JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MARÇO 2012 |
JORNAL DO
Baixo
Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000
Jornal Mensal Ano 12 - Nº142
MARÇO 2012 PREÇO: 0,85 EUROS
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS
TAXA PAGA
PORTUGAL CEM NORTE
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MARÇO 2012
ABERTURA
JBG
Editorial
Jornal do Baixo Guadiana Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana de Sousa Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Ana Brás Ana Dias Ana Lúcia Gonçalves Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Raimundo Luís Gomes Miguel Godinho Pedro Pires Rui Rosa Vítor Barros Associação Alcance Associação GUADI DECO Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt
O Projecto de Reforma Administrativa do País que o Governo entendeu promover e cujo término está apontado para meados do ano em curso, após a sua aprovação, se tal acontecer, como é de todo previsível, dada a maioria politica que dispõe na Assembleia da República, deixa de fora a criação das Regiões Administrativas. Trata-se, portanto, de uma reforma limitada nos seus objectivos, reservada, ao que até agora tem sido anunciado, à diminuição do número de freguesias. Bem sei que em simultâneo surgem anúncios no sentido de dotar as autarquias de maiores poderes de decisão
na gestão dos seus territórios, elevando-as para patamares de intervenção que mais directamente tenham que ver com politicas de desenvolvimento, favorecendo acções assentes em comunidades intermunicipais, para assim lhes ser permitido ganhar escala e gerir meios operacionais e infraestruturas com outra rentabilidade. Anunciadas também estão a revisão da Reserva Ecológica e Agrícola, entre outras iniciativas legislativas. Aguardemos a concretização de tais propósitos. Todavia creio que se perdeu mais uma oportunidade para dotarmos o País de um órgão de poder inter-
médio, dotado de poderes próprios e eleito directamente pelas populações, cuja ausência criou um vazio com consequências extremamente negativas para o País e para a própria afirmação do poder local existente. Oportunidade perdida numa altura que se tinha revelado existir um largo consenso político sobre o número de estruturas a criar corresponderem geograficamente às actuais cinco regiões-plano. O exemplo que aqui nos é dado pelo Presidente da Câmara de Castro Marim quanto à morosidade que envolveu a aprovação da Área de Negócios do Sotavento Algarvio, produto de asfixiantes burocracias sustentadas em poderes difusos, dispersos, quantas vezes emitindo contraditórios pareceres na apreciação de factos, conduziu à situação presente. Poderes aos quais não se pedem responsabilidades, nem as funções que exercem estão sujeitas à apreciação democrática do voto popular. É assim que um projecto estruturante para esta área do território, vitima de adiamentos sucessivos, se encontra na circunstância de ter de adiar o seu inicio, perante os efeitos de uma conjuntura económica profundamente desfavorável como aquela em que o País actualmente vive. Infelizmente exemplos como este têmo-los de uma forma ou de outra
pelo País fora e em todo o território do Baixo Guadiana. Também aqui a morosidade na aprovação de projectos, como é exemplo o da zona industrial a poente de VRSA e na qual se espera venha a constituir um cluster de indústrias ligadas ao mar é disso exemplo e o mesmo poderíamos identificar em relação ao abandono de investidores em Alcoutim pelas dificuldades colocadas na apreciação de projectos que poderiam, a ser executados, modificar a estrutura económica do concelho invertendo o ciclo da desertificação. A visão centralista que politicamente tem presidido à defesa da organização administrativa do Estado, sustentada por sua vez por um conjunto de órgãos de informação que de forma distorcida se têm pronunciado sobre os pseudo- malefícios da regionalização, têm constituído até aqui obstáculos de difícil remoção. Veremos se as anunciadas reformas caminham no sentido da descentralização ou de uma maior concentração de poderes. Se o adiamento da constituição das Regiões Administrativas é temporal ou definitivo. * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
Carlos Luis Figueira cluisfigueira@sapo.pt
ERRATA
Na última edição na noticia «Antiga casa do Pároco vai ser Centro de Acolhimento» o JBG cometeu um lapso ao referir que a Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural e Cultural de Cacela (ADRIP) estava extinta. No entanto, a atividade da ADRIP mantêm-se, anulando-se, apenas, o seu Centro de Acolhimento. Aos visados e aos leitores as nossas desculpas.
Vox Pop Como encara os números de desemprego entre jovens que atinge os 35,4%?
Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Daniela Vaz Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Registo no ICS: n.º 123554 Depósito legal: n.º 150617/00 JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e Facebook
Nome: Anna Avramenko Profissão: Bailarina R: Acho a situação muito complicada. Antigamente os jovens tinham o incentivo de tirar a licenciatura porque tinham o emprego garantido, hoje em dia nem se quer têm a possibilidade de pagar a licenciatura. Penso que isso vai provocar com que haja cada vez menos profissionais em todas as áreas, pois os jovens não estão a ver a necessidade de estudar para depois ficarem desempregados. Além disso, hoje em dia, os jovens cada vez mais vivem na casa dos pais e não conseguem construir a sua própria família, pois têm receio de não ter um emprego fixo. O Governo tem que resolver esta situação. O mais importante é pensarmos positivo, nunca baixarmos as mãos e aproveitarmos todas as possibilidades. Acredito que quem procura, encontra!
Nome: Bruno Inácio
Profissão: Téc. Superior Municipal
R: Encaro com muita preocupação. Não querendo lamentar-me do passado, a verdade é que estamos a ser vítimas de políticas desmesuradas do passado. Todos nós: Estado, partidos, sociedade civil, temos de nos unir no desígnio nacional que deve ser o combate a este flagelo. O que irá potenciar a recuperação de emprego é a recuperação económica do país. Espero que o rumo que estamos a tomar, com as medidas que estão a ser postas em prática, levem o país para o bom caminho.
Nome: Licínia Fernandes Profissão: Estudante R: Neste momento estou a acabar o 12º ano num curso profissional. Na minha área não existe nenhuma oportunidade de trabalho nesta região do Algarve, e mesmo para as outras áreas não vejo muitas oportunidades paras os jovens, pois as entidades pretendem cada vez mais pessoas com qualificações e experiência. Os jovens que não têm possibilidade de continuar os estudos nem têm nenhuma experiencia como trabalhadores. Acho que esta taxa irá continuar a aumentar devido à crise que está a decorrer.
Nome: Juliana Azul Profissão: Desempregada R: Encaro mal porque tenho a certeza que o número ainda irá subir muito nos próximos anos, principalmente no Algarve, já que estamos numa zona turística e muitos dos empregadores só trabalham na época de Verão. Há também muitos jovens a acabar o ensino secundário que não têm possibilidades de ir para a universidade e então têm que procurar trabalho, e como este é inexistente faz com que o número aumente.
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CRÓNICAS
Vítor Madeira
O insubmisso
Quando na Assembleia da República está em discussão a Reforma da Administração Autárquica, cuja votação deverá acontecer no mês de Julho, gostaria de partilhar com os nossos leitores uma reflexão acerca da lei de limitação de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais, que considero de grande importância para a qualidade do poder local. Em 2005, o Governo Socialista de José Sócrates, com o apoio do Partido Social Democrata, então liderado por Luís Marques Mendes, aprovou a lei de limitação de mandatos, que impede os presidentes das câmaras municipais e os presidentes das juntas de freguesia
A Lei de limitação de mandatos – A falência da democracia representativa de se recandidatarem após terem cumprido três mandatos consecutivos. Segundo os partidos do arco do poder (PSD e PS), a limitação de mandatos dos autarcas radica na necessidade da renovação da classe política, prevenindo o risco associado a uma excessiva personalização inerente ao exercício de cargos executivos e, ao mesmo tempo, prestigiar o Poder Local e dignificar os próprios autarcas. No essencial, aquilo que se pretende assegurar com a lei da limitação de mandatos dos autarcas é o combate à corrupção e a rotatividade da classe
política e a alternância, isto é, evitar a perpetuação de dinossauros no Poder Local. Se é verdade que o “Poder Local não é a vaca sagrada da democracia”, como afirmou o ministro das Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não é menos verdade que os autarcas e as autarquias não são o espelho da corrupção em Portugal, que é necessário eliminar por decreto-lei pela pena do legislador! O que me causa algumas náuseas neste país transvestido de democrata não é o facto de 163 dos actuais 308
presidentes de câmara estarem impedidos de se recandidatar em 2013, mas sim a circunstância dos partidos políticos assumirem a incapacidade das entidades inspectivas e a falência da democracia representativa. Vamos falar claro - qual o governo ou os paladinos da democracia que têm o poder de se montar numa reforma autárquica para impedir um determinado cidadão de continuar a presidir aos destinos de um concelho, se for essa a vontade maioritária dos eleitores? Em liberdade, ninguém tem o direito
Luís Gomes
Reforma da administração local cria novo paradigma de gestão e amplia responsabilidades do poder local
A reorganização administrativa territorial autárquica, cuja proposta de lei foi na quinta-feira, 2 de Fevereiro, aprovada em Conselho de Ministros, irá aumentar os níveis de participação e intervenção da sociedade civil e agiliza o funcionamento do poder
autárquico. Na verdade, trata-se de uma das mais corajosas reformas levadas a cabo nos últimos cem anos que, apesar de implicar mudanças ambiciosas quer para o território, quer para os cidadãos, permitirá a criação de um novo paradigma de gestão pública local, colocando novas exigências aos poderes públicos locais. Por outro lado, esta é uma proposta responsável que
resulta de um diálogo aberto com a administração local e representa um avanço face às propostas iniciais do Documento Verde da Reforma da Administração Local. A reforma da administração local dá igualmente resposta à atual conjuntura económica e financeira e satisfaz os compromissos internacionais assumidos pelo Estado Português, no
âmbito do seu Programa de Assistência Económico-Financeira. No caso concreto do Algarve, e tratando-se de um território com fronteiras geográficas e identitárias absolutamente definidas, o autarca acredita que a reorganização administrativa será levada a cabo, na região, de uma forma consistente e pacífica, otimizando a alocação dos recursos atualmente existentes.
Miguel Godinho
Antes que seja tarde demais
1. Nunca sabemos quão perto estamos do fim. Nos vários domínios da vida, estamos todos tão ligados por esta certeza. Todos. Tudo. Uma relação que parece tão harmoniosa e que, de um momento para o outro, se interrompe, acaba; um ser que, possuidor de uma vida aparentemente interminável mas que, sem razão consistente, falece; uma verdade tão coerente e que, de momento para o outro, é aniquilada por outra mais certeira. 2. Passamos a vida a ser surpreendidos pela vida. É o vizinho que
deixou a mulher, depois de tantos anos em comum, dois filhos, um relacionamento estável, ninguém diria; o irmão que nunca teve problemas de saúde, tinha deixado de fumar há um ano, assim que fez trinta – conforme prometido, ganhara o hábito de correr na mata dia sim, dia não. De repente, um problema grave detectado num exame de rotina, seis meses de vida, no máximo, uma desgraça. 3. A vida prega-nos partidas, sabemo-lo, puxa-nos o tapete a toda hora mas somos os primeiros a irritar-nos com as partidas que a vida nos prega, dona e senhora de um mundo que parece rolar desgovernado, sem um curso pré-definido, sem uma mão aparente, sem dó de ninguém. E toda a gente espera por um sinal que preceda a decadência, por uma preparação
apropriada, uma despedida que seja, antes de uma partida não anunciada, um adeus antes do fim. 4. Tarde demais percebemos que quase nunca fomos capazes de ouvir as palavras ditas em silêncio, de sentir os sinais, entender os indícios, de ler nas entrelinhas, de perceber o que estava diante dos nossos olhos. A vida corre a uma velocidade que não nos deixa perceber os avisos. Se ao menos nos permitissem uma visão mais apurada, essas forças ocultas que mandam no mundo. Mas tudo vai correr bem. Amanhã será um novo dia. Acalma-te. Tenta relaxar que amanhã será um novo dia. Ainda que o pessimismo das horas que passam nos queira fazer crer o contrário, amanhã será um novo dia. O mundo não pára de girar, tudo se repete, isto roda mas volta sempre
ao mesmo lugar, é uma volta de 360 graus, tudo se irá repetir, noutras coordenadas, num outro dia, outras caras, outra realidade. 5. Passamos metade da vida à espera que a vida passe e outra metade à espera que ela se detenha. Corremos atrás do tempo não para apanhá-lo mas para que ele não nos deixe para trás, não nos passe a perna, para que não se esqueça de nós. E é tão fácil perdermonos na imensidão das nossas rotinas, nos instantes das nossas escolhas, tantas vezes imponderadas, na seriedade das coisas às quais atribuímos tanta importância mas que não têm importância nenhuma. Tantas vezes nos orientamos num caminho errado, damos atenção a quem não nos quer como devia. E quando damos por nós estamos gastos, envelhecidos, denegri-
de escolher pelo povo e, definitivamente, não compro o argumento que é preciso punir um autarca que possa praticar uma gestão danosa ou combater os vícios de permanência no poder. Para escrutinar a sua conduta e a forma como geriu a Res pública existem as entidades inspectivas, nomeadamente os tribunais e os cidadãos, através do sufrágio universal directo. Como tal, não transformemos os autarcas em mentecaptos e não declaremos a falência da democracia representativa. O Poder Local é um pilar essencial à democracia e nas últimas três décadas desempenhou um papel essencial na transformação do país e não pode ser o detonador de uma discussão estéril e intestina em torno da lei de limitação de mandatos e de candidaturas de autarcas a municípios vizinhos. Entendo que a lei de limitação de mandatos não resolve o problema de qualidade da nossa democracia, muito menos transforma a vida política num exemplo de cidadania e de credibilidade que os cidadãos esperam dos políticos. * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
Tratando-se de um processo que irá assegurar a identidade histórica, cultural e social das comunidades – e que contará com a experiência e a participação das autarquias na sua concretização – acreditamos que os ganhos de escala proporcionados se traduzirão também na maturação das práticas de cidadania. Os normativos propostos para a agregação de freguesias, enunciados em proposta de lei, são consistentes e foram baseados em parâmetros simulados. Por outro lado, o novo modelo salvaguarda os serviços públicos aos dispor das populações, que continuarão a ser prestados nas freguesias que vierem a ser agregadas.
dos pelo sonho que deixámos voar, já cá não está quem amávamos. 6. A nossa vida não é só a nossa vida. É muito mais que isso. É fácil esquecermo-nos de coisas, factos, memórias, de pessoas que fazem ou fizeram, num determinado momento, parte da nossa vida. E é tão simples inventarmos mil e uma maneiras de nos olvidarmos que somos parte daqueles que nos aturaram ou aturam todos os dias, devemos-lhes muito, muito mais do que aquilo que achamos que devemos, somos uma parte deles, somos o que somos por causa deles. Lembremo-nos da nossa enorme capacidade de nos surpreendermos, de nos maravilharmos com um sorriso amigo, de estendermos a mão a alguém que precise dela. A vida é aquilo que quisermos fazer com ela, que soubermos fazer dela, antes que seja tarde demais, antes que nos apercebamos «das coisas que perdemos no fogo», antes que os dias que passam passem e não voltem mais. E não voltem mais.
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EDUCAÇÃO Alentejo, Algarve e Andaluzia
«Turismo Ativo Guadiana» no combate à obesidade Alentejo, Algarve e Andaluzia, que completam o Baixo Guadiana transfronteiriço, são regiões empenhadas em combater a obesidade. Um inquérito a pais e crianças está em curso para aferir níveis do problema e medidas de combate a tomar. Realizaram-se em Castro Marim e em Huelva duas reuniões para apresentação do modelo de inquérito que tem por objetivo aferir os níveis de obesidade no território transfronteiriço do Baixo Guadiana – que compreende Alentejo, Algarve e Andaluzia. Trata-se de um trabalho no âmbito do projeto «Turismo Ativo Guadiana» do Programa FEDER POCTEP [20072013]. A amostra de crianças do primeiro ciclo é de 1500 entre os 7 e os 9 anos, que vão preencher um inquérito baseado num estudo prévio. Este estudo, por sua vez, inspirou-se em trabalhos de investigação de referência; como é o caso de «Body Figure Perceptions and preferences among preadolescent children» e «Krece Plus». Antes de finalizado o inquérito houve um teste a uma classe do primeiro ciclo em Castro Marim e só depois foi aprovado, sendo que o inquérito está já a ser realizado nas escolas de toda a região transfronteiriça entre professores, pais e alunos. No final do ano letivo vai haver lugar à apresentação dos resultados num encontro que se vai realizar em Faro em parceria com a Direção Regional de Educação do Algarve, sendo que posteriormente vai ser
Apresentação do modelo de inquérito em Castro Marim no dia 31 de Janeiro
Apresentação do modelo de inquérito em Huelva a 1 de Fevereiro
apresentado em Huelva numa parceria com a Junta da Andaluzia.
estudo de obesidade nas escolas. Uma das conclusões da equipa de trabalho do projeto «Turismo Ativo Guadiana» é que “este projeto não pode terminar com o fim do TAG porque que se mune da maior importância para o combate à obesidade que é crescente entre os mais jovens”. Há já a possibilidade de se candidatar este projeto a mais um programa comunitário; desta vez o PACT-A3 do atual quadro comunitário.
Odiana promoveu encontro em Castro Marim No passado dia 31 de Janeiro o encontro em Castro Marim teve lugar na biblioteca municipal de Castro Marim e foi promovido pela associação Odiana. Aqui estiveram presentes
representantes das direções regionais do Alentejo, Algarve e Andaluzia, diretores das escolas do Baixo Guadiana português e espanhol, a vereadora do desporto de Vila Real de Santo António, técnicos da Odiana e técnicos de educação física do território. Em Huelva, no dia 1 de Fevereiro, estiveram os alcaldes da província de Huelva e reitores da Universidade de Huelva entre os quais foi estabelecido um protocolo para promover o
Guitarra mobiliza jovens de Alcoutim
Martinlongo
EB 2,3 Castro Marim a 1 de Março
As aulas decorrem em Alcoutim e Martinlongo, num total de 24 crianças e jovens Um acordo de cooperação entre o Município de Alcoutim e a Associação de Guitarra do Algarve (AGA) fez nascer um pólo dinamizador no concelho. As aulas decorrem há já um ano e dividem-se entre Alcoutim e Martinlongo, num total de 24 crianças e jovens aprendizes de guitarra clássica. José Pedro é o formador que tem acompanhado este projeto em Alcoutim e diz que a parte mais difícil, a iniciação, já foi concluída. “Agora é quando começam a gostar mais e a evoluir”, adianta o formador referindo-se aos dois anos que se seguem.
Para além dos vários encontros entre os polos algarvios, o grupo já participou em alguns concertos, nomeadamente na comemoração dos 10 anos da AGA, no Teatro das Figuras em Faro. Localmente, o pólo de Alcoutim tem realizado apresentações nos finais de período do ano escolar. O propósito final, segundo a AGA, é formar uma «Orquestra Juvenil de Guitarras do Algarve». Com um apoio autárquico de cerca de 24 mil euros, o projeto assumiu uma grande importância no concelho, ao nível da formação de públicos e dinamização da vida cultural.
De salientar que nos concelhos algarvios do Baixo Guadiana o combate à obesidade já existe há mais tempo com a implementação do projeto algarvio «Escola Ativa». De referir, a título de curiosidade, que a escola da Fundação Realmadrid, em Vila Real de Santo António e Castro Marim está a praticar estes inquéritos aos seus alunos no mesmo objetivo de combate à obesidade.
Comunidade escolar assinala Dia Internacional da Proteção Civil A comunidade escolar da EB 2,3 de Castro Marim vai assinalar a 1 de Março o Dia Internacional da Proteção Civil através de uma exposição sobre a segurança aos seus mais diversos níveis. Focarse-à a segurança rodoviária, a segurança doméstica, a segurança florestal, a segurança pessoal (na rua), entre outros.
Entre as 16h e as 17h o Jornal do Baixo Guadiana vai estar a dinamizar uma tertúlia à volta da temática onde pretende juntar alunos, professores, encarregados de educação, pessoal não docente, bem como GNR, Delegado de Saúde de Castro Marim e a psicóloga que trabalha no agrupamento escolar.
