JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2012 |
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Baixo
Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000
Jornal Mensal Ano 12 - Nº140
JANEIRO 2012 PREÇO: 0,85 EUROS
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS
TAXA PAGA
PORTUGAL CEM NORTE
Edição exclusiva online
Rui Zambujal edita romance sobre biologia do envelhecimento Rui Zambujal é biólogo e também escritor. Nasceu em Lisboa em Novembro de 1963 e desde muito novo que o envelhecimento das pessoas o intrigava muito. Daí que, desde a sua adolescência um de seus principais interesses fosse a biologia do envelhecimento. Para Rui Zambujal a vida funciona como uma lâmpada de Aladino e os seus três desejos. Em tese é este o núcleo central à volta do qual a sua obra se desenvolve. O livro foi publicado na Amazon Corporation e chama-se «2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa». No ano de 2011 ganhou o prémio de melhor e-book do New York Book Festival. Alcoutim e o histórico Rio Guadiana têm sido fontes de inspiração para os seus escritos.
INVESTIMENTO DE 15 MILHÕES DE EUROS PARA 2012 5
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EDITORIAL
JBG
Jornal do Baixo Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Sub-Director: Vítor Madeira Chefe de Redacção: Susana de Sousa Redacção: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Ana Brás Ana Dias Ana Lúcia Gonçalves Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Raimundo Pedro Tavares Rui Rosa Vitor Barros Associação Alcance Associação GUADI DECO Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com joanagermano@gmail.com Sede: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 Redacção: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM 281 531 171 966 902 856 baixoguadiana@gmail.com
Despedimo-nos de um ano fértil em acontecimentos. Em boa parte, senão mesmo na sua maioria, influenciados por factores externos aos quais dificilmente fugiríamos, dada a fragilidade e dependência em que o próprio País se encontra. A extrema violência dos efeitos da crise, económica, financeira, política, em que boa parte da Europa está mergulhada, desnudou a precariedade em que as instituições europeias se regem, a ausência de democraticidade das decisões que assumem e desse modo colocando também em evidência a ausência
de medidas políticas, de liderança, para sairmos da crise em que continuamos mergulhados; factores que influenciaram as alterações que se foram produzindo na composição política dos vários Governos de diferentes Países. Em tal contexto tivemos assim de tudo um pouco: eleições para a Assembleia da República com resultados que deram origem à formação de um novo Governo assente numa coligação composta pelo PSD e CDS PP, numa viragem politica do País ao centro direita; pedido de resgate e entrada da
Troika em cujo memorando se inscrevem severas obrigações para garantir o pagamento da dívida numa panóplia de medidas que se abatem sobretudo sobre os que menos podem; crise financeira, recessão económica, a marcarem presença no interior de diversos Países da União Europeia; crise monetária e ameaças à manutenção do Euro como moeda única nos 17 Países que deste sistema fazem parte; corte de metade do subsídios de Natal para pensionistas e funcionários públicos; aumento dos níveis de desemprego a números que já não aconteciam desde finais da década de 70; inicio do pagamento de portagens na Via do Infante; 100.000 portugueses abandonam o País à procura de melhor sorte; milhões de euros são transferidos para paraísos fiscais; o Fado é consagrado Património Imaterial de Humanidade. Neste quadro é admissível que a maioria dos portugueses, por mais distraídos que alguns se mantenham, antevejam o próximo ano com justificadas apreensões, num misto de conformismo, resignação e revolta. E razão não deixam de ter, cada um a seu modo. Porque por mais
optimistas e confiantes que possamos ser, o próximo ano não se afigura melhor que o anterior. Assim sendo, duas questões se me colocam : em primeiro lugar a interrogação sobre como sair da crise já que não se me afigura possível tal feito sem medidas que promovam a actividade económica; porque só dessa forma se pode criar emprego e estimular o consumo. Em segundo lugar, o compromisso de continuarmos a fazer do «Jornal do Baixo Guadiana» um jornal de referência, que se distinga pela independência da opinião que publica, pela atenção que presta aos problemas do território a que em primeiro lugar se dirige e é porta voz, na procura de inovar sempre, para melhor servir os objectivos para que foi criado.
Carlos Luis Figueira cluisfigueira@sapo.pt
Vox Pop Como encara a medida de informação/sensibilização levada a cabo pelos municípios algarvios do Baixo Guadiana, esclarecendo que para entrar no território, vindo da Andaluzia, não se pagam portagens?
Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direcção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Daniela Vaz Rui Rosa Impressão: Postal do Algarve, Lda Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C 8800-412 TAVIRA Tel: 281 320 900 Tiragem desta edição: 4.000 exemplares Registo no ICS: n.º 123554 Depósito legal: n.º 150617/00 JBG online:
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Nome: Bruno Lourenço Profissão: Estudante R: Sinceramente acho que é uma excelente iniciativa dos municípios. Logo após a passagem da ponte do Guadiana encontra-se uma placa que indica portagens a 2Km quando as portagens só começam após a saída de Monte Gordo/Altura. A maioria dos estrangeiros não sabe , o que pode induzir as pessoas em erro e pensarem que a entrada em Portugal é paga. Para além disso, os espanhóis não estão a par do funcionamento das portagens e isso cria receio nas pessoas que depois optam por não vir à nossa terra. Eu como comprei o dispositivo da via verde, e tenho as tais 10 viagens grátis até 30 de Junho, tenho utilizado a A22. Mas, sinceramente, se esgotar as 10 viagens grátis num mês irei evitar a A22, e após 30 de Junho só a irei utilizar em caso de urgência.
Nome: Jerónimo Sousa Profissão: Eletricista
R: Na minha opinião acho que se deve reclamar mesmo que não se consiga atingir o objectivo. A verdade é que se deve tentar sempre.
Nome: Inês Azevedo Profissão: Estudante R: Eu concordo com a sensibilização que os municípios do Baixo Guadiana estão a fazer em Espanha porque é uma forma de nos unirmos para demonstrar que as portagens não fazem qualquer sentido. No momento actual de crise que vivemos precisamos que os espanhóis, ou outro povo qualquer, entre no nosso país para que possa haver circulação de capital, o que pode ser feito através de compras que os espanhóis, neste caso, fazem por exemplo, em VRSA. Agora utilizo mais a EN125 devido às portagens.
Nome: Sara Agostinho Profissão: Técnica Superior de Serviço Social
R: Sinceramente, desconhecia que essa informação estivesse a ser transmitida, mas acho que é importante esclarecer os vizinhos espanhóis.
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CRÓNICAS
Objectivamente, a febre do lucro tomou conta das administrações dos CTT, que cavando uma concorrência desleal para com as lojas que comercializam todos estes produtos, prejudicam seriamente a qualidade dos serviços aos clientes, nomeadamente no atendimento e nos tempos gastos nas filas de espera. Igualmente grave é a pressão coerciva que os dirigentes dos Correios exercem sobre os funcionários das estações para a venda de determinados
produtos, com o intuito de alcançarem os famigerados objectivos. A voragem do lucro e os devaneios de uma qualquer administração não podem continuar a comandar os destinos de uma instituição com a responsabilidade e o peso dos CTT – Correios de Portugal, ora fechando Estações de Norte a Sul, transformando-as em Postos de Correios explorados por entidades estranhas aos CTT, promovendo assim o despovoamento e a desertificação de comunidades, que estão longe de tudo ou transformando carteiros em vendedores de cautelas e telemóveis ao domicilio e, ainda, substituindo carteiros ausentes por cidadãos em situação ilegal em Portugal, que não têm qualquer formação para desempenhar essas funções. Porque não é possível continuar a ignorar esta realidade, assistindo à degradação do serviço postal público prestado aos cidadãos, impõe-se que o Ministério da Economia, tutelado pelo ministro Álvaro Santos Pereira, ponha cobro a este descalabro para que os Carteiros e os Técnicos Postais possam tocar a trombeta e anunciar a chegada do correio.
trabalho, na redução de postos de trabalho na Administração Pública, originando mais desemprego, no aumento brutal das taxas moderadoras na saúde, na diminuição do subsídio de desemprego, para só citar algumas das mais gravosas e emblemáticas medidas da política governamental. Ora este «menu» seria demasiado indigesto para ser servido aos portugueses no jantar do Dia de Natal, por isso o Primeiro-Ministro tentou, por momentos, ocultá-lo numa avalanche
de palavras ocas e abstractas. Não há, no entanto, palavras que possam iludir a questão central que, seis meses após a constituição do actual executivo, já está colocada aos portugueses: até quando se pode manter uma política que diariamente agrava as condições de vida do nosso povo e empobrece o país? Sabe-se que uma parte das medidas em curso foi imposta ao país pela «troika», como condição do empréstimo internacional, mas o Governo de Passos Coelho parece caprichar em executá-la da forma mais dolorosa para o povo e o país, ao mesmo tempo que lhes vai juntando muitas outras da sua agenda neoliberal radical, assim exacerbando o descontentamento, os protestos, a oposição, a necessidade de uma crescente resistência indignada e da procura de uma alternativa.
Vítor Madeira
O insubmisso Estações dos CTT - Correios de Portugal transformadas em lojas comerciais Desde sempre, os CTT - Correios de Portugal foram considerados como uma instituição de excelência e de grande prestígio no domínio das comunicações no país e no mundo, pelos relevantes serviços prestados na distribuição de correio dentro e fora de Portugal, bem como no pagamento de serviços. Todavia, nos últimos anos tem-se vindo a assistir a uma perda acentuada de qualidade no serviço postal prestado aos cidadãos, como provam as constantes reclamações endossadas aos CTT - Correios de Portugal, S.A. Numa sociedade anónima como o
grupo empresarial dos CTT – Correios de Portugal, cujo accionista principal é o Estado Português, porque é que isto acontece? Objectivamente, esta parece ser a questão que assalta o espírito dos clientes dos Correios. As causas são seguramente de natureza diversa. Ainda assim, gostava de perceber algumas questões perturbadoras para o comum dos mortais, acerca do funcionamento destes serviços que são maioritariamente pagos pelo dinheiro dos contribuintes! Nos
últimos anos, as Estações dos Correios onde, habitualmente, vamos comprar selos, registar cartas, levantar encomendas, pagar as contas domésticas como o telefone, a electricidade, a água, o gás ou mais prosaicamente telefonar, transformaram-se em lojas comerciais, onde se vende uma parafernália de produtos e artigos infindável: livros, telemóveis, louças, cd’s, lotaria e mais recentemente, a via verde para o pagamento das portagens nas auto-estradas.
Carlos Brito
Até quando?
A mensagem natalícia de Passos Coelho foi uma significativa demonstração do vazio político da actual acção governativa. Provou-se que o Governo não tem nada de positivo para anunciar aos portugueses. O Primeiro-Ministro bem o quis iludir falando vagamente da «socie-
dade de confiança» e proclamando que «temos muitas reformas estruturais para executar». Mas foram só palavras, palavras, palavras. Não indicou uma só razão para justificar a confiança e coibiu-se de concretizar o conteúdo das reformas. Percebe-se muito bem a razão por que em dia de Natal silenciou o sentido destas últimas. É que as reformas que estão em marcha representam mais sacrifícios,
perda de direitos e empobrecimento e as que podiam significar desenvolvimento e contenção da austeridade não estão em marcha. Quando Passos Coelho se refere a 2012 como «um ano determinante» no que está a pensar é na eliminação total ou parcial dos subsídios de férias e de Natal, no severo agravamento do IVA e de outros impostos, nas alterações da legislação do trabalho com a liquidação de direitos históricos dos trabalhadores, incluindo o horário de
José Cruz
Bom ano de 2012, feliz 2013
Ora bem, estamos em 2012. Antecipar já um feliz 2013 parece um disparate. Ou até que, dado estar previsto como um ano duro, pela austeridade imposta aos portugueses, dá para esconder a cabeça na areia e desejar passar rapidamente para o próximo ano. Não é por questões de política, mas da natureza da especulação que se move nos media, com destaque para a Internet, sobre os destinos do planeta, que o fazemos. Estando convictos que, em 31/12/2012, ano olímpico, ano bissexto, a humanidade continuará a
sua existência e só acabará o mundo para aqueles que tiverem a desdita de partir. Lá para Dezembro, no solstício de Inverno, 21/12/2012 podem suceder fenómenos colossais, dizem as profecias dos Maias, uma das civilizações pré-colombiana, que possuía elevados princípios astronómicos e matemáticos, a par da Inca e da Azteca, todas desbaratadas pela colonização espanhola na América Latina Nas culturas ancestrais o ano de 2012 é assinalado nos calendários como o “armagedom”, o “apocalipse”’, o “fim do mundo”, “o juízo final”, “o fim de um ciclo”. Nas piores das teorias atingiremos este ano um novo ciclo;
o sexto. Haverá alinhamento dos planetas. Um raio com um período de 5.125 anos sairá do centro da galáxia, provocando fortes tempestades solares e alterando a polaridade do Sol que passará a nascer a ocidente, dizem. Porém, do ponto de vista científico, no próximo mês de dezembro, o sol vai alinhar com o centro da Via Láctea, a nossa galáxia, a que pertence. Trata-se de alinhamento cósmico raro, que acontece uma vez a cada 26 mil anos. Por isso, afirmam que tal alinhamento pode representar o ponto zero no relógio cósmico, marcando o início de uma nova era evolucionária que nos diz: “um novo sol nasce, um novo ano madruga, um novo ciclo galáctico
começa, há uma mudança no eixo da Terra, mudada a orientação angular em dois graus”. Na vida real dão-se erupções solares que podem provocar graves perturbações nas telecomunicações na Terra e no Espaço, assim como nos sistemas de distribuição elétrica. Segundo a NASA, a intensidade de erupções deste tipo equivale a mais de mil milhões de bombas de hidrogénio. Outro efeito são as auroras boreais, provocadas pelo contato das partículas solares com a atmosfera terrestre, que podem ser vistas mais a sul do que é costume, incluindo algumas regiões no norte do Reino Unido, sempre que a intensidade da radia-
ção é alta. Em 1972, uma tempestade geomagnética provocada por um erupção solar interrompeu as ligações telefónicas de longa distância do Estado norte-americano do Illinois e, em 1989, seis milhões de pessoas ficaram sem luz, no Quebec, Canadá. Porém o que preocupa as pessoas que se debruçam sobre este fenómeno é a teoria de que, ao dar-se este tipo de conjunções, a quinta, segundo o calendário Maia, o centro da galáxia dispare o tal raio que excite por demais o Sol, com desastrosas consequências sobre a Terra. Por mim, estou na esperança de ter vida e saúde para passar, tranquilamente como todos os anos, o réveillon de 2012, com um copo de champagne na mão, em alegre algazarra com a família e os amigos. Outra vez: bom ano de 2012, ainda mais feliz 2013. Não se deixem ir em cantigas, a não ser se forem na extraordinária ficção oferecida pelos filmes do género.
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EDUCAÇÃO Parceria com Centro de Novas Oportunidades
Odiana na validação de competências Fruto de parceria com o Centro de Novas Oportunidades (CNO) de Vila Real de Santo António (VRSA) decorreram na Associação Odiana em 2011 diversas ações de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Cidadãos do território vêem assim valorizado o conhecimento adquirido em contextos formais, não formais e informais, ao longo da vida. O Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) do Baixo Guadiana, alocado na Associação Odiana, tem vindo a promover nos últimos meses em parceria com o Centro de Novas Oportunidades de VRSA ações de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). Vários cidadãos têm visto reconhecidas as suas competências que têm, por sua vez, permitido aceder ao 9.º ano de escolaridade. A Odiana abriu as portas a estas acções certificadas que não obedecem a um calendário escolar, podendo ser iniciadas a qualquer altura. Estas formações permitem aos cidadãos concluir ou efectuar um percurso formativo integrado no Catálogo Nacional de Qualificações, de uma forma gradual e flexível, com a possibilidade de o interromper e retomar mais tarde, de acordo com a sua disponibilidade. Estas formações podem variar entre 25 e 600 horas, contribuindo para a obtenção de uma qualificação ou para completar processos de RVCC.
Elevar qualificação A Iniciativa «Novas Oportunidades» tem como principal objectivo a elevação dos níveis de qualificação de base da população adulta. As acções que aqui se acolhem
Formandos mostram garra em validar as suas competências
César Garcia, Marília Rufino e Cláudia Gaspar constituem júri RVCC
dirigem-se a pessoas com mais de 18 anos que não concluíram o 9º ano de escolaridade ou o ensino secundário, tendo em vista aumentar as suas qualificações de base. A criação de um sistema de recuperação efectiva dos níveis de qualificação da população adulta exige a mobilização, adaptação
É objectivo governamental que o reconhecimento das competências adquiridas ao longo da vida em contextos informais de aprendizagem constitua “não só um importante mecanismo de reforço da autoestima individual e de justiça social, mas também um recurso fundamental para promover a
e reforço dos vários instrumentos disponíveis. Destacam-se em particular o reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas (que deverá constituir a «porta de entrada» para a formação de adultos), e a oferta de formação profissionalizante dirigida a adultos pouco escolarizados.
Apresentação literária
«Eu sei um segredo» de poesia Durante dois dias, o Agrupamento de Escolas de Castro Marim recebeu a apresentação do livro de poesia «Eu sei um segredo», da autoria de José Guedes e Carla Mourão, ambos docentes na instituição escolar. Pedro Tavares O primeiro dos dias da apresentação da obra poética «Eu sei um segredo» foi dedicado aos alunos do 2º ciclo, sendo o segundo dia destinado aos leitores mais pequenos; 3º e 4º anos. Assim, cerca de 200 alunos ficaram a conhecer este segredo literário. «Eu sei um segredo» é um excelente livro de poesia, escrito por José Guedes, professor de Língua Portuguesa, e conta com fantásticas ilustrações da professora Carla Mourão, docente de Educação Visual. A obra, publicada pela Editora Estratégias Criativas, e dedicada ao público infanto-juve-
nil, é composta por dez segredos/ poemas/histórias. Durante a apresentação, o escritor José Guedes referiu-se ao poder que a escrita tem; capaz de levar a cultura de diferentes povos ao mundo inteiro e eternizar algumas mensagens através dos livros que todos lemos. Por outro lado, a ilustradora Carla Mourão analisou o seu processo criativo a partir dos poemas que ia recebendo do autor, mostrando aos jovens leitores alguns dos diversos esboços que teve que realizar. A apresentação finalizou com a exibição do poema «Zé love Maria» musicado e cantado por Luís Portugal, antigo vocalista do grupo português «Jafumega».
Docentes escreveram e ilustraram livro para público infanto-juvenil
integração dos adultos em novos processos de aprendizagem de carácter formal”. A oferta deste tipo de formação tem estado concentrada nos activos desempregados ou desfavorecidos, sendo reduzido o número de adultos empregados que passaram por estas ofertas.
Sons Coloridos III Pelo terceiro ano consecutivo, no dia 15 de Dezembro, a E.B. 2,3 de Castro Marim recebeu a festa «Sons Coloridos» que, mais uma vez, teve muita animação. Durante a noite, passaram pelo palco as 10 turmas que têm Educação Musical, apresentando mais de duas dezenas de músicas bem conhecidas. A festa «Sons Coloridos» contou ainda com a Feira do Livro, na
biblioteca escolar, com a entrega de prémios para os melhores leitores do 1º período, para os vencedores do concursos Carta de Natal e Retrato Bebé e com a oferta de uma lembrança colectiva para o Grupo de Teatro Escolar – TeaTroTeca. Destaque também, para além da presença dos alunos, professores e funcionários da escola, para a grande presença de Encarregados de Educação.
Evento foi protagonizado pelos alunos da EB 2,3 Castro Marim
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LOCAL
No Baixo Guadiana luta-se contra portagens
Ação é de luta contra a desinformação que existe na Andaluzia. Comerciantes queixam-se de quebra de receitas na ordem dos 75%.
Municípios do território lançaram campanha de informação em Espanha
O grupo «Casa Caravela», de Vila Real de Santo António, tomou a iniciativa ao publicitar na rádio espanhola que não há lugar a portagens para entrar no Baixo Guadiana. A necessidade de tal ação surgiu após a quebra de receitas que se começou a verificar no início do mês de Dezembro. Dias mais tarde os comerciantes, a Associação de Desenvolvimento da Baixa de VRSA, a Associação de Comércio do Algarve (ACRAL) e os três municípios algarvios do Baixo Guadiana (VRSA, Castro Marim e Alcoutim) juntaram-se numa ação de luta que mobilizou as forças vivas do território. Em causa o fato de os cidadãos
provenientes da Andaluzia estarem a evitar Portugal por pensarem que têm de pagar portagens para percorrer o Baixo Guadiana. Luís Caramada, um dos maiores empresários do concelho, mostrou-se indignado quanto “à desinformação existente no país vizinho, bem como em relação à indicação de portagens à saída da ponte do Guadiana, na entrada de Portugal, que induz em erro que vem do lado espanhol”. Decidido a “lutar contra esta desinformação” uniu-se aos restantes comerciantes que apelaram ao município de Vila Real de Santo António, liderado por Luís Gomes, “para tomar medidas urgentes”, declarou ao JBG .
