JBG - Edição Junho 2011

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2011 |

JORNAL DO

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Baixo

Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal Ano 12 - Nº133

JUNHO 2011 PREÇO: 0,85 EUROS

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS

Associação Empresarial do Baixo Guadiana em agenda

TAXA PAGA

Depois de descartada a hipótese de ser criada uma Associação Ibérica de empresários, as quatro associações de desenvolvimento local do território [Odiana, Alcance, ADPM e Terras do Baixo Guadiana] avançam agora nas negociações para a criação de uma Associação Empresarial em território luso; de Mértola a Vila Real de Santo António. Do lado espanhol o processo já está fechado e uma entidade semelhante já foi criada. > P. 8/9

PORTUGAL CEM NORTE

Alcoutim O município alcoutenejo é o «melhor pagador», diz a Direcção Geral das Autarquias Locais. Relatório mostra que as dívidas aos fornecedores são saldadas em três dias.

> P. 11

Castro Marim Sal e Flor de Sal vão passar a estar em cima de todas as mesas do território. Operação de Charme do município e «Novbaesuris» foi apresentada na «Terra de Maio». > P. 7

VRSA Depois de inaugurados mais dois espaços de creche e préescolar, até 2026 o concelho não terá crianças em lista de espera.

> P. 16

«Histórias de Vida»

O nome é Jorge Aquilino, natural e residente em Castro Marim. Profissões conta muitas. Foi caleiro, militar, mecânico, taxista, condutor de pesados, serralheiro e dono de um café. Depois da reforma os hobbies ganharam corpo e entusiasmo, nomeadamente o coleccionismo e as engenhocas com as quais já ganhou fama. Na sua oficina encontram-se todo o tipo de materiais etnográficos e inúmeras criações que fazem dele o «Senhor Engenhocas» do Monte Francisco. P. 13,14 e 15

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2011

EDI TORIA L

JBG

Jornal do Baixo Guadiana

Director: Carlos Luis Figueira Sub-Director: Vítor Madeira Chefe de Redacção: Susana de Sousa Redacção: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Ana Brás Ana Lúcia Gonçalves Humberto Fernandes João Raimundo José Carlos Forte Rui Rosa Susana Correia Associação Alcance Associação GUADI e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com joanagermano@gmail.com Sede: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 Redacção: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM 281 531 171 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt Pessoa Colectiva: 504 408 755

O Dia Seguinte As eleições para a Assembleia da República de 5 de Junho próximo, das quais sairá uma nova maioria parlamentar que dará corpo a um novo governo marcam, justamente, a actualidade da vida política portuguesa. Com mais ou menos folclore a campanha vai desenrolando-se sob o olhar critico, desconfiado, ou ausente das pessoas. As máquinas partidárias procuram em esforços redobrados, arregimentar forças, criando artificialmente climas de euforia, que contrastam em não poucas circunstâncias, com o cepticismo e a descrença dos portugueses. Temos sondagens para todos os gostos e um rol de comentaristas que nos ocupam todos os espaços tornando o necessário acesso à informação do que ocorre no País, num pesadelo próximo da náusea. No dia seguinte ao 5 de Junho há incontornavelmente uma situação que antecipadamente se conhece. O País atravessa uma das mais graves crises económicas da sua história e, escusado será dizer, com profundíssimas consequências sociais. Temos por diante a aplicação de medidas impostas por uma Troika de bancos, a troco de dinheiro

vendido a preços de escandalosa usura, para supostamente equilibrarmos as nossas depauperadas finanças. Qualquer que seja o Governo que se venha a formar, vai ter de enfrentar esta gravíssima situação. A margem de manobra sabe-se que pode ser curta mas sê-lo-á também mais ou menos curta, em linha com a postura negocial que o governo seguinte for capaz de assumir para executar o conjunto de medidas que nos querem impor. O País, as pessoas, apesar de condicionadas pelo medo, fruto da intranquilidade provocada pela insegurança em que se movem muitas das suas vidas, não aguentarão por muito mais tempo a imposição de medidas que lhe retirem condições de vida, num País em que as desigualdades sociais se têm vindo a aprofundar de forma escandalosamente intolerável. Teremos seguramente que mudar de hábitos, quebrar rotinas, conter gastos, encontrar soluções mais ajustadas aos recursos do País, recuperar processos produtivos e reorganizar a sua penetração nos mercados. No território preocupantemente despovoado do Baixo Guadiana

continua a haver gente que não desiste nem se conforma com a situação presente. Nasce por isso uma nova Associação Empresarial que junta forças em torno da execução de projectos concretos, alargando horizontes para atrair investimentos em áreas tão diversas como o turismo náutico ou de caça, as energias renováveis ou o património histórico, cultural, que dispõe. Este é também um caminho para apressar a saída da crise em que nos meteram.

O direito ao voto foi uma das mais importantes conquistas adquiridas com o 25 de Abril. Apesar do cepticismo e da manifesta desconfiança que muitos portugueses expressam quanto à vida politica e ao valor das instituições democráticas do regime, é com o voto e votando que, livremente, podemos exprimir o sentido das mudanças que cada um entende como necessárias para o País.

Carlos Luis Figueira cluisfigueira@sapo.pt

Rectificação:

Emigrante quer criar «Casa de Acolhimento Temporário» em Alcoutim para idosos e doentes. Em Abril publicámos a história de Isabel Mestre que quer criar um Centro de Acolhimento em Balurcos, no concelho de Alcoutim. Indicámos incorrectamente o seu e-mail, aqui fica a rectificação:isabelmestre@hotmail.it A todos os visados as nossas desculpas.

Vox Pop Quais as suas expectativas em relação às próximas eleições?

Direcção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Daniela Vaz Laura Silva Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Registo no ICS: n.º 123554 Depósito legal: n.º 150617/00 JBG online: http://issuu.com/jornalbaixoguadiana

JBG no Facebook

Nome: Samuel Lourenço Profissão: Reformado

R: Já não acredito no sistema político. Depois do 25 de Abril só governa PS ou PSD, parece que nada mais vale a pena e depois é o que se vê. Devia haver mudança dos partidos de governação para ver se mudava alguma coisa...

Nome: Luís João

Profissão: Carpinteiro Confragem

R: Penso que com a maioria absoluta seria mais vantajoso governar. Mas eu já não acredito em nenhum deles. Estou cada vez mais pessimista em relação aos políticos porque fazem todos o mesmo mal. Costumo votar.

Nome: Fernando Salvador Profissão: Desempregado

R: Não costumo votar, mas a ver se vou desta vez. Estou muito desacreditado da política. Temos uma democracia que é mal cuidada por quem governa.

Nome: Luísa Gonçalves Profissão: Doméstica

R: Olhe, nem com maioria nem com minoria isto lá vai. Estou em casa porque com 47 anos já não se consegue arranjar trabalho e cada vez está pior. O desemprego tem só crescido. Eu voto sempre, apesar de estar muito desiludida com os políticos.


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CRÓNICAS Vítor Madeira

a Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal, que nos últimos 27 anos tem vindo a realizar um trabalho meritório na ajuda aos idosos, mantendo-os no seu domicílio, dá assim um forte contributo para a transformação de uma freguesia marcadamente envelhecida, onde é preciso acudir à população e aos idosos em particular de forma integrada, com cuidados de saúde e apoio psico-social, possibilitando a sua recuperação através da reabilitação, readaptação e

reinserção familiar e social. Outro dos aspectos muito positivos deste investimento social é a criação de 30 postos de trabalho directos entre auxiliares e técnicos de saúde, o que potencia o desenvolvimento económico desta sub-região do Baixo Guadiana. Este projecto, além de permitir uma melhoria qualitativa dos cuidados de saúde no concelho, tem uma marca distintiva do estado social, numa parceria entre o Governo, a ABESFA e a Câmara Municipal, que fez um enorme esforço financeiro para que o mesmo fosse uma realidade, pois só assim poderemos falar com justiça num Estado com qualidade ao serviço dos cidadãos. Acredito que estamos em presença de um projecto estruturante para a excelência e qualidade da saúde e do desenvolvimento social que queremos para o concelho de Castro Marim e para o Algarve; tal como o sonhamos para o nosso país.

instabilidade da vida nacional, como já aconteceu em meados do século XIX, em que se fizeram e desfizeram municípios, em pretensas reformas sucessivas, numa dança que só estabilizou com o mapa municipal que, no essencial, subsistiu até hoje. Ora se há coisa que não precisamos em absoluto é de novos factores de instabilidade. Já temos os que estão inevitavelmente criados pelo desemprego, a regressão dos benefícios sociais e os que virão da recessão económica e de outras medidas impostas pela Troika. Não considero que o mapa dos concelhos e das freguesias seja

matéria sagrada e intocável. A nossa administração do território precisa de ser reformada, desde logo com a instalação das Regiões Administrativas, a autarquia regional que a Constituição manda criar. Mas reformar nesta matéria não pode, em caso nenhum, significar o abandono de uma larga faixa do interior do país ao longo da fronteira com Espanha. Reformar tem de compreender a racionalização da ocupação e a dinamização dos recursos deste vasto território. É em diálogo com as populações e os responsáveis autárquicos e com a sua participação, num processo ponderado e combinado com o avanço para a Regionalização, que qualquer reforma na administração do território pode ter êxito. O governo que sair das eleições de 5 de Junho tem a responsabilidade de travar precipitações que podem ser fatais para Portugal, nesta matéria como em muitas outras decorrentes do acordo de resgate.

conclui Burke, «os contribuintes das chamadas economias “periféricas” estão a “ajudar” os maiores bancos da Europa». Durante décadas os partidos da política de direita (PS, PSD e CDS-PP) venderam ilusões. Foram destruindo a nossa indústria, agricultura, pescas; a nossa cultura, democracia, apoios sociais; a nossa soberania. Diziam que era moderno e inevitável. Mas era tudo mentira. Um colossal e interesseiro embuste.

É um facto incontestável que todos eles, e só eles, pelo que fizeram e pelo que se propõem fazer, nada mais têm para «combater a crise» do que aprofundar a crise, aprofundando todas as medidas que estão na sua origem. É certo que contam com os média dominantes para passar a necessária esponja sobre todo esse passado e para alindar o futuro: os comentadores, analistas e politólogos de serviço à política de direita não têm tido mãos a medir na difusão da ideia de que «não vale a pena discernir quem são os responsáveis» pela situação actual – o que «interessa» é... que esses responsáveis possam prosseguir a sua obra de afundamento do País em que todos eles se revelaram mestres... Mas os trabalhadores e o povo têm nas suas mãos a possibilidade de, no próximo dia 5, dar um passo decisivo para a mudança.

O insubmisso

Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal – Um investimento capital

na saúde dos idosos No momento em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é esmiuçado pelos candidatos às eleições legislativas de 5 de Junho, chegando mesmo a servir de arma de arremesso entre os vários partidos; quando um milhão de portugueses não tem médico de família; quando o Ministério da Saúde continua a política de encerramento de Centros de Saúde de Norte a Sul do país, é reconfortante saber que no Azinhal, no concelho de Castro Marim, está a ser construída uma Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração.

Estou firmemente convencido que em cerca de um quarto de século de vida, o projecto da Unidade de Cuidados Continuados, da autoria do Arquitecto José Alberto Alegria, é o maior desafio que a Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) abraçou. Trata-se dum investimento de um milhão e oitocentos mil euros, sendo que 59 % do investimento total é financiado pela Câmara Municipal e 41% pelo Programa Modelar do Ministério da

Saúde. A Unidade de Cuidados Continuados, com uma área de 9.000 m2, está a ser construída num terreno anexo ao Centro Multiusos do Azinhal, cedido pelo município. Quando estiver concluída, dentro de 18 meses, terá capacidade para 32 utentes, aos quais serão prestados cuidados de saúde, convalescença, recuperação e reintegração de doentes crónicos e pessoas em situação de dependência. Com esta nova Unidade de Saúde,

Carlos Brito

Mais desertificação?

A redução do número de autarquias, embora não tenha estado no centro dos debates políticos, é um dos aspectos de mais graves consequências para o país, de entre os muitos outros igualmente graves, previstos nas condições do empréstimo internacional concedido a Portugal. Não se trata de uma vaga sugestão; o memorando das imposições acordadas entre os representantes da União Europeia, o BCE e do FMI, de um lado, e o Governo e os três

principais partidos portugueses (PS, PSD e CDS), do outro, manda «reduzir significativamente o número de municípios e freguesias» e estabelece que 20 por cento dessa redução seja feita até 2013. Custa a crer como foi aceite esta afrontosa e leviana intromissão estrangeira num aspecto tão melindroso da nossa vida interna. Não é difícil antecipar as suas desastrosas consequências sabendose que se fundamenta em critérios exclusivamente economicistas. Não podem restar dúvidas de que o interior do país vai ser o grande alvo das ditas reduções. Até já se conhecem

alguns planos de redução em que os municípios do interior são os sacrificados. Se combinarmos esta redução com outras impostas nas condições do acordo em relação a serviços públicos, como por exemplo a redução de uma em cada cinco repartições de finanças, não é difícil compreender que estamos perante uma nova galopada no sentido do agravamento da desertificação. É claro que as populações locais não vão assistir de braços cruzados ao desaparecimento dos seus municípios e de toda a gama de serviços que por eles lhes são prestados. Teremos assim uma nova frente de

José Carlos Forte

Os Vampiros

Razão tinha o Zeca Afonso. Se alguém se engana com seu ar sisudo, e lhes franqueia as portas à chegada, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada. O guião que afundou a Grécia e a Irlanda chegou a Portugal. A aliança do grande capital financeiro nacional e internacional quer dar o golpe de graça no nosso País, já exangue após 35 anos de políticas ao serviço dos vampiros internos e externos. Aquilo que a União Europeia (presidida por um

português...) e o FMI (presidido até há bem pouco tempo por um «socialista» francês...) prepararam para o nosso País não é uma «ajuda». É um novo patamar no processo de esbulho de Portugal e dos portugueses pelo grande capital das grandes potências. É um «abraço mafioso, como podem testemunhar os cidadãos irlandeses e gregos», salienta Michael Burke, ex-economista do Citibank, num artigo publicado no The Guardian, na edição de 7 de Abril. Fazendo um paralelo com

a série de televisão Os Sopranos, que retrata a saga de uma família mafiosa, Burke exemplifica: «A razão pela qual estes enormes montantes de “ajuda” aumentam a possibilidade de uma falência é porque são ajudas à Tony Soprano – nem um cêntimo irá para os países em questão, indo parar directamente aos seus credores, os bancos europeus e, cada vez mais, aos hedge funds dos EUA. Trata-se de uma reedição das famigeradas operações de salvação da banca». Assim,


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EDUCAÇÃO & JUVENTUDE

“O perigo das novas tecnologias é a ignorância dos adultos” Alcoutim recebeu, no passado dia 21 de Maio, as Jornadas «Os Perigos das Novas Tecnologias para Crianças e Jovens», numa iniciativa da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Integrada de Alcoutim (APEEEBIA). •Texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Ana Lúcia Gonçalves Esclarecer pais, encarregados de educação e outros educadores sobre os significados, usos e perigos da utilização das novas tecnologias foi o objetivo desta ação, que juntou cerca de 60 pessoas no auditório do Castelo de Alcoutim. A palestrar nestas jornadas estiveram o Dr. Hernâni de Carvalho (jornalista, licenciado em Psicologia Clínica e Doutorando em Psicologia) e o Professor Paulo Sargento (psicólogo e professor de Psicologia Forense na Universidade Lusófona). Os oradores trouxeram a Alcoutim uma abordagem direta, dinâmica e ativa à questão dos perigos que o rápido avanço das novas tecnologias trouxe, não só às crianças e jovens, mas às famílias, de uma forma geral. O tema, garante o presidente da direção da APEEEBIA, Luís Costa, “é importante e atual para ser deba-

tido, não só em Alcoutim, mas em toda a comunidade escolar”.

O perigo da Ignorância Na defesa da ideia de que a ignorância dos adultos é o principal perigo das novas tecnologias, Hernâni de Carvalho explicou que “um filho ligado à Internet é um filho no mundo”, aconselhando os educadores a uma supervisão atenta e com regras, mesmo que não entendam todos os meandros das tecnologias. O jornalista sublinhou, durante toda a sua intervenção, a importância deste controlo e de saber dizer não a um filho, sob pena de andarem a criar “um psicopata em potência (...) e tudo isto porque é muito mais fácil darmos o biberão [computador, playstation...] e o miúdo estar

calado”. A problemática educacional dos dias que correm, tanto a nível familiar como a nível escolar, esteve subjacente a todo o seu discurso. Sobre decisões políticas de que discorda, o também cronista e escritor deixou o exemplo do computador «Magalhães», distribuído pelo Governo às crianças portuguesas, uma iniciativa que descurou que “professores e pais não estavam preparados para os usar”.

Acompanhamento Parental Na sua comunicação, o Prof. Paulo Sargento corroborou a ideia do acompanhamento parental nas idas à Internet, acrescentando que há muitas vezes um certo “lascimo de práticas parentais” no uso das

Ação juntou cerca de 60 pessoas no auditório do Castelo de Alcoutim novas tecnologias. O psicológo centrou-se, no entanto, sobre as vantagens da Internet, garantindo que é um erro crasso marginalizarse as novas tecnologias na educação das crianças. “Dizer que não a um computador era a mesma coisa que dizer que não ao bloco e ao lápis aqui há uns anos”. Desfeitos alguns mitos que associam o uso de novas tecnologias a problemas físicos e psicológicos, Paulo Sargento não deixou esquecer que “há mais mundo para além das novas tecnologias”. Pegando na problemática educacional, o psicólogo acrescentou ainda que houve uma mudança de paradigma em

rária, e sobre a qual aguardamos novidades.

«Entre Palavras» A E.B. 2,3 de Castro Marim e a E.B. Ferreiras - Albufeira - foram as grandes vencedoras da fase distrital do concurso «Entre Palavras». Estas escolas vão estar na grande final nacional, a 8 de Junho, em representação do Algarve. A equipa da escola castromarinense foi composta pelo professor Pedro Tavares e pelos alunos Andreia Romeira, Jéssica Madeira, João Domingues e Samira Rosário. Vão estar assim em Santa Maria da Feira para disputar a melhor classificação. De recordar que o concurso nacional «Entre Palavras» é promovido

Seguem para final do concurso «Entre Palavras» que acontece a 8 de Junho pelo periódico «Jornal de Notícias» em parceria com o projecto «Ler+». Este projecto é dedicado a todos os alunos do 3º ciclo e tem como objectivo o desenvolvimento do gosto

pela leitura e o debate de ideias. Para saber mais informação sobre o concurso «Entre Palavras», consulte o endereço electrónico em: http://entrepalavras.jn.pt/

Estudantes na luta contra o cancro Realizou-se no dia 8 de Maio o «1º Passeio de bicicleta na Luta Contra o Cancro». O objectivo desta inicativa pretendeu alertar para a importância do voluntariado nesta área e angariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Este passeio foi organizado por um grupo de alunos da turma B do 12º ano (a Catarina, a Joana

e o Renato ) da Escola Secundária de Vila Real de Santo António, no âmbito da Área de Projecto. O passeio contou com a participação de algumas dezenas de ciclistas entre alunos, professores, pais e amigos que passaram uma agradável manhã a pedalar e a conviver.

Alcoutim combate dependência A sessão foi encerrada pelo presidente da câmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, que alertou para a crescente dependência da internet entre os jovens, declarando que “gostaria que as pessoas fossem donas do seu corpo e da sua mente”, à semelhança do combate a outras dependências que tem travado no município.

“Crianças pobres devem ser as mais protegidas”

Jovens de Castro Marim em duas finais nacionais Os jovens da E.B. 2,3 de Castro Marim estão a realizar este ano um percurso que se mostra invejável no panorama nacional dos concursos inter-escolas. Depois de serem apurados para a grande final do concurso «Entre Palavras», jovens estudantes do grupo de teatro escolar «TeaTroTeca» estiveram na grande apresentação de vencedores do concurso «Uma aventura literária 2011», vertente teatro. A presença neste concurso, juntamente com outro seis grupos de escolas, aconteceu a 31 de Maio no Teatro Maria Matos. O JBG promete dar mais pormenores na próxima edição, pois a mostra aconteceu depois do fecho da presente edição. O JBG sabe que também a D.José I esteve presente neste dia na vertente lite-

relação aos heróis [da televisão, dos jogos...], “antes o herói era o que fazia mais amigos, hoje é o que vence mais adversários”.

O passeio foi organizado por alunos da Escola Secundária de VRSA

Um novo relatório da UNICEF, acerca das desigualdades para as crianças em 24 países industrializados, revela que a pobreza de rendimento é particularmente gravosa para as crianças em Portugal; que ocupa a última posição numa tabela comparativa entre países com características semelhantes. A UNICEF Portugal “apela ao Governo para que o combate à pobreza infantil seja um elemento central das estratégias e políticas nacionais de luta contra a pobreza, de modo a assegurar que o bemestar das crianças constitui uma prioridade em todas as áreas da governação”, declarou Madalena Marçal Grilo, Directora Executiva da agência portuguesa. “As crianças que vivem na pobreza não devem pagar o preço da redução do défice e devem ser as primeiras a ser protegidas. ” “O facto de alguns países da OCDE terem um melhor desempenho do que outros mostra que o padrão de desigualdade pode ser alterado, e que se a exclusão for identificada num estado inicial podem ser tomadas medidas para prevenir o seu agravamento. A variação de desempenho entre países, apresentada no relatório, demonstra que é realista e é possível melhorar”, diz a responsável.


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LOCAL

Secretário de Estado inaugurou pólo de Altura da «USF Guadiana» No passado dia 18 de Maio, Óscar Gaspar, Secretário de Estado da Saúde esteve presente na inauguração do pólo de Altura, da Unidade de Saúde Familiar «Guadiana», de Castro Marim e VRSA. O Secretário de Estado da Saúde deslocou-se à região do Algarve, dia 18 de Maio. A agenda esteve preenchida o dia inteiro, mas os trabalhos começaram no Baixo Guadiana onde inaugurou o pólo de saúde de Altura que foi alvo de ampliação. No decorrer da visita o governante sublinhou a importância do investimento para melhorar as condições físicas do ambiente de trabalho nas unidades de saúde, no sentido de potenciar a execução de trabalho dos profissionais e aumentar a qualidade em prol do utente. Sendo a expansão das Unidades de Saúde Familiar uma das recomendações no protocolo assinado entre o actual governo e a «Troika», enalteceu a continuidade das reformas dos cuidados primários do Serviço Nacional da Saúde, que considera ser “uma aposta correcta”. O responsável político frisou que vai ser preciso contratar mais médicos e enfermeiros e lembrou que “o Serviço Nacional de Saúde é sustentável enquanto os portugueses acreditarem nele”.

