituições públicas e privadas. Da mesma forma, aprovámos um Plano Plurianual de Investimentos que concretiza o programa eleitoral sufragado pelos alcoutenejos e responde aos anseios da população, potencializando o investimento económico e constituindo as bases para a fixação de empresas e criação de emprego, sem hipotecar as gerações vindouras e minimizando custos ambientais. Numa lógica de mudança e de descentralização, queremos criar as condições para concretizar a transferência de competências para as Juntas de Freguesia e consolidar as parcerias existentes com as Instituições integradas na Rede Social de Alcoutim, maximizando os recursos disponíveis e permitindo uma comunidade mais solidária. Por tudo isto, manifestamos aos nossos concidadãos a nossa total determinação e empenhamento para ultrapassar os momentos difíceis que as nossas famílias atravessam e queremos transmitir aos alcoutenejos um forte sinal de união e de confiança no futuro da nossa terra!

Determinação e empenhamento para ultrapassar os momentos difíceis

esejo que as dificuldades, nomeadamente o desemprego, seja atenuadas. Que haja mais solidariedade entre as pessoas, que é o que muitas vezes não há. A população mais carenciada como os idosos e os doentes precisam do apoio de todos nós. A situação das famílias é deveras preocupante e a palavra solidariedade não deve ser vã, mas sim real e praticada no dia-adia. Tenho recebido os munícipes e não está fácil para as gentes de Castro Marim aguentar as adversidades. Desejo um ano novo o melhor possível e da parte da câmara municipal há todo um empenho para atenuar o sofrimento. Temos uma grande vontade de ajudar as pessoas que necessitam. A maior meta é combater o desemprego que é assustador. Cabe à câmara acarinhar os investidores do concelho para que criem emprego. Temos de fazer ação social porque há casos muito graves de pobreza, de pessoas a viverem no limiar do desespero. Os nossos governantes não fazem a mínima ideia do que se está a passar neste país, porque se soubessem secundarizavam a politiquice.

A maior meta é combater o desemprego que é assustador

m excelente ano de 2014 para todos os vilarealenses. Sabemos que estes últimos anos têm sido difíceis para nós em que temos procurado superar todas as nossas forças muitas vezes para sobreviver, para encontrar uma forma mínima de subsistência. Sabemos que a situação do país não é favorável. O que posso dizer é que da parte da câmara municipal estamos a dar o nosso máximo empenho para que possamos ajudar quem mais precisa, mas também para estarmos ao serviço do desenvolvimento económico e apoiarmos projetos nesse sentido. Podem estar certos que em 2014 continuaremos o nosso trabalho: dar o máximo pelo concelho; por todos os cantos do município, colocando sempre em primeiro lugar os interesses da população. Apelo para que não desanimem, que continuem a acreditar. Um bom ano de 2014 depende de cada um de nós.

Estamos a dar o nosso máximo empenho para ajudar quem mais precisa


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Feliz 2014!

A primeira edição de 2014 do Jornal do Baixo Guadiana aguardou pelas comemorações de passagem de ano para fechar, de modo a poder deixar nas suas páginas uma breve amostra da festa que se foi fazendo, nomeadamente aquela que foi patrocinada por entidades públicas e associações, tendo contado com a adesão alegre da população. Em cima à esquerda a grande festa teve lugar em Monte Gordo, onde o fogo-de-artifício e David Carreira fizeram as honras da casa no novo ano. À direita em cima o jantar de convívio em Giões, pela associação «Grito D’Alegria», e em baixo a animação na União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro.

Cânticos de Natal em Alcoutim

Presépio Gigante da freguesia de Castro Marim

Grupo de dança «O Teu Cantinho» em Vila Real de Santo António

O Natal celebra-se até ao dia de Reis - 6 de Janeiro. Data em que o nosso jornal chega à maioria dos assinantes. Por isso mesmo queremos que chegue e que leve de presente algumas das imagens representativas de como muitos se esforçaram por tornar esta quadra o mais bonita possível. Desde Alcoutim, passando por Castro Marim até Vila Real de Santo António foram inúmeras as iniciativas desenvolvidas.

«Era uma vez o Dragão» pelo Teatro Experimental de Alcoutim

«Natal na Aldeia» de Odeleite

Exposição de pais e filhos com materiais reciclados no Centro Infantil «A Borboleta»,


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D ESEN VO LVIMEN TO  Orçamento para 2014

Políticas sociais terão “especial enfoque” em Castro Marim Acessibilidades e desenvolvimento económico são prioridades do executivo municipal de Castro Marim. Mas o orçamento para 2014 divulgado a 2 de Janeiro evidencia “especial enfoque” para as questões sociais. O Orçamento do município de Castro Marim atinge o valor global de 23.929.448,00 euros com o investimento a situar-se nos 12.164.200,00 Euros, o equivalente a 51 % do orçamento aprovado. “A conclusão da Estrada Municipal Altura-Furnazinhas e da Casa do Sal de Castro Marim e a construção do Pólo Incubador de Empresas em Castro Marim são algumas das prioridades do Orçamento para 2014, a par do especial enfoque dado às políticas sociais delineadas pelo executivo”, pode ler-se na nota de imprensa a que o JBG teve acesso em fecho de edição, a 2 de Janeiro. O orçamento para 2014 “reflete, de modo claro, um novo paradigma, em virtude da alteração do executivo, mas essencialmente devido às questões sociais, que se colocam hoje com grande acuidade no concelho, pois é necessário apoiar socialmente as famílias que mais precisam e todos aqueles que de um momento para o outro ficaram em situação de grande vulnerabilidade, nomeadamente com a perda do seu posto de trabalho”, lê-se na nota à comunicação social. A Câmara Municipal de Castro Marim “está determinada a desenvolver uma política social ativa, que vá ao encontro das pessoas, no apoio à concretização e reestruturação das suas vidas, nos domínios da saúde, da educação ou do emprego, de forma a termos um concelho mais eficiente, dinâmico e solidário”.

Quase 24 milhões de euros de valor global O Orçamento do Município de Castro Marim atinge o valor global de 23.929.448,00 euros com o investimento a situar-se nos 12.164.200,00 euros o equivalente a 51 % do orçamento aprovado. As Grandes Opções do Plano (GOP) “espelham de forma inequívoca a perda de receitas municipais, em linha com o que acontece na maioria dos municípios algarvios, em grande medida pela recessão

verificada no mercado imobiliário, até aqui a principal fonte da receita municipal. Acresce ainda o facto do novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) 2014 – 2020, em negociação, não trazer nada de bom para o financiamento das autarquias. Contudo, o executivo prossegue

dos equipamentos e obras inscritos em anteriores Planos Plurianuais de Investimento continuam a ser projetos estruturantes, mas sem compromisso financeiro. Este é um exercício que se afigura necessário face à atual conjuntura, mas também por força da nova Lei das

34 Km, com a construção em curso do troço Eira Verde-Monte Novo/ Furnazinhas; a Casa do Sal de Castro Marim; a construção do Pólo Incubador de Empresas, a conclusão da habitação social na Urbanização das Laranjeiras, em Altura, ou as obras de remodelação

relevantes inscritas no orçamento”, informa o município. Igualmente a cultura e o desporto têm nesta rubrica do orçamento um papel de relevo, como a realização do evento Dias Medievais, o Programa Férias Ativas, a atribuição de bolsas de estudo, a assinatura de Contratos-Programa com as associações locais e a celebração de protocolos com as juntas de freguesia e as IPSS do concelho. Quanto à proteção civil e combate a incêndios, é de realçar a continuidade do Protocolo de Colaboração com os Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António.

Incremento da dinamização de equipamentos

a linha de rumo traçada para o futuro do concelho como evidencia o investimento de 7.817.649,00 Euros nas funções sociais e como provam o ordenamento do território, o abastecimento de água e saneamento e as acessibilidades, que representam 33 % do investimento total”, informa o executivo municipal liderado por Francisco Amaral. “Mais do que nunca, temos a consciência que os recursos financeiros colocados à disposição do executivo para a execução de todos os projetos planeados, desenvolvidos e consensualizados nos últimos anos, além de muito mais limitados, exigem outra hierarquização de prioridades. Assim sendo, alguns

Finanças, publicada em setembro último, que determina uma lógica de construção e gestão orçamental completamente distinta, cuja aplicação plena se fará no orçamento de 2015”.

e requalificação nos mercados de Altura e Castro Marim.

Obras públicas

Há um conjunto de políticas sociais e culturais que absorvem uma fatia do orçamento na ordem dos 16 % das despesas correntes. “A recuperação e requalificação de habitações degradadas de idosos do concelho, os subsídios de incentivo à natalidade, o Cartão do Idoso, o transporte para consultas ao médico, a rede de transportes coletivos e escolares do município são algumas das atividades mais

Algumas das obras inscritas nas Grandes Opções do Plano para 2014 são a 1ª fase do Subsistema Central, destinada a servir água a 11 localidades das freguesias de Azinhal e Odeleite, cuja execução aguarda decisão da candidatura apresentada ao POVT; a conclusão da Estrada Municipal AlturaFurnazinhas, numa extensão de

Políticas sociais e culturais absorvem 16% das despesas

Uma das áreas de intervenção do município à qual as Grandes Opções do Plano dedicam especial atenção é à dinamização de diversos equipamentos, designadamente o Castelo da vila, a Colina do Revelim de Santo António, o Centro Multiusos do Azinhal, o Moinho das Pernadas ou a Casa de Odeleite, cuja gestão está a cargo da Empresa Municipal – NOVBAESURIS, com a finalidade de captar novos públicos e criar rotas turísticas. “O Plano Plurianual de Investimentos para 2014 tem como desiderato criar no concelho de Castro Marim as condições básicas de vivência civilizada, como se espera dos territórios que integram a Europa Ocidental. O abastecimento de água a toda a população é um desígnio deste executivo, tal como a manutenção da rede viária, a higiene e limpeza das ruas e a requalificação dos espaços urbanos. Não menos importante é a criação de infraestruturas qualificadas de apoio ao desporto, à educação, à saúde, à cultura ao lazer e à 3ª Idade”, remata o comunicado à imprensa.


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D ESENVOLVI ME NTO  Orçamento para 2014

Município de Alcoutim aposta na qualidade de vida e no combate à desertificação O Executivo da Câmara Municipal de Alcoutim submeteu à aprovação dos Órgãos Municipais as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2014, apostando “na articulação e coordenação das políticas locais para promover a qualidade vida das pessoas e apoiar a sua fixação no território”. Apesar dos constrangimentos económicos e financeiros vigentes, a Câmara Municipal de Alcoutim pretende operacionalizar uma estratégia de desenvolvimento para o concelho assente na valorização dos seus recursos naturais e humanos. Nesse sentido, num horizonte de quatro anos, o atual executivo municipal aposta “numa matriz de desenvolvimento sólida e sustentada, visando a melhoria das condições de vida das populações, sem hipotecar o futuro das gerações vindouras, e minimizando os custos ambientais”. A nota à imprensa dedicada ao tema do orçamento foi divulgada em Dezembro. Para corresponder às necessidades dos cidadãos, mantendo o equilíbrio das finanças municipais, e minimizando problemas emergentes como o desemprego, a pobreza e a exclusão social, de modo a que cada munícipe possa usufruir de uma vida condigna, foram estabelecidas como áreas de intervenção estratégica a ação social, saúde, educação, cultura, desporto, indústria e turismo. Aprovadas por maioria na câmara municipal, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para o ano económico de 2014 prevêem um valor global de 13.285.477 milhões de euros dos quais 7.160.650 milhões são despesas de capital, que representam 54% do Orçamento.

