JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2013 |
JORNAL DO
Baixo
Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000
JUNHO 2013
Jornal Mensal
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
PREÇO: 0,85 EUROS
Ano 13 - Nº157
AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS
TAXA PAGA
PORTUGAL CEM NORTE
“O Estado não se pode demitir de dar colo às crianças” Luís Villas-Boas dá ao JBG uma das poucas entrevistas desde que preside ao grupo de trabalho que aguarda a aprovação por parte do Governo da Resolução de Conselhos de Ministros que dará origem à «Agenda Criança» em Portugal. O mentor da Emergência Infantil no país fala-nos na qualidade de diretor clínico do Refúgio Aboim Ascensão e aponta mudanças tão profundas quanto urgentes no que diz respeito ao Acolhimento, Proteção e Adoção. Entretanto, na grande casa cor-de-rosa em Faro 95 crianças são ajudadas e acarinhadas por 94 técnicos que trabalham “25 sobre 24 horas e 370 sobre 365 dias por ano” porque os meninos e meninas em risco não têm hora marcada para pedir ajuda.
GRANDE PLANO Baixo Guadiana foi eleito o palco das comemorações do «Dia da Europa» O território do Baixo Guadiana foi eleito pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) o centro das comemorações do «Dia da Europa», que se assinalou a 9 de Maio. O dia começou em Alcoutim onde houve lugar para diversas atividades com público de todas as idades e também, de destacar, onde se realizaram diversas visitas a projetos, públicos e privados, apoiados por fundos comunitários. Ao final da tarde as celebrações transferiram-se para Castro Marim, e aqui, já na presença do Governo através do secretário de Estado da Administração Local, teve lugar a cerimónia de adesão deste concelho à eurocidade que agora é «Eurocidade Guadiana», juntando Ayamonte, Vila Real de Santo António e Castro Marim.
centro de saúde com menos um médico e menos horas de consulta
Terra de Maio e Festival do Caracol elevam produção regional e tradições
Comemorações do Dia de VRSA com homenagens a «filhos da terra» com destaque no país e no mundo
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2013
ABERTURA
JBG
Editorial
* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
Jornal do Baixo Guadiana Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana Helena de Sousa CPJ 9621 Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Ana Lúcia Gonçalves Ana Amorim Dias Eusébio Costa Fernando Esteves Pinto Fernando Pessanha Gilda Pereira Humberto Fernandes João Raimundo Maria Celeste Santos Pedro Pires Rui Rosa Associação Alcance Associação GUADI Associação Rodactiva Cruz Vermelha Portuguesa VRSA DECO NEIP Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com e/ou joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt
Na nebulosa em que o País se encontra, sem se saber bem o que nos pode acontecer no dia seguinte, nos territórios do Baixo Guadiana ocorreram nestes conturbados tempos, acontecimentos diversos, alguns deles com inegável importância para o futuro. Maio foi também um mês de festas populares que permitiram momentos de lazer de convívio com amigos e familiares e também de descompressão e alívio da carga diária. O Dia da Europa foi assinalado em todo o Baixo Guadiana e de entre várias das iniciativas realizadas, sublinho a cerimónia que consagrou a integração do município de Castro Marim no Projecto das Euro Cidades, antes somente composto por VRSA e Ayamonte, o que justificou a mudança da sua identificação para «Eurocidade
Guadiana»; assente numa aposta de cooperação que estimule novas forças, mais iniciativa e esforços dos três municípios, tendo o Rio Guadiana como centro. Trata-se de um Projecto que agora nasce e do qual se esperam resultados, pelo que pode permitir ao aumentar a escala da sua intervenção, não só na partilha de equipamentos e serviços, mas de maior capacidade de intervenção no apoio à economia, na divulgação dos seus recursos, turísticos, culturais, produtos singulares diversos relacionados com o rio, o mar, a terra, que estas terras e gentes geram, em suma, ganhar capacidade de intervenção e maior visibilidade que permita um mais fácil acesso a mercados que de outra forma mais difícil se tornaria. Outra boa noticia foi, inequivocamente, ter sido finalmente consagrada em Protocolo com o IPTM, a gestão da frente ribeirinha que margina em Vila Real de Santo António o Rio Guadiana à respectiva autarquia, processo que a burocracia e o centralismo atrasou ao longo de anos. Acto que abre portas para a criação de um cluster associado à construção, reparação
e acolhimento de embarcações de recreio, à transformação de antigos armazéns em novos usos, à possibilidade de edificação de hotéis que pela sua qualidade diversifiquem e aumentem a qualidade do turismo que acolhemos. É sem dúvida um Projecto para as próximas décadas; é da perspectiva de um promissor futuro que estamos a falar. Mais de 2 milhões de Euros foram aprovados pelo Proder em projectos diversos para estes territórios . Não alteram o perfil da economia, mas apoiam vontades de quem aqui ficar, trabalhando e vivendo, qualificam mão-de-obra, valorizam património e recursos. Traduzem igualmente a importância do Associativismo local, neste caso o importante papel que continua a desempenhar a Associação Terras do Baixo Guadiana, sediada em Alcoutim, responsável por todo este complexo processo que dá acesso às ajudas comunitárias. Outros Projectos de maior relevância, pelos montantes de investimento previstos, a exemplo do destinado à produção de energia fotovoltaica, numa região com particulares aptidões para a instalação destas estruturas,
abrem possibilidades de emprego e de riqueza aqui produzida. No mar encapelado em vivemos surgem entretanto apelos dramáticos de organizações destinadas a apoiar os mais desfavorecidos cuja capacidade financeira começa a não comportar o volume crescente das respostas que são chamadas a dar. São outras tantas realidades que não podem ser ignoradas. Parabéns ao Rui pela distinção que teve como primeiro premiado no concurso Lisboa Gráfica. O que demonstra que no Baixo Guadiana não existem só abundantes e talentosos poetas e escritores, mas igualmente por aqui vivem outros criativos de reconhecido mérito. Aviso: mudei de endereço como podem verificar.
Carlos Luís Figueira carlosluisfigueira@sapo.pt
Vox Pop Concorda com a coadoção de crianças no seio de casais homossexuais?
Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares
Nome: Carmelinda Guerreiro Profissão: Empregada Doméstica
Nome: Carlos Rocha
Nome: Anabela Sousa
R: Eu acho que todas as crianças precisam de uma mãe, mas também de um pai. Concluindo, eu sou a favor da adoção dos homossexuais desde que as crianças sejam bem tratadas.
R: Se pudermos ajudar crianças ao lhes ser proporcionado um lar e segurança porque não? Já existem poucas familias tradicionais, é só uma questão de abrir horizontes e de habituacão, tal como em tempos aconteceu com o divórcio.
R: Não concordo porque a criança deve crescer em família; ou seja com um pai e uma mãe.
Profissão: Segurança
Profissão: Educadora de Infância
Nome: Miguel Peres Santos
Profissão: Gestor Cultural e Historiador
R: Sim, concordo. Após a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, vem preencher-se uma lacuna legal. E um avanço significativo a nível dos direitos civis dos homossexuais e na luta contra o preconceito que ainda existe numa camada da sociedade portuguesa.
Registo no ICS: 123554 Depósito legal: 150617/00 JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e Facebook
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CRÓNICAS Vitor Madeira
* Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico
O insubmisso «Eurocidade do Guadiana» – Um traço de união da Península Ibérica uma pérola no turismo do Nordeste algarvio Numa Europa das regiões, onde os decisores políticos procuram mitigar estratégias e projectos que dêem coerência e perfilhem soluções a problemas comuns aos povos europeus, desde o desemprego à ausência de crescimento económico, passando pelos desastres ambientais até a um modelo de educação de sucesso, sem que daí resulte a aculturação ou a perda de identidade dos mesmos, escreveu-se no dia 9 de Maio de 2013, Dia da Europa, uma nova página da história de Castro Marim, com a criação da «Eurocidade do Guadiana». No Revelim da Colina de Santo António nasceu a «Eurocidade do Guadiana» com a assinatura do protocolo de adesão do Município de Castro Marim à primeira Eurocidade
“Uma aliança de confiança para um futuro melhor para os cidadãos.” António Javier Castillo, do Ayuntamento de Ayamonte da Península Ibérica, criada no mês de Janeiro e originariamente constituída pelos municípios de Ayamonte e Vila Real de Santo António. Este projecto transfronteiriço que surgiu por iniciativa do Presidente da CCDR/Algarve, David Santos, durante a II Reunião do Conselho da Eurorregião, em Sevilha, quando assumiu a presidência da Euro-AAA em Setembro de 2012, une os três municípios, tendo como fio condutor o Guadiana “o grande rio do Sul” e assenta numa estratégia europeia de partilha e aproveitamento dos
recursos existentes nos diferentes domínios tais como a cultura, a economia, o património ou o turismo. Creio que o alargamento da Eurocidade ao Município de Castro Marim é uma questão de elementar justiça, tanto mais que a ligação por via terrestre entre Espanha e Portugal se faz através deste concelho. Mas também seguramente, porque esta terra com história mantém relações de vizinhança privilegiadas com Ayamonte como provam os negócios na área do turismo, em especial na restauração e hotelaria e finalmente,
devido a uma questão decisiva que é a escala, isto é, Castro Marim tem um território de 300 Km2, permitindo que a Eurocidade ocupe um território com mais de 500 Km2. Esta nova realidade que é a Eurocidade permite que os municípios participantes conquistem coesão territorial, mas também ganhos de racionalidade e rendibilidade em termos sociais e económicos, devidamente alicerçados no aprofundamento da cooperação, que se afigura fundamental para o estabelecimento de uma porta giratória há
muito reclamada entre o Algarve e a Andaluzia. Todavia, para que a «Eurocidade do Guadiana» não fique parada na espuma do entusiamo e da vontade, é preciso dar passos rápidos e seguros no desenvolvimento de projectos sustentáveis que incidam sobre o potencial ambiental, gastronómico, desportivo, cultural e turístico desta comunidade, optimizando as excepcionais condições naturais e os equipamentos culturais e desportivos de qualidade existentes, pois só assim será possível alavancar a economia, gerar postos de trabalho e falar de cooperação e solidariedade entre regiões e Estados. Entendo que a comunidade agora formalizada poderá constituir um rio de oportunidades para os três municípios, se os seus mentores tiverem a inteligência e a capacidade de empreender projectos e acções nos quais saibam envolver os cidadãos de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António, fazendo deles agentes activos da «Eurocidade do Guadiana».
Fernando Esteves Pinto
Escritos da consciência: A estupidez Quanto maior é o grau de instrução de uma pessoa, mais grave se torna a sua estupidez. O cão, por exemplo (isto para não trazer outra espécie de animal a este assunto), também é capaz de vulgarizar e estupidificar os ensinamentos do seu dono, tornando-se num criminoso em potência. Nivelar o homem e o animal de acordo com as suas próprias acções não deixará no entanto de os diferenciar na relação que ambos mantêm no mundo. Contudo, só no espírito do homem a estupidez se revela, concluindo desse facto a
distinção entre uma estupidez profunda, racional e intencional, e uma estupidez instintiva, quase animal, ameaçadora e perigosa, aguçada pela carência de entendimento entre o bem e o mal. Porém, nem toda a estupidez tem origem em falhas de comportamento da parte daqueles por quem esperávamos boas virtudes nos seus actos. A mediar a fraqueza que contagia a consciência sobre o que se considera ser uma atitude nobre e uma atitude errada, imbecil e repugnante, surge a inocência como pecado maior que secundariza os verdadeiros motivos que levaram alguém a cometer uma estupidez. Entramos assim na super-
ficialidade do homem e na sua luta pouco imaginativa para se autoanalisar na sua condição de individuo limitado a acções determinantes em que imperam a estupidez e a inconveniência na relação com os outros. O confronto dá-se por via do seguinte paradoxo: existe, por um lado, a inocência de uma pessoa estúpida; e, contrariamente, a estupidez de uma pessoa culta. Enquanto no primeiro caso a estupidez é uma distinção da sua própria ignorância, ou seja: um vandalismo da sua débil sabedoria e conhecimento, que o leva a agir por intuição; no segundo caso a estupidez reside na linha da
frente da sua inteligência, onde a gestão dos seus próprios actos é controlada por impulsos intencionais e decisões negativas e sagazes dotadas de uma consciência malévola e destruidora. As regras da estupidez são claras. O egoísmo obedece à estupidez e provoca no homem uma irreflexão certamente prejudicial que o despoja do bom sentido da sua vida. Se existe uma forma de egoísmo que estupidifica e bestializa completamente a serenidade de um homem cuja consciência devia fundamentar-se nas acções irrepreensíveis, também é verdade que no homem de espírito menos instruído
e imprudentemente desligado das experiências do saber a estupidez é um egoísmo subordinado à sua própria ignorância. Uma espécie de maldição para os outros, pois é destes o julgamento das regras que engenhosamente ficam expostas para que delas resulte condenação de toda a estupidez dos homens. Mas terá a estupidez perdão? Será a pessoa estúpida culpada da sua contagiante imbecilidade atentada contra a humanidade? De qualquer forma, a estupidez tem o duplo sentido de nos fazer sentir adulterados no conjunto das nossas atitudes e, como reprovação interior, subjugados à ética da racionalidade.
Ana Amorim Dias
Con los años que me quedan Aproveito o facto de andarem todos lá fora para fazer o jantar com a música a soar bem alto. Três pauzinhos de incenso. O iPod no deck, em modo aleatório. Os bróculos, os calamares, os ovos com farinheira. Tudo a ser preparado numa cozinha estranhamente impecável. Abano-me ao ritmo certo. Sirvo-me de uma taça de vinho. Pela janela vejo os três, com a felicidade estampada nos corpos, montados no trator cor de tijolo.
“... sé que nuestro amor es verdadero, con los años que me quedan por vivir demonstraré quanto te quiero...” A Glória Stefan começa a cantar a música que o meu pai, na última década, costumava dedicar à minha mãe, com o ar embevecido que só os grandes amores sabem vestir. A comida olha para mim com tristeza, libertando odores que me trazem de novo a fome dos seus abraços, a sede daquele aperto,
protetor como nenhum outro. Por uns momentos o coração fica-me do tamanho do corpo inteiro. Sou só sentir. Sou só saudade imensa daqueles lábios na minha testa, em jeito de benção. As lágrimas saltam, o corpo convulsiona-se. Deixo-me levar pelos braços angelicais da fortaleza perdida. “...con los años que me quedan, te haré olvidar cualquier error, no quise herirte mi amor, sabes que eres mi adoracion, lo serás mi vida entera...”
Estas palavras também podiam ser para mim. Ergo-lhe o copo num brinde eterno, quase feliz. “ ...el tiempo te dirá si tienes fé en mi, que como yo te amé más nadie te podrá amar jamás..” E então percebo, antes que a comida se queime com a minha ausência emocional, que o tempo trouxe a fé, sim. Que como ele me amou mais ninguém me poderá amar jamais. E que a tristeza daquele abraço que me falta nada mais é que a alegria imensa de
um amor que não morre enquanto eu viver. “...sé que aún me queda una oportunidad, sé que aún no es tarde para recapacitar, sé que nuestro amor es verdadero. Con los años que me quedan por vivir demonstraré quanto te quiero” E eu? Eu sei que não são os anos que faltam a quem já se foi que lhes impedem as demonstrações de amor por quem ficou. Sei que nos continuarão a amar enquanto nos sobrarem anos de vida a nós.
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EDUCAÇÃO&JUVENTUDE
«TeaTroTeca» levou arte de António Aleixo à Polónia No âmbito do Programa COMENIUS, alunos e professores participaram no Festival Europeu de Teatro Escolar. Uma semana intensa de arte e emoções na Polónia. No âmbito do Programa COMENIUS, que visa reforçar a dimensão europeia da educação, o Agrupamento de Escolas de Castro Marim é parceiro do projeto «The books on the stage during the European Scholl theatre festival», juntamente com uma escola polaca e uma escola italiana. O primeiro encontro de teatro escolar, baseado na adaptação de livros de cada um dos países envolvidos, decorreu de 12 a 18 de maio, na cidade de Smardzewice, na Polónia.
Castro Marim representado por 13 alunos O Agrupamento de Escolas de Castro Marim fez-se representar por 13 alunos do grupo de teatro escolar «Teatroteca» e do Clube de Música, pelo diretor do Agrupamento de Escolas e por professores envolvidos neste
De Castro Marim seguiu uma comitiva de 13 alunos, diretor de agrupamento e professores. Jovem castromarinense foi considerada melhor atriz projeto, na Biblioteca Escolar, na «Teatroteca» e no Clube de Música. Durante este encontro, para além das atividades relacionadas com a literatura e o teatro, foi possível ficar a conhecer algumas palavras básicas
da língua polaca, aprender um pouco sobre geografia e história da Polónia e participar num workshop de música tradicional. Nestes dias, também foi possível ficar a conhecer os museus do rio e
Alunos de Badajoz visitaram Baixo Guadiana
da floresta, visitar uma reserva de bisontes e fazer um passeio pedestre junto ao lago local. Foi, igualmente, realizada uma visita à cidade de Tomaszów. Houve ainda lugar para um encontro com o escritor e tradutor polaco, Pawel Beresewicz, autor de numerosos sucessos de literatura juvenil. No que diz respeito às apresentações teatrais das adaptações de livros, o Agrupamento de Escolas de Castro Marim levou a palco «Auto da Curandeira e a República», adaptado de «Auto do Curandeiro» de António Aleixo (traduzido para Inglês, a língua oficial deste projeto). A aluna Marta Cruz, no desenrolar das representações, venceu o prémio, atribuído pelo júri do festival, para melhor atriz. Após um convívio de despedida de Smardzewice, portugueses e italianos tiveram a oportunidade de visitar o centro histórico de Varsóvia, a capital
polaca. Em declarações ao JBG a comitiva portuguesa afirmou que se tratou de “uma semana fantástica”. O professor Pedro Tavares, encenador do «TeaTroteca» refere “troca de experiências ao nível de aprendizagens educativas, mas também com a criação de fortes laços de amizade que ajudam a tornar a Europa um espaço aberto à cidadania permanente de jovens e adultos e possibilitam a valorização da diversidade cultural e linguística de todos os parceiros”.
Intercâmbio continua em Castro Marim e Pisticci A aventura dos livros em palco não terminou. O próximo encontro será em Castro Marim em Outubro de 2013 e a última paragem desta viagem sem fronteiras será no sul de Itália, Pisticci, em Maio de 2014.
Rotary Club de VRSA entregou prémio a jovem estudante
Intercâmbio começou a 27 de Maio em Castro Marim, mas a visita dos alunos a Portugal estendeu-se por vários dias tendo oportunidade de conhecer Vila Real de Santo António, Tavira e Faro. Um conjunto de alunos de Badajoz visitou a EB 2,3 de Castro Marim num intercâmbio no âmbito da disciplina de português. A iniciativa teve lugar a 27 de Maio e pemitiu aos alunos aplicarem os conteúdos gramaticais e didáticos que estão a aprender. Os alunos que aprendem português em Badajoz estiveram com os alunos que aprendem espanhol em Castro Marim e trocaram conhecimentos vários. Da estafia a Castro Marim, para além da escola, tiveram oportunidade de visitar o castelo e o forte de São Sebastião, tendo sido promovido, ainda, um almoço-convívio no refeitório da escola. Para o professor Dário Guerreiro e alunos esta visita “foi muito interessante”, tendo excedido as expectativas. “Ficaram a conhecer de perto o idioma que estão a aprender na escola e além disso tiveram um contacto diferente com a cultura portuguesa”, confirmou-nos o docente.
Visita também a VRSA, Ayamonte,Tavira e Faro Os alunos para além de estarem em Castro Marim tiveram
O valor do prémio é de 500 euros e reconhece empenho nos estudos
Alunos espanhóis de Badajoz que aprendem português visitaram alunos portugueses que estão a a aprender espanhol em Castro Marim oportunidade de visitar a cidade diana, seguindo-se um passeio a de Vila Real de Santo António, Ayamonte. Conheceram também tendo também apanhado o ferry a ilha de Tavira e o Museu de boat para a outra margem do Gua- Ciência Viva em faro.