«Feira do Livro Usado da Primavera»
A Biblioteca Escolar da EB Professor Joaquim Moreira, e a Associação de Pais da Escola Básica Integrada de Martinlongo vão realizar a «Feira do Livro Usado da Primavera», no próximo dia 7 de março, na Escola de Martinlongo. O objetivo é pôr à venda livros que as pessoas tenham em casa e que estejam interessadas em vender, uma vez que já não precisam desses livros. Uma iniciativa que pretende vender os livros e devolver o seu valor ao dono. O preço de venda do livro é estipulado pelo seu proprietário, tendo em conta o estado de conservação do livro. Caso o livro não seja vendido, será devolvido ao seu proprietário. Os livros deverão ser entregues na Biblioteca da Escola de Martinlongo, o mais breve possível, para que a organização possa preparar a «Feira do livro usado da Primavera». A organização aceita todo o tipo de livros exceto livros escolares.
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EDUCAÇÃO & JUVENTUDE VRSA
Escola de Hotelaria e Turismo candidata-se a Comenius
Reunião com a Conselheira Regional de Educação da Boémia do Sul, em Ceske Budejovice A Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António (EHT VRSA), através do seu Diretor David Murta, participou nos passados dias 31 de Janeiro a 3 de Fevereiro, numa reunião realizada em Trébon (Républica Checa) com vista a preparar uma candidatura
ao programa COMENIUS. As Parcerias entre Escolas COMENIUS visam promover a dimensão europeia da educação, apoiando o desenvolvimento de atividades de cooperação entre escolas, oferecendo aos alunos e professores dos diferentes países
europeus a oportunidade para trabalharem em conjunto sobre um ou mais temas de interesse comum. A parceria é composta pelas seguintes escolas: - Lycée Professionnel de Guérande Olivier Guichard (França)
– Coordenador do projeto; - Jakub Krcin Secondary School of Fishery and Water Management, Trebon (Républica Checa); - Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António (Portugal); - Nord-Troms videregående skole - skolested Skjervøy (Noruega). O projeto a desenvolver designa-se de «Towards European Citizenship thanks to Catering and Aquaculture Partnership» e tem como objetivos despertar os nossos estudantes, professores e staff para a cidadania europeia e desenvolver as suas capacidades profissionais através de um produto alimentar comum: o PEIXE. As quatro escolas propõe-se criar um DVD “from water to plate” em Inglês e um livro multilíngue, que deverá incluir as fichas técnicas dos produtos de cada peixe selecionado (Bacalhau - VRSA, Carpa - Trébon, Salmão – Skervoy, Rodovalho - Guérande), bem como diversas receitas gastronómicas ilustradas por fotografias e vídeos. O DVD será desenvolvido através
das atividades de mobilidade que irão reunir os quatro parceiros ao longo do decurso do projeto, bem como do trabalho desenvolvido internamente por cada Escola. O projeto terá a duração de 2 anos e, preconiza-se que em cada mobilidade/visita participem entre 8/10 alunos e 2 professores de cada escola. Esta iniciativa enquadra-se nos objetivos que a EHT VRSA se propôs desenvolver no âmbito do posicionamento estratégico definido no Projeto Técnico Pedagógico 2012-2014, e trata-se de uma boa oportunidade para reforçar o esforço de internacionalização da escola, permitindo, igualmente, trocar experiências entre professores e alunos de diferentes realidades e culturas, em torno de um propósito comum a todas as entidades: elevar a educação dos alunos e aperfeiçoar/ampliar a formação técnica em restauração e cozinha, que é somente a principal missão da Escola de Hotelaria e Turismo”, diz a EHTVRSA em comunicado.
«Again Hayday of Healt»
Alunos debateram Parceiros europeus elogiam Internet Segura desempenho da UTL
13 turmas entre o 5.º e 9.º ano apresentaram trabalhos sobre Internet Segura
Os parceiros foram recebidos pelo edil no salão nobre da câmara municipal de VRSA
O agrupamento de escolas de Castro Marim convidou os alunos a debatere o tema da Internet Segura no âmbito da comemoração do «Dia Internacional da Internet Segura», que se assinalou no passado dia 7 de Fevereiro. O debate na escola castro-marinense aconteceu a 8 de Fevereiro, à tarde entre as 14h30 e as 16h30 e fez lotar o auditório da escola. No total 13 turmas, entre o 5.º e 9.º debateram o tema seguindo seis ângulos de abordagem distintos. Entre eles, o mais abordado foi a temática das redes sociais, mostrando preocupar os mais novos. A mesa redonda de debate de ideias contou com a presença de alunos representantes de cada turma do 2º e 3º ciclo, da equipa do Plano Tecnológico da Educação, dos diretores de turma, de um psi-
cólogo e dos agentes da GNR do programa «Escola Segura». Os alunos realizaram trabalhos diferenciados através de apresentações em powerpoint, cartazes e até sketches de teatro. Cristina Serote, coordenadora do Plano Tecnológico da Educação (PTE) disse ao JBG que o objetivo deste evento passou por “lançar as ideias aos jovens que utilizam a Internet, mas não estão sensíveis à necessidade de a utilizar de forma segura”. A responsável lembra que muitos dos pais dos alunos “não têm capacidade para orientar os miúdos sobre o assunto”, lamentando que os pais “não adiram a estes eventos”. O cyberbullying foi um dos temas em destaque neste debate, alertando as consequências como a depressão e até o suicídio.
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LOCA L | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *
ESPANHA por Antónia-Maria
El film documental “José y Pilar” El documental rodado en Lanzarote sobre la vida en común del escritor José Saramago y su esposa Pilar del Río, aborda tres vertientes muy interesante sobre la personalidad del escritor: al hombre, al escritor profesional y al intelectual. El documental nos muestra la vida cotidiana, a trazos durante algunos años, de este matrimonio que estuvo formado por un premio Nobel, José, y una periodista, Pilar, y donde cada uno tenia una serie de funciones muy especificas dentro de su vida privada y en común. Se aproximó el film, a su día a día y a su ambiente familiar y de trabajo, a través de la cámara, difundiendo y promocionando la extensa obra literaria de la figura de Saramago.
El documental aborda al hombre, al escritor profesional y al intelectual El realizador de este film es el 240 horas de grabación y donde joven cineasta portugués Miguel “se ve al hombre que piensa, que Gonçales Mendes, que filmó desde se empeña día a día en soñar y los años 2006 a 2011, con mas de amar”según palabras de Pilar.
El film documental fue presentado en la Semana de Saramago en Nueva York, con una acogida entusiasta por el público asistente.
Nominado, más tarde, por la Academia de Cine de Brasil, en la categoría de mejor Documental, mejor Montaje y mejor Banda Sonora. Ha sido exhibido en Noviembre del pasado año, en el Festival Internacional de Cine de Ronda, en la provincia de Málaga, y en casi todas las capitales importantes como Madrid, Sevilla, Barcelona, Valencia… Por otro lado, su viuda Pilar abrirá su casa - “A casa”-de Lanzarote, la isla escogida para residir, y donde vivieron sus últimos 17 años en el próximo mes de Marzo, al público para mostrar los lugares donde vivió y desarrolló su gran trabajo literario como escritor. “Un remanso de paz y belleza y, también un aliciente para no rendirse jamas”, en palabras de su viuda.
I encuentro transfronterizo en Ayamonte Se celebró el día 3 de Febrero, el primer encuentro transfronterizo en el Salón Noble del Ayuntamiento de la ciudad fronteriza, con la participación de la APYME- Ayamonte, Cámara de Comercio, Asociación de Empresas Hoteleras de Huelva, Asociación de Transportistas Onubenses, Confederación de Pequeñas y Medianas Empresas, Asociación de Campos de golf., Asociación de Pequeños Agricultores y las organizaciones de consumidores FACUA,UCE,CEACCU…
Fueron invitados los Presidentes de las Cámaras Municipales de las principales ciudades de la región del Algarve, así como la Asamblea de Usuarios de la A-22 y sus portavoces Helde Raimundo y Joao Vasconcelos, del otro lado de la frontera. El Ayuntamiento de Ayamonte facilitó la coordinación del evento con la intervención del Presidente, Antonio Rodriguez Castillo, que dio la bienvenida como anfitrión e informó de la moción, que fue aprobada en su día por todo los grupos
políticos contra el peaje en la A-22, y sus futuras consecuencias para la libre circulación en la frontera. Juan Antonio Millán, secretario Genera de la Federación N. de Transportes de España, informó de las gestiones realizadas para la supresión del peaje y plantear, entre otras medidas, una zona de libre de pago de 130 Km con centro en el puente internacional, en virtud del espíritu de “cooperación transfronteriza”, recogido en el Tratado de Valencia.
Se celebró el día 3 de Febrero, el primer encuentro transfronterizo en el Salón Noble del Ayuntamiento
Carnaval 2012 en la region occidental de Huelva La agenda del Carnaval se inició por toda esta región, ya, en el mes Enero con los actos programados de la presentación de cartel de este año, presentación de las damas, del pregonero y del carnavalero del año. En la fronteriza Ayamonte, la presentación fue en el Teatro Cardenio a cargo del pregonero Luis Morilla, figura popular en la radio y TV local. El 28 de este mismo mes se celebró el “revoltillo popular” organizado por “La Asociación de Carnavaleros de Ayamonte” en la plaza de la Laguna con numeroso público asistente. El 4 y 5 de Febrero y, siguiendo los actos programados, fue la elección de las Reinas Juvenil e Infantil. A seguir, el concurso de Murgas y Chirigotas en el emblemático Teatro Cardenio, donde los grupos dan riendas a la imaginación, la burla, el descaro, y la critica feroz a todo lo acontecimientos ocurridos durante el año, tanto a nivel local como nacional. Las Reinas y sus damas,
La agenda del Carnaval se inició por toda esta región, ya, en el mes Enero asisten todos los días al Teatro, para recibir el pasodoble que le dedican los concursantes… El día 19, Domingo es el de la gran Cabalgata por las calles de la Ciudad, y los días siguientes son de disfraces callejeros por las calles del centro de la Ciudad. El Miércoles de Ceniza, también
es día del “tradicional entierro de la sardina”en esta región con algunas variantes en su celebración. El día 26 de Febrero se celebró el “Concurso de Popurrits” y actuación de las Chirigotas ganadoras. El día 26, con el tradicional “Baile de Piñata” da por clausurada la edición de este Carnaval 2012.
Fran Núnez, pintor ayamontino, es el autor de esta acuarela donde refleja, fielmente, y retrata el ambiente de un día de compras en la ciudad fronteriza de Vila-Real de Sto. Antonio
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LOCAL Azinhal
PS de Castro Marim fala em “insólito” na visita de Miguel Freitas Na anterior edição demos conta da visita do deputado Miguel Freitas ao concelho de Castro Marim, que se insere na rota de visitas às Instituições Particulares de Solidariedade Social do Algarve. No entanto, após fecho de edição do JBG recebemos uma nota do PS de Castro Marim a dar conta de um “insólito” que decorreu na visita e que fez com que o programa de rondas pelas IPSS do concelho não fosse cumprido. De acordo com Célia Brito, presidente do PS de Castro Marim, a estrutura socialista que se propunha acompanhar o deputado
ao longo da visita viu interdito o seu acesso à Unidade de Cuidados Continuados em construção pela Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA). “Lamentavelmente depois de devidamente requerida a visita à obra de construção da Unidade de Cuidados Continuados, a Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal, comunicou-nos que apenas permitiria a visita às ditas instalações do senhor deputado do PS, não permitindo à estrutura concelhia do PS o acesso à instituição em causa”, conta Célia Brito que em declarações ao JBG
Deputado viu bloqueada entrada de acompanhantes socialistas explicou que tal “insólito” fez com que Miguel Freitas “não visse reu-
VRSA
nidas as condições necessárias para efetuar a visita à respetiva unidade”, relatando que “é a primeira vez que [Miguel Freitas] se encontra proibido de se fazer acompanhar por quem entende no seu trabalho ao serviço das populações”. Em repúdio à atuação dos dirigentes da ABESFA Célia Brito afirma que “se trata de uma questão meramente partidária” e defende que “à frente destas instituições não deveriam estar pessoas ligadas a partidos”. Por sua vez, António Pereira, presidente da ABESFA confir-
mou ao JBG que não autorizou a entrada dos socialistas da concelhia de Castro Marim na Unidade de Cuidados Continuados. Afirmou que “quem não se sente não é filho de boa gente”, explicando que “os senhores do PS votaram contra o projeto da Unidade de Cuidados Continuados”. Referindo, ainda , que “a estrutura do PS de Castro Marim não é bem vinda”, mas António Pereira reiterou, no entanto, o convite ao deputado Miguel Freitas para que “quando quiser venha visitar a Unidade em construção”.
Deputado do PCP
PS e PSD entram em desacordo e trocam acusações Paulo Sá passou O Partido Socialista (PS) de Vila Real de Santo António não aprovou o Regulamento Municipal para Atribuição de Apoios a Estratos Sociais dia em Alcoutim Desfavorecidos no âmbito da promoção da saúde e combate à doença. Partido Social Democrata (PSD) local classifica ato de “caricato”.
“O Partido Social Democrata de Vila Real de Santo António não compreende a posição dos deputados municipais da bancada do Partido Socialista que, na última Assembleia Municipal, realizada no dia 16 de Fevereiro, votaram contra o Regulamento Municipal para Atribuição de Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos no âmbito da promoção da saúde e combate à doença”. António Cabrita, presidente da concelhia do PSD vila-realense diz que “com esta posição, o PS limita o direito dos vila-realenses à saúde, fazendo tábua rasa das centenas de munícipes que, através dos diversos programas promovidos pela Divisão de Ação Social, viram a sua qualidade de vida aumentar substancialmente”, lembrando que “o regulamento, já submetido a consulta pública, destina-se a promover o acesso das famílias do concelho de VRSA aos cuidados de saúde nos casos em que se verifiquem dificuldades económicas ou nos casos em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não disponha de uma resposta eficaz”. O responsável político garante que durante a consulta pública do regulamento “não foram apresentadas quaisquer sugestões por parte da bancada do PS”. “Como se não bastasse, o PS optou pela abstenção durante a votação do novo Regulamento Municipal para Atribuição de Apoios a Agregados Familiares Desfavorecidos, que visa promover o acesso dos estratos sociais desfavorecidos do concelho de VRSA (cujo rendimento per capita seja igual
ou inferior a 50% do salário mínimo nacional) a bens e serviços essenciais, evitando situações de exclusão social e fomentando a plena cidadania das pessoas socialmente mais vulneráveis”, acusa António Cabrita que diz ainda em comunicado que “da mesma assentada, o PS absteve-se na votação das alterações ao Regulamento Municipal para Apoio ao Arrendamento Habitacional de VRSA, que visa tornar a sua atribuição mais equitativa e com maior abrangência de beneficiários”. António Cabrita considera que se trata de algo “caricato”, estranhando que “os deputados socialistas rejeitem propostas benéficas para o município, escudando-se em questões marginais e tecendo críticas aos protocolos estabelecidos com os Serviços de Saúde de Cuba que, além das óbvias vantagens económicas e sociais, obrigaram o SNS a rever as longas listas de espera que apresentava em especialidades como a oftalmologia”.
PS contra incompetência e irresponsabilidade da Câmara Municipal Em resposta ao comunicado do PSD, nomeadamente no que diz respeito ao Regulamento de saúde o PS comunicou que “não pode aceitar que o executivo PSD da Câmara Municipal de VRSA, liderado por Luís Gomes, encaminhe os munícipes para tratamento em Cuba, para serviços e clínicas escolhidas pelo próprio Município, e se queira desresponsa-
bilizar de todos os resultados dessas intervenções”, adiantando que “o Protocolo recentemente aprovado em Assembleia Municipal, que visa enviar doentes exclusivamente a uma entidade estatal promotora de turismo de saúde estrangeira, neste caso de Cuba, denominada Serviços Médicos Cubanos, no seu artigo 16º esclarece que a Câmara Municipal não se responsabiliza por quaisquer efeitos negativos resultantes das intervenções médicas realizadas, resultantes de negligência médica ou de outros fatores alheios à vontade daquele, assim como efeitos secundários, ou rejeição de tratamentos manifestados nos munícipes intervencionados. Estas são as razões que levaram o PS a votar contra o Regulamento Municipal de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos no âmbito da Saúde”. O PS questiona ainda o enquadramento legal do protocolo em causa já que desconhece se foi negociado em conjugação com a Administração Regional de Saúde do Algarve e se obteve pareceres prévios quanto à bondade dos seus objetivos de entidades de supervisão tais como Entidade Reguladora de Saúde ou a Inspeção Geral de Atividades de Saúde, já que nenhuma entidade em Portugal promotora ou prestadora de serviços de saúde se pode excluir desse controlo “O PS exige dignidade e rigor nos serviços que são prestados à população e não aceita irresponsabilidades quando está em causa a saúde das pessoas”.
Paulo Sá ouviu os anseios e preocupações da população alcouteneja O deputado comunista Paulo Sá passou a segunda-feira, 20 de Fevereiro, em Alcoutim. A visita começou num encontro com o Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim que serviu para transmitir os anseios e preocupações da população alcouteneja. Em declarações ao Jornal do Baixo Guadiana o deputado mostrou-se “muito preocupado com a situação de despovoamento que se vive em Alcoutim” e prometeu “levar o nordeste do Algarve para discussão na Assembleia da República”. Paulo Sá lembrou que “existem dois Algarves e que Alcoutim precisa urgentemente de instrumentos de
desenvolvimento”. Tal como salientou, os temas de conversa que teve com o presidente da câmara, Francisco Amaral, foram “o desassoreamento do rio Guadiana, a conclusão do IC 27 até Beja, a saída do Objetivo 1 da União Europeia, a ponte internacional Alcoutim/Sanlúcar, entre outros”. O deputado Paulo Sá promete questionar o Governo sobre as temáticas debatidas com os autarcas, mas também com a população ativa e não ativa com quem conversou, nomeadamente no Centro de Saúde, nos sapadores florestais, na Junta de Freguesia de Pereiro e na Freguesia de Pereiro.
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G RA ND E R EPO R TAGEM
Área de Negócios do Sotavento aguarda retoma económica Numa fase de intensa crise económico-financeira José Estevens, presidente da câmara municipal de Castro Marim, adianta ao JBG que o projeto da Área de Negócios do Sotavento do Algarve verá ser adiado em cerca de dois anos o início da construção das primeiras infraestruturas. Este projeto teve o Plano de Pormenor da ANSA publicado em Diário da República apenas em Abril do ano passado depois de “12 anos alvo de diversos bloqueios”. O autarca critica severamente a “burocracia asfixiante que tem obstaculizado sem piedade o desenvolvimento deste e de outros projetos estruturantes” para o concelho que lidera. Susana de Sousa A Área de Negócios do Sotavento Algarvio (ANSA) é um projeto considerado de caráter regional que tem assento no Plano Regional do Ordenamento do Território (PROT) desde 1992. Trata-se de uma área de 76 hectares concebida com uma função de suporte importante para o que a jusante se está a desenvolver neste território do Baixo Guadiana, que engloba para além de Castro Marim os concelhos de Alcoutim e Vila Real de Santo António. Em entrevista ao Jornal do Baixo Guadiana, José Estevens pronuncia-se sobre um projeto que foi previsto há precisamente 20 anos e que de acordo com as melhores expetativas é mais uma vez adiado. Em 2010 as estimativas deste edil apontavam para um início de construção ainda durante o ano de 2011. Mas a publicação do Plano de Pormenor (PP) em Diário da República (DR) aconteceu em Abril de 2011, no seio de uma crise profunda e que está a travar investimentos de maiores dimensões. No entanto, esta área de negócios prevista para a zona de São Bartolomeu do Sul é “essencial como suporte para um conjunto de dinâmicas em torno da indústria turística, com uma série de Núcleos de Desenvolvimento Turístico, e com tudo o que pressupõe”, refere José Estevens que se diz “frustrado” pelo atraso que este projeto tem tido. Apesar dos imensos contratempos e atrasos, fruto de “uma burocracia asfixiante e de um conjunto de entidades que de ânimo leve bloqueiam projetos de tamanha importância”, acusa, apontando o dedo, nomeadamente ao Ministério do Ambiente e do Ordena-
mento do Território, J. Estevens diz estar confiante que este projeto é de enorme importância para um futuro desenvolvimento do concelho. “Aquando da construção e gestão diária dos diversos Núcleos de Desenvolvimento Turísticos previstos para o Baixo Guadiana vai ser imprescindível a existência de empresas a montante para que se estabeleçam as melhores conexões que vão desembocar numa oferta turística de qualidade que é um setor no qual assenta esta estratégia de desenvolvimento”, confere, avançando que as perspetivas de crescimento turístico no território estimam o desenvolvimento de cerca de “15 mil camas de 4 e 5 estrelas”. Como suporte serão acolhidas na futura área de negócios “as mais variadas empresas de serviços e logística”, identifica o autarca que refere, no entanto, que atualmente “estando um todo num ritmo mais lento por força desta crise económico-financeira esse abrandamento do ritmo de desenvolvimento dos projetos turísticos e a escassez de meios financeiros leva o bom senso a um abrandamento do processo de ANSA”, admite ao JBG o presidente da câmara que nota que este é um período “transitório”, confiando que “o processo de concretização dos Núcleos de Desenvolvimento Turísticos sejam uma realidade num espaço de 10 a 15 anos”. O autarca frisa que “o Algarve continua a ter condições para o desenvolvimento turístico, em especial o Sotavento Algarvio que está menos explorado que tem condições para o crescimento e para a concretização de novos e sustentáveis projetos”.