Ação social

No domínio da ação social, saúde e educação, há a enumerar o investimento na construção do lar de Martinlongo, na melhoria da rede municipal de equipamentos sociais e no reforço do apoio social às famílias, em estreita articulação com as instituições particulares de solidariedade, de forma a garantir apoios económicos a famílias carenciadas, a continuidade dos programas de fisioterapia, terapia da fala e de saúde oral, uma

ção de uma unidade de cuidados continuados no concelho e à integração de cidadãos, com especial atenção aos portadores de deficiência, no mercado de trabalho”, lê-se na nota municipal.

aposta renovada no Cartão Social do Município de Alcoutim, na Unidade Móvel de Saúde e nos projetos «Alcoutim ainda + solidário» e «Vamos à Vila – Transporte social intraconcelhio». “Simultaneamente, o Município continuará a dar o seu apoio à cria-

garantir as refeições escolares e apoiar as famílias com os custos em transportes, material de educação e subsídios, no ensino não superior, e promover a atribuição de bolsas de estudo e realização de estágios nos serviços municipais, no ensino superior.

Educação No capítulo da educação, é prioridade a celebração de protocolos com instituições de ensino, para melhorar as funções educativas,

Cultura e desporto Nas áreas da cultura, desporto, recreio e lazer, será concretizado o Núcleo Museológico Dr. João Dias, beneficiado o Espaço Multiusos e desenvolvida uma intervenção preventiva nas Piscinas Municipais, incluída numa estratégia de requalificação dos equipamentos desportivos e dos parques infantis e geriátricos, continuando a garantir-se o acesso gratuito às várias

modalidades desportivas, destacando a canoagem, natação, atletismo, futsal, BTT ou aeróbica.

Incremento económico A promoção das atividades económicas passará por uma aposta

nos fatores de diferenciação turística do Nordeste algarvio e a herança milenar dos povos do Rio, através da elaboração do Plano de Desenvolvimento Estratégico, pela requalificação da Praia Fluvial do Pego Fundo em Alcoutim e pela promoção de eventos que valorizem a recente classificação da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em articulação com as associações locais. Paralelamente, “numa lógica de continuidade responsável”, o município assegura que vai ser dado seguimento aos projetos de revisão e alteração da Rede Ecológica Nacional (REN) e do Plano Diretor Municipal (PDM), à conclusão e equipamento dos Paços do Concelho, melhoria das redes de abastecimento de água e saneamento básico, beneficiação da rede rodoviária municipal e intermunicipal e valorização do loteamento Industrial, criando condições e incentivos para instalação de pequenas e médias empresas. “Numa lógica de mudança e de descentralização, mas também confirmando a plena confiança nos eleitos locais, a Câmara Municipal criará as condições para concretizar a transferência de competências para as Juntas de Freguesia, maximizando os recursos disponíveis e aproximando a administração dos Cidadãos”, remata a nota de imprensa.

Famílias carenciadas com reforço de apoio social São mais 6.500 euros que o município disponibiliza para as famílias com dificuldades. Grande objetivo é colmatar necessidades básicas. Para fazer face às desigualdades sociais subjacentes à problemática da pobreza e exclusão social, a câmara municipal de Alcoutim atribuiu cerca de 6.500 euros a famílias carenciadas. Os apoios destinam-se a colmatar necessidades básicas das famílias nas áreas do bem-estar familiar, saúde,

educação, alimentação e habitação, por exemplo o pagamento de medicamentos para a doença de alzheimer, fármacos muito caros e com pouca comparticipação do Estado, a aquisição de óculos ou ao financiamento de tratamentos de saúde oral. “Sendo público que estas problemáticas afetam muitas famílias, o

Município está especialmente empenhado em assegurar a coesão social no concelho, valorizar o trabalho partilhado com as Juntas de Freguesia e consolidar as parcerias existentes com as Instituições integradas na Rede Social de Alcoutim”, diz Osvaldo Gonçalves, presidente da câmara.

O município de Alcoutim avançou com medida extraordinária para ajudar no combate às desigualdades


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D ESEN VO LVIMEN TO

Luís Gomes integra o Comité das Regiões da União Europeia O presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António e, simultaneamente, presidente da associação de desenvolvimento local ODIANA vai representar Portugal no Comité das Regiões na União Europeia. O edil do Baixo Guadiana assume, assim, um papel de destaque na Europa, ganhando maior oportunidade para defender os interesses locais e regionais. O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes e presidente da ODIANA integra agora a lista de representantes de Portugal no Comité das Regiões. O nome de Luís Gomes foi aprovado em Conselho de Ministros, sob proposta da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), através de uma resolução que propõe ao Conselho da União Europeia os membros representantes dos municípios que substituirão, nessa qualidade, os anteriores representantes de Portugal no Comité das Regiões. O Comité das Regiões é um órgão consultivo que representa as entidades locais e regionais da União Europeia e tem por função apresentar os pontos de vista regionais e locais sobre a legislação europeia.

A Comissão, o Conselho e o Parlamento devem consultar o Comité das Regiões antes da tomada de decisões sobre questões relativas à administração local e regional (por exemplo, sobre política de emprego, ambiente, educação ou saúde pública). Além de Luís Gomes, foram aprovados os nomes dos presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira e do presidente da Câmara de Lisboa, Vasco Cordeiro, Alberto João Jardim e António Costa, respetivamente. Além destes três nomes, a ANMP tinha proposto os dos presidentes da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, e de Baião, José Luís Carneiro. Foram também aprovados os nomes dos presidentes das Câmaras da Guarda, Viana do Castelo, Sintra, Maia, Évora e Mangualde, respetivamente Álvaro

A escolha de Luís Gomes foi aprovada em Conselho de Ministros Amaro, José Maria Costa, Basílio Horta, Bragança Fernandes, Carlos Manuel Rodrigues Pinto de Sá e João Azevedo.O Comité das Regiões tem atualmente 353 membros (e igual número de suplentes) dos 28 países da UE. Os membros são nomeados

para um mandato de cinco anos pelo Conselho, sob proposta dos países da UE. Os membros do Comité são representantes políticos eleitos, ou figuras de relevo, das entidades locais ou regionais da sua região de origem.

Operadores Turísticos visitaram Alcoutim e Cacela Velha Os concelho de Alcoutim e Vila Real de Santo Anrónio receberam em Dezembro uma visita de cinco operadores turísticos vindos de vários países da Europa. A paisagem do concelho de Alcoutim e a localidade de Cacela Velha, no concelho vilarealense, foram palcos de uma visita de operadores turísticos vindos de França, Dinamarca, Suécia e Holanda. A visita para conhecer e divulgar o potencial turístico dos lugares decorreu a 12 de Dezembro e os profissionais do turismo tiveram oportunidade de percorrer trilhos pedestres, o rio Guadiana e saborear a gastronomia local, que se apresenta rica e variada. A organização foi da Associação de Turismo do Algarve (ATA) e da empresa Megasport em parceria com a Câmara Municipal de Alcoutim e a Associação Odiana. “É uma aposta clara na promoção internacional do território e seus recursos endógenos, nomeadamente as paisagens serranas, o Rio Guadiana e a apetecível gastronomia e doçaria típica”, lê-se numa nota de redação divulgada pela associação Odiana.

Potenciais do território foram evidenciados O dia começou com uma apresentação da história da vila de Alcoutim no cais, seguida de uma

A visita integrou-se na iniciativa conhecida como «FAM TRIP», cujo objetivo é promover destinos turísticos visita à Casa dos Condes (biblioteca e centro de exposições da vila), depois rumo ao castelo e à afamada praia fluvial. A visita continuou numa ótica de aventura e descoberta pelos trilhos pedestres. Foram percorridos 8 km em subida pela Ribeira dos Cadavais até descida ao ex-líbris do território, o rio Guadiana. Seguiu-se um menu gastronómico à moda serrana que principiou pelo queijo de cabra e coelho frito e para prato principal um cozido de grão. A sobremesa ficou a cargo

da época festiva natalícia, com as tradicionais filhós e empanadilhas. Para digestivos o café e o habitual medronho. Já a parte da tarde a viagem deu a vislumbrar o litoral algarvio, ainda incidindo no Baixo Guadiana com um passeio de bicicleta pela pitoresca aldeia de Cacela Velha, berço da Ria Formosa. Depois os operadores turísticos seguiram viagem para o concelho vizinho de Tavira.

Odiana assume leme de

promoção turística Recorde-se que o Baixo Guadiana continua a apostar na promoção turística e sobretudo no forte potencial dos recursos endógenos da região. A Associação Odiana - para o desenvolvimento do Baixo Guadiana tem vindo a desenvolver uma estratégia integrada de promoção internacional do território com um leque de participação em certames, viagens organizadas para operadores internacionais e no canal de viagens e turismo online Lifecooler.

NO ALGARVE

CORTES NA SAÚDE MINIMIZADOS POR MUNICÍPIOS - As câmaras municipais de Castro Marim e Alcoutim, em conjunto com as juntas de freguesia, destes concelhos, propuseram à Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve suportar os trabalhos de informatização e manutenção dos edifícios onde estavam as três extensões de saúde encerradas, no mês de Outubro. O encerramento das extensões de saúde, provocou forte contestação popular e uma manifestação da população, em Faro, à porta da ARS. O Governo português do liberal Passos de Coelho tem estado a encerrar centros de saúde e a reestruturar e cortar serviços do Serviço Nacional de Saúde português, dentro dos acordos realizados com a troika (FMI, BCE e EU). LOKOMOTIV DE MOSCOVO NO ALGARVE E NA ANDALUZIA - O Lokomotiv de Moscovo vai estagiar em Portugal entre 10 e 23 de janeiro. A equipa russa vai efetuar dois jogos particulares durante o período em que ficará sediada na região do Algarve. O primeiro é frente ao Esperança de Lagos, no dia 16 de Janeiro, e o segundo diante do Olhanense, a 22. Do Algarve, o Lokomotiv segue para Espanha, onde vai estagiar entre 27 de Janeiro e 8 de Fevereiro (Cádiz) e entre 14 e 28 de fevereiro (Marbella). MAIS UNIDADES HOTELEIRAS A ENCERRAR NO INVERNO - Aumenta o número de unidades hoteleiras que encerram portas na época baixa no Algarve, sem que as medidas adotadas pelo Governo para combater a sazonalidade consigam debelar este fator negativo para o turismo. Apesar do dirigente da AHETA, Elidério Viegas ter feito uma avaliação positiva de medidas anunciadas pelo Governo para combater a sazonalidade e evitar o aumento da taxa de desemprego em época baixa, como a medida Formação Algarve, que visa incentivar a formação aos funcionários durante esse período de menor atividade para as empresas, a situação continua a agravar-se. “Fica aquém do que é desejável”, diz aquele dirigente, dando como negativo o facto de o Estado dar com uma mão e tirar com a outra”, quando “subsidia a formação em época baixa, mas obriga as empresas a pagar impostos sobre os próprios subsídios que atribui”, segundo declarações prestadas à agência de notícias portuguesa, Lusa. Tiago Jacinto, do Sindicato da Hotelaria do Algarve, também confirmou esta tendência negativa da hotelaria do Algarve. Contudo a apreciação ainda não tem números oficiais com que seja possível identificar o número exato de unidades encerradas. Ele afirmou que, durante os períodos de encerramento, há unidades em que “os trabalhadores vão de férias compulsivamente”, enquanto noutros casos são “feitos contratos precários” e “acordos de rescisão com funcionários mais antigos”.