A Fundação Rotária Portuguesa (FRP) tem nas suas atribuições estatutárias conceder prémios de mérito a estudantes que pelo seu trabalho escolar mereçam ser distinguidos pela comunidade a que pertencem. No seguimento dessas atribuições, e procurando honrar os membros do seu primeiro Conselho de Administração, a FRP instituiu 10 prémios escolares com o nome de cada um desses membros, e atribui-os anualmente, de acordo com regulamento próprio e normalmente aquando da data do seu aniversário, que tem lugar em Abril. Neste ano, estes prémios escolares designados por «Prémios dos Fundadores», foram entregues, por sorteio, como é hábito, a 10 clubes rotários. Ao Rotary Club de Vila Real de Santo António coube entregar o Prémio Ferreira da Silva, no valor de 500 euros. O prémio foi entregue à jovem de 19 anos, Tatiana Filipa da Costa Palma que frequenta o curso de Design de Comunicação na Escola Superior de Comunicação da Universidade do Algarve.
Questionada sobre o que significa para si este prémio a jovem respondeu que pretende demonstrar que para se destacar tem de ser verdadeira e não excluir nada da sua personalidade. “Tenho de me esforçar por deixar sempre a minha marca, por mínima que seja, sem esperar receber mérito. Deste modo, tudo o que fizer terá outro brilho e sucesso, porque é algo com o meu cunho, verdadeiro, pessoal e original. Quero assim dizer que tudo o que fiz até agora foi por vontade própria, por gostar de ajudar sem esperar receber nada em troca” disse Tatiana. A jovem considera que viu o seu esforço reconhecido. “Acho que qualquer pessoa na minha posição se sentiria orgulhosa. Agradeço principalmente à minha família pela excelente educação que me deu e também ao reconhecimento por parte da Fundação”, afirmou. A Presidente do Rotary Club de Vila Real Santo António, Maria Manuel Belo Félix, fez votos para que este prémio “possa servir como mais um exemplo para a nossa juventude”.
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LOCAL 13 de Maio
Homenagens, livros, cortejo etnográfico, feira histórica assinalaram 239º aniversário de VRSA Vila Real de Santo António assinalou a 13 de Maio o 239º aniversário da sua fundação com um programa cultural, musical e a habitual sessão solene, durante a qual foram homenageados cidadãos vilarealenses que se destacaram pelo seu mérito dentro e fora do país. As celebrações iniciaram-se no dia 9 de maio, às 18h00, na Biblioteca Municipal, com a conferência «Os 500 anos de Arenilha». Conduzida pelo historiador Fernando Pessanha centrou atenções na história da então existente povoação de pescadores denominada Santo António de Arenilha, situada na margem portuguesa da foz do Guadiana. Uma sessão que teve uma segunda edição no Centro Cultural António Aleixo no feriado municipal. Também no dia 9, às 22h00, o Centro Cultural António Aleixo recebeu o espetáculo «TejoTietê». Neste concerto, a cantora portuguesa Susana Travassos e o compositor-violonista brasileiro Chico Saraiva protagonizaram um encontro musical que reapro-
xima o diálogo poético entre os dois países. No dia 11 de maio, às 10h, foi inaugurada a Feira Histórica, na Praça Marquês de Pombal. Até 13 de Maio a Praça recuou à Idade das Luzes, com um conjunto de recriações de época. O Centro Cultural António Aleixo recebeu a exposição filatélica da Secção de Colecionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários VRSA, alusiva aos 500 anos da fundação de Santo António de Arenilha. À noite, pelas 21h30, teve lugar o Encontro de Bandas Filarmónicas, na Praça Marquês de Pombal. No dia 13 de maio, feriado municipal, as celebrações iniciaram-se às 09h30 com a Sessão Solene Comemorativa da Fundação de VRSA, no Centro Cultural António Aleixo. Durante a cerimónia, foram distinguidas diversas personalidades de VRSA – entre as quais o treinador Manuel José, que foi homenageado com a medalha de mérito. Manuel José diz-se “honrado” pela homenagem, lembrando que a sua terra “está sempre no coração”.
Houve lugar, como é habitual, para a distinção dos melhores alunos do concelho.Também durante a sessão solene foi assinado o Contrato de Gestão de Área Dominial da Frente Ribeirinha de Vila Real de Santo António (ver pág.17). O ato contou com a presença do Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), João Carvalho.
Livro «Manuel José: um Faraó de VRSA» Um dos momentos mais marcantes da sessão solene foi o lançamento do livro «Manuel José: um Faraó de VRSA», da autoria do jornalista Neto Gomes. A obra presta homenagem ao ex-treinador de clubes como o Sporting, o Boavista, o Benfica o Al-Ittihad ou o Al-Ahly e dá destaque ao percurso além-fronteiras deste vila-realense. Um discurso de Neto Gomes emotivo que contou com a colaboração de muitos amigos de Manuel José para a composição do livro.
O habitual cortejo histórico percorreu a cidade num desfile de figuras históricas
Cortejo histórico Da parte da tarde às 18h00, realizou-se o Cortejo Histórico e Etnográfico, cujo percurso, com início no Arquivo Histórico Municipal, percorreu as principais ruas da cidade, e terminou na Praça Marquês de Pombal. A programação encerrou a 23 de Maio, com a apresentação do
livro «VRSA há 90 anos: figuras, factos e histórias verídicas», de M. Tacão Monteiro, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, às 18h00. Luís Gomes, presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António mostrava-se um edil “satisfeito pela obra realizada” com oito anos à frente do município.
Homenageados no dia da Cidade Este ano a sessão solene de comemoração do dia do município em Vila Real de Santo António contemplou homenagens feitas a pessoas que se destacam pelo seu percurso. Desde «filhos da terra» como empresários que têm desenvolvido negócio de destaque no território. A Câmara Municipal distinguiu, no dia 13 de maio, na sessão solene comemorativa do 239º aniversário da fundação de VRSA, o treinador Manuel José, através da entrega da medalha de mérito. Esta homenagem tem em consideração o percurso profissional, dentro e fora de fronteiras, deste cidadão vila-realense, ex-treinador de grandes clubes como o Sporting, Boavista, Benfica, Al-Ittihad ou o Al-Ahly (Egito).Além de Manuel José,
a autarquia distinguiu a empresa Primavera Reizen (turismo); os jovens talentos João Pedro Lopes (teatro e representação), Gonçalo Rodrigues (desporto) e Jani Gabriel (moda) e o percurso desportivo dos atletas Pedro Ladeira Matias e Alfredo António Correia de Campos (andebol).A sessão ficou também marcada pela homenagem aos funcionários da Câmara Municipal de VRSA que completaram 25 ou mais anos de serviço.
1 - Gonçalo Rodrigues 2 - Jani Gabriel 3 - Empresa «Primavera Reizen» 4 - João Lopes (João Frizza) 5 - Manuel José (medalha de mérito) 6 - Pedro Ladeira Matias 7 - Funcionários da câmara com 25 ou mais anos de serviço 8 - Alfredo Correia de Campos
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LOCA L | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *
ESPANHA por Antónia-Maria
Una cooperativa agrícola: “Nuestra Señora de la Bella” La Sociedad Cooperativa Andaluza”Nuestra Señora de la Bella”, se encuentra situada en la cercana localidad de Lepe, en la costa occidental de Huelva. Nació en 1967 por la necesidad de un grupo de agricultores de unir sus pequeñas tierras y para comercializar sus propios productos. En los principios de esta empresa andaluza, los productos mas cultivados, eran melones, sandias, tomates, almendras y algunos cereales. En aquellos lejanos años, la mecanización del campo andaluz casi era inexistente, y fue preciso iniciar la mecanización del trabajo en el campo para conseguir una mayor rentabilidad. De esta forma, se fueron introduciendo los primeros tractores, las primeras cosechadoras y empaquetadoras automáticas y,
también, la primera maquina para pelar almendras. Ya en 2003 se hizo las trasformaciones de los almacenes por métodos automáticos y la manipulación de frutos, controlados por ordenadores. La capacidad de almacenamiento en los frigorificos es de 10.000 metros cúbicos, y en plena campaña de recogida, da trabajo directo a 500 personas. También han hecho un gran esfuerzo en certificar la calidad de sus productos como: producción integrada y calidad certificada EUROP GAP y se trabaja para alcanzar otras certificaciones a nivel europeo. La Cooperativa dispone, igualmente, de una tienda donde se puede comprar una gran variedad de productos propios, así como de otras cooperativas de la región.
La Cooperativa dispone, igualmente, de una tienda
«Amigos del jardin botánico de Córdoba» visitan Alcoutim A finales de Abril, un grupo de excursionistas que forman parte de la Asociación «Amigos del Jardín Botánico de Córdoba», iniciaron una ruta por tierras del Andévalo con visita incluida a Alcoutím, en el Nordeste Algarvio. La visita fue conducida por el guía titular Julio Cardoso y transcurrió por los lugares mas típicos y emblemáticos de la Vila, el Castillo, iglesia del Salvador, ermita de San Antonio y otros lugares incluido el itinerario a la playa fluvial. A seguir, un paseo en barco por
Poesia
LOLITA RAMÍREZ, HUMANIDAD LITERARIA
el Guadiana, donde se pudieron deleitar con los fantásticos paisajes del río y las vistas del pueblo vecino de Sanlúcar de Guadiana y su castillo San Marcos, en vías de restauración. Durante el almuerzo, la técnica de la Asociación A.T.A.S; Dª María Luisa Francisco, le dirigió unas palabras de bienvenida en nombre de los miembros de dicha Asociación y les invitó a repetir la visita en otra ocasión, para conocer las diversas actividades culturales realizadas a lo largo del año.
He sabido que el dolor te hace prisionera; que solo vives en una Naturaleza sin movimiento. Se marchó tu lirismo vivo de dulce, el de tus andares inspirados del verso y eres, seguro, Lolita, poema ejemplar – para nadie nuevo - con tus estrofas de vida y recuerdos. Ahí está el vacío del amado ido que no cerró en su adiós el caminar de los vivos y tampoco el destino de los muertos. …
La visita transcurrió por los lugares mas típicos y emblemáticos de la Vila
David nos muestra orgulloso la camiseta de la Eurociudad, que acaba de estrenar en su primer partido de fútbol amistoso, celebrado durante el “Mundialito”, en el estadio Blas Infante de la ciudad
fronteriza de Ayamonte. Parece ser que el resultado del partido no fue muy favorable para su equipo...pero ¡no importa! lo importante es participar, jugar y hacer muchos amigos.
Tu aliento late en un corazón ungido con música y prosa. Testigo de amor, con el Guadiana como pila de bautismo, por planificación de Dios, navegas en silla de ruedas ¡oh rumbo de poetas! Eres, de los dolores, el mayor dolor y con el llorar de tus metáforas pentagramadas en el alma, disfrutas, paradoja de lo tremendo, al son que padece tu cuerpo. RAFAEL PÉREZ CASTILLO(010513)
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LOCAL
Alcoutim com menos um médico e menos horas de consulta A notícia chegou em cima do fecho da nossa edição, mas ainda foi possível verificar o forte impacto que teve junto da população, nomeadamente com a sua divulgação na rede social facebook. O município de Alcoutim lamenta e protesta veementemente com mais o que considera ser “uma machadada na assistência médica neste concelho”. Francisco Amaral, edil local, recorda que “o primeiro corte aconteceu há cerca de seis anos, com o encerramento do SAP, o qual resolvia 99% das situações de doença que ocorriam no concelho, e com o encerramento das extensões de saúde do Pereiro e Giões”. O autarca vem contestar agora o horário de atendimento
em Alcoutim que, segundo avançou a própria autarquia “será reduzido das 21h00 para as 18h00”. É lamentável que a situação financeira que o país vive afete principalmente as populações mais envelhecidas, isoladas e desprotegidas do interior do país. O município de Alcoutim encontra-se disponível para, no âmbito das suas competências, encontrar uma solução que não seja tão penalizadora para as
gentes deste concelho da serra algarvia.
Indignação imediata A notícia foi avançada pelo próprio município que, recorde-se, é liderada por um médico. A população desde logo mostrou-se indignada e fez questão de mostrar o seu desagrado através da rede social facebook. Até ao fecho de edição não foi possível desenvolver esta notícia que retomaremos na próxima edição.
Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal abre em Julho O equipamento é constituído por 31 camas e vai integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados. A Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal, da Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA), entra em funcionamento no mês de Julho. O projeto representa um investimento total de dois milhões e duzentos mil euros, sendo que 41% do investimento total é financiado pelo Programa MODELAR do Ministério da Saúde e os restantes 59% pela Câmara Municipal de Castro Marim. Este equipamento, que foi construído a pensar nos utentes e nas famílias, integra espaços de convívio
e dois pátios de influência arquitetónica mediterrânica, com três alas de quartos: 10 quartos individuais de internamento, 10 quartos duplos de internamento, um quarto individual de isolamento e um quarto de pessoal de serviço. O piso inferior é composto por uma zona de serviços, nomeadamente cozinha, refeitório, lavandaria, instalações sanitárias e instalações técnicas. Para a Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal, trata-se de um projeto “estruturante de âmbito regional, que dispõe de condições de excelência
e de grande qualidade, enquadrado nos fundamentos da Rede Nacional de Cuidados Continuados onde se ministrar cuidados de saúde ao nível do internamento à população idosa da região, com a dignidade e o respeito que estes devem merecer por parte daqueles que têm responsabilidades em política social”, pode ler-se numa nota enviada à redação A obra tem a assinatura do arquiteto José Alberto Alegria e foi construída pela empresa Ramos & Catarino, S.A., no prazo de um ano.
A obra foi construída num ano e a arquitectura é de José Alegria que projetou, entre outros, o Centro Multiudosos do Azinhal
A notícia foi avançada pelo município em cima de fecho de edição de JBG
Semana da Saúde em VRSA sensibiliza cidadãos Decorreu entre 6 e 10 de Maio a «Semana da Saúde». A organização foi da Universidade dos Tempos Livres de Vila Real de Santo António.
A aninação também esteve presente nos rastreios de glicémia e colesterol A segunda edição da «Semana da Saúde» pretendeu, acima de tudo, “juntar os cidadãos e falar sobre a temática numa ótica “da sensibilização e do conhecimento”. Maria do Rosário Proença, presidente da «Akivida», a cooperativa que gere a UTL lembra em declaraçãoes ao JBG a importância do evento que ao longo de uma semana contou com inúmeras atividades gratuitas nos três pólos da instituição. Manta Rota, Aldeia Nova e Vila Real de Santo António receberam desde workshops de nutrição, avaliação cosmodermatológica, rastreios auditivos, medições de tensão arterial, controlo da glicémia, rastreios e informações sobre saúde oral, entre outros.
Martins dos Santos em
VRSA O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve esteve presente na inauguração desta «Semana da Saúde» e em declaração ao nosso jornal destacou a relevância da iniciativa enquanto estimuladora “de uma medicina preventiva”. Para este responsável “este é o caminho”, notando a grande dependência em Portugal da medicina curativa. A Semana da Saúde foi organizada pela UTL e contou com a colaboração da Câmara Municipal de VRSA e de algumas entidades do concelho, como a Clínica Médica Dentária Santa Catarina, a Cruz Vermelha Portuguesa e a Baíamed, Centro Médico e Bem-estar.
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G RA ND E P L ANO
Baixo Guadiana foi eleito o palco das O território do Baixo Guadiana foi eleito pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) o centro das comemorações do «Dia da Europa», que se assinalou a 9 de Maio. O dia começou em Alcoutim onde houve lugar para diversas atividades com público de todas as idades e também, de destacar, onde se realizaram diversas visitas a projetos, públicos e privados, apoiados por fundos comunitários. Ao final da tarde as celebrações transferiram-se para Castro Marim, e aqui já na presença do secretário de Estado da administração local, teve lugar a cerimónia de adesão deste concelho à eurocidade que agora é «Eurocidade Guadiana», juntando Ayamonte, Vila Real de Santo António e Castro Marim. Comecemos pelo facto de o município de Alcoutim ter recebido as comemorações do «Dia da Europa». Uma celebração que se consubstanciou em atividades várias, entre elas visitas a projetos públicos e privados financiados por fundos comunitários. A organização das atividades teve o carimbo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) e do seu centro «Europe Direct». Foi também reservado espaço também para debates e sensibilização dos mais novos. Em «2013:Ano Europeu dos Cidadão» o tema central das comemorações foi a «Cidadania». A comitiva que presidiu as atividades contou com o presidente da CCDR Algarve e gestor do PO Algarve 21, David Santos, do
presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, do diretor regional de Economia, Gilberto Viegas, e do diretor regional de Educação do Algarve, Alberto Almeida. Depois de uma receção calorosa no centro da vila de Alcoutim a comitiva partiu para a visita a projetos nomeadamente a Escola Básica Integrada de Alcoutim, os Bombeiros Voluntários que têm novos veículos, o açude de Alcaria Cova, o parque de merendas e autocaravanismo do Pereiro, o parque industrial, o projeto privado de produção e transformação de plantas aromáticas e medicinais Dandlen & Vasques, a requalificação do Castelo de Alcoutim e o projeto da plataforma de demonstração solar de Martinlongo.
As comemorações contaram com a presença do presidente da CCDR Algarve e gestor do PO Algarve 21, do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, do diretor regional de Economia, e do diretor regional de Educação do Algarve
Junto dos cidadãos de todas as idades Durante a parte da manhã, após demonstração dos Bombeiros de Alcoutim, e em simultâneo com a visita a projetos o Centro Europe Direct dinamizou as várias actividades que foram acontecendo na Escola Básica e Integrada de Alcoutim com a participação dos alunos do 1º, 2º e 3º ciclo desta escola e de Martinlongo. Jogos e fotografias sob o tema «A Europa com outros olhos», pinturas «A Europa na ponta do meu pincel», teatro «A Lenda da Europa», mostra de fornos solares, informação europeia, mostra de danças europeias (com a participação dos alunos da Oficina Divertida de Faro) entre outras. Na parte da
tarde, depois do encontro na Praia Fluvial de Alcoutim para os jogos da “Europa Arqueológica”, dinamizado pela autarquia, decorreu o Seminário «Ser Cidadão em todas as Idades » no salão da Escola de Alcoutim. Uma mesa redonda moderada pelo jornalista e escritor Manuel Neto Gomes, com a participação especial de Carlos Brito com um painel de convidados de várias idades para discutirem a temática do cidadão. A finalizar as comemorações o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, e gestor do Programa Operacional da região, David Santos, salientou a importância da comemoração do Dia da Europa em Alcoutim,elogiando “o ótimo trabalho desenvolvido por um concelho do
interior, “cuja boa gestão financeira serve de exemplo ao país”. Por sua vez, o presidente da câmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, lembrou à assistência os tempos em que “a Europa chegava à margem espanhola do Guadiana”, defendendo que o futuro da comunidade europeia está agora numa cidadania ativa e participativa “e não nesta Europa do descrédito e do desemprego”. De referir que o «Dia da Europa» é celebrado desde 1985 após decisão dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia na Cimeira de Milão. A partir de então este dia é comemorado com o propósito de promover atividades que tragam a Europa até aos cidadãos e aproximação e união entre si.
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1.Óleos essenciais a partir de ervas aromáticas 2. Parque de Merendas e Autocaravanismo do Pereiro 3. Escola Básica Integrada de Alcoutim 4. Bombeiros Voluntários 5. Açude de Alcaria Cova 6. Castelo de Alcoutim . São projetos apoiados por fundos comunitários em Alcoutim e visitados no «Dia da Europa»
Empresa investe 18 milhões de euros na energia solar em Alcoutim Em Martinlongo está a desenvolver-se uma plataforma única no mundo. A propriedade é da «Enercoutim», uma associação que tem em vista implantar uma autêntica montra do que de mais inovador existe para a utilização da energia solar. Marc Retcher, responsável da associação e mentor do projeto, disse que até ao final de até ao final de Julho vai ser produzido o primeiro megawatt. A primeira empresa a instalar-se nesta plataforma é a Magpower e em vista estão mais duas empresas. Marc R. não quis adiantar muitos pormenores sobre estas empresas, mas anunciou que “uma é europeia
e outra norte-americana”. Ao todo vão ser instalados em Martinlongo quatro megawatts de potência, numa primeira fase em que o investimento da Enercoutim é de 18 milhões de euros. Em sim mesma a plataforma apresenta um formato inovador. Marc Retcher afirma que “é única no mundo” e está expectável que “possa atrair muitos investidores que têm à disposição a tecnologia de energia para desenvolver as suas tecnologias”. A tecnologia é energia fotovoltaica de concentração, que de acordo com o responsável é mais eficiente e ocupa menos espaço que a fotovoltaica, e tem as vertentes
comercial e demonstração. Alcoutim e Martinlongo são “zonas com excelentes recursos solares”, explicou Marc R. que justifica assim o investimento neste concelho. Estão a ser criadas todas as condições para serem levadas para Martinlongo tecnologias de mais nova geração para serem testadas e demonstrarem aos potenciais clientes a sua viabilidade.