Castro Marim com investimento de 15 milhões em 2012 O Plano Plurianual de Investimentos do Município de Castro Marim atinge o valor global de € 28.479.035, com o investimento a fixar-se nos € 15.356.411, o que equivale a 54% do orçamento aprovado. O corte acentuado recaiu na despesa corrente do município, mas José Estevens, presidente da câmara, assegura que não está em perigo a “a estratégia de crescimento e desenvolvimento sustentados delineada pelo executivo para o concelho na última década, e que se traduz na atenção colocada nas funções sociais de que são exemplo as acessibilidades, a habitação social, o saneamento básico, o ordenamento do território, o património e a cultura - a prová-lo estão os 10,2 milhões de euros aprovados em orçamento, representando 67% do investimento total”. Em cima de fecho de edição desta edição a nossa redacção recebeu um comunicado de imprensa com as Grandes Opções do Plano (GOP) castromarinense que numa luta contra a a desertificação e o despovoamento registados no concelho, em especial no Interior, continua a canalizar grandes investimentos para as áreas do abastecimento de água e saneamento básico; no valor de 5 milhões de euros aprovados, consituindo-se na maior fatia do orçamento para 2012. Com a conclusão das redes de abastecimento de água e esgotos em 9 localidades das freguesias de Azi-
nhal e Odeleite, a Autarquia procura reunir os meios financeiros necessários para iniciar a 1ª fase do Subsistema Central, obra estruturante e co-financiada pelo POVT, com uma taxa de 80%, num investimento de 3,8 milhões de euros, e que irá garantir água e esgotos a 11 localidades do interior do concelho: Piçarral, Eira Grande, Sentinela, Murteira de Cima, Murteira de Baixo, Portela Alta de Cima, Portela Alta de Baixo, Quebradas, Corujos, Casa Branca e Choça Queimada. Outra das obras prioritárias neste sector é a construção das redes de abastecimento de água e esgotos das localidades de Cabeço de Junqueira, Botelhas, Casinhas e Montes Castelhanos, orçada em 1,2 milhões de euros, dando assim resposta a uma necessidade efectiva há muito reclamada pelas populações locais. Também no campo do saneamento básico deve ser realçada a construção da Estação e Conduta Elevatória da Bernarda. As Grandes Opções do Plano para 2011, em matéria de comunicações, contemplam uma verba de 4,8 milhões de euros. Com adjudicação definitiva, terá início no primeiro trimestre de 2012 a obra de conclusão da Estrada Municipal Altura-Furnazinhas, numa
extensão de 34 Km, com a construção do Troço Eira Verde-Monte Novo/ Furnazinhas, que inclui a edificação de uma Ponte que irá atravessar a ribeira de Odeleite, na povoação de Fortes, num custo total de 3,5 milhões de euros. Ainda no capítulo das vias de comunicação há a destacar uma obra de grande relevo, que está a ser construída na malha urbana de expansão da vila: o reperfilamento da Avenida Poente de Castro Marim (E.M.125-6). Com uma fatia de 2,3 milhões de euros, no orçamento para o ordenamento do território é de destacar a execução do Plano de Pormenor da Área de Negócios do Sotavento Algarvio (ANESA); a Revisão do Plano Director Municipal e o Plano de Pormenor nº 1 de Altura. Na cultura entre a verba de 1 milhão de euros está contemplada a conclusão
Baixo Guadiana unido Assim, os municípios de Vila Real de Santo António, Alcoutim e Castro Marim iniciaram, a 27 de Dezembro, uma campanha junto ao posto fronteiriço da Ponte Internacional do Guadiana, informando os automobilistas oriundos da Andaluzia que não necessitam de pagar portagens para chegar a qualquer um destes três concelhos. Para levar a campanha por diante, uma equipa da Associação de Desenvolvimento da Baixa de Vila Real de Santo António deslocouse, em permanência,para junto do posto de fronteira, informando os automobilistas espanhóis que não necessitam de comprar nenhum dispositivo para entrar no país e que terão à sua disposição duas saídas gratuitas na A22 (Castro Marim/VRSA e Altura/Monte Gordo), como sempre sucedeu. O período escolhido para esta ação coincidiu com a época em que o Algarve é visitado por muitos espanhóis para férias de fim de ano ou em que muitos andaluzes recorrem ao comércio português para comprar os presentes de Reis. Para aumentar a eficácia da comunicação, os municípios criaram um folheto informativo
da obra do Centro Interpretativo do Sal de Castro Marim e a recuperação e consolidação do troço da muralha do Forte de S. Sebastião de acesso ao Castelo. Na habitação social as freguesias de Castro Marim e Altura, vêem em curso as obras de conclusão dos últimos oito apartamentos no lote 6 da Urbanização das Laranjeiras em Altura. No plano social mantêm-se o Cartão do Idoso para benefícios na obtenção de medicamentos. Vão ser atribuídas bolsas de estudo aos alunos e apoios às IPSS’s do concelho com a construção da Unidade de Cuidados do Azinhal, em fase de conclusão, a conclusão da obra do Lar e Centro de Dia de Altura e a construção do Centro Comunitário de Odeleite. “Também é de salientar o investimento que está a ser realizado no programa de recuperação de habitações degradadas”, lembra a autarquia. Ao nível da Protecção Civil e combate a incêndios vai ser dada continuidade ao Protocolo de Colaboração com os Bombeiros Voluntários de VRSA.
Município projeta para 2012 um investimento na ordem dos 54%
trilingue (castelhano, inglês e português) onde se explicam quais as alternativas gratuitas à Via do Infante e se destaca que nada mudou na forma de chegar a Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, não sendo, por isso, necessário comprar qualquer título.
Sensibilização dos media Está igualmente prevista a realização de uma campanha junto dos meios de comunicação da Andaluzia, desenvolvida em conjunto com os comerciantes do Baixo Guadiana, sob o lema «Cruzar a fronteira é grátis». A estratégia de comunicação será acompanhada pela colocação de outdoors em Ayamonte, Huelva e Sevilha e pela distribuição de folhetos informativos junto das cidades espanholas mais próximas da fronteira portuguesa, onde a imprensa andaluza tem evidenciado a falta de informação sobre as formas de utilizar a Via do Infante. À data de fecho da edição do JBG ainda não era possível apurar o impacto desta ação nas receitas dos comerciantes locais. Um saldo a fazer após o dia de Reis - 6 de Janeiro.
«Coração da Cidade» é PME
Excelência 2011 O Grupo Coração da Cidade em Vila Real de Santo António foi galardoado com Estatuto PME Excelência pelo segundo ano Consecutivo. O Estatuto PME Excelência foi atribuído este ano a 1368 empresas, que em vários sectores de actividade, se destacaram pelos melhores desempenhos económicofinanceiros e de gestão.Em Vila Real de Santo António uma das empresas galardoadas foi o Grupo Coração da cidade liderado pelo Empresário Vila Realense Luís Manuel Camarada Rodrigues. O Estatuto PME Excelência foi criado pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) com o objectivo de sinalizar, através de um instrumento de reputação, o mérito de pequenas e médias empresas com perfis de desempenho superiores, e conta com a parceria do Turismo de Portugal, I.P. e dos principais bancos a operar no mercado, designadamente o Banco Espírito Santo, e BES dos Açores, o Banco BPI, o Barclays, a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP e o Santander Totta.
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2012
LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL *
ESPANHA
Literatura Portuguesa El interés creciente que la cultura portuguesa provoca es un fenómeno hoy constatable en cualquier parte del mundo. El éxito de sus cineastas, actores, músicos, turismo, gastronomía, atletas, futbolistas y, ¡cómo no!, novelistas y poetas colocan una y otra vez al país luso en todos los medios. Al atractivo de la marca contribuye no poco el empuje imparable de Brasil e incluso el cada día más perceptible de las antiguas colonias africanas. Sólo por eso es perfectamente explicable y muy bienvenida esta Historia de la Literatura Portuguesa, obra por otra parte con sobrados méritos intrínsecos para su feliz recepción. Tampoco nos parece casual que tan solvente estudio nazca en el seno de la Universidad de Extremadura, donde enseñan su coordinadora, María Jesús Fernández García, y demás redactores: Juan M. Carrasco González, Iolanda Ogando González y María Luisa Trindade Madeira Leal. El volumen ha sido editado por una entidad extremeña, Gabinete de Iniciativas Transfronterizas, 2011, y en sus 522 páginas se recogen multitud de referencias a traductores (Ángel Campos Pámpano, Antonio Saéz), editores, antólogos y estudiosos que en nuestra región se han ocupado del país vecino, tan próximo para Extremadura por razones múltiples.
Los autores realizan un encomiable esfuerzo por dar cuenta de cómo ha ido constituyéndose el canon literario portugués, deteniéndose de modo especial en las cimas señeras de un periplo que va desde los cancioneros medievales (Ajuda, Vaticana, Colocci-Brancutti) o renacentistas (el Cancioneiro Geral), hasta los nombres actuales más reconocidos, “un recorrido a través de los distintos movimientos estéticos e incide en aquellos autores y textos que, desafiando el paso del tiempo y de los gustos, se consideran hoy elementos constitutivos de un patrimonio cultural especialmente rico, formado a lo largo de más de ocho siglos”, según propósito confeso y conseguido.
por Antónia-Maria
Manuel Pecellín Lancharro
Algunas características sobresalientes de la obra son, a nuestro entender, su ánimo exhaustivo (pocos escritores han quedado fuera), intención pedagógica (está redactada con suma claridad), apoyos textuales (especialmente en poesía), generosa contextualización (con muy atinados apuntes socioeconómicos de cada época), anotaciones intertextuales (sin omitir las de otras literaturas, sobre todo la castellana), periodización común (sólo interrumpida en los tiempos últimos, tratados temáticamente) y atención a los aspectos novedosos (comic, historias dibujadas, poesía visual, ciberliteratura). Como resulta lógico, se dedica atención singular a las corrientes, escuelas o creadores portugueses más significativos: las cantigas medievales (de amor, de amigo, de escarnio y maldecir…); los líricos del Renacimiento (Sâ de Miranda) y el insuperable Camôens; el casi único gran dramaturgo portugués, español a medias, Gil Vicente; la eminencia del barroco, el padre Antonio Vieira; el gran mártir de la literatura lusa dieciochesca, José de Silva, “O Judeu” y, ya en época contemporánea, un extraordinario conjunto de escritores entre los que sobresalen figuras como Almeida Garret, Alexandre Herculano, Castelo Branco, Antero de Quental, Eça de Queirós, el extraordinario Fernando Pessoa (al que se
dedican 30 páginas), Sá-Carneiro, José Régio, Mario Césariny y otros nombres ya coetáneos nuestros (Fernando Namora, Miguel Torga, Jorge de Mena, Sophia de Mello, Eugénio de Andrade, Ramos Rosa, Vergilio Ferreria, Ruy Belo y tantos más), presididos por el premio Nóbel, José Saramago o la figura, también mundialmente consagrada, de Lobo Antunes. No quiero terminar sin hacer dos pequeñas observaciones. 1) Entre las muchas e importantes revistas estudiadas (Orpheu, Presença...) nos hubiese gustado ver la extremeña Espaço/Espacio escrito, en la que durante varios lustros tantos autores portugueses publicarían en su propia lengua. 2) Tal vez por esa “contaminación” que impone el trato continuo con otro idioma, se deslizan ocasionalmente usos incorrectos, como “alaud” (p. 203, nota 5), “visión linear” (p. 420), “incertezas” (p. 425), “acerbo” (por “acervo”, p. 466) o “han sido inferiorizados” (pág.483). Mínimas máculas, fáciles de corregir en próxima edición, para un trabajo magnífico.
Mª Jesús Fernández García, Historia de la Literatura Portuguesa. Mérida, Gabinete de Iniciativas Transfronterizas, 2011
El Niño Dios Llega la Navidad, el espíritu navideño va a empezar con grandes deseos de amor y felicidad. El Niño Dios pronto nacerá, donde la Virgen María lo arropará bajo la tierna mirada de San José y los pastores que lo van a visitar. Los tres Reyes Magos se pusieron en camino siguiendo a la estrella para dar homenaje al niño que ha nacido. Qué bonita Navidad toda vestida de blanco preparada para recibir al Niño más amado.
Leticia Mestre. Ayamonte
Poeta
de
La Navidad en Castillejos A esta casa hemos llegao, Señores, cantar queremos… Popular Hasta hace poco, las “cuadrillas” de campanilleros recorrían, incansablemente las calles del pueblo para cantar, casa por casa (tan sólo se respetaban las que tuviesen luto) sus villancicos, acompañándose en sus interpretaciones con los más diversos instrumentos: sonajas, panderetas, campanillas, “jierrecillos”, castañuelas o palillos, botellas, raspadores, conchas, almireces... y zambombas. Estos villancicos, por lo general, se dividían en tres partes: En la primera se pedía el permiso para cantar y la cuadrilla entraba en la casa; en la segunda se desarrollaba la parte central del villancico; y en la tercera la cuadrilla se despedía de los dueños de la casa dándoles las gracias por haberles dejado cantar y por las “perrillas” o “aguinaldo” que hubiesen recibido. La “cuadrilla” llegaba a la puerta de una casa. El “guión” o “capataz” llamaba a la puerta y preguntaba: -¿Se puede cantar? Salvo rarísimas excepciones, los dueños de la vivienda decían que sí, y los campanilleros comenzaban sus cantos. He aquí una muestra de aquellos villancicos, en el que se distinguen
Miguel Gómez González
perfectamente las tres partes:
1ª parte:
A esta casa hemos llegao,/ señores, cantar queremos, que la licencia del Niño/ en la mano la traemos. Entre mi cuadrilla,/ entre sin cuidao, que el amo de casa/ permiso nos ha dao.
2ª parte:
nas de estas fórmulas: Dano el aguinaldo/ si nos lo has de dá,/ que la noche es corta/ y hay mucho que andar. A mi padre, como era confitero, le cantaban así: Anda, Manolito,/ no seas agarrao saca los pestiños/ y los mantecaos. Otra manera de solicitar el aguinaldo era ésta:
La Virgen no tiene aguja/ ni hilo para coser, ni dedal para su dedo./ Se lo dice a San José. -“No llores, María” /- le dice José-. Cogió una varita / y al campo se fue.
Por la ventanilla/ veo relumbrá las cuatro perrillas/ que nos van a dá.
3ª parte:
A la una y media de la noche iba San Cristóbal por medio del mar, con el Niño de Dios en los brazos diciendo: -“¡Ay, Dios mío, ya no puedo más!”
Y nos despedimos/ con muchas penitas, porque no cantamos/ muchas más coplillas. Y nos despedimos/ con mucho fervor, dándoles las gracias/ en nombre de Dios. De forma irónica, se le pedía al dueño de la casa el aguinaldo utilizando algu-
Otras cancioncillas navideñas muy cantadas en tiempos atrás en Castillejos son aquellas que dicen:
En el Cielo se arriendan balcones para un casamiento que se va jasé, que se casa la Virgen María con el patriarca señor San José. A la puerta de un rico avarient
llegó Jesuscristo, lismona pidió, pero el rico, en vez de lismona los perros que había se los achuchó. Pero quiso Dios, que los perros de rabia murieran y el rico avariento pobre se quedó. En la puerta de Santa María la rueda de un carro a un niño trincó, y su madre, triste y afligida, un escapulario del Carmén le echó. No hay que olvidar aquí esos otros villancicos populares como “Madre en la puerta está un niño”, “Resuenen con alegría”, “Los peces en el río”, “El Chiquirritín”.... y “En un rincón del establo”, este último uno de los que se cantaba en esta localidad muchos años atrás.. O este otro titulado “Yo pobre gitanillo”: Yo pobre gitanillo,/ al Niño le diré, no la buenaventura/ que eso no puede ser.
Le diré que perdone/ lo mucho que pequé, y en la nación eterna/ un ladito me dé. Un ladito me dé.../ Sí... Vamos pastores, vamos,/ vamos para Belén, vamos a ver al Niño/ que acaba de nacer Ese Niño chiquito,/ yo me muero por Él, su carita me encanta,/ sus manitas también. Su Madre lo acaricia,/ su Padre cuida de El, y los dos, embelesados,/ contemplan aquel ser. Contemplan aquel ser../ Sí...Si… Todos estos y muchos otros más actuales se siguen cantando, quizá en menor medida que antaño, en Castillejos, muchos de ellos recuperados por la Asociación de Mayores
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LOCAL Saúde Pública em risco
Agrupamento de Defesa Sanitária de Alcoutim sem meios A denúncia de que o Agrupamento de Defesa Sanitária de Alcoutim atravessa extremas dificuldades foi feita pela Câmara Municipal. Solidária, a autarquia atribuiu apoio de 15 mil euros que apenas assegura três dos 10 meses de ordenado em atraso.
ADS recebeu da autarquia alcouteneja apoio solidário de 15 mil euros Francisco Amaral, presidente da câmara municipal de Alcoutim
acudiu a uma situação “de emergência social”, já que o serviço de Defesa
Sanitária diz não ter meios de subsistência financeira desde Março de 2011. Ao longo de 10 meses os oito funcionários da entidade não receberam qualquer vencimento “porque a Direção-Geral de Veterinária não cumpriu o protocolado para 2011 nem para o futuro”. Num comunicado enviado às redacções, Paulo Pina, veterinário e presidente do Agrupamento de Defesa Sanitária, denunciou, por sua vez, uma “situação extremamente melindrosa”, lembrando que “o ADS de Alcoutim foi criado há 23 anos com o objectivo de prevenir e/ ou combater doenças que possam ser transmitidas dos animais para as pessoas e doenças dos animais que prejudiquem a rentabilidade
económica de uma exploração pecuária”. Para garantir o cumprimento dos objectivos referidos, foi criada uma infraestrutura na aldeia de Giões, com equipamento adequado, e foram reunidos oito colaboradores, “que não recebem vencimento há 10 meses”; podia ler-se na nota enviada em Dezembro aos órgãos de comunicação social.
Câmara ajuda com 15 mil euros Perante a gravidade da situação social, provocado pelo incumprimento dos compromissos governamentais em termos de financiamento, a câmara municipal de
Alcoutim transferiu, através de um protocolo aprovado em reunião de câmara 15 mil euros para a instituição. Por sua vez a ADS de Alcoutim compromete-se a cumprir as suas funções ligadas à Saúde Pública no concelho de Alcoutim. “A intervenção autárquica era imprescindível, uma vez que, segundo o presidente da ADS de Alcoutim, a conjuntura económica de recessão, com uma crise instalada e uma descapitalização de todo o sector primário, tornam difícil, senão impossível, o aumento da comparticipação dos associados nos custos de funcionamento da ADS, referiu na ocasião Francisco Amaral, alertando que “outros Agrupamentos de Desfesa Sanitária do país estarão a passar por situações igualmente difíceis”.
VRSA
Em vigor taxa de um euro para pagar Protecção Civil e Bombeiros A petição para a criação de uma taxa municipal de protecção civil, de modo a salvaguardar a estabilidade do corpo de bombeiros local, foi entregue na câmara municipal em Dezembro. As 500 assinaturas foram recolhidas entre os soldados da paz e entre a comunidade do concelho. Nova taxa já entrou em vigor.
Presidente José Neto alerta para situação de emergência A iniciativa partiu da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António que, assim, propôs ao município a criação de uma taxa municipal de protecção civil, tendo
em vista a garantia da estabilidade do corpo de bombeiros local.A petição com 500 assinaturas, que foi entregue na primeira quinzena de Dezembro na câmara municipal, apelou à criação de uma taxa a
aplicar mensalmente a todos os consumidores de água, revertendo, na sua totalidade, para a Protecção Civil e Bombeiros. Uma petição que colheu adesão “entre o corpo de bombeiros, mas também entre a população em geral”, disse fonte do gabinete de comunicação da autarquia municipal que considerou, desde logo, que “a estabilidade do corpo de bombeiros é indispensável para assegurar a segurança daspopulações, constituindo um valor essencial que os munícipes devem apoiar financeiramente”. Entretanto, no passado dia 19 foi aprovada em Reunião de Câmara, a criação da «taxa municipal de protecção civil». Com 16 votos favoráveis da bancada do PSD e 4 da bancada do PS –, tendo contado apenas com os votos contra da bancada da CDU
Taxa aplicada na água A contribuição é incluída na fac-
tura de água emitida pela empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU), terá o valor mensal de um euro e será aplicada quer aos consumidores domésticos, quer não domésticos. Para o presidente da câmara municipal, Luís Gomes, “a exemplo do que já é efectuado noutros concelhos, esta fórmula torna possível dotar os bombeiros com um modelo de financiamento que possibilita uma gestão da tesouraria adequada às necessidades e não apenas baseada na subsidiação”. A Taxa Municipal de Protecção Civil é sustentada pela Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro, que prevê a possibilidade de criação de taxas pela prestação de serviços no domínio da prevenção de riscos e da protecção civil. Destina-se ainda a compensar investimentos realizados na defesa da floresta contra incêndios.