Empresas espanholas mantêm interesse na ANSA
A futura Área de Negócios do Sotavento Algarvio tem 76 hectares e o Plano de Pormenor foi publicado em Diário da República Abril de 2011
José Estevens acredita que mesmo na atual conjuntura a parte logística prevista para a ANSA “teria condições para se desenvolver porque têm chegado à câmara municipal interesse de vários operadores que têm em mente determinados fluxos de mercadorias que precisam aqui de plataforma logística”, adianta, identificando, nomeadamente, o interesse de operadores para efetuarem transporte desde Galiza até à Andaluzia e que vêem nesta plataforma um encurtar de distâncias. E apesar de ainda não ter arrancado a construção da ANSA o autarca afirma, mesmo, que devido às diversas solicitações de empresas ligadas à área logística, já é possível identificar que “a parte que está desenhada para logística é insuficiente e terá de haver revisão do plano de construção da área
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GR AN D E R EP O R TAGEM
o do Algarve de negócios”. A maior parte das empresas de logística interessadas em fixar-se em Castro Marim são, até agora, espanholas. Os espanhóis têm estado, de resto, sempre em contato com o município de Castro Marim e foram sempre considerados quer nos estudos, quer na elaboração do projeto. “Ao longo do tempo percebemos o interesse e mantivemos o contato com Espanha. Quando o processo tiver condições de acolher as empresas irão aparecer”, garante J. Estevens. Trata-se de empresas ligadas à produção de materiais de construção civil, móveis, agropecuária e até à transformação de produção agrícola. A ANSA vai também servir de aglomerado para as diversas pequenas fábricas e oficinas espalhadas no território do Baixo Guadiana e que ali ganharam “dimensão e competitividade”, considera o autarca.
Unificação de Alcoutim, Castro Marim e VRSA Desde o início que esta área de negócio está pensada para a unificação com as áreas empresariais de Alcoutim e de Vila Real de Santo António. “Quer o espaço de Alcoutim quer o de Vila Real de Santo António são espaços industriais diminutos e que não têm a área e a ambição que este projeto encerra. Existe a probabilidade de estas duas áreas virem a englobar a estrutura da área de negócios polindustriada com um tronco comum para administrar os três espaços”, adianta ao JBG o edil.
Promoção de negócios
diversificados Para além da área de logística e serviços relacionados com o turismo a ANSA será um lugar que projeta o incremento de um espaço que privilegiará exposição e feiras. Também será construído um edifício dedicado à formação e está previsto nascer ali um espaço que servirá a saúde. Neste caso o que se pretende é “captar a iniciativa privada”, diz J. Estevens, lembrando as “condições extraordinárias que este território oferece para o desenvolvimento de serviços de saúde”. O autarca ambiciona tornar este espaço atrativo não só para os portugueses, mas também para os estrangeiros, sobretudo do norte da Europa, “cujas seguradoras de saúde olharão, com certeza, para este território como um lugar ideal e barato para fazer face às necessidades dos seus assegurados”. O autarca está de olhos postos na promoção do emprego e de novos negócios nesta parte do Algarve. Toda a área de negócios está pensada para exercícios não poluentes. “Não há espaço para atividades que coloquem em causa valores ambientais, porque serviços de saúde e formação não são compatíveis com atividades poluentes”, defende.
Construção por fases Depois de serem criadas as condições para arrancar a infraestruturação desta zona de negócios vai ser criada uma sociedade anónima de capitais maioritariamente públicos dos municípios de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, com uma administração
José Estevens cumpre o último mandato consecutivo. Está à frente dos destinos do município de Castro Marim desde 1997
privada que irá gerir a ANSA. A estimativa de investimento da infraestruturação básica – redes de águas, esgotos, vias e estacionamentos dos 70 hectares – ronda “para lá dos 8 milhões de euros”, por isso a construção da área de negócios “será realizada por fases de acordo com as necessidades que forem surgindo”, explica o edil, justificando “as verbas avultadas que estão em causa”.
Arquitetura e cuidados estéticos O PP desta área de negócio prevê um cuidado na arquitetura e nos materiais utilizados na construção porque, como explica José Estevens, “nós temos um concelho que prima por um património edificado que é preciso preservar, não apenas no que já existe, através da sua valorização, mas consideramos que as novas edificações devem salvaguardar os valores patrimoniais para que Castro Marim seja atrativo”. Para além de uma arquitetura que preservará as tradições locais haverá lugar para os espaços verdes.
Vicissitudes de atrasos O arranque da ANSA levam cerca de 12 anos de atraso, adianta-nos José Estevens que diz que é “um resultado de uma burocracia asfixiante que entropeça o desenvolvimento”, frisando que não basta lamentar, há que lutar contra isto. Estes procedimentos estão cristalizados e apesar da consciência
aguda da situação voltamos a esbarrar nas dificuldades”, indigna-se o autarca que nunca pensou gastar tanto tempo nem tantas energias com este projeto do qual nunca desistiu apesar das adversidades. “As grandes dificuldades prenderam-se com a desafetação da Rede Ecológica Nacional de meia dúzia de metros quadrados de terrenos; com obstáculos do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, bem como um conjunto de prerrogativas que estão dispersas por diversas entidades que levantam barreiras injustificadas e que levam a estes tamanhos atrasos”, enumera J. Estevens que reivindica “uma nova cultura e um novo paradigma para um novo modelo de desenvolvimento”.
Antes da ANSA vão avançar outras construções O desenvolvimento de Castro Marim está mais lento, mas não parou e apanhados pela crise estão outros projetos no concelho; como é o caso do Plano de Pormenor da Zona Poente de Castro Marim, o Parque de Lazer, a Nova Baesuris, “que são áreas de construção e que pretendiam acomodar desenvolvimento populacional que terá de acontecer quando atingir a maturidade”. José Estevens refere também que é “necessário criar novos equipamentos públicos e disponibilizar solo para habitação para responder a essas necessidades”. E, apesar do pessimismo que reina atualmente, a conjuntura deverá recuar para reto-
mar o desenvolvimento que vínhamos assistindo a 3 a 4 anos atrás”, afirma esperançado o autarca. José Estevens acredita que a ANSA vai ser adiada mais dois anos, ficando a aguardar a retoma da economia, mas há projetos em Castro Marim que não estão parados nem podem esperar muito mais tempo para avançar. O edil castromarinense dá-nos conta que é “urgente avançar com a construção do novo campo de futebol de Castro Marim”, lembrando que atualmente o Castromarinense joga no campo emprestado do Beira Mar de Monte Gordo. “Decidimos não investir no atual campo porque está projetado um novo que tem de arrancar o quanto antes”, admite J. Estevens. Para além da variante a Castro Marim e a Avenida Poente, que já avançaram e que servem a nova Castro Marim projetada para nascer nos próximos anos, outro equipamento que José Estevens considera “urgente” avançar é o edifício de Ninho de Empresas que está em fase de preparação de concurso. “É um edifício que vai ser construído onde anteriormente estava instalada a banda musical castromarinense e que tem contíguos um conjunto de edifícios que a autarquia adquiriu e que vai demolir para criar este equipamento que albergará o edifício-sede da empresa municipal «Novbaesuris» e que terá as características de um ninho de empresas para favorecer desenvolvimento empresarial em Castro Marim”, adianta o responsável.
As realizações e as frustrações de um autarca em fim de mandato Questionado pelo JBG sobre qual a sensação que tem em fim de mandato que não poderá renovar à frente dos destinos de Castro Marim José Estevens dá-nos conta das realizações e confessa as suas frustrações. “Por um lado é uma sensação de realização e de alegria pelo muito que realizámos; por termos trazido outra luz a Castro Marim. Escolas, Biblioteca, estradas, infraestruturas básicas, equipamentos, centros de interpretação, projetos nas várias freguesias, a Unidade de Cuidados Continuados, o Pavilhão Multiusos, o Moinho das Pernadas, a reabilitação e reconversão da escola de Furnazinhas, a criação dos percursos pedestres, a reabilitação do Castelo, do Revelim de Santo António e do Forte”, enumera o presidente da câmara que lidera os destinos de Castro Marim desde 1997. O edil quer até ao fim do mandato criar novas zonas residenciais para travar a pressão do construído histórico de Castro Marim, adiantandonos que está na calha a aprovação do «Plano de Salvaguarda do Centro Histórico de Castro Marim». “É necessário salvaguardar o património edificado e dar espaço para o futuro de Castro Marim”, dando conta da projeção de novos espaços para bares, lojas de artesanato, pequenos restaurantes, ateliers de pintores “tal como se
encontra noutros centros históricos da Europa”, diz, ressalvando que apesar de não estar ainda concluído “é um Plano de Salvaguarda que tem ações já executadas, como a retirada das inestéticas antenas dos telhados”. Na opinião de José Estevens “Castro Marim hoje respira outro ar, as pessoas têm-se encontrado com o território. Havia um sentimento de rejeição, de uma relação pouco positiva entre os castromarinenses e a sua terra. Nestes 12 anos houve uma alteração significativa desses sentimentos. As pessoas passaram a ter orgulho em dizer que são de Castro Marim. Será porventura a maior obra que foi feita”, declara o autarca. Por outro lado há um “travo de frustração”, admite José Estevens, referindo-se “ao muito que está pensado e projetado e pela incerteza que o futuro traz da sua execução”. Para José Estevens e sua equipa “as coisas fazem sentido da forma como está pensado e é um sentimento que é partilhado por muitas pessoas”, focando “a valorização da nossa oferta pela qualificação do nosso mundo rural;
de produtos agrícolas, hortícolas, do campo, da caça; que precisam de ser valorizados, repensados para se adequarem aos desafios dos tempos que correm”. O edil aponta os “desafios para o sal, queijos, frutos secos” que considera que “é preciso reinventar e levar para os espaços que os merecem e que dignificam o concelho”, lembrando que os saberes e produtos tradicionais “precisam de incorporar novos conhecimentos na área do marketing”. Defende que o caminho não passa pela descaracterização do território, “mas pela valorização do património: o nosso saber fazer da nossa gastronomia, do nosso artesanato, das danças e cantares, dos valores ambientais”. Por outro lado José Estevens aponta para “um espaço de modernidade” e para “a valorização da margem do rio e da frente de mar”, considerando que Castro Marim é “um concelho com um potencial enorme para ter o dobro ou o triplo da população para viver de acordo com os padrões europeus”, remata.
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LOCA L
VRSA reorganiza «Espaços Internet» O objetivo da câmara municipal de Vila Real de Santo António é “democratizar o acesso à internet no concelho”. Está concluída a reorganização dos espaços internet em VRSA, Monte Gordo e Vila Nova de Cacela. Os espaços internet no concelho de Vila Real de Santo António estão distribuídos pela totalidade das freguesias do concelho e permite, de uma forma livre e gratuita, aceder à Internet, digitalizar e processar documentos, fazer impressões, entre outros serviços. Atualmente, cada um dos Espaços Internet está equipado com mais de uma dezena de computadores – um dos quais com acesso para invisuais – e oferece horário alar-
gado. Além dos munícipes, os espaços têm sido frequentados por centenas de turistas. Em VRSA, o serviço de internet é disponibilizado na Biblioteca Municipal Vicente Campinas e funciona de segunda a sexta-feira, entre as 9h15 e as 19h45. Aos sábados, está aberto entre as 14h15 e as 19h45. Por sua vez em Monte Gordo, o Espaço Internet funciona agora nas instalações do centro Comuni-
tário/Casa do Avô e pode ser frequentado, nos dias úteis, das 9h às 18h. De acordo com a autarquia “a recente mudança de instalações confere-lhe uma localização mais central, uma vez que este é o local mais procurado pelos utentes de nacionalidade estrangeira. De acordo com um levantamento efetuado pela autarquia, os turistas holandeses são os que mais utilizam o serviço. Em Cacela, o espaço mantém-se
Bombeiros de VRSA têm assegurada sustentabilidade
Novo modelo de financiamento está em vigor desde 1 de Janeiro de 2012 A câmara municipal e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António assinaram no dia 18 de Fevereiro um protocolo de colaboração para assegurar a defesa e a segurança as populações e bens concelhios. O acordo destina-se igualmente a assegurar a sustentabilidade do corpo de bombeiros, que será assegurada pela nova Taxa Municipal de Proteção Civil, contribuição que está a ser refletida na fatura mensal da água – emitida pela empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU) – e que tem um valor simbólico de um euro. A medida – já aprovada em Assembleia Municipal – é inédita no país e contribuirá para assegurar a estabilidade da associação humanitária de bombeiros vila-realense, que passará a ter um modelo de financiamento adequado às necessidades e não apenas baseado na subsidiação. Por outro lado, assegura a continuidade dos serviços de socorro à população vila-realense.
Petição na origem da mudança A criação da Taxa Municipal de
Proteção Civil tem por base uma petição, entregue na câmara municipal, onde se contavam mais de 500 assinaturas e se apelava à cobrança mensal de uma verba que revertesse, na totalidade, para a Proteção Civil e Bombeiros. “Fomos pioneiros no país a aplicar este modelo de financiamento que, sem onerar demasiado as famílias, dá estabilidade a um serviço nobre e essencial ao concelho. Se tivermos em consideração um agregado de quatro pessoas, falamos de uma contribuição simbólica de 25 cêntimos por membro”, afirma Luís Gomes. “Tal como na saúde e na solidariedade social, a autarquia vilarealense abre um novo paradigma que está prestes a ser seguido noutros pontos do país, tendo já vários municípios solicitado à câmara municipal informações sobre o modelo de aplicação da Taxa Municipal de Proteção Civil”, lembra Luís Gomes. Para o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de VRSA, José Neto, “este é mais um passo para manter a corporação a funcionar, superar as dificuldades que quase nos paralisaram e manter os interesses da
população”.
Presidente da Federação diz que é um “exemplo” Esteve também presente na assinatura do protocolo, o presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve, Teodósio Carrilho, entende que o acordo firmado entre a Câmara e os bombeiros “é um passo gigante para a aproximação dos bombeiros e do poder local”. Este responsável apelou para que o exemplo vila-realense seja “seguido por todas as corporações de bombeiros nacionais, de forma a assegurar a sua sustentabilidade”. A Taxa Municipal de Proteção Civil é sustentada pela Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, que prevê expressamente a possibilidade de criação de taxas pela prestação de serviços no domínio da prevenção de riscos e da proteção civil. Destina-se ainda a compensar investimentos realizados na defesa da floresta contra incêndios. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António serve simultaneamente os concelhos de VRSA e Castro Marim, caso único no país.
nas instalações da Junta de Freguesia, no Largo Manuel Cabanas, e funciona de segunda a sábado, das 9h às 21h. A abertura dos Espaços Internet no concelho de Vila Real de Santo António resultou de uma candidatura aprovada no âmbito do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento – POS Conhecimento e do Programa Operacional Sociedade da Informação (POSI) do Ministério da Ciência, Tecnolo-
gia e Ensino Superior e representou um investimento de cerca de 430 mil euros, tendo a autarquia comparticipado com mais de 145 mil euros. Os espaços internet existem no concelho há oito anos, tendo recebido recebeu milhares de utentes. De acordo com os dados mais recentes do município na Biblioteca Municipal, o número de sessões de acesso à Internet ultrapassou, no ano de 2011, as 10 mil utilizações.
Cruz Vermelha presta serviço de enfermagem Uma enfermeira voluntária na Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Real de Santo António está a levar a cabo um novo serviço nesta delegação. Trata-se de um serviço dirigido pela enfermeira Inês que realiza todas as técnicas básicas de Enfermagem. Desde a avaliação de tensão arterial, glicémia capilar (Diabetes), colesterol e Triglicéridos. Este serviço também faz pensos e injetáveis. Em declarações ao JBG a enfermeira Inês diz que para “além destas técnicas, são realizados outros cuidados de enfermagem que o utente necessite”, indicando, ainda, que são também realizados cuidados de Enfermagem no domicílio. Para mais informações estão disponíveis os contatos:
Os serviços são também prestados ao domicílio
tel: 281 541 827, fax: 281 541 827 e o e-mail dvrsantoantonio@cruzvermelha.org.pt
Melhores ruas para a população alcouteneja
Arrancaram novos arruamentos no concelho de Alcoutim A câmara municipal de Alcoutim avançou recentemente com obras de pavimentação de várias ruas nalgumas localidades do concelho. A empreitada de pavimentações foi adjudicada por cerca de 65 mil euros e deverá decorrer até ao final de março. Mais arruamentos deverão ser adjudicados até ao final do ano, em prol de um dos grandes objetivos da autarquia alcouteneja, que
é melhorar a qualidade de vida das povoações de todo o concelho. Para já, vão decorrer pavimentações nas localidades de Palmeira, Taipas, Lutão, Pereiro, Madeiras, Martim Longo, Montargil e Fernandilho. De referir que o concelho de Alcoutim se subdivide administrativamente em cinco freguesias, constituídas, na sua totalidade, por mais de 100 núcleos populacionais dispersos
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LO CAL Alcoutim
Obra do Lar de Balurcos já arrancou O arranque das obras do Lar de Balurcos no concelho de Alcoutim aconteceu em meados de Fevereiro e deverá estar terminada no final do ano. Em declarações ao JBG Francisco Amaral, presidente da câmara municipal de Alcoutim disse que “a empreitada está a ser levada a cabo por gente séria que conseguirá terminar a construção do lar em metade do tempo”, afirmou confiante. Recorde-se que o concelho de Alcoutim é um dos mais envelhecidos e desertificados do país, sendo por isso aquele onde há mais idosos dispersos. O edil alcoutenejo ressalva que, no entanto, “neste concelho, nomeadamente nas diversas povoações, mantêm-se as relações de vizinhança que são um suporte muito importante para combater a solidão e abandono dos mais velhos”. De referir também que neste concelho há uma aposta forte no apoio domiciliário, pois, defende o edil, “não se trata apenas de colmatar a falta de vagas no Lar, mas muito
A obra arrancou em meados de Fevereiro e prevê-se que esteja pronta até final do ano também de preservar a qualidade de vida de quem ainda pode ter uma vida autónoma”, disse ao JBG. Com um novo Lar no concelho, prevê-se que a longa lista de espera para entrada no Lar de Alcoutim diminua. “Face ao envelhecimento da população portuguesa, que se tem acentuado nos últimos anos, temos de criar
mais equipamentos sociais de apoio ao idoso e, infelizmente, o que está acontecer é a desistência de muitas candidaturas já aprovadas no âmbito do PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), dada a dificuldade das IPSS em conseguirem financiamento para executar a obra”, salienta o autarca.