Plataforma de Martinlongo será montra mundial Porque se trata de uma tecnologia
muito recente e, em certa medida, ainda experimental, poderá ser atrativa, acredita Marc R. para “todo o tipo de pessoas” entre eles “financiadores, investigadores e até Governos internacionais”. Este empresário holandês “habituado a ciar empresas”, como destacou ao JBG, salienta que “não há no mundo muitos locais com fotovoltaica de concentração a funcionar na rede em situação comercial, só a nível experimental”, sendo pioneiro em Portugal. No total a plataforma ocupa 42 hectares de terreno. Em vista com este projeto a Enercoutim prevê “a dinamização da economia local”,
sendo que atualmente emprega cerca de 30 pessoas, prevendo-se que rapidamente evolua para as 40 pessoas.
Francisco Amaral encara com otimismo oportunidade O presidente da câmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, mostra-se esperançado na potencialidade desta plataforma, lembrando que “há muito tempo que existe interesse da parte de empresas que trabalham em energia solar em instalar-se no concelho”.
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GR AN D E P LAN O
s comemorações do «Dia da Europa» Nasceu «Eurocidade Guadiana» da união de Castro Marim a VRSA e Ayamonte
José Estevens, presidente da câmara municipal de Castro Marim assinou protocolo de adesão à «Eurocidade Guadiana» na presença do secretário de Estado da Administração Local e do presidente da Euroregião Alentejo - Algarve - Andaluzia
A adesão de Castro Marim à eurocidade que já existia no território do Baixo Guadiana, e que tinha o nome de «Eurocidade Ayamonte-Vila Real de Santo António», aconteceu a 9 de Maio. Precisamente, quatro meses depois de assinado o protocolo de cidade europeia entre a cidade pombalina e a vizinha urbe espanhola, o município de origens medievais ganha escala, integrando uma parceria intermunicipal cujos três concelhos envolvidos pretendem que sirva para a unificação e simultânea partilha de equipamentos e projetos nas áreas da cultura, saúde, desporto, entre outros. O Revelim de Santo António foi o lugar escolhido para a cerimónia de adesão de Castro Marim à eurocidade criada em Janeiro e que, inicialmente, uniu Ayamonte e Vila Real de Santo António. A efeméride teve lugar a 9 de Maio, pelas 19 horas e contou com a participação do secretário de Estado da administração local em representação do Governo de coligação PSD/CDS. Para além de António Leitão Amaro esta cerimónia contou com a presença do Presidente da Euroregião Alentejo-Algarve-Andaluzia e Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, David Santos, o Alcaide do Ayutamento de Ayamonte, António Javier Castillo, um representante do governo Regional da Junta de Andaluzia, em Huelva, José Fiscal, o Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, José Fernandes Estevens e o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes. O Presidente da Câmara Municipal de Castro-Marim congratulou-se com a adesão do município que dirige à única eurocidade a sul da Península Ibérica, lembrando que este
ato “vai permitir aproveitar melhor as sinergias existentes entre os três municípios”. José Estevens mencionou, ainda, que “a população será beneficiada através dos conjuntos de projetos, ações e iniciativas e que Castro Marim estará disponível, com entusiasmo e vontade para tornar este projecto exequível”. Por sua vez o Presidente de Câmara Municipal de Ayamonte mostrou-se satisfeito por a eurocidade que inaugurou estar em crescimento. Convicto de que se trata de “uma aliança de confiança para um futuro melhor para os cidadãos”, pediu que a população fosse proativa para que o desenvolvimento da eurocidade seguisse em consonância com as suas necessidades. Para Luís Gomes, edil vilarealense, este acordo tem uma ambição clara e objectiva de ser modelo de “uma nova lógica de governação local municipal, que vai para além da jurisdição administrativa”. O autarca referiu-se à união de “esforços para uma melhor utilização dos recursos disponíveis, a partilha da educação, de equipamentos, até mesmo na valorização do turismo, uma vez
que o número de camas aumenta com a união dos municípios. Cria, igualmente, mais oportunidades de emprego à população, espaço com esperança, com futuro e solidariedade, tudo isto com o apoio e vontade da população em acreditar nesta ambição”. O autarca adiantou que “já estão projetos em cursos que serão apresentados em breve ao Governo”. O Representante do Governo Regional da Junta de Andaluzia, em Huelva, José Fiscal, usou da palavra para felicitar as entidades presentes pela união considerando-a um exemplo de “uma boa cooperação entre ambas as regiões”, lembrando o rio Guadiana como “símbolo de cooperação e intercâmbio de experiências para aquelas regiões, podendo levar a iniciativas emblemáticas e assinalar como marca territorial de competitividade”. Para David Santos a assinatura deste novo protocolo da Eurocidade em Castro Marim favorece o desaparecimento da fronteira, alimentando a gestão mútua de equipamentos e serviços existentes nestas duas cidades, melhorando assim a
qualidade de vida dos seus cidadãos. David Santos reivindicou uma maior intervenção do Estado português e do Estado espanhol para uma maior fluidez nos planos e estratégias traçadas para a Eurocidade do Guadiana. De destacar a referência que fez às obras do desassoreamento do rio Guadiana que terão início ainda este ano; um assunto que, de resto, foi proposto para a agenda da Cimeira Luso Espanhola que decorreu a 13 de Maio, em Madrid.
Governo apoia Eurocidade O Secretário de Estado da Administração Local encerrou a cerimónia, saudando os presidentes dos três municípios. O governante considera esta “uma verdadeira comunidade que há séculos interage, não tendo as fronteiras sido obstáculo”. Leitão Amaro diz que foi “gratificante saber que este projeto tem como base uma estratégia de partilha, numa altura em que as dificuldades alertam para a necessidade de aproveitamento dos recursos existentes”. Durante a cerimónia foi apre-
sentado o logótipo Eurocidade Ayamonte- Castro Marim- Vila Real de Santo António, com o slogan «Unidas pelo Guadiana». A «Eurocidade Guadiana» estabelece as formas de cooperação e intercâmbio entre os três municípios nas várias áreas que forem consideradas de interesse mútuo, e um fortalecimento na ligação já existente. Está subjacente a partilha de equipamentos e serviços, realização de eventos conjuntos, a promoção conjunta das cidades para o desenvolvimento no sector turístico, cultural, empresarial, patrimonial. A promoção e a valorização dos recursos humanos nos diversos níveis de formação e de aprendizagem; a dinamização das ações das entidades com base nas infra-estruturas e equipamentos existentes; coordenação dos novos equipamentos e as futuras ações a realizar estão plasmadaos no acordo assinado, sendo que o cartão Eurocidadão está igualmente previsto para os três municípios, com regulamento próprio que estabelece os termos, as condições de acesso e a utilização do mesmo.
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«Passo a Passo» recebeu diploma de mérito na acessibilidade Desde que surgiu em 2010 o projeto «Passo a Passo», em Vila Real de Santo António, tem resolvido diversos problemas de acessibilidade no concelho. Uma aposta que agora é reconhecida. O projeto de proximidade «Passo a Passo», da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, recebeu a 24 de Maio, o diploma de mérito em matéria de acessibilidade. O prémio foi atribuído pelo Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade e pelo «Jornal Planeamento e Cidades». Recorde-se que o projeto «Passo a Passo» surgiu em 2010 e tem como missão a requalificação paisagística e a intervenção na resolução de pequenos problemas do espaço público, tais como a reparação ou a reposição de calçadas, a substituição ou a relocalização de sinais de trânsito, bem como
a pintura ou a limpeza do mobiliário urbano. Por outro lado, põe em prática a aposta do município nas políticas de «mobilidade para todos», concretizando um programa estruturado de abolição das barreiras arquitetónicas e dando seguimento aos planos local e municipal de promoção de acessibilidade. O projeto possui ainda uma vertente social, uma vez que muitas das intervenções desenvolvidas no espaço público dão respostas concretas a munícipes que viram limitada a sua mobilidade.
POUPANÇA CRIATIVA
Programa está atento a cidadãos com mobilidade reduzida O Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade é uma associação de natureza privada, de interesse público e sem fins lucrativos que tem por missão sensibilizar e formar técnicos e cidadãos para a construção de territórios sociais de mobilidade. Na prossecução da sua missão, e em estreita colaboração com o «Jornal
Planeamento e Cidades», o instituto desenvolveu uma publicação que retrata os últimos 10 anos de trabalho a nível nacional e os últimos 5 anos de edições no jornal em matéria de acessibilidade, sob a forma de entrevistas, depoimentos, intervenções urbanas e programas de apoio por uma sociedade mais inclusiva.
Autarquia de Alcoutim investe em melhoria de estradas A Câmara Municipal de Alcoutim vai avançar com duas empreitadas de beneficiação na estrada municipal 507 – troço Giões/Farelos/Tesouro/E.M.124 e troço Pereiro/Santa Marta. A
deliberação foi ontem aprovada em reunião de câmara. A primeira empreitada, referente ao troço de Giões/ Fa r e l o s / Te s o u r o / E . M . 1 2 4 , representa um investimento de
419.468,87 euros e a segunda, referente ao troço Pereiro/ Santa Marta, foi adjudicada por 358.013,04 euros. As duas obras deverão começar já em junho e estar concluídas dentro
de 8 meses. Os trabalhos de beneficiação das estradas passam pela limpeza de aquedutos, repavimentação e sinalização horizontal e vertical.
Inauguração do saneamento básico e ligação ao Sistema na Barrada A povoação da Barrada, da freguesia de Martinlongo, foi ligada ao Sistema Multimunicipal de Abastecimento de água do Algarve. A inauguração da conduta, que assinalou também a construção do saneamento básico e da ETAR nesta povoação, contou com a presença da administradora da empresa «Águas do Algarve», Isabel Soares. A conduta, com 3500 metros, está ligada ao depósito de abastecimento de água da aldeia de Martim Longo, também construído pela autarquia
alcouteneja, e está projetada para, posteriormente permitir a ligação às povoações do Pessegueiro, Azinhal, Diogo Dias e Tremelgo, levando água de excelente qualidade a mais povoações do nordeste algarvio. Nos últimos anos, a Barrada, a par de outras povoações, foi alvo de grandes investimentos, visando o aumento da qualidade de vida. No total, foi investido mais de um milhão de euros, concretizados na rede de abastecimento de água e drenagem de águas residuais, no
novo reservatório de Martim Longo (que permitiu agora a ligação da Barrada à Águas do Algarve), na ETAR e finalmente na conduta de abastecimento de água. Na sua intervenção, a administradora da Águas do Algarve salientou o facto do município de Alcoutim nunca ter tido qualquer dívida àquela empresa. Por sua vez, o presidente da Câmara de Alcoutim, Francisco Amaral, felicitou a população local pelo benefício e agradeceu ao vice-presidente,
José Carlos Pereira, as “dores de cabeça” que teve com estas obras. O autarca salientou ainda a construção da plataforma de energia solar em Martim Longo, “que já está em fase adiantada da sua construção e vai trazer muito desenvolvimento a Alcoutim”, revelando que está previsto um segundo parque de energia solar perto da Barrada, “será um dos maiores da Europa, com 800 hectares e 200 milhões de euros de investimento”.
Reconstrução de Açudes em Bentos e Fernandilho vai começar A Câmara Municipal de Alcoutim adjudicou a empreitada de reconstrução de açudes junto às povoações de Bentos e Fernandilho, pelo montante de cerca de 187 mil euros. A obra vai arrancar já no mês de junho e deverá estar
concluída em 4 meses, até ao final do verão. A construção destas represas vai facilitar a rega das pequenas explorações agrícolas existentes nas margens da ribeira de Odeleite e do Barranco das Alcarias
(Fernandilho), para além de permitir a recarga dos lençóis freáticos que, muitas vezes, esgotam por completo no verão, levando a que muitos montes tenham que ser abastecidos por autotanques.
Futuramente pretende-se que sejam criadas zonas de lazer, como parques de merendas ou praias fluviais, nestes açudes. A empreitada destes açudes é financiada em 65% pelo PO Algarve 21.
Caros leitores e leitoras, nesta edição quero partilhar convosco como fazer iogurte natural e fresquinho todos os dias! O iogurte faz parte da alimentação humana há milénios e consiste na simples fermentação bacteriana do leite através dos “Lactobacillus bulgaricus” e dos “Streptococcus thermophilus”. Este derivado lácteo possui muitas propriedades benéficas para a saúde humana, pois a grande quantidade de bactérias vivas nele existente ajudam a flora intestinal e tornam a sua digestão mais fácil, principalmente para quem sofre intolerância à lactose. Alguns textos antigos indianos chamam “alimento dos deuses” à mistura de iogurte e mel, e algumas tradições persas defendem que Abraão devia a sua fertilidade e longevidade à regular ingestão de iogurte!No entanto, o iogurte que consumimos hoje em dia é quase invariavelmente um iogurte comercial ao qual é adicionado leite em pó para aumentar a sua consistência. Este leite em pó não é fermentado pela bactéria láctea e a lactose não é transformada em ácido láctico, perdendo-se assim quase todos os benefícios do verdadeiro iogurte! Existe uma forma muito simples de ter à sua disposição iogurte natural todos os dias... necessita apenas de um litro de leite (quanto mais gordo mais consistência terá) e um ou dois iogurtes naturais (neste caso terá de iniciar a sua produção com um ou dois iogurtes comerciais!). Aqueça o leite sem o deixar ferver; adicione o iogurte e bata um pouco (pode usar uma varinha mágica); tape com um pano de cozinha limpo e deixe repousar durante a noite. No outro dia de manhã terá um litro de iogurte caseiro pronto a consumir! Pode tomá-lo com cereais, com frutas, num batido de frutas, em molhos de saladas... enfim, como mais gostar! Guarde no frigorifico e consuma no máximo nos 3 ou 4 dias seguintes. Para continuar a sua produção caseira basta reservar um pouco deste iogurte e usá-lo na vez seguinte com outro litro de leite. Desta forma terá em sua casa verdadeiro iogurte com todos os benefícios para toda a família, com a certeza que este iogurte por si produzido contém bactérias lácteas e está livre de qualquer aditivo ou leite em pó! Divirtam-se e até à próxima edição! Maria Celeste Santos
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Cruz Vermelha “poderá fechar as portas” A situação financeira da Cruz Vermelha Portuguesa em Vila Real de Santo António está “nas últimas”. O JBG já avançou com a notícia há cerca de dois anos atrás. O cenário agravou-se, avança-nos a presidente daquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).
A enfermeira Maria Judite de Sousa, presidente da delegação de VRSA da Cruz Vermelha Portuguesa, avisa que não sabe “até quando será possível manter abertas as portas da instituição”. A situação é “muito crítica” e deve-se à quebra de receitas e crescente índice de despedimento nesta IPSS. Recentemente as duas funcionárias que restavam foram dispensadas, mantendo-se, no entanto, como voluntárias. A verdade é que “não há dinheiro e as dificuldades são cada vez maiores”, denuncia a responsável que lamenta que o transporte de utentes que é o único serviço pago que a entidade dispõe não colhe a adesão com que foi projectado. “Para além do transporte damos toda uma assessoria às pessoas na deslocação
às consultas, ao Hospital, na compra de medicamentos, e noutras circunstâncias em que lhes faça falta”, conta a enfermeira que há três anos “pelo menos” que trava uma dura batalha para que esta delegação não seja encerrada. Também no que diz respeito a receitas diretas essas “já acabaram”. A presidente recorda-nos que os protocolos com a câmara municipal vilarealense “já terminaram”. Ora, o que resta são os postos de saúde nas praias durante a época balnear que “não são, de todo, suficientes”.
direcção a que preside ainda não desarmou. “Existe um projecto para a construção de uma hospedaria para jovens e um Centro de Noite para idosos” que está a ser estudada directamente com a presidência nacional e que poderia ser a «luz ao fundo do túnel». O projecto passaria por adquirir a antiga hospedaria dos maquinistas da REFER em VRSA que seria revitalizada com esses fins. “É um projecto pelo qual pretendemos continuar a lutar”, sublinha a enfermeira que lamenta todas as circunstâncias atuais.
Continuidade em risco
Cada vez mais ajuda a famílias
Nesta fase a continuidade da instituição “é uma incerteza”, mas a
“Se esta instituição fechar as portas
o que vai ser das cerca de 500 pessoas a quem é atribuída ajuda alimentar”, inquieta-se Maria Judite de Sousa que lida com uma realidade onde “são cada vez mais famílias carenciadas a procurarem ajuda”. A procura de apoio aumentou ao nível da alimentação, mas também o banco de roupas “é mais procurado do que antes”, denunciando a carência que aumenta gradualmente quando nos referimos a elementos básicos. Maria Judite de Sousa apela aos sócios que mantenham a sua ajuda com participação e pagamento de quotas, convidando novos sócios a aderir a esta delegação da CVP. De referir que nesta delegação da CVP funciona o Centro Local de Apoio aos Imigrantes e são realizados
Maria Judite de Sousa luta para manter esta delegação a funcionar também vários rastreios à população. “Apesar das dificuldades não nos podemos queixar do facto de termos muitos voluntários que estão sempre disponíveis para nos apoiar”, remata a responsável em nota de esperança.
Cantinas Sociais da Santa Casa de VRSA atingiram limite O alerta é do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real de Santo António que alerta para o facto das três cantinas sociais desta IPSS estarem no limite de capacidade apoio aos 100 utentes. Sustentabilidade financeira para ajudar os outros está tremida. GILDA PEREIRA
São muitas as dificuldades por que passam as instituições de ajuda ao próximo. Em Vila Real de Santo António tal facto aplica-se à Santa Casa da Misericórdia. O sufoco surge de todos os lados, em todas as valências. Em Abril o provedor Camacho Aguiã foi eleito com a sua equipa e a sua reeleição decorreu de um pedido à Mesa de Assembleia uma vez que o limite de mandatos à partida não faria prever que continuasse. Mas não houve mais listas a concorrer e “se não nos mantivéssemos o que iria acontecer daqui para a frente?...”, declarou apreen-
sivo o responsável ao JBG. Apesar de manter a força e vontade em ajudar os outros “vão faltando as condições financeiras”. O provedor explicou que “há, nas diferentes valências, há cada vez mais utentes a não ter condições para pagar as contribuição”, sendo que o provedor teme que outros tantos evoluam para a mesma condição. Estas circunstâncias têm-se agravado, e rapidamente, desde o ano passado. O número de utentes que acedem às cantinas sociais já atingiram o limite de apoio da instituição, de 100 “o que representa uma situação de extrema
preocupação para esta casa” A Santa Casa de VRSA apoia cerca de 900 pessoas na valências de lar, centro de dia, apoio domiciliário, unidade de cuidados continuados, unidade HIV/Sida, infantário, creche e centro de acolhimento. No total são 240 funcionários. São muitos os encargos financeiros de uma instituição cuja sustentabilidade financeira vem da comparticipação da segurança social e dos utentes. Esta IPSS conta também com o apoio de voluntários, nomeadamente na Unidade de Cuidados Continuados.