PS é favorável ao apoio
de emergência O Partido Socialista (PS) de Vila Real de Santo António (VRSA) deu o seu voto favorável à proposta do executivo autárquico para a cobrança de um euro mensal aos residentes no concelho de forma a evitar o colapso financeiro da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários (AHBV). O apoio do PS a esta medida de emergência “é uma obrigação moral, tendo em conta que a população não pode deixar de contar com o apoio fundamental dos serviços dos bombeiros”, comunica a concelhia socialista em nota de imprensa enviada às redacções. Jovita Ladeira diz que “o PS também não pode deixar de denunciar que esta triste situação deriva fundamentalmente dos constantes incumprimentos da autarquia em relação aos protocolos de apoio financeiro assinados com a AHBM”, recordando que “o PS desde sempre vem alertando a população para o desvario financeiro do actual executivo autárquico, levando a um insustentável endividamento municipal e à inevitável rotura de tesouraria e consequente falta de capacidade em responder às reais necessidades dos vilarealenses”.
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GRANDE R EP O R TAG EM
Depois de limpa e recuperada vai albergar Assembleia Muni A notícia de que um luxuoso Rolls Royce foi achado debaixo de milhares de papéis no antigo edifício da Alfândega - que, entretanto, serviu também como ninho a muitos pombos -tornou mediática a obra de recuperação que o município de VRSA está a levar a cabo com o objectivo de tornar aquele o espaço nobre para a realização das sessões da Assembleia Municipal.
Susana de Sousa Após reabilitação a antiga Alfândega pombalina passa a acolher as reuniões de Assembleia Municipal Aquele que foi o primeiro prédio edificado na cidade pombalina, mandado erguer pelo Marquês de Pombal no século XVIII, está agora a ser alvo de recuperação por parte da câmara municipal de Vila Real de Santo António, dona do edifício apenas desde inícios de 2011. Uma obra de recuperação que ficou mediatizada a partir do momento em que no meio de milhares papéis e dejectos de pombo foi achado um luxuoso Rolls Royce. “Sabíamos que ali se encontrava um carro, mas estávamos longe de imaginar que se tratava desta relíquia”. O Rolls Royce que foi notícia e alvo de curiosidade da parte de cidadãos, turistas e comunicação social esteve a servir de autêntica tranca à porta do antigo e degradado edifício da Alfândega de Vila Real de Santo António.
João Rodrigues, vereador da câmara municipal pombalina, que coordena a operação de recuperação do histórico edifício, desde logo explicou que a viatura não era propriedade da camarária, mas sim da Direção Geral de Património; “apenas estava ali guardado”. Neste caso «vai-se o carro e ficam-se os papéis», mas este fait-divers já valeu pelo achado e pela atenção que despertou sobre a intervenção da câmara no mais antigo espaço edificado em terra iluminista. Ao que o JBG conseguiu apurar, desde que foi encerrado, aquele edifício começou a servir de depósito de arquivo da câmara municipal de Vila Real de Santo António. Mas o trabalho de limpeza durou longas semanas,
não só pela imensidão de papéis e pela sujidade acumulada, mas também porque este edifício transformou-se, igualmente, ao longo do anos, num depósito dos muitos pombos que aproveitaram a brecha de um vidro partido para fazerem daquele “um pombal de luxo”; como graceja o vereador da autarquia. Foram dias de muito trabalho, mas uma limpeza feita com muito cuidado pela necessidade de preservar o mais possível o interior do prédio com rés-dochão e 1.º andar. A nobreza e história do edifício dão-lhe uma enorme dignidade que também conta a memória da vila iluminista. Por isso, a acompanhar a recuperação do antigo espaço alfandegário está,
desde o início, o historiador Hugo Cavaco e um arqueólogo. O vereador João Rodrigues frisa que “esta fase também será história, portanto há que preservá-la o mais possível”. Originalmente era ali que funcionavam os serviços de fiscalização de todo o pescado e produtos que entravam em Portugal, vindos de Espanha, no século XVIII, cobrando-se também ali os impostos. “É toda esta importância histórica que o município sempre defendeu que deve ser preservada”, conta João Rodrigues que também adianta que “desde o início, 2005, que o executivo liderado por Luís Gomes tem como objectivo recuperar aquele espaço para ali funcionar a Assembleia Municipal, o órgão mais nobre do concelho”. A inter-
venção no edifício mais antigo e emblemático de VRSA iniciou-se em tempos difíceis, mas “não será interrompida pelas dificuldades financeiras”, como garantiu o vereador, recordando que esta intervenção “constitui-se num esforço adicional no sentido que o executivo tem seguido na óptica da recuperação dos património edificado no centro histórico” [ver caixa pág.9]. A recuperação do antigo edifício da Alfândega vai manter toda a arquitectura original do edifício.
A funcionar durante 2012 As obras prolongar-se-ão por 2012, sem data prevista para a sua conclusão. A garantia é que a Assembleia Municipal “deverá
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GRANDE REPOR TAGEM
a antiga Alfândega icipal Luxuoso Rolls Royce estava «arquivado» na Alfândega Apesar de tentarmos saber mais informação sobre o luxuosíssimo Rolls Royce que estava «arquivado» junto a milhares de papéis no edifício da antiga Alfândega o que o JBG sabe é que foi cativado pelos serviços alfandegários vilarealenses entre o final da década de 60 e o início da década de 70 do século passado. De matrícula holandesa não tinha qualquer outro documento que possa contar melhor a sua história. Dentro do Rolls Royce estava guardado um conjunto de cd’s de musica dos anos 60. Trata-se de uma relíquia bastante inovadora para a época. Desde um sistema completamente eletrónico, isqueiros nos bancos de trás e bancos que são autênticos sofás. O veículo apresenta-se (depois de muito bem limpo) em excelente estado de conservação. Apesar de estar guardado num edifício que agora pertence à câmara municipal, a viatura é propriedade do Estado, tendo desde logo a autarquia providenciado a sua devolução.
passar ali a funcionar já em 2012” Actualmente as sessões da Assembleia Municipal decorrem no auditório da Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António e contam com “uma muito satisfatória adesão da população”. O vereador conta que culturalmente VRSA tem uma grande participação dos cidadãos. Apesar de reconhecer o alheamento político que tem aumentado nos últimos anos acredita que a Alfândega poderá dar um novo fôlego e aumentar até essa participação. Com 23 deputados em que CDU, PS e PSD têm assento na Assembleia
Boas práticas de reabilitação urbana de VRSA apresentadas na Assembleia da República O presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, apresentou na Assembleia da República, em meados de Dezembro, as medidas estratégicas que têm sido desenvolvidas no concelho para incentivar a reabilitação urbana e que já foram consideradas um exemplo a nível nacional. A intervenção do autarca vilarealense integrou-se na conferência «Reabilitação Urbana: competitividade e dinâmica das cidades», organizada pelo grupo parlamentar do PSD, que teve lugar no dia 12 de Dezembro, no auditório do edifício novo da
Assembleia da República. “Este é o tempo certo para refletir sobre as oportunidades de valorização dos centros históricos, para que estes espaços sejam entendidos pelos diferentes níveis da administração pública como uma prioridade para ampliar a qualidade de vida e o desenvolvimento económico”, afirma Luís Gomes. “Sabendo-se da crise que atravessa o setor da construção civil, entendemos que as pequenas obras podem gerar um somatório importante não só no âmbito das práticas de regeneração urbana, mas também ao nível das PME [Pequenas e Médias Empresas]”,
prossegue. Da mesma forma, o edil salientou a importância do programa Jessica (Joint European Support for Sustainable Investment in City Areas), que irá disponibilizar 130 milhões de euros para crédito a projetos de regeneração e desenvolvimento urbanos sustentáveis. O Jessica é uma iniciativa da Comissão Europeia, do Banco Europeu de Investimento e do Council of Europe Development Bank para impulsionar instrumentos de engenharia financeira para regeneração e desenvolvimento urbanos sustentáveis.
No concelho de Vila Real de Santo António, têm sido desenvolvidas múltiplas iniciativas para requalificação do seu centro histórico. São os casos da publicação, em Diário da República, do Plano de Pormenor de Salvaguarda do Núcleo Pombalino de Vila Real de Santo António; do processo de classificação como Imóvel de Interesse Municipal do Hotel Guadiana; da candidatura do município ao programa Jessica e do trabalho desempenhado pelo Programa Municipal de Incentivos à Reabilitação de Imóveis (REALCE).
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LOCAL Regulamentos municipais em VRSA
Novo ano traz regras novas para ocupação do espaço público Os proprietários dos espaços de restauração e bebidas vilarealenses, bem como restantes empresários e comunidade em geral, tiveram oportunidade de ver esclarecidos os novos regulamentos de ocupação do espaço público. No decorrer da discussão pública sobre os novos Planos de Ordenamento do Espaço Público na zona pedonal de VRSA e a marginal da Avenida da República, realizaram-se duas sessões de esclarecimento sobre os normativos que especificam as medidas para disciplinar as áreas de esplanadas e que formalizam as regras de ocupação da via pública. Áreas da ocupação do espaço público que passarão a estar devidamente demarcadas e organizadas. A primeira sessão teve lugar no
passado dia 6 de Dezembro no Salão Nobre da Casa da Câmara, e destinou-se a informar os proprietários dos espaços de restauração e bebidas vilarealenses sobre as mudanças impostas pelos novos Planos de Ordenamento do Espaço Público na zona pedonal de VRSA e na Avenida da República (marginal). O Plano de Ordenamento do Espaço Público na Zona Pedonal de Vila Real de Santo António é delimitado entre a Av. da República (Nascente), a Avenida
Socialistas contra taxa máxima de IMI e IRS A concelhia do partido socialista de Vila Real de Santo António reivindica “apoio à classe média” e propõe redução do IMI e renúncia de 2% no IRS. Numa nota enviada às redações os socialistas lembram que “a câmara de Vila Real de Santo António está a aplicar o escalão máximo permitido por lei para o cálculo do IMI e fica com a totalidade dos 5% do IRS dos munícipes com domicílio fiscal no concelho” propõem “a redução de 1 ponto percentual no cálculo do IMI, a renúncia de 2% no IRS dos munícipes com domicílio fiscal no concelho e que os restantes 3% fossem afetos a medidas ativas de emprego expressas no Plano Local de Combate ao Desemprego, proposto em devido tempo pelo PS”. Os socialistas liderados por Jovita Ladeira frisam, na mesma nota aos órgãos de comunicação social, que a proposta para a criação das medidas ativas de emprego “fundamenta-se no facto de VRSA ser um concelho em que o desemprego cresceu 127% nos últimos 3 anos e integra o lote de 4 Municípios do Algarve com maior índice de Rendimento Social de Inserção”. O PS propôs a redução de 1 ponto percentual no cálculo do IMI “porque além da prestação da casa, e de todos os aumentos verificados, as famílias vêem-se confor-
tados com o pagamento do IMI, o que em termos factuais representa mais uma mensalidade”, recordam os socialistas que lembram, ainda, que “no quadro actual as famílias estão a viver momentos difíceis tendo de fazer muitos sacrifícios para pagar o empréstimo de sua casa, são já milhares em incumprimento no pagamento da respectiva prestação”. Os socialistas de Vila Real de Santo António enumeram “os cortes nos vencimentos, os cortes do subsídio de Férias e Natal, o aumento do IVA em vários produtos onde se destaca de 6% para 23% na energia e gás é um quadro que penaliza fortemente o rendimento familiar disponível”. A classe média “é aquela que neste momento é a mais penalizada e está sufocada com as medidas governamentais recentemente implementadas; perde 22% poder de compra, já que o seu rendimento disponível foi fortemente emagrecido”, continua a concelhia do PS que defende que “neste período crítico o Poder Local deve dar um sinal de solidariedade, de alento e de apoio à classe média que representa hoje a classe dos trabalhadores pobres”.
Ministro Duarte Pacheco e a Rua Camilo Castelo Branco (Poente), a Rua General Humberto Delgado (Sul) e a Rua Conselheiro Francisco Ramirez (Norte). Foi aprovado em reunião de Câmara, a 4 de Outubro, e incide sobre 38 estabelecimentos de restauração e bebidas. Já o Plano de Ordenamento do Espaço Público de Ocupação com Esplanadas para a Avenida da República foi aprovado na reunião de Câmara de 19 de Julho de 2011.
As regras estipuladas nos dois planos serão de cumprimento obrigatório a partir do dia 1 de Janeiro de 2012, pelo que a autarquia já se encontra a efetuar sessões de atendimento semanais, para todos os interessados, às sextas-feiras, das 10h às 12h30. A segunda sessão de esclarecimento decorreu no dia 7 de Dezembro, também no Salão Nobre, e destinou-se a clarificar dúvidas sobre o Projeto de Regulamento Municipal de Ocupação do Espaço Público, Mobiliário Urbano e Publicidade de VRSA. O novo diploma foi publicado em Diário da República, no dia 21 de Outubro, encontrando-se a
decorrer o processo de discussão pública.
Regularizar e valorizar ocupação de espaço público O regulamento pretende dotar o município de um instrumento que regule e valorize as condições de ocupação do espaço público na área do município de VRSA, evidenciando as responsabilidades da autarquia e dos munícipes. Contém mecanismos para garantir o cumprimento das regras de ocupação do espaço público; seja com mobiliário urbano, publicidade ou exposição de produtos, salvaguardando a imagem do concelho e a segurança dos cidadãos.
Pescadores prometem mais fainas solidárias Depois de oferecem a pescaria às Instituições «Mão Amiga» e «Santa Casa da Misericórdia» de Vila Real de Santo António, os pescadores prometem mais ações do género.
Um momento de grande simbolismo para “repetir mais vezes ao longo do ano”, asseguram pescadores Em tempo de Natal a Associação de Pescadores Santo António de Arenilha, de Vila Real de Santo António, levou a cabo a 10 de Dezembro passado uma ação de beneficência que consistiu na doação de todo o peixe resultante da faina desse dia a Instituições Públicas de Solidariedade Social do concelho. No total foram entregues cerca de 64 quilos de peixe, capturados por seis embarcações, que foram entregues pelos pescadores aos responsáveis das instituições. As instituições contempladas com esta oferta foram
a «Santa Casa de Misericórdia» e «Mão Amiga», instituições que fornecem refeições aos mais carenciados do concelho. A acompanhar esta doação esteve presente o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António acompanhado de alguns vereadores. Para os elementos da Associação de Pescadores Santo António de Arenilha tratou-se de “um momento de grande simbolismo” para “repetir mais vezes ao longo do ano”. A referida Associação está ainda a levar a cabo outra
iniciativa solidária, que consiste na recolha de brinquedos em segunda mão, mas em bom estado, para oferecer posteriormente a crianças carenciadas. Os respetivos brinquedos podem ser entregues na sede da Associação, nos dias de semana a partir das 16h e ao fim-de-semana, ao longo de todo o dia. Para José Romão, Presidente da Associação de Pescadores, “se todos ajudarem, com simples gestos, será possível proporcionar um Natal mais feliz a várias crianças”.
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LOCAL No concelho nordestino algarvio
Lar de Alcoutim equipado ganha sala de fisioterapia O projeto nasceu na autarquia alcouteneja, que, há quatro anos, contratou um fisioterapeuta para responder aos problemas de uma população envelhecida e com dificuldades de acesso aos tratamentos, por questões económicas ou de mobilidade. Com o aumento do número de utentes a recorrer à terapêutica, houve necessidade de ampliar e adequar o espaço.
Fisioterapia permite recuperação de AVC’s e pode e travar os problemas de foro músculo-esquelético
O Lar e Centro de Dia de Alcoutim tem agora uma sala de fisioterapia. Um espaço amplo, iluminado e totalmente equipado e adequado às necessidades e problemas dos idosos, onde, com a ajuda de um fisioterapeuta, poderão melhorar a sua qualidade de vida. O projeto nasceu na autarquia alcouteneja, que, há qautro anos, contratou um fisioterapeuta para responder aos problemas de uma população envelhecida e com dificuldades de acesso aos
tários de Alcoutim (AHBVA) e foram entregues 10 mil euros para o efeito. “É um conceito inovador, que devia servir de exemplo a outros Lares do país”, afirma o presidente da autarquia alcouteneja, Francisco Amaral, garantindo ainda que “isto aumenta substancialmente a qualidade de vida dos nossos idosos. Com a fisioterapia podem recuperar de AVC’s e travar os problemas de foro músculo-esquelético, que tanto afetam esta faixa etária”.
tratamentos, por questões económicas ou de mobilidade. Com o aumento do número de utentes a recorrer à terapêutica, tornou-se necessário ampliar e adequar o espaço onde decorriam as sessões de fisioterapia. O Lar de Alcoutim, que já acolhia esta iniciativa, procurou então o apoio da câmara municipal para reabilitar o espaço. Neste sentido, a autarquia estabeleceu um protocolo com a Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-
Clínica desportiva e de saúde avança
O complexo desportivo de Vila Real de Santo António vai crescer ao nível da assistência ao desporto, mas também na integração de especialidades médicas.
Decorre concurso para clínica. Candidatos devem operar na área da saúde há três anos Tal como anunciado este ano por Luís Gomes, edil pombalino, é para avançar a clínica desportiva e de assistência à saúde com aplicação de técnicas cubanas. “A unidade estará especialmente vocacionada para as áreas da fisiatria e ortopedia na área do diagnóstico e pretende criar, em VRSA, um lugar privilegiado para a recuperação física dos milhares de atletas que anualmente visitam o Complexo Desportivo”, esclarece a autarquia em comunicado, dando conta que o processo de concurso está a cargo da empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU) que “pretende que aquele equipamento se transforme num «hub» preferencial das selecções participantes nas Olimpíadas de 2012, em Londres, o que permitirá ao espaço
alavancar, nos anos vindouros, um fluxo contínuo de atletas”. A comunicação municipal adianta que “não está excluída a possibilidade de a clínica vir a oferecer outro tipo de serviços e técnicas de reabilitação, tendo por base o protocolo estabelecido com os serviços de saúde da República de Cuba”. O executivo liderado por Luís Gomes acredita que este é um “projeto inédito que permite desenvolver novo cluster no concelho e contribuirá para diminuir ainda mais a sazonalidade turística. A inauguração deve ocorrer no primeiro trimestre de 2012”. Entretanto, a empresa municipal já abriu um procedimento por negociação para a exploração de uma clínica desportiva no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António. Para
poderem apresentar propostas, os candidatos deverão operar na área da saúde há três anos e disponibilizar profissionais de qualidade e experiência reconhecida. A área desta clínica vai compreender 1400 metros quadrados, distribuída por dois pisos, o que permitirá integrar a valência no próprio local de treino dos atletas. O espaço vai ser arrendado. “A esta clínica irá somar-se a criação de um Centro de Estágios, cujo concurso público para a sua atribuição e concessão foi já aberto. O futuro Centro de Estágios ficará localizado na parte adjacente a Este do Complexo Desportivo e terá como fundamento a disponibilização de cerca de 600 camas, naquela que é uma das principais estruturas desportivas do Algarve”, explica a autarquia. A viabilidade económica do projecto será da responsabilidade do concessionário a quem “caberá ainda a responsabilidade de angariar um número mínimo de utilizadores pagantes diários equivalente a 20 por cento das camas propostas no equipamento, garantindo à SGU o pagamento de uma compensação financeira em caso de incumprimento”. Para o presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António, com estes dois novos equipamentos, o concelho torna-se “no primeiro município do Algarve a apostar, de uma forma integrada, no turismo desportivo e de saúde”. Recorde-se que o Complexo Desportivo de VRSA está acreditado pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) desde 2002.
O subsídio atribuído serviu ainda para renovar o mobiliário da sala de estar dos idosos, agora mais colorida e com cadeiras ergonómicas, e para recriar o espaço da capela.
Novo ano arranca com a construção do Lar de Balurcos O Lar terá capacidade para 30 camas e vai incluir os serviços de centro de dia e apoio domiciliário. A Associação de Solidariedade Social, Cultura, Desporto e Artes dos Balurcos, responsável pela obra, assinou a 12 de Dezembro o contrato com a construtora, assegurando o início da obra no mês de Janeiro. O Lar terá capacidade para 30 camas e vai incluir os serviços de centro de dia e apoio domiciliário. A construção desta infraestrutura vem ajudar a colmatar a carência de equipamentos sociais de apoio à população idosa, um dos grandes problemas dos concelhos envelhecidos. O custo total da obra é de 1.950.582, 36 euros, comparticipando a autarquia alcouteneja 1. 114.872, 96 euros e o POPH (Programa Operacional de Potencial Humano) 835. 709, 40 euros. Com a construção do Lar de Balurcos, a longa lista de espera para entrada no Lar de Alcoutim será atenuada. O presidente da câmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, manifesta preocupação com a desistência de muitas candidaturas já aprovadas no âmbito do PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), dada a dificuldade das IPSS’s em conseguir financiamento para executar a obra. O autarca alerta para a necessidade de mais equipamentos sociais de apoio ao idoso, face ao envelhecimento da população portuguesa, que se tem acentuado nos últimos anos.