Pólo de Altura com as melhores condições Depois das obras de ampliação de que foi alvo o pólo de Altura é, dos quatro que constituem a «USF Guadiana», o que tem melhores condições. Maria José Salgueiro, médica-coordenadora da USF supraconcelhia, lembra que as dificuldades “nomeadamente de logística que existem pelo facto desta USF abranger dois concelhos, e com quatro pólos, compensa pelo desafio que é dar a maior acessibilidade aos utentes”, consubstanciando que “não seria justo termos utentes a

Governante reiterou a vontade política para com o Hospital Central do Algarve residir em Castro Marim, e terem de se deslocar a Vila Real de Santo António”. Esta unidade de saúde é constituída pelos pólos de Altura, Castro Marim, Vila Nova de Cacela e Monte Gordo. Também este último vai ser alvo de obras de ampliação e melhoramento, à semelhança de Altura. Actualmente, face às obras de que foi alvo, o pólo de Altura tem as melhores condições; a funcionar existem ali dois gabinetes médicos, um gabinete de Internato para os futuros médicos, um gabinete de saúde materna, um outro de planeamento familiar e saúde infantil, um gabinete de enfermagem e os serviços de apoio. Maria José Salgueiro considera também que esta unidade “é privilegiada” porque conta com a presença de diversos jovens, no meadamente os de Internato Geral de Medicina Geral e Familiar, alunos da universidade do Algarve que ingressaram no curso

de medicina algarvio e ainda com alunos do ano comum das universidades de medicina do país “que vêm fazer uma prática para terem conhecimento de terreno e conhecer melhor a sua vocação”, explica a coordenadora. Recorde-se que a «USF Guadiana» está a funcionar desde Agosto de 2010. Conta, na totalidade dos quatro pólos, com 10 equipas; em que cada uma é composta por um médico, administrativa e enfermeira.

Obras para a sede sem início à vista A sede desta USF funciona num pré-fabricado anexo ao Centro de Saúde de VRSA e por ali vai continuar a funcionar até ser edificado o futuro edifício-sede. Tal como nos confirmou a coordenadora, “o edifício que tinha sido cedido pela câmara municipal de VRA não suportaria as obras necessá-

“Médicos colombianos não ganham mais que os portugueses” O secretário de Estado da saúde, Óscar Gaspar, à margem da inauguração do pólo de Altura e em declarações ao JBG, garantiu que os médicos colombianos “não estão a ganhar mais que os médicos portugueses”. Os médicos colombianos estão a ser contratados “porque não existem médicos portugueses para contratar e os seus contratos são nos termos exactos dos que fazemos com os médicos portugueses”. Óscar Gaspar acrescentou ainda que os profissionais colombianos que estão em Portugal não são recém-licenciados, rejeitando as acusações feitas por Francisco Amaral, edil alcoutenejo e médico voluntário no Hospital de Faro [ver peça abaixo]. “Todos eles têm experiência profissional e esse foi um critério de candidatura”, acrescentou, dizendo que a “ a licenciatura [dos médicos colombianos] foi reconhecida por uma universidade portuguesa e estão devidamente inscritos na ordem dos médicos portugueses”. O secretário de Estado da saúde lembrou que o objectivo do Ministério “é ter médicos de família para todos os portugueses”, lamentando que a meta ainda esteja longe porque “há um problema agudo até 2015 e

rias previstas, pelo que foi elaborado um projecto novo previsto para o terreno junto ao Centro de Saúde”, admitindo a médica que “apesar de o pré-fabricado ter as

é uma lacuna que estamos a fazer de tudo para colmatar”, frisou. Ainda confrontado com as críticas feitas por Francisco Amaral, Óscar Gaspar, disse que “não é justo que alguém esteja a trabalhar e receba dois salários”, lembrando que “existem mecanismos para voltar a contratar médicos que estejam aposentados porque há muitos que têm muito ainda para dar”, reforçando que “os portugueses não compreenderiam que face aos actuais constrangimentos financeiros os médicos reformados acumulassem reforma e vencimento”.

Hospital Central do Algarve viável com parceria públicoprivada Quanto ao Hospital Central do Algarve, Óscar Gaspar, disse que é dos que “acredita nos méritos das parcerias publicoprivadas”, defendendo que “face aos constrangimentos orçamentais o Hospital do Algarve, não se fará a não ser por parcerias publico-privadas e todos deveremos assumir as nossas responsabilidades”, frisando que “há vontade política e há intenção de prosseguir com o Hospital Central do Algarve”, frisou.

condições necessárias ao funcionamento da USF, tem um período de vida limitado”, referindo que a sede é, por isso, “urgente”.

Ministério da Saúde “não sabe acarinhar os médicos portugueses” O edil de Alcoutim e médico garante que os médicos do Estado “ganham mal”, criticando que o Ministério não saiba “capitalizar os médicos portugueses” e que “prefira” contratar profissionais da América Latina. Francisco Amaral, presidente da câmara de Alcoutim e médico voluntário no Hospital de Faro, fez recentemente severas críticas à contratação dos médicos colombianos para o Serviço Nacional de Saúde. O médico refere que “hoje em dia a maior parte dos médicos aposentamse com cerca de 60 anos e têm um know-how invejável”. Na opinião do edil o Governo deveria mudar a lei que impossibilita os médicos de acu-

mularem reforma com ordenado. “O Governo ao invés de capitalizar esse conhecimento, permitindo acumular a reforma e o vencimento ou uma parte da reforma e vencimento, prefere mandar esses doutores para casa e ir buscar fedelhos à América Latina, acabados de se formar sem experiência nenhuma”, afirmou. Para F. Amaral trata-se de “uma grande irracionalidade que só prejudica os doentes portugueses”.

Médicos do Estado “ganham mal” Francisco Amaral diz que “ao contrário do que os portugueses pensam” os médicos que trabalham para o Estado ganham mal, dando o exemplo de um colega “otorrino que trabalha no Hospital de Faro e ganha 700 euros limpos, trabalhando metade das horas previstas”, constatando que o Ministério da Saúde “não sabe acarinhar os médicos portugueses”, diz, criticando que “pelo que se vai sabendo os médicos colombianos venham ganhar muito mais que os portugueses”.

F. Amaral lamenta os baixos salários auferidos pelos médicos do Estado


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LOCA L | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *

ESPANHA por Antónia-Maria

Una nueva estación marítima de pasajeros en Ayamonte

Se avanza para ultimar el proyecto de una nueva estación marítima para pasajeros en el puerto de Ayamonte

Se avanza para ultimar el proyecto de una nueva estación marítima para pasajeros en el puerto de Ayamonte, aunque esta futura infraestructura tendrá carácter temporal a la espera de que se concluya la nueva terminal actualmente en tramitación según informa la Administración autonómica. En el nuevo puerto marítimo para pasajeros se invertirán 402.000 millones de euros y se rehabilitará un antiguo edificio, situado junto al puerto, que se utiliza actualmente como almacén y taller. Entre los puertos marítimos de Ayamonte y Vila-Real de Santo

Antonio, se calcula que transitan unos 160.000 viajeros y 3.300 vehículos al año. Esta medida paliara la actual demanda en el servicio a los usuarios y mejorara la estética del lugar actualmente obsoleto y sin servicios adecuados. Una vez recogidas las alegaciones ciudadanas, se dará curso para su aprobación por parte de la Consejería de Obras Publicas y Viviendas. De esta forma, Ayamonte será una ciudad abierta al río Guadiana y dejará de dar la espalda a su mayor valor natural y paisajístico.

La escuela municipal de música de Villanueva de los Castillejos

La Escuela de Música está financiada por el Ayuntamiento pero dirigida por una sociedad creada por siete socios llamada “IN CRESCENDO S.L.L”

Villanueva de los Castillejos, municipio de la Mancomunidad Beturia, situado en la región del Andévalo, fronterizo con Portugal, cuenta con una Escuela de Música de creación reciente pero, a la que acuden más de 40 alumnos de la localidad, y de los municipios cercanos como El Almendro, El Granado, San Silvestre de Guzmán y Sanlúcar de Guadiana. La Escuela de Música está financiada por el Ayuntamiento pero dirigida por una sociedad creada por siete socios llamada “IN CRESCENDO S.L.L” que conforma el soporte humano de la misma. Fue presentada el pasado curso en el Instituto de Secundaria de la localidad -“ Los Tres Molinos”- por los profesores de dicha Escuela y, a pesar de su corta trayectoria, han realizado numerosas actividades tales como un concierto en el pasado

mes de Febrero, con ocasión del Día de Andalucía y durante la Semana Santa o de Pasión, conciertos de marchas procesionales en la Iglesia parroquial de Villanueva, dirigido por el director de dicha Escuela: Manuel Jesús Ruiz Domínguez. Las clases están impartidas por cuatro profesores, y la oferta va desde el aprendizaje de guitarra flamenca, clásica, viento madera, viento metal, cajón, flauta, batería, así como lenguaje musical y música y movimiento entre otras disciplinas. Próximamente, en el mes de Junio organizaran conciertos didácticos en los Centros con motivo del final del curso lectivo. Les deseamos un gran éxito en esa difícil y hermosa labor que es educar “almas y sensibilidades” para la vida.

IV Encuentro de Poetas Populares Algarve Andalucía en Alcoutim

El poeta Patricio Domínguez de Aracena leyendo un poema durante el acto

A mediados de Mayo se realizó el Encuentro de Poetas Populares Algarve- Andalucía, en Alcoutim con una notable representación de poetas de un lado y otro del Guadiana. Mas una vez, se comprobó que la poesía esta viva en todas sus formas- ya sea popular, trovera espontanea o, un poco mas

vanguardista,-estuvo fielmente representada, a través de los poetas participantes en este interesante encuentro organizado por la Universidad de Sevilla y la Asociación Alcance, con el apoyo de la Cámara Municipal y la Asociación Transfronteriza ATAS entre otros.

Viajar con el imserso Muchos de nuestros mayores dejaron pasar la vida sin haber hecho todo lo que les hubiera gustado hacer. El IMSERSO son las siglas de la entidad gestora de la Seguridad Social para gestionar los viajes sénior programados. Pueden solicitarlos todos los mayores de 65 años, jubilados que pueden ir acompañados por su cónyuge o persona de la familia. Se ofrecen distintas modalidades de viaje: Estancias en zonas de costa durante todo el año. Viajes culturales para conocer la Historia y el Arte de España. Turismo de naturaleza en Parajes Naturales. Intercambios con otros países. Actualmente la oferta de plazas del Programa de Vacaciones supera el millón.


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LOCAL  Operação de charme

Sal e flor de Sal nas mesas dos restaurantes Depois do JBG ter avançado em Outubro de 2010 que o município de Castro Marim e a empresa municipal «Novabaesuris» estavam a planear uma operação de charme para levar o sal e flor de sal locais para as mesas dos restaurantes, eis que a operação já foi implementada.

«Félix» que seguirá directa e gratuitamente para as mesas dos restaurantes do Baixo Guadiana. José Estevens já teve oportunidade de explicar que a «operação de charme» que o município está a promover não pretende incorrer nos caminhos da concorrência com os privados. “Pelo contrário, queremos ser um motor de arranque para que esta economia se desenvolva com futuro”, confirmou. Recorde-se que em Fevereiro último a empresa municipal aderiu à Tradisal, a associação de empresários do sector. O objectivo desta adesão é “participar de corpo inteiro” na economia de sal. Estevens acredita que a empresa municipal tem “maior obrigação que qualquer outro agente que esteja no terreno a trabalhar pela afirmação do sal de Castro Marim”.

TASA - «Técnicas Ancestrais Soluções Actuais»

«Operação de Charme de sal e flor de sal de Castro Marim» foi apresentada na Terra de Maio Foi na quarta edição do certame «Terra de Maio» que decorreu entre 13 e 15 do mês passado que José Estevens, presidente da câmara municipal de Castro Marim, apresentou publicamente a iniciativa a que apelida «Operação de Charme do sal e flor de sal de Castro Marim». A medida tem como objectivo primordial ser factor motivador e dinamizador da mudança de paradigma na economia do sal do concelho, fazendo questão de lembrar que

“estamos a falar do melhor sal do mundo”. Produto de excepção, o sal de Castro Marim é produzido nas salinas da Reserva Natural do Sapal e o edil castromarinense acredita que esta «operação de charme» pode contribuir muito para o impulsionamento económico do concelho. “O sal de Castro Marim tem merecido a atenção de vários agentes e é preciso não deixar morrer esse esforço”, referiu à margem da apresentação

da iniciativa.

Sal da salina Félix Apesar de se estimar que 80% das salinas em Castro Marim estejam hoje abandonadas, é de salientar que há privados a levar a cabo trabalho de recuperação, e também a empresa municipal de Castro Marim «NovBaesuris» explora uma salina e produz sal. E vai ser, precisamente, esse sal e flor de sal produzidos na

O sal de Castro Marim, que é produzido segundo métodos tradicionais e em condições naturais de excepção, tem agora uma imagem melhorada graças a um projecto que dá pelo nome TASA - «Técnicas Ancestrais Soluções Actuais», promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) e em parceria com várias entidades regionais. Precisamente para a «operação de charme» à volta do sal foram desenvolvidos no âmbito do TASA os saleiros, numa colaboração entre a «OlariaAlgarvia» - oleiro Francisco Eugénio - e a carpintaria «Da Torre», e a identidade gráfica, rótulos e embalagens que resultam

da colaboração no projecto da Ânia Marcos (Design de Comunicação UALG). O projecto TASA, tal como explicou Alice Pisco, da CCDRAlg, tem como objectivo “pegar nos produtos tradicionais que estão a perder-se e encontrar soluções contemporâneas para lhes dar inovação ao nível do design”. O TASA vai debruçar-se sobre 20 produtos, “mas poderão haver mais”, salientou Alice Pisco, sendo que todos eles vão ser colocados no mercado nacional e internacional. No próximo dia 27 de Junho vão ser divulgados, na Escola Hoteleira em Faro, os vários produtos abrangidos.

Rede de tradição e inovação Um dos objectivos a que o TASA se propôs foi promover a relação entre artesãos, mas também entre os artesãos e os investigadores “para se juntarem e tomarem nas suas proprias mãos o futuro de actividade”. Os jovens que estão a trabalhar na área da investigação são da Universidade do Algarve e do Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela. Vai ser criado um blog “que é mais um produto do projecto TASA” que a CCDR pretende que seja gerida entre os artesãos e investigadores À margem da «Terra de Maio», Alice Pisco frisou que “o sal merece este apoio. Esta iniciativa entre outras, como o Museu do Sal, podem levar mais longe o sal, flor de sal de Castro Marim e os subprodutos”, afirmou. Saiba mais sobre TASA em www. projectotasa.com

Chakall elogiou «Tenda dos Três Sabores» O mediático chefe de cozinha Chakall participou na «Terra de Maio» e teceu elogiosas críticas à iniciativa «Tenda dos Três Sabores». “Mais do que nunca temos de estar unidos”, defendeu, aludindo à crise económico-financeira. O chefe argentino Chakall esteve no evento «Terra de Maio», no Azinhal, em Castro Marim e apresentou-se com um autêntico workshop para as dezenas de participantes que assistiram aos três pratos que confeccionou, recorrendo a produtos locais. De entrada um salteado de espargos, depois um prato de cabrito e para a sobremesa uma tarte de queijo com figo. Chakall é autor de um recente sucesso de vendas. Trata-se do seu livro «Portugal Revisitado» e recolheu

do interior do país as melhores receitas tradicionais. Mas, apesar do tour que fez pelo interior mais profundo, Chakall não tinha contactado com o Baixo Guadiana. Foi na «Terra de Maio» que descobriu a cabra de raça algarvia, apontando-a como “produto de excelente qualidade”. Elogios foi também o que teceu acerca da novidade «Laboratório de Gostos - Tenda dos Três Sabores», promovido pela Associação Odiana, no âmbito do projecto GUADITER Itinerários do Baixo Guadiana, finan-

ciado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal - Espanha (POCTEP - FEDER 2007/2013) . Um espaço na feira que juntou Alentejo, Algarve e Andaluzia. “Faz muito mais sentido estas zonas, apesar de pertencerem a países diferentes, estarem unidas porque têm muito em comum”, defendeu. O chefe argentino lembrou, ainda, que “em tempo de crise a união faz a força e esta tenda é um exemplo da união que deve existir entre os povos e entre regiões vizinhas”, rematou.

Chefe de cozinha argentino descobriu produtos típicos do Baixo Guadiana


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G RA ND E R EPO R TAGEM

Diagnosticada necessidade de «Associação Empresarial do Ba Depois de descartada a hipótese de ser criada uma Associação Ibérica de empresários, as quatro associações de desenvolvimento local do território [Odiana, Alcance, ADPM e Terras do Baixo Guadiana] avançam agora nas negociações para a criação de uma associação empresarial em território luso; de Mértola a Vila Real de Santo António. Do lado espanhol o processo já está fechado e uma entidade semelhante já foi criada. Susana de Sousa ADPM, Alcance, Terras do Baixo Guadiana e ODIANA estão empenhadas em criar uma Associação Empresarial do Baixo Guadiana português. O JBG sabe que a ideia tem vindo a ser maturada desde conversações que surgiram no âmbito ibérico e através de relações em projectos transfronteiriços onde em cima da mesa esteve a criação de uma Associação que unisse os empresários do Baixo Guadiana português e espanhol. Mas foram mais que muitas as diferenças legislativas que impediram a união transfronteiriça a este nível, tendo os vizinhos espanhóis seguido com uma associação local e agora as quatro associações de desenvolvimento do território [Vila Real de Santo António, Castro Marim, Alcoutim e Mértola] estão empenhadas em seguir, do lado de cá, o mesmo caminho.

serem partilhadas experiências, bem como conhecerem-se as expectativas que «nuestros hermanos» têm em relação a uma futura associação de empresários portugueses. “Não nos podemos esquecer que um dos grandes pontos fortes da criação desta associação é dar vida a uma rede de contactos para optimizar o desempenho das empresas do território”. O responsável da Odiana está confiante na concretização do “objectivo que também não se pode deixar de sublinhar que é ambicioso”, lembrando que “estamos num território de baixa densidade com um fraco tecido empresarial que muitas vezes se constitui de um forte indivi dualismo que em nada favorece o fortalecimento de estratégias comerciais”.

Jornadas em Junho

Empresários de Alcoutim defendem associação

A associação ODIANA está a encabeçar os trabalhos para a produção de um dia de jornadas dedicadas à temática. O encontro vai acontecer na Estalagem de Alcoutim a 21 de Junho [veja anúncio lateral]. De acordo com o director-executivo da Associação Odiana, Valter Matias, o encontro vai acontecer ao longo de um dia inteiro, sendo reservada a manhã para a explanação de diversos oradores ligados à àrea empresarial local e regional e a tarde para “mesas redondas onde os empresários vão ter a oportunidade de discutir o melhor modelo para a criação da associação, bem como as expectativas que depositam na mesma”. É expectável que destas jornadas de trabalho saia a Comissão Instaladora da futura «Associação Empresarial do Baixo Guadiana». O JBG sabe também que o convite para estar presente vai estender-se à associação empresarial do Baixo Guadiana espanhol no intuito de

No passado dia 18 de Maio realizou-se em Alcoutim uma reunião que teve por tema o «Desenvolvimento Turístico e Sustentabilidade no Baixo Guadiana». Foi promovida pela Associação para o Desenvolvimento do Património de Mértola (ADPM) e contou com a parceria de diversas entidades do Alentejo e Algarve. O grande objectivo do encontro foi juntar os empresários alcoutenejos e fazer como que uma «análise swot» do ponto de vista da sustentabilidade do turismo no concelho. Avaliaram-se as os pontos fortes, fracos e as oportunidades, bem como as ameaças. Os empresários de Alcoutim foram chamados a participar e a intervir. Estiveram cerca de 15 empresários, na sua grande maioria ligados à hotelaria e restauração. Mas também ali estiveram responsáveis de várias entidades locais, como é o caso da Associação Transfronteiriça

Alcoutim-Sanlúcar, e a câmara municipal de Alcoutim, pelo seu vice-presidente José Carlos Pereira. A reunião ficou marcada por uma conclusão unânime demonstrativa que é preciso maior capacidade de promoção de conjunto e apostarse num trabalho que junte o sector público e o sector privado. Também foi visível na reunião que o individualismo marca o estado de espírito dos empresários alcoutenejos; os mesmos que admitiram que há cerca de dois anos que está em curso um processo de criação de uma associação empresarial em Alcoutim que até agora não teve evolução a registar. Para já também esta ideia vai ser cristalizada para que estes empresários conheçam as evoluções da agora ambicionada associação que tenha um registo mais territorial. “Unidos seremos concerteza mais fortes, vamos agora esperar pelo desenrolar das negociações”, afirmou na reunião Luís Costa, empresário e mentor do projecto para a associação de empresários de Alcoutim.

Turismo é a chave para o desenvolvimento José Carlos Pereira, vice-presidente da autarquia alcouteneja lembrou que “o turismo é a chave para o desenvolvimento”, referindo a existência de “um património natural de inegável valor, que é o rio Guadiana, a que se juntam os percursos pedestres e a cinegética”. É de salientar que Alcoutim e Mértola são os dois concelhos ao nível nacional que têm as melhores condições para a caça, prolongando-se a sua época entre Setembro e Março. Mas José Carlos Pereira também realçou o património históricocultural do concelho - ou seja, o castelo, os menires e as igrejas - a gastronomia, o artesanato e a praia

Foi numa reunião em Alcoutim, promovida pela ADPM, que as quatro Associações d fluvial. “É necessário promover tudo isto, incrementar a iniciativa privada e os agentes associativos. São todos importantes e temos de fazer congregação de esforços”, reivindicou o vice-presidente do executivo social democrata liderado por Francisco Amaral. A reunião, que de resto a ADPM tem estado a promover pelos vários concelhos de todo o território, mostrou-se bastante participativa também em Alcoutim e permitiu que fossem discutidos diversos pontos ligados à capacidade empreendedora e visão estratégica. Tendo ficado assente, e até numa visão de ensaio para as jornadas de teor empresarial de 21 de Junho, que neste território deprimido, mas com muito potencial, o sector público e o sector privado devem andar de mãos dadas para fazer face às necessidades e dificuldades que fazem parte de toda uma dinâmica empresarial, sobretudo no que toca ao sector do turismo. Podemos adiantar também que a câmara municipal de Alcoutim encomendou um estudo sobre o desenvolvimento turístico de Alcoutim. José Carlos Pereira garante “que os empresários do sector vão ser convocados a participar para a melhor elaboração do estudo”, estando o município esperançado que aquele “traga novas pistas”.

Gabinete de Apoio ao Investidor Entretanto, está a ser criado em Alcoutim um «Gabinete de Apoio ao Investidor». O anúncio foi feito por José Carlos P. que diz que actualmente “os investidores que têm projectos urgentes perdem muito tempo com as burocracias”, frisando que em Alcoutim surgiu, nomeadamente, a necessidade de agilizar processos de licenciamento dos estabelecimentos. Pretende-se que o gabinete seja um braço direito para o investidor. “A preocupação deixa de ser exclusivamente do empresário, mas também da câmara municipal”, comprometeu-se o autarca. Para além de facilitar a vida ao empresário, este gabinete tem em vista incentivar a empregabilidade, estabelecendo um contacto directo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional [IEFP]. Ou seja, os empresários poderão passar a saber melhor quais os recursos humanos que estão disponíveis para recrutamento; o espaço também está aberto a quem procura emprego.

Teleférico de ligação Alcoutim-Sanlucar O JBG sabe que há um investidor que vive em San Lucar, mas que quer apostar num projecto inovador para


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GR AN D E R EP O R TAGEM pub

se criar aixo Guadiana»

de Desenvolvimento Local partiram para o projecto o território, e para todo o Algarve. Trata-se de um teleférico de ligação dos dois lados do Guadiana. Estão a ser feitos diversos estudos para o projecto e a ATAS está a intermediar os contactos entre Espanha e Portugal. Também a população está a ser auscultada sobre este teleférico que o município acredita que terá “grande atractividade turística para o concelho e todo o Baixo Guadiana”. Francisco Amaral, presidente da câmara, disse, em exclusivo ao JBG, que tem “andado com este investidor «ao colo» para que não desista do projecto face a tantas dificuldades burocráticas”, referindo que o investidor “não quer apoios financeiros nenhuns”. Por sua vez, Valter Matias lembra que “não nos podemos dar ao luxo de perder este tipo de investidores que têm dinheiro e ideias e que podem marcar para melhor a mudança de rumo do nosso território”, defendendo, ainda, que a vida aos empresários “deve ser facilitada perante uma crise à qual vão resistindo um dia de cada vez”.