Ultrapassados processos burocráticos para Lar de Martinlongo Foi na presença do Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, que decorreu uma reunião em que ficou garantida a construção do lar de Martinlongo, no concelho de Alcoutim. O encontro de trabalho decorreu em Maio no salão do Centro Paroquial da localidade, uma reunião entre os representantes da autarquia de Alcoutim e os responsáveis pelo Centro Paroquial. Presentes na reunião estiveram também o presidente dos Centros Paroquiais de Martim Longo e Vaqueiros, Albino Martins, e o padre Alberto. Francisco Amaral destaca o facto da burocracia associada a este processo ter sido já “ultrapassada”. “O lar de Martim Longo será agora uma realidade e o concurso da obra deve avançar já em junho”, adiantou o
autarca. A gestão deste equipamento ficará a cargo do Centro Paroquial de Martinlongo. O lar de Martinlongo terá capacidade para 30 camas. De acordo com o protocolo, o Município de Alcoutim irá atribuir àquela instituição uma verba correspondente a 90 por cento do custo total do projecto de arquitectura, entretanto já adjudicado à firma DC - Consultores de Engenharia, Lda, pelo valor de 23.380 euros, mais IVA. De referir que num município de interior e cada vez mais envelhecido, como é o de Alcoutim, uma das grandes apostas da autarquia passa por apoiar a criação de valências e equipamentos que possam ajudar os mais idosos. O Lar e Centro de Dia de Alcoutim é única instituição do concelho com
valência de internamento, mas está há muito sem vagas, contando neste momento com uma lista de espera de mais de seis dezenas de pessoas. Nesse sentido, a autarquia está a diligenciar para que seja rapidamente construído mais um lar para a terceira idade no município, desta vez em Martinlongo. Segundo a edilidade alcouteneja, trata-se de ampliar, recuperar e adaptar o edifício do actual Centro de Dia de Martinlongo, instituição apoiada pela Segurança Social e pertença do Centro Paroquial de Martinlongo. Essa ampliação consistirá na construção de quartos com vista à criação de cerca de 40 camas, assim como todas as estruturas de apoio inerentes, de acordo com a legislação em vigor.
Direção dirigida por Camacho Aguiã vê-se a braços com aumento de carência da população
Festa intercultural sob o pretexto do Corfebol A interculturalidade foi promovida recentemente em Lisboa no âmbito de um torneio de Corfebol que teve lugar a 19 de Maio em Lisboa. Chamou-se «Corfebol sem Fronteiras» e contou com cerca de 355 participantes. A equipa do Centro Local de Apoio à Integração do Imigrante (CLAII)marcou presença com a sua equipa, fundada em Janeiro de 2013. Ficou em penúltimo lugar, mas “o mais importante foi participar”, realçou ao JBG Rita Prieto, coordenadora deste CLAII. As equipas foram constituídas por Homens e Mulheres, Imigrantes e Autóctones, em igualdade de oportunidades.As 19 equipas integraram participantes de 21 nacionalidades: Alemã, Americana, Angolana, Belga, Brasileira, Búlgara, Cabo-Verdiana,
Congolesa, Costa-Marfinense, Espanhola, Francesa, Guineense, Iraniana, Moçambicana, Moldava, Portuguesa, Romena, Russa, São-Tomense, Senegalesa e Ucraniana. Vila Real de Santo António envergou o seu novíssimo logótipo, desenhado pelo escultor Nuno Rufino. A equipa com 14 elementos conta com as treinadoras Ana Cabrita e Eugénia Caeiro. “Valenos muito os contributos destas pessoas que voluntariamente nos ajudam”, salienta a responsável que agradece ainda à Escola D. José I, câmara municipal de VRSA, Rádio Guadiana e Jornal do Baixo Guadiana “que muito também nos ajudaram a tornar esta participação possível”.
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DESENVOLVI ME NTO
Abril e Maio foram meses de aprovação de mais 2 milhões de euros em projetos PRODER No total a Associação Terras do Baixo Guadiana, com sede em Alcoutim, aprovou um montante que ascende aos 2 milhões de euros. A medida em questão é a 3.2 e contempla projetos para
a conservação e valorização do Património Rural e Serviços Básicos para a População Rural. Na ação 3.2.1 – Conservação e Valorização do Património Rural, aprovados em 30 de Abril
«Notícias Projeto Alcoutim» Workshop “Marketing e Empreendedorismo em Meio Rural” reuniu os desempregados do Concelho de Alcoutim O «Workshop de Marketing e Empreendedorismo em Meio Rural», iniciativa do Projeto Alcoutim criada com o intuito de promover o espírito empresarial na comunidade local e apresentar soluções de financia-
mento para quem queira criar novos negócios, contou com cerca de 75 pessoas. Este evento realizado em Alcoutim teve como público-alvo os desempregados do concelho e empresários. Numa plateia de interesses heterogéneos, alguns dos participantes revelaram a intenção de criar o seu próprio negócio. Esta iniciativa contou com presenças institucionais tais como Município de Alcoutim, IEFP, CCDR, ANJE,
para além dos 10 pedidos de apoio aprovados no montante de 822.094,71€ de investimento elegível ainda foram aprovados sem dotação orçamental três pedidos de apoio cujo investimento
elegível totaliza 200.078,51€. A 22 de Maio foram aprovados projetos relativos à ação 3.2.2 Serviços Básicos para a População Rural do PRODER, num total de 11 pedidos de apoio no montante
1.191.151,12€ de investimento elegível e ainda foram aprovados sem dotação orçamental quatro pedidos de apoio cujo investimento elegível totaliza 154.128,77€.
Associação Nacional de Direito ao Crédito e Universidade do Porto e do Algarve. Serviu para criar pontes entre as instituições e os potenciais empreendedores, deu a conhecer estratégias de Marketing adequadas ao meio envolvente, fomentou a interação entre os participantes criando sinergias, e clarificou os procedimentos necessários para a criação de serviços e negócios ligados aos recursos endógenos do concelho de Alcoutim. A coordenadora Executiva do Projeto Alcoutim e moderadora, Maria Luísa Francisco, referiu que esta iniciativa conseguiu reunir quase todos os desempregados do concelho de Alcoutim, com o apoio do IEFP, e vai ter seguimento através de uma sessão de esclarecimento sobre Microcrédito
em Junho, mais personalizada, para que os interessados possam saber se as suas ideias de negócio podem ou não ser financiadas através do Microcrédito. Todas as iniciativas do Projeto Alcoutim podem ser consultadas em www.projetoalcoutim.pt.vu
especialistas em diferentes matérias e áreas do saber, num evento que deu a conhecer as particularidades deste afluente do Guadiana, as características da sua envolvente e as razões que levaram a que fosse galardoado com a classificação de sítio Ramsar. Neste evento que decorreu no Guadiana River Hotel no dia 3 de Maio, estiveram em foco temas como a qualidade da água, o peixe Saramugo, as Libelinhas ou a flora tendo-se seguido um período de debate. No final, organização, palestrantes e plateia rumaram ao Vascão num passeio explicativo que serviu para consolidar os temas abordados no Seminário por especialistas do ICNF, da Universidade de Évora e da Universidade do Algarve.
Projeto Alcoutim valoriza Ribeira do Vascão e organiza Seminário O Projeto Alcoutim apostou na realização de um Seminário que valorizasse o património natural e paisagístico de Alcoutim e dê-se enfase à classificação de sítio Ramsar recentemente atribuída à Ribeira do Vascão. Assim o Seminário “Ribeira do Vascão: Património Internacional”, reuniu
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Luís Villas-Boas dá ao JBG uma das poucas entrevistas desde que preside ao
grupo de trabalho que aguarda a aprovação, por parte do Governo, da Resolução de Conselhos de Ministros que dará origem à «Agenda Criança» em Portugal. O mentor da Emergência Infantil no país fala-nos na qualidade de diretor clínico do Refúgio Aboim Ascensão e aponta mudanças tão profundas quanto urgentes no que diz respeito ao Acolhimento, Proteção e Adoção. Entretanto, na grande casa cor-de-rosa em Faro 95 crianças são ajudadas e acarinhadas por 94 técnicos que trabalham “25 sobre 24 horas e 370 sobre 365 dias por ano” porque os meninos e meninas em risco não têm hora marcada para pedir ajuda.
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“O Estado não se pode demitir de dar colo às crianças” O refúgio Aboim Ascensão atribui centralidade a Faro, mas também a todo o país quando o tema é a emergência infantil. O seu mentor foi Luís Villas-Boas que em 1985 aceitou o desafio de gerir aquela que era uma instituição de acolhimento de crianças em risco. Transformou-a na primeira e maior instituição de emergência infantil em Portugal e até aos dias de hoje por lá já passaram 2500 crianças, tendo sido 600 delas adotadas e as restantes regressado às famílias “sem que alguma fosse devolvida”. É com visível orgulho pelo trabalho “intenso” de uma extensa equipa que Luís Villas-Boas está há 28 anos à frente desta instituição algarvia canalizada para crianças em risco com idades compreendidas entre os 0 e os 6 anos. O desafio de gerir esta entidade foi-lhe colocado em 1983, pouco tempo depois de ter aberto um consultório de Psicologia na cidade farense, e numa altura em que se preparava para ser psicólogo clínico de profissão. Aceitou e, rapidamente, aquele que era um desafiante projeto transformou-se numa autêntica missão de vida.
Capitão de Abril com a patente de Coronel de Cavalaria reformou-se extraordinariamente devido a grave enfermidade contraída em operações e posterior tratamento médico-cirúrgico. Hoje, e desde há quase três décadas, luta com ideais bem definidos em prol da consagração dos direitos das crianças, fazendo-se acompanhar por uma equipa de enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, psicólogas, educadoras, juristas e assistentes sociais, para além de inúmeros voluntários.
Projeto de vida: dar uma família às crianças O projeto de vida para os meninos e meninas que chegam ao Refúgio Aboim Ascensão é darlhes uma família. “Esse é o superior interesse comum a todas as crianças” sublinha Luís Villas-Boas que construiu em Portugal um modelo único que já mereceu por várias ocasiões reconhecimento nacional e internacional. No seu gabinete tem um «sem número» de quadros com fotografias onde aparece com as mais
destacadas personalidades portuguesas, e algumas também internacionais. Não é vaidade, mas sim demonstração do apoio que vem recebendo ao longo dos anos que se traduz em batalhas consecutivamente ganhas em prol das crianças. No ano de 2012 registou-se um crescimento do número de crianças separadas das famílias. O total ascende a 2289 o que representa mais 177 que em 2011. Em Portugal são cerca de 8 mil as crianças institucionalizadas ou em famílias de acolhimento. No entanto, Luís Villas-Boas está preocupado com o facto de estar a receber na instituição que dirige menos crianças em risco. “A razão não está identificada”, mas inquieta-o a possibilidade de as crianças estarem desprotegidas e sem uma sinalização atenta. “Em Portugal as crianças morrem sinalizadas”, diz em tom de revolta, identificando “ineficácia de trabalho de terreno por parte das entidades competentes”. Ali, no Refúgio Aboim Ascensão “trabalha-se 25 sobre 24 horas e 370 sobre 365 dias”. Luís VillasBoas indigna-se com o facto de “a Proteção do Estado fechar às
quatro da tarde”, lembrando que as crianças em perigo não têm hora marcada para pedir ajuda.
Acolhimento deve ser feito por faixas etárias “O primeiro centro de acolhimento de emergência infantil do país nasceu em Faro, somos nós. Doze anos depois surgiram os Centro de Acolhimento onde se misturam meninos de dois anos com outras de doze o que pode ser perigoso e de certa maneira considerado um crime porque crianças de doze anos podem abusar de crianças de dois”, alerta Luís VillasBoas que lamenta que esteja “em vigor ainda a legislação que recomenta acolhimento dos 0 aos 12 anos”. O diretor do Refúgio defende o Acolhimento por faixas: 0-6 anos (emergência infantil) 6-12 anos e 12-18. Este responsável aponta o dedo ao que considera “ uma pulverização de centros de acolhimento sem técnicos”, defendendo que estas estruturas “deveriam ter capacidade para muitas mais crianças e ser compostas por técnicos a tempo
inteiro”. Especificamente, quanto a instituições de emergência infantil no Algarve considera que para além do Refúgio Aboim Ascensão deveria haver mais uma a Barlavento com, no mínimo, 60 vagas. “As crianças entre os 0 e 6 anos têm de ser acolhidas por um centro de emergência infantil e não por Centro de Acolhimento Temporário só porque estes estão mais perto de suas casas” afirma Villas-Boas que garante estar disponível para ajudar “enquanto houver alguma criança no país que precise de Acolhimento de emergência infantil”. Em Portugal existem cerca de 200 instituições de Acolhimento, mas apenas três são unidades que se direcionam exclusivamente para crianças entre os 0 e os 6 anos: em Faro, Matosinhos e Guimarães. “É necessário criar um «Sistema Nacional de Emergência Infantil»; que funcione dia e noite, todos os dias e que esteja ligada aos tribunais permanentemente”, afirma Villas-Boas.
Processos de Adoção diligenciados em 3
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meses Depois de entrar no Refúgio Aboim Ascensão uma criança atravessa um processo que demora, em média, um ano para que seja definido o seu projeto de vida. Mas três meses bastam para diligenciar um processo de Adoção. O afeto e o desprendimento andam lado a lado na procura incessante de uma família para os meninos e meninas que ali chegam em risco e dali saem com um um futuro projetado. Antes disso há todo um acompanhamento da criança no que diz respeito à sua saúde física e psicológica, o historial da família é estudado e ponderada a via a seguir: família original ou adoção. “Esta é uma casa tradicional, cristã católica por isso tentamos encontrar uma família sempre que possível com um pai e uma mãe, mas já houve várias adoções monoparentais. Aliás, inclusive defendemos a adoção monoparental no feminino e muitas vezes é benéfica para meninas que foram vítimas de abuso sexual. Depois da terapia que aqui recebe é importante não encontrar a figura do homem logo
nos primeiros tempos da adoção”. São “vários” e “graves” alguns dos casos que têm passado por Faro. A Luís Villas-Boas choca-o as aulas de formação de pais para a Adoção promovidas pela Segurança Social. Acusa mesmo de se tratarem de “uma ilegalidade” e de se constituírem numa “ferramenta dilatória da Adoção”. Denuncia, também, a atuação de agências de Adoção estrangeiras em Portugal, que segundo explica “promovem que famílias estrangeiras adotem crianças que em Portugal já têm potenciais pais adotivos e que muitas vezes nem sequer chegam a ser avaliados”. Este responsável não poupa considerações, afirmando mesmo “que a Adoção em Portugal está a precisar de Ministério Público e Judiciária”.
Estado não se pode demitir de dar colo às crianças “Um bebé que fica na neonatologia porque a mãe não a quer ou a não pode ter custa em média 500 euros por dia ao Estado”, diz-nos Luís Villas Boas, acrescentando
que “muitas ficam nos hospitais um mês”. Para este responsável é evidente que “os portugueses vão fazer um dia as contas e vão questionar os custos que isso acarreta”, e questiona “onde estão os responsáveis da Proteção para retirar de lá as crianças!?”. Este diretor clínico é peremtório ao afirmar que “o Estado não se pode demitir de dar colo às crianças desde que nascem”. O Psicólogo clínico mostra-se veemente contra as «Amas de 24 horas», explicando que “as crianças até aos 6 anos não se podem vincular a essas pessoas; essas crianças têm de estar em instituições de emergência infantil porque se assim não for um dia que forem adotadas por uma família vão sentir-se abandonadas novamente”. Para as crianças ditas «especiais» “e que são aquelas que têm doença crónica, rara ou deficiência” Luís Villas-Boas defende que o Estado deveria apoiar famílias que as quisessem criar para toda a vida. “Estou cansado de ver seminários, conferências, fóruns organizadas por instituições que nem sequer lidam com crianças”, desabafa.
O mecenato e o voluntariado No total a base de dados do computador do Refúgio Aboim Ascensão tem 15 mil nomes. A lista extensa compila voluntariado e mecenato para além de todos os contributos que diariamente chegam a esta instituição. Aqui recebem donativos de todo o género. “Há três anos que a BP Portugal nos dá todo o combustível para a nossa frota; as fraldas não as compramos há 16 anos,…” enumera Villas-Boas que identifica este fenómeno como um sinal de que ele e sua equipa estão no “caminho certo”. Os voluntários são-no nas mais variadas áreas e muitos deles são jovens.
«Agenda Criança» aguarda aprovação do Governo A 3 de Maio de 2012 foi criado o grupo de trabalho para a «Agenda Criança» que aguarda por parte do Governo a aprovação da Resolução do Conselho de Ministros que lhe dará origem. Aquele grupo é pre-
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sidido por Luís Villas-Boas e está ativo num trabalho constante para a Proteção, Acolhimento, Adoção e Emergência Infantil. A ser uma realidade a «Agenda Criança» dará origem a duas comissões: uma para Proteção e outra para Acolhimento, Adoção e Emergência Infantil. “São quatro áreas onde é preciso mexer porque umas estão distorcidas, outras perturbadas e há outras como a Adoção que estão paradas no tempo”. Luís Villas-Boas garante que “a «A agenda Criança» não tem custos porque aponta para reformulação de estruturas que já existem”. No que diz respeito ao projetoLei do Partido Socialista que foi aprovado a 17 de Maio para a coadoção por casais homossexuais Luís Villas-Boas já defende que “esta lei deveria ser alvo de veto presidencial, sendo essencial referendar a população em relação ao tema”, disse, exemplificando que “um menino que vive em casa de duas mulheres nunca poderá perceber o que é um homem”, lembrando que a Adoção “é matéria que reporta a crianças e não a adultos”.
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LOCAL
Terra de Maio e Festival do Caracol elevam produção regional e tradições O mês de Maio foi pródigo em eventos imbuídos pelo espírito da tradição e do artesanato. Em Castro Marim uma semana apenas separou dois dos eventos de maior relevância no concelho. Primeiro a «Terra de Maio», entre 10 e 12 de Maio, na localidade do Azinhal que recebeu mais uma edição de um certame que apresenta produtos tradicionais qualificados, produtos biológicos, artesanato, gastronomia, queija-
ria, etnografia, folclore e a cabra de raça Algarvia. Houve, ainda, lugar para tertúlias, seminários e música. De destacar a presença do secretário de Estado da agricultura na inauguração do evento. O gover-
nante elogiou o objetivo, bem como a organização do certame. Depois, entre 17 e 19, um fimde-semana de caracol com o Festival Internacional, que contou com especialidades portuguesas, mas também de Marrocos, Espa-
A «Terra de Maio» contou com várias exposições de arte, produtos regionais, conferências, tertúlias e muita animação.
Odiana faz manutenção de percursos pedestres A Odiana – Associação para o desenvolvimento do Baixo Guadiana, desde Abril de 2013 que se encontra a realizar manutenção dos percursos pedestres implementados pela entidade em 2005. O objetivo é o incentivo ao pedestrianismo no Baixo Guadiana e o envolvimento da população. Sinalética apagada ou pouco visível, placas caídas ou partidas, provocadas por intempéries, pelo passar do tempo ou por outros imprevistos; são estes alguns dos estragos que uma equipa da Odiana identificou e está a solucionar desde o passado mês de Abril. Até à data foram reabilitados dois dos percursos mais procurados, nomeadamente nas localidades de Odeleite e Azinhal. A necessidade de reparação foi identificada pelos próprios caminhantes que efetuam o percurso e transmitiram a informação à associação. Após o Verão, no final de Setembro, portanto a altura mais propícia para a caminhada no interior serrano, a Odiana pretende continuar com a campanha de manutenção dos percursos pedestres e não descura um repto aos praticantes do pedestrianismo para ajudar a reabilitar os percursos do Baixo Guadiana. Recorde que a Odiana implementou no Baixo Guadiana em 2005 uma rede de 135 quilómetros de percursos pedestres/BTT, devidamente traçados e sinalizados, que permite ao visitante conhecer toda a riqueza que esta região tem para oferecer.
Já foram reabilitados dois percursos. São dos mais procurados: Odeleite e Azinhal Dezanove percursos dão a oportunidade de descobrir o património, a paisagem e as tradições de uma região que ainda mantém valiosos testemunhos da sua história. Os percursos servem os propósitos desportivos, contacto com a natureza ou simplesmente passeio. Para outras informações consulte o site da Odiana www.odiana.pt , contacte através do 281 531 171, odiana.comunicacao@gmail.com ou ainda no facebook onde pode visionar o álbum fotográfico resultante da manutenção.
nha e França. Ao longo de três dias, no Revelim de Santo António, foram saboreados os caracóis confecionados no Algarve, no país, mas também por chefs de cozinha espanhóis, franceses e marroquinos que surpreenderam com receitas
deste afamado petisco. Caracóis «à algarvia», empadas de caracol, espetadas de caracóis e outras iguarias marcaram a diferença neste certame que foi animado pelo concerto da fadista Joana Amendoeira
O «Festival Internacional do Caracol» em Castro Marim apresenta receitas muito diversificadas do petisco. São saberes e sabores nacionais e ointernacionai.