Castro Marim
Idosos
praticam
desporto O Programa de Actividade Física Adaptada de Apoio ao Lar da Santa Casa da Misericórdia um conjunto bastante diversificado de actividades que perseguem diversos objectivos. A Câmara Municipal de Castro Marim, pelo segundo ano consecutivo, tem em desenvolvimento um Programa de Actividade Física Adaptada de Apoio ao Lar da Santa Casa da Misericórdia “numa política de proximidade e cooperação com as instituições particulares de solidariedade social do concelho”. O Programa contempla um conjunto bastante diversificado de actividades físicas que tem como finalidade o desenvolvimento da massa muscular, o desenvolvimento da flexibilidade, da coordenação geral e, ainda, o aumento da auto-estima e o reforço das relações afectivas entre os utentes daquela instituição da vila de Castro Marim. Esta ação, na qual participam quatro dezenas de idosos, realiza-se às segundas e quartas-feiras, sendo ministrada por um técnico da Unidade Orgânica de Cultura e Desporto da Autarquia. “O Programa de Actividade Física Adaptada é bem revelador das preocupações de ordem social que o executivo municipal tem para com uma faixa importante da população do concelho, os idosos, cidadãos que tiveram um papel activo na construção da nossa comunidade, os quais queremos continuar a apoiar e a acarinhar para que possam dispor de qualidade de vida e cuidados de saúde nas IPSS’s o¬nde vivem, como é o caso da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim”, diz a autarquia em comunicado.
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LOCAL Rui Roque ao JBG
Vila Real de Santo António é referência na construção naval Rui Roque, engenheiro, proprietário da Nautiber e da Rui Vilar, um volume de negócios de seis milhões de euros, razoável carteira de encomendas, um gestor de empresas com alto valor de inovação tecnológica é o entrevistado do JBG. Adquiriu recentemente os estaleiros da Conafi. Falámos sobre os planos de expansão estrutural da Nautiber, da barra do Guadiana, da zona industrial norte de Vila Real de Santo António e da Área de Negócios do Sotavento do Algarve, no mercado internacional e das possibilidades de expansão das empresas sob a sua alçada. José Cruz Primeiro faz questão de nos mostrar o espaço físico onde desenvolve a atividade. Os estaleiros da Nautiber, um espaço acanhado para a necessidades, quase sem lugar para colocarem os moldes. Depois a Conafi, cuja propriedade adquiriu recentemente e onde pensa concentrar a maior parte do trabalho, para obter ganhos de produtividade. Tem grandes armazéns, dois carros de lançamento e um espaço por ocupar de cerca de 5.000 m2, para onde pode subir várias embarcações para serem reparadas. Aí, mostra-nos um produto inovador, à base de um poliéster revestido a fibra de vidro. A aplicação deste material, produto da investigação da empresa, na construção das embarcações, permite diminuir substancialmente o peso dos navios, com ganhos de velocidade e poupança de combustível. É também ideal para aplicar nas lanchas rápidas de patrulhamento costeiro. Ali estão já prontos dois atuneiros em fibra de vidro para a Região Autónoma dos Açores, a aguardar a inspeção do organismo sucessor do IPTM, mais duas embarcações de 14 metros e uma de 20 metros. Rui Roque considera que Vila Real de Santo António é uma “referência a nível nacional na construção naval” e mostra-se bastante entusiasmado com esse reconhecimento que amplia as potencialidades na indústria. Neste momento tem trabalho até meados do próximo ano e a expectativa de, a curto prazo, conseguir mais trabalho. É também de Rui Roque a responsabilidade pela prospeção comercial e a “empresa desenvolve neste momento um grande esforço para contribuir para as exportações portuguesas para as ex-colónias portuguesas, em especial Angola e Cabo Verde. Está também terminada uma construção para Moçambique”.
O empresário Rui Roque defende a abertura da barra do Guadiana para o rejuvenescimento da frota de pesca “No aspeto comercial, a empresa sempre teve muito trabalho, sem ter grande necessidade de desenvolver um grande esforço de promoção, ajudada pelo bom nome que a cidade tem na área da construção naval e dos muitos que, ao longo dos anos, se esforçaram por desenvolver nesta área um trabalho de grande qualidade”, diznos orgulhoso de estar, de alguma forma a herdar os pergaminhos das empresas da margem direita do Guadiana. O mercado para as embarcações turísticas também teve um bom desenvolvimento, ajudado por algum tipo de apoios do Fundo de Turismo. Ali está a ser construído um enorme catamaran com estética mais futurista, para operar na Ria Formosa. Considera que o futuro tem
de passar pela exportação, onde há uma grande probabilidade de sucesso. A dificuldade neste tipo de encomendas prende-se com o facto da venda do produto físico ter de estar associada a um produto financeiro e a conjuntura ser difícil para este tipo de garantias, também afetadas pela crise. Está, neste momento, a decorrer um grande esforço estrutural. A empresa está divida por cinco locais: Nautiber, Rui Vilar, antigas instalações da Conafi, já utilizadas há quatro anos, antes da aquisição recente; pela Zona Industrial, onde a empresa possui dois pavilhões e, ainda, por um espaço na doca de pesca. O objetivo é concentrar a atividade nas novas instalações e diversificar nas áreas da reparação e parqueamento.
Tendo em atenção que a câmara municipal de Vila Real de Santo António tem anunciado sucessivamente a opção de requalificar a marginal do Guadiana onde se encontram os estaleiros para ali ser exercida a atividade do turismo, não resistimos a perguntar se, face ao esforço estrutural que estão a fazer, ficariam disponíveis para uma relocalização. Rui Roque não hesita: “Estamos disponíveis para a requalificação, para a Zona Industrial Norte, quando ela estiver feita. Existe uma rampa, a norte da doca que pode ser utilizada e até já tentamos obter autorização do IPTM para ali instalarmos, para já, uma área de reparação naval. Não tem havido grande recetividade e o preço era demasiado elevado. Esperamos o que pode
acontecer com a nova reestruturação na cúpula e as mudanças no ministério. Sou otimista por natureza.” A área de negócios do sotavento pode ser uma opção, embora a sua execução ainda esteja demorada. Quanto à barra do Guadiana, embora seja de opinião que ela deve ser aberta o mais depressa possível, para os estaleiros ainda não é determinante, porque os novos barcos podem esperar pela maré para sair. Importante é para o rejuvenescimento da frota de pesca e da atividade comercial que se queira para o porto, “que também muito ajudaria a viabilidade dos estaleiros navais”.
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LOCAL Iniciativa Odiana
Baixo Guadiana é destino Lifecooler após sucesso em feiras de turismo O maior canal de viagens e lazer em Portugal da Internet vai promover o território do Baixo Guadiana. A associação Odiana é a promotora e espera atrair turistas de todo o mundo aos concelhos localizados na margem lusa do Guadiana.
Site pretende promover e atrair turistas ao Baixo Guadiana
Território está disponível no maior site de viagens e lazer A política de promoção do turismo e lazer do Baixo Guadiana está a crescer e após a participação bem sucedida em certames internacionais da especialidade - tendo, inclusivamente, ganho em Jaén o prémio «Destino Turístico Internacional» - a nova aposta é na promoção via internet. O Baixo Guadiana já se encontra disponível no diretório Lifecooler e o objetivo é colocar o território como destino turístico de referência nacional e além-fronteiras.
O sentido de evolução na área é dinamizar ao máximo a imagem turística do território e mostrar as suas potencialidades para os cerca de 2 milhões de visitantes/mês que acedem ao site à procura dos melhores destinos turísticos e de lazer. Lifecooler é actualmente uma referência do lazer e do turismo a nível nacional, dando a conhecer atividades e destinos de norte a sul de Portugal, com informação atualizada sobre uma vasta oferta existente. De recordar ainda que este site recebeu a distinção máxima
na «1-ª edição do Prémio Turismo – Valorização do Espaço Público», promovida pelo Instituto de Turismo de Portugal (ITP), na categoria «Serviços», sendo o mais completo Portal Nacional de lazer e viagens, através do qual passou a existir uma fonte de informação completa e organizada sobre os recursos turísticos nacionais. De acordo com Valter Matias, diretor-executivo da Associação Odiana, “o site Lifecooler consegue ir ao encontro das expectativas de todos aqueles, sejam cidadãos nacionais
ou turistas, que procuram sugestões de passeios, alojamentos, restauração, da sua oferta cultural, natural e desportiva, ou ainda de espetáculos, enfim, de tudo aquilo que de melhor acontece numa determinada região”. Oresponsável que assegura que “no Baixo Guadiana a oferta é cada vez maior e de qualidade”. O diretor excutivo garante que esta “é uma aposta acertada e no timming certo para promover o Baixo Guadiana”. A promoção no sítio da internet é feita através de uma
«janela» aberta para o património do Baixo Guadiana já disponível em: www.lifecooler.pt
Para 2012 estão em carteira mais acções de dinamização, entre elas a participação na BTL já no próximo mês de Fevereiro. O objectivo é concretizar uma estratégia turística conjunta e estruturada ao nível do património, cultura e ambiente na região transfronteiriça do Baixo Guadiana.
Em Alcoutim
Pereiro vai ter parque de Auto Caravanismo Espaço tem lugar para 16 caravanas abastecerem-se de água potável, carregar baterias e libertar águas residuais. Iniciaram-se no final de 2011 os trabalhos de construção do parque de merendas e auto caravanismo do Pereiro, junto à barragem. O espaço do parque de merendas vai ser equipado com mesas e bancos e arborizada com zambujeiros e pinheiros mansos. Dotado de grelhadores, instalações sanitárias e zona de estacionamento
automóvel, o parque de merendas vai ter também uma plataforma para a prática informal de desporto. O equipamento de apoio ao auto caravanismo tem lugar para 16 caravanas e será idêntico àquele que já foi criado em Alcoutim, permitindo aos caravanistas abastecer-se de água potável, carregar baterias e libertar águas residu-
ais, nas devidas condições sanitárias. A estação poderá ser usada por dois veículos em simultâneo e será “self-service”, com utilização de moedeiro. A obra custa 174.900,00 euros, sendo cofinanciada pelo PO Algarve.
Parque vai ter lugar para 16 caravanas e custa cerca de 175 mil euros
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PUBLICIDA D E
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25 Dezembro 2010 07 Fevereiro 2011 [Banif] 17 Junho 2011 [BCP] 01 Agosto 2011 10 Agosto 2011 21 Setembro 2011
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Suplemento quadrimestral
Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA
Ano 3 - Nº10
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JANEIRO 2012 Este suplemento não pode ser vendido separadamente
a g o i a 2 u r c g n í b fi L /201 a o á d o 2011 se r o c fi g v á o gr ivo de ende- na o o t t r r N O o let e est des o O d o r a o a d n d c n d a a o o i i A t d o r n A cord licação dduocativoobnrigatorisiemos eçeão do Diá n blica p ma e 2 a A a a g a r 1 o aobrigatósriaano sisetiero de 2s0erviçosc,omo à pu É tugue de Jan os os , bem Por esde 1 e a tod overno e d Governo ia do G ao endênc. dep ública Rep
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ALCOUTIM
CASTRO MARIM
VRSA
Concurso ajuda no Acordo Ortográfico
Crianças recuperam valores da terra
Casas do Forno fazem as delícias
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Associação de Pais promove Acordo Ortográfico Alunos da EB1 de Alcoutim, visitaram Lar e Centro de Dia No dia 15 de Novembro, um grupo de alunos e professores da EBI de Alcoutim (1º e 2º anos), deslocou-se ao Lar da terceira idade da vila de alcouteneja, para aí confraternizar com os idosos e reforçar os laços que unem a escola à comunidade
local. Nesse encontro especial, duas gerações encantaram-se com histórias partilhadas, entre os mais novos e os mais velhos. Da experiência marcante para todos, resultou este texto coletivo, elaborado pelos alunos.
Concurso semanal ajuda à adaptação para o português mais atualizado. A Associação de Pais da Escola Básica Integrada de Martinlongo, concelho de Alcoutim, está a levar a cabo em parceria com a biblioteca escolar da escola, um concurso que tem como objetivo ajudar os mais novos a adapta-
Projeto Connecting Classrooms acolhe Castro Marim Alunos e professores da EB 2,3 de Castro Marim estiveram em Londres, Inglaterra, no âmbito do projeto Connecting Classrooms.
Crianças e seniores reforçaram laços entre escola e comunidade
“Hoje nós fomos visitar os idosos do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim. Primeiro, nós cantámos a canção «Bom dia» para cumprimentar todas as pessoas. Seguidamente, a Dona Jerónima leu-nos a história «Uma para cada pessoa» e propuseram-nos a elaborar um trabalho com uma árvore das estrelas. A educadora trouxe o microfone e nós contámos a história «Perto da lua». Depois, outras senhoras contaram histórias e o avô do Ricardo, o senhor Manuel, ofereceu-nos desenhos por si pintados. No final, despedimo-nos, cantando novamente e recebemos rebuçados. Todos adorámos ir ao Lar fazer esta visita e partilha. Lá, nós deixámos uma mensagem:
rem-se ao Acordo Ortográfico. Assim, todas as semanas há uma prova a superar que consiste em completar uma frase com a palavra correta no português atual. Para participação os alunos devem dirijir-se à biblioteca da escola onde poderão encontrar a prova a superar. A organização promete para os grandes vencedores “muitas surpresas” no final do ano letivo. O JBG sabe que o prémio será um cheque-prenda para gastar na papelaria da escola.
Foi já em 2011, mas abriu boas perspectivas de futuro, a reunião no âmbito do projeto Connecting Classrooms, que contou com a participação de professores e alunos da Escola E.B. 2,3 de Castro Marim e da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, de Faro.Estas escolas compareceram em representação das sete escolas do Algarve envolvidas neste projeto internacional. A reunião londrina teve como principais objetivos a apresentação da proposta de atividades das escolas algarvias, bem como
o debate de ideias com os docentes dos outros países e a planificação conjunta do trabalho a desenvolver no corrente ano letivo. Connecting Classrooms é um ambicioso projeto de três anos promovido pelo British Council, em articulação com o Ministério da Educação, através da Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Teve o seu início no ano letivo de 20102011 e conta com a participação de várias escolas do Algarve, bem como da Inglaterra, República Checa e Grécia. Através da ligação sinérgica de escolas, alunos, professores e respetivas comunidades educativas, Connecting Classrooms visa a concretização de um projeto comum sob o tema geral da «Inclusão». Os jovens estudantes dos diversos países envolvidos tiveram um papel fundamental na reunião. Para além
de toda a colaboração prestada na planificação das atividades, coubelhes a autoria da designação Optimistic Interaction (Oi!), atribuída ao nosso núcleo, e que traduz a principal finalidade de todo o trabalho a desenvolver nestes próximos dois anos: fomentar uma interação salutar que promova o diálogo entre diferentes culturas. No passado mês de Novembro desenvolveram-se “três dias de trabalho intenso e muito produtivo”, afirma a equipa que se deslocou a Londres que recorda que se tratou de uma “experiência inesquecível e profundamente enriquecedora”. Docentes e alunos de Castro Marim aguardam “novas e estimulantes notícias sobre este valioso projeto que promete agitar a comunidade algarvia”.
3ª Indíviduo merecedor De respeito e confiança, Afetos e alegria Dignidade e diversão Estímulos e simpatia…
… vos trazemos do fundo do coração!
Projeto internacional juntou alunos de Portugal (Algarve), de Inglaterra, República Checa e Grécia
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«Valores da minha Terra» Iniciativa pretende relevar os valores do concelho de Castro Marim. A biblioteca municipal de Castro Marim está a desenvolver a iniciativa «Valores da Minha Terra». Os objetivos são: dar a conhecer os produtos tradicionais do concelho de Castro Marim e suas utilidades; desenvolver a criatividade e imaginação dos mais jovens na criação de uma história; estimular o gosto e o interesse pela leitura como fonte de informação e recreação; integrar as atividades culturais nas ações do ensino formal e estimular a imaginação e criatividade das
crianças e o gosto pelas artes. Com os alunos do pré-escolar é levada a cabo a animação da leitura de uma história baseada no tema da atividade (produtos tradicionais do concelho) e é elaborada uma personagem participativa da história através da expressão plástica. Já com 1º ciclo é levada a cabo a leitura de textos realizados por autores do concelho de Castro Marim e ilustração dos respetivos trabalhos alusivos aos produtos da nossa terra. Elaboram-se quadras dedicadas ao tema escolhido. Há espaço para avaliar os trabalhos realizados por todos a fim de promover um trabalho coletivo entre alunos e autores do concelho de Castro Marim.
O campo e a Cidade As mensagens dos nossos leitores devem ser enviadas para: olhocriticojbg@gmail.com
Iniciativa é dirigida a alunos do pré-escolar e 1º ciclo
Crianças recriam antigas «Casas de Fogo» Atividade permite uma viagem no tempo. As típicas cozinhas algarvias estão em destaque. A cozinha, organizada em torno da chaminé, era geralmente a casa de entrada nas habitações rurais e lugar central no quotidiano da família. Aí, nas palavras do etnógrafo Benjamim Pereira “se fazia o fogo, preparam-se os alimentos, as pessoas comiam e reúniajm-se nos tempos de pausa que marcam o ritmo do ciclo diário dos trabalhos. No desconforto geral das habitações do nosso arcaico mundo rural, era o lugar mais acolhedor e hospitaleiro.” A «casa do fogo», como lhe chamam no Algarve, era a divisão da casa onde os alimentos eram conservados e cozinhados, geralmente em
panelas de barro ou ferro, no lume de chão. À roda do fogo juntava-se a família para a refeição, sentada em bancos ou cadeiras baixas de buinho ou tabua. Era também um espaço de convivialidade onde aos serões se partilhavam acontecimentos diários, estórias e contos do nosso imaginário popular. Como eram antigamente as nossas cozinhas? Como que se cozinhava no lume de chão junto à chaminé? Como é que o fumo saía das casas? Que recipientes e utensílios se utilizavam na preparação dos alimentos e às refeições? Como e onde eram conservados os alimentos? São algumas das questões a que se procurou dar reposta nas Oficinas “Casas de Fogo” que a câmara municipal de Vila Real de Santo António organizou, nos meses de Novembro e Dezembro, no Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela (CIIPC) em Santa Rita. Crianças de 3 turmas do
1º ciclo de Vila Nova de Cacela e Vila Real de Santo António envolvidas no projeto educativo “O que comiam os nossos avós? A alimentação no Sotavento Algarvio” foram desafiadas a criar miniaturas de antigas cozinhas da nossa região. Depois de uma sensibilização sobre as relações entre a alimentação e as formas do homem se relacionar com os recursos naturais e habitar o território, começaram por construir a estrutura das casas e de diferentes tipos de chaminé, passaram para as pinturas
com pigmentos naturais da região, terminando com a modelagem e recorte do mobiliário, recipientes, utensílios e alimentos que integravam as antigas cozinhas. Uma forma divertida, engenhosa e criativa de ficar a conhecer melhor estas heranças materiais e imateriais ligadas à cozinha e alimentação.As cerca de duas dezenas de casas de fogo, construídas por estes pequenos artífices, serão expostas, no primeiro semestre de 2012, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas.
CIIPC de Santa Rita organizou a viagem ao tempo das «casas de fogo»
Jogos Tradicionais em Vila Nova de Cacela No segundo período letivo os jogos tradicionais serão para os alunos do 1º e 2º ano do Ensino Básico. Os alunos do 3º e 4º ano da Escola Básica de Vila Nova de Cacela estiveram em Dezembro, no Pavilhão daquela freguesia, para disfrutarem de uma manhã desportiva no III Torneio do Jogo dos 10 Passes. Nos jogos participaram 12 equipas (6 equipas do 3º ano e 6 do 4ºano), num total de 65
crianças, que foram acompanhadas pelos seus professores. No decorrer da manhã foram entregues os diplomas às equipas vencedoras: 3º Ano “Os Falcões” e do 4º Ano “Os Campeões”. O torneio está integrado no plano de atividades do 1º ciclo e foi realizado pelos professores das AEC’s em parceria com os professores titulares. As equipas e respetivos nomes são da autoria dos alunos. No próximo período letivo os jogos tradicionais serão para os alunos do 1º e 2º ano do Ensino Básico.