Alcoutim insurge-se contra a exclusão do Algarve dos estágios do PEPAL, agora já na sua 5ª edição. Devido à saída do Algarve do objetivo 1 da União Europeia, mais uma vez esta região ficará excluída do financiamento dos estágios remunerados para jovens licenciados. Segundo a autarquia de Alcoutim, trata-se de uma flagrante injustiça, já que se está a excluir um concelho dos mais pobres do país, assim como ¾ de uma região (serra algarvia) bastante carenciada e que, para efeitos meramente estatísticos, é considerada rica. Nesta altura de crise acentuada e de desemprego galopante, é criminoso excluir a região algarvia dos financiamentos dos estágios profissionais.
Médica nefrologista dá consultas gratuitas em Alcoutim
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Avança cluster naval na Zona Industrial Norte
O custo total da obra é de 1.950.582, 36 euros, comparticipando a autarquia alcouteneja 1. 114.872, 96 euros e o POPH (Programa Operacional de Potencial Humano) 835. 709, 40 euros. O Lar deverá estar concluído em meados de 2013, com capacidade para 30 camas e ainda com os serviços de centro de dia e apoio domiciliário.
Alcoutim insurge-se contra exclusão do PEPAL
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Doença renal foi debatida em Giões Vai ser criado um cluster dedicado à construção e reparação naval O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) emitiu parecer favorável ao Projeto de Parcelamento para os terrenos localizados a Poente do porto de Pesca de VRSA. Uma notícia que o município vila-realense viu “com agrado”, lembrando que surge “depois de anos de impasse” “Com esta autorização, a autarquia pode, finalmente, dar mais um passo na implementação da Zona Industrial Norte de Vila Real de Santo António, um investimento necessário para ampliar a dinâmica económica do concelho e criar um cluster dedicado à construção e reparação naval”, pode ler-se num comunicado de imprensa. Projetada junto ao Guadiana, a infraestrutura será também fundamental para revitalizar a indústria
naval de Vila Real de Santo António que, há muito, anseia por se expandir para um local com áreas e condições apropriadas. Outra das suas valências será a relocalização das empresas que se encontram dispersas na zona Sul da cidade, na área contígua à mata nacional, e que aguarda pela conclusão de um Plano de Pormenor que dará origem à sua requalificação integral. “Esperamos com esta solução vir a resolver os problemas que as indústrias navais enfrentam, ainda para mais na presente conjuntura económica. Esta é, por isso, uma oportunidade para relocalizar um dos mais importantes setores de atividade vila-realense, que se tem sobretudo especializado na construção de embarcações em fibra de
vidro, onde é líder nacional”, nota o presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes.
Espaço para as indústrias conserveiras Está igualmente previsto que outras indústrias tradicionais – como as fábricas conserveiras de atum – venham a instalar-se no novo pólo, a que se somarão outras empresas ligadas à comercialização e reparação de embarcações. A nova zona industrial e empresarial terá uma área de cerca de 11 hectares, por onde ficarão repartidos 40 pavilhões e diversos edifícios de escritórios, que ocuparão cerca de 30 mil metros de área coberta.
A doença renal foi em meados de Fevereiro tema de debate em Giões. A convite da câmara municipal de Alcoutim, Ana Paula Martins, médica nefrologista no Hospital de Faro, esclareceu a audiência sobre a silenciosa doença renal. Na mesa estavam também o edil de Alcoutim, Francisco Amaral e o médico de clínica geral, Óscar Oliveira. Na assistência, e a acompanhar a médica nefrologista, estiveram Ana Lopes, chefe de serviço medicina interna no Hospital de Faro, e Jorge Jardim, da unidade de cuidados intensivos do Hospital de Faro. O que são e para que servem os rins, foram as explicações com que a Ana Paula Martins iniciou a palestra. Numa comunicação muito interativa, a médica nefrologista foi alertando para os fatores de risco da doença renal, sublinhando que, na sua esmagadora maioria, dependem única e exclusivamente dos hábitos de vida populacionais.
Deixou ainda uma chamada de atenção para alguma sintomatologia da doença, mas reforçou a ideia de que esta é uma doença silenciosa e raras vezes traz dor. No final da palestra foi aberto um espaço a perguntas, onde se puderam desmistificar e esclarecer algumas ideias. Algumas pessoas presentes no público eram insuficientes renais e tiveram oportunidade de clarificar algumas dúvidas. Aos insuficientes renais, a médica nefrologista deixou um conselho – que não se encare a doença como inimiga. Num apelo à sua aceitação, a médica lembrou que “qualidade de vida fazemos nós, não a doença”. No final da palestra Francisco Amaral, autarca e médico, informou que a médica Ana Paula Martins vai começar a dar consultas gratuitas em Alcoutim, a par de outros médicos que voluntariamente se têm oferecido,
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LOCA L Projeto «Vencer o Tempo»
Jovens receberam telemóveis para comunicar com idosos A entrega dos telemóveis aconteceu no passado dia 1 de Fevereiro e tratou-se de uma parceria entre a TMN e a Associação «Vencer o Tempo».
O dia em que os telemóveis foram disponibilizados aos mais novos foi dia de comemoração dos aniversários dos utentes e participantes do Projeto «Vencer o Tempo nas sete Cidades», e teve lugar na Casa do Avô de Monte Gordo. No final da cerimónia, e tendo em vista uma melhor operacionalidade da ação “O Meu Amigo Sénior” foram distribuídos telemóveis aos jovens do projeto, com o objetivo dos mesmos estabelecerem maior contacto de proximidade com os seus idosos. Os respetivos telemóveis foram oferecidos pela TMN em parceria com a Associação Vencer o Tempo. Cada aparelho dispõe de 30 minutos de conversação grátis, para que os jovens possam contactar, pelo menos uma vez por semana, com os idosos.
Comemoração dos aniversários Mensalmente jovens e idosos juntam-se para comemorar os aniversá-
Os respetivos telemóveis foram oferecidos pela TMN em parceria com a Associação «Vencer o Tempo nas 7 cidades» rios e desta vez a festa fez-se com a apresentação de um vídeo, com os idosos que fizeram anos nos meses de Dezembro e Janeiro, e ainda das várias atividades em que os utentes
têm participado. A festa juntou idosos das Casas do Avô de Vila Real de Santo António e Monte Gordo. Estiveram presentes os utentes das duas Casas do Avô, os
20 alunos do Curso Profissional de Animação Sociocultural da Escola Secundária de VRSA, entre os quais 14 são voluntários do Projeto, o Professor Jorge Humberto Dias -res-
ponsável pelo curso, e as técnicas da Divisão de Ação Social afetas ao Projeto, assim como a vereadora Sílvia Madeira e a Coordenadora Nacional do Projeto Ivone Ferreira.
Pescaria solidária rendeu Receitas de Presépio Gigante 102 quilos de peixe já reverteram para Guadi
A Campanha beneficiou duas IPSS’s do concelho vila-realense Os pescadores da «Associação de Pescadores Santo António de Arenilha», de Vila Real de Santo António, organizaram pela segunda vez este inverno, uma pescaria coletiva que reverteu a favor das instituições de solidariedade social do concelho. A pescaria que decorreu no dia 10 de Fevereiro, juntou nove embarcações e rendeu um total de 102 kg de peixe,
que foram entregues pelos pescadores, a duas instituições: «Santa Casa de Misericórdia» e «Mão Amiga», uma vez que são as instituições que fornecem refeições aos mais carenciados do concelho. Os elementos da Associação de Pescadores Santo António de Arenilha, com esta iniciativa querem ajudar quem mais necessita, em especial num momento de
grandes dificuldades “sabemos que para muitas pessoas e crianças esta é uma boa ajuda, pelo que queremos repetir mais vezes” referem. A acompanhar esta doação esteve presente o Presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António acompanhado de alguns vereadores, assim como os representantes das instituições beneficiadas.
Teresa e Augusto Marques são os grandes impulsionadores do Presépio Gigante de VRSA Já são conhecidas as receitas dos milhares de visitantes que passaram pelo presépio gigante em Vila Real de Santo António. Após o pagamento dos custos relacionados com a montagem e manutenção do Presépio Gigante de Vila Real de Santo António, o valor remanescente de 1.600,00 reverteu a favor da Guadi
Centro de Animais, e que foi “uma grande ajuda para a defesa de animais abandonados no concelho de VRSA”. “Um Muito Obrigada a Todos”, diz a Guadi ao JBG em jeito de agradecimento pela ação benemérita dos obreiros do presépio gigante de VRSA.
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Susana de Sousa Neste especial dedicado à biblioteca municipal de Alcoutim, conhecida como a «Casa dos Condes», decidimos iniciar o percurso à conversa com o presidente da câmara municipal de Alcoutim e perceber a importância deste equipamento cultural. O autarca disse-nos que até 1994, altura em que iniciou a sua liderança do município, “a câmara estava de costas voltadas para a cultura”. F. Amaral lembra que esta obra é sua e que, essencialmente, é um espaço de cultura a partir do qual o município desenvolveu outras estruturas complementares. “A Casa dos Condes é uma obra minha e é um espaço de cultura. Uma biblioteca, videoteca, espaço internet, um ponto de encontro de iatistas e um espaço de galeria de exposições”, enumera, dizendo que são privilegiados para ali mostrarem os seus trabalhos “os artistas de Alcoutim ou os que façam arte sobre esta terra”. O autarca reconhece que nos últimos dois anos a «Casa dos Condes» ganhou uma dinâmica diferenciadora e que tem granjeado a adesão de mais frequentadores. Refere-se à iniciativa «Palavra Sexta à Noite» que desde 2010 acontece sem qualquer interrupção e que desde o seu início, até
agora, já triplicou o número de adeptos e até já mudou hábitos na vila. “Acima de tudo temos dois funcionários excelentes. A Cristina e o Carlos vestiram a camisola do município e para além de diariamente receberem muito bem o visitante, dinamizam muito bem tertúlias que se tornaram momentos muito importantes para as gentes de Alcoutim e para os iatistas”, refere o autarca que lembra que “num tempo em que ninguém fala com ninguém estes momentos mostram-se fundamentais para evitar problemas de depressões e neuroses”, assinala este presidente de câmara que também é médico. As tertúlias da «Casa dos Condes» vão beber aos serões de antigamente que aconteciam à volta da lareira. Para além de um espaço de encontro para os alcoutenejos é também um ponto de intercâmbio entre os estrangeiros que vivem na sua casa flutuante no rio Guadiana, os turistas, bem como já conseguiram cativar os estrangeiros e locais que residem na localidade espanhola vizinha de Sanlúcar. Francisco Amaral diz mesmo que perante a dinâmica instalada este espaço já se está “a tornar pequeno” e adianta que “está previsto um auditório para o concelho que no futuro irá albergar
estas atividades”. O edil lembra que a cultura “está assegurada em Alcoutim porque também o castelo de Alcoutim sofreu obras de melhoramento e é um espaço que também serve para dinamizar a cultura, nomeadamente a arqueologia do concelho. Temos também os núcleos museológicos do concelho que são uma aposta cultural do executivo”, salienta, dizendo que, no entanto, uma outra função importante da «Casa dos Condes» é servir de “autêntico centro de acolhimento aos visitantes”. Seguimos o nosso percurso numa manhã bem fria em Alcoutim - e mesmo junto ao Guadiana, com uma vista privilegiada, entramos na «Casa dos Condes» onde à nossa espera estão Carlos Barão e Cristina Arhens para nos colocarem a par de toda a dinâmica existente neste equipamento cultural. As nossas expetativas são as melhores. Em jornalismo há a tendência de inverter a pirâmide para dar a informação pela sua ordem de importância. Considerámos que devíamos iniciar a nossa conversa sobre o fenómeno a «Palavra Sexta à Noite». Há cerca de dois anos que as tertúlias têm um importante papel para a dinamização do convívio e do desenvolvimento
interpessoal dos alcoutenejos, mas também dos estrangeiros que se passeiam pela vila sede e também junto daqueles que passam longas temporadas a bordo das suas embarcações no rio Guadiana. Por mês há sempre uma tertúlia à sexta-feira à noite na «Casa dos Condes». A primeira aconteceu no ano de 2009 e serviu de “ensaio”, diz-nos Cristina. Mas desde 2010 que a iniciativa voltou à «Casa dos Condes» e desde aí que acontece ininterruptamente e com uma adesão que cresce a olhos vistos. A adesão tem sido muito grande e já chegaram a ser 70 pessoas na «Casa dos Condes» para participar em tertúlias que se dedicam aos mais variados temas. Muitos dos participantes são estrangeiros. E quando a lotação atinge tamanho número de pessoas as cadeiras são disponibilizadas para os mais velhos. Para os mais novos estão reservadas coloridas almofadas que apelam à informalidade. A ponte cultural está feita de tal forma que “os cumprimentos entre as pessoas nas ruas de Alcoutim se intensificaram”. Carlos Barão diz-nos que estes encontros “têm o mérito de unir as pessoas”. Cristina e Carlos notam que para muitos dos tertulianos “neste dia [a sexta-feira] já não lhes faz falta a novela; a
esposa arrasta o marido e viceversa”. O público já se tornou “fiel, mas depois aparecem pessoas que não estamos à espera o que nos alegra bastante”, conta-nos Cristina. A dupla de funcionários da «Casa dos Condes» sente um sabor especial quando consegue trazer até à «Casa dos Condes» e às tertúlias, nomeadamente, pessoas que habitualmente pouco se dão à conversa “e que gostam, sobretudo, de passar o tempo no café”, dizem-nos, identificando este como um “sinal de mudança nos hábitos e nas mentalidades” A divulgação destas tertúlias é feita via internet, mas para a população local parte muito do boca-a-boca. “Já sabemos os pontos chaves onde devemos entregar os panfletos divulgativos que elaboramos e apelamos à participação num contato direto”. Quanto à escolha dos temas para as tertúlias é feita, por norma, no mês em que acontece e muitas das vezes cumpre tradições, assinala datas importantes ou dedica-se a temas que dizem muito à população. É o caso de tertúlias dedicadas a Janeiras, Santos Populares, Carnaval, as Maias, entre muitos outros exemplos. “As pessoas também nos dão ótimas ideias que originam excelentes tertúlias. Por vezes o tema é decidido na
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própria semana em que a tertúlia acontece, e, mesmo assim, surte um efeito fabuloso”, notam. As tertúlias são para continuar e há outros temas já pensados também na ótica da reflexão sobre o desenvolvimento do concelho, nomeadamente. “Para que as pessoas manifestem a sua opinião e ajudem ao desenvolvimento local, fomentando educação cívica e democrática que é o grande objetivo”, diz-nos Cristina Arehns. Face à apetência dos alcoutenejos para estas tertúlias, questionámos Carlos e Cristina se está prevista a rotatividade das tertúlias por outras localidades. Carlos Barão adianta-nos que essa hipótese não está a ser ponderada, lembrando que “são funcionários da biblioteca e que o grande objetivo é trazer as pessoas até este espaço para fomentar o consumo de arte e de leitura”. A iniciativa «Palavra Sexta à Noite» é atualmente um marco na atividade deste equipamento. Tornou-se uma iniciativa inovadora e é realizada praticamente a custo zero. O que não faz com que não seja arrojada, até porque depois de cada tertúlia há espaço para um convívio à volta de um chá de ervas locais e bolinhos tradicionais. “Não queremos que as pessoas saiam sem este convívio
pois é mais um momento para nos relacionarmos”, identifica Cristina. Na tertúlia dedicada ao Natal , por exemplo, houve lugar para a partilha de bolos típicos de vários países e na tertúlia onde se cantou fado o caldo verde comunitário não faltou. “Umas pessoas trouxeram batatas, outras couves, outras chouriças”. Carlos e Cristina admitem que é mais difícil cativar os adolescentes, que aproveitam a sexta-feira para estar com os seus pares noutros espaços de convívio, mas quando há público mais infanto-juvenil têm a preocupação de fazer pipocas para eles. E também é destes pequenos grandes pormenores que as tertúlias se fazem.
Ponto de encontro e partilha Esta «Casa dos Condes» é para além de um centro de acolhimento ao visitante um autêntico ponto de encontro entre a comunidade residente e estrangeira. Mas, a relação que hoje se estabelece entre a comunidade estrangeira e a local já teve dias menos bons. Cristina e Carlos sabem bem tudo o que por esta vila se vai passando e contam-nos que na década de 90 os estrangeiros eram olhados com desconfiança por parte dos alcoutenejos devido
a um episódio de um holandês que depois de integrado na comunidade, e de uma relação bastante amável com os alcoutenejos, foi preso por posse de droga. “As pessoas daqui ficaram muito chocadas com esse caso e durante bastante tempo quando algum estrangeiro subia o rio diziam que lá vinha mais um traficante de droga”, contam. Agora isso já não acontece. “Já passou essa desconfiança e é muito bom ver a relação tranquila que se vive entre os moradores na vila e todos os que diariamente acostam no cais para um passeio e compras nas lojas da vila de Alcoutim. A maior parte dos estrangeiros são pessoas reformadas que optaram por ter uma casa flutuante, sendo que a maior parte também tem os filhos a estudar em Sanlúcar, porque o espanhol é uma língua mais fácil de aprender. “Na Casa dos Condes passam muitas pessoas estrangeiras que têm histórias de vida giríssimas”, diz-nos Cristina que conta que os contatos são mantidos depois via internet e através de postais que vão enviando a partir dos mais variados locais do mundo”; que assinala que “também Alcoutim está na boca do mundo graças a estes turistas que falam sobre o nosso concelho e colocam fotografias nos blogues que vão criando”.
Troca de Livros e de
Mapas de Navegação Desde 2007 que existe na «Casa dos Condes» a troca de livros estrangeiros. “Desde que um dia à porta da biblioteca alguém deixou um saco enorme cheio de livros em inglês decidimos criar um espaço de troca de livros entre os estrangeiros, que lêem muito”, conta Cristina. A adesão tem sido grande e nesta biblioteca há livros para a troca em inglês, francês, alemão, holandês, dinamarquês, sueco e norueguês. Outro pormenor bastante curioso que encontramos na «Casa dos Condes» é que este é também um espaço para consulta de mapas de navegação por parte de quem circula no rio Guadiana. Os navegantes entregam aqui os seus mapas de navegação e consultam os mapas que aqui deixaram outros navegantes, num verdadeiro sinal de partilha em prol de uma navegação segura.
Galeria de Exposições A dinâmica da galeria de exposições passou, não há muito tempo, para a responsabilidade de Carlos e Cristina que aceitaram mais um desafio. Estão agendadas exposições já até Setembro, entre arte com cerâmicas de Alcoutim, manualidades dos grupos socioculturais, a
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pintura de Carlos Luz, bem como trabalhos em escultura e fotografia. Mais uma vez dinamizar este espaço passa muito pelo contato com as pessoas e com a vontade de enaltecer os seus trabalhos dignos de uma exposição. “Ao início ficámos um pouco apreensivos por mais esta responsabilidade, mas agora verificámos que há artistas que nos contactam e também nós utilizamos muito os contatos que vamos estabelecendo para agendar exposições que prometem muita qualidade”, assegura Cristina.
Videoteca e Espaço Internet O Espaço Internet é mais dinamizado pelos estrangeiros e muito pelos jovens, estes sobretudo em época de férias escolares. “Os jovens que aqui vêm à Internet acabam por ter um contato indireto com os livros e alguns ganham uma maior apetência para a leitura”. Outros dos espaços que os mais novos privilegiam é a videoteca. Os leitores afetos à «Casa dos Condes» são cada vez mais. Cristina e Carlos regozijam-se por isso. Esta é uma dupla de entusiastas que com um enorme sorriso e vontade nos proporcionaram uma visita por espaço mítico e de passagem obrigatória em Alcoutim.