Agarrar as oportunidades O Baixo Guadiana oferece potencialidades de investimento variado. Ao nível do turismo, das indústrias produtivas, renováveis e criativas. Recentemente o presidente da Con-

fraria do Atum lamentou publicamente que “tarde a construção da Área de Negócios do Sotavento Algarvio (ANSA)”, afirmando que “todos os dias está-se a perder a capacidade de fixar empresários, nomeadamente da indústria conserveira”. Luís Camarada salienta o facto de haver “ empresários de VRSA que estão a abrir pontos de negócio em concelhos vizinhos”, referindo-se a uma fábrica de nova geração ligada à indústria conserveira do atum instalada em Olhão. “Tudo poderia ser diferente se as condições no território fossem outras”, considerou, apontando “as fábricas de atum de nova geração, tecnologicamente avançadas, como um futuro a considerar para uma terra que já foi a capital do atum”.

Documento Estratégico identifica as 10 actividades-chave Tal como noticiado na edição de Maio, foi apresentado em Sevilha um documento estratégico elaborado no âmbito do projecto PIDETRANS [Plano Integral para o Desenvolvimento Empresarial Transfronteiriço Portugal-Espanha] que Identificou oportunidades para o desenvolvimento no Baixo Guadiana. Este estudo surge da necessidade de uma análise actual do território e de uma estratégia conjunta de intervenção

que beneficie o crescimento das economias locais transfronteiriças. Define os actores chave para o desenvolvimento do território nos sectores do turismo-comércio-serviços, identifica actividades estratégicas e de intervenção para a região e sublinha oportunidades de desenvolvimento no território e apoios /programas de financiamento existentes em ambos os lados da fronteira. No documento a que o JBG teve acesso pode ler-se que “de uma extensa lista de actividades com potencial de desenvolvimento no território, foram identificadas as 10 mais relevantes nas quais as entidades questionadas estão dispostas a investir ou a promover no território do Baixo Guadiana”, deixando pistas para os empresários. As actividades identificadas estão englobadas nos áreas de «Animação Turística» (turismo náutico e de lazer, promoção e realização de eventos, guias turísticos para produtos alternativos); «Energias Renováveis e Meio-Ambiente» (Energia Eólica e Energia Solar); «Agricultura e Sivicultura» (Produção de Frutos Secos); «Saúde e Bem-Estar» (Apoio Domiciliário a Idosos); «Conservação e Restauro» (Restauração e Reabilitação do património histórico edificado e Artesanato); «Alojamento, Restauração e Bebidas» (Turismo Rural). É de referir que o PIDETRANS, no âmbito do qual foi elaborado este «Documento Estratégico» tem como chefe de fila a Associação Odiana. O pacote financeiro ascende aos dois milhões de euros com financiamento a 75%; foi aprovado no ano de 2008 e decorre até ao mês de Outubro. Tem previstas diversas obras no território transfronteiriço onde se incluem, e a título de exemplo, o projecto técnico e obra de ampliação do Parque Empresarial de Alcoutim, um Ninho de Empresas em Castro Marim, um Centro de Emprego e Formação Profissional em VRSA, a instalação de uma rede wireless com cobertura regional e uma escola de formação empresarial transfronteiriça.


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LOCA L

Habitantes pintaram extensão de saúde de Odeleite Ao fim de dois longos dias as paredes interiores da extensão de saúde de Odeleite ficaram como novas. Graças à força de vontade de três habitantes e aos funcionários da junta de freguesia. Ao presidente da junta, José Gonçalves, coube a função de raspar as paredes que assim ficaram preparadas para a pintura. As mãos conhecedoras das lides da pintura de três habitantes da freguesia fizeram o resto. De pincel em riste e muita força de vontade, ali se levaram numa média de 11 horas por dia para deixar as paredes sem defeito. Glória Vicente estava apreensiva quanto a um possível fecho daquela extensão. “As funcionárias diziam-nos que caso o delegado de saúde cá viesse possivelmente fechava o centro”, lembra, assim, “as paredes que estavam negras e que agora parecem outras”. Juntou-se a Albina Branco e a Vitalina Gonçalves. Apesar de uma idade já avançada, e das forças lhes faltarem, garantem que foram buscar ânimo onde parecia não haver. “Era muita pena que isto fechasse porque para nos deslocarmos, eu e o

meu marido, já não é como quando novos”. Albina Branco garante que pintou o centro de saúde com muito amor, lamentando que não houvesse mais cidadãos a aderir. A Vitalina Gonçalves coube o papel também de reunir quem tivesse vontade em levar por diante aquela obra de recuperação das paredes do Centro de saúde de Odeleite. “Não se conseguiu reunir muita gente, mas aderiu quem teve mais garra por esta causa comum”.

População é envelhecida José Gonçalves, presidente da junta de freguesia de Odeleite confirma que a ARS, proprietária do edifício onde funciona a extensão de saúde, deu autorização para que o mesmo fosse intervencionado. Mas explicou também que apesar de ter sido cedido em 1985 àquela entidade regional ainda se encontra no nome da antiga proprietária.

Equipa voluntária pintou em tempo recorde as paredes do edifício “Por isso é que não fizeram obras no edifício”, confirmou o autarca. Uma situação anómala, mas a qual José Gonçalves tem garantias que vai ser resolvida em breve. “Foi o que nos disseram”, afiança. A verdade é que a freguesia de Odeleite é muito envelhecida e se

Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal pronta em 2012 A obra vai prolongar-se até o final de 2012. A capacidade é de 32 camas e o investimento é de um milhão e oitocentos mil euros. O projecto é da Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA). A Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) iniciou a construção da Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração naquela aldeia do nordeste algarvio. O investimento é de um milhão e oitocentos mil euros, sendo que 59% do investimento total será financiado pela câmara municipal de Castro Marim e os restantes 41% pelo Programa Modelar do Ministério da Saúde. O prazo de execução é de 18 meses. Trata-se de um projecto de âmbito regional, da autoria do Arquitecto José Alberto Alegria, que está a ser desenvolvido num terreno anexo ao Centro Multiusos do Azinhal, com uma área de quase 9.000 m2, cedido pela autarquia. A Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração prevê a existência de espaços de convívio e dois pátios de influência arquitectónica mediterrânica, nos quais vão ser construídas três alas de quartos: dez quartos individuais de internamento, dez quartos duplos de internamento, um quarto individual de isolamento e um quarto de pessoal de serviço.

O projecto de arquitectura é de José Alegria O piso inferior do edifício é composto por uma zona de serviços, designadamente a cozinha, refeitório, lavandaria, instalações sanitárias e instalações técnicas. Para a Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal, o equipamento que está a ser construído representa “um marco na quali-

dade e na excelência da prestação de cuidados de saúde no concelho de Castro Marim e no Algarve, nomeadamente, ao nível do internamento, conferindo a dignidade e o respeito que os idosos devem merecer por parte de todos aqueles que têm responsabilidades em política social”.

isso não bastasse as condições de transporte não estão adequadas às necessidades. “A carreira da EVA circula de manhã e a equipa médica vem à tarde”. Uma equipa médica deslocase duas vezes por semana àquela extensão de saúde. É o próprio pre-

sidente da junta que faz o transporte dos utentes. “Às terças e quintas-feiras chego a dar duas a três voltas para transportá-los até ao centro de saúde”. José Gonçalves não se queixa da falta de médicos, prefere apelar por um transporte durante o período em que a equipa médica está naquela extensão. Desde Janeiro e até Maio foram transportadas já por José Gonçalves, 160 pessoas. “Enquanto eu aqui estiver o serviço é assegurado, mas daí para a frente não sei como vai ser...”. O JBG sabe que a câmara municipal de Castro Marim vai encarregar-se de pintar agora a fachada da extensão do Centro de Saúde de Odeleite. Por sua vez, a directora do Agrupamento de Centros de Saúde do Sotavento Algarvio deixou a garantia que aquela extensão não corre risco de fecho.

Voluntários vão caiar Cacela Velha

Alcoutim renova protocolo com a Associação dos Diabéticos

No próximo dia 3 de Junho o Banco Local de Voluntariado de Vila Real de Santo António vai caiar as paredes brancas de Cacela Velha. O grande muro de Cacela recebe a boa acção dos voluntários, mas “caso a adesão seja muita vão ser também pintadas as escadas que dão acesso à Ria e o muro junto ao quartel”. Susana Araújo é uma das voluntárias que está a organizar esta acção e dá conta que o repto surgiu do Conselho Local de Apoio Social de Faro (CLAS) que assim se junta à iniciativa «24 horas de Voluntariado» em ano Europeu de Voluntariado que se está a comemorar em 2011. A iniciativa vai ter primeiramente uma acção de sensibilização e de conhecimento por parte de duas caiadeiras da freguesia de Cacela; e depois parte-se para a acção. Nesta iniciativa estão conjuntamente o Banco Local de Voluntariado de VRSA, o Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela, a Junta de Freguesia de Cacela e a ADRIP de Cacela Velha. A iniciativa começa às 09h e prolonga-se da parte da manhã até hora de almoço. A pausa para retemperar energias vai ser feita à volta de um almoço comunitário e depois retoma-se até por volta das 17h. «Vamos caiar o nosso património» conta com a participação de jovens do secundário que integram também o projecto social «Vencer o Tempo nas Sete Cidades».

O município de Alcoutim renovou o protocolo com a Associação dos Diabéticos do Algarve (A.E.D.M.A.D.A.) no âmbito do projeto «Apoio ao Diabético do Algarve». Uma renovação feita para forçar a inversão da tendência de crescimento da diabetes e das suas complicações. O município renova com a clínica de diabetes e doenças metabólicas da A.E.D.M.A.D.A, pelo quarto ano consecutivo, um protocolo que visa dar resposta às necessidades dos doentes diabéticos do município. O diabético conta com um acompanhamento clínico multidisciplinar prestado por uma equipa de 15 profissionais de saúde (cinco médicos, quatro enfermeiros, um psicólogo clínico, uma dietista, dois podologistas, uma ortoprotesista e uma farmacêutica). “Considerando que as câmaras municipais têm competências definidas no domínio do apoio social, o município encaminha para seguimento os doentes que recorram à Divisão de Acção Social da autarquia”, pode ler-se num comunicado enviado às redacções. “Esta unidade visa a proximidade das populações e é mais um contributo significativo a atuar na prestação de cuidados de saúde diferenciados, que se tem vindo a desenvolver, prestando à data apoio a cerca de 800 doentes”, diz a autarquia.


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Alcoutim é «melhor pagador» É no Baixo Guadiana que a Direcção Geral das Autarquias Local (DGAL) diz que está o município que melhor paga aos fornecedores. A lista foi conhecida a meados de Maio e Alcoutim, sendo um dos concelhos mais deprimidos é, apesar de tudo, o que paga facturas até 3 dias. de acordo com as nossas possibilidades”. O edil alcoutenejo é, de resto, muito crítico em relação ao avolumar de dívidas dos municípios portugueses. Considera que “há que mudar muita coisa” a este nível, lembrando que “um país e uma câmara, só se desenvolvem se viverem dentro das suas possibilidades e não acima”. Este autarca garante que assim lidera com “muito mais tranquilidade e à noite é possível dormir descansado com a cabeça no travesseiro”.

Município salda dívidas a fornecedores, no máximo, ao fim de 3 dias O relatório da DGAL é bastante claro quando afirma que um fornecedor que faça entrar a factura na contabilidade da câmara municipal de Alcoutim vê a dívida saldada em apenas três dias. Está assim no Baixo Guadiana o município que melhor comportamento tem perante quem lhe presta os servi-

ços. Entrevistado pelo JBG, Francisco Amaral afirmou que este desempenho “deve-se ao facto de nós termos uma maneira de estar na vida autárquica em que respeitamos muito as pessoas que dependem de nós, nomeadamente os fornecedores; e além disso sempre vivemos

Atraso no pagamento piora desde 2009 Mas se até 2009 havia muitas autarquias que não conseguiam saldar dívidas em prazos de assinalar pela positiva, a partir desse ano o desempenho só piorou. A tendência, desde Dezembro de 2009 tem sido a franca dilatação dos prazos de pagamento de facturas.

Os piores pagadores Faro é o nono da lista de maus pagadores, com uma demora de 528 dias em Dezembro de 2010, quando em 2009 a demora era de 98 dias. Segue-se Portimão, em 18º lugar, com uma demora de 435 dias em 2010, sendo que em 2009 os pagamentos eram feitos em 189 dias. Olhão está no 39º lugar da lista, passando de 155 dias de dilatação de pagamentos para os 267 dias. Seguese Vila Real de Santo António, no 43ª lugar e uma demora de 253 dias a cumprir pagamentos, quando em 2009 a espera dos fornecedores era de 117 dias. As quatro câmaras algarvias que pagam mais tarde ficam acima da média nacional em 31 de Dezembro do ano passado, quando as autarquias demoravam em média 112 dias a pagar as respectivas dívidas. Recorde-se que Portimão e Vila Real de Santo António atravessam um período de saneamento financeiro com o objectivo de melhorar o desempenho, nomeadamente através dos pagamentos aos fornecedores e da injecção de liquidez no município.

ACRAL atenta à proliferação de lojas orientais A recessão impera no comércio local e a Associação de Comércio e Serviços da Região [ACRAL] defende mais diversidade e qualidade de produtos em Vila Real de Santo António. As lojas do Oriente têm contestação dos comerciantes locais, mas a verdade é que os preços reduzidos são aliciantes e o público adere. Após a queda da indústria conserveira, a cidade iluminista enveredou pelo sector terciário, com uma tradição imensa e bem reputada na venda de tecidos e atoalhados bem cotados sobretudo pelos vizinhos espanhóis, seus maiores clientes. O panorama é de crise, bem se sabe, mas os objectivos da ACRAL continuam com a procura da diversidade e qualidade na cidade pombalina. Actualmente, e com a proliferação de acordos entre governos português e chinês, as marcas do Oriente são uma realidade incontestável. Não existe uma contabilização das lojas «made in China», mas ao que o JBG pôde apurar, no concelho iluminista são algumas dezenas e muito se assiste a lojas de afamada reputação e tradição que tropeçam na crise e abrem as suas portas, através de alugueres ou trespasses, a comerciantes chineses. O centro de VRSA viu convertida há pouco tempo a loja «Sol Dourado» em espaço de artigos orientais. Não obstante, outros casos sucedem um pouco por todo o lado e, a verdade, é que estão a gerar alguma indignação junto dos comerciantes lusos que falam em desigualdade de oportunidades. “Não somos racistas, queremos aqui toda a gente e se vierem com qualidade

são bem-vindos”, considera António Guedes da ACRAL que, no entanto, confirma algumas preocupações. “Estou plenamente de acordo que venham para cá, agora o que queremos saber é se pagam os impostos como todos os comerciantes pagam e se têm o produto marcado conforme nos exigem”, verbaliza, reiterando que se cumpridos direitos e deveres “são bem recebidos”. A verdade é que há poucos anos uma ida ao chinês passava unicamente pelo preço reduzido, sendo as lojas caracterizadas por parecerem armazéns, com pouco sentido estético. Hoje o marketing e a concorrência, obrigam a mais. “Já vi alguns comerciantes chineses com outro tipo de loja, mais bonita, mais arrumada, com montras; estão a melhorar e assim ganha a população e ganha a cidade porque traz mais gente para cá”, admite o responsável.

Marca chinesa líder pelo preço reduzido Uma das grandes preocupações com a multiplicação de estabelecimentos de origem chinesa é a contratação laboral assente em mão-de-obra estrangeira. “É raro encontrar um empregado português e defendo

que pelo menos 50% dos empregados deviam ser portugueses; normalmente os trabalhadores são chineses e imigrantes de leste, mas claro que também é preciso dar emprego aos imigrantes”. O senso comum diz que os chineses têm uma forma de estar mais rígida perante o trabalho. “Têm outra mentalidade e cultura que não a nossa e são capazes de abrir às 7h e fechar à meia-noite, o que nem sempre se vê em lojas portuguesas”. Num estabelecimento comercial oriental há de certo vantagens económicas às quais a maioria da população não resiste. Os preços são bem mais reduzidos e em tempo de crise e carteira mais vazia, qualquer cliente pondera porquê pagar mais se há oferta mais barata? E assim o é, mas a ACRAL indaga. “Se eles pagarem todos os impostos questiono-me se têm margem de lucro para praticar os preços que praticam” considera António Guedes sublinhando que caso algum comerciante chinês se queira associar à ACRAL, desde que documentado e com impostos em ordem, a porta estará sempre aberta.

Comércio a céu aberto A ACRAL está de acordo com a ideia sustentada por outras entidades locais,

Comércio a céu aberto é o caminho seguido em VRSA nomeadamente pela autarquia, ao defender que VRSA seja um centro comercial de área aberta. “Não é fácil lutarmos contra as grande superfícies, mas elas são uma realidade e temos que lutar para que em VRSA também haja condições para receber as pessoas; queremos é que o centro histórico tenha vida, lojas novas, montras bonitas e qualidade”, diz enumerando já algumas marcas com assento pombalino”. “Já temos cá a Intimissimi, a Calzedonia, vem também a PARFOIS. Quanto mais lojas com qualidade e nome melhor”. Em jeito de balanço a recessão é evidente, mas VRSA já se destaca. “Está muito mal, não são os tempos de outrora, porém ainda somos das únicas localidades que se vão mexendo, e o que é certo é que cada vez se vêm mais marcas em VRSA”, concluiu.

 Seminário económico

Espanhóis equivocados com portagens No seminário «Conhecer Mais, fazer Melhor» que aconteceu no passado dia 28 de Maio, no Centro Cultural António Aleixo, tendo sido uma organização da associação cultural «Riso do Rio», o comércio transfronteiriço foi centro de debate. Os responsáveis locais e regionais da ACRAL estiveram presentes e partilharam experiências com a União Empresarial do Vale do Minho, e sob a presença proactiva do presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes. Para além da conjuntura económico-financeira mundial, que está a afectar o comércio e serviços, houve particularidades económicas que foram relevadas para primeiro plano. Angel Custódio Barroso, consumidor andaluz, testemunhou no encontro que “os espanhóis pensam que as portagens já foram introduzidas e que se paga para entrar em Vila Real de Santo António”. Este equívoco pode estar a afastar clientes do comércio transfronteiriço na cidade pombalina, acusando este consumidor que “Huelva pode ter interesse neste equívoco”. Também o olhar deste cliente, que esteve na mesa de oradores como convidado, acusou a existência de “pouca diversidade no comércio vilarealense”, o que foi apontado como um handicap pelo andaluz. Estas e outras preocupações, como a feroz e cada vez maior concorrência de lojas dos chineses, [ver notícia ao lado] levaram à reflexão. José Lança, da Associação de Desenvolvimento da Baixa de VRSA, lembrou toda uma estratégia de promoção e reabilitação do «centro comercial a céu aberto», levada a cabo pela associação que gere desde 2007. O responsável, lembrou que “nos últimos quatro anos abriram mais lojas no centro histórico pombalino do que em alguma das duas décadas anteriores”. Apesar desse número ascender a mais de 70 lojas, J. Lança não apresentou dados do número de fechos de portas comerciais, “não podendo ser possível fazer a comparação a esse nível”, justificou. José Carlos Barros, vice-presidente da câmara, lembrou que “o facto de os espanhóis não terem de pagar portagem para entrar em VRSA é uma oportunidade que temos de saber aproveitar”. O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, encerrou o debate e garante que tem defendido junto dos partidos políticos mecanismos efectivos de financiamento da economia. Este responsável defendeu em VRSA o fortalecimento do mercado interno, garantindo que não é possível “dar a volta à economia” só com as exportações.


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LOCA L

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VRSA avança com «Plano de Responsabilidade Geracional» A Assembleia Municipal de VRSA aprovou a 2 de Maio, o «Plano de Responsabilidade Geracional», que, de acordo com o edil Luís Gomes “vai permitir ao município reescalonar todos os compromissos financeiros pendentes de curto e médio prazo”. Um dia após a sua aprovação a câmara municipal de Vila Real de Santo António (VRSA) tornou público o «Plano de Responsabilidade Geracional» que, tal como esclareceu ao JBG o edil Luís Gomes, “não é um plano de saneamento financeiro porque contempla um alargado campo de acção e planeamento que pretendemos sustentado e sustentável. Por seu lado, um saneamento financeiro tem o sentido mais restrito, limitando-se apenas a um equilíbrio de tesouraria”. O autarca diz que se trata de uma medida “mais envolvente e abrange áreas políticas, administrativas e sociais. O segundo limitase apenas a um rigoroso equilíbrio financeiro”. O plano prevê recorrer a um empréstimo que será destinado a injectar liquidez na economia local, bem como ao investimento em infra-

estruturas e equipamentos sociais de comprovada prioridade. O objectivo passa por “encontrar soluções que garantam a sustentabilidade do município para as próximas gerações e limpar qualquer dívida que exista aos fornecedores”, pode ler-se no comunicado enviado às redacções. O empréstimo bancário a que a autarquia vai recorrer ascende a 50, 8 milhões de euros a pagar num prazo de 12 anos (a partir de Julho), tendo em vista resolver os problemas de tesouraria e as dificuldades financeiras derivadas da crise financeira internacional. Em causa está saldar as dívidas às empresas fornecedoras, assegurando o normal funcionamento da actividade municipal.

Crise conjuntural O executivo liderado por Luís Gomes diz que “a actual realidade,

sobretudo a que se vive desde 2009, de forte quebra de receitas correntes, as quebras nas receitas na construção e a manutenção de despesa social, sobretudo na vertente da educação, tiveram como efeito o desequilíbrio financeiro conjuntural”. Acrescenta também que “em 2010, através do orçamento de estado, foram reduzidas as transferências para as autarquias, com acentuados reflexos nas vertentes correntes e não de capital, o que aumentou significativamente a possibilidade de desequilíbrio financeiro”. Face aos cortes e sendo “uma grande parte da receita municipal é consumida pela despesa estrutural”, não foi possível poupar para aplicar verba no financiamento dos investimentos no concelho.

Receita desce em 20

milhões “Só nos últimos quatro anos foi possível constatar um corte na receita de cerca de 20 milhões de euros, respeitantes aos valores de IMT e licenças de loteamento, ao que se veio juntar a herança de 30 milhões de euros de dívidas que o executivo PSD herdou do PS,

quando ganhou a câmara municipal em 2005”, diz Luís Gomes que considera que ao longo do período de vigência deste plano, e considerando o total de receitas em previsão, “será possível contemplar o custo total da estrutura e ainda gerar 76 milhões de euros de investimentos no período em que o mesmo decorre”.