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D ESEN VO LVIMEN TO
Município de VRSA assume gestão da frente ribeirinha Protocolo assinado com IPTM permite à autarquia dar seguimento a projetos ligados ao turismo e indústria naval. Desde o passado dia 13 de Maio que o município de Vila Real de Santo ANtónio tem a seu cargo a gestão da frente ribeirinha. No Dia da Cidade foi assinado o protocolo com o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos. O protocolo permite à autarquia dar seguimento a importantes projetos ligados ao turismo e à indústria naval, devolvendo a frente do rio Guadiana à população. O município planeia já a instalação de cluster marítimo e unidades turísticas, bem como de
um parque empresarial destinado a acolher empresas marítimo-turísticas. Estes objetivos serão complementados pela instalação de atividades ligadas à investigação, à pesca e ao apoio à frota. Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, este protocolo representa um “acordo histórico entre o Estado e a autarquia” e “dá finalmente andamento a um plano que tem vindo a ser negociado desde 1997 e pelo qual a cidade esperava
há vários anos”. A área norte, junto ao porto de pesca, constitui uma das três zonas de intervenção e acolherá as indústrias de construção e reparação naval hoje instaladas na zona sul da cidade, que, ao verem assegurada a sua relocalização, poderão expandir-se e modernizar-se. A segunda zona de intervenção diz respeito à zona ribeirinha da cidade (Avenida Marginal) e visa a reconfiguração dos antigos arma
Pescadores querem travar renovação de acordo de pesca do Guadiana A câmara municipal de Vila Real de Santo António está solidária com as reivindicações dos pescadores, e por isso solicitou uma reunião com o secretário de Estado do Mar.
Empresa quer fazer prospeção de minerais no Baixo Guadiana Alcoutim e Castro Marim, concelhos algarvios do Baixo Guadiana, e Mértola, da parte alentejana, estão na mira da empresa Bolt Resources PTY, Lda que requereu direitos de prospecção de minerais nesta subregião. O anúncio saiu em Diário da República a 23 de Maio. A publicação do aviso pela Direção-Geral de Energia e Geologia, estabelece o início de um prazo de 30 dias para “todos os interessados apresentarem reclamações ou apresentarem direitos de preferência”. As eventuais reclamações terão ser dirigidos, “por escrito com o devido fundamento”, dentro desse prazo, à Direção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direção-Geral de Energia e Geologia, em Lisboa,
Baixo Guadiana luso e espanhol tem novo roteiro turístico Trata-se de um dos mais completos guias, tendo sido editado pela Junta da Andaluzia - Consejeria de Turismo Y Comercio, no âmbito do projeto GUADITER. Neste documento confluem 15 municípios do Baixo Guadiana alentejano, algarvio e espanhol. As sugestões são variadas, desde recursos turísticos, culturais e
As principais associações de pescadores são Pesca Artesanal da Baía de Monte Gordo, Armadores e Pescadores do Porto de Pesca de VRSA, Mariscadores de Arrasto de Cintura da Baía de Monte Gordo e Pescadores Santo António de Arenilha Depois de as associações de pescadores do concelho de Vila Real de Santo António contestarem os termos da renovação do Acordo Fronteiriço do Rio Guadiana a câmara Municipal de Vila Real de Santo António, está solidária e já solicitou uma reunião, com caráter de urgência, ao Secretário de Estado do Mar. Para os pescadores, a prorrogação automática do acordo, a 31 de dezembro de 2013, nos termos em que está formulado, prejudica toda a atividade pesqueira, uma vez que não existe correspondência entre as formas de captura entre os dois países, o que tem gerado incidentes entre a frota espanhola (de arrasto) e a portuguesa (que utiliza artes fixas). As principais associações de pescadores são Pesca Artesanal da
Baía de Monte Gordo, Armadores e Pescadores do Porto de Pesca de VRSA, Mariscadores de Arrasto de Cintura da Baía de Monte Gordo e Pescadores Santo António de Arenilha. Já prepararam um conjunto de recomendações para serem entregues ao Secretário de Estado e à Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos. Os pescadores, tanto da pesca como da mariscagem, querem que as licenças sejam ajustadas aos recursos de pesca nas zonas de VRSA, Monte Gordo e Tavira; e defendem que deve ser reduzida para metade o número de licenças a conceder aos pescadores espanhóis e a limitação da pesca com ganchorra. No campo das recomendações, defendem ainda a necessidade de o arrasto de moluscos bivalves apenas ser efetuado após o nascer do sol
e de se assegurar o cumprimento dos tamanhos mínimos e dos limites máximos de captura diária, em particular das embarcações espanholas, visto apresentarem maiores dimensões e autonomia. Os pescadores alegam também que “a fiscalização efetuada pelas autoridades portuguesas sobre as embarcações espanholas de arrasto de bivalves não está a seguir os mesmos critérios em relação aos armadores portugueses, prejudicando a actividade”. Advogam ainda que as licenças a atribuir às embarcações portuguesas, no âmbito do acordo, “devem ter em consideração o domicílio fiscal dos armadores e não as matrículas registadas nas capitanias, evitando que embarcações de outros pontos do país operem em concorrência no Algarve”.
onde o pedido pode ser consultado nos dias úteis, na hora de expediente. Os autarcas de Castro Marim e de Alcoutim confrontados com este projeto mostraram desconhecê-lo. Se por um lado José Estevens remeteu-se ao silêncio, Francisco Amaral admitiu que uma eventual exploração de minério pode ser benéfica para o concelho, situado na serra algarvia e que é um dos mais desertificados do país. “A exemplo do que se passa em concelhos do Alentejo, a exploração de minério é um fator de desenvolvimento e pode ser positivo em termos económicos e de criação de emprego para esta zona”, disse o autarca, sem se alongar em mais comentários.
ambientais. A finalidade é difundir uma estratégia turística conjunta para promover uma oferta estruturada do Baixo Guadiana. Trata-se de uma iniciativa de cooperação entre o Algarve – Alentejo – Andaluzia e financiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal – Espanha.
Praias de VRSA e Alcoutim galardoadas com bandeira azul No território do Baixo Guadiana os concelhos de Vila Real de Santo António e Alcoutim foram galardoados, em pleno, com bandeira azul. O Algarve é, de resto, a zona com mais bandeiras azuis em Portugal. A Associação Bandeira Azul da Europa é responsável pela atribuição das bandeiras azuis a praias que cumpram
determinados critérios de natureza ambiental, de segurança e conforto dos utentes, informação e sensibilização ambiental. De referir que o município de Castro Marim não se candidata a este galardão pelo executivo liderado por José Estevens discordar dos critérios de atribuição.
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DESENVOLVI ME N TO
Programa «Formação Algarve» começou mais cedo para ter maior adesão «Pertoda
Europa»
UE compromete-se a garantir uma educação de base para todas as crianças até 2030 A Comissão Europeia confirmou , durante uma conferência de alto nível em Bruxelas, a sua vontade de tornar a educação mais igual e de lhe dar maior qualidade no programa de desenvolvimento para o pós-2015, graças à continuação do apoio financeiro. Ação Climática: Comissão lança debate público na Europa Meridional e Oriental A Comissária europeia responsável pela Ação Climática, Connie Hedegaard, está a lançar uma série de eventos públicos para levar os cidadãos europeus a participar no debate sobre as alterações climáticas e incentivar a ação individual para as combater. Nos próximos dois meses, Connie Hedegaard manterá uma série de diálogos com os cidadãos, as empresas e as autoridades em cinco países da Europa Oriental e Meridional sobre o modo de acelerar a ação contra as alterações climáticas. Comissão reflete sobre o futuro das moedas de 1 e 2 cents A Comissão sugeriu quatro cenários possíveis para a continuação da emissão ou uma eventual retirada das moedas de 1 e 2 cents. A Comunicação hoje adotada responde a um pedido do Parlamento Europeu e do Conselho de Ministros em 2012 para investigar a utilização das moedas de 1 e 2 cents à luz dos critérios de custos e da aceitação por parte do público. A migração como motor de desenvolvimento A Comissão Europeia apresentou os seus pontos de vista sobre a forma como a migração e a mobilidade podem contribuir para o desenvolvimento inclusivo e socioeconómico e o modo de reforçar a cooperação mundial neste domínio. A sua Comunicação intitulada «Maximizar o impacto da migração sobre o desenvolvimento» servirá de base à elaboração de uma posição comum que a UE e os seus Estados-Membros defenderão no âmbito do Diálogo de Alto Nível sobre Migração Internacional e Desenvolvimento, organizado pela Assembleia Geral da ONU a 3 e 4 de outubro de 2013.
Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve
Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt
www.ccdr-alg.pt/europedirect
No passado dia 17 de Maio o Governo apresentou em Faro o programa Formação Algarve cujo objetivo é combater os efeitos da sazonalidade turística regional no desemprego. Este ano o programa vai ser lançado mais cedo para contar com maior número de adesões, afirmou o secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque. O Governo vai investir dois milhões de euros para dar formação profissional a desempregados do Algarve que fiquem sem trabalho durante a época baixa devido à suspensão ou paragem da atividade das empresas em que trabalham.
“É uma medida que se destina especificamente à região algarvia, totalmente financiada com fundos nacionais - uma vez que o Algarve, como é sabido, está fora da possibilidade de receber fundos comunitários - e que se destina essencialmente a combater o fenómeno da sazonalidade no turismo algarvio e as suas consequências em termos do emprego”, disse o governante à agência Lusa que na apresentação do «Formaçao Algarve» se fez acompanhar pelo secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes.
AHETA aponta lacunas Por sua vez Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve apontou lacunas neste programa. Entre as falhas do programa, aquele responsável enumera “a curta duração das ações de formação (sete meses), a sua excessiva carga horária e o facto de as empresas terem que pagar os encargos tributários relativamente a todo o salário dos trabalhadores abrangidos, uma vez que o apoio financeiro concedido apenas abrange uma parte do vencimento”.
Memorando turístico Lei para coadoção para melhorar setor até no seio de 2020 casais gay Foi aprovada a 17 de Maio no Parlamento uma lei que viabiliza que casais gays adotem um filho ou uma criança que já esteja sob a tutela de um dos parceiros. O projeto-Lei foi aprovado no Dia Mundial da Luta contra a Homofobia. A aprovação do projeto para a “coadoção” permitirá casais gays maiores de 25 anos a adotarem os filhos do casal quando exercer a “responsabilidade parental” e se o menor o aceitar, caso seja maior de 12 anos.
O presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva, apresentou o Memorando Turístico da região com um conjunto de propostas para melhorar o desempenho turístico do destino. As medidas apresentadas deverão ser postas em prática até 2020. Em causa estão as acessibilidades aéreas, competitividade fiscal, promoção, definição de produtos turísticos e modernização da imagem da região. Desidério Silva advoga que o Algarve tem de ser vendido como um destino de turismo válido o ano inteiro. Para isso estarão em cima da mesa propostas com foco também na dinamização do Turismo Náutico, a Gastronomia e Vinhos ou o Turismo de Saúde e Bem-estar.
Desidério Viegas lidera Turismo do Algarve
Internet quântica O avanço na área da física das partículas permite já o funcionamento de computadores quânticos, máquinas mais rápidas e com maior fluidez. Investigadores do laboratório Los Alamos, onde foi produzida a primeira bomba atómica, situado nos Estados Unidos da América, estão a desenvolver e testar a internet do futuro, designada por internet quântica. Esta rede aparenta ser mais segura e inviolável. As soluções de rede quântica criadas até agora só permitem que as mensagens sejam enviadas entre dois lugares, ao invés de roteadas para outros pontos. O novo conceito usa as leis da mecânica quântica, baseadas na dualidade dos estados da matéria — ora estável ora instável, dado o princípio da incerteza a ínfimas dimensões. Quando se tenta medir um objeto quântico, como um fotão (partícula da luz), ele altera-se. Isso torna impossível intercetar as mensagens, que ficam incompreensíveis para um terceiro,
Na rede estrela, o servidor está no centro e controla o fluxo de dados para os outros. Um ataque físico ao centro bloquearia a rede. Na Internet atual, a informação está dividida aleatoriamente, por pacotes, em vários servidores dispersos por todo o mundo. nessa dinâmica de rede. O hub funciona como um conversor, recebendo os dados do servidor, no modelo quântico, e encarrega-se de converter para bits comuns, reconverter em bits quânticos e distribuir para outros computadores por meio de uma rede estrela. Isso significa que o caminho de volta segue o mesmo modelo central. Os investigadores conseguiram
NO ALGARVE
utilizar um sistema de router, que possibilita a transmissão de dados entre mais do que dois locais. Dado que toda a segurança, no modelo estrela, fica concentrada num único local, um problema nessa central deixaria todos os dados vulneráveis. Até que esta situação se resolva, este novo conceito de internet não vai ser popularizada.
Centro Hospitalar do Algarve — A criação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), com a agregação do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (hospitais de Lagos e Portimão) e o Hospital de Faro, foi publicada em Diário da República. O decreto-lei entra em vigor no dia 1 de Julho próximo. Atribui ao Centro Hospitalar do Algarve a competência de gestão dos hospitais públicos do Algarve. Estabelece a extinção do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e do Hospital de Faro “com dispensa de todas as formalidades legais”, na data da sua entrada em vigor. Promoção da Cavala — A empresa pública Docapesca e a Administração Regional de Saúde do Algarve, como forma de promover o consumo de pescado junto dos jovens e do público em geral, participaram, nos finais de Maio, na realização de um conjunto de atividades, enquadradas na promoção da cavala, que evidenciam as qualidades do pescado português como o melhor peixe do Mundo. Ainda o caso de Maddie — Há oito cidadãos britânicos na lista de procurados para interrogatório, no caso do desaparecimento de Maddie McCann na Praia da Luz. Nesta lista, segundo revela o jornal inglês Daily Star, seis funcionários de limpeza que se deslocavam numa carrinha branca, e um casal de meiaidade, que na véspera do desaparecimento, terá entrado em casa e no quarto, ao ouvir a menina chorar. Outros funcionários do resort estão também numa lista de interesses: um carpinteiro, um funcionário de limpeza e um jardineiro. A equipa de seis funcionários de limpeza andava de casa em casa oferecendo os seus serviços, sobretudo a turistas ingleses. De acordo com a polícia, há interesse em ouvir estas pessoas nem que seja para as descartar como suspeitas. Intermarché e Mosqueteiros — O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio alertou para o facto de que 21 funcionários do supermercado Intermarché de São Bartolomeu de Messines (Silves) estão em risco de despedimento, devido a um conflito entre a loja franchisada e o grupo «Os Mosqueteiros». O cenário de despedimento resulta das dificuldades impostas pelas exigências financeiras do grupo para o fornecimento de mercadoria. José Cruz
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COLUNA CULTURAL
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O Concelho de Vila Real de Santo António e as Guerras Liberais As designadas Guerras Liberais, resultantes dos confrontos entre o partido liberal de D. Pedro IV e o partido absolutista de D. Miguel, deram origem a inúmeros episódios dignos de registo, como o Cerco do Porto, entre 1832 e 1833, ou a Batalha do Cabo de São Vicente, em 1833. Porém, também nos contextos locais houve episódios muito interessantes que, pelo seu valor históricopatrimonial, merecem ser partilhados. O Governador da praça de Vila Real de Santo António era, por esses anos, Sebastião Martins Mestre, oficial de infantaria que se distinguiu na resistência contra as invasões francesas. Numa carta datada de 18 de Janeiro de 1810, tecia o Marquês da Vila de Olhão rasgados elogios a Sebastião Martins Mestre pelo seu “patriotismo, honra e actividade na defesa da Gloriosa Religião do Príncipe e da Nação”. Contudo, e ainda que Sebastião Martins Mestre se tenha demonstrado entusiasta da Revolução Liberal Portuguesa de 1820, acabou por tornar-se num dos mais acérrimos defensores do partido absolutista. Ao ser nomeado governador da praça de Vila Real de Santo António, deu origem a uma administração pautada por perseguições aos simpatizantes do partido liberal e exercendo contra estes todos os tipos de crueldades. Segundo Ataíde de Oliveira, o governador perseguiu o pároco de Vila Real, José da Encarnação Almeida, o sargento de milícias, José da Cruz Azevedo, e toda a família Pessanha, que viu os seus bens serem confiscados e foram desterrados para Castro Verde. Entretanto, no dia 24 de Junho de 1833, desembarcaram na praia da Manta Rota as tropas liberais comandadas pelo Duque da Terceira. Não tardaram os confrontos entre o governador de Vila Real de Santo António e os constitucionalistas, que acabaram por derrubar o poder local absolutista. Foi levantado um processo contra o ex-governador Sebastião Martins Mestre, pelo que acabou por ser preso de modo a responder em Lisboa pelos crimes de que era acusado. Ironicamente, foi nomeado comandante da escolta um membro da mesma família que o ex-governador tinha perseguido: Eusébio Frei Pessanha. Quis o destino que o acusado não chegasse a Lisboa, onde deveria ser julgado. Na madrugada da partida, um indivíduo emboscou a escolta. Lançando-se sobre o acusado, desferiu-lhe uma punhalada mortal, fazendo justiça pelas próprias mãos… E quem era este individuo? Era uma das pessoas anteriormente perseguidas pelo ex-governador, o sargento de milícias, José da Cruz Azevedo. O comandante da escolta ainda correu em auxílio do preso, mas era tarde demais; o antigo governador de Vila Real de Santo António tinha sido assassinado antes do julgamento. Mostra-nos a História que muitas vezes a sede de justiça popular sobrepõe-se à própria lei, frequentemente moldada em função dos interesses das classes instaladas no poder. É algo em que a classe política deveria reflectir…
“Escrever é estar ligada ao fio da vida” Pegar em pequenos momentos da vida e torná-los centro das suas crónicas é, por norma, o método que Ana Amorim Dias utiliza para escrever diariamente, sendo que uma crónica é produzida, em média, em cerca de 10 minutos. Este ato de escrita que é diário acarreta uma responsabilidade enorme porque esta escritora tem já um conjunto de fiéis leitores que a seguem nas redes sociais e nos jornais e revistas onde colabora. Muitos dos seus leitores são também eles pretexto para o tema eleito e a partir do qual dá asas à imaginação. E, assim, cresce a sua paixão por esta forma de estar no mundo. Um contacto muito direto e intimista entre o sentir dos outros e o seu coração aberto aos embates, à vontade de sentir e partilhar. Se passar um dia sem publicar uma crónica no facebook prontamente recebe contactos a questioná-la se está bem. “Sem dúvida que o facebook permite ter um feedback muito rápido em relação àquilo que escrevo”. Esta instantaneidade é-lhe cara, mas na verdade Ana A. Dias sente-se recompensada pelo amor que deposita ao escrever e publicar já que são muitos os «gosto» que vai recebendo diariamente, num corropio de contactos que vão ficando para sempre ligados à Ana escritora.” Escrever é estar ligada ao fio da vida: é o Nirvana, é ao mesmo tempo abstrairmo-nos de tudo e estarmos ligados a tudo.”, descreve-nos, acrescentando que para o desenvolvimento do seu processo criativo “é imprescindível estar em constante contacto com o mar”.
a época baixa do turismo no Algarve. E escreve de uma assentada. Viagem vai dar origem a livro AnaA. D. publicou já duas obras: «Zóia» e «Histórias do (A)Mar)». Prontos a publicar tem «Orgasmos da Alma» e «Quatro». E na calha estão já mais três livros. Um sobre a vida e obra de um fotógrafo francês, outro que será realidade em 2015 -uma obra que se irá traduzir num autêntico diário dos dias de hoje e que vai servir de comparação com o diário do seu bisavô, e que foi escrito há 100 anos atrás, em 1915 - e um terceiro livro vai representar um testemunho de uma experiência pessoal que a autora pretende viver já em Outubro próximo. “Partir de carro sozinha pelo Sul da Europa”. A escritora explicanos que esta nova viagem a sós deverá servir de base a um livro que inspire os leitores a superar os pequenos medos que os impedem de se aventurar para fora das suas zonas de conforto. Sempre com um brilho nos olhos e uma vontade incessante de escrever Ana A. Dias encara a vida como “ encontro com os outros depois de nos encontrarmos connosco”, e lamenta que haja “muita gente que passe pela vida a dormir”.