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Recifes artificiais, da pesca para o turismo A marinha portuguesa vais afundar, frente à Praia da Rocha, em Portimão, quatro navios. Os dois primeiros já chegaram. Para além do jeito que dá encontrar um local para cemitério dos navios, procura-se, com esta medida, a criação de uma estrutura de recifes artificiais. O objectivo tem também carácter económico. A fixação da fauna marinha, pode servir como pólo de atracção turística e de dividendos para o Algarve. O projecto, que originará o primeiro museu subaquático do país, custa três milhões de euros. Nas imediações já existem outros recifes artificiais com módulos cientificamente preparados para a preservação e crescimento das espécies. José Cruz A corveta «Oliveira do Carmo» será a primeira a ser afundada, a cerca de 5,5 quilómetros entre Alvor e a Praia da Rocha, dando início à existência do parque subaquático que terá nome inglês, «Ocean Revival». Seguem-se o navio patrulha «Zambeze», a fragata «Hermenegildo Capelo» e o navio oceanográfico «Almeida Carvalho». Nos finais da década de oitenta, princípios da década de noventa, uma iniciativa da câmara municipal de Vila Real de Santo António, presidida pelo eng. António Murta e orientada pelo vereador João Faustino, apontava para a criação de uma zona de recifes artificiais junto de Monte Gordo, com múltiplos objectivos. Reforçar com recifes artificiais uma zona onde não existem recifes naturais, constituir uma área de nidificação dos juvenis para reforço da pesca e diminuição da dependência das embarcações portuguesas das costas espanholas, impedir o arrasto dos fundos e facilitar o mergulho desportivo. A ideia tinha também como sustentáculo a vida reconstruída em torno de um barco afundado perto da barra do Guadiana, que um grupo de mergulhadores de Vila Real de Santo António, do qual se destacava Lúcio Alves, vinha observando. A iniciativa recolheu o entusiasmo local, mas foi desencorajada pelo INIP por não garantirem defesas contra a poluição.
O papel de Costa Monteiro Nessa ocasião e para dar público conhecimento das hipóteses de viabilidade da iniciativa, entrevistei para o Jornal do Algarve (n.º 1739de 26 de Abril de 1990) Carlos Costa Monteiro, então Director do Centro de Investigação Pesqueira do Algarve, no seu gabinete de trabalho. Estava previsto para o Verão desse mesmo ano, como experiência científica, a colocação de vários módulos de betão, destinados a atrair e fixar os peixes, podendo, passados três anos, ser dado início à exploração pesqueira. Eram quatro grupos de recifes artificiais. Dois de protecção de juvenis e dois de exploração por pesca selectiva, a serem colocados na área de influência da Barra Grande, ao
largo da Ilha da Armona, e na área de influência da Barrinha, ao largo da Ilha de Faro. O entusiasmo do doutor Monteiro era grande e hoje esse projecto é uma realidade viva, excepto no que respeita à frota de pesca artesanal, mas sem culpas para a iniciativa científica. Costa Monteiro conhecia bem a experiência científica dos japoneses, já com mais de cinquenta anos de bons resultados e dizia-me: “ Nós sabemos que os recifes artificiais são áreas privilegiadas de acolhimento das comunidades marinhas. Ali começam por se fixar pequenos organismos vegetais e animais, dando origem a uma sucessão de cadeias tróficas, incluindo os grandes predadores. No final da cadeia lá estará a pesca que é, no fundo, o objectivo último deste projecto e aquilo que interessa necessariamente ao INIP, em termos de ordenamento e gestão”. A sua maior preocupação residia no facto dos juvenis que abandonam no Algarve os sistemas lagunares estuarinos como a Ria Formosa, a Ria de Alvor e o Rio Guadiana, chegavam ao mar e não encontravam protecção para se desenvolverem no meio marinho. Os módulos de betão, largados na costa algarvia, foram concebidos para provocar o maior número de fenómenos hidrodinâmicos de acção, tendo os maiores 40 m3. A hipótese de utilização de carros velhos ou outros materiais, como desejava a câmara municipal de Vila Real de Santo António foi desencorajada e excluída pelo INIP, devidos aos problemas que levantariam em termos de poluição e estabilidade, tendo em conta a grande dinâmica da costa algarvia. Também porque a eficiência é inferior ao dos módulos recifais concebidos especificamente para o efeito.
Odiana/ATBG Os cubos dos recifes
Localização e cronologia da implantação dos recifes artificiais A fim de proteger os fundos da costa. Porém, será útil que as autopesca de arrasto, recorre-se a outras ridades que vão supervisionar estes peças, como pesados cubos de betão, afundamentos se certifiquem da quaque são um bom investimento tanto lidade da execução do projecto, para em termos económicos como ecoló- não termos no futuro experiências gicos e permitem repovoar os bancos desagradáveis, já que o que o Algarve de pesca, e além disso preservam a tem tido até aqui tem sido um prodiversidade biológica marinha. jecto de grande qualidade científica Nos dias de hoje, porém, passados e salvaguarda ecológica. todos estes anos, existem já tecnologias que permitem “descascar” estas estruturas e proceder à sua limpeza * O autor não escreve ao abrigo aturada, retirando-lhes as peças que do acordo ortográfico podem soltar-se face à dinâmica da
Perigo de poluição Organizações ecologistas têm vindo a observar que os restos de pneus, automóveis, barcos, aviões, como objectos de refugo não estão preparados para suportar a corrosão e as correntes marinhas e que é sempre melhor apostar nos recifes estáveis, duradouros e baratos, estruturas ocas e com orifícios para servirem de refúgio à fauna e flora marinhas podendo atrair e mimetizar-se com a vida marinha.
Um juvenil dentro de um cubdo de recife
Baixo Guadiana na Bolsa de Turismo de Lisboa A Associação Odiana em colaboração com a Associação Terras do Baixo Guadiana (ATBG) está presente na edição de 2012 da BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa, que continua a ser a grande montra do Turismo Nacional. Para estas associações que trabalham em prol do desenvolvimento do Baixo Guadiana, o setor do turismo é um dos principais motores de desenvolvimento do território do Baixo Guadiana, que para além do valor económico gerado diretamente, assume um importante papel impulsionador na fixação de novos projetos no território e dinamizador dos já existentes. O Baixo Guadiana possui uma vasta riqueza e diversidade de recursos, com elevado potencial de atração turística, os quais é preciso promover e dar a conhecer, para que o setor do turismo possa crescer e afirmar-se cada vez mais como principal motor de desenvolvimento do Baixo Guadiana. Sendo o mercado nacional um mercado estratégico por excelência, para o Turismo do Baixo Guadiana a Odiana tem elevadas expetativas neste certame que se iniciou a 29 de Fevereiro e que se prolonga até 4 de Março.
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Associação Empresarial cria pacote para federações de canoagem A «Uádi Ana», associação empresarial turística do Baixo Guadiana, criada durante o Verão de 2011, está a desenvolver diversas ações para cativar empresários e relançar a economia. Primeiro produto é pacote para federações de canoagem. A «Uádi Ana» criou há um mês um gabinete do investidor com vista a apoiar quem tem em carteira projetos de investimento para o território. Luís Costa, presidente desta associação empresarial turística, que compreende os concelhos de Mértola (Alentejo), Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, garante que este gabinete terá vindo em boa hora já “que são já vários os empresários que submeteram os seus projetos à equipa que promete agilizar todo o processo burocrático inicial”. Também empresário este responsável associativo lembra que “muitas das vezes a vontade de investir esbarra em constrangimentos burocráticos que representam uma despesa significativa e que, por vezes, constrangem o investimento”. Ora a intenção deste gabinete constituído por quatro técnicos – economista, jurista, arquiteto e contabilista – assegura todo o trabalho burocrático e pareceres, embora não vinculativos, sobre a viabilidade dos projetos. Os empresários para acederem a este gabinete têm “apenas de se fazer sócios e trazer um novo sócio para a associação”, explica Luís Costa que dá conta que cada quota anual tem o valor de 45 euros.
Atrair Federações de Canoagem O primeiro projeto turístico da «Uádi Ana» já está em marcha e está a ser promovido na Bolsa de Turismo de
Lisboa entre 29 de Fevereiro e 4 de Março. Luís Costa lembra que o rio Guadiana é um espaço privilegiado para a canoagem e que “tem todas as potencialidades para atrair atletas estrangeiros”. Por isso a associação que lidera já criou um pacote que congrega o Centro Náutico do Guadiana, o «Guadiana River Hotel», a Pousada da Juventude e a unidade de Turismo Rural «Vale das Hortas», de Balurcos. O objetivo “é promover este espaço como um local priveligiado com todas as condições para os atletas treinarem canoagem”, explica Luís Costa. Está na calha um segundo pacote turístico a partir da «Uádi Ana» dedicado ao turismo rural, nomeadamente à criação de uma rede de turismo rural do Baixo Guadiana.
Atrair investidores O grande objetivo desta associação empresarial turística é atrair todos os investidores que queiram investir no território do Baixo Guadiana algarvio e alentejano. “Somos uma associação em prol do desenvolvimento turístico, mas do nosso ponto de vista todas as atividades que aqui se desenvolvam estão correlacionadas com o turismo, que neste território se potencializa também para além do sol e praia”. Esta associação está, por isso, de braços abertos a todos os que tenham vontade de investir no território. Nesse sentido já realizaram diversos contatos com empresas e empresários alguns da
Luís Costa é o presidente da «Uádi Ana» e quer que esta se torne autossustentável região e outros fora da região, tendo surgido projetos para o território que vão desde um ferry boat para fazer a ligação entre Alcoutim e Sanlúcar; um barco-restaurante para o rio Guadiana; um parque de diversões infanto-juvenil; uma quinta ambiental; um parque de caravanismo; um parque zoológico; um museu, uma unidade de agroturismo e um parque de campismo. Há investidores que precisam de financiamento comunitário e outros não. Para já o único programa a que se podem candidatar, e a que a «Uádi Ana» está atenta é o PRODER. “Ainda há verbas e há projetos muito interessantes no Baixo Guadiana que estão na calha para avançar”, garante Luís Costa otimista quanto ao futuro
do território.
Promoção da Zona Industrial de Alcoutim Entretanto a «Uádi Ana» estabeleceu um protocolo com a câmara municipal de Alcoutim e está a promover os lotes do parque industrial de Alcoutim junto dos investidores.Interessados nos lotes disponíveis apareceram já investidores em áreas tão diversas como: sabonária e óleos essenciais e aromáticos; viveiros de plantas hidropónicos, enchidos e patés e rentabilização dos produtos endógenos da região e uma central de biomassa. Também com a Associação «Cumeadas» a «Uádi Ana» estabeleceu
um protocolo para a criação de uma bolsa de terras que visa a exploração dos terrenos por parte de investidores que se comprometam à sua rentabilização. A «Cumeadas» entrega os terrenos que têm produtos endógenos, como a azeitona, a alfarroba, o figo, a laranja, entre outros, e a associação transmite aos empresários interessados para que possa estabelecer um protocolo de cooperação com os proprietários das terras com vista à sua rentabilização. Um dos objetivos da «Uádi Ana» é combater o despovoamento que também se vive em grande parte do território; uma das formas é rentabilizando os produtos endógenos aos vários níveis; agro-alimentar e turístico e Luís Costa dá o exemplo do “birdwatching que é um produto turístico de natureza que tem muito potencial neste território e que deve ser melhor explorado para atrair visitantes e turistas”. A grande missão de Luís Costa e restantes dirigentes é tornar a «Uádi Ana» uma entidade autos sustentável o que acredita “que será possível incrementando parcerias, protocolos e fomentando a união dos empresários, sem esquecer a preservação da melhor relação de parceria com as associações locais”. De referir que está a ser criado um site da associação, bem como para a gestão dos dossiers desta entidade existe já a necessidade da criação de um posto de trabalho.
Novo buzinão a 8 de Março
É Ibérica a luta contra portagens A luta contra as portagens na Via do Infante já ultrapassou oficialmente as fronteiras de Portugal, com a constituição formal da «Comissão Internacional Hispano-Lusa para a Supressão das Portagens na A22». A comissão foi constituída durante o «I Encontro Transfronteiriço Hispano-Luso». A iniciativa decorreu na Casa da Cultura de Ayamonte no passado dia 3 de Fevereiro com a participação da Comissão de Utentes da Via do Infante, bem como de diversas associações e entidades sociais, empresariais e sindicais da Andaluzia. Do encontro surgiu a vontade de participar ativamente para o diálogo e cooperação de modo a suprimir barreiras como as portagens que obstaculizam a livre circulação entre Algarve e Huelva. As portagens são encaradas como um constrangimento ao desenvolvimento social, cultural, económico e turístico. Os utentes da Via do Infante querem que na zona transfronteiriça Algarve-Huelva seja
criada uma zona de exclusão e livre de portagens em ambos os lados da fronteira que tenha um raio de ação de 130 km a partir da Ponte Internacional do Guadiana. A comissão luso-espanhola projetou um Manifesto contra as portagens na Via do Infante e esta entidade irá interceder juto dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de ambos os países e que visa chamar a atenção para o cumprimento do Pacto de Valência de 2003. Vai também interceder junto dos Ministérios de Fomento e da Economia de ambos os países solicitando o cumprimento da diretiva comunitária em matéria de portagens. Vão ser também feitos apelos às diversas entidades regionais e locais do Alentejo, Algarve e Andaluzia numa mobilização para a supressão das portagens. Antonio Castillo, alcalde de Ayamonte, assume a linha da frente desta luta, assim como o secretário geral da Federação Nacional de Associações de Transportadores de Espa-
Foi constituída comissão hispano-lusa contra as portagens nha (FENADISMER) Juan Antonio Millán Jaldón. “As portagens, além de condicionarem gravemente a mobilidade de pessoas e bens no Algarve, também estão a prejudicar muito a região fronteiriça da Andaluzia, particularmente a província de Huelva,
contrariando mesmo tratados internacionais firmados entre Portugal e Espanha. Efetivamente, as portagens na Via do Infante vão contra o Tratado de Valencia de Alcântara assinado entre os dois países Ibéricos sobre cooperação transfronteiriça da qual deriva a Euroregião Algarve –
Alentejo – Andaluzia”, reivindica, por sua vez, a comissão de Utentes da A22. De referir que a diminuição de tráfego na Via do Infante caiu para metade. A «Estradas de Portugal» já se pronunciou, considerando que a quebra de tráfego não se deve apenas às portagens, mas também “à crise e ao aumento do preço dos combustíveis”, considerando que esta é uma “tendência nacional”. Por seu lado a Comissão de Utentes já veio afirmar que “enquanto na Via do Infante circula um tráfego muito reduzido, a EN 125 voltou a transformar-se numa “rua urbana” muito perigosa, com uma intensa circulação rodoviária, muito congestionada e onde os acidentes são uma constante quase diária”. Um novo buzinão e uma nova marcha lenta de viaturas irão ocorrer na EN 125, com partida de Boliqueime pelas 16h30 a caminho de Faro, passando pelo aeroporto, no próximo dia 8 de Março.
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D ES ENVOLVI ME NTO
A solidão em Alcoutim é diferente das cidades Apesar dos recentes dados dos Censos 2011 apontarem Alcoutim como um dos concelhos em Portugal em que mais habitantes vivem sós Francisco Amaral, presidente da câmara de Alcoutim, garante que o acompanhamento através do apoio domiciliário e da assistência social da câmara não dá espaço para que aconteçam fenómenos de mortes silenciosas em casa “como estamos habituados a ver nas grandes cidades”. Um concelho de grandes dimensões com uma centena de povoações dispersas “é gerido por uma grande vigilância e trabalho de terreno num acompanhamento que tem crescido e que vai ser maior com a abertura do futuro lar de Balurcos”, diz-nos
o edil que se assume um “protetor dos idosos”. Apesar da solidão dos mais idosos que povoam os montes em Alcoutim Francisco Amaral garante que é precisamente nos montes e povoações que ainda se preservam fortes relações de vizinhança “que levam a que mal alguém dê por falta de uma rotina de um vizinho o procure para saber se está bem”. Em Alcoutim 24,8% por cento dos alojamentos familiares é habitada por uma pessoa idosa (65 ou mais anos de idade) que vive sozinha, mas “todos os casos estão inventariados” disse ao JBG Francisco Amaral. Em Portugal, mais de um milhão e duzentos mil idosos vivem sós ou em companhia de outros idosos.
Francisco Amaral garante que os idosos de Alcoutim que vivem sós estão sinalizados e devidamente acompanhados
Alcoutim promoveu semana de tratamento termal Durante uma semana, cerca de 50 munícipes de Alcoutim estiveram nas Termas de S. Pedro do Sul, numa iniciativa desenvolvida no âmbito do projeto «+ Inclusão». Com a coordenação da Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim, o projeto foi financiado pela parceria do CLDS - Contrato Local de Desenvolvimento Social (65%) com a Câmara Municipal de Alcoutim (35%). O tratamento termal, realizado entre 12 e 19 de fevereiro, destinou-se a munícipes residentes e recenseados no concelho de Alcoutim, que sofrem de doenças do foro ortopédico, reumatológico, respiratório e dermatológico. Todos os participantes foram indicados pelo médico de família e beneficiaram de um tratamento prescrito pelo médico responsável das Termas. Durante a semana, os partici-
O tratamento termal destinou-se a munícipes residentes e recenseados no concelho de Alcoutim, que sofrem de doenças do foro ortopédico, reumatológico, respiratório e dermatológico pantes desfrutaram também de um programa cultural e de lazer, organizado pelas técnicas da Santa Casa de Misericórdia de Alcoutim, Cátia Conceição (assistente social) e Renata Melo (técnica de animação social), com a colaboração do
conhecido ator e encenador Francisco Brás. Mais de 40% da população tem mais de 65 anos e vive de uma parca reforma, e Francisco Amaral, edil alcoutenejo, lembra que “esta é, para muitos, a única forma de terem
uma semana de férias na vida”. “A iniciativa já é realizada há 10 anos e os resultados obtidos são bastante positivos, não só a nível físico, mas também do ponto de vista psicológico e social”, nota o município em comunicado.
«Águas do Algarve» garante que não haverá seca no Verão De acordo com uma notícia avançada pelo semanário «O Algarve», mesmo perante a falta de chuva a empresa Águas do Algarve garante que durante este ano e o próximo o abastecimento público de água está garantido. Quem o afirmou foi Teresa Fernandes, responsável pela área de comunicação e educação ambiental da empresa. A responsável garante que este ano a barragem de Odelouca está “praticamente cheia” devido à “bastante pluviosidade verificada
em 2009 e 2010”, avançando que a quota daquela barragem atinge 96%. Quanto às barragens de Odeleite e Beliche há “o garante do total abastecimento de àgua à região para este ano de 2012 e também para 2013”. Refira-se que este ano o Algarve está a registar menos de metade da pluviosidade normal para a época. De acordo com João Costa, técnico da Direção Regional da Agricultura do Algarve, citado
pelo Jornal Público as 13 estações meteorológicas distribuídas entre Litoral e Interior “registam uma média inferior a 250 milímetros por metro de pluviosidade, quando deveria já ter atingido os 500 ou 600 milímetros”. Face à pouca chuva em todo o território continental 11% do território nacional vive já seca severa”, sendo que o último mês de Janeiro foi o que registou menos chuva desde o ano de 1931.
Janeiro de 2011 foi o que registou menos chuva desde o ano de 1931
Algarve atinge o maior nível de desemprego com 17,5% O Algarve registou no quarto trimestre de 2011 a taxa de desemprego mais elevada do país, com 17,5%. À agência Lusa na região o líder da principal associação hoteleira algarvia disse que a taxa
recorde de desemprego no Algarve “só não é mais severa porque a população ativa diminuiu”, devido à emigração e ao regresso dos imigrantes aos países de origem. Elidérico Viegas, da Associação dos
Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), afirmou que o crescimento do desemprego “não era difícil de prever”, devido às descidas das taxas de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros e à
diminuição das receitas do setor. A construção civil é outro dos setores em queda consecutiva e que tem arrastado muitos residentes no Algarve para o desemprego.