José Cruz


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2014

DESENVOLVI ME N TO

Eurorregião promoveu missão empresarial na América Latina A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) no âmbito da EURORREGIÃO Alentejo-AlgarveAndaluzia (EURO-AAA) através da divisão de Cooperação Transfronteiriça, recebeu nas suas instalações no final do mês de novembro de 2013, a Missão Empresarial organizada pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), composta por um grupo de empresários, técnicos e autarcas da zona transfronteiriça do Brasil, da Argentina e do Paraguai. A missão do SEBRAE tem como objetivo o desenvolvimento da micro e da pequena empresa, visitar e analisar as experiências de projetos económicos que servem de modelo para as administrações públicas, principalmente no empreendedorismo e experiências de cooperação em zonas de

fronteira, neste caso particular, conhecer a experiência de cooperação entre o Alentejo-Algarve e Andaluzia, bem como estabelecer eventuais possibilidades de negócio, de intercâmbio de experiências e boas práticas com empresários do Algarve

Empresários algarvios reforçaram vantagens competitivas

Esperança no futuro O Presidente da CCDR Algarve e da Euro-AAA, David Santos, deixou uma mensagem de esperança no futuro, pois “o mais importante deste encontro não é o momento presente, mas sim o Futuro, os negócios e as oportunidades que possam surgir; o Futuro é que importa!”. Por sua vez, Jorge Botelho, Presidente da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), referiu que a vinda desta Missão ao Algarve no contexto da Eurorregião, a qual o Presidente

Missão empresarial com representantes do Brasil, Argentina e Paraguai da CCDR Algarve preside também, é extremamente importante para o Algarve. Estando a CCDR Algarve a exercer a presidência da EURO AAA, estamos assim no sítio certo para se fazer um conjunto de contactos e de alguma forma desenvolver os negócios deste lado do atlântico. O Algarve tem

todas as condições para estabelecer parcerias económicas, parcerias culturais ou até outras em função das necessidades apresentadas pela Missão da América latina. Um dos responsáveis pelo SEBRAE, Luiz Rolim de Moura, falou sobre o Brasil, Negócios e Oportunidades para

2014 trouxe mais de 60 alterações no código da Estrada Mais de 60 alterações ao Código da Estrada entraram em vigor a 1 de Janeiro, abrangendo a redução da taxa de álcool para condutores profissionais e recém-encartados, novas regras para ciclistas e para quem circula nas rotundas. Entre as novas regras que estão também a obrigatoriedade do uso do cartão de contribuinte, caso o condutor não tenha o cartão do cidadão, e a proibição de auriculares duplos durante a condução.

Nas rotundas a circulação também sofre alterações, passando a estar regulamentada e os automobilistas que ocupem a faixa da direita sem terem intenção de usar a saída imediatamente a seguir arriscam-se a uma coima entre 60 e 300 euros. O novo Código da Estrada reduz a taxa de álcool permitida para 0,2 gramas por litro de sangue, para os condutores em regime probatório (com menos de três anos de carta de

as pequenas e médias empresas. Apesar de estar em “crise” o Brasil tem muito para oferecer e, sobretudo, os Estados do sul têm características muito semelhantes às que encontramos na Europa do sul, nomeadamente uma estrutura empresarial. Há estados no Brasil em que não só não existe desemprego como existe défice de emprego e muitas oportunidades de negócio, sobretudo para micro e pequenas empresas.

condução) e de veículos de socorro ou de serviço urgente, de transportes coletivos de crianças, táxis, automóveis pesados de passageiros e de mercadorias perigosas. Estes condutores, quando apresentarem uma taxa de álcool igual ou superior a 0,2 gramas por litro de sangue, serão multados. As mexidas no Código da Estrada preveem também a criação das “zonas residenciais de coexistên-

cia”, áreas partilhadas por peões e veículos, onde vigoram regras especiais de trânsito, tais como limites reduzidos de velocidade, nomeadamente a velocidade máxima de 20 quilómetros por hora. As cadeirinhas passam a partir de hoje de ser obrigatórias para crianças com 1,35 metros ou mais, quando até agora a altura era de 1,50 metros. Já a idade, 12 anos, mantém-se inalterada.

Os intervenientes do Algarve reforçaram as vantagens competitivas da região no setor turístico e a aposta no crescimento durante os próximos anos, com risco de perder quota mundial, apostando na qualidade e no desenvolvimento em respeito pelo território e pelo ambiente. Espanha é um dos principais clientes, mas também um dos principais concorrentes. O Brasil como origem de turistas para o Algarve foi apontado como um dos mercados que mais cresceu (> 25%) durante o ano passado ocupando o 6º lugar, tendo a TAP desempenhado um papel decisivo.

Em caso de acidente, além dos habituais testes ao álcool, será também obrigatório o despiste de consumo de drogas.

Ciclistas com mais direitos Os ciclistas ganham novos direitos com as regras que entram hoje em vigor, passando a ser equiparados aos veículos motorizados. Os polícias são obrigados a informar o condutor que tem a possibilidade de pagar a coima em prestações, quando for superior a 200 euros. As prestações não deverão ter um valor inferior a 50 euros e não exceder os 12 meses.

Ano começa com novo aumento de preços De acordo com o Governo, e no relatório que integra o Orçamento do Estado para 2014, em média os preços deverão aumentar 1% neste ano que começou há poucos dias. A factura de electricidade dos consumidores domésticos vai aumentar 2,8% no dia 01 de Janeiro, o que representa um acréscimo mensal de 1,21 euros numa fatura média de 46,5 euros (com o IVA a 23%). Para os consumidores com tarifa social, o aumento será de 1%, o que corresponde a um acréscimo de 23 cêntimos numa fatura mensal de 23,5 euros (com o IVA a 23%). O preço dos transportes públicos aumentou em média, 1%. Em 2014, o preço das portagens mantém-se, o que não acontecia desde 2010, disse à Lusa fonte oficial da Estradas de Portugal (EP). O preço cobrado pela água em 2014 vai continuar a ser diferente em cada um dos 308 concelhos portugueses, embora se preveja uma harmonização

tarifária na venda de água aos municípios, em resultado da reestruturação da Águas de Portugal (AdP). O ministro do Ambiente garante que pretende reduzir as “disparidades tarifárias no sector da água entre litoral e interior” para um máximo de 15%, prevendo que o processo de agregação dos actuais 19 para quatro sistemas, esteja finalizado “do ponto de vista jurídico, no primeiro semestre de 2014”. Os últimos valores, recolhidos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), evidenciam diferenças nos preços praticados pelos municípios de 1 para 14 entre a tarifa mais baixa e a mais alta, em parte justificados pela diferença de valores das tarifas cobradas “em alta” (distribuição e venda aos municípios) pelos sistemas.

Pão, leite e rendas

Leite e pão são alguns dos produtos que devem manter os preços este ano, segundo as respectivas associações sectoriais que admitem que a contenção será feita à custa das margens da indústria. No caso do leite, a subida da matéria-prima foi “muito superior à capacidade da indústria” reflectir este aumento em 2013, mas não são expectáveis aumentos nos primeiros meses do próximo ano, segundo o director-geral da ANIL (Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios). O preço pago aos produtores subiu mais de 20% entre 2012 e 2013, enquanto o preço pago pelo leite UHT à saída da fábrica aumentou apenas 11%, adiantou Paulo Costa Leite. Actualmente, o preço médio pago à produção ronda os 37 cêntimos. Em 2014, o valor das rendas sobe 0,99%, o aumento mais baixo dos últimos dois anos, já que 2013, a actua-

lização foi de 3,36% e, em 2012, foi de 3,19%.

Saúde: Taxas moderadoras As taxas moderadoras nas consultas dos centros de saúde vão manter o mesmo valor, mas para as taxas nas urgências, consultas e exames em hospitais serão actualizadas ao valor da inflação. Não haverá actualização anual das taxas moderadoras nas consultas de medicina geral e familiar nos centros de saúde, nem para as consultas de enfermagem, domiciliárias ou sem a presença do utente no âmbito dos cuidados primários. Para urgências, consultas e exames em hospitais, as taxas moderadoras deverão ser actualizadas à taxa de inflação.

Tabaco e bebidas

alcoólicas O tabaco vai voltar a aumentar. O maior aumento será no tabaco de enrolar, que segundo simulações da consultora PricewaterhouseCoopers, chegam aos 1,25 euros nos pacotes de 5 euros. No caso das bebidas espirituosas o aumento é de 5%, enquanto o preço da cerveja aumenta em média 1%.

Cinema: ZON Lusomundo Cinemas e Orient Cineplace não aumentam De acordo com a agência Lusa a ZON Lusomundo Cinemas e Orient Cineplace, duas das maiores exibidoras de cinema em Portugal não vão aumentar o preço dos bilhetes de cinema. A exibidora UCI -- Cinema International Corporation não respondeu ao pedido de informação.


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C ULTUR A

Apresentados documentário e catálogo sobre vida e obra de Dr. João Dias Em finais de Dezembro, vésperas de Natal, a comunidade alcouteneja foi presenteada com um documentário e catálogo sobre a vida e obra de um habitante que marcará para sempre a história desta terra. Amigos, familiares e comunidade em geral vêem perpetuada, assim, a memória do médico cirurgião João Dias. Depois de ter sido inaugurado em Setembro o núcleo museológico Dr. João Dias, nas antigas dependências do Hospital da Misericórdia, desta vez a comunidade alcouteneja, e não só, juntou-se para conhecer um documentário audiovisual e um livro documental sobre a vida e obra deste médico que desenvolveu a sua profissão de uma forma sacerdotal, valendo-lhe gratidão eterna de uma comunidade, que na primeira metade do século passado vinha de toda a parte para ser atendida por um doutor respeitado e de conceituado prestígio e saber. Nos dias de hoje, e passados cerca de 60 anos sobre a sua morte, este médico, de origem castromari-

nense, é lembrado e acarinhado por todos. O projeto que reúne espólio - de medicina e objetos pessoais - de Dr. João Dias, testemunhos de amigos, familiares e comunidade - que direta ou indiretamente foi alvo do seu humanismo e ciência - e um relato biográfico rigoroso sobre sua vida e obra foi impulsionado pelo anterior presidente da câmara, Francisco Amaral, mas também pelo presidente da Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim, Rui da Cruz, e familiares do médico.

Cerimónia com grande afluência

A cerimónia de apresentação do catálogo e documentário contou com um salão nobre em Alcoutim lotado por amigos, familiares, responsáveis políticos, associativos e culturais, bem como por representantes da comunidade de Alcoutim. A iniciativa teve uma mesa de oradores constituída por Victoria Cassinello, nora de Dr. João Dias, viúva de Dr. João Dias filho, pelo presidente da câmara municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves e pelo anterior edil, Francisco Amaral. Victoria Cassinello agradeceu a disponibilidade de todos aqueles que “de forma tão empenhada permitiram que o projeto se concretizasse”, lembrando

Documentário e Catálogo sobre vida e obra de Dr. João Dias marcaram vésperas de Natal em Alcoutim / Núcleo Museológico do médico e cirurgião João Dias foi inaugurado em Setembro de 2013

todo um conjunto de pessoas, desde a associação Alcance, passando pela câmara municipal e pela Santa Casa da Misericórdia, bem como amigos e familiares que deram o seu testemunho. Também o grupo etnográfico do Pereiro e o Teatro Experimental de Alcoutim foram relevados pelo seu contributo cénico para o documentário. Por seu turno Francisco Amaral enalteceu “o enorme humanismo do Dr. João Dias”, revelando que enquanto médico sempre quis seguir “seu exemplo “, daí ter-se tornado médico em Alcoutim, imbuído pela vontade de poder contribuir para a sua comunidade. Osvaldo Gonçalves, enalteceu todo o projeto desencadeado pelas várias entidades e que “permitiram que este núcleo, documentário e catálogo se tornassem uma realidade importante; que perpetuará a memória de Dr. João Dias”. “A sua sensibilidade e desejo de justiça é que o definiram enquanto cidadão e médico, recusando-se a aceitar que o acesso à saúde dependesse de meras condições económicas. É com tristeza que constato que, em pleno século XXI, a atitude do Dr. João Dias continua a ser vanguardista”, considerou

o edil alcoutenejo.