Luís Gomes acredita que vão ser gerados 76 milhões de euros com o plano

 Oposição pronuncia-se

PS e PCP condenam “má gestão financeira” em VRSA Chamados a pronunciar-se sobre o «Plano de Responsabilidade Geracional», proposto pela maioria PSD, a oposição votou, condenando o que considera ser uma “má gestão financeira”. Primeiro o Partido Socialista (PS), em conferência de imprensa, depois a CDU, em comunicado. Ambos os partidos da oposição do social-democrata Luís Gomes criticam veemente” o estado actual das contas do município”. A câmara municipal de Vila Real de Santo António propôs à Assembleia Municipal, a contracção de um empréstimo de médio e longo prazo, para saneamento financeiro, uma vez que se encontra em situação de desequilíbrio financeiro que classifica de conjuntural, no valor aproximado de 50,8 milhões de euros, pelo prazo de 12 anos. Este empréstimo destina-se à cobertura das dívidas do município a terceiros e fornecedores, acumulada à data de 31 de Dezembro de 2010. O PCP considera que chamar ao plano apresentado de «Plano de Responsabilidade Geracional» é um “eufemismo que significa que, anualmente, os habitantes do concelho de Vila Real de Santo António, vão ter a despesa do município agravada em 6 milhões de euros, para pagamento das prestações e

dos juros deste financiamento”. No comunicado dos comunistas pode ler-se, ainda, que “o deslize financeiro ficou a dever-se fundamentalmente ao empolamento das receitas, criando a ilusão de suficiência e a assunção de compromissos, aumentando as responsabilidades do município, sem correspondente entrada dos recursos financeiros”, garantindo, por sua vez que a “CDU sempre denunciou em todas as sessões de apresentação de orçamentos irrealistas e de contas de gerência que apontavam para estas mesmas conclusões”. Os comunistas referem também que “há bem pouco tempo deu [a CDU] o seu voto favorável a um empréstimo destinado a pagar as dívidas que a câmara havia contraído junto dos fornecedores a quem já devia há muito e as coisas não melhoraram”, preconizando para o futuro um “desequilíbrio estrutural, a ser coberto por um plano de austeridade associado e que se traduz num conjunto de cortes”, enumerando, “a redução

do capital da SGU em 12 milhões de euros; a redução dos postos de trabalho; diminuição dos subsídios e transferências para os clubes e associações em 50% em 2011 e 25% em 2012, entre outros”. A CDU votou contra o empréstimo de 50,8 milhões de euros que Luís Gomes pretende contrair na banca.

Futuro está “hipotecado”, diz PS Aos jornalistas Jovita Ladeira, líder do PS de VRSA, afirmou que “o Plano de Saneamento Financeiro do Município de Vila Real de Santo António é o exemplo acabado da má gestão financeira do executivo PSD liderado por Luís Gomes”, garantindo que a dívida deixada pelo PS em 2005 foi de 7,7 Milhões de euros, contrariando os “30 a 35 milhões” que Luís Gomes já anunciou que correspondem “há pesada herança do PS em 2005”. Os socialistas classificam de “caótica a situação a que se chegou e que leva a que a câmara muni-

cipal apareça na lista de incumpridores do Banco de Portugal, atrasos no pagamento à Segurança Social, património hipotecado; a nível nacional esteja no ranking dos municípios com maior aumento de passivo, a dívida às Águas do Algarve e Algar ascenda a 4,5 Milhões de euros, Clubes e Associações estejam asfixiados financeiramente e que os fornecedores aguardem por meses/ anos infindáveis os pagamentos a que têm direito chegando-se ao ponto de se negarem a fornecimentos enquanto não forem ressarcidos”. Jovita Ladeira garante que não de trata de um “plano de Responsabilidade Geracional, aquele que os socialistas apresentaram em Novembro de 2010 e que foi aprovado”, referindo que o empréstimo que se projecta fazer no município de VRSA “penaliza investimentos futuros e empurra para outros executivos municipais compromissos e responsabilidades de uma gestão financeira irracional e injusta”. O PS absteve-se na votação do Plano de Responsabilidade Geracional, onde consta a intenção de

empréstimos na ordem dos 50,8 milhões. J. Ladeira justifica o voto, dizendo que “este empréstimo destina-se, de imediato, a pagar a dívida confirmada a fornecedores, clubes e associações que só na câmara ascende a 50 Milhões de euros”.

PS abstém-se e CDU contra o «Plano de Responsabilidade Geracional»


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Jorge Aquilino, o «Senhor Engenhocas» do Monte Francisco

histórias

VIDA

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HI S TÓRIA S DE VI DA  Inventor nos tempos livres

O «Senhor

Engenhocas» Joana Germano

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orge Aquilino está quase nas 65 primaveras, “60 mais o IVA”, diz o antigo caleiro castromarinense. Tem uma história de vida rica em pormenores e colecções engenhocas que aguçam a curiosidade a qualquer um. É no Monte Francisco que passa os seus dias, agora já reformado e rodeado pelas suas engenhocas, as velharias e artesanato. O percurso de Jorge Aquilino começa com a já caída em desuso profissão do pai. “Até ir para a tropa trabalhei sempre com o meu pai, de caleiro, pois tínhamos fornos de cal”. Conta que foi para a tropa e pela capital esteve três anos onde era mecânico na garagem militar; foi ao ultramar, mas mais tarde, já como civil. Voltou de Lisboa e chegado à terra que o viu nascer depressa arranjou trabalho como taxista, até um dos oito irmãos o ter chamado para trabalhar no continente africano, em Angola. “Fui para Luanda em Março de 1971 e lá comecei a trabalhar como condutor de camiões, mas tive o azar que oito dias depois de lá chegar o meu irmão faleceu”; mas por lá ficou a trabalhar no ofício, como empregado da cunhada e a criar as sobrinhas. “Mais tarde, a 28 de Maio de 1972, casei-me com a cunhada, estávamos a organizar vida e a construir casa quando veio o «25 de Abril».

A passagem por África

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recisamente no dia 25 de Abril de 1974 conta que foi logo cedo à drogaria comprar apetrechos para a casa e o dono, também português, aconselhou-o a não comprar, dizendo que com a revolução em Portugal rapidamente teriam que fugir de Angola; mas não ligou e comprou, achou que poderia ficar a trabalhar numa Angola independente. O sonho caiu por terra… A casa ficou por acabar, os carros foram abandonados e cedo teriam que partir. “Tivemos que fazer as maletas e partir para Portugal quase com a roupa do corpo”, contou. A procura e corrida às maletas era alucinante e cedo esgotaram em Luanda; “aliás esgotou a madeira para as embalagens de mobiliário e electrodomésticos; quando quis fazer grades para alguma mobília tive que partir o guarda-fato e fazê-lo em tiras para mandar duas caminhas das minhas sobrinhas, um frigorífico, uma máquina de lavar e uma arca”, conta nostálgico.

Os carros também por lá ficaram. “Era permitido trazer um automóvel com mais de cinco anos e pus a matrícula do camião [AV 60 67] na lista das viaturas, isto porque era a minha ferramenta de trabalho; porém, não autorizaram. A partir daí abandonou tudo o que tinha construído, toda uma vida ficava para trás. “Tive um colega que deixou o camião no aeroporto e já estava no avião quando viu levarem-lhe o camião”. O clima não era ameno e os portugueses foram obrigados a partir. “Era perigosíssimo ficar lá, assisti a ruas a arderem, bombardeamentos e muitas mortes de portugueses. Não havia mais nada a fazer, tivemos que fugir”. Entre a Revolução dos Cravos até à fuga de Angola passaram apenas 3 meses no qual Jorge A. e a família dormiam vestidos “caso fosse preciso fugir”. Depois do regresso a Portugal não mais voltou a Angola.

O regresso à terra natal

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regresso foi conturbado. “Todos os retornados passaram dificuldades; ninguém queria alugar uma casa a um retornado porque sabiam que não tinham nada”. Mas mesmo perante as contingências, Jorge Aquilino uma semana passada e já estava a trabalhar como condutor em Vila Franca de Xira. Lá trabalhou durante 6 meses, com um ordenado que diz ser bem bom para a época, mas as saudades de casa apertaram. “Como a minha família era toda de VRSA e Castro Marim preferi a proximidade do que a ausência e ingressei como o primeiro motorista da câmara de Castro Marim”. Mas a história não acaba por aqui, Jorge Aquilino não ficou parado e depressa ergueu com as suas próprias mãos a sua casa e uma serralharia onde trabalhava; isto depois dos serviços de motorista. “Fiz a oficina, levantei paredes, trabalhei e lutei pela vida e consegui levar as coisas para a frente”. E quando a vida já estava boa mais uma dura prova surge. “Levei mais um empurrão da vida; a minha mulher faleceu”. “Fiquei sozinho, então abri um café aqui também no lugar da serralharia; fechava às 3 da manhã e às 6h já tinha que estar na câmara. Foi complicado”. Actualmente Jorge Aquilino voltou a casar e a serralharia e café são uma casa de habitação e o seu museu etnográfico pessoal.

Espólio etnográfico

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ara além das inúmeras histórias que tem para contar, povoadas por recordações e nostalgia que o levam à emotividade e saudade, tem uma criatividade e técnica peculiares que fazem dele um verdadeiro «Senhor Engenhocas». Cria e recria objectos através de qualquer peça de carro ou de uma mero cesto de verga e garrafas. A sua criatividade não tem limites e, depois da reforma, a dedicação ao espólio e às engenhocas é a 100%. Ao entrar na sua casa entramos num verdadeiro museu etnográfico carregado de riquezas históricas e tradicionais dignas de um estudo antropológico. Miniaturas de moinhos, pesos romanos, material escolar dos

O nome é Jorge Aquilino, natural e residente em Castro Marim. Profissões conta muitas. Foi caleiro, militar, mecânico, taxista, condutor de pesados, serralheiro e dono de um café. Depois da reforma os hobbies ganharam corpo e entusiasmo com o coleccionismo e as engenhocas com as quais já ganhou fama. Na sua oficina encontram-se todo o tipo de materiais etnográficos e inúmeras criações suas que fazem dele o «Senhor Engenhocas» do Monte Francisco.


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HIS TÓ R IAS D E VIDA anos 40 e 50, uma apresentação em miniatura dos antigos transportes de água, as primeiras máquinas de costura da «Singer», ferramentas da arte de caleiro e ferreiro, loiças, cestos, balanças, candeeiros a petróleo; detém até um antigo candeeiro das ruas de Castro Marim do ano de 1876. Brinquedos que se usavam há mais de 50 anos, carros feitos de latas de conserva, as rodas com tampas de pomada e os cavalos esculpidos em cortiça – “ eram os computadores dos anos 40”, diz saudoso. O espólio é algo de inimaginável e que Jorge Aquilino mostra com orgulho aos inúmeros curiosos, mas que não vende, seja a que preço for. “A primeira colecção que fiz foi de copos há 40 anos atrás; também isqueiros de todas as maneiras e feitios, miniaturas de carros; tenho inclusivé toda a colecção do jornal «O Retornado», desde o primeiro ao último; “deslocava-me de propósito a Faro para ir comprar”. As colecções são imensas e a perder de vista; muitas comprou, outros artigos oferecem-lhe e mais. “Umas também faço eu, invento coisas novas e diferentes; sempre tive gosto em coleccionar e guardar estas velharias e artesanato que são verdadeiras relíquias”. Desde que se reformou ficou com mais tempo, a maioria do que ali está foi adquirido depois de se aposentar da vida activa e vale muito dinheiro. “Tenho várias balanças romanas que me rendiam um bom dinheiro, mas não me importo, pois têm um valor sentimental”. Ofertas já teve muitas; há até quem pense que a sua oficina é uma casa de antiguidades.

Ao entrar na oficina, e logo à direita, está sentado, parecendo estar a sorrir, um boneco articulado. Tem cara simpática e corpo criativo; todo o boneco foi feito através de peças de automóvel e a ideia surgiu porque o mestre Aquilino queria fazer um boneco que pudesse ter mobilidade; e conseguiu. “Os braços, punhos e joelhos são adaptados em rótulas das transmissões dos carros; o quadril era uma peça da cambota de um carro, as pernas são dois prorrogamentos e são duas bielas de motores. A coluna é a mola de um carro, o pescoço é a lanterna de uma motorizada; os dentes e orelhas eram de um carrete de um motor, o chapéu de um filtro de ar, os dedos as velas do motor e os ombros de uma caixa de velocidades”. Todo o boneco é feito com peças de motor e levou apenas alguns dias a fazer, pois teve que percorrer várias oficinas na demanda de peças. E engane-se quem julga que as suas invenções são fruto de ideias, por ventura amadurecidas e com maquetas; nada disso. “Não faço um esboço, fica na memória, penso e faço; às vezes acordo de madrugada quando tenho ideias para apontar no papel para não esquecer”. Para além da criatividade é preciso, indubitavelmente, alguma técnica. “Tenho diploma de mecânico, tirei na escola prática de serviço e material em Lisboa, durante a minha vida militar, contudo isto não é mecânica de carro, mas de certo ajuda. O seu lema é «Pensar e fazer».

As engenhocas

trás da casa do Sr. Jorge Aquilino encontram-se as mais inovadoras e divertidas invenções. Um carro, um Mini Moke completamente adaptado a todos os imprevistos que possam surgir durante um pequeno passeio de automóvel. Tem televisão, rádio a pilhas adaptado, mesas e cadeiras encaixadas no veículo, “para quem sabe um eventual piquenique”. Para quem vai à praia há um chapéu de sol e uma mangueira “para tirar a areia do corpo”. E mais… se a pessoa quiser barbear-se também tem máquina de barbear adaptada no veículo e tantas outras inovações que só à descoberta

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o Monte Francisco Jorge Aquilino é conhecido como o «Senhor Engenhocas». De um qualquer objecto reinventa algo completamente novo. Por todo o seu museu pessoal podem ser vistas as suas colecções, mas em simultâneo muitas criações suas que saltam à vista dos mais curiosos (e mesmo aos menos, que se vêm rendidos a uma larga criatividade).

A oficina escondida

A

se encontram. As bicicletas são verdadeiramente peças inovadoras. “Bicicletas malucas”, como lhes chama o seu criador; adaptadas, transformadas, de todos os tamanhos e feitios, com motor, com pedaleira inovadora em sítios não habituais, bicicletas onde a pessoa vai deitada e com suporte para bebida e pequeno lanche. São dezenas delas na oficina que quando as portas se encontram abertas fazem as delícias dos vizinhos e de todos por que ali passam. «Pequenas engenhocas!» diz Jorge Aquilino.

Mini Moke está equipado com os mais variados acessórios: mesa, cadeiras, chapéu de sol, mangueira e até mesmo uma máquina de barbear e um rádio a pilhas adaptado

Boneco articulado foi feito com peças de automóvel e construído em apenas alguns dias. A coluna é a mola de um carro e o pescoço é a lanterna de uma motorizada


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LOCA L  237.º aniversário de VRSA

Comemorações marcadas por protocolos na área social e da educação O ensino superior vai voltar à cidade pombalina. Também aqui até ao final do ano vai ser instalada a primeira clínica de reabilitação cubana da Europa. Luís Gomes estabeleceu ainda protocolos com a DECO e o IEFP para congregar esforços na melhoria da qualidade de vida da população e mais emprego. Apesar das comemorações se terem prolongado entre 4 e 17 de Maio foi no dia 13, feriado municipal, que os festejos do dia da fundação de Vila Real de Santo António tiveram o seu ponto alto. A sessão solene ficou marcada pela assinatura de cinco protocolos muito importantes para o desenvolvimento da região. Todos eles representam diversas inovações para a vida vilarealense, e tocam em áreas distintas como a saúde, apoio social e educação. Com a DECO – Associação de Defesa do Consumidor, Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Universidade Aberta, município da Vidigueira e com os Serviços Médicos Cubanos. Os protocolos com a DECO e o IEFP passam pela criação de um espaço de apoio e esclarecimento ao sobreendividado e o desenvolvimento de um Plano Municipal de Emprego em Vila Real de Santo António. Henrique Dias Freire, responsável pela DECO no Algarve, lembrou que “um dos problemas mais graves da sociedade é o sobreendividamento”. Por sua vez a delegada regional do IEFP, Maria Fernanda, lembrou que o desemprego desde 2008 que está “com uma trajectória preocupante” e defende que o gabinete que vai surgir na cidade iluminista, para apoiar os desempregados, manifesta “um esforço conjunto para combater o desemprego”.

Regressa Ensino Superior Na manhã de dia 13 foi anunciado o regresso do ensino superior a VRSA, através de um protocolo com a Universidade Aberta que vai instalar para funcionar no próximo ano lectivo, um Centro Local de Aprendizagem. Domingos Caeiro vice-reitor da instituição agradeceu “a celeridade do município que respondeu prontamente ao nosso repto”. Segundo este responsável “havia muita gente do Sotavento a procurar a Universidade Aberta, pelo que um Centro em VRSA vem cobrir uma lacuna que já se fazia sentir”. A Universidade está em Silves há cerca de 12 anos e no Algarve conta com cerca de 700 estudantes.

Clínica Cubana em VRSA Um dos momentos altos da cerimónia foi a assinatura do protocolo de cooperação com os Serviços Médico Cubanos. Este protocolo visa, acima de tudo, o estabelecimento de um programa, através do qual, profissionais de nacionalidade cubana, constituídos por uma equipa especializada em medicina física e de reabilitação, passam a prestar serviços no Centro Integral de Medicina Física e de Reabilitação que a autarquia está a promover. O protocolo foi assinado pelo

autarca vilarealense e pelo embaixador de Cuba em Portugal, Eduardo Lerner. “O projecto surge ao abrigo de um protocolo que foi estabelecido com a república de Raúl Castro. O acordo estabelece uma parceria em que vai ser aberta uma clínica na área da reabilitação física e integral”, adiantando Luís Gomes que “os portugueses, mas também os europeus, podem ter acesso aqui ao que de melhor há no mundo nesta área”.

Capital da saúde e do bem-estar O edil revelou que um dos seus objectivos é “criar um centro de excelência na área da saúde e do bem-estar” e criar na cidade uma centralidade na área da saúde”. Depois de enviar centenas de munícipes para Cuba ao abrigo de um processo de geminação com o município cubano de la Playa, Luís Gomes quer trazer Cuba para Vila Real de Santo António e tornar esta a capital europeia da saúde e bem-estar. A clínica vai ser instalada no complexo desportivo “com o intuito de estabelecer um binómio saúde-desporto” e estão a ser ultimados “todos os trâmites de certificação da clínica” para que abra ainda este ano”. Vai ser aberto um concurso para uma parceria com um operador privado na área

VRSA até 2026 sem lista de espera em creche e pré-escolar A Escola Básica 1 de Monte Gordo, a Escola Básica de Santo António e o ATL de VRSA já foram inauguradas, no decorrer das cerimónias a 13 de Maio. O percurso foi feito de autocarro pelos munícipes que quiseram acompanhar Luís Gomes e a sua comitiva, bem como convidados, entre eles o Director Regional de Educação do Algarve que reconheceu a importância de requalificação do espaço escolar para uma educação de qualidade. As duas escolas são compostas pelas valências de creche, pré-escolar e 1.º ciclo, e ambas já estavam em funcionamento. A vereadora Conceição Cabrita, a quem cabe a responsabilidade do pré-escolar, garantiu que “actualmente não há crianças em listas de espera no con-

Embaixador de Cuba em Portugal assinou protocolo para a instalação de uma clínica de reabilitação em VRSA da saúde, “a câmara cederá instalações, mas haverá um operador que funcionará como gestor da clínica”, explicou o autarca, frisando que os 21 técnicos afectos ao projecto virão de Cuba. O edil quer também iniciar investigação, mas com aplicação prática, na área da neurociência, mas propriamente na neurofisiologia. Por sua vez, o embaixador de Cuba, disse que este é “mais um dos muitos acordos de cooperação” que o estado cubano tem com Portugal e enalteceu a relação de proximidade estabelecida com

o município pombalino. Para o embaixador, “este acordo permite à cidade dispôr do mais importante bem que a ilha produz, que é o capital humano e o direito de todos à saúde”. De referir que a cerimónia solene contou com a apresentação de uma performance artística de alunos da escola secundária de VRSA, com uma homenagem aos melhores estudantes das escolas do concelho, seguida da entrega do Prémio Internacional de Poesia «Palavra Ibérica» a Fernando Cabrita, vencedor da edição de 2010.

Mais piscinas municipais As piscinas municipais de Vila Real de Santo António têm mais três corredores indoor de 50 metros, tendo sido inaugurada a 2.ª fase de ampliação do complexo das piscinas municipais.

Trata-se de mais uma valência para o complexo desportivo que passa a acolher treinos de alto rendimento na área da natação. A lotação da instalação é de 176 atletas.

Foram inauguradas novas valências em Monte Gordo e VRSA celho”, Luís Gomes, edil, adiantouque a lista de espera estará sanada até aos “próximos 10 a 15 anos”. Quanto ao ATL, foi arrendado a

um privado e apresenta condições inovadoras para o melhor acompanhamento do tempo livre das crianças em pleno século XXI.