Alcoutim
Portas de capela reabertas
No dia 11 de Fevereiro de 2011, a Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim reabriu as portas da sua Capela que, além de ser um lugar de oração, funciona também como casa mortuária para servir a população da freguesia de Alcoutim. As obras de remodelação aconteceram graças à colaboração de várias pessoas e entidades a seguir descriminadas: nos anos 2010 e 2011 realizaram-se quermesses para angariação de fundos nas tradicionais festas de Alcoutim; o Município de Alcoutim e a Freguesia de Alcoutim subsidiaram, a empresa nacional Pingo Doce, enviou oferta, pessoas singulares das quais destacamos algumas irmãs (sócias) que contribuíram com mão-de-obra voluntária na realização de ofícios e saberes como bordados e costura, com muito boa vontade e dedicação todos contribuíram directa e indirectamente para que este sonho colectivo se concretizasse. A cerimónia contou com a presença de Francisco Amaral, Presidente do Município, Eurico Vicente, Comandante dos Bombeiros Voluntários, alguns membros dos órgãos sociais e cerca de 40 irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim, convidados pelo Provedor Rui Cruz. Esteve também presente o Padre Atalívio, que para além de promover a celebração da palavra, abençoou o restauro da capela, fez uma breve reflexão sobre o conceito de irmandade e transmitiu mensagem enviada pelo Vigário Geral Pe. Firmino Ferro, no sentido de agradecer aos irmãos e ao Provedor pelo esforço que houve no melhoramento e apresentação mais digna do espaço, para as funções a que se destina.
Rio Guadiana Fronteira desde 1267
Assinalou-se no passado dia 16 de Fevereiro 745 anos sobre a data em que o rio Guadiana foi fixado como fronteira. Foi assinada a Convenção de Badajoz entre Afonso III de Portugal e Afonso X de Castela. O rei português garantiu o seu direito ao território do Algarve e o rio Guadiana foi fixado como fronteira entre os dois reinos.
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D ESEN VO LVIMEN TO Dados AHETA
Apesar das quebras Monte Gordo destaca-se na ocupação turística De acordo com os dados de janeiro da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a zona turística de Monte Gordo/Vila Real de Santo António registou a taxa de ocupação mais elevada do Algarve, com 54,1 %. Em termos globais, no Algarve, por categoria de estabelecimento, os aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas foram os que apresentaram a ocupação mais baixa (13%), enquanto a mais alta foi verificada nos hotéis e aparthotéis de 3 estrelas (28,7%). De acordo com a AHETA, em Janeiro, e em termos regionais, a taxa de ocupação global média/ quarto foi de 22,4%, pelo que Monte Gordo se conseguiu posicionar mais de 30 pontos percentuais acima da média. O mercado holandês (um dos mais significativos do concelho) foi o que registou a subida mais importante (+44%).
A pior taxa dos últimos 17 anos A taxa de ocupação média por quarto no Algarve foi, em Janeiro
Janeiro de 2012 apresenta os piores dados de há 17 anos de 2012, a pior dos últimos 17 anos, tendo caído 22,4 % relativamente ao período homólogo do ano passado, revelou a principal em comunicado a AHETA que adiantou que em termos de volume de negócios total, a quebra foi 10,5% comparativamente com Janeiro de 2011. “Por nacionalidades, as principais descidas registaram-se no mercado
Fim de feriados prejudica turismo no Algarve O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Elidérico Viegas, acredita que o corte de três dias de férias e o fim de alguns feriados, principalmente os que permitiam fazer pontes, vai prejudicar o turismo do Algarve, porque estes dias eram como “balões de oxigénio” para os hotéis e empreendimentos turísticos conseguirem contornar a sazonalidade do turismo do Algarve em época média ou baixa. Recorde-se que o Governo vai eliminar quatro feriados: dois civis e dois religiosos. Os civis serão os feriados de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro, já os religiosos ainda não foram decididos. Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmou, entretanto, que o Governo e a Santa Fé estão em negociações
para eliminar dois feriados religiosos. “O Governo propõe reduzir dois feriados civis e a negociar com a Santa Sé, com o devido respeito pelas formas e pelos tempos próprios, a mobilidade de dois feriados de natureza religiosa. É assim que as coisas devem ser colocadas e é assim que deve ser feito e penso que será bem-sucedido”, afirmou Portas aos microfones da TSF. A igreja mostrou-se disposta a eliminar os feriados religiosos do Corpo de Deus e do 15 de Agosto. Por sua vez o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, afirmou que o Governo decidiu propôr a eliminação de igual número de feriados civis e religiosos porque “aceitou a condição da Igreja”, para quem era “muito importante haver simetria”.
nacional (menos 41%) e no mercado britânico (menos 13%)”, tendo apenas subido “o mercado holandês, que registou o crescimento mais importante (mais 44%)”. “Por zonas geográficas, Portimão/ Praia da Rocha (menos 46%) e Faro/ Olhão (menos 26%) sofreram as maiores descidas. As subidas registadas ocorreram em Lagos/Sagres (mais 9,7%), Vilamoura/Quarteira/
«Perto
da
Quinta do Lago (mais 3,5%) e Tavira (mais 2,9%). Albufeira, a principal zona turística do Algarve, registou uma descida de 6,2%»”, acrescentou a AHETA num comunicado. A taxa de ocupação mais elevada, com 54%, foi obtida na zona de Monte Gordo/Vila Real de Santo António, enquanto a mais baixa, de 15,2%, foi registada em Lagos/ Sagres. A AHETA avançou ainda os números de Janeiro de 2011 por categorias, tendo as maiores descidas sido registadas nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas (menos 25%) e nos de Hotéis e Aparthotéis de 2 estrelas (menos 16,3%). “Os Hotéis e Aparthotéis de 4 estrelas foram os únicos a apresentar uma subida nas ocupações (mais 1,7%)”, acrescentou. A associação sublinhou que os números divulgados “respeitam apenas aos estabelecimentos em funcionamento, não sendo consideradas as descidas resultantes dos estabelecimentos que encerraram este ano mas que estiveram em funcionamento no período homólogo do ano anterior”.
Comissão de Desenvolvimento Regional já tem novo presidente O «Observatório do Algarve» anunciou que David Santos, presidente da concelhia de Faro do PSD, vereador da autarquia e administrador da empresa municipal FAGAR é o novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve do Algarve (CCDRAlg). O novo responsável na CCDRAlg é licenciado em engenharia civil pelo Instituto Superior Técnico, já foi deputado da Assembleia da República e foi nomeado pelo Governo para substituir João Faria, independente, que antes de ocupar a presidência da CCDRAlg, estava em Bruxelas como funcionário superior da Comissão Europeia. Para vice-presidentes da CCDRAlg, foram ainda nomeados Nuno Marques, vereador do PSD na autarquia de Lagos e Adriano Guerra, membro
DR
Europa»
UE apresenta estratégia para garantir pensões adequadas, seguras e sustentáveis As pensões de reforma são a principal fonte de rendimento para cerca de um quarto da população atual da UE e não devemos esquecer que os europeus mais jovens virão também a depender das pensões quando forem mais velhos. Se a UE não conseguir garantir pensões de reforma dignas, no momento presente e no futuro, milhões de pessoas viverão em situação de pobreza na velhice. A Europa está também a envelhecer, uma vez que as pessoas vivem mais tempo e têm menos filhos. A população ativa começará a diminuir na UE já a partir do próximo ano. As pensões estão a exercer maior pressão sobre os orçamentos nacionais, agravada pela crise económica e financeira atual. A fim de apoiar os esforços desenvolvidos neste domínio, a Comissão Europeia publicou um Livro Branco sobre pensões adequadas, seguras e sustentáveis.
Pobreza ou exclusão social: 23% da população da UE ameaçada Em 2010, 115 milhões de pessoas, ou seja 23,4% da população, estavam ameaçadas de pobreza ou de exclusão social na UE. Isso significa que essas pessoas estavam confrontadas com, pelo menos, uma das três formas de exclusão social seguintes: risco de pobreza, situação de privação material grave ou a viver em agregados familiares com uma intensidade de trabalho muito baixa. A redução do número de pessoas confrontadas na UE com o risco de pobreza ou de exclusão social é um objetivo essencial da estratégia Europa 2020.
Eurobarómetro: corrupção está a aumentar? A corrupção continua a ser um grave problema nos países da União Europeia e tudo leva a crer que os níveis tenham aumentado nos últimos três anos, de acordo com o inquérito Eurobarómetro publicado hoje pela Comissão Europeia. Os dados recolhidos indicam que cerca de três quartos dos europeus continuam a considerar a corrupção como um problema grave e pensam que ela existe a todos os níveis da governação. Oito por cento dos inquiridos afirmam que, no ano passado, foram convidados a pagar subornos ou tiveram a percepção de que deveriam fazê-lo. Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve
Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro
David Santos é o novo presidente da CCDRAlg da Assembleia Municipal de Faro do CDS.
tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt
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COLUNA CULTURAL
CULT URA
Castro Marim,
terra com História Cerro do Castelo de Santa Justa O designado Cerro do Castelo de Santa Justa situa-se no concelho de Alcoutim e foi construído em pleno Calcolítico, algures durante o terceiro milénio a. C. Este povoado fortificado, identificado em 1978 pelo arqueólogo Vítor dos Santos Gonçalves, foi edificado num local de inegável importância estratégica, controlando os acessos a um dos afluentes da Ribeira da Foupana. Originalmente, o povoado possuiria um sistema defensivo constituído por uma parte amuralhada e planta em forma de elipse com nove torres ocas e maciças de dimensões variadas, uma das quais apresentando um relativo bom estado de conservação. Para além deste dispositivo de carácter defensivo, este povoado fortificado era ainda constituído por estruturas habitacionais com planta oval e circular localizadas dentro das muralhas, apesar de também terem sido identificados outras estruturas semelhantes fora do perímetro defensivo. Para além destas estruturas de carácter habitacional, foram também identificados espaços destinados ao exercício de diferentes actividades, nomeadamente a culinária e a tecelagem, o que vem clarificar um pouco quais as práticas frequentes nos povoados fortificados no Calcolítico do Nordeste Algarvio. Entre os inúmeros artefactos arqueológicos encontrados nas escavações realizadas entre 1978 e 1886 encontram-se diversos objectos em pedra lascada, pedra polida, variadas cerâmicas, para além de outros objectos de carácter religioso/ritualista como os designados “ídolos de cornos” ou “ídolos falange”. Entre os restantes materiais arqueológicos encontrados nas escavações devemos ainda referir os metais, nomeadamente escórias e pingos de fundição, o que vem atestar a existência de uma produção local de metalurgia do cobre neste povoado fortificado do Calcolítico do Nordeste algarvio. O Cerro do Castelo de Santa Justa é, portanto, um sítio de inegável interesse histórico e arqueológico e um exemplo da riqueza patrimonial do concelho de Alcoutim. Aconselha-se a sua visita a todos os moradores dos concelhos do Baixo Guadiana. Fernando Pessanha Formador «História Local»- CEPHA/UALG
Castro Marim apresenta programa de excursões Já está disponível o novo programa de excursões promovidas pelo município de Castro Marim. “Não obstante as restrições orçamentais que fomos obrigados a introduzir na vida municipal por força da crise, não quisemos deixar de propiciar aos munícipes, e em especial à população mais idosa do concelho, um programa de excursões que vá ao encontro às suas legítimas expetativas”, pode ler-se num comunicado enviado às redações pelo município. Entre Abril e Novembro, o programa de excursões contempla deslocações a alguns destinos turísticos nacionais, tais como: Lisboa, Fátima e Guimarães – Capital Europeia da Cultura, Roteiros de Viagens. O objetivo é “permitir aos castromarinenses descobrir o património português, conhecer centros históricos ou apreciar o
Fado: património cultural e imaterial da humanidade”, pode ler-se na mesma nota de imprensa.
Calendário: Abril: «Revista à Portuguesa» – Teatro Maria Vitória – 22 e 29 Maio: Santuário de Fátima – 5 e 6; 19 e 20 Junho: Kidzania – Lisboa – 3 e 10 Setembro: Santuário de Fátima – 8 e 9; 15 e 16 Outubro: Guimarães – Capital da Cultura – 5, 6 e 7 Novembro: Matiné de Fado Lisboa – 4 e 11 Para mais informações está disponível o contato do Gabinete de Apoio ao Munícipe, pelo 281510778. E também as Juntas de Freguesia do Azinhal e Odeleite e Espaço Internet em Altura.
«Coisas do Coração», Estreia literária de Joaquim Vairinhos Joaquim Vairinhos, que já foi presidente da Câmara Municipal de Loulé, deputado europeu e da República, lançou a público em Vila Real de Santo António, na Biblioteca Vicente Campinas, o seu livro de poesia «Coisas do Coração». A apresentação do novel poeta esteve a cargo de José Carlos Barros, que tem o pelouro da cultura na autarquia. A iniciativa foi inserida nas comemorações do 110º centenário do nascimento do artista Manuel Cabanas que decorreram nos dias 10 e 11 de Fevereiro, último [ver pág. 21]. João Caldeira Romão, em nome da Liga dos Amigos de Manuel Cabanas, que preside, deu ínicio às comemo-
rações. José Carlos Barros, por sua vez, disse que a apresentação de um livro de poesia deve ser uma coisa cada vez mais informal. Como nota de leitura, identificou quatro núcleos temáticos que se conseguem individualizar com muita clareza e que, pela homogeneidade, resultam num livro de poesia e não apenas num conjunto de poemas. No tema inicial, sobre a infância, o autor vai em busca da genealogia e até se espraia na descrição dos brinquedos. Há um bloco sobre a própria poesia onde o autor se autoclassifica de aprendiz. Descobre o poema para descrever as coisas mais profundas que nos transcendem. O terceiro bloco é
Vaqueiros
Feira Pão Quente e Queijo Fresco Mais uma vez a localidade de Vaqueiros vai receber uma edição da «Feira do Pão Quente e do Queijo Fresco» que atrai sempre muitos visitantes áquela aldeia de Alcoutim. O certame vai decorrer no próximo dia 11 de Março a partir das 09h30 e é uma organização da Junta de Freguesia de Vaqueiros que conta com os apoios da câmara municipal de Alcoutim e Associação «A Moira».
Programa: 09h30 - Abertura da feira 10h00 - Marcha-passeio regional 13h30 - Atuação do «Duo Compact 2» 15h30 - Atuação do «Rancho Folclórico da Junta de Freguesia de Martim Longo» 16h30 - Continuação da animação da feira 19h00 - Encerramento da feira
sobre o amor, não apenas o amor ingénuo, uma simples metáfora, mas um amor atrevido, carnal mesmo, que procura ser explicado no poema. Tem interessantes jogos poéticos, observou J. Carlos Barros, tais como «nasceu no século dezanove e não tinha vintém». O último bloco fala do homem politico, do cidadão, dos valores da esquerda, da República. “Sinto me em casa quando venho a Vila Real de Santo António. Gosto da cidade, da água do mar, das pessoas”, justificou, assim, a sua presença em Vila Real de Santo António. Agradeceu à Liga a mobilização da cidadania e desdenhou de quem o acha demasiado velho para fazer poesia ou muito novo, porque não está reformado. “Estou vivo”, observou. No final, Joaquim Vairinhos leu alguns dos poemas registados no livro. JC
VRSA em Coimbra
«Fech’Ó Pano» participa em certame de Luz Negra A companhia de teatro vila-realense «Fech’ó Pano» foi convidada a participar na 12.ª edição das Jornadas Culturais de Coimbra com o espetáculo de luz negra «Prata…ou ouro?». O espetáculo vai ser estreado em Coimbra e tem a duração 40 minutos. A arte de luz negra vai ser executada por Pedro Santos e Oxsanna Bossinova. Esta jornadas culturais vão acontecer a 17 e 18 de Março e para além de apresentação do espetáculo a companhia vai ministrar um workshop de luz negra a cinco companhias nacionais e internacionais que participam no certame. O evento é organizado pelo grupo de teatro «Sobral de Seira» de Coimbra.
Conhecido político é poeta e fala de «Coisas do Coração»
Castro Marim
«Eu sei um segredo» vai ser apresentado na biblioteca O livro de poesia dedicada a um público infanto-juvenil e produzido a partir da escrita e ilustração de dois professores da Escola EB, 2 -3 de Castro Marim, vai ser apresentado no próximo dia 2 de Março, sextafeira. «Eu Sei um Segredo» remete-nos para uma escrita narrativa dirigida a um público infantojuvenil, onde o leitor é interpelado acerca de valores como a amizade, a paz, a tolerância ou a multirracialidade. Trata-se de um livro de poesia, de 36 páginas, com dez poemas de José Guedes e as ilustrações de Carla Mourão. Paralelamente, o livro convoca-nos
«Eu Sei um Segredo» remete-nos para uma escrita narrativa dirigida a um público infantojuvenil para questões fundamentais à existência do ser humano como o nascimento,
a nostalgia ou a criação artística, de que são exemplo, os poemas «O Menino»
e «Garça e a Raposa». A propósito dos dez segredos/poemas/histórias, que compõem o livro, editado pela editora «Estratégias Criativas», o autor, referindo-se ao poder que a escrita tem, afirmou “que ela é capaz de levar a cultura de diferentes povos ao mundo inteiro e eternizar algumas mensagens através dos livros que todos lemos”. A apresentação deste livro está a ser promovido pela biblioteca municipal de Castro Marim que está apostada no incremento e na divulgação da cultura e do conhecimento. A apresentação decorre dia 2 de Março, às 21h.
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C ULTUR A VRSA
VRSA e Castro Marim LIVROS
por Carlos Brito
«Espaço Manuel Associativismo e Envelhecimento Cabanas» Ativo em reflexão instala-se Durante o mês de Fevereiro o Jornal do Baixo Guadiana promoveu duas no Arquivo tertúlias no território. Para além da tertúlia habitual em Vila Real de Santo Municipal António iniciou-se uma nova parceria
Este ano as comemorações do nascimento do mestre Manuel Cabanas prolongaram-se pelos dias 10 e 11 de Fevereiro em Vila Real de Santo António.
Liga dos Amigos da Galeria Manuel Cabanas quer que novo espaço dinamize a cultura O 110.º aniversário do nascimento de Manuel Cabanas, falecido há 17 anos, começou por ser assinalado com o lançamento do livro de Joaquim Vairinhos, «Coisas do Coração»[pag. 20]. Mas a homenagem ao mestre da xilogravura, e que foi também ativista e benemérito, nascido em Vila Nova de Cacela, prolongou-se pelo sábado de manhã, dia 11. Pelas 10h com a romagem ao cemitério de Vila Nova de Cacela onde está sepultado. Depois pelas 11h o arquivo municipal recebeu a inauguração do novo «Espaço Manuel Cabanas» onde agora está parte do espólio do artista, tendo sido transferido, assim, da galeria que residia no Centro Cultural António Aleixo. Um espaço que, tal como afirmou João Caldeira Romão, presidente da Liga dos Amigos da Galeria Manuel Cabanas, “que se pretende que, para além da apresentação do espólio do mestre, seja um lugar de dinâmicas culturais em Vila Real de Santo António”.
A homenagem entre música, online, filatelia e conferência Depois teve lugar um momento musical com o projeto vila-realense «In Tento». Tratou-se de
uma curta performance musical onde o pianista Fernando Pessanha e o baixista Pedro Reis tiveram oportunidade de prestar homenagem ao ilustre mestre através da interpretação dos temas «Intro Espectante», «Fragmentos Líquidos» e «Intentos». Foram 15 minutos onde os músicos apresentaram uma sonoridade inspirada na música erudita da segunda metade do séc. XX e onde as influências do jazz e da música clássica ficaram bem presentes. Foi inaugurada a mostra filatélica, organizada pela Secção de Colecionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de VRSA, onde foi apresentado o selo, carimbo, postal, envelope e pin produzidos para assinalar a efeméride. Seguiu-se a apresentação do site dedicado a Manuel Cabanas, produzido em conjunto entre a LAGMC e a câmara municipal de VRSA e que em breve estará no ar para apresentar ao mundo inteiro a obra do mestre. E a manhã terminou com uma conferência pelo professor António Valdemar, sob o tema «Joaquim Rebocho, um pintor algarvio do século XX», que falou numa abordagem do homem e a sua circunstância.
com o Campesino Futebol Clube, na localidade de Monte Francisco, em Castro Marim.