Numa casa no meio do campo vivia um rapaz cuja sua vida era de muito trabalho e quase não sabia o que era uma cidade ou uma vila. Ele mal sabia escrever e ler, mas tinha muita curiosidade em sabê-lo. Na cidade vivia uma rapariga que era totalmente o oposto do rapaz. Ela não sabia o que era trabalhar e também não sabia como havia alguém que fosse analfabeto. A rapariga apesar de viver na cidade tinha uma tia que vivia ao lado do rapaz. Certo dia a mãe da rapariga ficou doente e esta teve de ir para a casa da tia. A rapariga conheceu o rapaz e achou-o bonito e ele também a achou bonita. Como a tia não tinha tanto dinheiro como a rapariga, esta tinha de trabalhar como o rapaz. A rapariga como não percebia nada do campo, fez um acordo com o rapaz, em que consistia em que o rapaz tinha de ajudar a rapariga no campo e esta tinha de o ensinar a ler e a escrever. Cada dia que passava o rapaz sabia ler e escrever melhor e a rapariga já sabia algumas técnicas do campo. Dia após dia o amor entre ambos crescia, até que uma vez se beijaram. Eles tomaram a decisão de assumir tudo perante as famílias, mas na hora em que iam contar tudo, a rapariga recebeu a notícia que a mãe já estava melhor e a rapariga tinha de voltar para a casa da mãe. Quando o rapaz soube da notícia, este ficou muito abalado com a partida da sua namorada. Quando a rapariga chegou a casa contou tudo o que tinha com o rapaz á sua mãe e esta sugeriu que ele viesse morar para sua casa e começa-se a trabalhar na cidade. O rapaz quando soube da proposta da mãe da rapariga foi falar com os pais e estes autorizaram a ida dele para a cidade. Alguns anos mais tarde a namorada do rapaz tornou-se mulher dos seus filhos e a rapariga ainda lembra que a vida não era 5 estrelas para toda a gente, pois o rapaz quando ela o conheceu era analfabeto. Marlene Rosa 13 anos
Alunos de Vila Nova de Cacela desfrutaram de manhã desportiva
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Festejar as tradições pelos alunos do 1.º ano da EBI Alcoutim
No dia 11 de Novembro, festejámos o S. Martinho na nossa escola. De manhã, fomos à sala dos alunos do 1º B ler a mensagem da família, que trouxemos dentro das castanhas. Na nossa sala pintámos um desenho
CASTRO MARIM Festa de Natal Pré-Escolar
alusivo ao S. Martinho, que colocámos no caderno. O professor de música trouxe a sua viola e ensaiámos a música «Magusto», para cantarmos no refeitório. À tarde, todos os alunos, professores e auxiliares da escola participaram no Magusto. Todos comemos castanhas assadas e bebemos chá e groselha. Os alunos do Primeiro Ciclo cantaram canções e mostraram as mensagens vindas das famílias.
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ENTREVIS TA
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ENTREVIS TA Distinguido internacionalmente
E-book divulga romance de sobre a Biologia do Envelh Rui Zambujal é biólogo e também escritor. Nasceu em Lisboa em Novembro de 1963 e desde muito novo que o envelhecimento das pessoas o intrigava muito. Daí que, desde a sua adolescência um de seus principais interesses fosse a biologia do envelhecimento. Para Rui Zambujal a vida funciona como uma lâmpada de Aladino e os seus três desejos. Só que em lugar de estabelecermos prioridades na satisfação dos nossos pedidos, eles deviam ser sempre os mesmos: desejar, desejar, desejar. Ou seja, deveríamos pedir para ter sempre mais desejos, para ter vontades sem fim. Porque isso é que é vital. E o envelhecimento é justamente desejar cada vez menos. Em tese é este o núcleo central à volta do qual a sua obra se desenvolve. O livro foi publicado na Amazon Corporation e chama-se «2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa». No ano de 2011 ganhou o prémio de melhor e-book do New York Book Festival. Rui Zambujal é um exemplo de escritor que está atento às novas possibilidades que o livro electrónico oferece. Ganhou um prémio nesta modalidade online. Victoria Cassinello JBG: O que o levou a escolher o livro digital para publicar o seu romance e como foi galardoado pela escolha feita? Rui Zambujal: Aconteceu simplesmente porque vi uma notícia que revelava que a Amazon estava à procura de autores para editarem os seus livros na sua plataforma digital e não pensei duas vezes. Os e-books têm grandes vantagens, como o baixíssimo custo de produção (não pagam gráfica) e a distribuição mundial a custo zero. Além disso, nunca se esgotam, os leitores do mundo inteiro têm acesso a eles para sempre. Não ter os seus livros em formato e-book é uma estratégia suicida (ou pelo menos, um grande tiro no pé), para qualquer escritor minimamente atento às tendências que se estão a desenvolver no mercado editorial. E mais, com a explosão mundial na venda de tablets como o iPad, vai haver um enorme mercado de pessoas equipadas precisamente com aquilo que é necessário para ler comodamente um e-book, um tablet. As pessoas têm, assim, os livros permanentemente expostos, e não é numa livraria: é na sua própria casa, e podem pesquisá-los
e comprá-los, se quiserem, às 3h da manhã, quando estiverem com insónias. Foi por isso que publiquei o livro em inglês, e estou a acabar a versão espanhola. O romance foi galardoado (na sua versão inglesa), pois a Amazon sugeriu aos seus autores que concorressem a uma série de prémios literários. Eu escolhi apenas o «Festival do Livro de Nova Iorque», paguei uns 50 dólares de inscrição e ganhei o prémio de melhor e-book. Foi muito lisonjeiro, Nova Iorque é o grande mercado editorial da América (e o maior do mundo, creio), e deve ter havido milhares de pessoas a concorrer. JBG: Em tese, o núcleo central à volta do qual a sua obra se desenvolve, corresponde à defesa de teorias relacionadas com a biologia do envelhecimento, com a necessidade de permanência, por parte das pessoas, de manter, exigir vontades e desejos que formam parte da nossa vida e não acabam com o envelhecimento. «Deveríamos pedir à lâmpada de Aladino: desejar, desejar, desejar». Pode explicar aos
nossos leitores o significado desta afirmação? RZ: Em vez de «desejar, desejar, desejar» poder-se-ia dizer «crescer, crescer, crescer». A ideia é que a nossa evolução como indivíduos tem muito mais potencial que os míseros 80 ou 90 anos que nos são concedidos actualmente possibilitam, (e pelo menos 40 desses anos com as nossas capacidades a ficarem cada vez mais diminuídas). Para um ser humano chegar ao pleno do seu potencial, à sua forma mais perfeita, ao pleno da realização dos seus desejos mais profundos, tem que enganar o génio da lâmpada e fazer com que ele converta os seus forretas três desejos num número de desejos à medida da sua alma. E a alma humana é grande. JBG: A narrativa consiste no relato da educação de gémeos que em 2049 fazem doze anos, e é uma retrospectiva do que aconteceu nos quarenta anos anteriores, e de como se chegou ao estado da civilização em 2049. O que existe de premonitório neste romance, no seu ponto de vista da biologia do envelhecimento?
RZ: O tema da extensão da vida perpassa ao longo de todo o livro, mas ele aborda um conjunto mais vasto de temas, como se pode ver pela leitura da capa (que é muito provocadora). O livro baseia-se em desenvolvimentos que já estão a ocorrer nos laboratórios, mas que os jornalistas desprezam completamente (vá-se lá saber porquê). Os jornalistas conseguem criar verdadeiros ataques de histerismo mundiais, mas para matarem uma notícia (especialmente se for positiva), estão sempre prontos. A biologia do envelhecimento tem especial destaque, pois é absolutamente fulcral na evolução futura da Humanidade. Sem ela, nada feito. JBG: Um dos seus leitores afirma “Eu li « 2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa” com muito interesse. Não sou um especialista mas percebi que, de facto uma coisa é nós envelhecermos e outra é percebermos «porquê» e «como» isso funciona. Que conselhos simples daria ao seu público para atingir uma longevidade com qualidade de vida?
RZ: O principal marcador metabólico dos centenários (aquilo que os distingue, no seu funcionamento interno, do resto das pessoas) é a insulina baixa, juntamente com a glicemia baixa e os triglicéridos baixos. Para ter uma insulina baixa, o método que eu usei (involuntariamente) durante a década de 90 foi o exercício aérobico diário (no meu caso, natação), pelo menos 30 minutos 5 vezes por semana. Comigo foi muito eficaz. O exercício físico baixa muito a insulina, pois torna as células muito mais sensíveis a esta hormona, sendo necessária uma muito menor quantidade para que ela desempenhe a sua função. A insulina alta está ligada à depressão, às doenças cardiovasculares, a vários cancros, obviamente à diabetes, enfim, uma catástrofe. Actualmente, uso uma suplementação muito completa, que também é importante. JBG: Que personagens da sua obra de ficção melhor personificam as teorias sobre o envelhecimento? RZ: Os aventureiros Ricardo, Álvaro e Sarah, que foram das primeiras pessoas a submeter-se à telomerização, a tecnologia fulcral para parar
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ENTREVIS TA
e Rui Zambujal hecimento
Rui Zambujal, filho do premiado escritor Mário Zambujal, ganhou o prémio de melhor e-book no «New York Festival 2011 o envelhecimento (e, segundo as experiências de Ronald DePinho em Harvard, revertê-lo). JBG: Quando escreve fala mais o biólogo ou o romancista? RZ: De romancista tenho muito pouco, pois escrevi o livro à força e não tenho intenção de escrever mais nenhum. Mas tenho o projecto, se o livro tiver saída, de começar um blogue em 4 línguas (português, inglês, castelhano e francês). Acho que é inovador. E depois talvez faça um livro a partir das postagens do blogue que achar mais importantes. Mas isso é um projecto sem horizontes muito definidos. Vamos ver. JBG: Para além da língua inglesa e portuguesa, temos conhecimento de que estão a ser preparadas traduções do seu romance para espanhol e francês. Para quando estarão disponíveis?
RZ: A versão em castelhano está a ser ultimada; a versão francesa já está começada, mas é indispensável encontrar um bom revisor. JBG: Considera importante a transmissão das suas teorias científicas através de um romance de ficção científica? RZ: O formato de romance é acessível a muitas mais pessoas, cria muito mais apetência que uma prosa seca e meramente descritiva das ideias. JBG: Sobre o seu romance “2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa”, uma figura de destaque do panorama político português, compara-o a Júlio Verne... RZ: Essa referência foi do Prof. Cavaco Silva numa mensagem privada. Foi muito lisonjeiro. JBG: O que encerra de
“visionário” a sua obra? RZ: Acho que o principal mérito da obra é que pega em realizações que já existem nos laboratórios de hoje (tirando a parte mais politica) e faz uma síntese que dá uma imagem coerente do que pode ser o futuro. A visão, o “visionário”, parte da realidade concreta de hoje. Penso que isso não é muito vulgar. E essa imagem é muito abrangente. JBG: Que influência exerceu sobre o seu gosto pela escrita o facto de o seu pai, Mário Zambujal, ser um escritor português consagrado? RZ: O meu pai deu o impulso inicial, com a ideia de fazer um romance de antecipação a que iria dar o título «2044, Feliz Ano Novo» (mas que viria a chamar-se «Uma Noite Não São Dias»). Como pode ser lido no prefácio, incluído no excerto disponível na página do livro na Amazon.com, eu queria
que fosse o meu pai a incluir no trabalho dele aquelas informações que eu tinha pesquisado e achava tão interessantes. Mas ele não estava para aí virado! De resto, nunca quis ser escritor, só escrevi o livro porque tinha mensagens específicas para transmitir, que penso serem do interesse geral. O meu pai tem tido uma boa carreira, mas nunca tive apetência para a reproduzir, para seguir as pisadas dele. O meu grande investimento tem sido a biologia do envelhecimento, que até agora não tem dado frutos muito concretos. (Já agora, se quiserem saber o que ando a fazer, visitem o meu blogue Telomerize.blogspot.com). Mas há um grande potencial, vamos ver como é que isto corre. JBG: Sabemos que Alcoutim e o histórico Rio Guadiana têm sido fontes de inspira-
ção para os seus escritos. Como se sente em contacto com as paisagens e as gentes deste Território Virgem? RZ: Uma vez fiz uma viagem ao Norte, e a paisagem, sendo rural, é completamente diferente do que eu estava habituado em Alcoutim. Para todo e qualquer sítio para onde uma pessoa se volte está uma casa. Isso contrastou muito com a impressão que tenho do Nordeste Algarvio, onde há uma verdadeira sensação de isolamento e de ambiente “selvagem”, longe da cidade. E depois, através da IC-27 está-se pertíssimo da costa, da confusão, de Espanha e de inúmeras praias. E quando a IC-27 chegar a Beja, e Beja tiver a auto-estrada ligando-a a Sines, o meu monte em Alcoutim ficará a pouco mais de duas horas de Lisboa. E com o Rio Guadiana, Alcoutim pode ser visitada por iates vindos do mundo inteiro. Um sítio cheio de futuro.
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DESENVOLV I M EN T O Menos um milhão de euros
Castro Marim
Orçamento de Alcoutim reforça saúde e apoio social O orçamento para 2012 foi aprovado por maioria na última reunião da Assembleia Municipal de Alcoutim, no passado dia 16 de Dezembro, com 9 votos a favor, seis abstenções e 2 votos contra. Este orçamento prevê uma despesa e uma receita global de 13.313.963€, sendo de despesas e receitas correntes 4.793.163€, o que representa 36% do orçamento e 8.520.800€ de despesas e receitas de capital representando 64% do total do orçamento. Tendo a crise nacional como pano de fundo na execução deste orçamento, a autarquia de Alcoutim definiu como prioridades para o novo ano económico as áreas da ação social e da saúde. Na ação social, a câmara municipal de Alcoutim vai reforçar os apoios económicos às famílias carenciadas, implementar o programa habitacional para pessoas idosas, atribuir bolsas de estudo reforçadas aos estudantes, continuar a abdicar dos 5% no IRS dos munícipes e investir nos protocolos com diversas entidades competentes na intervenção. A construção do Lar dos Balurcos é a maior obra prevista nesta matéria, devendo começar já no início do ano. Iniciativas de sucesso, e já em curso há alguns anos, vão manter-se no próximo. A promoção da saúde oral,
hidro e fisioterapia, combate à surdez, às doenças de pele e a dependências de tabaco, álcool e outras drogas, a Unidade Móvel de Saúde», o «Alcoutim ainda + Solidário e o «Vamos à Vila», são alguns exemplos que têm melhorado a vida dos munícipes alcoutenejos. As vias de comunicação e o abastecimento de água continuam a ser apostas da autarquia, que, durante o próximo ano, vai concluir o abastecimento de água a Barrada e Santa Justa, construir um reservatório de abastecimento de água a Martinlongo, Vaqueiros e Santa Justa e um novo parque de estacionamento em Alcoutim. No novo orçamento, destacam-se ainda a remodelação do edifício Paços do Concelho, a requalificação do cais de Laranjeiras e a construção de um auditório na vila de Alcoutim. Ainda segundo o orçamento, a Câmara Municipal de Alcoutim funcionará com menos um milhão de euros em 2012, resultado da redução de pessoal (número de horas extraordiná-
Documento prevê despesa e receita global de cerca 13 milhões de euros rias, ajudas de custo e cortes dos subsídios) e de aquisição de bens e serviços. “Continuar a promover o crescimento económico do município e das nossas populações, sem pôr em risco a estabilidade financeira e não
hipotecar o investimento futuro”, garante o executivo municipal no novo orçamento, acrescentando que a autarquia vai continuar a ser uma referência nacional em termos de consolidação orçamental e estabilidade financeira.
Campesino apoia
empresas O Campesino Recreativo Futebol Clube está a promover uma iniciativa que tem como grande objectivo dar apoio a empresas no território, alugando salas na sede do clube a preços/ dia módicos que variam entre os 5 e os 7 euros. A medida é recente e, segundo, Carlos do Carmo, presidente deste clube, “o objectivo é dar a mão a empresas que não têm sede e que em tempo de crise não conseguem fazer face às rendas praticadas no aluguer de escritórios”, concretiza. Assim o clube disponibiliza salas com electricidade e água incluídos para que os empresários consigam ter um espaço para desenvolver a sua actividade. Os alugueres variam entre os 5 e os 7 euros, dependendo da dimensão da sala. O clube tem três salas para o efeito. E no início de Janeiro já havia empresários interessados nestes espaços para sedear as suas empresas. “Acreditamos que este é também o nosso papel enquanto entidade associativa no concelho de Castro Marim”, remata Carlos do Carmo ao JBG.
Diz secretário de Estado
Desassoreamento da Barra “quando for possível” O Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata (PSD) levou à Assembleia da República o problemático assoreamento da barra do Guadiana. O deputado Cristóvão Norte requereu uma audição ao secretário de Estado do Mar. Foi através do facebook que o deputado Cristóvão Norte, eleito
pelo círculo social democrata do Algarve, comunicou ao Jornal do
Secretário de Estado do Mar disse numa audição parlamentar que desassoreamento arrancará quando houver dinheiro
Baixo Guadiana o conteúdo da sua intervenção com a qual colocou diversas questões e considerações ao secretário de Estado do Mar. Um dos itens relacionou-se diretamente com um problema que afeta a população do território mais a nordeste do Algarve. Quis o deputado saber para quando o desassoreamento da barra do Guadiana. Ficou o deputado a saber que a obra vai avançar quando for possível. O governante comprometeu-se com o grupo parlamentar laranja a avaliar o problema, mas salvaguardou o peso do constrangimento financeiro. Por sua vez, Cristóvão Norte lembrou que o Mar tem sido cada vez mais relevado “como ativo para revitalizar a economia portuguesa”, lembrando que, no entanto, a situação real caiu num paradoxo que mostra o abandono
deste recurso natural. O deputado, reivindica, dizendo que “é tempo de agir e colocar a economia do mar na estratégia de desenvolvimento do pais”, realçando as condições geográficas do Algarve “que têm que ser potenciadas nos domínios da náutica de recreio, dos desportos de onda, dos cruzeiros, dos combustíveis fósseis e das novas aplicações dos fundos marinhos”, afirmando que há que “investigar muito mais cientificamente para explorar com critérios esses recursos”. Recorde-se que a barra do Guadiana está assoreada desde a década de 60 do século passado, interditando a entrada de embarcações de grande porte para a prática, nomeadamente de cruzeiros, Mostrando-se, desta forma, um Guadiana ao abandono.
Utentes da A22 prometem
«ação surpresa» A Comissão de Utentes da Via do Infante promete uma “acão surpresa”, a ocorrer por altura dos Reis Magos, ou seja, em princípios de Janeiro. Isto, enquanto aguarda a decisão do tribunal sobre a providência cautelar para suspender o pagamento da SCUT do Algarve. A Comissão defende que “a luta tem de ser feita pelas vias pacífica e legal”, tendo condenado a vandalização das portagens. Apesar disso, a comissão continua a instigar os cidadãos a boicotarem as portagtens, A Comissão apela à união de utentes, empresários, autarcas, associações e outros cidadãos do Algarve que devem congregar vontades e juntar forças em prol do desenvolvimento económico e social do Algarve, considerando que “as portagens estão a matar o Algarve”.