Diretora Regional enaltece memória Alexandra Gonçalves, empossada diretora regional da cultura em meados de Dezembro passado, participou na cerimónia no salão nobre da câmara municipal de Alcoutim e em declarações ao JBG deu os parabéns pela iniciativa, lembrando que “atos culturais em prol de memórias futuras são sempre de louvar”. A responsável regional aproveitou para “saudar todos os que contribuíram para este fantástico trabalho de recolha, preservação e apresentação de espólio de vida e obra do Dr. João Dias”.

Núcleo museológico aberto para visitas Depois da cerimónia, o público visitou o núcleo museológico, que funciona de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 17h00. É de referir que a musealização da vida e obra do Dr. João Dias teve um investimento camarário de 74 mil euros e resultou de um protocolo celebrado entre a família do médico e a edilidade alcouteneja.

«Marés Travessas» de José Cruz José Estêvão Cruz traz-nos 11 contos; os quais, nas palavras do autor, oferecem-nos: as angústias do homem que ganhou a primitiva em Espanha; o diretor do hotel que cortou o lanche da tarde aos trabalhadores; uma oportunidade perdida por desleixo; o menino que atravessou o Bojador do medo; o grande contrato musical perdido por um pormenor não de somenos; a bulimia sobre cabelos compridos; a menina que quis bater no pai, porque ele batia na mãe; um milagre real, mas de curta duração; os pesadelos de uma alma em agonia; a essência da vida num planeta distante e a ingratidão da gente simples. Onze contos emblemáticos, excelentes relatos de experiências únicas das personagens que vivem a ação; onze contos que são um presente para um ano novo de esperança. Pedro de Oliveira Tavares Com a sublime arte de agregar a escrita emotiva/sentimental com a escrita de justiça social e de construção de identidades, José Estêvão Cruz apresentou a sua nova obra: Marés Travessas. O estilo reconhece-se imediatamente e constitui mais uma forte prova da relação entre a beleza da escrita e a sua ligação à cultura social de uma região e às preocupações interiores das personagens que aqui vivem e sentem passado e presente em confronto, mas sempre com a luz da esperança a marcar o cenário definido. Reunidos num só livro, com o habitual cunho da arte como descoberta, José Estêvão Cruz traz-nos onze contos; os quais, nas palavras do autor,

oferecem-nos: as angústias do homem que ganhou a primitiva em Espanha; o diretor do hotel que cortou o lanche da tarde aos trabalhadores; uma oportunidade perdida por desleixo; o menino que atravessou o Bojador do medo; o grande contrato musical perdido por um pormenor não de somenos; a bulimia sobre cabelos compridos; a menina que quis bater no pai, porque ele batia na mãe; um milagre real, mas de curta duração; os pesadelos de uma alma em agonia; a essência da vida num planeta distante e a ingratidão da gente simples. Onze contos emblemáticos, excelentes relatos de experiências únicas das personagens que vivem a ação; onze contos que são um presente

para um ano novo de esperança. José Estêvão Cruz, umas vezes de forma explícita, outras de forma implícita, com o recurso às metáforas bem construídas por este autor, traz à ribalta uma série de temáticas importantes e intemporais. Uma dessas temáticas é a violência doméstica “Cristina foi-se acocorar a um canto do quarto, invadida por vergonha, perturbação, medo e impotência” (in Marés Travessas, p. 107). Outra temática importante, e que merece o destaque das próximas linhas, bem como a atenção dos dias em que vivemos, é a luta do ser humano com a passagem do tempo; a passagem do seu/nosso tempo, aquilo

a que chamamos (sem eufemismos) envelhecer, e a passagem do tempo que nos rodeia, o tempo social mais rápido e efémero do que nunca “Mostrava um sorriso nos lábios, como se o sonho, ao transformar-se em evasão da vida real, vivido a cores, estivesse a oferecer-lhe tudo quanto não poderia ter na sua vida a preto e branco “ (in Marés Travessas, p. 115). O livro Marés Travessas apresenta-nos ainda (numa doce, mas também atrevida, travessia de águas) outros temas que merecem o nosso olhar atento: a ambição, o trabalho, as lutas sociais, a arte, as relações familiares, os medos e os

desejos do ser humano. Ousada e criativa, esta obra de primeira qualidade faz-nos viajar pelo mundo dos contos, sempre textos a visitar; relembremos a extraordinária escritora Isabel Allende, que nos seus Contos de Eva Luna pediu “Conta-me um conto que não tenhas contado a ninguém”. José Estêvão Cruz escreveu onze contos nunca antes contados. Chegou o momento de metermos mãos (e olhos) à leitura e de aproveitarmos cada conto como uma nova, encantadora e inesperada aventura. As marés estão aí, vamos navegar… mergulhados nestas tão interessantes páginas travessas.


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CULTURA E AGEN DA  Livro biográfico

Ana Amorim Dias apresentou Eric Lobo e «Olho Ubíquo» Para além da sua autora, a biografia chegou acompanhada pelo protagonista. Às tantas um herói que desconhecíamos, mas que passou para primeiro plano da atualidade em Portugal durante o mês de Dezembro. Apresentações e entrevistas em televisão marcaram chegada de «Olho Ubíquo», da autoria de Ana Amorim Dias que nos fala do conceituado fotógrafo francês. Eric Lobo, um muito bem sucedido gestor imobiliário francês que com a crise perdeu fortunas e que decidiu partir em viagem à volta do mundo. A simultaneidade do fim do casamento, a morte da mãe e a doença do pai também completam a película de uma fase da sua vida que decide deixar para trás. Fotógrafo conceituado com uma história de vida entusiasmante, e com lições de vida apreendidas e partilhadas, fazem de «Olho Ubíquo» um espaço literário biográfico que nos apresenta alguém que muitos de nós desconhecíamos, mas que passou a fazer parte das vidas de quem comprou e já leu esta mais recente obra da escritora e cronista Ana Amorim Dias. A apresentação teve lugar a 14 de

Dezembro e de acordo com a autora esta biografia constitui um novo desafio literário para si que, “sob o signo da alquimia das emoções, vai desvendar todos os segredos do aventureiro francês, Eric Lobo”. Em março de 2013, Ana depara-se com uma imagem que a intriga: um auto-retrato de Eric Lobo. Uma curiosidade inexplicável nasce dessa visão e a história começa a ganhar forma desde o primeiro contacto. Ela descobre o empreendedor, o fotógrafo, o aventureiro/escritor, e entende que a sua busca terminou.

Apresentações pelo Algarve e TV Entretanto esta biografia realizou

Ana Amorim Dias e Eric lobo estiveram na biblioteca municipal de Castro Marim diversas apresentações no Algarve e teve destaque no conceituado programa televisivo «5 para a meianoite» da estação pública RTP.

AGENDA Alcoutim Noite de Teatro 28 de janeiro Salão da Junta de Freguesia de Martim Longo Mercado do Pereiro 26 de janeiro, 23 de fevereiro e 30 de março Mercado de Vaqueiros 09 de janeiro, 13 de fevereiro e 13 de março Torneio de Snooker 18 e 19 de janeiro Alcoutim, Centro Náutico Exposição “ Bonecas da Flor d’ Agulha” meses de janeiro, fevereiro e março Tertúlias na Casa dos Condes “A Palavra Sexta à Noite” meses de janeiro, fevereiro e março

VRSA Apresentação do livro «Porquê eu?» de Hugo Pena Apresentação de Pedro Tavares e António Cabrita Data: 18 de janeiro Hora: 17h00 Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA Workshop sobre produção de espetáculos

Data: 25 de janeiro Horário: 10h00 > 18h30 Inscrições e informações: cristinabraga@ gmail.com Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Exposição de Artur Filipe Data: De 10 a 31 de janeiro Horário: 9h00 > 13h00 | 14h00 > 16h30 Local: Piso 1| Arquivo Histórico Municipal | VRSA

Clube de leitura «Livros Mexidos» Autor do mês: Nuno Júdice Venha partilhar connosco as suas leituras do escritor a quem foi atribuído o XXII Prémio Rainha Sofia de Poesia IberoAmericana Data: 23 de janeiro Hora: 18h00 Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Quem foi quem na obra de Cabanas? Ciclo Literário XX Ciclo Literário, xilogravura nº 332 de 1971, intitulada «Os Seareiros- Fundadores (1921) »

Hora do conto «Conta lá!» * - Pré-escolar: « O Polvo Coceguinhas» de Ruth Galloway - 1º ciclo: « Uma Vaca de Estimação» de Luísa Ducla Soares e il. dePaul Driver - 2º Ciclo: «Tesouro perdido... tesouro recuperado» de Franclim Neto e de il. de André Marques Data: terça a sexta-feira Hora: 11h00 Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA * Atividade por marcação na biblioteca | 281 510 050 | biblioteca@cm-vrsa.pt

Data: de 10 a 31 de janeiro Horário: 9h00 > 13h00 | 14h00 > 16h30 Local: Arquivo Histórico Municipal| VRSA APRESENTAÇÃO DO LIVRO «Hotel Anaidaug», de Fernando Pessanha por Luís Romão Data: 10 de janeiro Hora: 18h00 Local: Piso 1| Arquivo Histórico Municipal | VRSA

«O Lugar do Primeiro Amor» de Vanda Palma Data: até 10 de janeiro Horário: segunda a sexta-feira - 9h00 > 13h00 | 14h00 > 18h00 Local: CIIPC - Antiga Escola Primária de Santa Rita

Mercado de Usados Data: 12 de janeiro Hora: 9h00 > 17h00 Local: Sede do Motoclube do Guadiana | Aldeia Nova Org: Moto Clube do Guadiana e Data: 19 de janeiro Horário: 9h00 > 17h00 Local: Sede da Associação Cultural de VRSA | Hortas Org: Associação Cultural de VRSA

Hotel Anaidaug/Encontros Improváveis

Jornadas de História do Baixo Guadiana

Ana Amorim Dias é uma escritora castromarinense que já publicou três livros. Colabora também com diversos jornais e

revistas com a publicação de centenas de crónicas de opinião. Para além da escrita é empresária e advogada.

POR CÁ ACONTECE Data: 24 de janeiro Horário: 10h00 >17h00 Local: Arquivo Histórico Municipal | VRSA Escola de iniciação à viola (guitarra) Horário: segundas, quartas e sextas-feiras: 17h00 > 20h00 terças e quintas-feiras: 17h00 > 19h00 sextas-feiras: 21h00 > 22h30 sábados: 15h00 > 17h00 Local: Edifício da Junta de Freguesia| VRSA Freguesia em movimento Seniores a partir dos 55 anos Data: terças e quintas-feiras Hora: 9h00 > 11h15 Local: Nave do Complexo Desportivo de VRSA Encontro de Dança Data: 26 de janeiro Local: Castro Marim Baile popular com acordeonistas e participantes dos municípios de Ayamonte, Castro Marim e VRSA Mercado Mensal de Vila Nova de Cacela Data: 19 de janeiro Horário: 8h00 > 14h00 Local: Vila Nova de Cacela Mercadinho Bimensal de VRSA Data: 25 de janeiro Hora: 9h00 > 17h00 Local: Praça Marquês de Pombal| VRSA

16 jan - 17h30 Biblioteca VRSA

Tertúlia «As mulheres fazem uma pausa» Conceição Cabrita, vice-presidente da câmara municipal de VRSA, Helena Matias, sócia gerente da empresa LeniArt, Cláudia Fonseca, sócia-gerente da Nata Design e Dália Paula, até há bem pouco tempo diretora regional da cultura no Algarve vão dar o mote a esta conversa. Vai decorrer a 16 de Janeiro pelas 17h30 na biblioteca municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António a tertúlia «As Mulheres fazem uma pausa». Co-organizada por aquela biblioteca e pelo Jornal do Baixo Guadiana o grande objetivo é que as mulheres falem sobre a vida agitada que levam num mundo em constante atualização. Também elas têm de atualizar as suas tarefas, muitas vezes acumulálas e impor-se numa sociedade onde há cada vez mais mulheres a liderar. Não há aqui feminismo nenhum apenas uma conversa bastante interessante de mulheres para… mulheres e homens. As mulheres vão nesse dia fazer uma pausa de cerca de uma hora e contar como conseguem dar resposta a um conjunto de solicitações e com sucesso, que é o que todas desejam. Vão falar sobre concretizações e frustrações, que também fazem parte da vida. Junte-se a esta conversa que promete! Até dia 16 Janeiro pelas 17h30. A entrada é livre. Seja bem vinda e bem vindo!