Como é habitual estivemos em tertúlia na biblioteca municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, e em parceria com esta organização promovemos a conversa «Envelhecimento Ativo», no passado dia 17 de Fevereiro. O tema mostra-se bastante atrativo para reflexão, não apenas por este ano se assinalar o «Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações», mas, sobretudo, porque no concelho de Vila Real de Santo António são muitas as ações que promovem um envelhecimento saudável e ativo. Presentes na nossa tertúlia estiveram, para além de tertulianos que nos habituaram à sua presença, representantes de diversas instituições do concelho que trabalham na promoção da ajuda aos séniores do concelho. Foi o caso de Sílvia Madeira, vereadora com o pelouro da ação social da câmara municipal de Vila Real de Santo António, e que nos falou do projeto «Casa do Avô» e que trouxe consigo a terapeuta de reabilitação física responsável na instituição. O professor Luís Pires representou a cooperativa «Akivida» que gere a Universidade dos Tempos Livres de Vila Real de Santo António; também a presidente da Cruz Vermelha Portuguesa em Vila Real de Santo António, Maria Judite de Sousa, deu-nos conta dos serviços disponíveis pela entidade e que são um auxílio à terceira idade, nomeadamente o transporte de utentes com acompanhamento personalizado. Por sua vez a jovem Madalena Matos deu o seu testemunho enquanto membro do projeto «Vencer o Tempo» que se dedica a conhecer e estabelecer relações de amizade entre jovens e idoso, para a promoção de um desenvolvimento de solidariedade entre gerações.
É urgente falar de Associativismo A tertúlia que decorreu a 10 de Fevereiro entre as 21h e as 00h, no salão nobre do Campesino
Futebol Clube, no Monte Francisco, e que versou o tema «A importância do Associativismo» representou um espaço de reflexão que, por sua vez, se mostra urgente fazer. A grande conclusão a que se chegou é que o associativismo está muito dilatado entre um conjunto de cerca de 80 associações no concelho de Castro Marim, o que para os dirigentes associativos presentes na tertúlia representa uma separação de esforços e pouca sinergia entre as várias associações. Houve quem defendesse que se deveria caminhar para uma grande associação ou clube do concelho que congregasse um conjunto de secções de modo a que esse clube/associação elevasse o nome de Castro Marim, acreditando-se que projetos em escala potenciais de mais apoios/investimentos. Também foi defendido que há estruturas no concelho que são mal aproveitadas e que representam desperdício de verbas públicas, sendo encaradas como estruturas a melhor aproveitar entre todos. A partir desta tertúlia, que contou com cerca de 30 pessoas, e um conjunto de cerca de 10 representantes associativos, inicia-se um novo ciclo em Castro Marim. Vai ser agilizado entre as associações presentes, que vão difundir a mensagem às demais, uma tertúlia de carácter bimensal para reforçar o associativismo no concelho. Também o Jornal do Baixo Guadiana passa a ser um canal das associações para uma melhor divulgação das atividades. Os representantes reconhecerem a necessidade de articular melhor a informação com o nosso jornal, tendo-se comprometido a enviar atempadamente a informação disponível mensalmente. As associações participantes foram: Rio Seco, Ass. de Pesca de Castro Marim , Campesino RFC, ROACTIVA, Ass. de Geminação Castro Marim - Guèrande, Leões do Sul FC e Terras de Sal.
Lídia Jorge - entre as mulheres Foi com muita curiosidade que iniciei a leitura do último livro de Lídia Jorge - «A Noite das Mulheres Cantoras» - publicado em Março de 2011. O título sugeria que a autora voltava a ocupar-se da temática da mulher. Como seria? Chegado à última página, devo declarar que a minha expectativa foi largamente recompensada. A leitura de Lídia Jorge é sempre um prazer. O talento narrativo, a trama romanesca, a análise psicológica, o estilo escorreito, a palavra usada com rara exactidão, são atributos repetidamente reconhecidos pela crítica. Neste livro, Lídia Jorge mergulha no universo feminino como uma profundidade que me parece ir bastante além das experiências feitas em livros anteriores, como «Notícia da Cidade Silvestre» (1984) e «A Última Dona» (1992). «A Noite das Mulheres Cantoras», é uma teia de múltiplos filamentos, mas onde se destaca o da ambição da fama a que se entregam cinco jovens mulheres cantoras, comandadas por uma delas - «a maestrina» - que julgam poder imitar o êxito de bandas femininas então famosas no estrangeiro. A acção decorre «no final dos anos oitenta», como autora faz questão de sublinhar, um período dominado pelo «ideal do sucesso», tanto no mundo ocidental, como no nosso país, onde o cavaquismo estava em ascensão. É este falacioso «ideal do sucesso» que domina a «maestrina», mulher rica e bem apoiada pelos homens que a cercam, capaz de passar por cima de tudo, incluindo por cima do cadáver de uma das companheiras, para atingir os objectivos. O certo é que consegue, com uma liderança hábil e implacável, arrastar as outras e vencer os seus escrúpulos. Censurando-as, observa que «as mulheres não tinham outro objectivo além de entregarem o corpo, cumprirem o ciclo da reprodução e por aí ficavam, ainda que muitas fingissem o contrário.» E desafia-as: «Digam o que querem fazer da vossa vida, digam, antes que arruíne o meu pai, para nada.» E as outras cedem, menos nos comportamentos mais íntimos que também quer invadir, às suas exigências, que acabam por se desmascarar de tão desmedidas. Além desta linha condutora, onde a par da perversidade há muita generosidade, o livro conta uma linda história de amor malogrado, deixa transparecer a atmosfera do país real, dá sinais da revolução de valores então em curso na burguesia urbana e de memórias da África colonial e da descolonização. Tudo a convidar à leitura.
* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
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C ULTURA VRSA
Castro Marim
«Fech’Ó Pano» reativa bailes
VII Passeio Amendoeiras em Flor cativa espanhóis
Os bailes estão de volta às instalações da companhia de teatro «Fech’Ó Pano», em Vila Real de Santo António. Agora todos os sábados à noite a partir das 21h30 com música para dançar, um bar de apoio e espaço aquecido Pedro Santos, diretor da companhia, garante “horas bem passadas para esquecer a crise”.
As entradas custam entre 1 e 2 euros, consoante a banda a atuar. “Damos primazia às bandas locais”, diz-nos o responsável que explica que realizar estes eventos “é colmatar uma lacuna que havia no concelho”. Os adeptos são bastantes já que “por sessão conseguimos ter cerca de 300 pessoas nestes bailes que atraem famílias inteiras”, afirma Pedro Santos.
Alcoutim
Aniversário de «Grito d’Alegria» com baile da Pinha No próximo dia 10 de Março a Associação «Grito d’Alegria» vai celebrar o terceiro ano de vida em Giões, no concelho de Alcoutim. A festa vai decorrer na sede da associação a partir das 15 horas e conta com o apoio da câmara municipal de
Alcoutim. Está anunciado que depois da assembleia geral, às 15h, a associação promete muita festa com o acordeonista António Manuel, que animará o tradicional baile da Pinha.
No passeio 180 em 300 participantes eram espanhóis São cada vez mais os espanhóis cativados pelas amendoeiras em flor que o Algarve oferece. No VII Passeio Amendoeiras em Flor, organizado pela Associação Recreativa Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora (ARCDAA), foram cerca de 180 vizinhos espanhóis a participar, num total de
cerca de três centenas de participantes. A organização testemunha “uma adesão crescente que começou nos 10 participantes vizinhos e que visivelmente foi crescendo, de ano para ano, em sinal de apetência por estas caminhadas pelos trilhos da beleza das amendoeiras floridas”, afirma Valter Matias, presidente da
AG E N D A C U LT U R A L EVENTOS Alcoutim «Alcoutim, Terra de Fronteira» Exposição permanente pela vila de Alcoutim Inserida no projeto Exposição «Algarve, Do Reino à Região» XIV Feira do Pão Quente e Queijo Fresco (com marcha-corrida durante a manhã) 11 Março Vaqueiros VI Raid BTT Trilhos [Ass. Inter-Vivos] 25 Março Alcoutim «D. Esteva III» – Exposição de Cerâmicas de Alcoutim 01 de Março a 13 de Abril Casa dos Condes
Castro Marim Apresentação Livro «Eu sei um segredo» 2 Março, 21h Biblioteca Municipal Castro Marim
VRSA Exposição fotográfica de Ana Janeiro «Algarve: Arquitetura e Espaços Recuperados» 20 de março a 30 de abril Arquivo Histórico Municipal Lançamento do livro “Fath al-Andalus y la incorporación de Occidente a Dar al-Islam” de Ahmed Tahiri 2 de março, 17h30 Biblioteca Municipal
ARCDAA. Um passeio pela cumeada da Alta Mora que assim promoveu não apenas as amendoeiras, mas também o território serrano de Castro Marim. De assinalar também a presença de participantes da comunidade holandesa, inglesa e francesa.
POR CÁ ACONTECE Tertúlias JBG
Espetáculo de Beneficência «Mão Amiga»
Conservatório Regional VRSA 2 de março, 21h30 Centro Cultural António Aleixo
Apresentação livro «O grito de quem chora lágrimas azuis»
João Batista
3 de março, 17h Biblioteca Municipal
Audição Páscoa Conservatório Regional VRSA 23 de março, 21h Centro Cultural António Aleixo «MARINERIAS» – Espetáculo baile flamenco pela Academia de Gracia Diaz 24 de março, 21h30 Centro Cultural António Aleixo
Curso breve da nova literatura portuguesa (1990-2010), pelo projeto Experiment’arte 10 Março; 9h30 - 13h00; 14h- 17h30 Biblioteca Municipal
Clube de leitura «Livros Mexidos» Tema - Autores contemporâneos: António Lobo Antunes 29 de março, 18h Biblioteca Municipal Vicente Campinas
Recital-performance comentado pelo projeto Experiment’arte 10 Março; 18h - 19h Biblioteca Municipal
Espetáculo Dança – Companhia SPLASH 31 de março, 21h30 Centro Cultural António Aleixo
Comemorações 24º Aniversário Elevação do Fundão, Marinha Grande, Montemot-O-Novo e VRSA a Cidades 11 março, 15h Praça Marquês de Pombal
Raid BTT – Minas de São Domingos/VRSA 22 de Abril de 2012 Inscrições em Março Pedro Rodrigues – 964591731 Núcleo do Sporting de VRSA
Segurança e Dia Mundial do Teatro O Jornal do Baixo Guadiana vai levar a cabo este mês de Março duas tertúlias. A primeira já no dia 1 de Março pelas 16h00 no átrio da EB 2,3 de Castro Marim e a versar o tema «Segurança Rodoviária». A organização é conjunta com o núcleo de Proteção Civil coordenado por Cristina Serote. Depois a 23 de Março, pelas 17h30, na biblioteca municipal de Vila Real de Santo António «O Teatro, essa arte que apaixona» é o tema que vai envolver uma conversa que pretende também assinalar com as gentes da terra o Dia Internacional do Teatro, que se comemora a 27 de Março. Vamos convidar os amantes do teatro de todas as idades a estar presentes.
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C O LAB O R AD O R ES Amor de pai
Linda é a tua história
Eu quero morrer sofrendo Para que o sofrer morra comigo Esta dor que aprece castigo Neste doer que estou tendo
Castro Marim, Terra com história Leia todo o seu passado No arquivo lá está escrito E deve ser divulgado
Não é física a minha dor Pois de saúde sou bem dotado Fácil diagnóstico, é por amor Amor de pai que me foi roubado
Pedra por pedra diz tudo Não falam mas representam Os longos séculos passados E sua fama essa aumenta
É Deus que a minha filha tem Que a tenha na sua mão direita E que no meu coração ficou vivendo
Histórias, hábitos e mitos Castro Marim é famosa Por ela passaram reis Terra bela e carinhosa
Vou eu chorando e morrendo Em cada lágrima desfeita Na triste sorte que não entendo.
Seu castelo tão antigo Por muitos é recitado Tua fama de realeza Por muitos és procurado
Manuel Gomes
Os velhos da nossa aldeia Uns figurões lá da aldeia, sem mandato, vão legislar; chamam ao velho, palavra feia, não querem dele ouvir falar. Em três tempos cozinharam o veredicto final, que de pronto anunciaram às gentes da aldeia, em geral. Ao velho, sucede o idoso, e esta “praça” vão buscar; é com este velho manhoso que a velhice vai “levar” Esta, de surpresa apanhada, reage à mudança e diz não; decreta indignada, o “Dia do Ancião”. Para quem já viveu tanto, ancião, tudo contém; a palavra, tem mais encanto e à velhice assenta bem. Não vou por aqui, por vaidade, mas pelo respeito devido, à respeitável idade que só assim, faz sentido… Manuel Palma
Bate-Bate Coração
Essas pedras já velhinhas Que formaram esse forte São pedras adormecidas Que lembram a dor da morte Castelo tu já tens séculos O tempo te arruinou Tens memórias bem visíveis No conjunto de pedras que lá ficou Essa mourinha encantada Que tanta beleza te deu Linda terra com história Grande valor é o teu.
O Coração cumpre um dever De trabalhar e bater Ao longo da sua vida Trabalha continuamente No corpo de toda a gente Quando pára é dor sentida O coração diz a verdade Porque sente a saudade Sente o ódio, sente o amor Devemos compreender É assim que pode ser Na alegria e na dor É um órgão tão vital Que não conheço outro igual Dado a sua natureza Na juventude dá a alegria Na meia-idade a simpatia E na velhice a tristeza O coração chora sorrindo Tudo vai admitindo Pouco antes de parar Em breves palavras diz Tudo dei e tudo fiz Não tenho mais para dar. Henrique Roberto
Saudade de ti Que saudade tenho de ti…! Meu amigo, meu companheiro! Meu mestre mudo…! Tempos passados…! Lembras-te daquelas manhãs de Primavera? Quando o sol vinha beijar a minha liberdade! E que me fazia sonhar! Que saudade tenho de ti… Meu amigo, meu companheiro! O dedo percorre agora as tuas páginas! Mas, já não te sinto nem te encontro!? Porque os olhos já não enxergam! Que saudade tenho de ti…! Meu amigo, meu companheiro! Meu mestre mudo…! Tempos passados…! Folhas mortas…! Rimas perdidas na neblina! E à espera fico esperando! Um tal cavaleiro branco, Que virá numa manhã de nevoeiro! Que saudade tenho de ti livro, Meu mestre mudo, Meu contador de histórias! Ilda Ferreira
Natália Palma
As flores são bonitas As flores são bonitas O sol brilha Nesta ilha A poesia é alegria As crianças brincam Os caracóis rastejam Procurando seu alimento As pessoas passeiam Divertem-se com o que vêm. Rafael Viegas, 7 anos de idade – Primo do colaborador António Victor Severo Martins
Outras Guerras É um facto, há população excedente, digo excedente, porque não há ocupação remunerada para todos. As guerras acabaram, agora têm outro nome; Televisão, sindicato e Internet. As televisões, levaram uma semana a mostrar como caíram as torres gémeas, levaram meses a mostrar os libaneses a disparar armas para o ar, os sindicalistas a mostrar bandeiras em marchas, dizendo que está tudo mal, a internet, a troca de e-mail. Tudo isto, incentiva e pode provocar conflitos fatais. Tudo isto, está apenas a começar, muitos vão cair, outros revoltam-se, gerando ainda mais violência. O excesso de seres humanos, as manifestações tendenciais e outros comportamentos, leva-nos por caminhos pantanosos. O ser humano, em grupo perde todo o valor de conduta positiva, imita atitudes, não próprias da sua personalidade, depois descobre, fui levado, passa e ser uma ovelha daquele rebanho. O chefe sabe que o outro sabe, mas a função dele é contrariar, aproveitando-se dos que ainda por cima pagam. Não estarão erradas as formas de apresentar as suas reivindicações? Será essa a melhor estratégia para que no futuro não se digam: Temos o que nos deixaram. Manuel Tomaz
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CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO
Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia trinta de Janeiro de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas onze a folhas doze verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número dezanove - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: José Pinto dos Santos Petrónio e mulher, Maria dos Anjos Colaço Candeias Petrónio, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Pousos, concelho de Leiria, ela natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Rua Água Marinha, Urbanização Parque de São Domingos, número 121, 3º direito, em São Domingos de Rana, portadores, contribuintes fiscais números 119 065 479 e 119 065 487, que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito no Cerro das Canas, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por amendoeiras e cultura arvense, com a área de vinte e sete mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Fernando Colaço Candeias, a Sul com Rosa Maria Pereira Cavaco, a Nascente com Manuel António Romão, e a Poente com Henrique P. Dias e João Manuel Pereira Cavaco, não descrito na respectiva Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 38 da secção AP, com o valor patrimonial tributável para efeitos de IMT e de Imposto do Selo de quatrocentos euros e quarenta cêntimos, igual ao atribuído. Que o referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgantes, já no estado de casados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, por compra verbal e nunca reduzida a escrito, feita a Alfredo Manuel Ferreira, divorciado, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim residente que foi no Bairro Magalhães Mexias, Vivenda Santo António, Setúbal, actualmente já falecido. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, enfim, usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boafé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 30 de Janeiro de 2012. A Colaboradora, (Joana Isabel da Silva de Gouveia e Sousa)
(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/4, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 16.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)
Conta registada sob o n.º 75 /01 Factura/Recibo n.º 2646 Jornal do Baixo Guadiana, 01 de março 2012
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MARÇO 2012
PA S SATEMPO S & L AZER
Autor: João Raimundo
Quadratim - n.º 93 Olivença e seus territórios são Portugal. É obrigatório que Espanha cumpra a decisão da Convenção de Viena de 1815, na qual aceitou e assinou o compromisso de devolver a Portugal esses territórios; até à data nunca cumpriu e foram comprados ilegalmente pela Espanha. A soberania de Portugal impõe-se em todo o seu espaço, no qual se inclui Olivença e seus territórios e pelos quais são responsáveis os órgãos de soberania lusos. Não queremos ter um novo Timor Leste. Pelo caminho correcto do Quadratim vá até Olivença, porque aqui também é Portugal.
Jogo da Paciência n.º 99
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Hoje em dia é cada vez mais comum encontrarmos nas prateleiras dos supermercados os designados produtos diet ou light. Uma volta ao supermercado é o suficiente para encontrarmos dezenas de produtos com estas características, desde bebidas, lacticínios, doces, bolachas. São vendidos como produtos que não engordam e são mais caros que os convencionais, deixando-nos sempre confusos quando fazemos compras. Qual a diferença? O que comprar? Ao contrário do que se garante, os produtos light e diet não emagrecem, não são os mais saudáveis e nem quer dizer que possam ser consumidos em mais quantidade. Por norma têm menos calorias, mas às vezes maior quantidade de açúcar e/ou gordura. No caso dos diet, são apenas úteis para pessoas que não podem ingerir um determinado tipo de alimento. Assim, um diabético deverá optar por produtos diet com ausência de açúcar; um hipertenso por alimentos com ausência de sal. Em relação aos alimentos light, estes também não devem ser consumidos de forma indiscriminada. O consumo de um produto deste tipo só ajudará à diminuição de peso se for consumido na mesma quantidade que um produto normal. As batatas fritas light, por exemplo, têm menos gordura que as normais, mas não deixam de ter muitas calorias e gorduras más; no chocolate light o açúcar é substituído por adoçantes, logo, esta substituição altera a sua consistência. Então, para a manter, é acrescentada mais gordura à sua composição. Conclusão: para ter uma alimentação saudável, o consumo simples e indiscriminado de alimentos diet e light não é a solução. Deve ler-se sempre o rótulo, para uma escolha mais acertada.
Ana Brás dietista
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Light, diet e magros: qual a diferença?
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Soluções Jogo da Paciência - n.º98
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11) Retrosaria 12) Relojoaria 13) Ourivesaria 14) Frutaria 15) Mercado 16) Mercearia 17) Drogaria 18) Gelataria 19) Sapataria 20) Perfumaria
6) Cafetaria 7) Pastelaria 8) Padaria 9) Farmácia 10) Papelaria
1) Barbearia 2) Taberna 3) Cervejaria 4) Florista 5) Restaurante
“ACTIVIDADES ECONÓMICAS”
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a GUADI apela
“Verifiquei recentemente que a minha factura de electricidade tinha informação sobre um novo imposto. Que novo imposto é este e qual o seu âmbito de aplicação?”