Piscinas já dispõem de corredores adaptados a atletas de alto rendimento


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D ESEN VO LVIMEN TO  Segunda Edição

Idoso foi centro de reflexão nas «Jornadas Sociais» A segunda edição das «Jornadas Sociais» aconteceu no dia 20 de Maio no auditório da biblioteca municipal de Castro Marim. O idoso foi o centro da reflexão numa abordagem que permitiu a maior partilha de prismas sobre os cidadãos em «idade maior». A organização foi do Contrato Local que muitas vezes vivem”, refe- um acompanhamento coordenador”. estar ao lado”, relevando uma pro- «Um Olhar sobre o Baixo de Desenvolvimento Social (CLDS) rindo que os «cuidadores» têm, Também no início das «Jornadas ximidade subjectiva que considerou Guadiana» do Baixo Guadiana [+ Inclusão], na sua grande maioria, idades Sociais» Francisco Amaral o tinha que por vezes “é muito ignorada. mas que contou com o apadrinha- compreendidas entre os 50/60 defendido. Numa abordagem mais socioMaria Luísa Francisco, doumento e presença da coordenadora anos “e que acreditam que são a lógica este orador defendeu que toranda em Sociologia Rural e nacional Maria José Maia. última geração a cuidar”. Pensar o local rural nas é preciso criar grupos e manter a Investigadora e Docente da UAlg, As entidades locais estiveram bem Também esta professora iniciou suas fragilidades coesão entre eles e preparar gera- abordou contributos para um representadas e contaram com o a incursão num tema bastante ções mais solidárias. “Acredito que envelhecimento bem sucedido, contributo de quem veio de fora, abordado; a qualidade dos recurPaulo Machado, docente na a morte precoce se deva à solidão”, reportando-se ao conhecimento mas que estuda e trabalha para os sos humanos das instituições que Universidade Nova e Investigador arriscou que tem do Baixo Guadiana. Refemais velhos da nossa sociedade, se dedicam a cuidar dos idosos. do Laboratório Nacional da Protecriu que o isolamento e a ostraciza“que não são trapos”, mas também “Há que respeitar o ritmo das pes- ção Civil (LNEC), apresentou uma «Aldeias – Lar» um ção dos idosos tem levado a que o “que não pedem ajuda” como se soas idosas”, frisou Luísa Pimen- abordagem diferenciadora, envere- projecto pioneiro envelhecimento seja encarado de ouviu em diversas intervenções. tel; de resto uma ideia bastante dando pela importância da morfolouma perspectiva deprimida, apesar Francisco Amaral, edil alcoute- acentuada por Hernâni Carvalho, gia do lugar. Alertou para o facto dos Participou neste encontro o cria- de considerar que “o Baixo Guanejo, apelou durante a sessão de orador que a sucedeu. idosos do Baixo Guadiana estarem dor do modelo «Aldeias-lar» em Por- diana é das zonas do Algarve onde “muito desprotegidos, não só pelo tugal. João Martins que é também se encontra um maior associatiabertura para que os Contratos «Comissão de Protecção Locais de Desenvolvimento Social de Maiores» isolamento físico e geográfico, mas coordenador do Distrito de Beja vismo e um maior conhecimento “não venham do território e formatados de da população, Lisboa, mas sim maioritariamente que tenham um idosa”. espaço de manoA investigadora bra para se adaplembrou que os tarem ao local”. “idosos têm um Por sua vez Valter saber que não Matias, directorpode ser negligenexecutivo da associado”, referindo ciação Odiana, que em Castro Marim e Alcoutim defendeu que “encontros como “existe um manaestes deveriam cial enorme por descobrir”. acontecer mais vezes ao longo CLDS da do ano”, lemescala brando que no nacional quotidiano “há para local jornadas diárias que representam verdadeiras A parte da batalhas e sobre tarde foi dedias quais é precada, sobretudo, ciso reflectir para à apresentação encontrar melho- «Jornadas Socias» tiveram em 2011 a segunda edição. Ao contrário do ano passado a plateia mostrou-se mais preenchida revelando maturidade do programa res soluções”: nacional CLDS, pela mão da sua Compromisso Hernâni Carvalho, jornalista e for- também porque estão numa zona ao da Rede Europeia Anti-Pobreza, coordenadora, Maria José Maia. A intergeracional mado na área da psicologia, defen- nível da sismicidade muito sensí- para além de professor de «Ser responsável lembrou que o Plano deu uma ideia que já matura há vel e sem estruturas de resposta”. O viço Social», levou até ao auditório de Acção é descentralizado, perUma das questões bastante alguns anos: a criação em Portugal técnico levou até às «Jornadas o projecto que tem apaixonado os mitindo “a adaptação do programa focada nestas jornadas foi o «com- de uma «Comissão de Protecção de Sociais» diversas conclusões do media, mas também muitos técnicos à acção concelhia”. Anunciou que promisso intergeracional». A ques- Maiores». Tal como as crianças “os estudo que realizou no âmbito da e investigadores da área social. está para breve a “terceira vaga de tão foi desde logo levantada pela velhos estão desprotegidos”, defen- iniciativa e que confirmou que a João Martins prefere olhar para protocolos CLDS, sendo que 2011 professora Luísa Pimentel docente deu. Na sua intervenção empolou maioria dos idosos do Baixo Gua- “as nossas aldeias do interior como conheceu o seu grande boom”. de «Serviço Social» na Universi- bastante o conceito, lembrando que diana estão longe das principais vias uma oportunidade”. Actualmente Depois seguiram-se as apresendade Nova de Lisboa. A docente a violência sobre idosos “é muito ele- de comunicação, sem mobilidade, existe uma lista de espera de 50 tações dos trabalhos desenvolvidos fez questão de frisar realidades vada, mas não tão conhecida porque isolados e habitam em casas sem pessoas para os dois projectos de no terreno da entidade coordenafelizes, onde o idoso é acompa- os velhos têm medo”. O jornalista capacidade de resposta face à fragi- Aldeias-Lar que se aproximam da dora e entidades executoras no ternhado no seio da própria família, encara “os cuidadores familiares lidade do território, nomeadamente ideia de João Martins. O responsável ritório; respectivamente, ODIANA, dizendo que “há famílias a cuidar como uma obrigação; tal como o “perante um índice sísmico que é deixou também a ideia da “saúde Associação de Bem-Estar Social da dos idosos; estudos revelam famí- pai cria o seu filho, este deve-lhe a enorme”, explicitou. e bem estar” como um cluster a ter Freguesia do Azinhal, Santa Casa lias preocupadas que cuidam, vida e tem a obrigação de o ajudar Apelou a que “os actores à escala em conta para o desenvolvimento da Misericórdia de Alcoutim e embora por vezes se possa ques- quando chega a velho”. local; como são as autarquias, as da economia; sendo o nicho da ter- Associação Alcance. tionar se o fazem com as melhores “Defensor acérrimo” do municipa- diversas instituições e a sociedade ceira idade de relevar, acreditando O trabalho destas estruturas é práticas...”. Luísa Pimentel lem- lismo, Hernâni Carvalho considera civil, estejam coesos para as melho- que “este modelo [das Aldeias-Lar] intenso, multidisciplinar e tem brou ainda que “as famílias que que o Ministério da Solidariedade res soluções do problemas existen- possa contrariar processos de des- dotado de inúmeras competências cuidam dos idosos também preci- Social “deve delegar nos autarcas o tes”. Paulo Machado fez questão de povoamento de que as zonas de a população de Castro Marim e sam de apoio pela sobrecarga em poder decisivo, havendo em Lisboa frisar que “estar próximo não é só interior são vítimas”. Alcoutim.


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D ESENVOLVI ME NTO  Agendado para Outubro

Congresso sobre Iluminismo com grandes nomes de centros históricos mundiais A câmara municipal de Vila Real de Santo António preside à Associação Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo (AICEI) e vai ser anfitriã do VIII Congresso Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo. «Rupturas[s] & Continuidade[s]» é o título dado ao VIII congresso que se dedica ao património urbanístico iluminista. Vai acontecer em Vila Real de Santo António entre 6 e 8 de Outubro, mas a sua apresentação pública aconteceu já em Maio. A organização é da câmara pombalina que para além da responsabilidade de anfitriã, acrescese-lhe a de presidente da AICEI. O ponto de partida é o património urbanístico do Iluminismo, mas para o encontro de três dias a organização vai propor a discussão dos problemas e condicionalismos que actualmente se colocam aos processos de requalificação urbana dos centros históricos; mas também novas oportunidades que surgem enquanto pilares de desenvolvimento económico, social e cultural. José Carlos Barros, vice-presidente da edilidade, e presidente da associação internacional, frisou em conferência de imprensa que este congresso será uma plataforma de reflexão “sobre os obstáculos e as novas oportunidades económicas, sociais e habitacionais que hoje se colocam num equilíbrio que se procura entre as práticas de manutenção e rentabilização na recuperação do património edificado

Saiba mais sobre a AICEI

José C. Barros e Carlos L. Figueira sublinham a importância do congresso dos centros históricos, e a inserção destes espaços na economia de cada cidade ou país”.

Havana, Madrid e S. Luís do Maranhão Havana, Madrid e S. Luís do Maranhão são apenas exemplos de cidades que confirmaram já a presença no Congresso da especialidade, através da apresentação de comunicações sobre as experiências de actuação neste domínio. Além das cidades referidas, o núcleo central de conferências conta ainda com a participação e a partilha de expe

riências desenvolvidas em Lisboa, no Porto, em Madrid e em Vila Real de Santo António. A presidência está expectante quanto à adesão de novas cidades sócias da entidade; como é o caso de Lisboa, S. Petersburgo, Edimburgo ou Paris. Nesta associação a península ibérica está grandemente representada, mas da América do Sul também há sócios, como é o caso da Guatemala. “Queremos criar uma rede europeia de cidades do iluminismo, tal como existem os «Caminhos de Santiago», adiantou Carlos Luís Figueira do executivo da entidade, frisando “a importante

A AICEI é uma associação sem fins lucrativos de carácter internacional que visa estabelecer uma rede de cooperação, de conhecimento e de estudo entre as cidades e entidades membros. O objectivo principal é promover e operar na valorização e conservação do património cultural material e imaterial, herdado do período do «Século das Luzes», e que conservam projecção e reflexo na sociedade actual. São membros da AICEI cidades Europeias como Vila Real de Santo António, Madrid, Barcelona, Valência, Cartagena, San Fernando, Cádiz, Real Sítio de San Ildefonso, Ferrol, Almacelles, Oviedo e Es Castell, e da América Latina como a cidade de Guatemala, esperando-se em breve a inclusão, entre outras, das cidades de Paris, Edimburgo, S. Petersburgo posição que VRSA tem nesta associação, destacando-se pela sua singularidade de património iluminista”. Carlos L. Figueira defende que este congresso servirá para alavancar soluções e tendência inovadoras relacionadas com os centros históricos da época das luzes. “O

e Lisboa. A cidade pombalina foi a eleita pela direcção da AICEI para a realização do VIII Congresso, a realizar em Outubro de 2011. O tema e objectivos deste congresso prendemse com a abordagem de questões de boas práticas utilizadas na recuperação dos Centros Históricos, a sua manutenção e vivências, ou ao invés, a sua desertificação humana e económica. Em suma, a AICEI é um eixo de ligação destinado a fomentar e a difundir o conhecimento e a protecção do património material e imaterial do século XVIII, a sua projecção e reflexo na sociedade do século XXI, onde tais valores são um elemento diferenciador e fundamental do progresso e desenvolvimento sócio económico. património depois de recuperado tem de entrar na economia como um activo”, frisou o responsável, lembrando que VRSA é “pioneira na requalificação patrimonial, nomeadamente com uma intervenção planeada”, frisando o programa REALCE.

 Para todo concelho

Regulamento de ocupação do espaço público em elaboração A autarquia pombalina espera ter já este mês a versão do regulamento que rege a ocupação do espaço público no concelho. Mas vão ser criados planos específicos, nomeadamente para o centro histórico. José Carlos Barros, vice-presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António, diz que o centro comercial a céu aberto em pleno centro histórico de Vila Real de Santo António “é de há três anos para cá vítima de um sucesso comercial”. Reconhecendo a importância da dinâmica que foi sendo criada a este nível lembrou, no entanto, e à margem da apresentação do VIII Congresso do Iluminismo [ver peça acima], a importância de um regulamento de ocupação do espaço público actual adaptado à realidade local. “Temos

que repensar tudo”, disse, adiantando que está a ser elaborado o novo regulamento de ocupação do espaço público que deverá ser apresentado em reunião de câmara ainda durante este mês de Junho.

Equilíbrio é essencial O documento “vai procurar encontrar o equilíbrio entre a vida económica e as especificidades do concelho”. O vice-presidente explicou que para o centro histórico, tal como para outras situações a

serem apresentadas, vai ser criado um plano específico. “Este é um tema de grande discussão”, atesta o responsável que espera que na fase de debate com a população se chegue a um consenso sobre o melhor caminho a seguir; ao contrário da última tentativa de elaboração de um novo regulamento que ficou, assim, suspenso, em 2009. O vereador avisa também que o actual regulamento não está a ser cumprido e, por isso, “é necessário um novo para não se perder o controlo”.

Centro histórico de VRSA vai ser alvo de um plano de ocupação específico


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D ESEN VO LVIMEN TO

5 de Junho é dia de eleições «Perto

da

Europa»

Impermeabilização dos solos: perigo para o ambiente A concorrer às eleições legislativas no próximo dia 5 de Junho estão pelo círculo do Algarve 13 partidos e apresentamo-los acima. Pelo Baixo Guadiana em fase de campanha e pré-campanha pas-

saram o social democrata Pedro Passos Coelho (Castro Marim) e o comunista Jerónimo de Sousa (VRSA). Para o eleitor obter informação sobre o acto eleitoral basta dirigir-se à Comissão Recensea-

dora que funciona na junta de freguesia da sua área de residência. Esta informação pode ser também obtida junto das Câmaras Municipais ou através da Internet em

O envio de SMS grátis para 3838 (escrevendo RE espaço nº de BI ou CC espaço Data de Nascimento no molde AAAAMMDD) também dá a informação necessária.

www.recenseamento.mai.gov.pt

O que muda para as famílias portuguesas com o resgate do FMI? O «Diário Económico», na sequência da apresentação do «Memorando de Entendimento» para o resgate financeiro a Portugal, apresentou um leque de mudanças na vida dos portugueses, adiantando que “o plano de ajustamento financeiro negociado com a Troika vai penalizar ainda mais”. O resgate de 78 mil milhões de euros a Portugal vai marcar anos de esforços para os portugueses que aos poucos vão sabendo das alterações económicas que o país vai sofrer. As taxas moderadoras para os serviços de urgência e consultas externas vão aumentar em Setembro. Na mesma altura, o Governo vai também rever as isenções das taxas moderadoras. O preço dos medicamentos vai descer, uma vez que os novos genéricos vão chegar ao mercado mais baratos. Ainda no capítulo da Saúde, os subsistemas dos funcionários públicos (ADSE), dos militares e das polícias deverão ser auto-sustentáveis em 2016. Para isso, o memorando prevê que as verbas para estes subsistemas sofram um corte de 30% já no próximo ano e outro de 20% em 2013.

Mais flexibilidade e mudanças no subsídio

O despedimento por inadaptação e por extinção de posto de trabalho vai ser mais flexível e o subsídio de desemprego (o valor e o prazo máximo vão diminuir), mas também vai ser reduzido o tempo de trabalho necessário para ter acesso ao apoio. Os ordenados no Estado vão estar congelados até 2013. Já no privado, os salários deverão evoluir consoante a produtividade, prevendo-se assim crescimentos mais contidos. Também as pensões acima de 1.500 euros do sector público ou privado - vão sofrer cortes, prevendo-se poupanças de 445 milhões de euros em 2012. Até 2013, só as pensões mais baixas poderão ser aumentadas, as restantes ficam congeladas. No sector dos transportes os preços vão subir. O ministro das Finanças pediu às empresas públicas de transportes para apresentarem até ao final

deste mês a proposta da revisão tarifária para o reequilíbrio financeiro para o período de 2011 a 2013.

prietários. Quem arrenda, também verá as deduções destes gastos progressivamente cortadas.

Corte de benefícios e deduções fiscais O IRS vai voltar a aumentar já em Janeiro de 2012, com novo corte de benefícios e deduções fiscais aplicáveis a despesas com a saúde, educação e casa. Com a medida, os cofres do Estado vão encaixar mais de 150 milhões de euros, sendo que até ao final de 2012 vai ainda assistir-se ao reforço da inspecção tributária com mais 1.300 técnicos. A habitação vai ficar mais cara: as deduções de amortizações de empréstimos à habitação vão terminar e os juros vão ser progressivamente cortados. O IMI vai ficar mais caro, tanto pelo aumento do seu valor, como pela perda de isenção para muitos pro-

Troika impõe mais cortes na vida dos portugueses

Aeroporto de Beja já foi inaugurado O voo inaugural da primeira operação comercial de voos charter no aeroporto de Beja, que vai ligar semanalmente Londres e Beja até Outubro, realizou-se no passado dia 22 de Maio. O aeroporto de Beja, a operar desde 13 de Abril, quando se realizou o voo inaugural até Cabo Verde, vai ser alvo de 22 operações aéreas que o operador turístico britânico Sunvil irá realizar até 16 de Outubro entre o aeroporto de Heathrow, o principal de Londres, e o de Beja.

Cada operação vai realizar-se todos os domingos e inclui dois voos, um Heathrow-Beja e outro Beja-Heathrow, que irão decorrer num avião Embraer da companhia aérea British Midland International (BMI) com 49 lugares. A ANA e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo prepararam um programa para os membros da comitiva conhecerem no domingo as cidades de Évora e Beja, onde irão visitar monumentos e degustar pratos e vinhos do Alentejo.

Todos os anos, é perdida na União Europeia para a expansão urbana e as infra-estruturas de transportes uma superfície de solo maior do que a ocupada pela cidade de Berlim. Um novo relatório publicado pela Comissão Europeia recomenda uma intervenção a três níveis: redução da impermeabilização do solo, atenuação dos efeitos da impermeabilização e compensação da perda de solos de qualidade por acções noutras áreas. Metade dos jovens europeus aceita trabalhar no estrangeiro Segundo o último inquérito Eurobarómetro, 53% dos jovens europeus estão dispostos a trabalhar noutro país europeu ou encaram esta perspectiva com entusiasmo, mas a falta de recursos financeiros desencoraja muitos deles a dar um primeiro passo nesse sentido realizando parte dos seus estudos no estrangeiro. O inquérito põe em evidência uma profunda disparidade entre o desejo generalizado dos jovens a trabalharem no estrangeiro e a mobilidade real dos trabalhadores: menos de 3% da população europeia activa vive actualmente fora do seu país de origem. Boas perspectivas para a época turística de 2011 Cada vez são mais os europeus gozam férias: 68% dos cidadãos da UE viajaram por razões privadas em 2010, comparados com 65% em 2009. Estas conclusões do novo inquérito Eurobarómetro sobre as atitudes dos europeus no que diz respeito ao turismo confirmam que o sector já recuperou da crise económica. Telecomunicações: novas regras beneficiam cidadãos e empresas em toda a Europa A partir de 25 de Maio de 2011, os europeus desfrutarão de novos direitos e serviços (mudar de operador no prazo de um dia mantendo o número de telefone, direito a maior clareza nos serviços oferecidos e o direito a melhor protecção dos dados pessoais em linha) no que respeita a telefones, comunicações móveis e Internet. Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt

Aeroporto no Alentejo funciona desde 13 de Abril, mas voo inaugural aconteceu a 22 de Maio

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D ES ENVOLVI ME N TO

Até 2016 a mata de VRSA e Monte Gordo estará mais segura

A população foi convidada a visitar o «teatro de operações». Eduardo Bonança, responsável pela Protecção Civil, anuncia que há um projecto que prevê manutenção da mata até 2016. Eduardo Bonança, responsável máximo da Protecção Civil de Vila Real de Santo António explicou ao JBG que desde o início do ano de 2011 está a ser levada a cabo uma operação inédita de prevenção dos fogos florestais. Esta operação enquadra-se num projecto que terá uma vida de 5 anos. Desde o início do ano já foram limpos 50 metros em torno do parque de campismo de Monte Gordo, a envolvente da zona de protecção da «estrada dos três pauzinhos» e dois caminhos florestais na mata de VRSA. O projecto dos sapadores florestais, que se cumprirá até 2016, vai estender a limpeza de outros pontos sensíveis do concelho e fazer a manutenção dos que foram limpos.

População no terreno No dia 4 de Maio a população foi convidada a participar numa acção de sensibilização sobre a Problemática da Defesa da Floresta contra

Incêndio. A iniciativa teve uma primeira parte no salão nobre do Quartel do Corpo de Bombeiros de Vila Real de Santo António e depois um autocarro levou a assistência até à Mata de Monte Gordo e VRSA. Uma acção que serviu “para sensibilizar ainda mais, mostrando que o trabalho que estamos a fazer é o que deve ser feito em todos os municípios”, considerou o responsável. O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) é a entidade detentora da respectiva mata e o trabalho de prevenção dos fogos florestais está a ser feito em concertação com as entidades intervenientes. “Esta mata apresenta várias debilidades, mas conta com a grande vantagem de ter uma grande afluência de pessoas que ajuda a uma manutenção natural que, por sua vez, permite uma intervenção musculada e anula os efeitos do fogo”, explica.

Município ambiciona jurisdição Esta é uma mata que não se regenera e precisa de um plano de melhoramento que, por enquanto não é conhecido. Já por diversas vezes o presidente da câmara municipal, Luís Gomes criticou severamente a falta de manutenção deste «pulmão verde». João Rodrigues, vereador do executivo, à margem da acção de sensibilização, reiterou as críticas e lembrou que “é muito preocupante o ICNB não ter capacidade económica para fazer a devida manutenção das matas nacionais”, garantindo que tem cabido ao município vilarealense “acudir, embora sem grande capacidade logística, a todos os problemas”. Questionado se, face às medidas de manutenção que o município tem sido forçado a tomar, ambiciona ter a jurisdição da mata em questão, João Rodrigues admitiu que “é uma hipótese para preservar aquilo que é uma riqueza

Desde Janeiro que em VRSA previnem-se os fogos florestais do nosso concelho”. Refira-se que a acção de sensibilização foi organizada numa colaboração conjunta entre a Autoridade Florestal Nacional com a colaboração do Serviço Municipal de Protecção Civil e o Gabinete Técnico Florestal do município de Vila Real

de Santo António. Esta Acção de Sensibilização contou com a participação dos três pilares da Defesa da Floresta Contra Incêndios, AFN, GNR, ANPC. Nesta iniciativa foram representados ainda, os municípios de Tavira, Castro Marim, Alcoutim.

Televisão Terrestre Digital – Serra algarvia fica para o fim No passado dia 12 de Maio as emissões televisivas de Portugal entraram numa nova fase, onde já se encontram as diversas televisões europeias. A zona interior do Algarve, onde se incluem os montes dos concelhos de Alcoutim e Castro Marim, serão os últimos a beneficiar desta inovação tecnológica. Como sempre. José Cruz Em Alenquer, o sinal analógico tradicional foi desligado, no âmbito de uma operação piloto que envolverá mais duas regiões do País até ao final do ano em curso. Durante o próximo ano, este procedimento vai estender-se a todo o País e a toda a União Europeia. Esta operação, designada por “Switch-off”, ficará completa a 26 de Abril de 2012. Segundo a ANACOM, entidade reguladora das telecomunicações no nosso País, a operação de Alenquer correu bem e “apenas foi registado um caso de perda do sinal, após o apagão analógico”, tendo o processo decorrido de forma tranquila. Porém, nesta forma tranquila anunciada pelo regulador, incluem-se os casos em que a população ignorou a televisão digital e virou antenas para o emissor de Montejunto. Agualva Cacém (16 de Junho de 2011) e Nazaré ( 13 de Outubro de 2011) são as outras duas zonas do país onde, ainda este ano, vai ser desligado o sinal analógico.

No resto do território este sinal fica disponível a par com o digital. Nas zonas onde tecnicamente a Televisão Digital Terrestre (TDT) for impossível de implementar , estimadas em menos de cinco por cento do território nacional , a Portugal Telecom , empresa que fornece o serviço, assegura o fornecimento via satélite. São ainda genéricas as informações sobre a matéria. Apesar desta transição para a TDT ter vindo a ser anunciada e preparada pela ANACOM com o apoio das autarquias envolvidas e das acções de esclarecimento da Direcção-Geral do Consumidor, há ainda muita falta de conhecimento sobre esta matéria, em especial nas regiões do interior, sendo o território serrano do Baixo Guadiana o último a ser abrangido por esta inovação tecnológica. Claro que não há bela sem senão, como diz o aforismo. A migração da TV analógica para a digital, para quem tem televisões mais antigas, exige a compra de uma caixa descodificadora que pode envolver, em média, cerca de

sessenta euros, para se ter alguma coisa de jeito. Para quem compra uma nova televisão, naturalmente que não se aconselha a que o faça sem verificar se a mesma já vem preparada para as emissões digitais da TDT.

Preocupações Um milhão e meio de casas só recebem televisão em canal aberto e vão ter de se preparar para a mudança da tecnologia para a TDT. É mais um investimento em tempo de acentuada crise e, ao que tudo indica, sem os utentes nada mais receberam em troca que a “possível” melhoria do sinal. Dizemos possível, pela experiência que já temos de uma realidade inerente a estas emissões. No caso da TV analógica, mesmo com pouco sinal, o que é a regra na região do Baixo Guadiana, as populações, mesmo com chuva de grãos no écran, conseguem ouvir e adivinhar o que vêem. Isto não é possível com a TDT. Com esta, ou há sinal ou não. E se não, nada se vê ou ouve.

Na serra algarvia só em 2012 A norma escolhida para Portugal é bem exigente: DVB-T e descodificação de video MPEG-4/H.264 que suporta também emissões de alta-definição. Entre as antenas que podem ser mantidas contamse as “antenas bacalhau”, antenas tipo Yagi, exteriores, ou antenas interiores planas, se estiver perto dos emissores. Ao contrário da vizinha Espanha onde é possível visualizar mais de vinte canais gratuitos, Portugal só terá na TDT, segundo tudo indica até ao momento, cinco canais livres. Toda a restante oferta, quando chegar – e não se sabe quando chega – será paga.