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C ULTUR A COLUNA CULTURAL

 Castro Marim

Apresentação de romance policial contou com 200 pessoas A fundação de Vila Real de Santo António e o Tratado de Paz entre Portugal e Marrocos

Muito se tem escrito sobre a extinção de Santo António de Arenilha e a fundação de Vila Real de Santo António. Fica, no entanto, a impressão de que o objecto de estudo tem sido sistematicamente circunscrito a um plano que apenas tem privilegiado uma contextualização ao abrigo da Restauração do Reino do Algarve e das relações entre Portugal e Espanha. Ora, não foi a pirataria magrebina um dos factores que levou ao despovoamento de Arenilha? Sim, de facto. Nesse caso, como é possível excluir a importância das relações entre Portugal e Marrocos aquando da fundação de Vila Real de Santo António?! Recordamos que foi nos finais de 1773 que o Marquês de Pombal começou a delinear o projecto da construção de uma vila régia na foz do Guadiana. Mas de que serviria construir uma nova vila para ser saqueada pelos mouros? Vejamos: não obstante a presença militar portuguesa no norte de África ter findado com o abandono de Mazagão, em 1769, foi somente em 29 de Setembro de 1773 que o ministro de D. José I enviou o capitão-de-mar-e-guerra, Rollen Van Deck, e o cônsul Bernardo Simões Pessoa, para celebrarem um tratado de paz, navegação e comércio entre Portugal e Marrocos. Grosso modo, as negociações contemplaram a segurança da navegação, libertando-a do perigo que representava o corso marroquino, principalmente para as costas do Algarve. Como marcas de um tratamento excepcional concedido aos enviados de Portugal, torna-se relevante sublinhar a nomeação do filho primogénito do sultão para conduzir as negociações, em vez de um ministro, como era habitualmente praticado em casos semelhantes. Finalmente, o tratado de paz com Marrocos foi assinado em Janeiro de 1774 – há precisamente 240 anos. Entretanto, no mesmo mês de Janeiro de 1774, o Governador do Reino do Algarve procurava esboçar os planos da nova vila iluminista. Em de Fevereiro de 1774 chegava a Lisboa o cônsul Bernardo Simões Pessoa, com a boa nova da assinatura do tratado e, pouco tempo depois, já o Marquês de Pombal determinava que todas as pedras de cantaria destinadas à nova vila deveriam ser previamente trabalhadas em Lisboa, e somente depois enviadas para o Algarve. Agora perguntemo-nos: será esta intermitência de factos uma colossal coincidência? Ou será que a assinatura do tratado de paz entre Portugal e Marrocos resultou num factor determinante para que se pudesse viabilizar em segurança o projecto da construção de Vila Real de Santo António? Ora, lá diz a expressão latina: a facto ad jus non datur consequentia.

Fernando Pessanha Historiador * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

O facto foi inédito na biblioteca municipal de Castro Marim, mas não seria menos inédito em muitas outras bibliotecas do país. A apresentação de um livro contar com 200 pessoas na assistência é um feito. Autor estreante: Hugo Pena. O autor Hugo Pena mostrava-se bem surpreendido no passado dia 6 de Dezembro quando apresentou o seu primeiro livro. É que até o representante da editora Chiado, que publicou o policial, constatou a “raridade do momento”. Mas a verdade é que para o concelho de Castro Marim fica um marco importante e positivo associado à apresentação do livro de Hugo Pena. Com bom presságio este autor de primeira viagem, residente na localidade de Altura, desafiou os leitores a deixarem-se levar por um policial que promete “envolver do princípio ao fim”.

Tema central: infertilidade O romance trata o tema da infertilidade, suas consequências e fatali-

de alguns crimes tipificados, com o auxílio de Maria Nóbrega, a mulher a quem o marido não lhe pode dar um filho. Um dom, traduzido numa voz que se faz ouvir e em várias visões que consegue ter, e que a ajudarão a perceber, ou não, se tudo é o que parece...” Hugo Pena mostra-se visivelmente satisfeito com o resultado da sua primeira obra literária. Entretanto, o autor já se colocou sob o escrutínio do público e na sua página de facebook vai recebendo opiniões acerca do policial.

Autor ladeado por Pedro Tavares e representante da editora Chiado dade. O autor promete ao leitor “uma escrita simples e fluída (…) para que todos possam entender, sem ter de voltar atrás”.

Morará o suspense neste livro? “As provas, as desconfianças, as certezas e incertezas de uma dupla de agentes da Polícia Judiciária acerca

18 de Janeiro em VRSA Depois de uma segunda apresentação, em Huelva, na vizinha Espanha, está agendado para 18 de Janeiro a apresentação na biblioteca municipal de Vila Real de Santo António.

Trabalhadores da Jornais são câmara de Castro matéria-prima de acessórios de moda Marim querem formar grupo de teatro O Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Autarquia (CCD) está empenhado em criar um grupo de teatro. O objetivo passa por dinamizar a cultura e estabelecer maior proximidade com a comunidade. Trata-se de uma das grandes apostas para o ano que agora começou. No que diz respeito ao leque de atividades a criação de um grupo cénico pemitirá à “dinamização cultural”, bem como servirá para a “instituição estabelecer uma relação de proximidade com a comunidade local”. É desta forma que o CCD de Castro Marim olha para esta possibilidade, sendo que já se reuniu com o presidente da câmara para discutir o tema. Ainda nessa reunião o edil Francisco Amaral avançou que está a ser avaliada a “possibilidade de ceder um espaço onde os associados [do CCD] possam realizar as suas refeições, de forma a otimizar o tempo disponível para o efeito”, pode ler-se numa nota enviada ao JBG. Recorde-se que o CCD existe há 22 anos, reunindo 90% dos funcionários da Autarquia que, enquanto sócios, beneficiam do apoio social na aquisição de medicamentos nas farmácias, na mensalidade do infantário e no pagamento de propinas em estabelecimentos de ensino.

Em Dezembro a galeria da biblioteca municipal de Alcoutim recebeu uma exposição de artesanato da contemporaneidade. A autora é premiada. O nome da exposição foi: «Primeira letra do MEU jornal». Esteve patente entre 3 e 31 de Dezembro e a autora foi Sílvia Rodrigues. Natural de Querença, concelho de Loulé, a artista é formada em Design da Comunicação pela Universidade do Algarve, sendo que mais tarde seguiu a carreira de docente de Artes Visuais. A exposição que levou até Alcoutim foi uma mostra de produtos entre eles, malas, bijuteria, peças decorativas, feitos a partir de papel de jornal. Dedicada ao artesanato contemporâneo há 6 anos, o trabalho de Sílvia Rodrigues já lhe valeu o Prémio Inovação e o Prémio “Artesanato Contemporâneo” (2010), no âmbito do Prémio Nacional de Artesanato.

Exposição da autoria de Sílvia Rodrigues, artista premiada ao nível nacional


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PAT RIMÓN I O E PS I C O LO G IA Rubrica de pATRIMÓNIO O ferreiro da aldeia nas memórias do Baixo Guadiana dos ferreiros que, com as suas mãos endurecidas pela experiência, davam forma às alfaias agrícolas e aos mais variados utensílios domésticos. O ritmo do trabalho seguia o calendário agrícola. No Outono e no Inverno, época da lavoura e da sementeira, preparavam-se as alfaias, como peças para arados, charruas, cavadeiras, sachos, enxadas, arados ou rastilhos, entre outros. Até à Primavera, fabricavam-se as foices para as colheitas, que muitos algarvios levavam para as searas do Alentejo.

chaves, gonzos, aldrabas, ferrolhos e lavatórios. Ainda na casa, junto ao “fogo”, existiam sempre tenazes, trempes, triângulos e grelhas em ferro para cozinhar os alimentos. Nalguns casos, o ferreiro era também ferrador, forjando as ferraduras com que depois ferrava os animais. Noutros casos, as gentes do campo procuravam o ferreiro inclusive para tratar A arte de trabalhar o ferro vem várias doenças: para o tratade tempos antigos, transmitida mento da anemia, bebiam a de pais para filhos, no tempo de água onde previamente tinha sido mergulhado um ferro em um Algarve diferente, quando a agricultura era a base da ecobrasa; inalavam os fumos libertados pelo carvão para curar a nomia rural. O ferreiro gozava tosse conde grande presvulsa; tígio, pois o seu “E o malho bate no ferro, ofício assumia um e aquepapel fundamenles que E o ferro fica soando… tal no quotidiano sofriam É a voz que vem não sei donde, das aldeias. Até de zona meados do século esfregaJá escutei não sei quando!” vam a pele passado, todas as António Sardinha, “Canção do ferro freguesias do Baixo afectada na forja” Guadiana tinham com óleo pelo menos uma de trigo, oficina em laboracujos grãos ção. O ferreiro, vestido com um tinham sido aquecidos com um Contudo, a importância do avental de carneira que o prote- ferreiro no mundo rural não ferro em brasa. Tradicionalgia do calor e das queimaduras, se limitava à produção de mente, os rapazes da aldeia pretrabalhava na “tenda” (oficina), alfaias agrícolas. Para o trasenteavam as moças com anéis onde convergiam os clientes para balho rural, forjavam-se ainda de cravo de ferradura, feitos “amanhar” as alfaias agrícolas, pregos, machadas e machadipelo ferreiro da aldeia, como ferrar os animais, comprar uma nhas, estacas para atar o gado, símbolo de amor e de comprofoice nova ou uma trempe para marretas e picaretas para trametimento. contentar a patroa. Por ser um balhar o xisto, cangalhas de ponto onde acorria gente de toda ferro para carregar os cântaa freguesia, servia igualmente de ros de zinco, ou as ferragens Pedro Pires local de reunião para saber as dos carros de tracção animal. Técnico de Património últimas novidades do mundo. Os pescadores encomendaCultural. Centro de Estudos de Embora esquecidos por muitos, vam “fisgas” para a pesca Património e História do Algarve da há ainda quem recorde o som do muge. Para a casa, forjaUniversidade do Algarve CEPHA/ cadenciado dos malhos que res- vam-se ferragens de portas e UAlg soavam pela aldeia ou a memória janelas, portões, fechaduras,