Ajude-nos a Ajudá-los!
a DECO informa Desde 1 de Janeiro de 2012 que um novo imposto tem vindo a ser cobrado nas facturas de electricidade. Trata-se do Imposto Especial de Consumo de Electricidade (IEC). A sua origem encontra-se fundamentada em preocupações ambientais e tem origem em legislação aprovada na União Europeia, através de um diploma que aborda a questão da tributação dos produtos energéticos. Este imposto sobre o consumo ainda não tinha sido aplicado em Portugal, mas a troika aproveitou a assinatura do memorando de ajuda financeira, para exigir a sua cobrança. O IEC foi introduzido através da Lei do Orçamento de Estado para 2012, sendo que todos os comercializadores de energia terão que proceder à cobrança deste imposto, mas ficará isenta a electricidade que seja: a) Utilizada para produzir electricidade, e para manter a capacidade de produzir electricidade; b) Produzida a bordo de embarcações; c) Utilizada para o transporte de passageiros e de mercadorias por via-férrea em comboio, metropolitano ou eléctrico; d) Utilizada pelos clientes finais economicamente vulneráveis, beneficiários de tarifa social. A Portaria n.º 320-D/2011, de 30 de Dezembro, fixou o valor deste imposto em € 1,00 por MWh ou €0,001 por kWh – taxa máxima – para o Continente. Um consumidor médio, pagará entre € 4,00 a €5,00 por ano, valores com IVA incluídos a 23%. Em termos práticos, para um universo de 5 milhões de clientes, tal representará 25 milhões de euros anuais para os cofres do Estado, sendo que esta estimativa inclui apenas os consumidores domésticos.
Susana Correia jurista
Cesar
Lady
Micas
Pinguim
Número solidário:
760 300 012
GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com/ http://associacaoguadi.blogspot.com FACEBOOK
JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MARÇO 2012 |
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C O LAB O R AD O R ES
Onico...quê? Ou o hábito de roer as unhas A mãe do Francisco esperava ansiosa pela consulta de devolução com a psicóloga que tinha avaliado o filho. Tinha procurado um psicólogo a fim de perceber o que se estava a passar com o Francisco, desde os 5 anos que roía as unhas e parece que tinha piorado, agora já pouco restava das unhas e peles e além de ser inestético este comportamento era motivo de chamada de atenção constante por parte de terceiros e constituía um veículo de introdução de germes no organismo (através da boca) o que representa perigo para a saúde. Assim que entrou não se conteve e perguntou: - Então, o que
se passa com o meu filho? A psicóloga responde que o Francisco é uma criança muito ansiosa e a onicofagia é uma das estratégias que assumiu para conseguir dominar um pouco a ansiedade. – Onico...quê? – Pergunta a mãe. Onicofagia é o hábito de roer as unhas das mãos ou dos pés durante períodos de nervosismo, ansiedade, stress, fome ou tédio. Em geral, o hábito de roer unhas inicia-se por volta dos 4/5 anos (entrada na escola) e é comum prolongar-se pela vida adulta. O que acontece é que a criança é confrontada com exigências da vida
familiar e/ou escolar (por exemplo o ensino escolar demasiado precoce) para as quais a sua estrutura psicomotora ainda não se encontra devidamente preparada. A ansiedade que daí advêm, provoca na criança a necessidade de encontrar uma estratégia para lidar com ela. A onicofagia surge portanto como um sintoma reativo de compensação da instabilidade, ou seja, a criança rói as unhas (ou toma qualquer outro hábito equivalente) para tentar dar atenção aos problemas que lhe são postos. No geral a onicofagia desaparece ou diminui com a idade. No entanto há casos em que se prolonga devido às características do indivíduo ou circunstâncias externas que podem agravar (como por exemplo a utilização de algumas punições mais agressivas que aumentam a ansiedade). Para deixar de roer as unhas ou alterar algum hábito é necessário que a pessoa em questão (criança ou adulto) perceba os motivos e esteja motivada para o combater. É importante conversar sobre o comportamento e definir as suas con-
sequências, para que o indivíduo integre a necessidade de abandonar o hábito. Só a partir deste momento, em que o indivíduo reconhece a necessidade de abandonar o comportamento é que é possível avançar para a aplicação de estratégias. As técnicas de dissuasão são várias e passam pelo tratamento da ansiedade que está subjacente ao comportamento indesejado, por técnicas de alteração de comportamento, por exemplo para um indivíduo do sexo feminino, pintar as unhas com uma cor visível que o faça recordar, no momento em que vai roer, que não o deve fazer pois irá desarranjar o visual; a colocação de unhas postiças pode também ajudar à inibição deste comportamento; são também utilizadas técnicas de aversão (colocar nas unhas um produto de sabor desagradável), técnicas de alteração de comportamento (a ser realizadas por psicólogos especializados) e até certos fármacos (apenas quando o quadro clínico assim indicar e por médicos especialistas). Este comportamento, como outros que derivam da ansiedade, podem e devem ser alterados sempre tendo
Engenhos de extração de água no Baixo Guadiana
Até meados do século XX, o abastecimento de água no Baixo Guadiana, à imagem do restante Algarve, foi saciado a partir de engenhos artesanais, que permitiram o cultivo de legumes e de árvores de fruto como a laranjeira e o limoeiro. No território predominavam os poços de gargalo ou de escaleiras, de forma arredondada, com ou sem porta. Em muitos casos a extracção era feita recorrendo à picota ou cegonha, um aparelho tosco em madeira para elevação da água, movido pelo homem, muito comum na área serrana. Nas nascentes naturais, chamadas de minas, construíam-se calhas ou canhas que podiam ligar a tanques. A população deslocava-se até à mina, de burro ou a pé, com cântaros que abasteciam de água fresca para consumir no seu dia-a-dia. Nas propriedades da zona litoral, em particular na zona ocidental do Baixo Guadiana, aparece frequentemente associado ao sistema de regadio uma nora. Este engenho hidráulico foi trazido pelos Muçulmanos para a Península Ibérica no século VIII. A nora é colocada na zona mais alta da propriedade,
em conta as consequências e com acompanhamento de um técnico especializado. Relativamente ao Francisco, a mãe foi aconselhada a levar o Francisco a consultas de psicoterapia de apoio as quais irão em simultâneo definir estratégias de alteração de comportamento bem como realizar um tratamento (não farmacológico) de controlo da ansiedade. A mãe irá beneficiar de aconselhamento sobre algumas estratégias parentais para ajudar o Francisco no seu percurso. Texto convertido pelo conversor da Porto Editora, respeitando o Acordo Ortográfico de 1990.
NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso, Sofia Ferreira
Rubrica de pATRIMÓNIO
existindo depois um aqueduto ou levada, em alguns casos feita em xisto, que conduz a água para o tanque. As noras, devidamente caiadas de branco, eram movidas por vacas ou mulas e possuíam engenhos em madeira de oliveira, azinheira ou sobreiro, com alcatruzes de barro. Com o tempo e o avançar da tecnologia, os engenhos em madeira foram substituídos por engenhos idênticos em ferro. Na zona serrana não encontramos noras, pois os terrenos limpos, a pouca abundância de água e o seu elevado custo não facilitavam a sua construção. Já no litoral, só as grandes herdades ou os proprietários mais abastados é que possuíam uma nora. A partir da década de 70, multiplicaram-se as tecnologias de perfuração e elevação de água subterrânea que, devido à sua maior eficácia, tornaram obsoletos os engenhos artesanais. Contudo, raros são os montes do Baixo Guadiana onde não exista a memória ou conhecimento de um poço ou de uma nora, que constituem testemunhos patrimoniais de algumas das formas tradicionais de gestão da água que, se não forem devidamente preservados, tenderão inevitavelmente a degradar-se e desaparecer. Pedro Pires CEPHA/UAlg – Centro de Estudos de Património e História do Algarve da Universidade do Algarve
Até meados do século XX, o abastecimento de água no Baixo Guadiana, à imagem do restante Algarve, foi saciado a partir de engenhos artesanais. As noras, devidamente caiadas de branco, eram movidas por vacas ou mulas
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MARÇO 2012
DES POR TO
Jogos Olímpicos Futebolândia Jornal estão do Baixo Guadiana em a recrutar Mundialito parceria com em Portugal de Futebol Feminino RODACTIVA Este mês gostaria de abordar um fenómeno no mínimo estranho, e de uma complexidade que nos transporta, talvez, para a nossa infância e para os nossos antepassados. Comecei sério não comecei?! Mas é pura ilusão! Passo a explicar; quando era criança havia a grande rivalidade entre Sporting e Benfica - o F.C. do Porto era como um outsider nestas coisas do futebol.Ou eras do Sporting ou do Benfica e ponto final; não havia uma lista de clubes que gostavas; o teu coração era de um só clube. Dizia-se na época que podia-se mudar de mulher e de outras tantas coisas, mas nunca de clube. Era uma questão sagrada! Volvidos mais de vinte anos constato uma nova tendência que me preocupa; pouco mas preocupa-me: agora somos do nosso clube e dos restantes clubes do país e do resto do mundo que joguem contra o Benfica - não sendo adeptos do Benfica...claro! Benfica perdeu em Guimarães e empatou em Coimbra, relançando o campeonato no que à conquista do título diz respeito. Agora a questão estará dividida entre Benfica, Porto e Braga, mas a maior alegria vem dos adeptos do Sporting: aqui está a nova tendência! Mas porque será que os sportinguistas estão tão felizes? Primeira hipótese – São adeptos do Sporting, mas nutrem um carinho especial por Porto e Braga. Segunda hipótese – São adeptos do Sporting até ao Natal, mas a equipa fica eliminada de todas as competições e afastada do título e sentem necessidade de continuar a ter argumentos para falar com os benfiquistas. Terceira hipótese – Gostam do corte do cabelo do Sá Pinto mas acham que o do Vítor Pereira está mais na moda. São todas a ter em linha de conta. Uma coisa é certa, nunca vi tanta alegria estampada no rosto dos sportinguistas como nos últimos dias e isso com a equipa a lutar para conseguir o quinto lugar da Liga, é caso para dizer, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades... Um abraço do tamanho do Mundo e sejam felizes, com as vitórias e com as derrotas do Benfica… pelo menos por minutos esquecemos a crise!
Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação eusebiocosta@live.com.pt
Foi assinado em Fevereiro um protocolo de parceria entre o Jornal do Baixo Guadiana e a recém-criada associação «RODACTIVA», que se dedica à promoção e prática da atividade Bicicleta Todo-o-Terreno em Castro Marim. A «RODACTIVA» quer incutir no território do Baixo Guadiana um “sangue novo” no BTT através de uma equipa jovem e dinâmica e decidiu pedir ao JBG parceria na divulgação das suas atividades bem como se compromete a divulgar o JBG por todo o território. Acreditando que é de parcerias que o desenvolvimento de traduz na realidade o JBG aceita mais este desafio.
Passeio RODACTIVA/Sem Espinhas
A Associação, RODACTIVA / Sem Espinhas vai realizar um passeio de BTT denominado «Por Trilhos de Castro Marim», no próximo dia 4 de março em Castro Marim. A concentração está marcada para as 8 horas da manhã junto ao pavilhão gimnodesportivo de Castro Marim. A organização promete boa disposição, convívio e promoção dos “trilhos” do concelho de Castro Marim, vertente BTT. Para mais informação sobre o evento estão disponíveis os contactos: http://rodactiva.blogspot.com/p/inscricao.html ou a página da associação
no facebook.
Portugal está na lista dos 27 Estadosmembros da União Europeia onde vão ser recrutados colaboradores para os Jogos olímpicos Londres 2012. É uma oportunidade de trabalho de curta duração – entre as 2 e 3 semanas – mas que é perspetivada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)como uma oportunidade de abertura para o mercado de trabalho londrino. “Trata-se de uma oportunidade de emprego que pode potenciar competências linguísticas, o contacto com uma cultura diferente e facilitar a entrada no mercado de trabalho e por isso pode ser aproveitado por pessoas sem nenhuma experiência, nomeadamente estudantes”, disse à agência Lusa a responsável do IEFP, Alice Brandão. Os salários serão apresentados tendo em consideração o perfil/função a desempenhar, sendo o mínimo de referência 6,01 libras/ hora (cerca de 7 euros/hora). O IEFP é, em Portugal, o parceiro do serviço público de emprego inglês na divulgação do processo de recrutamento destes trabalhadores. O alojamento na capital do Reino Unido não está assegurado aos candidatos, mas as entidades envolvidas irão disponibilizar informação sobre locais recomendados para ficar durante a estadia. Os Jogos Olímpicos de 2012 decorrerão em Londres de 27 de Julho a 12 de agosto de 2012, seguidos pelos Jogos Para-Olímpicos, que decorrerão entre 29 de agosto e 9 de setembro.
passa por VRSA
Entre 29 de Fevereiro e 7 de Março vai decorrer no Algarve a 19.ª edição do Mundialito de Futebol Feminino por onde vão passar algumas das melhores seleções do mundo. Este evento desportivo de referência vai passar pelo Baixo Guadiana, nomeadamente pelo Estádio Municipal de Vila Real de Santo António. Pelo Algarve vão passar as três primeiras seleções do ranking da FIFA – Estados Unidos (1.ª), Alemanha (2.ª) e Japão (3.ª) – sendo aguardada com grande expetativa a prestação das japonesas, atuais campeãs do Mundo. Suécia, Dinamarca, Noruega e China, outras seleções com grande prestígio no futebol feminino, também competirão no Algarve. Portugal incluído no grupo C, vai medir forças com o País de Gales (29 de Fevereiro, na Bela Vista, Parchal, às 15h45), Hungria (2 de Março, na Bela Vista, Parchal, às 15h15) e República da Irlanda (5 de Março, no Estádio Algarve, pelas 17h15). A selecção nacional ainda fará mais um jogo, a 7 de Março, contra adversário a designar, em função da classificação que obtiver no grupo. Em Vila Real de Santo António os jogos vão decorrer a 29 de Fevereiro, 2 e 5 de Março.
Baixo Guadiana sobre rodas
Humberto Fernandes
crónicas
Teve início no passado mês de Fevereiro mais uma época de ciclismo. Com o 2º Troféu «Cidade de Loulé» a abrir as hostes do calendário velocipédico português no dia 12, seguiu-se a grande e prestigiada «Volta ao Algarve» que trouxe até à região os mais conceituados ciclistas do panorama internacional. Samuel Caldeira, o homem natural de Manta Rota, foi o mais forte na prova de abertura, impondo-se ao sprint a toda a concorrência e vencendo de forma imponente na chegada a Loulé. Caldeira já tinha comentado com o JBG que iria entrar nesta prova para ganhar e não falhou, levando as cores da formação «Carmim Prio Tavira», ao lugar mais alto do pódio e abrindo, assim, a nova
época com chave de ouro. De 15 a 19 de Fevereiro, foi a vez da «Volta ao Algarve» ir para a estrade e de a Região do Baixo Guadiana ver “passear” nas suas estradas os melhores do mundo da modalidade. Castro Marim foi assim o ponto de partida para a etapa rainha da prova, que ligava Castro Marim ao Alto do Malhão (Loulé) numa extensão de 194,6 kms, e vestiu-se de uma moldura humana considerável para acolher todo o aparato logístico da prova. Curiosamente o vencedor da volta saiu dessa etapa como líder, o australiano Richie Porte (Sky); que nesse dia trepou na chegada em montanha para a liderança da «Volta ao Algarve» e não mais a largou, tendo sido o consagrado da edição deste ano da prova e sucedendo ao campeão do mundo de contra-relógio
Tony Martin. Quanto aos ciclistas da região estiveram em prova Amaro Antunes, que teve uma prestação discreta com o 65º da geral a 9m05s de Richi Porte. Samuel Caldeira por sua vez tentou intrometer-se na discussão das etapas ao sprint, mas apenas obtendo um 11º lugar na chegada a Tavira, e no final foi 122º na geral. Quanto ao Vencedor da Volta a Portugal do ano passado, Ricardo Mestre, foi sempre o mais inconformado da equipa tavirense. Esteve constantemente nas tentativas de fuga das diferentes etapas, tendo feito parte da fuga do dia da primeira etapa, sendo assim um dos mais combativos da prova e estando na discussão do melhor trepador, titulo que sustentava da «Volta ao Algarve» do ano passado. No final Ricardo Mestre foi 73º da geral individual.
INTER-VIVOS promovem 6º Raid BTTrilhos 2012
Os INTER-VIVOS - Associação de Jovens do Nordeste Algarvio, realiza a 25 de Março de 2012 o «VI Raid BTTrilhos 2012» em Alcoutim. O passeio será composto por dois percursos: um de 30Km e outro e 60Kms. Através de ambos os passeios os participantes “terão oportunidade de espreitar trilhos deslumbrantes junto ao rio Guadiana”, promete a organização que diz que “num percurso pensado para toda a família, o convívio e o contato com a natureza são argumentos de peso para passar um dia diferente”. A partida está marcada para as 9 horas da manhã em Alcoutim, tendo como pano de fundo o rio Guadiana, num passeio que se estende pelas freguesias de Alcoutim e Pereiro.
Destinatários a partir dos 14 anos De acordo com o regulamento esta atividade destina-se a todos os que nela queiram participar desde que tenham a necessária condição física, o gosto pela modalidade, pelo contacto com a natureza e pelo bom convívio. A participação no passeio só será aceite com idade igual ou superior a 14 anos, desde que devidamente autorizados pelo encarregado de educação e mediante o preenchimento do termo de responsabilidade incluído na ficha de inscrição.
Promover a região São objetivos do VI Raid BTTrilhos Inter-Vivos a continuação da promoção do território do Baixo Guadiana junto dos adeptos da modalidade, e proporcionar a todos os praticantes de BTT uma boa jornada desportiva neste troço do Baixo Guadiana, “que detém condições naturais exímias para o BTT”, afirma a organização em comunicado, que explicita que o objetivo passa também por “divulgar e promover as potencialidades do concelho de Alcoutim, nomeadamente o seu património natural, cultural e gastronómico”. O passeio percorrerá trilhos, caminhos e estradas rurais nas Freguesias de Alcoutim e Pereiro.
Inscrições até 21 de Março As inscrições serão limitadas a 200 participantes e terão como data limite o dia 21 de Março de 2012, sendo apenas validadas depois de boa cobrança.
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Em Altura, no concelho de Castro Marim, a sátira marcou o cortejo dos foliões
Em Alcoutim os mais pequenos alegraram o carnaval pelas ruas PUB
A Odiana vai estar na Bolsa de Turismo de Lisboa. Uma aposta forte pelo Baixo Guadiana
Em VRSA e Monte Gordo a tradição dos bailes fez a diferença
Carnaval animou o Baixo Guadiana
O Carnaval voltou a animar o Baixo Guadiana. Em Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim as crianças das escolas, desde o ensino pré-escolar, realizaram os seus desfiles mascarados a rigor para a festa e animando as localidades por onde se passearam. Houve lugar para bailaricos dos mais novos. Para os miúdos e graúdos o único local onde a tradição do cortejo prevaleceu foi em Altura, com um Domingo de Carnaval repleto de animação e sátira carnavalesca que desfilaram pelas principais artérias da localidade turística do concelho de Castro Marim. Em VRSA, para além da animação escolar, houve bailes no recinto do Centro Cultural António Aleixo, em VRSA, e numa tenda gigante na zona poente de Monte Gordo, nos dias 18, 19 e 22, organizados pelas juntas de freguesia de VRSA e Monte Gordo. Em Alcoutim os bailes também marcaram presença para animar um Carnaval que este ano foi mais curto para muitos, já que do Baixo Guadiana o município alcoutenejo foi o único que não deu tolerância de ponto. Aqui também se celebrou o famoso enterro do Entrudo.
Cartoon
Portugueses e Espanhóis estão unidos contra portagens e já constituíram comissão Ibérica de luta
O Algarve regista a taxa mais elevada de desempregados do país. Uma percentagem que atinge os 17,5%
Sotavento Algarvio
ECOdica Para ajudar o meio ambiente e poupar evite usar o carro em horários e locais de maior congestionamento, bem como em trajetos curtos. Dê preferência ao transporte coletivo ou vá a pé ou de bicicleta. Procure sempre que possível partilhar o carro com outras pessoas. Utilize transportes coletivos, pois eles são menos poluentes que o transporte individual (automóvel)