«Emoção» é a palavra que melhor define Ana Amorim Dias. Escritora com dois livros publicados, outros tantos terminados, e largas centenas de crónicas editadas nas redes sociais e em diversos órgãos de imprensa escrita.
Sentir-se escritora Casada, mãe de dois filhos, advogada e empresária na área do turismo Ana A. Dias tem um quotidiano bem preenchido e agitado. Ao JBG garante que os filhos “são exponenciadores da escrita e criatividade”, negando que a vida profissional e pessoal lhe deixem pouco tempo para a escrita, muito menos para a criatividade. Reserva sempre o último trimestre do ano e os meses de Fevereiro e Abril para escrever os seus livros, conciliando a sua produção literária com
Início em 2009 Ana Amorim Dias começou a escrever livros em 2009, e conta que foi o seu pai o grande impulsionador pelo gosto da língua portuguesa e pela literatura. Já prometeu a si mesma que vai viver os primeiros 10 anos do mundo da escrita “sem stress e sem a ansiedade da publicação”. A sua escrita trespassa temas muito diversos e, sobretudo, nas crónicas isso está bem plasmado. “ É possível escrever sobre tudo de uma forma interessante e que desperte a reflexão. Escrever com emoção traz emoção aos leitores. E é isso que eu quero”, destaca.
Fernando Pessanha Formador de História do Algarve * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
Ana Amorim Dias é autora de «Zoia» e «Histórias de (A)Mar», para além de inúmeras crónicas publicadas. Confessa-se uma apaixonada pelo mar que a inspira quotidianamente.
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CULTURA
Portuguesas ganham concurso de Sevilhanas
Azahara Diaz e Inês Martins chegaram, dançaram e venceram em terras de nuestros hermanos. As representantes da Academia de Baile Espanhol de Gracia Diaz de Vila Real de Santo António, obtiveram o primeiro lugar no Concurso de Sevilhanas de Cartaya. O Concurso é anualmente organizado pela associação de Empresários de Cartaya.
Inês Martins e Azahara Diaz da Academia de Baile Espanhol no momento em que receberam o prémio da parte do júri
AGENDA
POR CÁ ACONTECE
Alcoutim Comemorações Dia Mundial da Criança 01 Junho Escola de Alcoutim Sessão de esclarecimento: Microcrédito 4 Junho, 18h Centro Artes e Ofícios Org: Projeto Alcoutim Exposição de Fotografias Célio Martins 04 a 28 Junho Casa dos Condes Feira do Corpo de Deus 07 Junho, Martinlongo Mercado de Vaqueiros - 13 Junho Mercado do Pereiro - 23 Junho Feira de São Pedro – 29 Junho, Vaqueiros Concerto da Orquestra do Algarve 07 Junho, 21h Igreja Matriz Pereiro Passeio às aldeias mais portuguesas de Portugal 09 e 10 Junho Org: Associação Grito d’Alegria Santos Populares 14 Junho, 21h Farelos Baile de acordeão 15 Junho, 21h Zambujal Feira de Artesanato e Etnografia 15 e 16 Junho, 16h Praia Fluvial Pego Fundo Sardinhada de S. João e Marcha dos Santos Populares 22 Junho, 11h Pereiro Festa dos Montes do Rio 22 e 23 Junho, 21h
Guerreiros do Rios (Cais) Marchas Populares S. Pedro 28 Junho, 22h Giões Marchas Populares de S. Pedro e Baile 29 Junho, 21h Vaqueiros Atividades Núcleo Museológico de Santa Justa (Antiga Escola Primária) 30 Junho 17h Org: Projeto Alcoutim e CM Alcoutim
Castro Marim
Curso de Teatro: Artes de Palco Inscrições até 5 Junho Org: Companhia de Teatro Fech’Opano Conferência: Emprego/ Desemprego, que Futuro? Com o Dr. Álvaro Araújo 6 Junho, 16h Centro de Artes e Ofícios, Manta Rota
Espetáculo Musical: «Modos e olhares – Aleixo, Pessoa: desgarrada (im)provável» Org. e apres. Afonso Dias 21 Junho, 21h30 Biblioteca Municipal
I Feira internacional Floricultura 8 e 9 Junho Praça Marquês de Pombal Org: Secção de Colecionismo Bombeiros VRSA e AEV
Concerto: Quinteto de sopros 29 Junho, 18h30 Antigo cemitério de Cacela Velha Org: Orquestra do Algarve / Direção Regional de Cultura do Algarve Entrada – 6€
Serões de Acordeão 1 Junho - Azinhal 8 Junho - Corte Gago
Feira de Velharias e Numismática 8 Junho – Aven. República 22 Junho- Monte Gordo – Junto ao Posto de Turismo
Festas em Honra do Coração Imaculado de Maria 7 a 10 Junho Altura
I Encontro Internacional de Colecionismo 9 Junho, 9h às 18h Centro Cultural - Org: Secção de Colecionismo dos Bombeiros Voluntários VRSA
Exposição fotografia «Sous les pavês, la plage… sous la plage un autre Algarve ou a resiliência de um Algarve outro» De Filipe da Palma Até 30 Junho CIIPC Santa Rita Mercadinho de Verão 30 Junho - Cacela Velha
«VRSA: uma história no tempo» Com o Arq. José Carlos Barros 11 Junho, 21h Antiga Escola Primária da Aldeia Nova
FF em concerto a 8 de Junho em vrsa
Aniversário Clube Recreativo Alturense 10 Junho Altura Comemorações «Dia do Município de Castro Marim» 22, 23 e 24 Junho Castro Marim Festa da Malhada 24 Junho Odeleite
VRSA Exposição: «O corpo e a máquina, relação intrínseca na criação artística» Gravuras de Tatiana Faleiro 1 a 29 Junho /Biblioteca Municipal
Lançamento do livro: «Encontros improváveis», de Fernando Pessanha 13 Junho, 18h Biblioteca Municipal Tertúlia «Hoje à tarde há palhaços» JBG&Fech’Ó Pano 15 Junho, 17h30 Parque das Merendas de Monte Gordo Clube de leitura «Livros Mexidos» Tema: «Literatura e cinema - obras literárias adaptadas ao cinema» 20 Junho, 18h /Biblioteca Municipal
O cantor Fernando Fernandes «FF» vai estar em Vila Real de Santo António num concerto de memórias! A convite de João Frizza o espetáculo pretende ser memorável, recordando os mais emblemáticos temas de todos os tempos. O início do espetáculo está marcado para o dia 8 de Junho às 21h30 no Centro Cultural António Aleixo. Todos os temas são tocados ao vivo pela orquestra do II ACTO com direção do Maestro José António Rosa. As cantoras Catarina Claro, Nádia Catarro e Rita Livramento juntam-se a este espetáculo para interpretar músicas que fazem parte da memória de todas as gerações!A produção do espetáculo está a cargo de Diogo Chamorra - II ACTO
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Rui Rosa vence concurso «Lisboa Gráfica» O criativo Rui Rosa, residente em Vila Real de Santo António, designer da Odiana, igualmente responsável pela paginação e design do Jornal do Baixo Guadiana, arrecadou o primeiro prémio do desafio criativo Lisboa Gráfica. O tema das ilustrações foi «Histórias, pessoas e lugares de Lisboa». O desafio criativo foi aceite por inúmeros desginers e street-artists. Rui Rosa foi o vencedor masculino a par de Martina Manya, ambos escolhidos por júri. Um amante de Lisboa retratou o que mais o impressiona da cidade numa primeira imagem da capital portuguesa, recheada de pessoas e recantos. Quanto a este prémio Rui Rosa encara-o “como motivador para continuar a dar asas à criatividade e produção”. De referir que em 2007, O Círculo Criativo lançou com grande sucesso a primeira edição da “Lisboa Gráfica: Histórias, Pessoas e Lugares”, um desafio a todos os ilustradores, designers de comunicação e street artists, para representarem graficamente a “sua” Lisboa. O conjunto de trabalhos resultantes deste projecto esteve exposto na galeria 56 Artes, no Príncipe Real, e num mural de 60 metros de comprimento no festival Super Bock Super Rock, para o qual todos os artistas foram convidados.
LIVROS
por Carlos Brito
«PORTUGAL TURISMO RELATÓRIO URGENTE» de Vitor Neto
O designer da Odiana desenhou sob o seu olhar artístico pessoas e lugares de Lisboa
Documentários sobre o Baixo Guadiana apresentados em Faro O Museu municipal de Faro recebeu a fontes, aquedutos). Incluem-se também as 2 de Maio a projeção do projeto Docusub-categorias: Aldeias Típicas, Arqueolómentar da Algarve Film Commission. gico, Jardins e Miradouros, Rural. Ainda O JBG assistiu a esta projeção e de nos ‘Lugares’ encontramos o ‘Património destacar os concelhos do Baixo GuaNatural’, constituído por Áreas Naturais, diana que aqui se mostram em tradiLocais de interesse paisagístico, Plantas ções, costumes e pessoas. Tradicionais, Recursos Hídricos, Sítios de Todas as freguesias de Alcoutim e Interesse Biológico, Trilhos e Percursos Castro Marim e a freguesia rural de de Lazer. Cacela, do concelho de Vila Real de As Estórias são compostas por vídeos, Santo António têm particularidades os testemunhos dos mais velhos, os etnográficas que assim passam a estar sábios e experientes, e dos mais novos, documentadas no sistema audiovisual os interessados em dar continuidade às e fotográfico. sabedorias passadas entre gerações e a Para além destes documentários o exploração de novos materiais, formas projeto criou o site DOCUMENTAR. e utilidades. ORG que é o repositório, por excelênNo separador ‘Guia’ é possível aceder cia, de toda a informação recolhida. As freguesias de Alcoutim, Castro Marim e Vila Nova de Cacela, às listagens, entre outros, do Artesanato, Em vez das designações formais, adop- do concelho de VRSA, estão em destaque neste projeto Profissões Tradicionais e Produção Artetaram-se as indicações ‘Lugares’, e ‘Estórias’, sanal de Produtos Regionais, assim como de para fomentar uma maior aproximação ao Cultural, distribuídos por Edifícios e estrutuCriativos que fazem parte da realidade cultural público em geral. ras construídas (Arqueologia Industrial, Casa de cada território onde o projeto incide. De Dentro dos ‘Lugares’ consideram-se os Tradicional, Espaços Culturais, Educativos, referir que o projeto Documentar teve o apoio Edifícios e Locais de Interesse Patrimonial e Religiosos, e Hídricos - poços, cisternas, noras, do PRODER.
«MADONNA Mia»: exposição de pintura no arquivo municipal
Exposição é uma homenagem à mãe e é um conjunto de telas a óleo e acrílico de Luísa Lima, uma vilarealense que pegou nos pincéis em 1993
Está patente no Arquivo Histórico Municipal a exposição de pintura «Madonna Mia». Numa homenagem à mãe - criança, mulher, esposa e amante -, a mostra integra um conjunto de telas a óleo e acrílico de Luísa Lima, uma vila-realense que pegou nos pincéis em 1993. Luísa Lima iniciou o seu percurso de aprendizagem de pintura nos cursos da Universidade dos Tempos Livres de VRSA e frequentou um curso de retrato no Atelier Saint Raphael, em Paris. De acordo com a autora, «Madonna Mia» é o trabalho «de procura» da sua pintura, sendo igualmente o título do poema de Óscar Wilde originalmente intitulado «Wasted Days» (1881). A exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 16h45. A entrada é livre.
A perfeita adequação do título à obra ressalta como uma primeira impressão da leitura deste livro de Vitor Neto, antigo Secretário de Estado do Turismo, nos governos de António Guterres. É um relatório rigoroso sobre a situação do turismo em Portugal, apoiado numa informação exaustiva nas áreas determinantes, acompanhada de balanços e comparações que revelam a nosso recuo em relação a outros destinos turísticos. É uma urgente chamada de atenção para os pontos fracos, riscos e ameaças que pairam sobre o principal sector exportador de bens e serviços e uma das principais actividades económicas do nosso país. Com efeito, o autor demonstra que o turismo nacional atravessa uma perigosa fase de estagnação e quebra. Depois da «década de ouro», de 1990 a 2000, em que o número de entradas de estrangeiros passou de 8 milhões para 12 milhões, com um crescimento de 50%, veio a «década perdida» de 2000-2010, em que a entrada de estrangeiros até regrediu, cerca de 8 por cento. As estimativas em relação ao ano de 2011 indicam que pode ter havido uma ligeira recuperação com alguma aproximação aos números de 2000. Mas é também especialmente negativo que das três das principais regiões turísticas, duas – o Algarve e a Madeira – tenham tido quebras significativas. Como Vitor Neto salienta, o mais grave destes números é que o turismo na Europa continuou a crescer e todos os nossos principais concorrentes da bacia do Mediterrâneo cresceram bem neste período. Por isso pergunta: - «Porque não cresceu o turismo em Portugal?» E não hesita em apontar as principais causas, pondo à cabeça «a estratégia errada definida pelos vários governos». Junta-lhe outras, como: incompreensão, subestimação, encenações propagandísticas e a «ilusão do papel da imobiliária como “motor do turismo”», especialmente no Algarve. Conclui que em vez motor foi um desastre e «a própria imobiliária acabou por ser, em várias situações, vítima de si própria.» Isto teve grandes repercussões nos resultados nacionais, pois o Algarve continua a ser, de longe, a maior região turística do país. «Para onde queremos ir?» É outra interrogação a que Vitor Neto responde. Recusa qualquer proposta simplista, antes analisa a complexa situação do turismo no mundo, perscruta as perspectivas de desenvolvimento, define a estratégia e o lugar que podemos ocupar, adianta um conjunto de medidas concretas que devem integrar uma Política Nacional de Turismo.
* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
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PAT RIMÓN I O & PS I C O LO G IA Rubrica de pATRIMÓNIO
Os Santos Populares no Baixo Guadiana “A vila acordou em festa, é dia de São João, e toda a gente se apresta a cumprir a tradição.” Manuel Palma
A comemoração dos Santos Populares, em Junho, continua bem viva na memória da população do Baixo Guadiana. Hoje em dia ainda se fazem mastros, bailes e até se “salta à fogueira” feita de alecrim, no entanto, outros costumes da época, como a “água de São João”, são estranhos às novas gerações. A população começa por construir o mastro num local amplo, onde depois se organizam os bailes de Santo António, São João e São Pedro. Há algumas décadas, os mastros eram mais humildes e decorados, quase por completo, com ervas do campo. O pau usado para o mastro era, geralmente, um pau de pita com 5 ou 6 metros, revestido com ervas aromáticas recolhidas no campo e nas margens das ribeiras, como hortelã da ribeira, marcela, murta, mentrastos, rosmaninho, loendro ou alecrim. No topo estava a peça mais importante, a charola, que coroava o mastro. Era feita em cana, decorada com papel de seda de várias cores e uma
bandeira. A partir do mastro, esticavam cordas até às casas mais próximas. Estas cordas eram decoradas com tranças, flores e balões feitos em papel de seda colorido. O mastro era, como hoje, o centro do recinto dos bailes que se organizavam na véspera e nos dias dos santos. Em seu redor organizavam-se bailes de roda, animados por conjuntos musicais ou com um simples fole. Antes do baile, o chão era coberto com mentrasto. Os Santos populares eram marcados por outras tradições, como a “água de São João”: na madrugada desse dia, as pessoas recolhiam água de sete ou nove poços, que bebiam ou com que lavavam a cara, com fé nas suas propriedades milagrosas. Outros costumes eram praticados especialmente por rapazes e raparigas solteiros, que queriam saber com quem casariam. O objectivo destes ritos adivinhos era saber o nome, a profissão ou a situação económica do(a) cônjuge.
Um desses costumes consistia em deitar uma moeda na fogueira de São João e no outro dia dá-la ao primeiro pobre que se encontrasse, perguntandolhe o nome. Esse seria o nome do futuro namorado ou namorada. Para saber a profissão do namorado, as raparigas passavam pela fogueira um copo com água e uma clara de ovo. No dia seguinte, observavam a forma que a clara tomasse na água deixada ao relento para saber a profissão do amado. Outras passavam uma alcachofra nove vezes por uma fogueira, e colocavam-na num vaso até ao dia seguinte. Se a alcachofra estivesse florida o futuro noivo seria jovem e solteiro, se a alcachofra não estivesse florida, o prometido seria velho ou viúvo.
Também eu sou uma ovelha tresmalhada Que perdeu o rebanho na agreste campina Procuro a orientação abençoada E na graça de Deus cumprir a minha sina Perdido no destino adverso Que a minha vida ensarilha Numa tristeza profunda, emerso Chorando a morte da querida filha Foi Deus que prematuramente A levou para junto da mãe Enquanto eu na terra choro as duas Minha filha nunca estarás ausente O amor que o meu coração tem Nunca esquecerá as saudades tuas Manuel Gomes
Pedro Pires Técnico de Património Cultural Membro do CEPHA / UALg
Os medos na infância No passado dia 30 de Abril realizou-se na Escola EB1 Professor Caldeira Alexandre uma Formação sobre os Medos na Infância dirigida a uma turma do ensino pré-escolar, com o objetivo de desmistificar crenças em relação aos medos mais frequentes na infância e fornecer estratégias que possam de alguma forma ajudar a resolver esses medos. O medo é umas das emoções básicas do ser humano e é parte fundamental do instinto de sobrevivência. Numa situação potencialmente perigosa, o cérebro prepara corpo para dois tipos de resposta: o ataque ou a fuga. A capacidade de sentir medo é inata. Como tal, as pessoas podem manifestar uma certa angústia em relação a algumas situações que não tenham vivido anteriormente, mas das quais tenham tido referência através de sinais e estímulos emitidos por interação com o meio envolvente. No caso particular das crianças, o medo pode ter uma repercussão negativa na evolução da sua personalidade, podendo gerar insegurança, traumas e fobias, o que não lhes permitirá desenvolver-se adequadamente a nível social. Todas as crianças passam por períodos de medo. São fases normais que as ajudam a resolver problemas de desenvolvimento. Muitas vezes o medo serve
Saudade eterna
para chamar a atenção dos pais/educadores para esses problemas e para gerar o apoio de que as crianças necessitam. Na infância os medos devem-se sobretudo à sua grande capacidade imaginativa e à tendência a confundir a aparência com a realidade. Estes medos podem ser originados por uma experiência pessoal ou por relatos de experiências negativas de outras pessoas. À medida que a descrição do medo por parte da criança se torna mais expressiva, mais facilmente vai atingir a imaginação dos pais/educadores e também eles ficam cada vez mais presos ao receio da criança. Com esta reação exagerada, conferem uma espécie de credibilidade a esse receio e fazem com que a criança tenha mais dificuldade em dominá-lo. Se os pais/educadores não se alarmarem e reconhecerem que os medos fazem parte de um processo de aprendizagem, estão em melhor posição para ajudar a criança. Assim, é fundamental conseguir apoiar as crianças no sentido de combater os seus medos, e para tal seguem-se algumas indicações que poderão facilitar esse processo: - Não promover o medo. Por exemplo, não é aconselhável fazer afirmações do género “se não comeres a sopa o bicho papão leva-te!”; - Não proteger excessivamente; - Incentivar a criança a falar sobre o
seu medo; - Ouvir atentamente o que a criança tem a dizer sobre o seu medo; - Deve ser explicado à criança que aquilo que agora parece assustador e angustiante pode ser dominado, e que à medida que ela crescer aprenderá a vencer o seu medo; - Utilizar sempre vocabulário que a criança seja capaz de compreender; - A criança deve ser apoiada nos seus esforços para descobrir formas de dominar os seus medos; - Pode ser explicado que todas as crianças da sua idade têm medo; - Conversar com a criança sobre os medos que tinha na idade dela e de como aprendeu a vencê-los; - Qualquer tentativa que a criança faça para dominar o medo deve ser reforçada. Poderá voltar a referir-se a sucessos anteriores sempre que surjam novos medos. Existem alguns sinais de alerta na criança que devem ser tidos em conta, por exemplo: sono irrequieto, enurese, inibição, agressividade, birras demasiado frequentes, sonos trocados e tristeza. Caso estes se verifiquem, se for considerado que os medos da criança começam a invadir o seu estilo de vida, se perdurarem por um logo período de tempo (superior a seis meses), ou se afetarem a sua capacidade de fazer amigos,
Idade
Medos
0 - 6 meses
Perda de apoio; ruídos fortes
7-12 meses
Estranhos; alturas; objetos inesperados, repentinos
1 ano
Separação de um dos pais; ferimentos; estranhos
2 anos
Uma variedade de estímulos, incluindo ruídos fortes (aspiradores, sirenes, alarmes, camiões, trovões); animais; salas escuras; separação do pai ou da mãe; objetos ou máquinas grandes; mudanças no ambiente pessoal; crianças desconhecidas
3 anos
Máscaras; escuro; animais; separação do pai ou da mãe
4 anos
Separação do pai ou da mãe; animais; escuro; ruídos (inclusive ruídos à noite)
5 anos
Animais; pessoas “más”; escuro; separação do pai ou da mãe; dano corporal
6 anos
Seres sobrenaturais (por exemplo fantasmas, bruxas); danos corporais; trovões e relâmpagos; escuro; dormir ou ficar sozinho; separação do pai ou da mãe
7 - 8 anos
Seres sobrenaturais; escuro; acontecimentos dos media (por exemplo, notícias sobre ameaça de guerra nuclear ou rapto de crianças); ficar sozinho; dano corporal
9 - 12 anos
Testes e provas escolares; apresentações escolares; danos físicos; aparência física; trovões e relâmpagos; morte; escuro
será aconselhável procurar ajuda profissional. Não podemos esquecer que estes medos podem ser a forma de a criança estar a pedir ajuda. Por último, visto que os medos vão-se manifestando em alturas previsíveis ao longo da infância, segue-se um quadro resumo que especifica por idades quais os medos mais frequentes nas crianças.