Dieta Mediterrânica - Um Património Cultural Milenar e Diversificado No passado dia 4 de Dezembro, não foram precisos muitos minutos para que Portugal e Tavira como comunidade representativa, visse a “sua” Dieta Mediterrânica inscrita na lista do Património Cultural da Humanidade da UNESCO, a primeira distinção deste tipo para a cultura algarvia, naquela que foi uma candidatura transnacional, contribuindo assim para a continuação da construção de um projeto comum a todos os povos do Mediterrâneo, em torno do seu elemento cultural mais característico. Ao contrário do que tem sido divulgado, a dieta mediterrânica não é apenas um legado cultural exclusivamente alimentar e gastronómico, é um património sempre em aberto e em expansão, que vai de um conjunto de técnicas, festas populares, tradições orais, transformação de paisagens naturais em culturais, entre outras expressões multifacetadas, que nos levam a um complexo e diversificado património espalhado nos territórios. Basicamente a dieta mediterrânica é um conjunto de práticas e um estilo de vida (dieta deriva do grego daiata, que quer dizer modo de vida) associado à produção e consumo alimentar a aos objetos usados nesta prática pelos povos do sul. A manifestação desta diversidade de aspetos, associado à sua boa preservação, que fez com que o Algarve, região com as características mediterrânicas mais vincadas no território nacional, e por sua vez, Tavira fosse escolhida como comunidade representativa, pois esta tem sabido preservar ao longo dos anos o seu património material e imaterial, sobretudo através da preservação das suas tradições, da convivialidade, da troca de conhecimentos entre as pessoas, da inventariação e da promoção de uma forma intensa através de vários eventos e projetos. A atribuição deste título à dieta mediterrânica portuguesa, deve ser encarada como forma de promover o turismo nacional e algarvio, a gastronomia e os produtos nacionais e locais, como produtos de alta qualidade, mas deve também servir como uma forma de conhecer melhor a partilha de um passado comum entre os vários povos, estimulando as relações entre os mesmos, contribuindo assim para a preservação de uma herança cultural e de uma história partilhada ao longo de séculos, pois a dieta mediterrânica é um património cultural milenar, um estilo de vida a preservar para o futuro. Miguel Peres dos Santos Gestor Cultural / Historiador miguelperesantos@gmail.com - http://facebook.com/miguelapdsantos

www.neip-vrsa.blogspot.com www.facebook.com/NEIP.VRSA psivrsa@gmail.com

O Natal O Natal é uma época especial, de encanto, de magia da generosidade e é a festa da família. Os sentimentos, os sentidos, as emoções e as sensações manifestam-se com grande intensidade. Cheiramos cheiros diferentes, saboreamos os sabores do Natal, abraçamos, beijamo-nos mais e tocamo-nos mais, ouvimos sons e músicas do Natal, visualmente temos mais estímulos visuais, mais luzes/brilhos e vemos as coisas de maneira diferente. O Natal reaviva a fé, a esperança e a generosidade, gestos relacionados com a gratidão, ao perdão e ao reconhecimento. O Natal é o tempo para distinguir o essencial do acessório. Em algumas famílias, dependendo das relações familiares, pode ser complicado. A imposição de passar o Natal com aque-

las pessoas com as quais não nos identificamos ou a impossibilidade de estarem todos juntos, pode ferir suscetibilidades e por vezes gerar conflitos. O Natal é oportunidade de estar junto com os outros e não uma obrigação. O Natal é a expressão da vivência da continuidade da família. É o tempo para celebrar a vida, dos presentes e dos ausentes, e também daqueles que já partiram mas que continuam nos nossos corações. O Natal é o tempo de pensar de forma mais afetiva e próxima dos outros. A preocupação de agradar ao outro, o cuidado em pôr bem a mesa, escolher e preparar a refeição, as decorações e as prendas. O Natal é ser mais do que fazer. É tempo de nos mobilizarmos para os outros, é tempo de solidariedade e tempo de olhar para o outro

“Natal é em Dezembro Mas em Maio pode ser Natal é em Setembro É quando um homem quiser Natal é quando nasce uma vida a amanhecer Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.” Ary dos Santos de forma mais próxima. E dê um presente a si próprio: Apesar do ano ter sido difícil, disponibilize-se para os outros vamos viver a dádiva do Natal e irá receber bom presente de como um presente. Presente retorno. tempo, presente recebido e preBoas Festas! sente oferecido.

NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira, Ana Sofia Gonçalves, Daniela Santos


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PASSATEMP O S&LAZ ER

Autor: João Raimundo

Quadratim - n.º115

Jogo da Paciência n.º 121

Quando estamos na missa com toda a nossa fé, o sacerdote a certa altura estimula-nos para que nos saudemos na «Paz de Cristo» e todas as pessoas presentes, conhecidas uns dos outros ou não, se viram para todo o lado e cumprimentam-se com aperto de mão citando na «Paz de Cristo». Quando acaba a missa e saímos da casa de Deus-da-Igreja todos se esquecem de se saudarem na rua, na loja, no prédio onde moram, enfim em todos os locais (salvo raras excepções entendo que assistir à missa e ouvir o que o sacerdote nos ensina não será só para praticarmos dentro da Igreja durante a missa, mas em todos os locais e com todas as pessoas. Daqui saúdo todos os leitores e familiares desejando um bom Ano de 2014. Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro de «SAÚDEMO-NOS SEMPRE»

oferta de emprego Centro de Emprego de VRSA

Técnico de Informática oferta n.º 588202493 Contrato sem termo / com experiencia mínima de 36 meses - Requisitos no âmbito da Medida Estímulo 2013 Santa Catarina Fonte Bispo - Tavira

Cozinheiro oferta n.º 588231140 Contrato a termo certo /6 meses /experiência na cozinha tradicional portuguesa - Requisitos no âmbito da Medida Estímulo 2013/TSU Monte Gordo - Vila Real S. António

Trabalhador Agrícola oferta n.º 588187144 Contrato a termo certo /12 meses/comprovada experiência em colheita /póscolheita/Armazenamentode pequenos frutos-framboesa e morango Tavira

Técnico de Vendas Informática oferta n.º 588164153 Contrato a termo certo /12meses/capacidades informáticas na óptica da comunicação em redes sociais, gestão de páginas sociais e empresariais e gestão de rede Vila Real S. António

Flores, Frutos e Zodíaco

Lírio Rosa Orquídia Cravo Nozes Maçã

7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.

Pêra Romã Carneiro Touro Gémeos Caranguejo Leão

14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

Virgem Balança Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

Soluções Jogo da Paciência - n.º120

Delegação Regional do Algarve

guadi

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO Reclamar na saúde

“Onde posso reclamar de um serviço de saúde mal prestado?” Nos primeiros 10 meses de 2013, a Associação recebeu cerca de 1600 queixas e pedidos de esclarecimento relacionados com a saúde. Em 2012, registaram-se perto de 3 mil questões. Os serviços de saúde, com destaque para as entidades públicas, são os principais visados. As taxas moderadoras, em particular, as situações que permitem a isenção de pagamento e a tentativa de cobrança fora de prazo, têm suscitado grande número de dúvidas. No entanto, os cuidados privados também são alvo de protesto, especialmente ao nível da facturação. À Entidade Reguladora da Saúde (ERS) – entidade que supervisiona a prestação de cuidados ao nível público e privado –, chegaram cerca de 8 mil reclamações em 2012. A qualidade da assistência médica e administrativa e o tempo de espera foram os principais problemas apontados. No sector privado, deve queixar-se à direcção do estabelecimento e no livro de reclamações, podendo recorrer à ERS. No sector público, além do livro de reclamações e da ERS é possível recorrer à Administração Regional de Saúde, à Direcção-Geral da Saúde e à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. Seja qual for a porta de entrada, todas as reclamações devem ser analisadas e respondidas pelas entidades visadas no prazo de 15 dias. Resta saber se este prazo, em vigor desde Setembro de 2013, será fácil de respeitar. O último relatório da ERS aponta para um período médio de resposta de 50 dias, com instituições a demorar mais de 300 dias. Caso o utente considere ter direito a uma indemnização, deverá recorrer a tribunal, através de advogado. Quando na origem da reclamação está a prática de um médico, enfermeiro, dentista ou farmacêutico, também pode dar conta da situação às respectivas ordens profissionais, que os podem sancionar ou impedi-los de exercer a profissão de forma temporária ou definitiva.

Susana Correia informação disponível a 2 de Janeiro

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jurista

Um dos objectivos da Associação Guadi sempre foi contribuir para o processo de mudança de mentalidades no que concerne à forma como os animais de companhia são tratados no nosso país, sendo inclusivamente, considerados como objectos perante a lei. Sempre mantivemos o sonho de conseguir intervir junto das camadas mais jovens da população, onde depositamos a esperança de um amanhã melhor para os animais. No entanto as ocorrências diárias de tratar e alimentar os animais do canil e gatil Intermunicipal e muitos outros nos concelhos de VRSA e Castro-Marim acabam por absorver toda a nossa energia e tempo. Pelo que foi com muito agrado que apoiámos a iniciativa do Infantário “A Borboleta”, que consistiu na realização de uma campanha de recolha de alimentos para cão e gato neste espaço educativo, que culminou numa acção de sensibilização, no passado dia 4/12/2013, que envolveu a presença de 2 voluntárias da Guadi e dois cães, em que para além do convívio com os animais se conversou com as crianças entre outros temas, do abandono. Por último realizou-se no dia 5/12 uma visita ao canil e gatil com a presença das crianças assim como de alguns pais, em que foram entregues os donativos. Agradecimentos: Infantário “A Borboleta” da Santa Casa da Misericórdia - Sala Amigos dos Animais – Educadora Dulce Neto e sua equipa, Maria da Luz , Ana Carla e Lisandra Município de VRSA pela cedência do autocarro GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com/ http://associacaoguadi.blogspot.com FACEBOOK


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2014

COLABORADO R E S CARTÓRIO NOTARIAL EM CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do artigo 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e seis de Dezembro de dois mil e treze foi lavrada neste Cartório, de folhas noventa a folhas noventa e dois do livro de notas para escrituras diversas número vinte e seis - A, uma escritura de justificação, na qual Alice da Costa Varela, solteira, maior, natural da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, onde reside, no Sítio do Tremelgo de Baixo, contribuinte fiscal número 198 019 270, declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos pertencentes à freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim: UM - Prédio urbano sito em Tremelgo, composto por edifício térreo, com duas divisões, destinado a habitação, com a área de vinte e quatro metros quadrados, a confrontar a Norte e Nascente com rua, a Sul com António Martins Varela, e a Poente com Francisco Pereira, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, e inscrito na matriz sob o artigo 1261, com o valor patrimonial tributável de mil novecentos e trinta euros, igual ao atribuído. DOIS - Prédio urbano sito em Tremelgo, composto por edifício térreo, com duas divisões, destinado a habitação, com a área de quarenta e dois metros quadrados, a confrontar a Norte com António Martins Varela, a Sul e Nascente com via pública, e a Poente com Francisco Rosa, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, e inscrito na matriz sob o artigo 1262, com o valor patrimonial tributável de três mil trezentos e setenta euros, igual ao atribuído. TRÊS - Prédio rústico sito na Cerca dos Órfãos, composto por terra de cultura arvense, com a área de dois mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de António Amaro Silvestre, a Sul com João Francisco, a Nascente com caminho, e a Poente com José Joaquim, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, e inscrito na matriz sob o artigo 51, da secção 053, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de oitenta e seis euros e sessenta e nove cêntimos, igual ao atribuído, proveniente de parte do artigo 3344, da anterior matriz, daquela freguesia de Martim Longo. Que declarou que os referidos prédios entraram na posse dela, primeira outorgante, por partilha e divisão verbais e nunca reduzidas a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e seis, por óbito de seus pais, José Francisco Varela e mulher, Maria Inácia, casados que foram sob o regime da comunhão geral e residentes que foram em Tremelgo, na freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado a justificante na posse dos referidos prédios, habitando nos prédios urbanos, cuidando da sua manutenção, pintando suas paredes, utilizando-os para guarda de objectos, fazendo plantações no prédio rústico e dele colhendo os seus frutos, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a justificante adquiriu os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 26 de Dezembro de 2013. A Notária, (Lic. Maria do Carmo Correia Conceição) Conta registada sob o n.º Factura/Recibo n.º Jornal do Baixo Guadiana 1 de Janeiro de 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte de Dezembro de dois mil e treze foi lavrada neste Cartório, de folhas oitenta e sete a folhas oitenta e nove do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e seis - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Henrique Manuel Guerreiro Botelho e mulher, Ana Maria Luís Mendes Botelho, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Altura, concelho de Castro Marim, ela natural da freguesia de Salir, concelho de Loulé, residentes na Urbanização Casas da Alcaria, lote 31, Altura, Castro Marim, contribuintes fiscais números 179 273 205 e 202 366 669. Que declararam serem donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: UM - Prédio urbano, sito na Casa Alta, pertencente actualmente à freguesia de Altura, concelho de Castro Marim, composto por morada de casas térreas, destinadas a habitação, com a área de quarenta metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 122, da freguesia de Altura, que proveio do artigo 808, da freguesia de Castro Marim, com o valor patrimonial de 18.440,00 euros, igual ao atribuído. Que o referido prédio se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim sob o número cinco mil quinhentos e setenta e nove, da freguesia de Castro Marim, a favor de EDUARDO ROMÃO GONÇALVES e mulher, JESUÍNA DOS MÁRTIRES NUNES VICENTE, conforme inscrição correspondente à AP. um, de vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e setenta e quatro. DOIS - Prédio urbano, sito na Casa Alta, na freguesia de Altura, concelho de Castro Marim, composto por uma morada de casas térreas, destinada a habitação, com a área total de quarenta metros quadrados, confrontando a Norte, a Sul, e a Poente com Henrique Manuel Guerreiro Botelho, e a Nascente com Adérito Joaquim Campos, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz sob o artigo 119, da freguesia de Altura, que proveio do artigo 805, da freguesia de Castro Marim, com o valor patrimonial de 21.280,00 euros, igual ao atribuído. Que os referidos prédios lhes pertencem, por os terem adquirido em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, já no estado de casados, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, feita aos referidos Eduardo Romão Gonçalves e mulher, Jesuína dos Mártires Nunes Vicente, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Alagoa ou Alagoinha, na freguesia de Altura, concelho de Castro Marim, ambos já falecidos. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, pintando e cuidado das suas paredes, utilizandoos para guarda da objectos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 20 de Dezembro de 2013. A Colaboradora, _________________________________ (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 62/12 Factura n.º 3974