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DESENVOLVIMENTO Já estão em vigor
As medidas de austeridade de 2012 O ano de 2012 foi aguardado pela maioria dos portugueses com muitas perspetivas negativas face à austeridade prevista em Orçamento do Estado, e já anunciadas em 2011. Fique com nota de algumas das medidas que já estão em vigor desde o passado dia 1 de Janeiro de 2012: Desde logo, os Subsídios de Natal e de férias dos trabalhadores das administrações e empresas públicas e pensionistas sofrem corte gradual entre os 600 e os 1.100 euros e corte total acima deste valor. Para compensar a impossibilidade de descida na Taxa Social Única (TSU) paga pelos empregadores, o Governo decidiu permitir o alargamento em 30 minutos/dia no horário de trabalho. O aumento só vai abranger os trabalhadores do setor privado. Os salários, pensões e promoções nas administrações e empresas públicas continuam congelados em 2012, com exceção para as pensões mínimas. Na saúde regista-se um considerável aumento das taxas moderadoras. Na educação regista-se uma redução drástica das verbas disponíveis. A revisão curricular poderá ditar a dispensa de professores. E os trabalhos de renovação e construção de escolas a cargo da Parque Escolar estão suspensos (com exceção dos já em curso), aguardando o resultado de duas auditorias à empresa pública, uma do Tribunal de Contas e outra da Inspecção-Geral de Finanças. Na eletricidade, para além do aumento antecipado para outubro do IVA sobre
Orçamento do Estado prevê muitos cortes para os portugueses a eletricidade e gás natural, de 6 para 23 por cento, a eletricidade passa a estar sujeita ao imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (o que se aplica à gasolina por exemplo). Os veículos de passageiros vão pagar mais Imposto sobre Veículos (ISV). Já em relação ao IVA, representam aumentos para quem comprar carro entre os 6 e os 9,3 por cento. Os carros antigos também sofrem um aumento do imposto. Nas motas, que anteriormente só estavam sujeitas a ISV a partir dos 180 centímetros cúbicos de cilindrada, passam a estar sujeitas todas a partir dos 120 centímetros cúbicos. O Imposto Único de Circulação é também atualizado, o que resultará num aumento entre os 2,3 e os 7,5 por cento. No IRS os escalões não são atu-
alizados, ou seja, quem tiver aumentos salariais arrisca subir de escalão e pagar mais imposto. Sobretaxa de 1% nos primeiros três escalões e de 1,5% a partir do quarto escalão transitam de 2011 para o próximo ano. Rendimentos coletáveis acima dos 153.300 euros anuais passam a sofrer mais um agravamento, desta vez de 2,5 por cento. Deduções à coleta passam a ter limites para os rendimentos a partir do terceiro escalão até ao sexto, entre os 1.250 e os 1.100 euros. Os rendimentos dos dois escalões mais elevados perdem o direito a fazer deduções à coleta. Despesas de saúde passam a ser dedutíveis em apenas 10 por cento do montante gasto (eram em 30 por cento) e com um limite máximo de
duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que são 838,44 euros. Pensões de alimentos passam a ser dedutíveis com um limite de 419,22 euros (um indexante de apoios sociais (IAS)) por beneficiário (antes o limite era de 2,5 vezes o IAS). No IRC a taxa reduzida de 12,5 por cento aplicada a empresas com matéria coletável até 12.500 euros é eliminada. Quanto ao IVA verificar-se-á a subida de 6% para 23%: Bebidas e sobremesas lácteas; sobremesas de soja incluindo tofu; batata (fresca descascada, inteira ou cortada, pré-frita, refrigerada, congelada, seca ou desidratada, ainda que em puré ou preparada por meio de cozedura ou fritura); refrigerantes, xaropes de sumos, bebidas concentradas de sumos e os produtos concentrados de sumos; provas e manifestações desportivas e outros divertimentos públicos; ráfia natural. Regista-se subida de 13% para 23%: Serviços de alimentação e bebidas (restauração incluída), conservas de frutas, frutos e produtos hortícolas, frutas e frutos secos, óleos e margarinas alimentares, café, incluindo sucedâneos e misturas, aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes, produtos preparados à base carne, peixe, legumes ou produtos hortícolas, massas recheadas, pizzas, sandes, sopas e refeições prontas a consumir (em regime de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicilio), aperitivos ou ‘snacks’ à base de estrudidos de milho e trigo, de milho moído e frito ou de fécula de batata, gasóleo de aquecimento, diversos aparelhos e equipamentos relacionados com energias renováveis, prospeção de petróleo e gás natural e medição e controlo de poluição.
Agenda da Criança
nasce no primeiro trimestre do ano O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social anunciou a criação da «Agenda Criança» para o primeiro trimestre de 2012. Luís Villas-Boas quer um sistema de «Emergência Infantil» à escala nacional. Luis Villas-Boas, Director do Refúgio Aboim Ascensão em Faro é fundador da «Emergência Infantil» em Portugal. O responsável pediu em Dezembro, para que o tema da Criança entre na Assembleia da República (AR). Um apelo feito a Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, à margem da cerimónia de iluminação de Natal do Refúgio. “Abra as portas e ajude a entrar a Criança na Assembleia da República”. O responsável discursava para centenas de convidados que participaram na inauguração das luzes de Natal do Refúgio Aboim Ascensão. Durante a visita guiada à Presidente da Assembleia da República, com membros do Governo e deputados ao Parlamento, Luís Villas-Boas aludiu ao caso recente de uma criança que foi
acolhida pela instituição e cuja mãe deu à luz com onze anos de idade. Com 89 Crianças (entre os zero e os cinco anos)na Instituição, Luís VillasBoas lamenta que nos últimos anos a palavra Criança quase “não tenha sido pronunciada na Assembleia da República”. Também por isso congratulou-se com a presença da Presidente da Casa da Democracia na inauguração da iluminação do Refúgio, além facto do governo ter anunciado a 14 de Novembro a criação da «Agenda Criança» a partir do primeiro trimestre de 2012. “Há muitos anos que lutamos por essa Agenda que faça convergir preocupações, saberes e meios em torno de todas as nossas Crianças. É tempo de agir sem ser de costas voltadas entre ministérios, cidadãos e
instituições sociais”, sublinhou. Atualmente, no Refúgio Aboim Ascensão o tempo médio de permanência ronda os 13 meses, com excepção para as crianças com doenças crónicas, raríssimas ou portadoras de deficiência, sem reencaminhamento familiar nem candidatos à sua adopção. O fundador da Emergência Infantil quer que um dia esta se torne num «sistema nacional» e garante que na instituição que dirige, todos os dias são de luta “pelo Direito da Criança em ter uma Família”. Do refúgio Aboim Ascensão saíram em 2011 já um total de 40 crianças para uma Família, sendo que metade foram adoptadas. Outras 20 poderão sair até ao final do ano, o que manterá na média de 75% o índice de reenca-
minhamento desta instituição. Por sua vez, Assunção Esteves afirmou que “o Parlamento tem vontade de se articular com os âmbitos reais da vida experimentando os lugares próprios, os fluxos da vida e percepcionando o que lhe é solicitado”. Lembrou que os deputados eleitos são “militantes das coisas da vida” e em consonância com as palavras proferidas minutos antes pelo secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova Almeida, Assunção Esteves, garantiu que, tal como o governo, o “Parlamento está ao lado de todos os problemas para encontrar as soluções”, deixando um forte elogio aos cidadãos anónimos que se voluntariam por causas de ajuda ao próximo.
«Perto
da
Europa»
Desemprego dos jovens: UE apela a acção imediata Face a uma taxa persistente de 21 % de desemprego juvenil na Europa, a Comissão exorta os Estados-Membros, os representantes dos trabalhadores e as empresas a conjugarem forças e tomarem medidas decisivas para combater o desemprego dos jovens. A nova iniciativa Oportunidades para a Juventude, adoptada hoje pela Comissão, apela à acção dos Estados-Membros no sentido de prevenir o abandono escolar, ajudar os jovens a desenvolver competências adequadas ao mercado de trabalho, garantir oportunidades de estágio e de formação em contexto de trabalho e ajudar os jovens a obter um primeiro emprego de qualidade. A Comissão incita igualmente os Estados-Membros a fazer uma melhor utilização do Fundo Social Europeu, que dispõe ainda de uma verba de 30 mil milhões de euros não autorizados para projectos. Além disso, a Comissão apresentou um conjunto de acções concretas a financiar directamente pelos fundos da UE. Um novo fundo europeu para a política marítima e a política das pescas da UE A Comissão Europeia propôs um novo Fundo para a política marítima e a política das pescas da UE para o período 2014-2020. Trata-se do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP), que contribuirá para a realização dos ambiciosos objectivos da reforma da política comum das pescas e ajudará os pescadores no processo de transição para uma pesca sustentável e as comunidades costeiras na diversificação das suas economias. O fundo financiará projectos que criem novos empregos e melhorem a qualidade de vida ao longo das costas europeias. A carga administrativa será reduzida, para que os beneficiários tenham facilmente acesso ao financiamento.
Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve
Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2012
COLUNA CULTURAL
CULTURA
A extinção do suplemento DN Jovem deu um livro
Castro Marim,
terra com História A presença humana em Castro Marim remonta a milhares de anos e, desde então, seu espaço foi sistematicamente ocupado até à contemporaneidade. A sua localização geográfica, nas proximidades da foz do Rio Guadiana, permitiu o estabelecimento de povos oriundos do Mediterrâneo a partir do período orientalizante, ou seja; séculos VIII e VII, a. C. Sabemos, através dos registos arqueológicos e das fontes históricas da antiguidade, que Baesuris (topónimo indígena citado no Itinerário de Antonino Pio para designar Castro Marim na antiguidade) foi ocupada por fenícios, gregos, cartagineses e romanos e que estes povos usaram o Guadiana para estabelecer contactos comerciais com as populações autóctones. No decurso da conquista cristã, e através da acção de D. Paio Peres Correia e da ordem de Santiago, Castro Marim foi conquistada aos mouros, por volta de 1242. A importância que esta terra veio a ganhar do decorrer do séc. XIII deveu-se, essencialmente, à sua localização estratégica enquanto fronteira política e administrativa com o Reino de Castela e pela sua proximidade a Marrocos. Deste modo, tornou-se imperativa a adopção de uma política de repovoamento que assegurasse a defesa das fronteiras portuguesas. É neste sentido, que Castro Marim veio a usufruir dos necessários privilégios concedidos por D. Afonso III, nomeadamente com a construção do castelo em 1274, que acolheu a primeira sede da Ordem de Cristo, em 1319, já durante o reinado de D. Dinis. No entanto, alguns anos depois, em 1356, a ordem foi transferida para Tomar, pelo que a sua população voltou a reduzir significativamente. Não obstante a transladação da ordem, a importância defensiva e comercial de Castro Marim manteve-se. É neste contexto que, em 1450, Manuel Pessanha é nomeado por D. Afonso V para guardar e defender os portos do Algarve, inclusive o de Castro Marim. A importância estratégica da terra ao longo do século XV e XVI foi de tal forma que, em 1573, a vila recebeu a visita do Rei D. Sebastião quando este já planeava a conquista de Marrocos. O papel defensivo de Castro Marim acabou por estar sempre presente ao longo de toda a história de Portugal. Esteve presente durante a Guerra da Restauração (1640 - 1668), durante a Guerra das Laranjas (1801) ou mesmo durante as invasões francesas (1808). Dadas as circunstâncias, nunca é tarde para relembrar a dívida histórica que Portugal tem para com Castro Marim. Formador «História Local»- CEPHA/UALG
A escritora e jornalista Helena de Sousa Freitas veio a Vila Real de Santo António apresentar o seu mais recente livro «O DN Jovem entre o Papel e a Net». Uma obra que faz justiça ao projecto e aos seus colaboradores.
Helena de Sousa Freitas com José Carlos Barros na apresentação em VRSA O auditório da biblioteca municipal de Vila Real de Santo António recebeu Helena de Sousa Freitas, que apresentou ao público o seu mais recente trabalho literário. Desta vez, a obra nasce através da tese de mestrado da jornalista que se dedicou a investigar a história da transição do papel para a internet do suplemento
«DN jovem». Uma transição que se mostrou fatal numa altura em que era quase nulo o acesso à internet entre os portugueses – estávamos no início da década de 90. A jornalista sentiu, por isso, a necessidade de saber mais sobre a necessidade da transição, a fatal extinção, e todo este processo deulhe a maior vontade em conhecer
e contar a história do suplemento do jornal Diário de Notícias, com o qual também colaborou. Tal como a escritora lembra, “durante mais de uma dezena de anos, as terças-feiras eram aguardadas com ansiedade por muitos jovens criadores portugueses. Escritores, fotógrafos, ilustradores e cartoonistas em início de jornada contavam as horas para verificar se os trabalhos enviados para o DN Jovem haviam sido seleccionados”. Mas de repente quem mandava no jornal decidiu que o suplemento juvenil do Diário de Notícias migrasse “para uma Internet então inacessível à maioria dos portugueses”, conta-nos, lembrando que “o anúncio da mudança, feito no próprio DN Jovem a poucos dias do seu 13º aniversário, foi acolhido com indignação. Levantaram-se vozes de protesto, circulou um manifesto e aqueceram os ânimos no interior do jornal, mas nada travou a medida, que fracturou a existência do suplemento e marcou o acentuar de um desinvestimento que culminaria na sua extinção”. Helena de Sousa Freitas diz que esta “é a primeira «biografia» daquele que foi, seguramente, o mais memorável suplemento de colaboração juvenil na imprensa do Portugal democrático”. Para além de uma assistência anónima, a apresentação da obra contou com a presença de dois colaboradores do extinto suplemento: José Carlos Barros, vereador da cultura de VRSA, e Maria Luísa Francisco, investigador e docente na UALG na área da Sociologia Rural, e técnica da Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar.
Sobre a autora
Helena de Sousa Freitas nasceu em Lisboa, em 1976. Autora dos ensaios «Jornalismo e Literatura: Inimigos ou Amantes?», «Sigilo Profissional em Risco» e «O DN Jovem entre o Papel e a Net», tem também poesia, conto e crónica em obras colectivas editadas em Portugal e no estrangeiro (Brasil, Chile, Estados Unidos e Reino Unido). Em 2011 quis contar uma história noutra linguagem e estreou-se atrás das câmaras com a curtametragem documental «Setúbal, Cidade Verde», distinguida com o Prémio do Público no IV Festival Curtas Sadinas. Jornalista desde 1996, começou por trabalhar na imprensa local de Setúbal e, em 1998, ingressou na Lusa, de cujos quadros fazem parte. Um dossier sobre e-books realizado ao serviço da agência valeu-lhe o Prémio Editorial Sociedade da Informação 2010, promovido pela APDSI. Tem colaborado com o Sítio do Sindicato dos Jornalistas, com a revista JJ, do Clube de Jornalistas, e com o Festroia – Festival Internacional de Cinema de Setúbal, e desenvolvido trabalho como revisora literária. Licenciada em Comunicação Social (ESE-IPS), pós-graduada em Direito da Comunicação Social (FD-UL) e mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação (ISCTE-IUL), é actualmente bolseira de doutoramento no CIES, Centro de Investigação associado ao ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, onde desenvolve uma tese sobre os murais sociais e políticos enquanto forma de comunicação alternativa aos mass media.
«Cenas e Figuras» protagonizou «IV Abraço de Natal»
O Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António, recebeu no passado dia 15 de Dezembro a IV edição do espetáculo «Abraço de Natal».
Foi levado à cena pelo elenco muito jovem dos atores do grupo de teatro «Cenas e Figuras» e teve como objetivo desejar um feliz Natal à comunidade, bem com mostrar o trabalho deste grupo de teatro escolar do Agrupamento de escolas D. José I. O musical «Annie» encantou nas duas sessões em que o musical se apresentou. Um espetáculo que contou a história da pequena «Annie» que vivia num orfanato, mas que teve a sorte de ser adotada por uma boa família.
Musical «Annie» encantou no Natal no Centro Cultural António Aleixo
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CULTURA
«Algarve: do Reino à Região» ganha prémio Concerto de ATAS
Pelo terceiro ano consecutivo a Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS), organizou um Concerto de Natal em que, numa tarde fria de Dezembro, o Grupo de Cantares da Santa Casa da Misericórdia de Silves, trouxe momentos musicais em português, inglês e espanhol e cujo calor humano sensibilizou profundamente os presentes. A prova disso foi a forma como no final, num gesto espontâneo e de reconhecimento, o grupo foi aplaudido de pé. Antes de terminar foi ainda dedicado um tema a Alcoutim com letra da autoria de um elemento do próprio grupo, criada por altura do «Encontro Transfronteiriço de Idosos»; esta letra foi publicada na edição de Julho passado do Jornal do Baixo Guadiana. Tal como nos anos anteriores este Concerto de Natal beneficiou da acústica e da espiritualidade acolhedora da Igreja Matriz de Alcoutim, gentilmente cedida pelo Padre Atalívio Rito. Por fim foram dirigidas algumas palavras e agradecimentos à Paróquia, ao município de Alcoutim e aos intérpretes musicais pela dirigente associativa Maria Luísa Francisco.
Em tempo de Natal, mas também de balanço do ano de 2011 e de recepção de 2012, o JBG aproveitou a ocasião para dedicar o tema da tertúlia ao apoio social. Num encontro informal, no passado dia 9 de Dezembro no auditório da biblioteca municipal de VRSA, fizeram questão de estar presentes diversos responsáveis de entidades ligadas à solidariedade social, bem como voluntários de causas. A temática do apoio aos outros é cada vez mais uma preocupação da comunidade que atravessa muitas dificuldades e que reage o melhor que sabe e que pode. Os responsáveis das instituições presentes testemunharam as dificuldades por que passam, mas deram provas da capacidade de reunir esforços para atravessar com esperança as maiores adversidades. Estas tertúlias servem para juntar a comunidade à volta de temas que lhes despertam o interesse, mas
O galardão foi entregue em Dezembro pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e pretendeu “homenagear o excelente trabalho que os museus e os seus profissionais desenvolveram ao longo do corrente ano”. No ano de 2010 o Algarve foi invadido por exposições em 13 diferentes museus e ao ar livre – como foi o caso dos concelhos do Baixo Guadiana – que pretenderam contar a história dos últimos mil anos da história e da cultura regional algarvia. Uma exposição inovadora e arrojada que propôs o desafio de redescobrir a herança material e espiritual que desde o Gharb al-Andalus à atualidade, tem vindo a moldar e caracterizar a identidade deste território mais a sul de Portugal. Foram 13 exposições-tema, que decorreram em simultâneo, que se articulavam e complementavam, distribuídas pelos vários centros dos concelhos. Exposições que passaram por Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António e que convidavam o público a uma visita às exposições «Do Reino à Região», bem como a conhecer o seu património, matriz cultural e a evolução histórica das suas comunidades.
Livro estuda defesa antiga de Vila Real de Santo António Exposição regional passou pelo território do Baixo Guadiana A direção da APOM salienta que os seus prémios pretendem “homenagear o excelente trabalho que os museus e os seus profissionais desenvolveram ao longo do corrente ano”. Recorde-se que no território do Baixo Guadiana as exposições foram todas ao ar livre, sendo que apesar de vandalizada, ainda se
mantém em Vila Real de Santo António. O tema de Alcoutim foi «Alcoutim – Terra de Fonteira», em Castro Marim «Castro Marim – Baluarte Defensivo do Algarve» e Vila Real de Santo António « VRSA e o Urbanismo Iluminista». Para além da exposição foi criada uma publicação de cada tema exposto.
«Partilhar e Ser Solidário» mobilizou agentes sociais A biblioteca municipal Vicente Campinas recebeu a tertúlia com o selo JBG que versou o tema «Partilhar e Ser Solidário». A iniciativa juntou voluntários e responsáveis na área social. também para o JBG fazer um jornalismo de proximidade, recolhendo a informação sobre o que é notícia no território. Estaremos particularmente atentos em 2012 às dificuldades sociais, aos apoios que vão surgir e aos outros que vão escassear. Oportunamente daremos conta desses casos. Na tertúlia «Partilhar e Ser Solidário» contámos com a presença das seguintes instituições: Guadi, Cruz Vermelha Portuguesa de VRSA, Santa Casa da Misericórdia de VRSA, Câmara Municipal de VRSA, Associação Odiana – projecto Contrato Local de Desenvolvimento Social, Polícia de Segurança Pública – Programa Integrado de Proximidade, o Banco Local de Voluntariado de VRSA, a empresa MS CAR, a JSD «Geração Solidária» e o grupo de trabalho solidário EFA liderado por Fernando Cardoso e a coordenação da Biblioteca Municipal de VRSA. Outros voluntários e
Tertúlia fomentou a temática do apoio e solidariedade social cidadãos estiveram presentes, contribuindo com a sua cidadania activa. A todos o nosso obrigada pelos contributos num espaço de reflexão que volta este mês, a 20 de Janeiro com a tertúlia: «Auto-Estima e Valores na
Relação Humana» com a parceria do Núcleo de Estudos e Intervenção em Psicologia (NEIP) de VRSA. Esta iniciativa tem o grande apoio e colaboração da Biblioteca Municipal Vicente Campinas, de VRSA.
Na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, José Alexandre Pires apresentou o livro «Memórias da minha vida, uma autobiografia». Segundo o historiador António Rosa Mendes, este livro “vem sobremaneira enriquecer um género literário — o memorialismo — que nem sempre tem gozado de boa fortuna”. Na mesa, para além de Rosa Mendes, esteve também José Carlos Barros, vice-presidente da câmara municipal, entidade que editou o livro porque a autarquia sente “orgulho na oportunidade que teve de trazer aos leitores estas memórias de uma vida”. José Alexandre Pires conta a história de vida onde a sua atividade ficou repartida por Marrocos, Lagos, Vila Real de Santo António, Chigago, USA, França, Marrocos, Tunísia, Irão, Venezuela, Oman, Israel, ex-RDA, Dinamarca, Croácia e Equador. Uma vida bem movimentada, ligada ao mundo da pesca e das conservas em geral, que proporciona ao leitor várias hora de evasão do seu solo local, a acompanhar as peripécias do autor, que, segundo confessou, ainda teria muito por dizer. O livro conta com os prefácios de José Carlos Barros, António Rosa Mendes, uma homenagem da filha, Maria da Conceição, e uma nota de José Canelas de Sousa. Este livro, em conjunto com os dois outros publicados pelo autor «O Mundo da Pesca e da Conserva em Geral», 2005 e «A Odisseia dos Pescadores Portugueses Emigrantes em Marrocos», 2008, formam um importante repositório de conhecimento, não apenas do passado das pescas e como ele aconteceu, mas também sobre as artes piscatórias, a indústria das conservas e os seus segredos. No futuro, se alguém quiser continuar o que foi desativado, fazendo-o em novos moldes tecnológicos, encontra neles pistas e caminhos incontornáveis e certamente bem eficazes. José Alexandre Pires, um portimonense que faz 84 anos no próximo dia 7 de Janeiro, vive com a família na cidade de Vila Real de Santo António, onde se tornou um dos seus ilustres cidadãos. JC
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CULTURA & L A Z ER
Promoção musical Biblioteca Municipal de Castro Marim
«IN TENTO Trio» em
programa nacional
O grupo com raízes vilarealenses In Tento Trio vai integrar a iniciativa «A Música Portuguesa a Gostar dela Própria». Trata-se de um projeto realizado pelo realizador Tiago Pereira e que tem como principal compromisso filmar todos os projetos de música portuguesa criando, assim, uma videoteca - canal / arquivo onde todos poderão encontrar toda a música que hoje se faz em Portugal. Desta feita, os In Tento Trio atestam que em Vila Real de Santo António também existem músicos e compositores capazes de integrar projetos de âmbito nacional.