Equipamentos Foram já realizados testes às caixas descodificadoras para a televisão digital terrestre (TDT) existentes no mercado. A ANACOM que tem um protocolo com a Deco apara analisar em contínuo os equipamentos diz que “têm qualidade” e que “ o desempenho e preço dos descodificadores variam muito, mas em todos a imagem

não decepciona, mesmo quando ligados a televisores convencionais (CRT)”. De acordo com a DECO, apenas dois dos modelos avaliados “não atingem resultados muito bons”. Há ainda quatro aparelhos que não são recomendados, sobretudo devido ao elevado consumo em stand-by, que no caso do Teka TK2000 THD e do Univers by FTE U6000 é cinco vezes superior ao estipulado pela Comissão Europeia. A associação faz ainda notar que os preços cobrados pelo mesmo aparelho podem variar muito de loja para loja, havendo, por isso, vantagem em conferir na tabela qual o estabelecimento mais barato. No estudo, o equipamento que parece sair-se melhor é o Denver DMB-105HD, considerado 67 por cento satisfatório no que à qualidade concerne e com preços que variam entre os 49,90 e os 65,37 euros, consoante a loja onde seja adquirido, mas naturalmente que estas informações são ultrapassadas rapidamente pelas novas realidades do mercado.


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COLUNA CULTURAL

C ULTUR A

O Algarve nas Fontes da Antiguidade No âmbito do mestrado em História do Algarve, optei por debruçar-me sobre «O Algarve nas Fontes da Antiguidade» para a unidade curricular de “Algarve Pré-histórico e Romano”. No decorrer do respectivo estudo compreendi que foram vários os escritores da antiguidade, gregos e latinos, que escreveram sobre a Ibéria ou Hispânia, obras de carácter geográfico, histórico ou etnográfico. Para tal serviram-se das suas viagens, experiências pessoais, recolha de notícias ou recorrendo a outras fontes mais antigas, como o fez Rufus Festus Avienus, que apesar de ter vivido no séc. IV d. C., utilizou uma fonte muito antiga; o relato de um périplo massaliota do séc. VI a. C. Autores anteriores à era cristã, como Herodoro de Heracleia, Eforo e Artemidoro, dão-nos informações respeitantes ao Algarve proto-histórico, mais precisamente ao período da colonização cartaginesa. Indicam os seus limites, os acidentes da costa, o nome dos seus habitantes, (Cynetes e Conoi) e referemse a um culto praticado no Cabo Cinético ou Promontorium Sacrum (Cabo de São Vicente). Por outro lado, os autores do período romano, como Estrabão, Plínio o Velho, Pompónio Mela ou Cláudio Ptolomeu, caracterizam a cultura dos povos que habitavam o território a Oeste do rio Anas., incluindo nestas descrições as suas riquezas naturais e economia de cidades como Baesuris (Castro Marim), Balsa (Luz de Tavira) ou Ossonoba (Faro). De grosso modo, podemos afirmar que estas fontes debruçaramse sobre a orla marítima que se estende desde a embocadura do Guadiana até ao Cabo de São Vicente, ou seja, o actual Algarve, do qual por vezes nos oferecem interessantes descrições e extremamente úteis para o estudo da história da região algarvia, num período compreendido entre o final da Idade do Bronze e a II Idade do Ferro. Estas referências, que vão desde a simples alusão a uma descrição pormenorizada, revestem-se do maior interesse, pois em muitos casos são as únicas notícias referentes a factos, costumes e situações que a História e a Arqueologia nem sempre comprovaram. Consideradas deste modo, constituem fontes de indiscutível valor para a historiografia dos povos que habitaram a nossa região e uma interessante leitura para todos os algarvios em geral.

Fernando Pessanha Formador «História Local»/CEPHA

Casa do Ferreiro já abriu as portas A inauguração do núcleo museológico dedicado à profissão de ferreiro foi inaugurado a 8 de Maio. É uma homenagem aos ferreiros do nordeste algarvio. A aldeia do Pereiro, no concelho de Alcoutim, tem desde o passado dia 8 de Maio aberta ao público a «Casa do Ferreiro». A inauguração decorreu com «pompa e circunstância», em pleno Domingo à tarde, com a presença da delegada regional da cultura Dália Paula. Mais de uma centena de pessoas compareceram à abertura desta casa-museu e ouviram também as palavras do presidente da câmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, do presidente de Junta de Freguesia do Pereiro, António Margarida, da Associação Alcance, representada por Victoria Cassinello e pela professora Suzete Romba, filha do último ferrador da aldeia do Pereiro. A oficina do ferreiro esteve encerrada e destituída da sua função original durante mais de 40 anos. A câmara municipal de Alcoutim, em estreita colaboração com a Associação Alcance, desenvolveu todo o projecto de remodelação e musealização do espaço, que se pretende agora dinamizar, para além da sala de exposições. A abertura desta casa-museu veio homenagear e preservar a memória de um ofício quase extinto. Na exposição encontramos todos os objectos que pertenciam aos mestres de ferreiro e ferrador, com a devida identificação do nome e da sua função; podemos ainda assistir a um documentário de memórias da arte do ferro e fogo.

Musealizar com participação da sociedade civil “A importância de musealizar técnicas artesanais relacionadas com actividades económicas tradicionais (ainda existentes no Nordeste Algarvio e em rápida via de extinção), através da criação de Museus Didácticos, que não sejam meras salas de exposição, passou a ser um dos nossos principais objectivos”, explica no âmbito deste projecto a arqueóloga Victoria Cassinello. De referir que a associação alcouteneja onde Victoria C. desenvolveu a sua investigação, tem realizado nos últimos anos trabalhos etnoarqueológicos, com o objectivo de salvaguardar aspectos relevantes do património cultural desta região e fomentar a animação no desenvolvimento local, procurando os actores locais mobilizados ou a mobilizar, transformando-os em parceiros activos destas estratégias. Os trabalhos etno-arqueológicos iniciaram-se em 1995, como medidas de salvaguarda do património. “Com o projecto de Musealização que a câmara municipal desenvolveu, com a colaboração activa da comu-

e científico.

Suzete Romba – filha do «Mestre Chico»

«Mestre Matias» fazia na década de 60 do século passado 24 ferraduras por hora. Profissão de ferreiro já caiu em desuso há cerca de 40 anos.

Tal como a arqueóloga Victoria Cassinello refere, “a contemporaneidade trouxe um novo conceito de museu com investigação que sempre que possível deve envolver a comunidade”. Por isso mesmo alguns contributos foram decisivos para a concepção de todo o projecto que envolve a recuperação da memória do ferreiro no nordeste algarvio. Suzete Romba, filha do último ferreiro da aldeia do Pereiro, depois de uma vida intensa de professora primária, regressou àquela localidade em 1997. Move-se pela nostalgia do tempo que passou, mas com a enorme força de recuperar tradições. Ao JBG lembra as muitas imagens de seu pai, o «mestre Chico», na Casa de Ferreiro que hoje é espaço musealizado. Na década de 50 o ofício era intenso, e Mestre Chico trabalhava antes do sol nascer até ao final do dia, com ajudantes e aprendizes. Os ferreiros eram os mecânicos de hoje. Nas suas forjas o ferro era trabalhado e suportava as ferramentas e transportes agrícolas. Por isso é que muitas vezes o trabalho começava ainda antes do dia raiar para que quando os trabalhadores seguissem para o campo tivessem já todo o seu equipamento a postos. Hoje a «casa do Ferreiro» permite conhecer os objectos criados, mas também o equipamento que utilizavam. Suzete Romba doou todo o espólio de seu pai ao núcleo museológico.

O discípulo - «Mestre Matias»

Núcleo museológico homenageia todos os ferreiros do nordeste algarvio nidade do Pereiro, e, através de um trabalho multidisciplinar, passaram a ser seleccionados documentos e peças representativos das técnicas e arte do ferreiro tradicional, no nosso território, numa retrospectiva histórica que se prende com um conjunto de técnicas metalúrgicas por parte das nossas comunidades primitivas autóctones, num continuum onde

às tradições locais se irão aliar as múltiplas influências de civilizações do Mediterrâneo”, contextualiza a arqueóloga. A «Casa do Ferreiro» apresenta técnicas e objectos patrimoniais representativos da Forja Tradicional do concelho de Alcoutim, permitindo levar o público a apreciar o seu conteúdo estético, histórico

Mestre Matias é um discípulo de Mestre Chico. Hoje ainda conserva parte do seu espólio, embora grande parte também tenha doado para o trabalho de musealização. Os seus depoimentos foram, igualmente, determinantes para o trabalho de investigação levado a cabo pela Alcance. Na década de 60 do século XX fazia 24 ferraduras à hora, sendo que cada ferradura custava 5 escudos [dois cêntimos e meio actuais]. “Para ferrar as quatro patas de uma burra levava 35 escudos [17,5 cêntimos]”, lembra o Mestre Matias que, naquele tempo, até ao meiodia fazia 100 ferraduras. De referir que este trabalho sobre a arte do ferreiro, que é também uma homenagem a todos os ferreiros do nordeste algarvio, completa-se com um livro, um DVD e a casa-museu. A «Casa do Ferreiro» pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 09h30 às 13h e das 14h às 15h30.


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2011

CULTURA

Aconteceu (de novo) o primeiro Serão da Aldeia V Encontro

Genealogistas em Castro Marim

A 21 de Maio a aldeia do Pereiro reviveu um serão de aldeia. É o primeiro da nova geração e por isso tem um sabor diferente, mas impera a vontade de prolongar uma tradição que muitos viveram em tempos idos. A «Casa do Ferreiro», recentemente inaugurada, recebeu um serão de aldeia no passado dia 21 de Maio à noite. O encontro com saberes tradicionais reuniu cerca de 40 participantes, alguns dos quais deslocaram-se de povoações vizinhas para participar no evento que assim aconteceu entre as oito da noite e a meia noite. Foram recordadas vivências de tempos antigos e contadas histórias, na sua maioria verídicas, sobre a realidade social da região nas décadas de 50/60/70 do século passado; através da descrição de episódios de vida por parte dos participantes. A actividade teve o apoio da Associação Estrela Pereirense e Associação Alcance, e foi organizada pelo estagiário José Manuel Simão do 3.º ano do curso de Educação Social da Universidade do Algarve; e que desenvolve actualmente o respectivo estágio curricular na Associação Alcance. Além da promoção do convívio social, a actividade teve como objectivo despertar nas pessoas mais

Serão contou com 40 participantes e foi promovido por estagiário de Educação Social velhas as suas vivências, e nas populações mais novas a descoberta e reflexão sobre a riqueza cultural da oralidade tradicional.

Primeira de muitas actividades Sendo a primeira actividade realizada na Casa do Ferreiro, este serão

cultural foi também o primeiro de um conjunto de iniciativas similares, que, de futuro, a Associação Estrela Pereirense se propõe realizar no referido espaço. José Manuel Simão, por sua vez, afirmou que “com o conjunto de outras actividades similares a desenvolver no âmbito do estágio, pretende-se incentivar as associa-

ções locais a desenvolver eventos do género, como forma de promover e salvaguardar a identidade cultural que até há bem pouco tempo moldou a vida das comunidades da região, e que actualmente apenas sobrevive nas recordações do mais idosos”. A iniciativa contou com o apoio da câmara municipal de Alcoutim.

  A G E N D A C U LT U R A L   Acção Champimovel Cápsula 4D – Corpo Humano da Fundação Champalimaud De 4 a 8 de Julho em Castro Marim Inscrições 281510778/281531701

EV ENTOS Alcoutim Dia Mundial da Criança 1 Junho Escolas de Martinlongo Mercado de Vaqueiros 9 Junho Exposição: «Do Tear à Agulha» Até 14 Junho Casa dos Condes Baile de acordeão 17 Junho Zambujal

Exposição cursos socioeducativos «Mais Saber» De 17 de Junho a 15 de Julho Casa dos Condes Feira do Corpo de Deus 23 Junho Martinlongo

Mercado do Pereiro 26 Junho Feira de São Pedro 29 Junho Vaqueiros

Castro Marim «Avô Cantigas» 1 Junho Biblioteca Municipal

«Sábados na Biblioteca» Criações plásticas; 1 a 30 Junho, 15h Biblioteca Municipal

Excursão Porto 10,11, 12 Junho – Freguesias do concelho Festival Internacional do Caracol 10, 11 e 12 Junho Castro Marim

Tertúlia a Palavra Sexta à Noite Feriado Municipal «Noite de S. João» 23 e 24 Junho Castro Marim 24 Junho, 21h30 Casa dos Condes Concerto Filarmónicas nos Monumentos Festival de Folclore e Feira de Banda Castro Marim Artesanato de Martinlongo 25 Junho, 18h Forte de S. Sebastião 25 Junho

III Mostra Gastronómica de Cacela «Entre a serra e o mar» 10 Junho a 3 Julho Restaurantes da Freguesia de Vila Nova de Cacela

Tertúlia JBG «Junho, mês da Criança» 17 Junho, 17h30 Biblioteca Municipal

«24 horas pelo voluntariado» - Comemorações Ano Europeu Voluntariado - Caiação do muro que circunda a Aldeia 3 Junho, 8h30 - 17h30 Cacela Velha «Colecção de Afectos» Concerto musical de angariação de fundos para o Centro de Acolhimento VRSA Centro Cultural António Aleixo 8 Junho, 21h

Audição de Fim de Ano do Conservatório Regional de VRSA 9 Junho, 21h Centro Cultural António Aleixo

«Imigrantes: um caminho de esperança»

1º Passeio BTT 12 Junho, 9h Complexo Desportivo VRSA Org. Núcleo Sportinguista de VRSA Clube de Leitura «Livros Mexidos» 16 Junho, 18h Biblioteca Municipal

Vaivém do Oceanário 7 a 12 Junho Castro Marim Org: Oceanário de Lisboa 38º Aniversário Clube Recreativo Alturense 10 Junho, 10h – 00h Altura

POR CÁ ACONTECE

Santos Populares – Mastros Junho e Julho Concelho de Castro Marim

VRSA

O Encontro de Genealogistas 2011 aconteceu em Castro Marim no passado dia 21 de Maio. Renato Celorico Drago, um dos organizadores do Encontro e anfitrião da quinta edição desta iniciativa fez as honras da casa e antes da reunião habitual dos genealogistas levou-os a conhecer pelo concelho de Castro Marim. A visita prolongou-se pelo Castelo de Castro Marim, igreja de São Bartolomeu – onde se encontra o túmulo do primeiro casal da família Drago; família essa que está em Castro Marim há 600 anos; depois o almoço teve lugar na barragem do Beliche. À tarde a sessão onde os genealogistas aproveitam para dar conta dos trabalhos que têm desenvolvido ao longo do ano aconteceu no Revelim de Santo António. “Há cada vez mais amantes da genealogia”, afirma Renato Drago que há 25 anos se apaixonou pela história da sua família, referindo ao JBG que “se encontram adeptos cada vez mais jovens”. O grupo que se deslocou este ano a Castro Marim era composto por perto de 60 pessoas, oriundas de todo o país.

Concerto Solstício de Verão - «O Espectáculo – uma ópera grelhada» 21 Junho, 21h30 Túmulo Megalítico de Santa Rita Apresentação de livro «Memórias: um combate pela liberdade» de Edmundo Pedro 24 Junho, 18h Biblioteca Municipal Mercadinho de Verão 26 Junho, 17h – 23h Cacela Velha

Até dia 3 de Junho vai estar patente, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas em Vila Real de Santo António, a exposição fotográfica – Roteiros de Saúde para Todos «Imigrantes: um caminho de esperança». A organização é do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII), juntamente com a Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de VRSA. Os trabalhos fotográficos são da autoria de Ana Red, Carlos Sousa e Nunes de Freitas com inauguração no último dia 20 de Maio. Esta exposição foi realizada no âmbito dos Roteiros da Saúde para todos os Imigrantes e aborda as temáticas da Saúde Respiratória e Saúde-Materno Infantil.


JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2011 |

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C ULTUR A

Glória suspende sessões de cinema Em Setembro de 2010 o Glória F.C. tinha retomado as sessões de cinema. Mas passados cerca de oito meses a adesão era pouca e tornou o projecto inviável. Agora só um apoio da autarquia poderá fazer voltar a sétima arte a esta sala. Tal como o JBG anunciou o cinema estava de volta a Vila Real de Santo António. Mas a fraca adesão dos vilarelenses fez com que as receitas não cobrissem as despesas e em Maio último, Júlio de Brito, presidente do Glória, anunciou ao nosso jornal que as sessões seriam suspensas. “É com muita pena, mas não podemos fazer mais nada porque as pessoas não aderiram à iniciativa”. Apesar do preço de entrada rondar os quatro euros, os adeptos da sétima arte não acompanharam o ritmo de um filme com três sessões por semana. “As películas exibidas, depois de estreadas, chegavam a Vila Real de Santo António num máximo em 20 dias”, garantiu-nos Júlio de Brito. Este responsável tem estado em

I Mostra de Teatro Escolar do Baixo Guadiana No próximo dia 11 de Junho o auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim vai receber a «1.ª Mostra de Teatro Escolar do Baixo Guadiana». Trata-se de uma organização do grupo «TeaTroTeca» da EB 2,3 de Castro Marim, do CLDS do Baixo Guadiana e do JBG. A mostra vai realizar-se ao longo da tarde e noite. Pretende-se que à tarde haja lugar para workshops/ tertúlias à volta do teatro e à noite, previsivelmente, a partir das 21 horas tenha lugar a mostra. As actuações vão caber a grupos de EB 2,3 D. José I, EB 1 Altura, EB 2,3 de Castro Marim e Escola Secundária de VRSA. Como convidados vão estar: «Grupo do Oprimido do Algarve», do Núcleo Paulo Freire da Universidade do Algarve, e, a confirmar, o grupo de teatro «Grito D’Alegria» da associação homónima, de Giões, Alcoutim. A mostra conta com os apoio da câmara municipal de Castro Marim e do Rotary Club de VRSA. A entrada é gratuita. Contacte 966902856/966917649 ou baixoguadiana@gmail.com/pedroftavares@sapo.pt

negociações com a câmara municipal e em cima da mesa pode estar um possível apoio para este projecto.

92 anos e a festa começa às 10h00 com o hastear da bandeira. A Banda de VRSA e a Tuna «Gente Gira» prometem animar.

Teatro até Agosto Durante os meses de Junho, Julho e Agosto o Glória vai receber o espectáculo «Gerações» do «II Acto Produções Teatrais», de VRSA. Um espectáculo dedicado aos anos 60, 70 e 80. Foi, aliás, no Glória que se realizou o casting aos actores para o elenco. Na área da música o grupo «Cantar de Amigos» vai realizar um concerto no próximo dia 12 de Junho nesta sala. O espectáculo tem início marcado para as 16h30. A 19 de Junho o Glória comemora

Júlio de Brito lamenta fraca adesão ao cinema em VRSA

Encontro de Idosos em Alcoutim No passado dia 21 de Maio realizou-se em Alcoutim o primeiro Encontro Transfronteiriço de Idosos, que juntou cerca de 130 pessoas, portugueses e espanhóis de Sanlúcar de Guadiana. Naturalmente que a maior parte do público foram os utentes do Lar e Centro de Dia de Alcoutim, local onde decorreu o evento organizado pela Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlucar (ATAS). Associação que procura unir através de laços culturais e de fraternidade os dois povos banhados pelo Guadiana. Para os 74 utentes do Lar e Centro de Dia foi um momento de grande confraternização, de música, dança, emfim uma tarde diferente! O evento contou com a animação musical do Grupo de Cantares da Santa Casa da Misericórdia de Silves que cantou música tradicional portuguesa e cinco músicas

seguiu-se a leitura de poemas por poetas algarvios e andaluzes. O som da guitarra e do acordeão ritmaram o serão poético. No Domingo, no cais da vila de Alcoutim, decorreu o segundo dia do encontro, onde se juntaram cerca de 50 pessoas, entre poetas, populares e outros participantes. Um recital poético e musical com a participação de poetas populares portugueses e espanhóis preencheu a tarde que terminou num piquenique comunitário.

A Casa dos Condes em Alcoutim recebeu no início de Maio a apresentação do livro «Simbiose Telúrica dos Fragmentos do Ser, Reflexos e Reflexões Poéticas», de Manuel Madeira. A iniciativa, da Associação ATAS (Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar) e com o apoio da câmara municipal de Alcoutim, contou com a apresentação de Carlos Brito, ex-deputado comunista, e de Maria Luísa Francisco, professora universitária e investigadora em Sociologia Rural. Manuel Madeira vive em Olhão mas tem uma moradia na povoação de Penteadeiros, concelho de Alcoutim, onde se refugia muitas vezes para se inspirar e escrever. «Um nosso vizinho», afirmava Carlos Brito quando apresentava o poeta como um “cidadão ilustre e invulgar” e “um militante da cultura”, referindo-se aos tempos de luta contra a ditadura salazarista, em que se conheceram. Manuel Madeira, bastante emocionado, agradeceu a todos pela presença e autografou alguns livros, encerrando este serão cultural.

«Gerações» do II Acto Para os 74 utentes do Lar foi um momento de grande confraternização espanholas e no final da actuação interpretou uma música com letra inédita dedicada às gentes de Alcoutim. Este foi um momento alto que emocionou os presentes e que foi muito aplaudido, tendo sido pedida cópia da letra por alguns participantes no evento, que querem cantar

esta nova canção que tão bem retrata Alcoutim. Na próxima edição publicaremos a letra no JBG. Foi uma actividade que ultrapassou as expectativas e que a organização pretende repetir, pois elevou o verdadeiro espírito transfronteiriço.

IV Encontro Ibérico de Poetas Populares Realizou-se no fim-de-semana de 14 e 15 de Maio o «IV Encontro Ibérico de Poetas Populares Algarve Andaluzia». A organização foi da Associação Alcance e Núcleos Paulo Freire das Universidades do Algarve e de Sevilha. O encontro começou no Sábado, com uma recepção no Hotel Guadiana, onde estiveram o presidente da câmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, o professor Emílio Villegas e Carlos Brito. Depois do jantar, com recital poético e musical,

Manuel Madeira na Casa dos Condes

Poetas populares animaram cerca de 50 pessoas em Alcoutim

O «II Acto» volta ao palco já em Junho com o espectáculo «Gerações». Trata-se de uma homenagem aos anos 60, 70 e 80. O «Gerações» vai prolongarse pelos meses de Junho, Julho e Agosto. “Em cada mês celebramos uma geração”, explica Diogo Chamorra da produção que sente que “é um bom presságio para o grupo voltar à sala mítica do Glória”. Foi também nesta sala que alguns dos membros do grupo começaram há cinco anos atrás. “Para este espectáculo estão reservadas algumas surpresas”, diz o jovem que recorda que no dia 28 de Maio foi realizado um casting para captar novos talentos a integrar na produção. «Gerações» promete “apaixonar as várias gerações e conta com muita música, dança e teatro”. Para esta produção está já prometida a parceria com o grupo de dança espanhola de Gracia Diaz. O primeiro espectáculo está marcado para os dias 24 e 25 de Junho à noite. Mais informações sobre horário disponíveis em www.segundoacto.webnode.com.pt


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2011

PASSATEMPO S

Autor: João Raimundo

Quadratim - n.º 84 Todos os PORTUGUESES devem sentir-se orgulhosos de terem sido dois, os clubes lusos finalistas da Liga Europa de Futebol; não podemos esquecer que até à meias-finais eram três. Mas não há bela sem senão e assim a maior tristeza é não terem existido bandeiras portuguesas a inundar o recinto desportivo em solo estrangeiro.