Jornal do Baixo Guadiana 1 de Janeiro de 2014

Toda a Gente é pessoa Rosa… Ó Rosa!?... Moça?... tu “na me oves”!? “Má rás” partam os namoricos… Não há meio de dares conta do que te digo?...Ó raio!...olha lá!?...O moço bebeu o “banacau”!?... Tenho a cabeça “desvaída” e aquele enfezado cada dia está mais “deslaiado”. Maria Maria!?... Ele na quer o “banacau”… quer sopas de cavalo cansado… Olhe lá!... na “ove”!?... Viu passar por aqui o Lárinho!?... O Lárinho?... Senhora!?... Na me diga que na conhece o Lárinho? Outra coisa na conheça eu!? Lá porque é baixinho!?... Baixinho é, mas dizem que é bem composto… Moça… tem vergonha nessa cara, tas sempre com “a canina n’água”… Rosa, empurra-me o 2banacau” a esse moço!... Na vês como ele anda “melriço”…na tem nada do pai… Amanhã vou mostrá-lo ao Doutor Gomes …já sei a sentença que vou ouvir!... Sentença?... Mana Maria!... “Ora-ai-tens”!?... Tu na sabes como ele é!... Na haja dúvida que trata todos por igual, mas com as crianças!?... Valha-me Deus, É UM AI Jesus… Os moços, no dizer dele… E tantos que por aquelas mãos passa. Quando descobre que não estamos a fazer as coisas como manda o preceito, desanca na gente que é um regalo. Pudera: Toda a gente sabe que não é homem de “camelices” mas muito lhe devemos e muito mais a “moçanhada”… Na te lembras das “bácinas”? O cuidado que ele tinha… E a maternidade? Maternidade? Aqui em Castro Marim? “Oleques”!... É verdade Rosa, os moços aqui nasciam aqui e, tanto o Dr. José Afonso Gomes, como a parteira, Maria Marques, não tinham mãos a medir. Um sismo, ou um balo de terra, não sei como se diz isso… o que sei é que a Terra tremeu e a uma quinta-feira pela noite a dentro do dia 28 de Fevereiro de 1969 toda a zona da Maternidade que estava no primeiro andar do Hospital Ribeira Ramos ruiu e veio abaixo. Ai Mana Maria, não me diga nem me conte… Antº. de Castro


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C O LAB O R AD O R ES Fado, Fadinho

Natal

I Não é um fado de amor! De tão grande ardor! Que eu canto a saudade! E sem a vaidade! Que eu sou quem sou! Porque à tua espera estou! E posso esperar à toa! Porque sou barco sem proa!

Que as palhas onde deitaram Jesus-Menino ao nascer, e os séculos não devoraram se juntem, p’ra nos valer.

Quando a vi... Foi para mim encantamento Não parei de a contemplar Nem sei o que senti.

Que a jumenta já velhinha que ajudou nossos avós, e a vaca, eterna vizinha, desçam à gruta, até nós.

Quando a ouvi… Sua voz, era melodia Quis dizer, estou aqui Pensei, que perfeito seria.

II Não é um fado de amor! De tão grande clamor! Que eu canto a verdade! E sem a vaidade! Que eu sou quem sou! Porque à tua espera não estou! Não posso esperar à toa! Porque sou barco sem proa!

Que se abatam os Herodes, arautos do desamor, esses inúteis milhordes, que arrastam a desgraça, Senhor!

Aspirei o seu odor Quando dela me aproximei Será que já era amor? Ou será, que nunca a terei?

Que aquela estrela luzente, volte de novo a brilhar, nos céus, aqui entre a gente, para os Magos inspirar.

Minha mão lhe dei Que vejo? Que ouço? Que cheiro? Será possível? Eu lhe toquei! Estarei a ser ligeiro?

Ilda Ferreira

Que se faça luz nas mentes, Deus do Universo Imortal, que não mais hajam indigentes no meu país, Portugal!

A sensação de saborear Devagar, com prazer a beijei Decerto, me vai amar Ou será que nunca a terei?

Manuel Palma

Sim é amor! Acorda, estou a falar dos sentidos Não é de amor? Vamos mas é ficar entendidos!

Não Enfrentes o Mar

Destino Tenho dentro de mim um silêncio Que às vezes custa a calar Mas o destino é quem manda Não vale a pena chorar Há dias que são tão tristes Que não sei como viver Mas há algo dentro de mim Que me ajuda a esquecer Às vezes penso que é sonho Ouço a chuva, ouço o vento Até ouço as ondas do mar Nas trevas do meu pensamento E é sempre o destino a mandar Não há nada que fazer Senão seguir em frente Mesmo que seja a sofrer A fé que tenho em Deus É que me dá esta força assim É acreditar que já estava escrito Na hora que eu nasci. Uma Castromarinense

Nunca enfrentes o mar Sabes bem que és derrotado Porque ele vem buscar Aquilo que não quis dar E tanto lhe tens roubado. Agora está a sentir O que sofre há muitos anos Já não pode admitir Ver os seus bens a fugir Com desculpas e enganos. Vê que ele é devorador Não deves roubar-lhe a terra A todos causa pavor Mostrando assim o terror Quando as ondas estão em guerra. Ilhas, Duas e Baías Que tanto têm sofrido O mar mostra a sua arrelia Pode esperar noite e dia Mas nunca está esquecido. Olha que o mar não perde tempo Ele quer o que é seu Vem com raiva e traz o vento Aparece de momento Vem buscar o que não deu.

Henrique Roberto

É Amor

Manuel Tomaz

É Bela Aquela cerejeira de lindos Frutos vermelhos É bela Quando o sol a inunda De luz é como mulher De lindos lábios vermelhos Saborosos e bons, aqueles Frutos rubros parecem bandeiras Vermelhas, desfraldadas ao vento: Por homens e ideais É assim aquela cerejeira De lindos frutos vermelhos Dulce Costa Baiôa


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2014

C OLABORADO R E S Foz de Odeleite Terra Esquecida Quem viaja na Estrada Nacional que liga a vila de castro Marim à vila de Alcoutim, depois de passar da placa com a indicação do Azinhal (aldeia e sede da freguesia do concelho de Castro Marim), a 2 quilómetros, aproximadamente, encontra entre outras placas de sinalização, pintadas a branco, uma pintada a “castanho” com a indicação “Foz de Odeleite“. A placa de côr castanha julgo significar que a Foz de Odeleite é considerada “zona turística“ devido à sua localização. Efectivamente aquela zona é de uma beleza fascinante. Quem faz aquela descida para a ribeira de Odeleite, desfruta de uma paisagem tão deslumbrante tendo como pano de fundo o Rio Guadiana e a ribeira de Odeleite – seu afluente – que se obriga a parar para filmar ou tirar fotografias daquele local onde o rio Guadiana divide os dois países vizinhos e amigos Portugal-Espanha, pois a paisagem que dali se observa é deveras espetacular. A trezentos metros, aproximadamente, após a passagem da ponte sobre a ribeira ( que não está eletrificada ) viajando no mesmo sentido, à esquerda, encontra a via pública que liga a estrada principal ao Monte da Foz de Odeleite, conforme indicação da placa ali colocada, por lapso pintada a branco, quando deveria estar a castanho, por ser considerada uma zona de turismo. A via publica que antes estava alcatroada, actualmente, é na sua maior parte terra batida, bastante irregular, já dentro do próprio povo, como aliás é do conhecimento público e das autoridades responsáveis. Aquando do saneamento básico ao Monte da Foz de Odeleite no que respeita a arruamentos, este ficou incompleto, uma vez que na maior parte das ruas, nada se fez e nas poucas ruas que foram calcetadas com pedras do sitio, ficaram tão irregulares que poucos são os habitantes do Monte que não caíram, pelo que seria necessário que essas ruas calcetadas fossem, com urgência, reparadas ou substituídas de modo a que nelas se pudesse andar, sem receio de cair, evitando assim futuras quedas das pessoas que as utilizam diariamente. Aquando da alteração da iluminação eléctrica do Monte da Foz de Odeleite os postes de electricidade então existentes foram substituídos por outros mais modernos, e, em face disso, pedido à Câmara Municipal, na pessoa do então Sr. Presidente, Dr. Estevêns, a sua colocação na via pública, ainda não iluminada, que liga a estrada principal ao Monte da Foz. Nem só a petição foi bem aceite, como o Sr. Presidente, Dr. Estevêns a achou tão justa que logo nos prometeu que iria dar ordens, à entidade a esse ramo ligada para que de imediato, os substituidos postes de iluminação, fossem ali colocados, ficando assim iluminada a entrada principal que dá acesso à Foz de Odeleite. Efectivamente os postes estiveram algum tempo no local para ali serem colocados, tendo no entanto, não se sabe porquê, desaparecido do local, pelo que continuamos à espera que sejam ali colocados, como então já tinha ficado assente. A estrada de terra batida, única que faz a ligação do Monte da Foz de Odeleite, concelho de Castro Marim ao Monte da Corte das Donas, concelho de Alcoutim, continua há muitos anos à espera de ser alcatroada, como tantas vezes nos foi prometido, pelos então presidentes de Câmara Municipal de Castro Marim. Recordo que em virtude desta estrada ocupar áreas dos dois concelhos, Castro Marim e Alcoutim, ainda na presidência do então Sr. Manuel cavaco, me foi dito e prometido, que as Câmaras de Alcoutim e Castro Marim acordaram em alcatroar aquela estrada, cada um até ao limite do seu concelho, o que não chegou a ser cumprido por razões que desconheço porque não fazer agora este acordo entre os actuais presidentes de Câmaras. Aqui fica mais esta sugestão. Não queria terminar sem falar no caís para apenas recordar que continuamos à espera dos bancos, mesas, arvores de sombra e ainda a protecção no caís, como nos foi também prometido. Assim os turistas que ali se deslocam constantemente por via fluvial, nos barcos de turismo, além de descansar da viagem, possam ao mesmo tempo admirar toda aquela paisagem que é tão rica, utilizando ainda aquele local como zona de lazer. Com as actuais eleições autárquicas, foi nomeado Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, o Sr. Dr. Francisco Amaral que exercera idênticas funções na Câmara Municipal de Alcoutim, a quem apresento os meus melhores cumprimentos e formulo os melhores votos no desempenho das idênticas funções que vai exercer na Câmara Municipal do Concelho de Castro Marim, bem como aos restantes nomeados nos cargos para que foram eleitos na Câmara Municipal e nas Juntas de Freguesia. No que respeita ao Caís da Foz e ainda na sequência das promessas então feitas e repetidas nestas autárquicas, porque não seguir o exemplo do que foi feito no caís dos Guerreiros do Rio e Laranjeiras, povos pertencentes ao concelho de Alcoutim? É apenas mais uma sugestão. Se a Foz de Odeleite é considerada “ zona turística “ deveria ser vista e observada por quem de direito, Junta de Freguesia de Odeleite e Câmara Municipal do concelho, e com iniciativas próprias e adequadas ao meio, prestar um óptimo serviço ao concelho, sabendo, como se sabe, que a Foz de Odeleite, é visitada durante os meses de verão e na primavera, quase todos os dias, por centenas de turistas, portugueses e estrangeiros, que ali se deslocam há anos, criando assim as condições necessárias ao desenvolvimento daquela região, que tão abandonada tem estado. Muito foi feito e bem, noutras localidades do concelho, não precisa comentários, está à vista e é do conhecimento de nós todos. Parabéns ao Sr. Presidente Dr. Estevêns pela obra efectuada no seu mandato, nessas localidades do nosso concelho. Foi pena que na Foz de Odeleite, não tenha podido completar o que tantas vezes nos prometeu. Vou terminar com uma quadra incluída nos versos que há dias foram publicadas neste jornal e referentes ao “Monte da Foz de Odeleite“. «Vejo que estás muito esquecida Se não mesmo abandonada Apesar de seres tão querida E tão bem localizada» Olhão, 04/10/2013 Relógio


JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2014 |

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D ESP O R TO

Amândio Norberto vence prova em Huelva

A equipa de triatlo dos Leões do Sul, da localidade de São Bartolomeu do Sul, concelho de Castro Marim, participou no «Circuito Provincial Diputación de Huelva - 2013» de forma meritória e subiu ao lugar mais alto do pódio com o seu atleta Amândio Norberto na categoria «Veterano 3», vencendo o circuito. A equipa foi composta por Amândio Norberto, Nuno Norberto, Nélson Mestre, João Mestre, Pedro Ribeiro, Miguel Coelho, Luís Viegas, Lopo Faísca e David Costa. Ao JBG falam num “esforço recompensado”. Com esta prestação de elevada qualidade a equipa de Leões do Sul afirmam cada vez mais a modalidade em provas na vizinha Espanha, promovendo Castro Marim e o território do Baixo Guadiana. O Circuito Provincial Diputación «Duxtri - 2013» é um conjunto de provas, composto de triatlos e duatlos, aberto a todas as categorias e

Futebolândia

escalões etários, para atletas federados, que se realiza em vários locais da Província de Huelva, Espanha.

David Costa estreou-se em ultramaratonas Por sua vez, o triatleta, dos Leões do Sul, David Costa, disputou, no dia 30 de Novembro, com êxito, a Ultra – Maratona Trail de Barrancos. Uma prova de corrida de montanha, num sobe e desce constante, num terreno sempre difícil, sendo o frio que presenteou os atletas naquele dia e a dureza da prova um dos principais obstáculos a transpor. Sendo uma prova diferente do habitual, David Costa, fez a sua estreia em Ultramaratonas e na especialidade Trail, percorrendo os 50 Km, com 3000 metros de desnível acumulado em 6 horas e 16 minutos terminando em 45º. Lugar entre 120 participantes.

Leões do Sul venceu Circuito Provincial Diputación «Duxtri - 2013»

Leões do Sul há 17 anos no território Os «Leões do Sul Futebol Clube», de São Bartolomeu do Sul foi fundado em 1976. Foca a sua atividade no Triatlo, MarchaPasseio, Natação de Mar e Patinagem, tendo uma Escola de Patinagem dos Leões do Sul onde ministra cursos de aprendizagem no pavilhão municipal de Castro Marim. Em 2006 foi-lhe atribuído a Medalha de Mérito do Município de Castro Marim – grau ouro, pelos relevantes serviços prestados ao concelho nas áreas do desporto e do lazer.

Fundação ReALMAdrid inicia ano letivo em Castro Marim com aulas de basquetebol A Escola Sócio Desportiva da Fundação ReALMAdrid de Castro Marim iniciou o novo ano letivo, dia 28 de novembro, com a realização de aulas de basquetebol, destinadas a crianças entre os 6 e os 10 anos. As aulas, que decorrem às quartas e sextas-feiras, no Pavilhão Municipal, das 17h30 19h, têm a coordenação dos técnicos de desporto da Câmara Municipal de Castro Marim. Neste momento tem um universo de 35 alunos, resultado de um processo de recrutamento realizado pela autarquia, em articulação com os professores do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Castro

Marim, respeitando os critérios de integração no projeto, nomeadamente, a descriminação positiva para participantes com dificuldades de integração, mais desfavorecidos, crianças com problemas de obesidade ou dificuldades motoras. A Escola Sócio Desportiva da Fundação ReALMAdrid em Castro Marim, que existe desde de 2012, tem como desiderato o desenvolvimento integral da personalidade da criança através da prática do desporto, alicerçado nos valores da amizade, da convivência sã e da solidariedade.

Em Castro Marim jovens alunos treinam basquetebol

Associação InterVivos prepara-se para ter melhores instalações A associação de Jovens do nordeste algarvio, a «Inter-Vivos», está a prepara-se para ter instalações melhoradas depois de um projeto apresentado ao PRODER (programa de desenvolvimento rural). No total a obra tem um custo de 37.844.70 euros, sendo que é apoiado pelos fundos comunitários a 75% e os restantes são subsidiados pela câmara municipal, que apoio, assim, a recuperação e melhoria das instalações desta associação. De acordo com informação veiculada, o projeto de melhoria das instalações integra, por um lado, a recuperação do espaço exterior (reboques, pintura e novas janelas e portas) e, por outro lado, a aquisição de alguns equipamentos informáticos e de vídeo, que deverão ser usados não apenas no apoio às atividades regulares da associação, mas também disponibilizados à comunidade.

Humberto Fernandes

Ciclistas profissionais páram as bicicletas e apadrinham mercearia em Tavira Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e David Livramento apadrinharam neste fim de ano um projeto tão doce como o mel e tão tradicional como andar de bicicleta. Os três ciclistas profissionais amigos pessoais e adversários sobre a bicicleta, abriram os braços ao convite de um amigo, ex-ciclista e grande amante da modalidade. Surge assim na cidade de Tavira a mercearia «A Colmeia». Um projeto posta em ação numa das épocas menos prósperas da economia nacional, mas que mostra audácia e coragem nos tempos que correm, adjetivos que também caracterizam a modalidade. Em conversa com o JBG o promotor desta ideia revelou-nos querer criar aqui um espaço onde as pessoas possam encontrar todos os bens de primeira necessidade aliados à qualidade dos produtos frescos, tradicionais e regionais, tendo no mel um dos seus produtos de eleição com produção caseira. A mercearia «A Colmeia» situa-se no centro da cidade na rua Montalvão nº 21, perto do cinema de Tavira e tem as portas abertas a todos aqueles que nos

Os padrinhos desejam sucesso a este projeto queiram visitar e descobrir o que é que uma mercearia, o ciclismo e o mel têm em comum, Queremos agradecer ainda aos padrinhos por terem aceite o nosso convite”. Revelou-nos um dos responsáveis pela loja.

«Carta aos reis magos» Curvo-me perante os meus reis, Belchior, Gaspar e Baltasar. Bemvindos a esta terra com história, aqui no cantinho do Algarve, junto ao rio Guadiana e tão perto de Espanha. Castro Marim de seu nome. Queria pedir-vos para este ano de 2014, não ouro porque depois tenho que vendê-lo à «Valores» como a Rita Pereira, não incenso porque a casa fica com um cheiro esquisito e muito menos mirra, porque tem que vir de avião da Somália ou da Etiópia, de onde é originária, e depois tenho eu que pagar os portes de envio. Peço sim, meus reis, que os presidentes dos clubes portugueses, que quando são beneficiados com as arbitragens o digam na televisão para todos ouvirem, que tenham vergonha de estar no futebol português não só quando são prejudicados, mas também quando marcam golos em fora de jogo, penaltis fora do retângulo de jogo. Não digam «limpinho, limpinho», quando ganham com erros de arbitragem, quando sofrem com o Arouca em casa não digam que jogaram bem, que no caso apito dourado haja culpados e não só inocentes, que os presidentes dos clubes sejam realistas e não queiram ganhar provas que são impossíveis, por exemplo a «Liga dos Campeões», só porque a final é no Estádio da Luz… Meus reis, peço que sejamos sinceros, sem hipocrisia, compreendo que o fanatismo é tramado e difícil de gerir, mas peço que não se viva de fanatismos, que vivam de ponderação, porque eu aprendi na vida que mais vale estar calado do que dizer asneiras. Por fim, peço para o presidente do Sporting uma terapia de grupo para se controlar depois dos jogos, um cardiologista permanente e uns óculos de graduação adequada para ver melhor os jogos. Para o presidente do Benfica, pedia uma hipoteca do terceiro anel para pagar a indemnização ao Jorge Jesus para ir treinar o “Ninense” da terceira divisão (escolhi este clube porque achei engraçado o nome!) Para o presidente do F.C. do Porto, peço para se afastar de apitos, sejam eles dourados ou de outra cor qualquer e que admita lá para a altura do carnaval que Paulo Fonseca, foi um «erro de casting» e quem nem sempre acertamos; somos humanos, todos erramos. Obrigado! Espero que o meu pedido, ou vários pedidos sejam concedidos. Bom ano de 2014 e que finalmente cortem nos salários dos ministros, nas reformas milionárias de quem ajudou a “afundar” o país e dizer de uma vez por todas a Paulo Portas que o sonho de menino (agora lembrei-me do Tony Carreira), de ser primeiro-ministro, não é possível. Eusébio Costa, técnico superior na área da comunicação da junta de freguesia de VRSA eusebiocosta@live.com.pt


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2014

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Mundialito Color e Mundialito Color Bike juntou centenas Aconteceu em Vila Real de Santo António a 29 de Dezembro o Mundialito Color que nesta segunda edição pode ser realizado a pé ou de bicicleta. O evento foi inserido nas festividades de final de ano e promovido pela marca «Ric7», de Ricardo Godoy, que de resto foi responsável pela produção dos cinco dias de festa da passagem de ano em Vila Real de Santo António . “Um fim de ano cheio de cores, com os dias mais loucos e divertidos do planeta em Monte Gordo”, salientou a equipa de Godoy. O percurso de bicicletas foi de 12,2km e a pé percorreram-se 5,2km. Desporto para todos com muita diversão com música em cada ponto de cor onde foram lançados pós coloridos em ambos os percursos. Na meta houve lugar para uma grande festa final com a atuação do DJ Top Internacional “Diego Miranda”. Nas imagens acima pode comprovar a festa onde participaram várias centenas de pessoas.

Cartoon

Dieta Mediterrânica foi distinguida como Património Imaterial da Humanidade.

Agrupamento de Castro Marim é um dos 10 a nível nacional com o selo da interculturalidade.

Governo ameaça fechar as finanças do Interior do país. População de Castro Marim manifesta-se, temendo mais um fecho no concelho.

ECOdica Ano Novo hábitos novos! Este pode ser um lema a ter em conta em início de mais um ano. Nunca é tarde para começar se ainda não deu azo a técnicas amigas do ambiente. Lembre-se que o planeta é de todos, logo seu também. Para começar dê um passeio e inquiete-se com o que visivelmente é um atentado ao ambiente. Feliz 2014!


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