«A Estrela» promete encantar os mais pequenos
Crianças desafiam adultos a contar histórias A iniciativa começou em Novembro de 2011 e em todos os sábados há manhãs especiais. A atividade é dirigida a crianças que tenham mais de três anos de idade. O objectivo é juntar na biblioteca crianças e adultos “numa política de democratização do conhecimento e de interacção com a comunidade”, frisa a autarquia em comunicado. «Cem Histórias Sem Palavras» permite que os mais pequenos desafiem os pais, os avós, ou mesmo os amigos, a participarem na construção de uma história. Ao contrário das histórias que conhecemos, no «Cem histórias sem palavras», a escrita dá lugar aos materiais recicláveis, jornais e
revistas, com os quais as crianças vão construir histórias, dando vida a personagens do maravilhoso e do fantástico, à medida da sua imaginação e criatividade. Na Biblioteca Municipal, o «Cem histórias sem palavras», tem todos os sábados um tema diferente sobre a mesa. A finalidade é proporcionar bons momentos de convívio e partilha de valores entre famílias, e ao mesmo tempo uma oportunidade para as crianças desenvolverem as suas competências no domínio da aprendizagem e na aquisição de novos conhecimentos à volta de uma história de encantar.
O musical infantil «A Estrela» vai acontecer já a 14 e 15 de Janeiro no Centro Cultural António Aleixo. É uma adaptação do conto homónimo de Virgílio Ferreira, adaptado pelo «II Acto Produções Artísticas». A direcção musical é do professor José António Rosa e o elenco é muito jovem. O Jornal do Baixo Guadiana está a oferecer bilhetes para este espectáculo. Basta consultarem a capa desta edição de Janeiro.
AG E N D A C U LT U R A L
POR CÁ ACONTECE Tertúlia JBG
EVENTOS VRSA Alcoutim «Alcoutim, Terra de Fronteira» Exposição permanente pela vila de Alcoutim Inserida no projeto Exposição «Algarve, Do Reino à Região»
Charolas Ossónoba (Associação Cultural e Recreativa de Estoi) 14 Janeiro Centro de Dia de Alcoutim, 12h Restaurante O Poço Novo, Giões, 15h Clube Desportivo de Vaqueiros, 16h Salão da Junta de Freguesia, Martinlongo, 18h
Alcoutim de Ontem «Imagens», Exposição de Fotografia De 02 a 31 Casa dos Condes
Exposição de Jozé Vieira – “Olhar de perto” Desenhos da colecção José Carvalho Até 6 Janeiro Arquivo Histórico Municipal
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Presépio Gigante Até 8 Janeiro Centro Cultural António Aleixo O Cabaz da Horta em Vila Real de Santo António 2 a 31 Janeiro Produtos de hortas locais e que chegam ao consumidor a um preço de 10 €, com 8 a 9Kg. Quartas-feiras Associação Cultural de Vila Real de Santo António
Espectáculo de Dança – O Teu Cantinho 6 Janeiro, 21h30 Centro Cultural António Aleixo
Actuação da Associação Cultural de Dança Espanhola 7 Janeiro, 15h Lar Colaço Fernandes da Manta Rota Ciclo de Música de Câmara – Orquestra do Algarve 13, 14 e 15 Janeiro Locais: Igreja Monte Gordo, Igreja VRSA, Igreja Cacela Velha SOLIDARIEDADE House Party II Objectivo: Angariação de produtos de higiene e material escolar para o Centro de Acolhimento Temporário para Crianças e Jovens em Risco de VRSA 14 Janeiro, 22h Espaço da Companhia de Teatro Fech´Ópano Org.: Turma TH – Técnicos de Gestão Desportiva (Curso EFA) Programa: 22h00 – Duo Reflexo 00h00 – Dj Tiago Prates
«A Estrela» – Teatro Pelo II ACTO Produções Artísticas 14 (22h), 15 e 16 (17h) Janeiro Centro Cultural António Aleixo Tertúlia no Baixo Guadiana «Auto-estima e valores nas relações humanas», pelo JBG 20 Janeiro, 17h30 Biblioteca Municipal Vicente Campinas
Recital-performance comentado Pelo projecto Experiment’arte 18h: 19h Biblioteca Municipal Vicente Campinas Clube de leitura «Livros Mexidos» Tema - «Autores contemporâneos: Mia Couto» 26 Janeiro, 18h Biblioteca Municipal Vicente Campinas Hora do conto: Conta lá! 2 a 31 Janeiro 10h30 (terça, quarta e sexta-feira) Biblioteca Municipal Vicente Campinas
«Auto-Estima e Valores nas relações humanas» O Jornal do Baixo Guadiana vai estar na Biblioteca Municipal Vicente Campinas com mais uma tertúlia. Desta vez o tema é «Auto-Estima e Valores nas Relações Humanas» e vai ser realizada em parceria com o Núcleo de Estudos e Intervenção em Psicologia. Na tertúlia vamos contar com psicólogos do núcleo e tertulianos amantes do tema e da conversa. A entrada é livre e a tertúlia acontece a 20 de Janeiro a partir das 17h30. A tertúlia é uma organização do JBG e conta com o apoio da C.M. de VRSA e da Biblioteca Municipal Vicente Campinas. Para qualquer dúvida não hesite em contactar: 966902856/baixoguadiana@gmail.com Junte-se a nós nas tertúlias mensais do JBG
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SA ÚDE E DESENVOLVIMENTO
2012 precisa ainda mais de «mãos solidárias»
O ano que acabou de entrar precisa ainda mais de mãos solidárias; com vontade de ajudar o próximo sem olhar a quem. No território do Baixo Guadiana há diversas manifestações de ajuda ao próximo; vindas das instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), de câmaras municipais e de muitos voluntários e organizações que cumprem a missão de ajuda. Depois de uma época festiva em que é habitual conhecermos mais e melhor as iniciativas de apoio social, fica o repto para se manterem essas ajudas, esses voluntários, sendo o Jornal do
Baixo Guadiana um meio divulgador dessas iniciativas que dão vida e ajudam à melhor condição de vida no território. De referir que à nossa redacção chegaram alguns balanços da realização de festas de solidariedade. Nomeadamente a «Geração Solidária» da JSD de VRSA angariou um total de 250 kg de alimentos e ainda alguns sacos de vestuário infantil para a Santa Casa da Misericórdia de VRSA. Por sua vez os alunos do curso EFA da escola D. José I de VRSA conseguiram outras tantas centenas de alimentos para os idosos carenciados do concelho
de VRSA. A PSP de VRSA, com o Prorama Integrado de Policiamento de Proximidade também brindou os meninos do Centro de Acolhimento Gente Pequena com uma animada festa de solidariedade e presenteou os pequenos com prendas e surpresas várias. Estas e outras manifestações de solidariedade social marcaram o fim do ano, mas todas estas organizações estão já a preparar novas acções de solidariedade para este ano que já começou difícil. Em 2012 são precisas ainda mais mãos solidárias.
Festa de solidariedade da PSP de VRSA deu um Natal mais feliz às crianças e jovens do CAT «Gente Pequena»
Rastreio identifica aneurismas na aorta Vaqueiros recebeu que poderiam fim-de-semana «Via Algarviana» provocar morte súbita Iniciativa da Associação Almargem aconteceu a 17 e 18 de Dezembro e animou a comunidade de Vaqueiros, no concelho de Alcoutim.
O primeiro rastreio ao Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) no Algarve da campanha «Aorta é Vida» permitiu, entre 190 que fizeram o teste, identificar 9 pessoas que tinham a doença, que normalmente não apresenta sintomas. A iniciativa gratuita, que teve como objetivo informar e rastrear a população algarvia, sobretudo os homens, com idade igual ou superior a 65 anos, fumadores ou ex-fumadores, e com antecedente familiar de aneurisma, detetou em apenas 48 horas casos que, de outra forma, poderiam passar despercebidos. O aneurisma da aorta abdominal é uma dilatação lenta e progressiva da aorta, a maior artéria do organismo que, quando rompe, origina uma perda de sangue muito grave e que pode resultar em morte súbita. De acordo com João Albuquerque e Castro, cirurgião vascular e Coorde-
A equipa «Via Algarviana» voltou a organizar mais um fim-de-semana recheado de actividades, desta vez no concelho de Alcoutim. A aldeia de Vaqueiros recebeu um passeio pedestre e de BTT no sector 4 da Via Algarviana (Vaqueiros a Cachopo), atelier de construção de presépio em pão, construção de eco-prendas, cinema em movimento, almoço e jantar tradicionais e baile! Destaque para uma novidade, o passeio pedestre experimental que arrancou em Malfrades. A iniciativa da equipa «Via Algarviana», da Almargem, contou com a parceria do Clube Desportivo de Vaqueiros e o apoio da câmara municipal de Alcoutim .
nador Nacional da Campanha «Aorta é Vida», “tendo em conta que o AAA é uma doença grave, progressiva e silenciosa, porque não dá sintomas, podemos dizer que este rastreio foi um sucesso, já que ao detetarmos nove aneurismas, em 190 ecografias efetuadas, estamos a promover o diagnóstico precoce da doença, essencial para a vigilância dos doentes e para a seleção do tratamento mais adequado, que lhes poderá salvar a vida”. Por sua vez, Sérgio Silva, Coordenador do Departamento de Cirurgia Vascular do Hospital Particular do Algarve, entidade igualmente envolvida no rastreio, alerta que apenas 50 por cento dos pacientes em rutura do AAA chegam vivos ao hospital e destes, 30 a 50 por cento morrem após cirurgia, para salientar a importância das ações de sensibilização e rastreio.
Crematório no Algarve avança em Faro A câmara municipal de Faro vai avançar construção e concessão da exploração do crematório no Novo Cemitério de Faro (Penha). Decorrido o concurso público a proposta mais vantajosa para o município foi a apresentada pelo agrupamento Servilusa – Agências Funerárias, S.A. que fica agora responsável pelo projeto. Em contrapartida, pela ocupação do terreno, a autarquia irá receber mensalmente 1.500,00€
(mais IVA). Acresce a este valor fixo 7% do total das verbas realizadas com as cremações. Faro coloca-se na linha da frente neste tipo de ofertas, sendo a primeira cidade a disponibilizar o serviço.
5 mil funerais ao ano Em média, realizam-se anualmente cerca de 5 mil funerais no Algarve e nos últimos anos tem
vindo a verificar-se uma crescente procura de cremações, o que justifica em pleno esta decisão da autarquia. O Algarve tem agora uma resposta correspondente à procura. Na ótica das famílias também se deu um importante passo no sentido de tornar as despedidas dos seus entes queridos menos desgastantes, pois até à data, caso optassem por cremação, eram obrigados a penosas deslocações.
Crematório vai surgir no cemitério da Penha em Faro, única cidade algarvia a disponibilizar este serviço
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2012
PASSATEM P O S
Autor: João Raimundo
Quadratim - n.º 91 Dezembro foi o mês de Natal, Festa da Natividade de Jesus Cristo. É também um período em que os familiares se deslocam para se reunir em família – a Festa da Família – é a tradição que deve sempre existir, com carinho, compreensão e harmonia entre todos. Mas o Natal é quando nós queremos e quando podemos, porque diariamente a família deve estar sempre unida, quer nos maus, como nos bons momentos, e se pudermos devemos tornar mais feliz a existência dos mais necessitados, sejam familiares ou não. Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro de um «BOM 2012»!
Jogo da Paciência n.º 97
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Aproveite o início do ano para adotar hábitos alimentares mais saudáveis. O primeiro passo é estar motivado e empenhado em mudar. Leia alguns conselhos simples e eficientes: - Iniciar sempre a refeições pela sopa, saladas frescas e/ou legumes cozidos e, só depois, coma o prato principal; - Consuma frutas frescas, vegetais da época e cereais para aumentar a ingestão de fibras; - Aumente o consumo de água, evite ingerir muito líquidos durante as refeições; - Mastigue os alimentos devagar; - Adote horários regulares para fazer as refeições e coma várias vezes ao dia; - Pratique exercício físico, pelo menos 30 minutos diários; - Prefira carnes magras retirando a gordura visível; - Substitua queijos gordos amanteigados por queijos mais magros; - Substitua o açúcar refinado por adoçante; - Se tiver com vontade de repetir a refeição, repita o consumo de saladas; - Prefira os assados, grelhados ou cozidos e evite os fritos.
Ana Brás dietista
Soluções Jogo da Paciência - n.º96 F
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“Poupe nos medicamentos não sujeitos a receita médica”
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11) Outubro 12) Novembro 13) Dezembro 14) Segunda 15) Terça 16) Quarta 17) Quinta 18) Sexta 19) Sábado 20) Domingo
6) Maio 7) Junho 8) Julho 9) Agosto 10) Setembro
1) Ano Novo 2) Janeiro 3) Fevereiro 4) Março 5) Abril
“MESES E DIAS DA SEMANA”
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a GUADI apela
“É verdade que as grandes superfícies vendem os medicamentos não sujeitos a receita médica mais baratos que as farmácias?”
Ajude-nos a Ajudá-los!
a DECO informa Segundo um estudo, realizado pela DECO PROTESTE em junho de 2011, em que foi questionado o preço de 19 dos medicamentos não sujeitos a receita médica mais vendidos, em 500 farmácias e 400 locais autorizados a vender aqueles fármacos, os hipermercados apresentam os preços mais baixos. Desde que o preço destes fármacos foi liberalizado e a venda transpôs o território das farmácias, em 2005, as grandes superfícies conseguiram até a proeza de baixar o preço de alguns medicamentos. Nos pontos de venda dos hipermercados, a factura total dos 19 medicamentos que analisámos fica 20% e 19% mais barata do que nas farmácias e noutros locais de venda, respectivamente. Em junho de 2011, pagaríamos por aqueles 19 medicamentos, em média, € 96,95 na farmácia, € 96,03 noutro local autorizado (parafarmácia, por exemplo). No hipermercado, custariam € 80,74, de acordo com a amostra. Entre os medicamentos analisados, 12 são mais caros nas farmácias. Em comparação com os hipermercados, pagará mais 43% pelo Thrombocid e mais 36% pelo Aero OM, só para citar as maiores diferenças. Portanto se pretende reduzir o orçamento com saúde aconselhamos a, antes de abastecer a farmácia familiar visitar os hipermercados, pois estes em regra vendem mais barato. Informamos ainda que os estabelecimentos autorizados a vender medicamentos sem receita devem assegurar a informação sobre os fármacos. Se tiver dúvidas, questione o profissional que o atender.
Susana Correia jurista
Milady - Gatinha jovem, super simpática e meiga. Esterilizada.
Joca - É um cão com ano e meio/dois anos. Raça: Pitbull Porte médio.
Mel - Gata adulta, mas ainda jovem, super meiga e com um enorme instinto maternal.
Pombinho - Cão adulto, cerca de 5 anos de raça pequena.
Número solidário:
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GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283 Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 968079025 guadivrsa@hotmail.com/ http://associacaoguadi.blogspot.com FACEBOOK
JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2012 |
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COLABORADORES
Sexualidades e Adolescências A adolescência é frequentemente definida como sendo um tempo de transição no qual ocorrem mudanças no pensamento, identidade, autonomia e independência. De entre as mudanças mais destacadas encontram-se as corporais e sexuais. Durante a adolescência existem mudanças significativas no tamanho, forma e funcionamento do corpo, e é precisamente nesta fase que muitos sujeitos iniciam as suas experiências sexuais interpessoais. Estas mudanças podem contribuir para alterações no auto-conceito que incluem ênfase na sexualidade, alterando o seu comportamento sexual e adquirindo um novo sentido para si próprios e para os outros. Por estes motivos o estabelecimento durante a adolescência e jovem idade adulta de uma sexualidade satisfatória e coerente é uma das tarefas mais importantes do ciclo vital. Não obstante o anterior, o desenvolvimento sexual tal como as alte-
rações físicas, comportamentais/ interpessoais que estão associadas à puberdade e adolescência são frequentemente concetualizadas de forma estrita. Mas na verdade, o surgimento da sexualidade deve ser visto como uma forma multidimensional de desenvolvimento. Por exemplo, é possível determinar quando começa a adolescência mas não quando termina. As hormonas sexuais intervêm ao nível dos correspondentes recetores periféricos das mesmas levando ao desenvolvimento do organismo adulto com a consequente maturidade. Já os esteróides sexuais têm uma função organizativa e outra ativadora no comportamento sexual e agressivo. Antes da puberdade, estes efeitos ativadores são muito reduzidos, mas, uma vez ativados, os níveis hormonais aumentam pelo menos quatro vezes ao longo dos dez primeiros meses, alcançando em apenas dois anos os níveis de um adulto. O mais significativo é que os
substratos neuronais que atuam na agressividade são os mesmos que actuam no sexo e as conexões neuronais dentro destas áreas parecem ter uma notável semelhança. Igualmente, os mesmos esteroides que ativam a agressividade, por sua vez ativam o comportamento sexual. E precisamente a puberdade e os primeiros anos da adolescência constituem o período mais significativo para a aprendizagem da expressão e canalização do sexo e, ao mesmo tempo, da agressividade. As modificações e alterações hormonais podem provocar alterações complexas no comportamento sexual e no comportamento agressivo que se traduzem num aumento na sua frequência. No entanto, o nível de hormonas sexuais não prognostica os comportamentos ou interesses sexuais. Os principais determinantes do comportamento são os fatores de desenvolvimento e os ambientais, as hormonas somente contribuem para a sua expressão. Estas mudanças bio-fisiológicas vão acompanhadas por um aumento da capacidade para lidar com conceitos abstractos e operações mentais formais, bem como por um aumento da capacidade para colocar-se no lugar do outro e analisar os seus pensamentos. Como tal, “a adolescência é uma etapa ou período da vida que se inicia com o aparecimento da puberdade, mas que se diferencia dela porque a adolescência vai mais além do mero desenvolvimento fisiológico,
implicando mudanças intelectuais, emocionais, sociais, etc., que têm características diferentes das da infância e da vida adulta”. De facto é mais adequado falar de adolescências devido às diferenças culturais, de geração, étnicas, familiares, pessoais... Os conteúdos eróticos estão presentes na publicidade e em todo o tipo de manifestações culturais fomentando as atividades sexuais entre adolescentes, mas a sua sexualidade não é reconhecida. O mais problemático é que na nossa sociedade a atividade sexual está reduzida à genitalidade, procriação, casamento, vida adulta, à heterossexualidade e ao homem. Tal reflete a incomodidade referente às questões sexuais e à erotofobia. As atitudes sociais depreciativas face às mulheres e crianças podem contribuir para que os jovens de sexo masculino as “utilizem” para satisfazer os seus desejos. Acrescem as dificuldades que os pais apresentam em relação à educação sexual. A grande maioria detém escassa ou nenhuma informação acerca da sexualidade ou do abuso sexual. A vida sexual dos adolescentes é afetada pelo consumo de produtos directamente relacionados com a sexualidade e outros que se promovem através da manipulação de conteúdos sexuais. O mesmo acontece com a indústria da cosmética e da cirurgia. Igualmente a figura corporal é
um dos elementos fundamentais da auto-estima, que por sua vez, é um elemento essencial para uma sexualidade saudável. Os complexos que tendem a aparecer têm a sua base em imaginados defeitos físicos e por vezes afetam as relações interpessoais e a estabilidade emocional. Além disso, os modelos de beleza que a sociedade propõe vão incrementar a consciência do significado do corpo. Um em cada quatro adolescentes tem dificuldades em aceitar a sua figura corporal. Mas na realidade existe uma relação entre o “atrativo físico” e a aceitação social (na família, entre colegas, etc.). Todavia os conflitos quanto à independência e separação da família também se poderão expressar de forma sexual quando o adolescente se serve das relações sexuais para criar uma certa forma de distância familiar. Por conseguinte, cabe dizer que o contexto social e cultural no qual ocorrem estas mudanças (evolutivas e sociais) afeta o conceito que o adolescente tem de si mesmo de acordo com dimensões relacionadas com a sexualidade.
NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso, Sofia Ferreira
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CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO
Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia dois de Dezembro de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas trinta e um a folhas trinta e três do Livro de Notas para Escrituras Diversas número dezoito-A, uma escritura de justificação, na qual Rita Gonçalves Leonardo, solteira, maior, natural da freguesia e concelho de Castro Martim, onde reside, em Pisa Barro de Cima, portadora do bilhete de identidade número 5594939, emitido vitaliciamente a 4 de Dezembro de 1998, pelos Serviços de Identificação Civil de Faro, contribuinte fiscal número 170 853 217, declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito em Pisa Barro de Cima, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo de construção antiga, destinado a habitação, com cinco divisões, com a área total de quinhentos e quarenta e cinco vírgula vinte metros quadrados, dos quais cento e vinte e três vírgula oitenta são de área coberta, a confrontar a Norte com Manuel António Leonardo, a Sul com Santa Casa da Misericórdia, a Nascente com Valentim Campos e José António Lopes e a Poente com caminho público, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito provisoriamente na respectiva matriz predial sob o artigo P8124, pendente de avaliação. Que o referido prédio entrou na sua posse por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e seis, por óbito de seu pai, António Leonardo, casado que foi sob o regime da comunhão geral de bens com Catarina da Conceição, também já falecida, residentes que foram em Pisa Barro de Cima, na freguesia e concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado a justificante na posse e fruição do referido prédio, cuidando da sua manutenção, suportando os encargos de obras de conservação, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boafé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a primeira outorgante adquiriu o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, 2 de Dezembro de 2011. A Notária, [Lic. Maria do Carmo Correia Conceição] Conta registada sob o n.º 09/12 Factura /Recibo n.º 2521 Jornal do Baixo Guadiana, 01 Janeiro 2012
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CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia doze de Dezembro de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas oitenta e nove a folhas noventa verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número dezoito - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Lucrécia Silvéria Vicente e marido, Aníbal Carvalho Vicente, casados sob o regime de comunhão de bens adquiridos, naturais, ela da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, ele da freguesia de Lousa, concelho de Loures, residentes na Rua do Sul, Lote 13, Manjoeira, Santo Antão do Tojal, contribuintes fiscais números 121 387 780 e 117 135 836. Que declararam são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos localizados na freguesia da Conceição, concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial desse concelho: a) Prédio rústico sito na Corte António Martins, composto por cultura arvense, com a área de mil e trezentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria Silvéria, a Sul com Bento José, a Nascente com limite da freguesia e a Poente com José Domingos Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 743, com o valor patrimonial tributável de 37,40 euros; b) Prédio rústico sito na Corte António Martins, composto por cultura arvense, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria Silvéria, a Sul com Bento José, a Nascente com limite da freguesia e a Poente com José Domingos Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 751, com o valor patrimonial tributável de 2,83 euros; c) Prédio rústico sito na Corte António Martins, composto por cultura arvense, com a área de oito mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria Silvéria, a Sul com Bento José, a Nascente com limite da freguesia e a Poente com José Domingos Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 753, com o valor patrimonial tributável de 37,40 euros; Que atribuem aos prédios os respectivos valores patrimoniais tributáveis, calculados para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto de Selo, pelo que somam os mesmos o valor de setenta e sete euros e sessenta e três cêntimos. Que os referidos prédios lhes pertencem por os mesmos terem entrado na sua posse por doação verbal nunca reduzida a escrito, feita à primeira outorgante mulher, já no estado de casada, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e um, pela mãe desta, Mariana Silvéria de Jesus, solteira, maior, natural da dita freguesia de Vila Nova de Cacela, que também usava e era conhecida por Mariana Maria e/ou Mariana Silvéria, residente que foi no Vale Andreu, na freguesia e concelho de Castro Marim, actualmente já falecida. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os primeiros outorgante na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os primeiros outorgantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 16 de Dezembro de 2011. A Colaboradora, (Joana Isabel da Silva de Gouveia e Sousa) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/2, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 01.02.2011, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 89 /12 Factura / Recibo n.º 2571
Jornal do Baixo Guadiana, 01 Janeiro 2012
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COLABORADORES
Dia não I Estou triste e pensativo Se não mesmo preocupado A tristeza que hoje vivo Deixa-me assim amargurado II Não sei como explicar Toda esta solidão... Só me apetece é chorar Mas não sei qual a razão Será contágio do dia Por estar ventoso e frio Que me deixa neste estado Que o de amanhã me traga alegria E o sol que hoje me não sorriu E me deixe recuperado Relógio
Azinhal das rendilheiras Às mulheres da minha terra, artistas de Portugal, que na linda aldeia da serra cultivam est’arte ancestral. Vinda do longínquo Oriente ou mesmo daqui mais perto, muito próximo da gente, mas veio por mar, isso é certo. Talvez num navio pirata que o Guadiana sulcou, esta pérola de prata nessa nave navegou. Não se sabe a sua idade nem sequer quando chegou, sem bilhete de identidade ao nosso cais aportou. Com a bênção duma fada de beleza original, vive a renda entrelaçada à lenda do Azinhal. Perde-se no tempo distante o timbre da sua voz; ninguém diz que é imigrante, mas sim concebida entre nós. Pendurados na almofada, que repousa na canastra, os bilros à desfilada formam em cada casa uma orquestra. Atentas, as vedetas nossas, desvendam os seus segredos; são estas airosas moças que têm olhos nos dedos. Os talentos que a aldeia encerra ao Mundo os querem mostrar; lá vai de terra em terra, a renda de bilros viajar. E vão pedindo com fervor, todos os dias a Deus, longa vida e louvor, para a menina dos olhos seus! Manuel Palma
Chuva Sou filha do vento! Não trago nada no pensamento! Venho das altas terras… Do cimo das altas serras… Porque da noite se fez o dia! E a luz iluminou as trevas… Cessou a minha nostalgia! Sou neta da madrugada! Da lua faço minha afilhada! Não pretendo comprar nada! Só quero porto seguro para ancorar! Ou terra fértil para lavrar! Tenho pressa de passar! Chegar aqui devagarinho! Para bater à tua porta de mansinho! Ilda Ferreira
Bicho que devora bicho Já lá vai o caracol Com os cornitos no ar Mal sabe o pobrezinho Em que boca vai parar Entre pedras ele caminha Mesmo assim é procurado Empoleira-se nas ervinhas Logo ele é apanhado Longos dias fica detido Sem nada para comer Bem lavados são cozidos Bons petiscos vão fazer São uns cornitos bem moles Qualquer um os dá roído Não tem espinha, não tem osso Pobre bicho está perdido
Cacela Meu tamanho é logo ali, um breve espaço Minha magnífica Igreja, recebe o sol, num abraço Meu fortim, se espelha sobre a Ria Formosa. Da praia ao campo, terra preciosa. Sou Cacela, fui concelho, hoje freguesia Antiquíssima povoação, me perco na lenda. Dos Romanos aos Árabes, às Moiras Encantadas, Extinta, com uma filha, a Vila Nova, fui abandonada.
Sempre que a chuvinha chega Logo ele é enganado Leva a casa, põe-se ao sol E pelo homem é procurado. Natália Palma
Rejuvenesci…estou dotada, tenho gente Sinto que há amor; que vida bela! Minha filha é, Vila Nova de Cacela.
Hino à Altura
Que terra bonita, tenho chuva e vento Tenho céu, sol, lua e estrelas, que contemplo Tudo isto olha para mim. Sou Cacela.
A freguesia de Altura Tem feitiços de encantar Tem a serra mais acima Mais abaixo tem o mar.
Manuel Tomaz
Paixão não é pecado Castro Marim terra da minha paixão Castro Marim como não há igual Castro Marim é uma nobre vila Castro Marim é uma terra de Portugal Castro Marim onde os meus nasceram Castro Marim foi lindo berço para mim Castro Marim uma terra com história Castro Marim uma vila que não terá fim Castro Marim bom dia de manhãzinha Castro Marim vamos ver como tens passado Castro Marim com todos os meus sentidos Castro Marim ficam encantados Castro Marim diz o que tens a dizer Castro Marim há mais para trabalhar Castr Castro Marim não tem tudo de bom Castro Marim com idade, é comer e passear. António V. Severo Martins
Quem esta terra visita Logo a ela quer voltar Para respirar bons ares E no mar vir nadar. Nascemos, vivemos, Nesta terra sem igual Cantamos, gritamos, “Altura não tens rival”. No seu extenso areal Há gente de todo o lado Do português ao estrangeiro Está tudo pró mar virado. Quem Altura já conhece Sabe que isto é mesmo assim Freguesia de Altura Concelho de Castro Marim. Nascemos, vivemos Nesta terra sem igual Cantamos, gritamos “Altura não tens rival”. Maria Felicidade Viegas
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DESPORTO
Futebolândia crónica
Olá! Feliz Ano Novo e sejam bemvindos à primeira edição de 2012 do Futebolândia! Em Dezembro, num jornal português, Jorge Jesus, treinador do Benfica, pedia ao Pai Natal o título de campeão nacional…e a carta dizia mais ou menos assim: “Querido Pai Natal, através desta carta venho pedir-te o título de campeão. Ao mesmo tempo quero pedir-te que o Luisão fique recuperado, senão terei que colocá-lo a jogar, nem que seja de muletas, porque ainda me dá uma «coisinha má» por culpa do Jardel - às vezes os avançados das equipas contrárias entram pelo centro da defesa mais facilmente que despedir um funcionário público em Portugal! Peço-te lucidez, sim, lucidez, para colocar o Nolito a titular. Só eu é que vejo que o Bruno César é melhor, mas tens que compreender que eu gosto de dar oportunidades aos menos talentosos... Não é isso que o Governo faz quando nomeia os ministros?! Peço-te também um manual de instruções de futebol (se é que existe), para ensinar o Cardozo a jogar; às vezes até parece o Hélder Postiga ou mesmo o Hugo Almeida... Para mim quero um kit da «Isabel Queiroz do Vale Cabeleireiros», para ter um novo look em 2012, nem que seja só para cortar a franja, é que às vezes cai-me para a frente dos olhos e acabo por não ver patavina do que se passa dentro das quatro linhas; como se passou no Funchal para a Taça de Portugal com o Marítimo. Obrigado e espero ver os meus pedidos todos realizados!” (Qualquer semelhança com outras cartas enviadas ao Pai Natal, é pura coincidência!!!)
Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação eusebiocosta@live.com.pt
GDA mostra boa forma para 2012
Os mais pequenos também ficaram bem classificados Na prova de Natal que decorreu a 18 de Dezembro, os atletas do Grupo Desportivo de Alcoutim - GDA, mostraram bom nível de preparação. Na Mexilhoeira da Carregação os atletas do Grupo Desportivo de Alcoutim participaram na I Prova de Natal. A prova serviu para os jovens mostrarem o seu nível de preparação numa altura em que ainda falta algum tempo para o início da época. Os atletas estão já a um nível bastante aceitável. Os atletas para a época 2011/2012 são: Menores - Ana Lúcia Palma, Joana Ramos, Beatriz Ribeiros, Daniela Mestre, Lily Delaissé. Iniciados - Luís Simão, Pedro Lourenço, Infantis, Joana Mestre, Inês Vilão, Bruno Ramos, Pedro Geremias, Ricardo Martins, André Madeira, Rodrigo Romão, Cadetes, Micael Marques, Jorge Palma ,Alejandro Villegas, João Rodrigues, Hugo Carmo. Juniores - João Simão, Diogo Martins. Séniores - Ana Reganha, João Albuquerque, Francisco Gonçalves, Fábio vilão, Daniel Cavaco Fernando Augusto. O treinador é Bruno Carmo.
Judo alturense com boas classificações
Nasceu a Associação Rodactiva
No dia 10 de Dezembro o Clube Recreativo Alturense (CRA) participou no torneio «Open de Pinhal Novo» em juvenis 1º e 2º escalão com 3 atletas que obtiveram bons resultados:
Apesar da situação económica atual, mas com humildade, ambição e trabalho, nasceu, das mãos de um grupo de amigos apaixonados pelo ciclismo, a Associação Rodactiva. Com um espírito inovador e de cooperação entre coletividades da região, a Rodactiva surge em Castro Marim com o objetivo de dinamizar e oferecer aos amantes das bicicletas o melhor que a região do Baixo Guadiana tem para dar; desde as lindas paisagens que vão do litoral à serra do Interior, sempre acompanhadas pelo rio Guadiana, passando pela gastronomia e nunca esquecendo a cultura. A Associação Desportiva, Recreativa, Cultural e Social do Sotavento – RODACTIVA, foi fundada a 29 de Setembro de 2010 por um grupo de 21 amigos da região e tem como principal objetivo desenvolver a prática do desporto no concelho de Castro Marim, bem como marcar novos roteiros no concelho. Sendo ainda «bebé» a RODACTIVA já organizou a I Maratona da Alta Mora onde colaborou com a Associação ARCDAA; o passeio de apresentação informal da associação e em parceria com a junta de freguesia de Castro Marim no passeio dos Pais Natal, no dia 11 de Dezembro. Para 2012 estão já previstos o Passeio de apresentação da Associação em Fevereiro; em Abril o 1º Peddy Paper Escolar; em Maio o Passeio -convívio pelo Guadiana; em Junho o 1º Passeio BTT fim de ano escolar; Agosto - 1º Passeio Férias de Altura; Setembro - 1 º Prova de BTT; Outubro - 1 º Passeio Hallowen – Nocturno. Outras atividades ainda a decorrer são workshops de mecânica ciclista, gincanas pedagógicas e a requalificação da Ecovia, entre outras.
Humberto Fernandes
1º lugar no escalão juvenis 2º feminino, Beatriz Fernandes na categoria de 52kg; 3º lugar no escalão juvenis 1º Miguel Madeira na categoria de 34kg; 3º lugar no escalão juvenis 1º João Palma na categoria de 81kg;
Em representação da Associação Distrital de Judo do Algarve (ADJA), para além do CRA, participou também o Judo Clube de Portimão (JCP) com 2 atletas tendo obtido dois 3º’s lugares nas categorias de 38kg e 66kg. De salientar ainda que a judoca Beatriz Fernandes bateu na final a atleta do Sporting Clube de Portugal (SCP), por ippon.
Sub-10 goleiam e continuam na luta
Lusitano e Repesenses continuam a disputar acerrimamente a liderança do Distrital de Sub-10. Na manhã do passado dia 18 de Dezembro, Fernando Pereira e Nuno Miranda, viram os seus pupilos golear o Pinguinzinho por 5-2, com uma exibição q.b. que até poderia ter dado mais golos. De acordo com o site do clube vilarealense, a 1 ponto do líder, o Lusitano mantém-se assim na corrida, regressando em Janeiro depois das festas natalícias com uma visita dos trambelos ao Dínamo da Estação
Lusitano sub-10 está muito bem classificado
Baixo Guadiana sobre rodas
Humberto Fernandes
crónicas
Surge um novo ano, surge uma nova época de ciclismo. Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e Amaro Antunes já preparam a nova temporada, depois dos dois primeiros terem prolongado o seu contrato por mais uma época com a equipa tavirense. Já Amaro Antunes, que o ano passado corria com as cores da equipa LA Rota dos Móveis, este ano junta-se aos colegas e amigos da região, e irá defender as cores Tavira/Prio, equipa pela qual assinou contrato no passado mês de
Dezembro. Com um estado de forma que se quer já considerável, o Vencedor da Volta a Portugal, Ricardo Mestre, e o natural da Manta Rota, Samuel Caldeira, estiveram em testes físicos nos dias 16 e 17 de Dezembro com a finalidade de apurarem o seu estado de forma para assim definirem o calendário de início de época. Segundo os atletas da equipa Tavira/Prio, ambos estarão presentes na «Volta à Argentina», que se disputa entre os dias 23 a 29 de Janeiro e onde estarão presentes 8 selecções nacionais e 5 equipas World Tour com um total de 24 equipas confirmadas. Após esta incursão pela América do sul, a com-
petição continua desta feita em terras Algarvias, onde irão disputar a prova de abertura do calendário nacional no dia 12 de Fevereiro, seguindo-se a já bastante prestigiada «Volta ao Algarve», entre os dias 15 e 19 do mesmo mês; aqui vão estar as melhores esquipas e atletas do mundo do ciclismo numa prova no ano passado ganha pelo atual campeão do mundo de contra-relógio, Tony Martin. “Vou tentar estar presente nas provas de início de época num bom momento de forma e tentar lutar pelos lugares da frente, visto corrermos em duas provas muito importantes como a «Volta à Argentina» e a «Volta ao Algarve». O
ano passado a liderança na montanha da «Volta ao Algarve» foi um ótimo resultado, vamos ver como saem as coisas este ano” confessou o vencedor da Volta a Portugal 2011 ao JBG. “A classificação geral e os contra-relógios não serão o meu objetivo considerando as minhas características de sprinter, mas conto tentar estar a um bom nível já em Fevereiro para disputar todas as etapas ao sprint”, confidenciou Samuel Caldeira. Quanto ao jovem natural das Hortas, Vila Real de Santo António, Amaro Antunes, apenas se sabe que estará na Prova de Abertura do calendário nacional, ainda tendo em aberto o restante calendário de início de temporada. “Estou muito contente por ter assinado pela equipa Tavira/Prio. Ainda não tenho o meu calendário definido, mas espero que a época corra bem para mim e para a equipa”.
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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2012
CM VRSA
Maior passagem de ano do Algarve foi em VRSA O município de Vila Real de Santo António foi protagonista da maior passagem de ano do Algarve. A zona poente de Monte Gordo foi palco dos maiores festejos que duraram dois dias. No total passaram pela festa 40 mil pessoas. Na primeira noite (30 de Dezembro) 15 mil pessoas deram as boas aos cabeça de cartaz Paulo Gonzo e Diego Miranda com Ana Free. Mas os artistas locais estiveram também em alta. As actuações foram de «Vide Versus» e DJ Flip D’Palm. No último dia do ano a noite começou com a animação da música popular do «Duo Reflexo», passando para a música rock com o Grupo «Uns e Outros», que aqueceu o ambiente e preparou os presentes para a chegada do novo ano. As doze baladas, começaram com um fogo-deartifício, que o céu da baía de Monte Gordo ao longo 15 minutos. O cubano Baby Lores, com os seus ritmos quentes, subiu ao palco após a meia-noite. Perto das 2h00 foi a vez de o DJ Rosabrava subir ao palco; e a noite ainda estava longe de terminar quando pelas 4h30 da manhã o DJ RA partilhou a sua música nos estilos house, mínimal house, minimal techno, acid house e um pouco de transe. A noite de passagem de ano na praça Marquês de Pombal foi assinalada com bailaricos. Segundo o município de Vila Real de Santo António o programa da passagem de ano 2011/2012 foi produzido com o apoio dos hoteleiros do concelho que colaboraram na organização. Ainda segundo informação autárquica o retorno económico é assinalável já que seis das principais unidades hoteleiras do concelho tiveram uma lotação de perto de 100%. De acordo com Luís Gomes, presidente da câmara, “a elevada afluência e as boas taxas de ocupação hoteleira provam que o programa de passagem de ano continua a ser uma aposta segura para a promoção do concelho”. Lembrou que este ano o cartaz foi “mais contido em termos de custos”, frisando que a passagem de ano em VRSA “é um evento-chave no Algarve e cuja notoriedade se prova pelo renovado número de espectadores ano após ano”. De assinalar que no Baixo Guadiana, e de acordo com informação a o JBG teve acesso, o Reveillon também foi assinalado com muita festa nas localidades de Giões e Vaqueiros, localidades do concelho de Alcoutim. Ambas as festas foram organizadas por associações locais. A primeira pela Associação «Grito de Alegria» e a segunda pelo Clube Desportivo de Vaqueiros.
Cartoon
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A solidariedade enche parte das páginas dos jornais, e está a propagar-se pelo território do Baixo Guadiana.
A Agenda Criança vai ser criada em Portugal no primeiro trimestre de 2012. Um sinal de maior atenção para um ser frágil na sociedade.
As portagens estão a prejudicar, ainda mais, a economia e a qualidade de vida dos algarvios.
Sotavento Algarvio
ECOdica Com o início do Ano Novo tente mudar a sua atitude para uma mais saudável e amiga do ambiente. Comece por tentar fazer somente a quantidade de comida necessária para aquela refeição, e reutilize as sobras. Evita assim desperdícios e passa a comer de forma mais equilibrada e sem excessos. O site www.lovefoodhatewaste.com (em inglês), indica as quantidades necessárias de alimentos por pessoa e dá dicas de como reutilizar determinados alimentos.