psivrsa@gmail.com www.facebook.com/NEIP.vrsa
NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira, Ana Sofia Gonçalves, Daniela Santos
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P UBLIC IDAD E Rita Magalhães
CERTIFICO:
Notária
Para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada em vinte e três de Maio de dois mil e treze, de folhas onze a folhas doze verso, do Livro de Notas número Duzentos e Um-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada: JOSÉ DA PALMA DIAS, e mulher MARIA JACINTO DIAS RIBEIROS DA PALMA, ambos naturais da freguesia e concelho de Alcoutim, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua de Marialva, nº 55, Vale de Milhaços, Corroios, Seixal, intitularam-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de um prédio rústico, sito em Cercado, Balurcos, freguesia e concelho de Alcoutim, com a área de quatrocentos e vinte metros quadrados, destinado a cultura arvense e amendoeiras, confrontando de Norte e Nascente com via pública, Sul com Custódia Cavaco da Palma Diogo e Poente com José da Palma Dias; inscrito na matriz rústica em nome do primeiro ante-possuidor, José Rodrigues, sob o artigo 260 da Secção 078, da freguesia de Alcoutim. Que a Conservatória do Registo Predial de Alcoutim certificou, em seis de Maio de dois mil e treze, que, feitas as buscas em nome das pessoas indicadas na requisição número quatrocentos e quarenta e três – Cert. número oitenta e um, de dois mil e treze, com referência ao prédio identificado, nenhum foi encontrado em igual situação, composição e confrontações. Mais declaram os outorgantes que entraram na posse deste prédio rústico por tradição, em face do pagamento integral do preço acordado por contrato de compra e venda verbal realizado com o primeiro ante possuidor, José Rodrigues, viúvo, residente na Rua Antero Quental, nº 12, Martim Longo, no princípio do ano de mil novecentos e noventa. Que, desconhecem os segundos ante possuidores por serem antigos e a proveniência de artigo não cadastral. Que, desde a indicada data, vêm possuindo este prédio rústico, cultivando-o e colhendo os seus frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, usufruindo ainda de todas as suas utilidades, tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisição do direito de propriedade do dito prédio rústico, por usucapião, por não possuírem documento com validade formal que lhes permita efectuar o registo para estabelecimento do trato sucessivo na competente Conservatória do Registo Predial. É certificado que fiz extrair e está conforme o original. Almada, aos vinte e três de Maio de dois mil e treze. A Notária Rita Magalhães Conta registada sob o nº 1174 Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Junho de 2013
Bruno Torres Marcos
Notário
EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em trinta de Maio de dois mil e treze, exarada a folhas onze e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Trinta e sete – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, freguesia de Tavira (Santa Maria): - JOÃO FRANCISCO e mulher JOAQUINA DAS DORES AMARO FRANCISCO, naturais ele da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, e ela da freguesia de Montelavar, concelho de Sintra, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Tremelgo, caixa postal 350-A, 8970-220 Martim Longo, contribuintes fiscais números 145131629 e 127215352, declararam: - Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de cultura com diverso arvoredo, com a área de dezanove mil novecentos e vinte metros quadrados, sito em Fonte da Murta, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, que confronta, efectivamente, do Norte e Poente com eles próprios, do Sul com Manuel Francisco Gonçalves, e do Nascente com Manuel Luís, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 18 da secção 068, em nome de Alice da Costa Varela, com o valor patrimonial tributário de 495,81 €, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. - Que este prédio, veio à sua posse, já no estado de casados entre si, no dia vinte de Agosto de mil novecentos e oitenta e quatro, por compra feita a A) Alice da Costa Varela, solteira, maior, residente na Rua 25 de Abril, n.º 5 C, 3.º direito, em Luz de Tavira, B) Aurora Maria Varela, solteira, maior, residente em Tremelgo, 8970-220 Martim Longo, e C) Maria Rosa, solteira, maior, já falecida, residente que foi em Tremelgo, 8970-220 Martim Longo, pelo preço, à data, de trezentos mil escudos. - Que a indicada data corresponde àquela que consta de um simples documento particular onde se declara a venda da “courela da Fonte da Murta” ao justificante marido, e assinada pelas identificadas vendedoras e por duas testemunhas, sem reconhecimento notarial – documento este que ficou arquivado à escritura – nunca chegando a outorgar a respectiva escritura pública, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo do prédio em seu nome. - Que, porém, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aquele prédio – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respectivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, e dele retirando os respectivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, o que invocam. Tavira, 30 de Maio de 2013. O Notário, Conta registada sob o n.º 2/984/2013 Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Junho de 2013
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Abertura de Procedimento para Contratação de Pessoal No âmbito da abertura da Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração do Azinhal, vem a Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal – ABESFA, abrir processo de candidatura para a contratação a termo certo de: - 1 Médico (Tempo Parcial); - 11 Enfermeiros (Tempo Completo); - 1 Fisioterapeuta (Tempo Completo); - 10 Ajudantes de Acão Médica (Tempo Completo); - 3 Auxiliares de Serviço Geral (Tempo Completo); - 1 Auxiliar de Cozinha. A apresentação de candidaturas deverá ter em atenção, preferencialmente, os seguintes requisitos: - Capacidade de trabalho em equipa e, simultaneamente, de trabalho de forma independente, eficaz e eficiente; - Excelente capacidade de comunicação e de relacionamento interpessoal; - Forte dinamismo e proactividade; - Capacidade de adaptação e aprendizagem; - Residência no Concelho de Castro Marim; Para concorrer deve enviar Curriculum Vitae e uma carta de motivação. Os candidatos serão seleccionados através da análise curricular e realização de uma entrevista presencial. Prazo para receção de candidaturas: 11 de Junho de 2013. Enviar Candidatura para: Associação de Bem Estar Social da freguesia do Azinhal – ABESFA Rua Manuel Vaz Albino Rosa, Azinhal 8950 052 Castro Marim
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2013
PASSATEMPO S & L AZER
Autor: João Raimundo
Quadratim - n.º108
Jogo da Paciência n.º 114
Não é justo que os clientes paguem consumos de eletricidade, água e gás canalizado que não fizeram e que são debitados por estimativa pelas empresas ou entidades fornecedoras. Estas empresas ou entidades só devem debitar o que marcar nos contadores e não o que supostamente pensam que estes marcam, pois os clientes não têm a obrigação de indicar as leituras por telefone, pois não são trabalhadores dessas empresas ou entidades para terem essas preocupações e não são remunerados para tal, não tendo também qualquer benefício. Essas leituras são problema dos fornecedores.
«Escritório»
O CEFOSAP (Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional) vai levar a cabo nas instalações da Associação Odiana Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD). Formações na área de informática acontecem em Castro Marim e na localidade de Altura. As tecnologias e informática estão em crescente expansão e são atualmente ferramentas indispensáveis no dia-a-dia, sobretudo no campo laboral. Como tal a Odiana disponibiliza a sua sala de formações para oito cursos que constam no Catálogo Nacional de Qualificações na área das ciências informáticas [processador de texto e folha de cálculo– básico e funcionalidades, cada um, hardware e tipologias de rede, administração de redes, internet e criação de sites web]. A sublinhar que estas ações de formação são dirigidas a ativos e desempregados e são cofinanciadas, sendo que os formandos terão direito a certificado e subsídio de alimentação. A carga horária varia entre as 25h e as 50 horas nas instalações da Associação Odiana em Castro Marim e/ou na localidade de Altura na antiga escola primária. Mediante o número de inscrições. Para se inscrever basta aceder à ficha de inscrição (também no site da Odiana) e enviar cópia do BI, NIF, NIB, Currículo e Certificado de Habilitações de forma legível para o email da Associação Odiana: geral@odiana.pt. Para outras informações consulte o site da Odiana www.odiana.pt , contacte através do 281 531 171 ou ainda no facebook
Agrafador Lápis Borracha Calendário Agenda Porta(-)lápis Caneta
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Régua Computador Fotocopiadora Impressora Furador (Máquina de) Escrever (Máquina de) Calcular Secretária Cadeira Telefone Telemóvel Marcador Papel
Soluções Jogo da Paciência - n.º113
Pelo caminho correto do Quadratim vá ao encontro de «NÃO AOS DÉBITOS POR ESTIMATIVA»
Cursos de Informática na Odiana
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CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO
“Micotoxinas” “Quais os perigos das micotoxinas?”
Porquê comprar, quando pode adotar? Visite o canil/gatil Intermunicipal de VRSA/Castro-Marim
A DECO INFORMA... Invisíveis a olho nu, as micotoxinas podem manifestar-se, por exemplo, em cereais, especiarias, legumes, frutos secos e leite. Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por certos bolores, em determinadas condições de temperatura e humidade. Insípidas, inodoras e incolores, podem estar presentes num alimento sem que o bolor que a origina esteja visível. Algumas destas micotoxinas são potencialmente cancerígenas e podem afectar, a título de exemplo, o fígado e os rins. Um dos principais riscos é o de que muitas destas substâncias ainda não se encontram totalmente estudadas, desconhecendo-se todas as consequências para a saúde. Neste sentido, submetemos, em laboratório, 40 produtos alimentares à base de cereais para pesquisar micotoxinas legisladas e não legisladas, assim como as suas substâncias derivadas. Na verdade, todos os produtos que foram analisados continham micotoxinas não contempladas na lei. Algumas destas substâncias não legisladas podem causar alguns efeitos ao nível sanguíneo, assim como problemas gastrointestinais. Para prevenir o aparecimento de micotoxinas, há que manter os cereais em locais secos e frescos. O armazém deve estar à temperatura mais baixa possível, e as embalagens limpas, secas e em local bem ventilado. Evitar a contaminação dos grãos por insectos ou roedores, assim como a colheita em dias chuvosos, são, também, factores de prevenção do aparecimento destas substâncias. Fundamental é mesmo assegurarmo-nos da boa higiene dos alimentos que guardamos. Se, por exemplo, uma zona de uma fatia de pão ficar com bolor, devemos deitá-la fora na totalidade para evitar que o produto fique contaminado. Ainda que se tenham verificado a existência de micotoxinas não legisladas, os resultados não são preocupantes, no entanto é necessário completar a legislação de maneira a prevenir o potencial impacto destas substâncias.
Susana Correia jurista
AJUDE A GUADI A CUIDAR DOS MAIS DE 20 GATINHOS QUE ESTÃO NO GATIL RECOLHA DE RAÇÃO SECA E HÚMIDA PARA GATINHOS GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com/ http://associacaoguadi.blogspot.com FACEBOOK associacaoguadi@gmail.com
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D ESP O R TO
Nelson Gonçalves atinge novo record nacional Nelson Gonçalves, deficiente visual na classe (F11) inscrito no Grupo desportivo Pic-Nic de Vila Real de Santo António, obteve, conjuntamente com o treinador Hélder Silva, marca mínima na prova de dardo, por três vezes e onde obtiveram também um record nacional, mais uma vez na prova de dardo. No dia 11 de Maio voltou a confirmar mínimos com a marca de 31.49m, reforçando possível participação no
Escola da Fundação ReALMAdrid
campeonato do mundo em Lion. Já no que diz respeito às disciplinas de peso e disco ainda ficaram a faltar os mínimos por confirmar nesta duas disciplinas. Mas, o atleta e o treinador consideram que “não está tudo perdido pois ainda há o meeting de Bilbau a 9 de Junho” e aqui esperam elevar “as marcas consideravelmente e assim alcançar também mínimos nas disciplinas de disco e peso”.
No dia 11 de Maio voltou a confirmar mínimos com a marca de 31.49m, reforçando possível participação no campeonato do mundo em Lion. CERTIFICO: Para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada em vinte e três de Maio de dois mil e treze, de folhas treze a folhas catorze verso, do Livro de Notas número Duzentos e Um-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada: AMÂNDIO DIAS RIBEIROS, natural da freguesia e concelho de Alcoutim, e mulher MARIA DULCE OLÍVIA BANZA RIBEIROS, natural da freguesia e concelho de Aljustrel, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Sá de Miranda, nº 74, Vale de Milhaços, Corroios, Seixal, intitularam-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de um prédio rústico, sito em Cercado, Balurcos, freguesia e concelho de Alcoutim, com a área de trezentos e oitenta metros quadrados, destinado a cultura arvense, confrontando de Norte e Sul com via pública, Nascente com José António, cabeça de casal e Poente com Amândio Dias Ribeiros; inscrito na matriz rústica em nome do primeiro ante-possuidor, José Rodrigues, sob o artigo 269 da Secção 078, da freguesia de Alcoutim. Que a Conservatória do Registo Predial de Alcoutim certificou, em seis de Maio de dois mil e treze, que, feitas as buscas em nome das pessoas indicadas na requisição número quatrocentos e quarenta e quatro – Cert. número oitenta e dois, de dois mil e treze, com referência ao prédio identificado, nenhum foi encontrado em igual situação, composição e confrontações. Mais declararam os outorgantes que entraram na posse deste prédio rústico por tradição, em face do pagamento integral do preço acordado por contrato de compra e venda verbal realizado com o primeiro ante possuidor, José Rodrigues, viúvo, residente na Rua Antero Quental, nº 12, Martim Longo, no princípio do ano de mil novecentos e noventa. Que, desconhecem os segundos ante possuidores por serem antigos e a proveniência de artigo não cadastral. Que, desde a indicada data, vêm possuindo este prédio rústico, cultivando-o e colhendo os seus frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, usufruindo ainda de todas as suas utilidades, tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisição do direito de propriedade do dito prédio rústico, por usucapião, por não possuírem documento com validade formal que lhes permita efectuar o registo para estabelecimento do trato sucessivo na competente Conservatória do Registo Predial. É certificado que fiz extrair e está conforme o original. Almada, aos vinte e três de Maio de dois mil e treze. A Notária Rita Magalhães Conta registada sob o nº 1175 Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Junho de 2013
Jovens castromarinenses receberam equipamentos desportivos A 24 de maio 25 crianças e jovens da escola «Fundacão ReALMAdrid» receberam os seus equipamentos desportivos no polo de Castro Marim cuja modalidade de eleição é o basquetebol. Recorde que o Baixo Guadiana recebeu a primeira escola «Realmadrid» do país cujas aulas dividem-se por Vila Real de Santo António, Monte Gordo, Vila Nova de Cacela e Castro Marim
A abertura da escola sócio-desportiva aconteceu em 2011, uma escola que serve cerca de 120 alunos com idades entre os 5 e 12 anos. As modalidades em prática são o futebol e basquetebol. O público-alvo são todos os alunos, de ambos os sexos, sendo que é dada prioridade às crianças e jovens em exclusão social, bem como a jovens com problemas de
obesidade. No caso de Castro Marim apenas existe a modalidade de basquetebol todas as Quartas e Sextas-feiras no Pavilhão Municipal de Castro Marim entre as 17h45 e as 19h. A salientar que as aulas são gratuitas. Para outras informações consulte o site www.odiana.pt , contacte através do 281 531 171, odiana. comunicacao@gmail.com
25 crianças receberam seus equipamentos para jogar basquet CARTÓRIO NOTARIAL NOTÁRIA MARIA LÚCIA GONÇALVES LOPES
CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO
Urb. Horta do Ferragial, Rua Sport Faro e Benfica, Lote 19, r/c A – 8000-544 Faro Telf: 289 821 160 – Fax 289 807 756
ESTÁ CONFORME O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA
Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte e quatro de Maio de dois mil e treze, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e trinta a folhas cento e trinta e um verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e três - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: José de Campos Caldeira e mulher, Isilda do Espírito Santo Salgueiro, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia e concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, residentes na Rua 25 de Abril, n.º 21, em São Bartolomeu do Sul, na freguesia e concelho de Castro Marim, contribuintes fiscais números 111 617 189 e 131 290 746, que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito no Sítio da Fonte, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por alfarrobeiras, cultura arvense e horta, com a área total de oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte, a Sul e a Nascente com caminho, e a Poente com Olívia da Assunção, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 21, secção BS, que proveio do artigo 2501, da anterior matriz, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de cento e vinte e sete euros e oitenta e três cêntimos, igual ao atribuído. Que o referido prédio entrou na sua posse, já no estado de casados, por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, feita com os demais interessados, por óbito dos pais dele, José de Campos Caldeira e Sara dos Mártires, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em São Bartolomeu do Sul, na dita freguesia e concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, nele plantando e arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 24 de Maio de 2013.
Faro, Cartório Notarial da Notária Maria Lúcia Gonçalves Lopes, vinte e sete de Maio de dois mil e treze.
A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues)
Nos termos do Artº 100, nº 1 do Código do Notariado aprovado pelo Decreto-Lei 207/95 DE 14 DE Agosto, faço saber que no dia 27 de Maio do corrente, foi lavrada uma Escritura de Justificação a folhas cento e trinta e nove do Livro de Notas número Cento e Sessenta deste Cartório, no qual MARTINHO JOSÉ, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim e mulher LUCINDA MARIA MARTINS, natural da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, casados sob o regime da comunhão geral, residentes no sítio do Lotão de Baixo, 8970-210 Martim Longo, Alcoutim, contribuintes números 108 332 861 e 198 049 382, justificam ser donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: 1) PRÉDIO URBANO, composto por duas divisões, destinado a arrecadação e arrumos, com a área de vinte e seis vírgula quarenta metros quadrados, sito em Lotão, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, a confrontar do norte e poente com Herdeiros de Bartolomeu Filipe, do sul com Rua e do nascente com Arménio Pereira Guerreiro, inscrito na respetiva matriz em nome do justificante mulher sob o artigo 2910, com o valor patrimonial actual de 900,00 euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, ao qual atribuem o valor de novecentos euros. 2) PRÉDIO URBANO, composto por uma divisão, destinado a habitação, com a área de trinta e dois vírgula quarenta metros quadrados, sito em Lotão, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, a confrontar do norte com António Martins, do sul e poente com via pública e do nascente COM Arménio Pereira Guerreiro, inscrito na respetiva matriz em nome da justificante mulher sob o artigo 2911, com o valor patrimonial actual de 2.910,00 euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, ao qual atribuem o valor de dois mil novecentos e dez euros. 3) Que os referidos prédios vieram à sua posse por compra verbal a Joaquim Bartolomeu Cavaco e mulher Adelaide Cavaco, já falecidos, residentes que foram no referido sítio do Lotão, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e três, não tendo a compra sido reduzida a escritura pública. Que desde aquela data, porém, eles justificantes entraram na posse dos referidos prédios, sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, cuidando da manutenção dos prédios, habitando-os, pagando os respetivos impostos, sendo por isso uma posse pública, pacífica e contínua e por durar há mais de vinte anos adquiriram os prédios por usucapião. Que não podem provar pelos meios normais o seu direito.