Jogo da Paciência n.º 90 “MARCHAS DE LISBOA 2011”

1) 2) 3) 4) 5)

Alcântara Alfama Alto (do) Pina Bairro Alto Baixa (de Lisboa)

Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro da Bandeira Gloriosa de Portugal!

6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14)

Beato Bela Flor Belém Bica Campolide Carnide Castelo Graça Madragoa

15) Marvila 16) Mouraria 17) Olivais 18) Penha (de) França 19) Santa Engrácia 20) São Vicente (Padroeiro de Lisboa)

Soluções Jogo da Paciência - n.º89

umas linhas para a alma...

a GUADI apela

´

“Comer bem é mais barato”

´ A Celulite

O aparecimento de celulite deve-se a uma combinação de factores genéticos, alimentares e de estilo de vida. Os últimos dois são aqueles onde pode, e deve, intervir. O principal factor para aparecer a celulite é o simples facto de se ser mulher. O tecido adiposo da mulher é naturalmente predisposto a ter celulite e as hormonas femininas têm um papel importante nesse processo. Estas características são normais na mulher, e podemos considerar que a presença de celulite, embora um processo que incomoda muito a autoestima feminina, é quase uma situação natural, embora não obrigatória, da condição da mulher.Os cuidados com a alimentação e a prática regular de exercícios deverão ser mantidos toda a vida. O que é possível para melhorar a celulite? Para além de prática de exercício físico e beber muita água, cerca de 2 a 2,5lt por dia, tente ter uma alimentação variada e equilibrada, rica em fruta, legumes, carnes magras e leite, lacticínio e leite magros ou meio gordo, pão, arroz, massa em quantidades razoáveis. Deve ter cuidados com alimentos gordurosos (salgados, manteiga, queijos) e doces. Ter atenção ao sal na alimentação, que provoca retenção de líquidos, ao álcool e tabaco.

a DECO informa No passado dia 15 de Março arrancou a Campanha “COMER BEM É MAIS BARATO” criada pela Fundação Calouste Gulbenkian, pela Fundação EDP e pela SIC, com o apoio da DECO e da Associação Portuguesa de Nutricionistas, tendo como objectivo contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas e da população em geral. O mote da campanha centra-se em dois vectores fundamentais: uma alimentação mais equilibrada e saudável, por menos dinheiro. Baseia-se nos factores socioeconómicos que conduziram a mudanças radicais na sociedade portuguesas, alterando modos de vida, hábitos e costumes alimentares, a par das dificuldades da crise económica. Contando com a coordenação científica da Professora Isabel do Carmo, um grupo de nutricionistas e especialistas em custos elaborou um conjunto de receitas completas e equilibradas, pelo valor de um euro, de modo a tornar mais eficiente a qualidade nutricional e a economia alimentar das pessoas. No próximo dia 28 de Maio terá lugar uma sessão aberta ao público, no Jardim Manuel Bívar, em Faro, que contará com a presença de especialistas em nutrição e outros convidados. Nesse sábado serão confeccionadas, pelo “Chef André” da SIC, ementas simples e nutricionalmente completas no valor de 1 euro. Pelas 09h00, o “Chef André” deslocar-se-á ao Mercado Municipal de Faro para aconselhar as pessoas sobre a compra dos alimentos e posteriormente, pelas 11h, preparará a ementa do dia, no Jardim Manuel Bívar, para que todos possam aprender a confeccioná-la. Está ainda prevista a distribuição gratuita de um livro com as receitas divulgadas durante a campanha, elaboradas pelos especialistas da Associação Portuguesa de Nutricionistas e cujos preços foram calculados pelos técnicos da DECO.

Ana Brás dietista

Susana Correia jurista

A GUADI – Centro de Recolha de Animais, na sua missão de defender os direitos dos animais e promover o seu bem estar, apela ao exercício de uma cidadania mais responsável e participativa, através de : Voluntariado Família de Acolhimento Temporário (FAT); Participação em Campanhas de Sensibilização e Adopção; Visitas ao Centro de Recolha Animal – CRA (canil/gatil); Adopção e Apadrinhamento de animais do CRA; Não Abandono de animais; Torne-se sócio da Guadi, contribuindo monetariamente.

Adopção NIB da Guadi para donativos - 0035 0234 0000 6692 1300 2 Caixa Geral Depósitos GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com


Carla Isabel Madeira Romeira

Bolsas de Estudo

Total João Pedro Viegas

Total Joel Filipe Pereira Romeira

Apoio à Feira "Terra de Maio"

Incentivo a Natalidade

Entidade

Objectivo

Quota Anual

Total Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal

Montante

100,00 €

OP

1384

Data Pagamento

27-10-2010

100,00 € Subsidio Extarordinario as IPSS do Concelho

Projecto da Unidade de Cuidados Conctinuados

Total

2.500,00 € 15.000,00 €

5526

28-12-2010

3164

10-11-2010

5524

28-12-2010

5523

28-12-2010

5522

28-12-2010

5521

28-12-2010

17.500,00 €

Sapal Verde-Assoc.Nat.Amig.CastMarim

Subsidio Extarordinario as IPSS do Concelho

Total

2.500,00 €

2.500,00 €

Santa Casa da Mesericordia de Castro Marim

Subsidio Extarordinario as IPSS do Concelho

Total Associação dos Amigos e Naturais do Azinhal

2.500,00 € Subsidio Extarordinario as IPSS do Concelho

Total Associação Cegonha Branca

Total Subsidio -Procissão das Velas

Total

7.961,08 €

3161

02-11-2010

5513

21-12-2010

2811

19-07-2010

7.961,08 € Desenvolvimento Desportivo e Cultural

União Desportiva Castromarinense

1.500,00 €

1.500,00 € Subsidio Extraordinario-Medievais 2010

União Desportiva Castromarinense

2.500,00 €

2.500,00 €

Total CCD Centro Cultura Desporto Pessoal CMCM

2.500,00 €

2.500,00 € Subsidio Extarordinario as IPSS do Concelho

Fabrica da Igreja Paroquial do Azinhal

2.500,00 €

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

19.000,00 €

5519

20-12-2010

Casa do Povo de Azinhal

Apoio destinado aos Mastros Populares

750,00 €

3185

04-10-2010

Casa do Povo de Azinhal

Apoio destinado aos Mastros Populares

400,00 €

2621

08-07-2010

Total

Casa do Povo de Azinhal

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

Total Fabrica da Igreja Paroquial de Odeleite

Apoio à Processão das Velas em Odeleite

4623

28-10-2010

1.500,00 €

2810

28-07-2010

1899

29-10-2010

1.500,00 € Protocolo de Colaboração

Total Clube Recreativo Alturense

2.500,00 €

3.650,00 €

Total Associação Musical do Algarve

21.000,00 €

40.000,00 €

1.250,00 €

1.250,00 € 15.000,00 €

4611

09-12-2010

Clube Recreativo Alturense

Animação Desporitva de Praia

5.400,00 €

3158

30-08-2010

Clube Recreativo Alturense

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

Animação Desporitva de Praia

1.500,00 €

4620

09-12-2010

4613

09-12-2010

Total

21.900,00 €

Putos da Rua Futebol Clube

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

Total

4.500,00 €

4.500,00 €

Sociedade Recreativa Popular

Apoio destinado aos Mastros Populares

Sociedade Recreativa Popular

Apoio ao Festival de Bandas de Castro Marim

Sociedade Recreativa Popular

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

Total

200,00 €

2620

27-07-2010

3.000,00 €

3160

27-07-2010

5.000,00 €

4617

21-12-2010

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

6.000,00 €

4612

25-10-2010

Campesino Recreativo Futebol Clube

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

8.000,00 €

2812

07-07-2010

Total para o Desenvolvimento do Ba para o Desenvolvimento do Ba para o Desenvolvimento do Ba para o Desenvolvimento do Ba

60.000,00 €

2895

07-07-2010

Protocolo de Colaboração

76.125,00 €

3624

02-08-2010

Apoio ao Projecto + Inclusão - Programa CLDS

53.150,00 €

3285

23-07-2010

15.125,00 €

5528

17-12-2010

Projecto Tambor Mágico

Total

4.750,00 €

3992

10-09-2010

2618

28-07-2010

209.150,00 €

Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora

Apoio destinado aos Mastros Populares

400,00 € 1.250,00 €

3184

02-11-2010

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

4.000,00 €

4621

15-12-2010

Total

5.650,00 € Apoio destinado aos Mastros Populares

200,00 €

2619

28-07-2010

Associação de Pesca Desportiva de Castro Marim

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

2.500,00 €

4622

03-12-2010

Total

2.700,00 € Apoio destinado aos Mastros Populares

400,00 €

2622

28-07-2010

Clube de Junqueira

Apoio destinado aos Mastros Populares

500,00 €

3186

28-10-2010

400,00 €

2623

28-07-2010

2.500,00 €

3162

25-11-2010

2624

28-07-2010

Total

900,00 €

Clube de Caçadores e Pescadores das Furnazinhas Clube de Caçadores e Pescadores das Furnazinhas

Apoio destinado aos Mastros Populares Comparticipação na Aquisição de Tractor Agricola

Total Apoio destinado aos Mastros Populares

Total

400,00 €

400,00 €

2625

28-07-2010

7.500,00 €

4614

09-12-2010

Total

Clube Desportivo Recreativo e Cultural de Odeleite

Apoio destinado aos Mastros Populares Apoio a Motociclista

400,00 €

2617

28-07-2010

3742

28-10-2010

Associação Associação Associação Associação

Social Social Social Social

da da da da

Freguesia Freguesia Freguesia Freguesia

de de de de

Odeleite Odeleite Odeleite Odeleite

Apoio ás comemorações do 1º de Maio Subsidio Extarordinario as IPSS do Concelho Aulas de Ginastica e Massagens Fisioterapeuticas Festa de N.Senhora da Visitação Comparticipação na Aquisição de Viatura

Total Ass.p/estudo da diabetes Mellitus a apoio ao doente Diabetico

Protocolo

Bolsas de Estudo

Bolsas de Estudo Bolsas de Estudo Bolsas de Estudo

Total Bolsas de Estudo

Bolsas de Estudo Bolsas de Estudo

Realização do Carnaval em Altura

Incentivo a Natalidade

Maria do Carmo da Rosa Silva Cavaco

Incentivo a Natalidade

Incentivo a Natalidade

Unicef Comite Portugues

Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Associação Humanitaria Bombeiros Voluntarios de VRSA

Incentivo a Natalidade

Rosa Maria Afonso Cavaco Fernandes

Telma Sofia Branco Joao Rua

750,00 €

1.250,00 € 50,00 € 50,00 € 750,00 € 750,00 € 30,00 € 30,00 €

Apoio a aquisição de material escolar

Anabela da Encarnaçao Fernandes Noia Valdemar Martins Gracias Padeiro Celia Maria Madeira Lourenço Pereira Rita Alexandra Bandarra Leal Jesus Gonçalves

Apoio a aquisição de material escolar

Carla Maria Da Rosa Duarte Martins

Ludmila Zagorodnivc

Maria Helena Nunes Fonseca

Apoio a aquisição de material escolar

Apoio a aquisição de material escolar

Apoio a aquisição de material escolar

26-11-2010

3940

02-11-2010

3941

02-11-2010

3942

02-11-2010

3943

02-11-2010

Atribuiçao de Premio-2ª ediçao do Festival Jovens talentos

Atribuiçao de Premio-2ª ediçao do Festival Jovens talentos Atribuiçao de Premio-2ª ediçao do Festival Jovens talentos Atribuiçao de Premio-2ª ediçao do Festival Jovens talentos

11-11-2010

4785 4786

30-11-2010 30-11-2010

5006 4791

30-11-2010 30-11-2010

4825 5020

30-11-2010 30-11-2010

4831

30-11-2010

15-12-2010

26.080,92 €

1.648,00 €

4998

11-11-2010

1586

27-10-2010

50,00 €

5015

17-12-2010

30,00 € 30,00 €

4822

21-12-2010

4826

21-12-2010

30,00 € 30,00 €

4829

21-12-2010

4846

50,00 € 50,00 €

21-12-2010

5011 5016

21-12-2010 21-12-2010

30,00 €

4824

22-12-2010

30,00 €

30,00 €

4836

22-12-2010

4830

27-12-2010

50,00 € 30,00 €

5007

27-12-2010

4784

30,00 €

28-12-2010

4823

30,00 €

28-12-2010

4835

28-12-2010

30,00 € 50,00 €

5012

28-12-2010

5014

28-12-2010

50,00 €

5017

02-12-2010

30,00 €

4803

03-12-2010

30,00 € 30,00 €

4807

03-12-2010

4812

30,00 €

03-12-2010

4815

03-12-2010

30,00 € 30,00 €

4816

03-12-2010

4817

30,00 € 30,00 €

03-12-2010

4818 4819

03-12-2010 03-12-2010

250,00 €

4850

03-12-2010

180,00 €

4851

03-12-2010

500,00 €

4852

03-12-2010

500,00 € 180,00 €

4853

03-12-2010

250,00 €

4854

03-12-2010

500,00 €

4855

03-12-2010

5010

03-12-2010

4809

06-12-2010

4813

06-12-2010

4814

06-12-2010

4847

06-12-2010

500,00 € Apoio a aquisição de material escolar

50,00 €

50,00 € Apoio a aquisição de material escolar

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

50,00 €

5008

06-12-2010

50,00 € Apoio a aquisição de material escolar

50,00 €

5009

06-12-2010

4792

07-12-2010

4801

07-12-2010

50,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

5106

5434

250,00 €

Total

Total

100,00 €

180,00 €

Total

Elsa Cristina Palma Santos

28-10-2010 16-12-2010

180,00 €

Total

Natalia da Conceiçao Nascimento Morgado Gomes

02-12-2010

2245 4263

30,00 €

Total

Maria de Fatima Lourenço Cravinho

4844

60,00 €

Total

Maria de Fatima Lourenço Cravinho

30,00 € 300,00 € 1.875,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total

Sebastiana Zamfira Martins

02-12-2010 02-12-2010

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Atribuiçao de Premio-2ª ediçao do Festival Jovens talentos

Zelia Maria Guerreiro Dias

4797 4798

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Keila Evangelista Tomas Agostinho

30,00 € 30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Angelika Makarova

02-12-2010 02-12-2010 02-12-2010

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Susana Isabel Rodrigues Ribeiro

4788 4789 4790

30,00 €

Atribuiçao de Premio-2ª ediçao do Festival Jovens talentos

Antonio Manuel Saboia

30,00 € 30,00 € 30,00 €

50,00 €

Total Total

02-12-2010

50,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Hermenegildo de Brito Vaz Guerreiro

02-12-2010

4787

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Svetlana Vrabie

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Isabel Maria Miguel Correia Brito Fernandes

4783

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Maria Nunes dos Santos Maria Nunes dos Santos

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Maria Manuela Lazaro Mariano Joadas

50,00 €

50,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

5224

11-11-2010

30-11-2010 30-11-2010

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

02-11-2010 02-11-2010

4825 5020

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

Analisa de Fatima dos Santos Martins

3939

30,00 € 50,00 €

30,00 €

Total

Maria del Mar Gonzalez vasquez

4424 4425

30-11-2010 30-11-2010

100,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total

20-08-2010

02-11-2010

5006 4791

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total Maria Joao Bartolomeu Estevão

20-08-2010

3946

50,00 € 30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Luciana Vargas Ribas Rocha

50,00 € 30,00 €

Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

30,00 € 50,00 €

80,00 € Apoio a aquisição de material escolar

30,00 €

25

P UBLIC IDAD E CARTÓRIO NOTARIAL DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL DE AMÉLIA DE BRITO MOURA DA SILVA CERTIFICA, para efeitos de publicação, nos termos do disposto do artigo cem, número um do Código do Notariado, que no dia treze de Maio de dois mil e onze, a folhas sete e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número dezassete deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, em que NÍDIA DIONÍSIA AFONSO DIAS e marido ANTÓNIO DA PALMA DIAS, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, residentes na Rua S. João Brito, 49,freguesia de Loulé (S. Clemente), concelho de Loulé, contribuintes fiscais números 122.789.989 e 124.507.433, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: I) Rústico, sito em Presas, composto por terra de mato com árvores e leitos de curso de água, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, que confronta de norte com Herdeiros de Manuel Afonso, de sul com Solange dos Santos Horta, de nascente com ribeira e de poente com Garcia dos Santos, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 21, secção 123, com o valor patrimonial de oitenta e um euros e setenta cêntimos, que é o atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. II) Rústico, sito em Barranco das Figueiras, composto por terra de cultura com árvores, que confronta de norte e sul com José Cardeira Martins, de nascente com Herdeiros de José Simão Gonçalves e outro e de poente com Deonilde Horta Simão, com a área de vinte mil cento e vinte metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6, secção 111, com o valor patrimonial de quatrocentos e trinta e oito euros e vinte e quatro cêntimos, que é o atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. Que os prédios identificados nas verbas um e dois vieram à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, por partilha meramente verbal feita com os demais interessados por óbito de João Afonso e mulher Maria José, pais da outorgante mulher, casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram no sítio de Barroso, Martim Longo, Alcoutim, partilha essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública. Que desde essa data e sem qualquer interrupção, entraram na posse dos referidos prédios, pessoalmente e em nome próprio, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente cultivando e colhendo os frutos, pagando os impostos, procedendo assim, como seus donos e senhores, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pelo que exerceram uma posse pacífica, contínua e pública e isto, como se disse, por prazo superior a vinte anos. Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram os ditos prédios por USUCAPIÃO, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original na parte transcrita. São Brás de Alportel, treze de Maio de dois mil e onze. A Notária, (Amélia de brito Moura da Silva) CONTA REGISTADA SOB O Nº PA 0474/2011

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Junho 2011

30,00 €

Total

3159

02-11-2010

30-11-2010 30-11-2010

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Alexandra Correia Bandeira Cristo

3153

3945

11-11-2010

4785 4786

50,00 €

Total

20-09-2010

02-11-2010

30,00 € 30,00 €

1.648,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Susana Cristina Lino Cavaco Neves Conceição Susana Cristina Lino Cavaco Neves Conceição

2482

3944

11-11-2010

5106

26.080,92 €

Total

20-09-2010

80,00 €

Total Maria Manuela Pereira Horta Saloio

1.250,00 €

Protocolo

Quotização

Total

Ana Paula Guerreiro Leal da Silva

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2011 |

30,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

30,00 €

30,00 €

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIM A cargo da Adjunta de Notário Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje neste Cartório Notarial, a folhas setenta e cinco, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “trinta e três – D”, Joaquim Dias Marques, N.I.F. 178 160 660, solteiro, maior, natural da freguesia de Giões, concelho de Alcoutim, onde reside em Clarines: Que é dono e legítimo possuidor com exclusão de outrem dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Giões, concelho de Alcoutim, inscritos na matriz cadastral em nome dele justificante, aos quais atribui valores iguais aos patrimoniais tributários e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim: a)Prédio sito em Cerro da Nossa Senhora, composto por cultura arvense, com a área de trinta e seis mil oitocentos e oitenta metros quadrados, que confronta do norte com José Fernandes Pereira, do sul com Custódia Maria, do nascente com Sebastião Godinho e poente com barranco, inscrito na matriz cadastral, sob o artigo número 11 da secção 006, com o valor patrimonial tributário de trezentos e um euros e noventa e sete cêntimos; b)Prédio sito em Serro da Nossa Senhora composto por cultura arvense, mato e leitos de curso de água, com a área de trinta e sete mil quatrocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com José Pedro, do sul com José Alho, do nascente com Sebastião Godinho e poente com José Gomes, inscrito na matriz cadastral sob o artigo nº 20 da secção 006, com o patrimonial tributário de duzentos e quarenta e oito euros e dez cêntimos; c)Prédio sito em Poço do Velho, composto por cultura arvense e oliveiras, com a área de novecentos e vinte metros quadrados, que confronta do norte com José Fernandes Pereira, do sul e nascente com via pública e poente com Virgínia Maria, inscrito na matriz cadastral, sob o artigo número 76 da secção 003, com o valor patrimonial tributário de noventa euros e noventa e oito cêntimos; d)Prédio sito em Reguengo, composto por cultura arvense e amendoeiras, com a área de quinze mil e sessenta metros quadrados, que confronta do norte com António Gomes, sul com Manuel Barão, nascente com António Domingos e poente com Joaquim Gomes, inscrito na matriz cadastral, sob o artigo número 56 da secção 006, com o valor patrimonial tributário de cento e trinta e um euros e quarenta e oito cêntimos; e)Prédio sito em Sítio dos Reguengos, composto por cultura arvense, com a área de quatro mil cento e setenta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Barão, do sul e nascente com via pública e poente com José Fernandes Pereira, inscrito na matriz cadastral, sob o artigo número 70 da secção 006, com o valor patrimonial tributário de trinta e quatro euros e doze cêntimos. f)Prédio sito em Cerca da Ladeira, composto por cultura arvense, amendoeiras e oliveiras, com a área de mil metros quadrados, que confronta do norte com estrada, do sul e poente com caminho público, do nascente com Manuel Estêvão, inscrito na matriz cadastral, sob o artigo número 65 da secção 007 com o valor patrimonial tributário de catorze euros e trinta e sete cêntimos. g)Prédio sito em Rocinha, composto por cultura arvense, figueiras, oliveiras, amendoeiras, citrinos e horta, com a área de novecentos e vinte metros quadrados, que confronta do norte com José Fernandes Pereira, do sul com Maria Rosa, do nascente com José Gome Alves e poente com barranco, inscrito na matriz cadastral, sob o artigo número 87 da secção 003, com o valor patrimonial tributário de cento e dez euros e noventa e três cêntimos. Que para efeitos fiscais o presente acto tem o valor de novecentos e trinta e um euros e noventa e cinco cêntimos. Que os prédios supra identificados lhe pertencem por os haver adquirido em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e um, por compra verbal e nunca reduzida a escrito, feita a Maria Custódia, viúva, e residente na freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, não dispondo ele justificante de título formalmente válido que comprove tal compra. Que, no entanto, desde que a mesma foi efectuada até à presente data, portanto há mais de vinte anos, sempre ele justificante, esteve na posse e fruicção dos citados imóveis, ininterruptamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizar e fruir coisas exclusivamente suas, adquiridas do anterior proprietário, pagando as respectivas contribuições e impostos, fazendo sementeiras, plantações e culturas nos referidos prédios, emfim deles retirando todos os seus normais frutos, produtos e utilidades. Que em consequência de tal posse, em nome próprio, pacífica, pública e contínua, adquiriu os ditos prédios por usucapião, que, expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo. Está conforme o original. Cartório Notarial de Alcoutim, aos onze de Março de dois mil e onze. A Adjunta do Notário, em substituição legal, (Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão)

Conta: Art 12 nº 1 a) 0,00 Conta Registada sob o nº 24

60,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total Maria das Dores Fernandes Noias Maria das Dores Fernandes Noias

1.250,00 €

3939

100,00 €

Total Renato Humberto dos Santos Apolonia

20-09-2010

750,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total Sofia Maria Martins Bandarra Sofia Maria Martins Bandarra

750,00 €

Subsidio -Combate á má Nutrição

Total

2490

750,00 €

Total Maria Armanda do Nascimento Morgado Maria Armanda do Nascimento Morgado

1.250,00 €

750,00 €

2.175,00 €

Total Nelia da Ascensao Rosa Pereira

2489

100,00 € Incentivo a Natalidade

Total Nelia Maria Fernandes Mestre

750,00 €

750,00 €

30,00 € Quota Anual Apoio para 2010

Total

20-09-2010

1.250,00 €

Total Irina Andreia Mesquita Teixeira Lebre de Freitas

250,00 €

Apoio a aquisição de material escolar

Total

2488

750,00 €

Total Suzel Alexandra Rosa Salas Estevão Suzel Alexandra Rosa Salas Estevão

812,06 €

1.920,00 €

02-11-2010 02-11-2010

60,00 €

Total Casa do Algarve-Associação Regionalista Casa do Algarve-Associação Regionalista

20-09-2010

1.250,00 €

Total Elisabete Cristina Correia Pereira

770,00 €

02-11-2010

4424 4425

90,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total

2487

1.250,00 €

Total Telma da Conceição Guerreiro

750,00 €

50,00 € 50,00 €

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total Fatima Alexandra Trindade Caiadas Fatima Alexandra Trindade Caiadas

20-09-2010

750,00 € Incentivo a Natalidade

Total Luis Filipe Viegas Ribeiro

690,00 €

02-11-2010

3946

30,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Mohammad Saleem Mohammad Saleem Mohammad Saleem

20-09-2010

1.250,00 € Incentivo a Natalidade

Total Nuria Vanessa Evangelista Pereira

670,00 €

3945

50,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Gina Maria Madeira Vaz

2485

750,00 € Incentivo a Natalidade

Total Ana Margarida Pereira da Palma

770,00 €

750,00 €

1.250,00 €

30-11-2010

2486

250,00 € Incentivo a Natalidade

Total Ana Rosalia Monteiro Nunes Vicente

750,00 € 670,00 €

1.920,00 € 2º Passeio de BTT Solidario

Total Segio dos Santos Romeira

20-09-2010 20-09-2010

812,06 € Apoio à Feira "Terra de Maio"

Total Associação Polisotavento

2483 2484

770,00 €

Total Junta de Freguesia de Azinhal

590,00 € 670,00 €

750,00 € Bolsas de Estudo

Total Junta de Freguesia de Altura

20-09-2010

690,00 € Bolsas de Estudo

Total Alexandra Isabel Valentim Lopes

2480

02-11-2010

80,00 € Apoio a aquisição de material escolar

Total Fatima Andreia Simoes Ferreira

670,00 €

Total Xavier João da Rosa Madeira

330,00 €

770,00 €

Total Vera Maria Anacleto Romão

20-09-2010

670,00 € Bolsas de Estudo

Total Tiago Miguel Pereira de Campos

2479

02-11-2010

3944

30-11-2010

750,00 € Bolsas de Estudo

Total Tiago André Samúdio Frade

320,00 €

1.250,00 €

5018

Total Ana Patricia Pena dos Santos Correia

Ana Sofia Santos Soares Antunes

670,00 €

Total Marta Filipa Xavier Martins Dias

20-09-2010 20-09-2010

590,00 € Bolsas de Estudo

Joel Filipe Pereira Romeira

2477 2478

02-11-2010

3943

30-11-2010

Sandra Maria Andrade Cesteiro

330,00 €

Total João Pedro Viegas

230,00 € 190,00 €

1.250,00 €

5019

13-12-2010

320,00 €

Total Carla Isabel Madeira Romeira

2772

190,00 €

Total Rodrigo José Madeira Pereira

1.500,00 €

02-11-2010

3942

4831

Ana Jose Oliveira Pires Mansinho

230,00 € Bolsas de Estudo

Total Núria Lourenço da Palma

28-07-2010 28-12-2010 10-11-2010 09-12-2010 10-11-2010

1.500,00 €

Total Inês Isabel Xavier Mascarenhas

2813 5525 3165 4264 3164

28.725,00 €

Total Ana Margarida Candeias Mestre

7.500,00 € 2.500,00 € 2.500,00 € 10.000,00 € 6.225,00 €

750,00 €

50,00 €

1.400,00 € Associação Social da Freguesia de Odeleite

02-11-2010

3941

30,00 €

Total

1.000,00 €

3940

Apoio a aquisição de material escolar

7.900,00 €

Clube Desportivo Recreativo e Cultural de Odeleite

750,00 € 1.250,00 €

Apoio a aquisição de material escolar

Total

Desenvolvimento Desportivo e Cultural

20-08-2010

26-11-2010

80,00 €

Total

Apoio destinado aos Mastros Populares

3159

5224

Maria Manuela Pereira Horta Saloio

400,00 €

Grupo Desportivo Recreativo e Cultural Leões do Su Futebol Clube Grupo Desportivo Recreativo e Cultural Leões do Su Futebol Clube

Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total

2.900,00 €

Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco

250,00 €

Maria Manuela Pereira Horta Saloio

Ana Patricia Guerreiro de Castro

Clube de Junqueira

1.920,00 €

80,00 €

Total

Associação de Pesca Desportiva de Castro Marim

20-08-2010

60,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total

Ligia Natalina Gonçalves Fernandes Romao

Apoio destinado aos Mastros Populares

20-09-2010

3153

750,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total Maria das Dores Fernandes Noias Maria das Dores Fernandes Noias

2482

750,00 € Incentivo a Natalidade

Total Sofia Maria Martins Bandarra Sofia Maria Martins Bandarra

Qualifica-AssocNacMunicProdValor e Quali

Protocolo de Colaboração

Evento Carnaval da Baia

Incentivo a Natalidade

Total Maria Armanda do Nascimento Morgado Maria Armanda do Nascimento Morgado

812,06 €

100,00 €

Total Nelia Maria Fernandes Mestre

770,00 €

1.250,00 € Apoio a aquisição de material escolar Apoio a aquisição de material escolar

Total Irina Andreia Mesquita Teixeira Lebre de Freitas

20-09-2010

750,00 € Incentivo a Natalidade

Total

14.000,00 €

para o Desenvolvimento do B.

Incentivo a Natalidade

Total Suzel Alexandra Rosa Salas Estevão Suzel Alexandra Rosa Salas Estevão

20-09-2010

2490

1.250,00 €

Total Elisabete Cristina Correia Pereira

8.200,00 €

Campesino Recreativo Futebol Clube

Odiana - Associação Guadiana Odiana - Associação Guadiana Odiana - Associação Guadiana Odiana - Associação Guadiana Odiana - Associação Guadiana

Telma da Conceição Guerreiro

750,00 €

1.250,00 € Incentivo a Natalidade

Total

Associação Portuguesa p/Segurança e Conservaçao de Pontes

20-09-2010

2489

750,00 € Incentivo a Natalidade

Total Luis Filipe Viegas Ribeiro

2488

1.250,00 € Incentivo a Natalidade

Total Nuria Vanessa Evangelista Pereira

690,00 €

750,00 € Incentivo a Natalidade

Total Ana Margarida Pereira da Palma

670,00 €

250,00 €

Total Ana Rosalia Monteiro Nunes Vicente

20-09-2010

1.920,00 € 2º Passeio de BTT Solidario

Total Segio dos Santos Romeira

2487

812,06 €

Total Associação Polisotavento

770,00 €

770,00 € Realização do Carnaval em Altura

Total Junta de Freguesia de Azinhal

20-09-2010 20-09-2010

750,00 € Bolsas de Estudo

Total Junta de Freguesia de Altura

2485 2486

690,00 € Bolsas de Estudo

Total Alexandra Isabel Valentim Lopes

750,00 € 670,00 €

670,00 € Bolsas de Estudo

Total Xavier João da Rosa Madeira

20-09-2010

770,00 € Bolsas de Estudo

Total Vera Maria Anacleto Romão

20-09-2010

2484

670,00 € Bolsas de Estudo

Total Tiago Miguel Pereira de Campos

2483

750,00 € Bolsas de Estudo

Total Tiago André Samúdio Frade

670,00 €

670,00 € Bolsas de Estudo

Total Marta Filipa Xavier Martins Dias

590,00 €

590,00 € Bolsas de Estudo

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Junho 2011


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2011

DESPORTO

ARCA promove BTT no Azinhal

No âmbito da Agenda Cultural para 2011, a Associação Recreativa e Cultural “Azinhal” (ARCA) realiza, dia 19 de Junho, o 2º Passeio BTT pelos “trilhos do Azinhal”, com início marcado para as oito da manhã. O Passeio de Todo-o-Terreno é constituído por 2 percursos – 25 e 40 Km – com graus de dificuldade e técnica fácil (2) e moderado (3) na escala de 1 a 5 respectivamente. O Passeio BTT pelos “Trilhos do Azinhal” tem a organização da Associação Recreativa e Cultural “Azinhal” (ARCA) e o apoio da Casa do Povo local. Para mais informações contactar a ARCA, através dos telemóveis: 93.3466812, 965807273, do Fax.281495189 e do e-mail: arca-

jornal record

Sporting subiu ao pódio do Atletismo Europeu Na Taça dos Clubes Campeões Europeus de atletismo, que decorreu a 28 e 29 de Maio, em VRSA as equipas feminina e masculina do Sporting foram, respetivamente, terceira e quarta classificadas. Depois de ter sido quarta em 2002, 2003 e 2009, a equipa feminina do Sporting subiu pela primeira vez ao pódio da competição, excedendo as expectativas.

As vitórias foram para a formação russa do Luch de Moscovo. A formação russa do Luch, campeã pela 14.ª vez, somou 99 pontos, contra 82 das turcas do Enke, bem reforçada com duas atletas estrangeiras. Vânia Silva, que também conseguiu mínimos para os Mundiais de Daegu (Coreia do Sul) e Naide Gomes foram as vedetas da equipa portuguesa.

Equipas leoninas triunfaram na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Atletismo

Baixo Guadiana sobre rodas

Humberto Fernandes

zinhal@gmail.com.

BTT pelo Núcleo do Sporting VRSA O 1.º passeio de BTT do Núcleo Sportinguista de Vila Real de Santo António vai acontecer já no próximo dia 12 de Junho. Vão ser dois percursos guiados; um passeio de cerca de 30 km, com «dificuldade baixa» e outro de 50 km com «dificuldade média». A concentração está marcada para as 07h45 na nave do Complexo Desportivo de VRSA. Depois do passeio há almoço convívio. As inscrições são limitadas a 150 participantes. Para inscrições estão disponíveis os seguintes contactos: nucleosportinguistavrsabtt@gmail.com/ 9651246287 ou 965634963

crónicas

II Challenge com os vencedores Num fim-de-semana, marcado pelo calor e bom tempo, as estradas do Baixo Guadiana, aliadas às do município de Tavira, receberam mais uma vez os melhores ciclistas nacionais, num conjunto de duas provas, XXI Troféu Restaurante Alpendre e a 6ª Clássica do Sotavento. A jornada velocipédica iniciou-se numa sexta-feira ao final da tarde [dia 20 de Maio] num extraordinário II Challenge Burger Ranch de Tavira, que levou para o circuito

citadino milhares de pessoas, para verem Bruno Lima (Onda/Boavista), vencer diante de Daniel Freitas (Barbot/Efapel), que foi segundo, e Samuel Caldeira (Tavira/Prio) o terceiro a cortar a linha de meta. No sábado, 21 de Maio correuse uma das provas mais clássicas do calendário nacional, o Troféu Restaurante Alpendre, que já vai na sua vigésima primeira edição, e tudo graças a um grande homem, e grande amante do ciclismo, de seu nome Rogério Domingos, que com muita «carolice» continua a levar esta prova para a estrada ano atrás ano. Esta foi uma prova a contar para a Taça de Portugal e com um total de 145,4 quilómetros

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia nove de Maio de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e trinta e cinco a folhas cento e trinta e nove do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Quinze - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu: Ulf Staffan Nordin, divorciado, natural da Suécia, de nacionalidade Sueca, residente em Rusthallarvagen 75, S230 41, Klagerup, na Suécia, contribuinte fiscal número 234 227 370, e pelo outorgante foi dito ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos localizados na freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho: a) Prédio sito no Cerro do Rojo, composto por mato e cultura arvense, com a área de treze mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Francisco Pereira Dias, a Sul com Custódio Gonçalves Anastácio, a Nascente com Alfredo Florêncio Gonçalves e a Poente com Manuel Gonçalves Anastácio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 10, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 77,87 euros; b) Prédio sito em Laranjeiras, composto por mato, cultura arvense e amendoeiras, com a área de oito mil e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com Barragem do Beliche, a Sul com Amândio Rodrigues Afonso e a Nascente com Manuel Francisco Florêncio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 18, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 69,09 euros; c) Prédio sito na Volta da Ribeira, composto por mato, com a área de treze mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Joaquim Correia e Bárbara Isabel Pereira, a Sul com Barragem do Beliche, a Nascente com João Gonçalves Pereira e a Poente com José Joaquim Correia, inscrito na matriz rústica sob o artigo 49, da secção E, com o valor patrimonial tributável de 28,01 euros; d) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por mato e cultura arvense, com a área de treze mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Gonçalves Anastácio, a Sul com Bárbara Isabel Pereira, a Nascente com Barragem do Beliche e a Poente Custódio Gonçalves Anastácio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 23, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 50,49 euros; e) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por mato, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Custódio Gonçalves Anastácio, a Sul e Poente com Barragem do Beliche e a Nascente com Bárbara Isabel Pereira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 26, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 0,41 euros; f) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por cultura arvense, com a área de oito mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria Isabel Gonçalves, Alfredo Florêncio Gonçalves e Custódio Gonçalves Anastácio, a Sul com Custódio Gonçalves Anastácio, a Nascente com Bárbara Isabel Pereira, e Poente com Manuel Francisco Florêncio e Maria Isabel Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 28, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 58,67 euros; g) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por mato, com a área de dois mil e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Custódio Gonçalves Anastácio, a Sul e Nascente com Barragem do Beliche, e a Poente com Maria Isabel Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 30, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 4,29 euros; h) Prédio sito em Foias, composto por cultura arvense, amendoal e mato, com a área de seis mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Barragem do Beliche, a Sul com Manuel Francisco Florêncio, a Nascente com Alfredo Florêncio Gonçalves, e a Poente com António da Horta Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 8, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 30,05 euros; i) Prédio sito em Laranjeiras, composto por amendoeiras, cultura arvense e mato, com a área de seis mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Barragem do Beliche, a Sul com José Pereira da Palma, a Nascente com Manuel Francisco Florêncio e com o próprio, e a Poente com o próprio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 15, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 66,23 euros; j) Prédio sito no Cerro do Rojo, composto por amendoeiras, cultura arvense, e mato, com a área de dezanove mil quinhentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com o próprio e José Pereira da Palma, a Sul com José Sequeira, a Nascente com Barragem do Beliche, e a Poente com herdeiros de Manuel Gonçalves Afonso e Custódio Gonçalves Anastácio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 22, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 150,65 euros; k) Prédio sito no Cerro do Rojo, composto por mato, com a área de seis mil cento e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Custódio Gonçalves Anastácio, a Sul com herdeiros de Manuel Gonçalves Pereira, a Nascente com Florinda Bárbara Pereira, e a Poente com Alfredo Florêncio Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 11, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 12,67 euros; l) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por mato, amendoeiras, cultura arvense e oliveiras, com a área de onze mil cento e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Barragem do Beliche, a Sul com o próprio, Marcos Rodrigues Gonçalves e Manuel Francisco Florêncio, a Nascente com herdeiros de Manuel Gonçalves Afonso, Francisco Pereira Dias e Custódio Gonçalves Anastácio, e a Poente com José Ramos Costa, inscrito na matriz rústica sob o artigo 9, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 126,62 euros; m) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por mato, com a área de oito mil trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com o próprio, a Sul com Francisco Pereira Dias, a Nascente com Manuel Francisco Florêncio e com o próprio, e a Poente com o próprio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 12, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 17,18 euros;

que ligaram o Restaurante Alpendre a Vila Nova de Cacela, passando por todas as freguesias de Castro Marim e onde o espanhol, Enrique Salgueiro, da formação Louletano/ Loulé Concelho, levou a melhor depois de uma longa fuga que conseguiu coroar com êxito na chegada a meta localizada em plena Vila Nova de Cacela. Após dois dias de emoção para os amantes do ciclismo correu-se a 6º Clássica do Sotavento para fechar o fim-de-semana do ciclismo nacional. Mais uma vez os ciclistas visitaram os castromarinenses e também o ciclista louletano, Enrique Salgueiro, levou a melhor sobre os seus adversários, sendo ele o vence-

dor desta clássica após se ter isolado na frente de corrida nos últimos dez quilómetros, cortando a meta com uma vantagem de 25 segundos sobre os seus perseguidores, onde se inseria mais uma vez o natural da Manta Rota, Samuel Caldeira que ficou às portas do pódio, ao ser o quarto ciclista a cortar a meta. No final, o JBG foi ao encontro de Samuel Caldeira, para saber se as expectativas de resultados foram alcançadas. “O balanço final foi positivo visto as provas serem muito duras e estes lugares são um reflexo da preparação que estou a fazer para a Volta ao Alentejo que tem início no dia 9 de Junho, e essa sim, uma prova em que quero estar ao meu melhor nível” confessou o jovem ciclista. Na próxima edição do JBG trazemos os melhores resultados dos atletas da região e damos a conhecer um homem da região, ligado à modalidade há muitos anos, como comissário de ciclismo. pub

n) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por mato e cultura arvense, com a área de oito mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com herdeiros de Manuel Gonçalves Afonso, a Sul com Marcos Rodrigues Gonçalves, a Nascente com José Sequeira, e a Poente com o próprio e Marcos Rodrigues Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 27, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 54,98 euros; o) Prédio sito na Eira do Romeira, composto por cultura arvense, com a área de cinco mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte, Sul e Nascente com Marcos Rodrigues Gonçalves, e a Poente com o próprio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 29, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 37,41 euros; p) Prédio sito em Foias, composto por cultura arvense e mato, com a área de nove mil e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Barragem do Beliche, a Sul com José Pereira da Palma, a Nascente com Manuel Francisco Florêncio e com o próprio, e a Poente com o próprio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 16, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 24,53 euros; q) Prédio sito em Foias, composto por mato e cultura arvense, com a área de dez mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Ramos e Alfredo Florêncio Anastácio, a Sul com Barragem do Beliche, a Nascente com o próprio, e a Poente com António Bernardino Lago Bandeira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 32, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 25,96 euros; e r) Prédio sito em Laranjeiras, composto por mato, com a área de dois mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte e Nascente com Barragem do Beliche, a Sul com Manuel Francisco Florêncio e a Poente com herdeiros de Manuel Francisco Florêncio, inscrito na matriz rústica sob o artigo 17, da secção J, com o valor patrimonial tributável de 4,71 euros. Que atribui aos referidos prédios os respectivos valores patrimoniais, calculados para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, pelo que somam os mesmos o valor global de oitocentos e trinta e nove euros e oitenta e dois cêntimos. Que os referidos prédios lhe pertencem, por os ter adquirido em data imprecisa dos anos de mil novecentos e oitenta e oito a mil novecentos e noventa, já no estado de divorciado, por compras verbais e nunca reduzidas a escrito, feitas a: i) Manuel Gonçalves Afonso, viúvo, residente que foi na Corte Gago, Azinhal, Castro Marim, relativamente aos prédios identificados em a) e b); ii) Francisca Maria, viúva, residente que foi na Avenida dos Estados Unidos da América, n.º 118, 2º direito, em Lisboa, relativamente ao prédio identificado em c); iii) José Sequeira, viúvo, residente que foi em Alcarias Grandes, Odeleite, Castro Marim, relativamente ao prédio identificado em d); iv) Marcos Rodrigues Gonçalves, viúvo, residente que foi na Carrapateira, Tavira, relativamente aos prédios identificados em e), f) e g); v) José Ramos Costa e mulher, Isabel Florêncio Gonçalves Costa, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Rua dos Três Poços, n.º 10, Monte Francisco, Castro Marim, relativamente aos prédios identificados em h) e i); vi) Manuel Gonçalves Anastácio, viúvo, residente em Alcarias Grandes, Odeleite, Castro Marim, relativamente ao prédio identificado em j); vii) Francisco Pereira Dias, viúvo, residente na Rua 1 de Janeiro, L1534, Quinta do Conde, Coina, relativamente ao prédio identificado em k); viii) Alfredo Florêncio Gonçalves e mulher, Lídia Pereira Fernandes Gonçalves, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Corte Gago, Azinhal, Castro Marim, relativamente ao prédio identificado em l); ix) Custódio Gonçalves Anastácio, viúvo, residente que foi no Bairro do Matadouro, n.º 23, rés-do-chão, em Vila Real de Santo António, relativamente aos prédios identificados em m), n) e o); x) Manuel Francisco Florêncio, solteiro, maior, residente no Monte Francisco, Castro Marim, relativamente aos prédios identificados em p) e q); e xi) Manuel Gonçalves Florêncio, viúvo, residente no Monte Francisco, Castro Marim, relativamente ao prédio identificado em r). E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, 9 de Maio de 2011. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/1, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 01.02.2011, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 15/05 Factura / Recibo n.º 2011

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Junho 2011


JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2011 |

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2011

Uma notícia dedicada a todas as crianças

Esta edição de Junho do JBG sai em data de comemoração do «Dia da Criança», embora todo o mês de Junho seja de celebração para os mais novos. Comemora-se a esperança da vida, a inocência e deseja-se um mundo melhor para as crianças. Em todo o Baixo Guadiana vão-se notar as comemorações para as crianças de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António. Começando mais a nordeste do território, em Alcoutim, as crianças vão ter actividades desde Jogos, aeróbica, gincanas, jogos tradicionais e torneio inter-turmas de futsal. São actividades que estão planeadas para acontecerem ao longo do primeiro dia de Junho. Nestas actividades vão participar os Infantários de Alcoutim e Martim Longo, a EBI de Alcoutim e Martim Longo e o pré-escolar itinerante. O município de Castro Marim reservou uma manhã muito animada para as crianças do pré-escolar e 1º ciclo. A partir da 10h, o célebre «Avô Cantigas» vai cantar, dançar e divertir os mais pequenos no pavilhão desportivo municipal. Há lugar a um lanche de convívio. Em Vila Real de Santo António decorrem este dia 1 nas três freguesias do concelho diversas actividades desportivas, lúdicas e pedagógicas. Os jogos de praia e oficinas de expressões relacionados com as temáticas do desporto, das ciências, do Inglês, da música e da expressão plástica e ambiente irão decorrer nas praias da Manta Rota e Monte Gordo, no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António e no Campo de Jogos Francisco Gomes Socorro. Estas actividades contam com a participação de cerca de 1.500 crianças. O Jornal do Baixo Guadiana não poderia deixar de se associar às comemorações do «Dia Mundial da Criança». A tertúlia do mês vai acontecer a 17 de Junho pelas 17h30, na biblioteca municipal Vicente Campinas, em VRSA, com entrada livre. Esperamos desfrutar de uma conversa muito especial sobre os mais pequenos.

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Junho é o mês da Criança. Um mês para lembrar os direitos que lhes assiste ao longo de todo o ano.

Alcoutim lidera corrida das autarquias melhor pagadoras. Facturas pagas em três dias.

A redução do número de militares no combate aos fogos florestais

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ECOdica Tente evitar consumos desnecessários no seu automóvel. Procure abastecer seu veículo sempre utilizando todo o tanque do veículo. Andar sempre com ponteiro do combustível na reserva torna necessário vários deslocamentos ao posto de combustível para realizar pequenos abastecimentos, o que significa um consumo desnecessário, além de diminuir a vida útil da bomba de combustível do veículo.


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