A Colaboradora Florbela Baranito Faísca (Florbela Baranito Faísca, inscrita na Ordem dos Notários com o nº 97/7, autorizada pela Notária Maria Lúcia Gonçalves Lopes nos termos do nº 1 do artº 8º do Decreto-Lei nº 26/2004 de 4 de Fevereiro e Portaria nº 55/2011 de 28 de Janeiro, autorização publicitada no sítio da Ordem dos Notários em 25 de Fevereiro de 2013). Jornal do Baixo Guadiana, 01 Junho 2013
(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)
Conta registada sob o n.º 61/05 Factura n.º 3543 Jornal do Baixo Guadiana, 01 Junho 2013
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JUNHO 2013
DESPOR T O
Futebolândia
Leões do Sul conquistam dois pódios O triatlo está a marcar o sucesso na atualidade do clube Leões do Sul, de São Bartolomeu do Sul, em Castro Marim. O mês de maio foi bastante importante para o coletivo que em Espanha subiu ao pódio por duas vezes.
Olá, cá estou eu de volta para mais um «Futebolândia»! Muitos pensaram que eu não chegaria ao final do mês de Maio, mas enganaram-se porque o futebol para mim tem menos importância que o Paulo Portas no Parlamento. O mês de Maio foi complicado para o Benfica; não é fácil perder campeonato e Liga Europa como perdeu. Mas ver a cara de felicidade dos adeptos do Sporting já foi motivo mais que suficiente para ver que o Benfica fez um serviço público e evitou entupir o serviço de urgências dos hospitais - porque a temporada do leão foi imprópria para cardíacos; aliás aumentou drasticamente a venda de bombas de oxigénio e para a asma nas farmácias; até eu fiquei sem ar umas quantas vezes. No final da Taça de Portugal, os últimos dez minutos deixaram os adeptos do Benfica à beira de um ataque de nervos, sensação pior só ver o Toy em calções de banho no programa «Splash» da SIC. A pressão do Porto nas últimas jornadas do campeonato foi tanta que em Paços de Ferreira só faltava lá o «Batatinha» em vez do James Rodriguez para uma tarde bem passada. Qualquer dia o Pinto da Costa compra uma caixa de cereais e de lá sai um campeonato, três árbitros e um comprimido para a próstata! José Mourinho pela primeira vez em anos, não ganhou nada, nem a Copa do Rei no seu próprio estádio, mas o melhor da final foram os comentários de Paulo Futre no canal 1 espanhol, já não ria tanto desde os comentários de José Sócrates na RTP1. Agora sem futebol o país vai voltar à realidade: • O desemprego sempre a subir • Casas entregues aos bancos • Cortes nas pensões • Gestores de empresas públicas tecnicamente falidas a receberem prémios • A Troika a mandar neste país (Se o Afonso sabe) • José Sócrates a comentar a atualidade política • A televisão portuguesa cada vez mais degradante “Coisa pouca” perante a importância que o futebol tem na vida dos portugueses; basta só ver as redes sociais.
Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação eusebiocosta@live.com.pt
A 5 de Maio, os Leões do Sul marcaram presença no Triatlo de Sevilha. Na distância Sprint (750m + 20km +5km) estiveram presentes 685 atletas. O atleta Pedro Ribeiro fez a sua estreia em triatlo, terminando na 394ª posição da geral. Amândio Norberto, que para além de atleta é também o presidente do clube, competiu nesta distância alcançando mais um pódio para o clube, terminando na 3ª posição da sua categoria de idade. Na distância Olimpica (1500m + 40kms +10 km), os leões estiveram representados pelo atleta Luís Viegas. Para ele foi a sua estreia nesta distância. Terminou na 202º posição à geral e 43º na sua categoria de idade, apontando já para distancia mais longas.
Ayamonte contou com 226 “corajosos” No dia 11 de Maio em Ayamonte, teve lugar o tão esperado IBERMAN MD. Amândio Norberto relatou ao JBG que ali enfrentaram o desafio “226 corajosos”. A equipa de São Bartolomeu marcou pre-
sença com os atletas Nelson Mestre e David Costa, competindo no mesmo “Age Group” 30-34 anos. Esta prova teve as distâncias de 1,8 km Natação + 100,8 km ciclismo e 19,1 kms Corrida. Esta corrida esteve marcada pela dureza nos 3 segmentos da prova. Na natação, os atletas depararam-se com corrente contra na subida do canal de Ayamonte. No ciclismo, foram presenteados com vento contra nos primeiros 50 kms, endurecendo a prova. Os 19 kms de corrida, foram intermitentes com terra batida e areia sendo que os últimos 4kms foram na praia. O atleta Nelson Mestre manteve-se constante e equilibrado nos três segmentos, conseguindo o 11º lugar na Geral a 1 minuto do TOp TEn e 2ª na categoria de idade, conquistando mais um podio para o clube. O atleta David Costa, efectuou um dos melhores registos no ciclismo e sofrendo bastante na corrida, terminou no 58º lugar e 20º na categoria de idade.
Apoio ao longo da
Nelson Mestre, Amandio Norberto e David Costa destacaram Leões do Sul
prova As equipas do Leões do Sul contaram com apoio de amigos, colegas de equipa e familiares. “Sem eles tudo teria sido mais difícil”, afirma Amândio Norberto que espera que no dia 5 de Outubro, quando disputarem este tipo de prova na distancia Ironman (3,8km + 180km + 42km) e que passará por Portugal desde o Pomarão-
Mertola-Alcoutim-VRSA, haja também o mesmo apoio moral. Os Leões do Sul, têm já agendados mais dois Triatlos no mês de Junho. No dia 2 estarão presentes no Triatlo de Ayamonte e no dia 15 enfrentarão o durissimo Triatlo CRoss Serra de Aracena (Espanha) onde enfrentarão temperaturas elevadas, um segmento de ciclismo difícil na variante de BTT e a corrida em ambiente Trail Running.
«Giro de Itália» VS «Troféu do Restaurante Alpendre» Com o tempo a aquecer os dias já convidam a passear e a desfrutar dos sabores da gastronomia fora de portas. Pois bem, os ciclistas do Baixo Guadiana, Ricardo Mestre e Samuel Caldeira, procuraram na estradas o bom sabor de um prato servido de vitória e êxito desportivo. N e m sempre quando saímos para comer fora a comida é a melhor que alguma vez provámos, mas é a procura disso que muitas vezes vamos: desfrutar de uma nova experiência! Enquanto Samuel Caldeira tentou petiscar no clássico «Troféu Restaurante Alpendre», Ricardo Mestre foi mais ambicioso e foi até Itália provar aquela que é considerada a prova de ciclismo mais dura do Mundo; um prato que não está ao alcance de todos e que muitos deixam a meio!
Ricardo Mestre provou o sabor agre e doce das estradas Italianas O Giro de Itália disputou-se entre os dias 4 e 26 de Maio, tendo ini-
ciado em Nápoles e terminando em Brescia, cidade que viu Mark Cavendish, da Omega Pharma Quickstep, obter a quinta vitória de etapa e que consagrou o Italiano, Vincenzo Nibali (Astana) como o grande vencedor desta 93.ª edição da Corsa Rosa. Este ano uma edição especial-
mente dura marcada pelo sabor amargo das intempéries, a que Mestre esteve sujeito, com muito frio, muita chuva e muita neve, fazendo lembrar o ciclismo de outros tempos. “Estou farto de frio e neve!...” Com um sorriso na cara esta foi uma das frases do castromarinense no final da prova. Com uma prova toda ela dedicada a servir os apetites dos lideres da sua equipa Ricardo Mestre ainda teve o gosto de estar presente em algumas das principais fugas de etapas, o que fez dele o 15º ciclista com mais quilómetros em fuga, contabilizando um total de 204km. Quanto aos resultados obti-
dos foram os seguintes: CAMISOLA ROSA | CLASSIFICAÇÃO GERAL 1.º Vincenzo Nibali (Astana) 145.º Ricardo Mestre (Euscatel Euskadi) a 3.39.17 CAMISOLA VERMELHA (Pontos) 1.º Mark Cavendish (Omega Pharma Quickstep) | 158 pontos 85.º Ricardo Mestre (Euscatel Euskadi) | 7 pontos TV 1.º Rafael Andriato (Vini Fantini) | 23 pontos 41.º Ricardo Mestre (Euskatel Euskadi) | 4 pontos PRÉMIO DA FUGA 1.º Rafael Andriato (Vini Fantini) | 365 km 15.º Ricardo Mestre (Euskatel Euskadi) 204 km PRÉMIO DA COMBATIVIDADE 1.º Mark Cavendish (Omega Pharma Quickstep) | 49 pontos 66.º Ricardo Mestre (Euskatel Euskadi) | 4 pontos Esta foi a primeira grande competição de três semanas corrida por Mestre, tendo conseguido terminá-la e assim realizar um sonho, que o próprio espera ter continuidade, podendo este ser apenas o início de um futuro promissor na elite do ciclismo mundial.
Samuel Caldeira tentou petiscar no Restaurante Alpendre O natural da Manta Rota preferiu a comida nacional e regional
e tentou petiscar a dois passos de casa no último fim-de-semana de Maio. Com as entradas servidas no «Challenge» de Tavira - que homenageou o histórico dirigente do ciclismo tavirense Brito da Mana Samuel Caldeira não saboreou este prato com a melhor cara, depois de ter furado nos últimos quilómetros quando liderava a prova. Quanto ao prato principal, este foi servido no XXIII Troféu do Restaurante Alpendre, que ligou o Restaurante Alpendre em plena Nacional 125 a Vila Nova de Cacela num total de 150 quilómetros. No final o argentino Jorge Montenegro (Louletano-Dunas Douradas) foi o grande vencedor desta que também era a primeira prova da taça de Portugal. Com uma chegada ao sprint, ao jeito do homem da casa, Caldeira apenas conseguiu ser o sexto classificado, o que fez com que a digestão não fosse muito fácil de fazer, depois de procurar um melhor sabor do que aquele que no final conseguiu, ainda para mais quando estava em casa e os amigos eram convidados. Como qualquer boa refeição tem de ter sobremesa, esta foi servida com o «Challenge» de Loulé, onde as coisas correram melhor e Samuel Caldeira ocupou um lugar no pódio atrás de Bruno Silva (LA Alumínios-Antarte) e Raul Alarcón (Louletano-Dunas Douradas), respectivamente primeiro e segundo classificados.
JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JUNHO 2013 |
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D ESP O R TO
VRSA: capital europeia do atletismo Os campeões e campeãs da Europa estiveram em Vila Real de Santo António para mais uma edição da Taça dos Clubes Campeões Europeis de Atletismo, Grupo A. No total marcaram presença 16 equipas, as melhores tanto ao nível masculino como feminino. Fiamme Gialle (Itália) e Luch Moscow (Rússia) sagraram-se, respetivamente, campeão e campeã da Europa num fim de semana em que Vila Real de Santo António foi capital europeia de atletismo. Foi a quarta edição consecutiva da prova em VRSA (sétima no historial), em que participaram meio milhar de atletas oriundos de países europeus como Itália, Grã-Bretanha, Espanha, França, Turquia, Portugal, Rússia, República Checa, Irlanda e Dinamarca. Da lista fazem parte os dois clubes campeões nacionais mais emblemáticos no atletismo: o Sport Lisboa e Benfica (SLB), em masculinos, e o Sporting Clube de Portugal (SCP), em femininos. Foi a festa do atletismo ao mais alto nível, mas também dois dias em que o concelho vilarealense esteve em alta, não só pela competição, mas também pela ocupação turística e dinâmica económica que o evento representa.
Presidente da Associação de Atletismo apela a
Câmara pombalina e Associação de Atletismo do Algarve estão a reunir esforços para esta taça se manter em VRSA
maior promoção Lara Ramos, que em 2012 regressou à presidência da Associação de Atletismo do Algarve, disse em conferência de imprensa de apresentação da competição que o complexo municipal de Vila Real de Santo António é “dos melhores” e que esta circuns-
tância aliada às condições hoteleiras “que apresentam preços bastante acessíveis e com qualidade” tornam este destino de desporto “bastante apetecível”. Numa altura em que as dificuldades financeiras dominam em todos os quadrantes este responsável avançou que vai pedir à Entidade Regional de Turismo do Algarve
Esperanças
Canoagem de Alcoutim é campeã regional O Grupo Desportivo de Alcoutim sagrou-se Campeão regional de Esperanças e de Maratona no Colectivo. O
Resultados Individuais: Campeonato Regional de Esperanças: K1 menor, Ricardo Faustino Vicecampeão Regional, Alexandre Palma - 3º; K2 menor fem: Ana Palma / Joana Ramos - Campeãs Regionais K1 Iniciado: Pedro Lourenco 3º, Beatriz Ribeiros 3º, Barbara Teixeira Campeã Regional
clube está assim de parabéns por mais uma vitória no seu já conceituado currículo.
Individualmente agraram-se 13 atletas campeões regionais, 6 vice-campeões regionais e 5 medalhas de bronze
K2 Iniciado: Daniela Mestre / Mariana Costa Campeãs Regionais K1 Infantil: Joana Mestre Vicecampeã Regional, Inês Vilão 3º, Bruno ramos, 3º, André Madeira Vice-campeão Regional K2 Infantil: Filipa Simão / Soraia Marques Campeãs Regionais Ricardo Martins / João Melo Campeões Regionais Campeonato Regional Maratona:
K1 Cadete: Pedro Jeremias - Campeão Regional K2 Cadete: Mikael Marques / João Domingues Campeões Regionais Rodrigo Romão / Pedro Cavaco Vice-Campeões Regionais K1 Junior: Hugo Carmo Vicecampeão Regional, João Rodrigues 6º K1 Sénior: Daniel Cavaco - 4º C1 Sénior: João Simão- Campeão Regional
a celebração de um protocolo com vista “à melhor promoção do turismo de desporto” algarvio. Lara Ramos apelou também que os responsáveis pelo desporto em VRSA promovessem “mais as condições aqui existentes”, apelando, mesmo, que o façam “com maior agressividade”. O recado ficou dado, e, respondendo ao repto,
a vereadora com o pelouro do desporto da câmara municipal de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, salientou “o esforço que é feito” numa altura em que as dificuldades financeiras “são evidentes” e em que os resultados da manutenção do complexo desportivo evidenciam “prejuízo”. Ao JBG o presidente da câmara municipal pombalina, Luís Gomes, destacou em Março deste ano “a nova dinâmica de promoção internacional deste complexo com objetivos claros de divulgar as suas potencialidades bem como as da envolvente”. A organização da Taça dos Clubes Campeões Europeus coube à Associação de Atletismo do Algarve e à Câmara Municipal de VRSA, que contaram com o com o apoio da Associação Europeia de Atletismo e da Federação Portuguesa de Atletismo. Houve também a colaboração do grupo desportivo Pic Nic e de meia centena de voluntários do curso tecnológico de desporto da Escola Secundária de VRSA.
Fundação ReALMAdrid vai integrar atividades da Eurocidade Guadiana Para preparar o alargamento do projeto, uma equipa de coordenadores e membros da fundação visitou, na última semana de Maio, os concelhos de VRSA, Castro Marim e Ayamonte, tendo destacado “as boas condições de treino dos alunos, bem como o ambiente formativo desenvolvido entre professores e alunos”. Ao mesmo tempo, foram avaliados por uma comissão externa os resultados do segundo ano de funcionamento da escola socio-desportiva dos concelhos de VRSA e Castro Marim, projeto que atualmente envolve mais de uma centena de jovens nas modalidades de futebol e basquetebol e uma equipa de sete formadores que seguem os princípios educativos da Fundação ReALMAdrid. De acordo com Conceição Cabrita, vereadora com o pelouro do desporto na autarquia de Vila Real de Santo António, “a fundação está já a preparar uma formação para treinadores nas áreas de basquetebol e futebol nos meses de junho e outubro, respetivamente”. Em carteira está igualmente a participação num torneio, a realizar na Hungria, em 2014. Aquela escola sociodesportiva tem como objetivo oferecer alternativas de lazer às crianças em situações de risco, ou às que estão a atravessar problemas de obesidade
ou atraso de desenvolvimento. Por outro lado, visa incentivar formas de vida saudáveis e incutir aos jovens sinalizados pelas entidades parceiras valores como solidariedade, espírito de equipa ou a promoção de valores éticos. Exemplo disso foi a visita ao Estádio da Luz, realizada em julho de 2012, que assinalou o encerramento do ano letivo 2011/2012. De forma a garantir o acompanhamento integrado dos jovens, o trabalho dos formadores é desenvolvido em paralelo com os professores titulares, centros de saúde e encarregados de educação, que são periodicamente chamados para conhecer o percurso desenvolvido pelos seus educandos. As aulas da fundação decorrerem nas localidades de Monte Gordo (futebol), Vila Nova de Cacela (basquetebol), Vila Real de Santo António (futebol e basquetebol) e Castro Marim (basquetebol). A Eurocidade Ayamonte – Castro Marim Vila Real de Santo António é um projeto que vai além da cooperação institucional e pretende o fortalecimento da ligação já existente entre os três municípios, promovendo a convergência económica, social, cultural e desportiva entre as três localidades.
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«Casa da Marioneta» cultiva hábitos de cultura em todas as idades Em mês da criança em destaque uma casa especial que ganha vida em Vila Real de Santo António. Não é apenas uma casa para os mais pequenos, mas a arte da marioneta que começa a encantar desde tenra idade é um pretexto para desenvolver cultura num lugar onde têm lugar atividades bastante diversas, desde teatro, teatro de marionetas, projeção de filmes, tertúlias, música, entre outros. Maria José Capela é a presidente da associação Boneco Sabichão que gere aquele espaço e dá asas à inovação e criatividade. Tem já previstas diversas atividades, nomeadamente workshops, tertúlias, apresentações literárias e durante o Verão a «Casa da Marioneta» vai estar aberta todos os dias para o desenvolvimento das mais variadas iniciativas. A sede da associação é a «Casa da Marioneta», no jardim municipal junto ao complexo desportivo, mas há sempre espaço e lugar para realizar iniciativas fora de portas, e em parcerias com as várias entidades próximas. A mais recente produção desta entidade foram três casais de fantoches que desfilaram no cortejo histórico por ocasião do 13 de Maio. “As marionetas e os fantoches são a nossa prioridade” explica Maria J. Capela que dá nota que a associação pretende ir até Lisboa para assistir ao festival de marionetas para ali colher inspiração e por cá inovar. A 24 de Maio teve lugar na biblioteca municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, a sessão de lançamento do livro «Ulisses de Homero». Um trabalho que narra, em banda desenhada, as aventuras e desventuras de um herói grego. Foi realizado por um grupo de jovens alunos da Escola Básica D. José I a quem a Associação Boneco Sabichão reconhece o mérito e pretende dar a conhecer através desta iniciativa. “Criar raízes culturais é o maior objetivo” enfatiza a presidente da direção de uma associação que percorre assim o seu caminho em terras pombalinas.
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Castro Marim aderiu à Eurocidade que agora passa a ser «Eurocidade Guadiana»
São muitos os vilarealenses que levam mais longe nome da terra-natal
Acordo de pesca do Guadiana prejudica pescadores portugueses
sotavento algarvio
ECOdica O papel é reciclável, mas nem todo! Para reciclar: papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefónicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, livros. Papel que não é reciclável, portanto deve ir para o lixo comum: papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou plastificados, papel higiénico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesiva