OJB Edição 27 - Ano 2016

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 02/07/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 27 Domingo, 02.07.2017 R$ 3,20 Fotos: Selio Morais

CBB e Juntas Missionárias: há 110 anos construindo a história dos Batistas

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Convenção Batista Ação Social efetua mais Sergipana (CBS) promove de 300 atendimentos na 67a Assembleia Anual IB no Jaraguá - SP Página 10

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

OPBB Fluminense capacita pastores através do Projeto “Cajado Amigo”

Associação Batista Caxiense (ABC), no RJ, realiza 58a Assembleia; confira!

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Conheça um pouco da história da CBB, JMN e JMM Origem da Convenção Batista Brasileira Em 1882, quando foi organizada a Primeira Igreja Batista, voltada para a evangelização do Brasil, já existiam duas outras Igrejas Batistas, organizadas por imigrantes norte-americanos, residentes na região de Santa Bárbara do D’Oeste e Americana, em São Paulo. Os casais de missionários Batistas norte-americanos, recém-chegados ao Brasil, Willian Buck Bagby e Anne Luther Bagby, os pioneiros; e Zacharias Clay Taylor, Kate Stevens Crawford Taylor, auxiliados pelo ex-padre Antônio Teixeira de Albuquerque - batizado em Santa Bárbara D’Oeste - decidiram iniciar a sua missão na cidade de Salvador, na Bahia, com 250.000 habitantes. Ali chegaram no dia 31 de agosto de 1882, e no dia 15 de outubro organizaram a PIB do Brasil com cinco membros; os dois casais de missionárias e o ex-padre Antônio Teixeira. Nos primeiros 25 anos de trabalho, Bagby e Taylor, auxiliados por outros missionários e, por um número crescente de brasileiros, evangelistas e pastores, já tinham organizado 83 Igrejas, com aproximadamente 4.200 membros.

a primeira pessoa a pensar na organização de uma Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros. Mas, somente em 1907, a ideia foi concretizada. A. B. Deter, Zacharias Taylor e Salomão Ginsburg concordaram em dar prosseguimento ao plano. Eles conseguiram a adesão de outros missionários e de líderes brasileiros, inclusive Francisco Fulgêncio Soren, que tinha, inicialmente, algumas reservas. A comissão organizadora optou pela data de 22 de junho de 1907 para organizar a Convenção, na cidade de Salvador, quando transcorreriam os primeiros 25 anos do início do trabalho Batista brasileiro, também começado na referida cidade. No dia aprazado, no prédio do ALJUBE, onde funcionava a Primeira Igreja Batista de Salvador, em sessão solene, foi realizada a primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira, composta de 43 mensageiros enviados por Igrejas e Organizações. A casa estava cheia. O clima era de festa, celebrando o que Deus fizera a partir daquele início tão pequeno! Criada a Convenção, foi eleita sua primeira diretoria: Presidente - Francisco FulOrganização da Convenção gêncio Soren; 1º vice-presiSegundo José dos Reis Pe- dente - Joaquim Fernandes reira, Salomão Ginsburg foi Lessa; 2º vice-presidente

- João Borges da Rocha; 1º secretário - Teodoro Rodrigues Teixeira; 2º secretário - Manuel I. Sampaio; tesoureiro - Zacharias Taylor. A motivação básica da criação da Convenção foi missões e falava-se na evangelização de Portugal, Chile e África. Foram criadas, além das duas Juntas Missionárias Missões Nacionais e Missões Estrangeiras (hoje Missões Mundiais) -, outras juntas: para a Casa Publicadora Batista, para Escola Bíblica Dominical, para União de Mocidade Batista, para Educação e Seminário, e para a Administração do Seminário. Ao todo, sete Juntas. Junta de Missões Nacionais A Junta de Missões Nacionais (JMN) foi organizada em 1907, na primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB). Inicialmente foi chamada de Junta de Evangelização Nacional. Joaquim Fernandes Lessa foi eleito secretário - correspondente e tesoureiro da Junta de Evangelização Nacional. Em sua fala, demonstrou interesse pela evangelização dos indígenas. A primeira sede foi em Campos dos Goytacazes - RJ. A primeira oferta para missões aconteceu na segunda sessão da primeira Assembleia da Anual da CBB, em 1907. A ideia era multar quem chegasse atrasado.

Ninguém chegou, mas, mesmo assim, uma grande oferta foi levantada, dois mil contos de rés. O recurso foi utilizado para o envio do primeiro missionário ao estado do Acre, Crispiniano Dario da Silva. Ele foi o primeiro missionário de Missões Nacionais. Atualmente, o pastor Fernando Brandão é o diretor executivo, cargo que assumiu em 2007. Junta de Missões Mundiais A Junta de Missões Estrangeiras, seu nome original, surgiu mediante parecer apresentado pelo missionário Willim B. Bagby na sexta sessão, no último dia da Convenção, em 27 de junho de 1907. Foram membros da histórica e altamente qualificada comissão: Salomão Luiz Ginsburg, Eurico Alfredo Nelson, Albert Lafayette Dunstan e Francisco Fulgêncio Soren. Na mesma assembleia, dois mensageiros, Eurico Alfredo Nelson e W. H. Cannada, propuseram, com apoio, que a Junta recém-criada enviasse o missionário Bagby ao Chile para conhecer os Batistas ali existentes e definir se aquele país deveria ser, ou não, o primeiro campo missionário estrangeiro dos Batistas brasileiros; e também que a Junta de Missões Estrangeiras estudasse a possibilidade de abrir um trabalho Batista em Portugal.


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

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hollanda1929@outlook.com

Música na Ceia do Senhor

(Dedicado ao leitor Luiz Hastimphilo Mestrinho)

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este artigo reproduzimos conceitos inspirados em sermões (19771985) do saudoso pastor João Filson Soren, e baseados em nossas experiências no exercício da diaconia. 1. Parte central - O culto deve girar em torno da celebração da Ceia do Senhor. A celebração não deve ser um arremate do culto, ou apenas um momento ou um pretexto. 2. Efeméride - Seu significado deve ser lembrado continuamente; é uma ordenança repetitiva; seus efeitos abençoadores devem ocorrer continuamente; sua necessidade é permanente para alimentação espiritual dos membros da Igreja. 3. Testemunho - A celebração proclama a morte, comemora o falecimento de Jesus em Sua forma humana e anuncia a Sua segunda vinda; é um testemunho dos cristãos presentes. 4. Seriedade - A celebração deve ser conduzida com seriedade, mas evitando um ambiente tristonho e lacrimoso; não deve converter-se em um culto fúnebre, em um velório deprimente. A morte de Jesus, seguida pela ressur-

reição, significou, à época, a Sua vitória sobre a morte, por isso resultou em alegria para os discípulos. 5. Recordação - Na Igreja Primitiva, depois do culto, a celebração da Ceia do Senhor era uma ocasião alegre, não para recordar a Páscoa, que marcou a despedida dos judeus, mas para lembrar outras refeições com a presença de Jesus. 6. Homenagem a um mártir? - Jesus não foi mártir no Calvário; Ele se submeteu voluntariamente à crucifixão. Não cabe qualquer hino ou cântico no qual o sacrifício de Jesus seja lembrado como ato heroico, motivado pela maldade de alguém ou pela crueldade da turba. 7. Desafio - A celebração é um desafio à Igreja, para que se torne uma comunidade realmente fraterna; é um desafio também para o crente: a imperfeição da Igreja não deve ser pretexto para abster-se de participar da Ceia do Senhor, que não é do pastor, dos diáconos ou de algum membro pioneiro ou veterano. A celebração declara aos de fora da Igreja que os que estão dentro dela são irmãos em Jesus Cristo. 8. Reconhecimento - É o reconhecimento tácito, pela Igreja local e atual, de sua imperfeição.

9. Momento de exame - É imprescindível; não é uma autoanálise psicológica; na celebração, a exortação é algo frequente: “Examine-se e julgue-se a si mesmo”. No rito (procedimento do culto), não se trata de ritual (ordenamento da liturgia, que, no meio Batista, não é praticado), deveria ser mais enfática e incisiva essa momentosa exortação. Não é uma simples introspecção ou mera avaliação, nem teste de conhecimento doutrinário a respeito do simbolismo do pão e do vinho. É o despertar da consciência, é a atitude de contrição. É a confissão da incapacidade para realizar a obra evangelizadora! 10. Contrição - para que seja possível, deve haver tempo suficiente para o cultuante autoexaminar-se. Evidentemente, as partes musicais tornam-se inconvenientes nos poucos momentos liberados ao autoexame. O que é mais importante: a música ou a contrição? Cantar ou confessar pecado? 11. Exercício - Participar da Ceia do Senhor é praticar um exercício espiritual; a celebração não é um encontro social, nem evento artístico. 12. Momento de gratidão - Ninguém deve participar sem ao menos murmurar uma oração de gratidão a Deus.

13. Efeitos - Ao terminar a contramos música coral celebração, se o crente introdutória, canto connão experimentou qualgregacional (enquanto é distribuído o pão), solo quer efeito espiritual ou dueto vocal (na ocabenéfico, então foi um tempo inaproveitado. sião em que é servido o 14. Execução musical - É imvinho) e canto congregacional (para encerrar a própria para solo vocal; celebração). Observamos durante a distribuição que restam ao cultuante, dos elementos, seria condepois de tantos outros digna a execução dos atos, poucos minutos dois minutos iniciais do para a contrição; além “Benedictus”, de Beethodisso, há várias circunsven, em um circunspecto solo de violino, nas Igretâncias adversas: ruídos e barulhos no ambiente, jas que prezam a liturgia. distrações causadas pela 15. Improvisação - Se a parte movimentação das pesmusical for improvisada, sujeita-se ao dissabor de soas. Mas, em 01 de maio contradizer todos estes de 2016, pela Internet, preceitos. vimos como foi excepcio16. Esperança – É recomennal o consumo de tempo na celebração: além dos dável a Igreja cantar a 30 minutos costumeirespeito de sua firmeza em Cristo, mesmo quanros, mais 11 minutos de execução musical, com do a Igreja local passa “pompa e circunstância”. por uma crise. O culto prolongou-se 17. Introspecção - Muitos por 41 minutos, como se textos bíblicos que enfossem destinados a um sinam a retidão foram concerto. Convenhamos: musicados; se forem isso não está entre os proaproveitadas essas pepósitos da celebração da ças, trarão à celebração Ceia do Senhor! belos momentos para a 19. Sugestões -1) - somente introspecção. durante a distribuição 18. Tempo para a contrição dos elementos, quando - No último lustro da diao celebrante não está faconia, preocupados com o uso do tempo (fomos lando, pode ser executapara uma celebração da da, breve e suavemente, Ceia do Senhor ou para uma melodia calma e um concerto musical?), reverente; 2) - a celebratemos cronometrado o ção deve terminar com o tempo gasto na realização canto congregacional, de da atividade eclesiástica. preferência sem acompaNas partes musicais, ennhamento instrumental.


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A morte de Estêvão

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

José Manuel Monteiro Jr., pastor da Igreja Batista do Paiva - São Gonçalo - RJ

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stêvão é o protomártir do Cristianismo. Ele selou seu testemunho com o próprio sangue. Em seu discurso contra os homens do sinédrio, Estêvão os confronta dizendo que eles fizeram três coisas: (a) - Eles resistiram ao Espírito Santo (Atos 7.51). Os homens rejeitam o Espírito Santo quando rejeitam seus apelos; (b) - Eles perseguiram e mataram os profetas (Atos 7.52); (c) - Eles desobedeceram à lei (Atos 7.53). Apesar de terem sido privilegiados pelo fato de terem recebido a lei por intermédio dos anjos, os judeus não têm obedecido a essa lei. O apóstolo Paulo chega a dizer, em sua carta aos Romanos, que o nome de Deus é blasfemado entre os gentios justamente por isso. Os judeus não viviam aquilo que ensinavam. Em vez de demonstrarem arrependimento, os homens do sinédrio rilham os dentes e, de forma ensandecida, apanham pedras e matam

Felipe Ribeiro, membro da Segunda Igreja Batista em Mossoró - RN

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mundo nos bombardeia dia após dia com informações que, em sua maioria, não trazem teor algum de edificação, como se já não bastasse a nossa natureza pecadora, que é aflorada e inclinada para o mal. Diante dessa realidade assustadora, pode surgir o questionamento: “Como me manter firme diante de um mundo caído?”.

brutalmente a Estêvão. O que Estêvão tem a nos ensinar na hora de sua morte? Quais foram as últimas reações de Estêvão no momento do seu apedrejamento? Vamos elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, Estêvão olha para a direção certa (Atos 7.55). Este é um homem que até na hora da morte está com seus olhos no céu. Sua vida não era controlada, dirigida pela terra, mas pelo céu. Aprendemos com Estêvão que precisamos aprender a viver olhando para o alto, com os nossos olhos fixos no Senhor em todo tempo, independente das circunstâncias à nossa volta. A geração atual de crentes vive olhando somente para as coisas terrenas, não tem olhos para Deus. Estêvão, ao olhar para o alto, para o céu, contemplou a Glória de Deus. Em segundo lugar, Estêvão testemunhou de Cristo (Atos 7.56). Além de vislumbrar a Glória de Deus, Estêvão vê Jesus em pé, e não assentado, à direita de Deus. O comentarista bíblico F. F. Bruce, afirma: “Estêvão estivera confessando Cristo diante dos

Encontramos a resposta no texto do apóstolo Paulo aos Colossenses, que nos diz: “Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão” (Cl 2.6-7). A premissa de que é preciso receber a Cristo é clara nesse texto e nos dá um norte para a resposta do questionamento. Paulo nos exorta a continuar nEle. Quem? Jesus Cristo! Como? Enraizados e edificados.

homens, e agora vê Cristo confessando seu servo diante de Deus”. Em terceiro lugar, Estêvão é um homem que sabia onde viveria a eternidade (Atos 7.59). Ele, mesmo sendo apedrejado, ora. Seu foco não está na dor em decorrência do seu apedrejamento, mas na convicção de que passaria a eternidade com Jesus de Nazaré. Da mesma forma que a Bíblia fala acerca do céu, não deixa de mencionar sobre o inferno. O inferno é uma realidade apontada por Jesus Cristo. Há, pelo menos, 50 textos da Escritura que falam diretamente do inferno ou da punição que os ímpios receberão. Em último lugar, Estêvão atenua a culpa de seus inimigos (Atos 7.60). Estevão roga a Deus o perdão para os seus acusadores. Quem perdoa termina a vida em paz. Lucas apresenta um quadro de serenidade em meio à violência quando escreve que Estêvão adormeceu. Mais uma vez lanço mão de F. F. Bruce. “A morte de Estevão foi uma descrição inesperadamente bonita e cheia de paz para uma morte brutal”.

Raízes

Imagine uma árvore que não tem suas raízes arraigadas em um bom solo. É bem provável que ao virem as turbulências, vendavais e tempestades, essa árvore acabe morrendo, pois não há fundamento sólido em suas raízes. Para cada árvore que cresce alta em direção ao céu, existem raízes fortes - escondidas, mas absolutamente necessárias. Sem as raízes, a árvore tombaria ou definharia por falta de água e nutrientes. Assim somos nós, se não fixarmos nossas raízes em

O que é “esperar em Deus”? rei Davi enfrentou uma enorme variedade de experiências críticas. Cometeu grandes erros e vivenciou a grandeza da intervenção divina na sua vida pessoal e profissional. Sua vida foi um manual sobre o tamanho dos pecados humanos e a imensidão das restaurações providenciadas pela graça divina. Daí sua declaração pública: “Somente em Deus eu encontro paz: é dEle que vem a minha salvação” (Salmo 62.1). Nos campos de batalha se desenrolaram os momentos mais significativos e emblemáticos daquele que Deus escolheu para identificar humanamente Seu Reino aqui na Terra. Expressões como a

“dinastia de Davi”, ou a “casa de Davi” foram usadas, nos escritos do Antigo e do Novo Testamento, para exemplificar a dinâmica espiritual das revelações bíblicas a respeito de Jesus, o Messias, o maior nome da linhagem de Davi. Nas horas de repouso e meditação, as memórias sangrentas das guerras eram suavizadas pelas memórias das vivências quase milagrosas das intervenções de Jeová. Naquelas horas, quando o único inimigo de Davi era Davi, exatamente naquelas horas, o rei poeta conseguia descobrir as “salvações” que somente o Senhor lhe concedia. À semelhança de Davi, precisamos buscar a intimidade com o Jeová Poderoso nas batalhas, para alimentar em secreto nossa vida espiritual. Nestes momentos essenciais, fica claro para nós de onde, realmente, vem a nossa salvação e a nossa paz, o nosso “esperar em Deus”.

Cristo Jesus, se não nos alimentarmos deste solo fértil. O fato de sermos cristãos não nos isenta de receber as descargas de insanidade que o mundo tem disparado - incessantemente - contra nós todos os dias. Porém, por mais alucinante que seja viver perigosamente uma vida de pecado, a Bíblia é clara ao nos exortar que não há compatibilidade entre a luz e as trevas (II Coríntios 6.14), afinal, nosso chamado é para salgar e iluminar este mundo perdido e não nos sujarmos nele como porcos que se banham na lama.

Nosso chamado é para que andemos na contramão do mundo, vivendo uma vida diferente dos padrões terrenos, considerando que não há nenhuma possibilidade de alcançarmos esse objetivo com nossas próprias forças. Busquemos, pois, como diz o apóstolo Paulo, escrevendo também aos Colossenses, as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Deste modo, vivamos com os olhos fitos na eternidade com Cristo Jesus. Esta é a esperança dos santos!

[Salmo de Davi para o músico-mor, sobre Jedutum] “A minha alma espera somente em Deus; dEle vem a minha salvação” (Sl 62.1).

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Deus está no controle Juvenal Netto, pastor, colaborador de OJB

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lgumas histórias concernentes à raça humana sempre se repetem. Há muito tempo, por volta do ano 600 A. C., um homem chamado Habacuque encontra-se inconformado diante de uma decadência moral e espiritual em que seus contemporâneos viviam em um reino denominado por Judá. Muitos conflitos internos e externos estão a roubar o sono daquele homem de fé. Por que Deus não fazia algo para mudar aquela triste realidade? Por que os seus escarnecedores não eram devidamente punidos? Por que tanta imoralidade? Por que tanta corrupção na sociedade, abrangendo todas as áreas sociológicas? Habacuque rasga o seu coração diante de Deus: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás? Por que razão me mostras a iniquidade, e

me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida” (Hc 1.2-4). Muita coisa aconteceu neste mundo desde esta época vivida por Habacuque até os dias de hoje, em especial neste solo que chamamos de Brasil, entretanto, parece que vivemos as mesmas mazelas; os mesmos conflitos; as mesmas inquietações, diante de uma realidade cruel em que nos deparamos com tantas desvirtuações. Hoje existem centenas de pessoas que não se renderam a este sistema imoral, blasfemo, que, assim como Habacuque, gritam em direção aos céus: Porque Deus, tanta frieza, tanto desdém com a vida humana, tanto egoísmo, tanta luxúria, tanto relativismo, onde nada, absolutamente nada é absoluto, principalmente os valores?

A resposta ao clamor daquele homem de Deus vem de forma contundente: “Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hc 2.20). O aparente caos social não significa que Deus tenha perdido o controle sobre os acontecimentos, muito pelo contrário, significa que tudo está caminhando de acordo como Ele mesmo já preanunciara na sua Palavra: “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos

falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.6-13). Diante da r esposta de Deus, Habacuque teve duas reações. A primeira foi em se alegrar em saber que Deus não estava surdo, inerte, insensível a toda aquela realidade, e mais, fazia questão de afirmar que Ele não havia perdido o controle da situação. A segunda foi angustiante, saber que o remédio seria amargo, que as consequências seriam desastrosas para aqueles incrédulos, desobedientes, apóstatas, pois pagariam um alto preço, com muita dor, sofrimento e, por conseguinte, a morte eterna, que é chamada de inferno. Habacuque termina o seu diálogo com Deus de forma estupenda, palavras que ecoam pelos séculos e que, para os fiéis contemporâneos, é um bálsamo diante de tristes realidades em que somos obrigados a testemunhar no dia a dia:

“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (Hc 3.17-19). Dessa forma, meus amigos, é tempo de tomarmos uma decisão. De que lado nós queremos estar? Do lado daqueles que se corromperam e não se arrependeram, recebendo como recompensa o castigo eterno, ou do lado daqueles que permanecem fiéis aos ensinamentos e mandamentos de Deus que, mesmo em meio ao martírio, ao sofrimento e a dor, sorrirão, como Habacuque, crendo que Deus está no controle de tudo e terá uma justa recompensa para todos os que se submeterem inteiramente a sua vontade?

profissionais prometem que vão agir de acordo com os ensinamentos recebidos naquele campo de conhecimento. Há juramentos nos tribunais, antecedendo um testemunho, como garantia de que se falará a verdade. Na Bíblia também há exemplos de juramentos feitos em Isaías: “Jurou o Senhor pela sua mão direita e pelo braço da sua força: Nunca mais darei o teu trigo por comida aos teus inimigos, nem os estranhos beberão o teu mosto, em que trabalhaste”. Paulo em Gálatas 1.20 “Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto” (Is 62.8). Não há, portanto, objeção bíblica a se fazer um jura-

mento, seja em um tribunal, em uma formatura ou em outro lugar qualquer. O juramento prestado, contudo, deve ser consciente. Jesus está preocupado com os juramentos falsos e com o uso do nome de Deus em vão. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êxodo 20.7). Deve-se falar sempre a verdade. Meia verdade não é verdade, é mentira! É preciso ser conhecido como uma pessoa de palavra e que seja sempre verdadeiro. Uma pessoa precisa demonstrar, através de seus atos e palavras, o seu caráter e a sua honestidade. Jesus tam-

bém ensina que as pessoas não devem ser ambíguas e inconstantes, sendo levadas a agir ou falar de acordo com as circunstâncias, somente para agradar alguém ou para satisfazer o ego de alguns. Em sua carta, no capítulo 5, versículo 2, Tiago ensina “Contudo, meus queridos irmãos; não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, tampouco façais qualquer outro juramento. Seja suficiente a vossa palavra; sendo sim, que seja sim; quando não, não. Procedei assim para não cairdes em condenação” (Tg 5.2). Que nossas palavras expressem sempre a verdade, demonstrando para as pessoas que elas podem confiar em nós.

Seja sempre verdadeiro Silvio Alexandre de Paula, bacharel em Teologia, membro da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ

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esta parte do sermão do monte, Jesus ensina-nos sobre os juramentos, “Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor. Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei, nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um

cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mt 5.33-37). Jesus ressaltou a importância de dizer sempre a verdade. Muitas vezes o povo quebrava os votos e usava a linguagem sagrada de maneira negligente. A Bíblia condena a atitude daqueles que fazem votos casualmente, quando sabem que não os cumprirão e dos que juram falsamente em nome de Deus. Jurar é prometer ou afirmar solenemente. O juramento geralmente é solicitado em cerimônias de posse em alguns cargos, especialmente os públicos. Tem também nas formaturas, quando os


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

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o longo desses 20 anos viajando por este Brasil querido, tenho visitado muitas Igrejas, de várias denominações, cultivado amizades sinceras e conhecido muitos obreiros valorosos. Recentemente, Deus nos deu o privilégio de conhecer a Primeira Igreja Batista de Salinas, no norte de Minas Gerais. A cidade é considerada mundialmente por ser a capital da cachaça, mas em Salinas conheci uma das Igrejas que é uma verdadeira inspiração. Pastoreada pelo pastor Ivan, casado com Helenilze, mais conhecida como Lê, a PIB de Salinas inspira pela visão fiel ao chamado de Deus.

reflexão

Salinas, exemplo de uma Igreja

Há 17 anos envolvida na construção do templo, a Igreja não para. Pastor Ivan tem levado a Igreja a cuidar, fortalecer e abençoar as famílias. A PIB de Salinas tem sido uma guardiã da família nesses dias tão sombrios. Mas, a visão da Igreja para com a obra missionária foi algo maravilhoso para mim. Como já afirmei, a Igreja está situada no norte de Minas Gerais, que por suas características, seria considerada um desafio missionário. Mas é a Primeira Igreja Batista de Salinas que faz uma esplendorosa obra de missões. Periodicamente organiza caravanas missionárias, em parceria com Igrejas norte-americanas, e abençoa deze-

nas de cidades ao seu redor. Mas não fica por aí! A Igreja também estende o seu braço missionário para o estado de Santa Catarina, abençoando, assim, outras Igrejas e cidades. O que me chamou atenção, ao conviver com aqueles irmãos por apenas três dias, foi a visão das prioridades. Como já dito, a Igreja está há 17 anos construindo o templo, que pelo projeto, podemos perceber o seu bom gosto e funcionalidade. Mas essa não é a prioridade da Igreja. Sua prioridade está, em primeiro lugar, em pregar o Evangelho, realizar a obra missionária, ajudar os carentes e fortalecer as famílias. A Igreja, como afirmou o pastor

Ivan, não abre mão dessas prioridades. Enquanto estávamos lá, uma campanha estava sendo feita para ajudar um lar de idosos de orientação não evangélica. O pastor Ivan e toda a membresia entendem que é em vidas que a Igreja deve voltar os seus olhos, em primeiro lugar. Mas, por último, eu e minha esposa, que estava comigo, percebemos mais duas coisas importantes: uma Igreja família e preocupada com o meio ambiente. Percebemos claramente como os membros se amam, se relacionam harmoniosamente; jovens e idosos que são amigos, casados e solteiros que vivem como irmãos. A alegria,

a paz e a harmonia estão presentes na Igreja, entre os seus membros. A Igreja também cuida do meio ambiente através de ministrações e ações práticas, como, por exemplo, o plantio de árvores nas ruas e adoção de uma praça. Se você fizer uma pesquisa no Google sobre as melhores cachaças do Brasil, vai encontrar certamente a menção da cidade de Salinas, mas como afirma o apóstolo Paulo, onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5.20). Na cidade de Salinas, a Igreja Batista, com sua mensagem, liderada pelo casal Ivan e Lê, tem sido a Graça de Deus, de forma palpável e real.

Igreja saudável Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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os tempos pós-modernos, surgem muitas novidades eclesiásticas. No interior paulista, um movimento eclesiástico tem causado certa turbulência entre as Igrejas da região. Vários “slogans” são usados para atrair adeptos. Um deles é: “Esqueça tudo que você aprendeu até agora”. Sinceramente, não reconheço o ensino que aprendi até agora, como digno de ser esquecido. Todas as novidades vêm acompanhadas da valorização de sinais e novas experiências pessoais. A filosofia que prevalece em nossos dias

é o existencialismo, que preceitua a necessidade do humano vivenciar algo marcante em sua vida. Que experiência é essa, não conseguem definir. O existencialismo afirma que todo humano é livre para escolher o que ele deseja ser. Como o homem nasce pecador, ele só escolhe o pecado, principalmente no sentido religioso. O cristão verdadeiro tem na experiência da conversão a Cristo, sua justificação, a seguir, somar-se-ão experiências de santificação. A Igreja que adota manter células, ou os chamados pequenos grupos, não pode esquecer que o ensino administrado nesses grupos é fundamental para que a Igreja seja saudável, um corpo sa-

dio, não sujeito a contágios de heresias. É recomendado pelas Igrejas adotantes que haja um pastoreio mútuo, mas, esse pastoreio, deve começar no cuidado com a espiritualidade pessoal, em vez de achar que a finalidade é eu cuidar do outro, e esquecendo de cuidar de mim mesmo. No Evangelho de Marcos temos a parábola da candeia. Nessa parábola, Jesus afirma que a luz deve estar em lugar visível, para que a luz seja vista. A luz que cada crente tem é Jesus. Sem Ele, costumamos esconder nossos pecados. Eu não consigo ver o que o outro está pensando de mim, mas posso ver o que estou pensando do outro. Vejo-o como meu

concorrente? Tenho preocupação com minha visibilidade? Fico enciumado quando ele é elogiado? Busco desfilar minha espiritualidade? Podemos mencionar tantas outras ocorrências em nosso interior, conhecidas individualmente. A Igreja saudável é aquela em que cada membro começa a cuidar do Corpo de Cristo, a partir de si mesmo. Esse é o maior milagre que deve ocorrer, mas será um milagre difícil de ser compartilhado. Aliás, os simpatizantes dos milagres sempre esquecem que, para Jesus, o ensino era a prioridade, não o milagre. O mais interessante do ensino da parábola é que, quando começo a permitir que Cristo, pelo Espírito Santo,

me pastoreie, começo, sem perceber, a pastorear os outros. O grande problema que encontramos é reconhecer que, mesmo que escondamos o que somos, esse escondido será revelado. Se sou o primeiro a ver o que tenho mantido escondido, não terei medo e nem preocupação que outros descubram o que mantenho escondido. Fico imaginando o quão saudável é a Igreja cujos membros não colocam a candeia debaixo da cama. Essas pessoas colocam Cristo, Sua luz, bem ao alcance de seus pecados. A esses, o dia da revelação é todo dia. A glória do dia da revelação é antecipada. “Ora! Maranata! Vem Senhor Jesus!”, dizem eles.


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missões nacionais

Projetos da Junta de Missões Nacionais promovem atividades na Semana Nacional de Combate às Drogas

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ntre os dias 19 a 26 de junho aconteceu a Semana Nacional de Combate às Drogas, com encerramento no dia 26 de junho - Dia Internacional de Prevenção e de Luta contra o Tráfico de Drogas instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas). A Junta de Missões Nacionais, consciente da importância dessa luta, promoveu, durante essa semana, diversas atividades para informar, mobilizar e intensificar ainda mais o combate às drogas. As ações foram norteadas pelo trabalho feito pela Cristolândia, que há oito anos vem operando na linha de frente no cuidado com as pessoas em situação de dependência química e vulnerabilidade social, ministrando compaixão e graça e oportunizando longos futuros em todo o Brasil. Aproveitamos o momento também para expandir ainda mais a visão do Movimento VIVER, criado em 2016 com objetivo de estimular a criação de políticas de proteção, de ambientes saudáveis e seguros e no desenvolvimento intencional dos fatores de proteção propostos pela

Palestra do VIVER em Palmas - TO no Lar Batista F.F. Soren

Blitz Educativa no centro de Barreiras - BA realizada pelos missionários do Lar Batista David Gomes

Alunos da Cristolândia Vila Abrantes - DF na limpeza do bairro

Alunos do VIVER no trânsito de Salvador - BA

ciência da prevenção nos mais diversos espaços de formação de opinião. Queremos, através do VIVER, despertar uma nova geração de influenciadores, responsáveis por disseminar a visão e cultura de prevenção ao uso de drogas em suas escolas e

comunidade em geral. Durante a Semana de Combate, as 37 unidades da Cristolândia em sete estados brasileiros, além dos nossos Lares e projetos infantis, foram completamente envolvidas com ações de prevenção, orientação e compaixão em

graça. Entre as atividades realizadas, aconteceram mobilizações para a prática de boas ações na comunidade, palestras com testemunhos de ex-usuários de drogas, workshops do Movimento VIVER, cultos e caminhadas em prol do VIVER.

Desejamos conscientizar e mobilizar toda a sociedade sobre os riscos do uso de drogas, informando sobre os problemas causados, orientando a respeito dos fatores de proteção na família, na escola e na comunidade de forma geral.


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notícias do brasil batista

Convenção Batista Brasil missionárias celebram

Culto celebrativo foi realizado no Centro Batista Cerca de 250 pessoas marcaram presença no evento, que tam Estevão Júlio*, estagiário Decom

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erca de 250 pessoas compareceram ao Culto de Gratidão a Deus pelos 110 anos de história da Convenção Batista Brasileira (CBB) e as suas Juntas Missionárias - Missões Nacionais (JMN) e Mundiais (JMM). A celebração aconteceu na quarta-feira, dia 21 de junho, na Capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), no Centro Batista Brasileiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Antes mesmo do culto começar, a CBB iniciou transmissão ao vivo pelo Youtube. A jornalista Raquel Lima, coordenadora de Comunicação da Junta de Missões Nacionais, conduziu uma série de entrevistas com alguns nomes importantes na história das Organizações, como, por exemplo: pastor Roberto Luiz Silvado, atual presidente da CBB, e o pastor Antônio Galvão, missionário da JMM há mais tempo em atividade.

Em um dos momentos musicais da programação, houve a apresentação do Coro do STBSB, que louvou ao Senhor através das músicas “Ele é Exaltado”, também do pastor Adhemar de Campos”, e “Vem derrama paz”, de Carlos Sider. Após o momento, quem assumiu a palavra foi o pastor Sócrates Oliveira de Souza, que há 15 anos é diretor executivo da Convenção Batista Brasileira. Ele agradeceu aos que estavam presentes na Capela e “abraçou” àqueles que acompanhavam o culto pela internet. Em sua fala, lembrou dos primeiros Batistas a chegarem ao Brasil, na cidade de Salvador, na Bahia. Uns chegaram montados no lombo de mulas. Outros, de navio. Eurico Nelson, pioneiro do trabalho Batista no Pará, e F.F Soren, primeiro presidente da CBB, também foram rememorados pelo pastor. Falou também do dia em que a Convenção e suas Juntas, assim como as Juntas de Escola Bíblica Dominical e Mocidade foram criadas, na primeira Assembleia Anual, em 1907. “Não é difícil lembrar a coragem, A programação teve início às 19h15, com a não é difícil lembrar o desafio que eles estavam Orquestra do STBSB, que fez o prelúdio ao som assumindo. Não dá para deixar de lembrar da coda canção “Cantai ao Senhor”, do pastor Adhemar ragem para enviar missionários para fora do Brasil”. de Campos. Em seguida, a irmã Marli de Fátima Gonzáles, diretora executiva da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), deu as boas-vindas ao público presente e enfatizou que toda honra e toda a glória é de Deus: “Que o nosso Deus seja exaltado. Ele é a razão de estarmos aqui, hoje, celebrando os 110 anos”, disse. Em seguida, convidou aos presentes para fazer leitura uníssona do Salmo 92.1-2, que diz: “Bom é louvar ao Senhor, e cantar louvores ao Teu nome, ó Altíssimo; para de manhã anunciar a Tua benignidade, e todas as noites a Tua fidelidade”. A diretora executiva da Juventude Batista Brasileira (JBB), Gilciane Abreu, fez a oração de agradecimento pelos 110 anos. Para o pastor Sócrates, além dos fatos históricos, outro acontecimento une os Batistas, “O Deus que aqueles irmãos serviam é o Deus que nós servimos hoje, no ano de 2017; é o Deus que continua nos desafiando a fazer o que está nos últimos versículos do livro de Mateus: ‘Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado’”, comentou. Essa mesma determinação dada aos 43 mensageiros em 1907 serve para o povo Batista hoje. Ele encerrou dizendo que o apelo feito por Deus àqueles irmãos é feito hoje também e não pode deixar de ser atendido, e que “As lutas nos

fazem crescer, as lutas nos tornam mais fortes, as lutas nos fazem não desanimar e termos consciência de que somos mais do que vencedores por Cristo Jesus que nos amou”, encerrou.

Outro momento musical foi conduzido por Martha Keila, ministra de Música e membro do Conselho Fiscal da Associação de Músicos Batistas do Brasil (AMBB). Ela é cubana e veio para o Brasil através da Junta de Missões Mundiais. Keila conduziu a Igreja em adoração através das canções “Rendido Estou”, “Cantarei Teu amor pra sempre”, e “Como agradecer a Jesus?”. Em seguida, o pastor João Marcos Barreto, diretor executivo da Junta de Missões Mundiais, assumiu a palavra e leu o que está escrito em Apocalipse 7.9. O pastor relatou que durante esses 110 anos a JMN avançou e cresceu muito, e está chegando a lugares que antigamente eram impensáveis, e deu os méritos àqueles que iniciaram o trabalho: “Só estamos fazendo isso porque antes de nós, pessoas se sacrificaram, pessoas se esforçaram, pessoas doaram o que tinham; doaram as suas vidas”, afirmou o pastor. Ele convidou ao púlpito uma dessas pessoas, o pastor Antônio Galvão, que, há pelo menos, 50 anos atua em Missões Mundiais. Em sua fala expressou que tem “Orgulho de dizer que sou missionário Batista”. Ele ainda orou comissionando os jovens que participarão do Projeto Radical Luso-Africano, e atuarão em Guiné-Bissau e Senegal.

Já o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais, definiu a data como um tempo de “Louvar a Deus pela memória que vieram antes de nós”, pois, “Se nós somos o que somos hoje como denominação, temos que agradecer a visão missionária daqueles que vieram antes de nós”.


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Fotos: Selio Morais

leira e suas Organizações 110 anos de existência

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a Brasileiro, na Tijuca - RJ, em 21 de junho de 2017. mbém foi transmitido ao vivo, totalizando 1.400 visualizações Para ele, é preciso conhecer a história dos Batistas e suas Organizações: “Nossa geração precisa visitar a nossa história (…) Nossa geração não pode recuar”, declarou pastor Brandão, que lembrou da década de 30, que, segundo ele, foi a época que historiadores consideram a pior do século 20 e foi também, nesse período, que os Batistas mais cresceram e as ofertas para Missões Nacionais aumentaram 300% em cinco anos. Relembrou missionários que dedicaram suas vidas por amor à obra, como Zacarias e Noemi Campelo. Os novos missionários e alguns que já estão no campo há algum tempo também foram saudados e homenageados pelo pastor, que encerrou sua participação com um grito de guerra que dizia: “Se depender de mim, vamos avançar!”.

O preletor da noite foi o pastor Luiz Roberto Silvaldo, pastor da Igreja Batista do Bachacheri - PR, e atual presidente da Convenção Batista Brasileira, eleito na 97a Assembleia, em Belém do Pará. Em um tom descontraído, disse que era Batista desde o berçário da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Logo após, deixou a pergunta: “Nesses 110 anos, sempre fizemos a coisa certa?”. “Cento e dez anos também é tempo de reflexão, de olhar para o umbigo”. Sua palavra tratava de arrependimento e confissão de pecados. “Se quisermos construir um povo Batista ainda melhor para o futuro, a confissão de pecados deve estar na agenda”, enfatizou. Falou da importância de contar a história dos Batistas para a nova geração. Já no fim, pastor Luiz Roberto realizou um momento de oração. “Pedimos que com Teu Santo Espírito traga avivamento para o nosso coração. Pedimos perdão como Instituição”. Conclamou os membros do Conselho da CBB para orarem pelo Seminário do Sul, que agora vive nova fase com a posse do pastor Fernando Brandão como reitor interino, e orou também pela vida dos diretores executivos das Organizações.

No encerramento da celebração aconteceu uma homenagem ao Dia do Missionário Batista, comemorado no dia 26 de junho. A irmã Marli de Fátima Gonzáles leu um texto de agradecimento a todos os irmãos que dispõe suas vidas em prol da obra missionária. A Convenção Batista Sergipana, através do diretor executivo da Organização, pastor Marivaldo Queiroz da Silva, entregou placas de honra ao mérito à JMN e JMM, e também presenteou os diretores executivos e o presidente da CBB. O culto foi encerrado com o hino 426 do Cantor Cristão, “Gratidão na Luta”. Após o término do culto, uma recepção foi oferecida a todos os que estavam presentes. Em um espaço destinado para foto, o bolo comemorativo, de cinco andares e com os logotipos das Instituições, foi a atração da festa.

Geral da CBB. Para ele, o culto foi “Bom, bonito e impactante, por rememorar uma efeméride da criação das Juntas de Missões Nacionais e Mundiais e da Convenção Batista Brasileira. Para mim foi muito significativo”, declarou. Para Alexandre Aló, pastor da Igreja Batista Missionária do Maracanã - RJ e, há dois anos, diretor do Colégio Batista Shepard, na Tijuca, foi “Uma oportunidade de reconhecer que Deus está no processo desde sempre e que a cada ano o tributo é Ele mesmo. Ele move pessoas, escolhas. Demos a Ele o merecido tributo. E nada melhor do que recomeçar reconhecendo que acertamos e que também pecamos e que possamos não mais repetir e fazer uma caminhada de acertos. Foi uma noite memorável”, disse. Reunião do Conselho Entre os dias 21 e 22 de junho foi realizada a reunião do Conselho da Convenção Batista Brasileira, em sua sede, no Centro Batista Brasileiro, na Tijuca - RJ. Este encontro é o primeiro após a 97a Assembleia da CBB, que aconteceu em abril deste ano, em Belém do Pará. Essa também foi a primeira vez em que as diretorias eleitas na Assembleia se reuniram para falar de seus respectivos assuntos. Durante a reunião aconteceu a posse dos novos conselheiros, nomeação das comissões de trabalho, apreciação das recomendações da última Assembleia e avaliação das atividades das Organizações no primeiro quadrimestre.

Organização da CBB e Juntas Missionárias - JMN e JMM Em 22 de junho de 1907, na cidade de Salvador - BA, foi organizada a Convenção Batista Brasileira (CBB), durante a primeira Assembleia anual, e 25 anos depois do trabalho Batista ser iniciado no Brasil. A ideia foi de A. B. Deter, Zacharias Taylor e Salomão Ginsburg, que conseguiram a adesão de outros missionários e de líderes brasileiros. Em 25 de junho, no mesmo evento, foi criada a Junta de Evangelização Nacional, que mais tarde recebeu o nome de Junta de Missões Nacionais. E no dia 27 de junho de 1907, no último dia da Assembleia da CBB, nasceu a Junta de Missões Estrangeiras, atual Junta de Missões Mundiais. Repercussão do culto Cerca de 250 pessoas estiveram presentes no culto celebrativo. Aqueles que não puderam comparecer, assistiram a transmissão pelo Youtube, através dos canais da CBB, JMM e JMN, que, juntos, somaram 1.400 visualizações. Alguns irmãos falaram qual a impressão que eles tiveram da celebração. Entre eles, Luiz Bomfim. Batista há 51 anos, fruto da primeira campanha nacional de evangelização, em 1965. Hoje ele é pastor, membro da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF e membro do Conselho

* Com supervisão da jornalista Paloma Furtado


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Batistas sergipanos realizam a 67 Assembleia Anual Udicleine Medeiros, coordenadora de Educação e Comunicação da Convenção Batista Sergipana

O

s Batistas sergipanos viveram dias abençoados no período de 15 a 17 de junho, quando aconteceu a 67ª Assembleia Anual da Convenção Batista Sergipana (CBS), na Primeira Igreja Batista em Aracaju - SE. Com o tema “Anunciando o Reino com o Poder de Deus”, o encontro reuniu membros de Igrejas Batistas de todos os cantos do estado, durante três dias, unidos no propósito de discutir projetos, apreciar relatórios, mas, acima de tudo, buscar a Presença de Deus e desfrutar de momentos preciosos de comunhão. “Famílias irresistíveis anunciam o Reino de Deus”. “Família é a extensão da Igreja”. Essas frases que foram destacadas na oratória do pastor José Raimundo dos Reis, orador oficial da Assembleia. Além dele, outros convidados especiais,

Diretoria eleita para o próximo biênio

como pastor Matheus Guimarães Guerra Gama - IB da Pituba-BA, participaram da programação da assembleia. Entre os dias 13 a 15, todas as Organizações reuniram-se em suas respectivas assembleias, onde houve eleições de suas diretorias para o próximo biênio. A noite missionária, realizada no dia 17, contou com aproximadamente 600 pessoas e foi abrilhantada com a participação do grupo teatral da Igreja Batista Memorial em Aracaju, Amanda Neu-

man; Ministério Hoshianá e grupo de cânticos Vaso de Louvores, da Primeira Igreja Batista Parque dos Faróis. Fomos desafiados a termos os nossos corações batendo por Missões, através da mensagem do pastor Matheus Guimarães Guerra Gama. Todos os missionários do campo foram à frente e a Congregação teve oportunidade de entregar a primeira oferta de Missões, dando assim, abertura oficial à Campanha 2017 “Meu Coração Bate por Missões”.

PIB em Aracaju - SE recebeu Batistas de todas as partes do estado

Por fim, o vídeo da Campanha emocionou a todos com o hino oficial em ritmo Nordestino, presenteado pela banda Alumiar da Paraíba. A nova diretoria para o próximo biênio da Convenção Batista Sergipana foi empossada, sendo: pastor Williams Prata de Jesus (presidente); pastor Ricardo de Jesus (1º vice-presidente); pastor Paulo Marinho (2º vice-presidente), Dayse Vespasiano (1ª secretária); Gorete de Almeida (2ª secretária) e Miriele Marinho (3ª secretária).

O pastor Josias Alves agradeceu pela oportunidade que lhe foi confiada como presidente da CBS e fez menção ao diretor Executivo, pastor Marivaldo Queiroz, pelo excelente trabalho desenvolvido à frente do Conselho e da Convenção Batista Sergipana. “Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres” (Sl 126.2-3).

Ação Social promove mais de 300 atendimentos na Igreja Batista no Jaraguá - SP

Fotos: Divulgação IBJ

Camila Garcêz, jornalista, membro da Igreja Batista no Jaraguá - SP

A

Igreja Batista no Jaraguá, em São Sebastião - SP (IBJ), realizou 360 atendimentos gratuitos em diversas áreas, no feriado do dia 15 de junho. Com o apoio da Juventude da Associação das Igrejas Batistas do Litoral Norte (AIBLIN), o evento alcançou a participação de mais de 100 pessoas, atingindo a média de três atendimentos por cadastro. A iniciativa faz parte do projeto Despertando Novas Atitudes (DNA) e tem parceria da Juventude da AIBLIN, através do Projeto Wake Up. Entre os serviços oferecidos estavam corte de cabelo, avaliação oftalmológica, orientação jurídica, dicas para educa-

Entre os serviços oferecidos estavam corte de cabelo e higiene bucal

ção alimentar, higiene bucal, aferição de pressão, glicemia, ginástica laboral e atendimento na sala de oração, que chamou a atenção com 32 atendimentos. Durante o evento também foram ministradas palestras sobre preven-

ção de acidentes domésticos e primeiros socorros. A ação teve como objetivo servir a sociedade e complementar os serviços ofertados pelo município. A atividade também colaborou para abrir as portas da Igreja à co-

munidade, oferecendo não apenas serviços sociais, mas acolhimento; prova disso foi o número de pessoas que buscaram apoio na oração. “Apesar de a chuva ter atrapalhado no período da manhã, o evento foi um sucesso. Muitos

moradores agradeceram e ainda apresentaram sugestões à Igreja”, destacou o pastor Alexander Cunha. A IBJ está localizada na Rua Felinto de Almeida, 369, próximo ao Centro Comunitário do Jaraguá, em São Sebastião - SP.


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missões mundiais

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Amor por missões e pelos refugiados Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais

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issões Mundiais recebeu, em 20 de junho, Dia Mundial do Refugiado, a notícia da linda contribuição que as Mensageiras do Rei da Igreja Batista em Braz Cubas, no município de Mogi das Cruzes-SP, fizeram para mobilizar os membros em favor da grande crise humanitária que, segundo números oficiais, atinge mais de 65 milhões de pessoas. Elas organizaram o Culto dos Refugiados. “O Culto dos Refugiados foi algo que nasceu no coração de Deus, para que as Mensageiras do Rei pudessem representar e apresentar à Igreja um pouco de cada país. O objetivo foi promover missões, ou seja, como diz o quinto ideal da organização Mensageiras do Rei: ‘Aceitarei a responsabilidade da Grande Comissão’”, afirma Camila dos Santos Pereira, da IB Braz Cubas. Camila destaca que o mais importante foi mostrar como a Igreja pode ajudar com “Orações, testemunho e boa recepção em apresentar o único e verdadeiro refúgio que eles podem encontrar, o Senhor Jesus Cristo”. O Culto dos Refugiados estava sendo preparado desde o segundo semestre do

Mensageiras do Rei da IB Braz Cubas, em Mogi das Cruzes - SP

Programação especial organizada pelas Mensageiras do Rei levantou oferta missionária

Culto do refugiado mobilizou IB Braz Cubas, em Mogi das Cruzes - SP

Mesa e tenda apresentaram questão dos refugiados a IB Braz Cubas, em Mogi das Cruzes - SP

ano passado e aconteceu no dia 02 de abril. Cada mensageira montou uma bancada do país representado com bandeira, dados sobre cultura e religião, por que pessoas estão saindo de lá e para onde estão indo, além de informações sobre como é possível ajudar refugiados, entre outras. “Logo na entrada, os irmãos da Igreja perceberam que

aquele era um culto especial, pois quando passaram pela recepção viram algumas tendas. Ao final do culto, todos puderam prestigiar, ofertar e conhecer um pouco de cada pessoa que integra o grupo de refugiados nos diferentes países. A oferta levantada foi integralmente para Missões Mundiais”, conta Camila. Os países representados pelas Mensageiras do Rei

foram Afeganistão, Somália, Eritreia, Colômbia, Iraque, Iêmen, Albânia, Síria e Irã. “Tudo o que foi feito foi para a Honra e Glória do Senhor Jesus Cristo. Nós, como Mensageiras do Rei, só temos a agradecer ao Rei Jesus por nos capacitar e nos usar para fazer com que a Sua vontade de realizar esse culto fosse cumprida. Queremos agradecer ao apoio dado pela

IB Braz Cubas, aos irmãos pelas doações realizadas e por prestigiarem e conhecerem mais sobre essas pessoas que precisam encontrar o verdadeiro refúgio”, conclui Camila. Você encontra mais informações sobre ações de Missões Mundiais junto a povos refugiados em www. missoesmundiais.com.br/ refugiados.

Jesus, a melhor sintonia do rádio Jessé Carvalho coordenador regional da JMM para o Oriente Médio e Norte da África

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ste último período do Ramadã (em 2017, de 26 de maio a 24 de junho), quando os muçulmanos observam o jejum, foi bastante especial, pois pudemos ouvir testemunhos que impactam nossas vidas e nos encorajam a continuar firmes na obra que o Senhor nos confiou. Um dos irmãos que visitamos, junto aos pastores brasileiros (inclusive o diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares) que vieram aqui ao Oriente Mé-

dio, atua com um de nossos obreiros da terra. Um jovem entusiasmado e intrépido em anunciar as Boas Novas. Ele foi criado em uma família muito religiosa, estudava o Corão e estava se preparando para ser um líder dentro do islamismo. Mas a sua busca pela verdade o levou a querer conhecer mais e melhor sobre a sua fé, e um dos profetas que chamou sua atenção nas histórias relatadas no Corão foi Issa, como é chamado Jesus. O jovem começou a fazer perguntas, mas suas perguntas incomodavam os líderes religiosos, que nunca davam respostas satisfatórias. Então, ele decidiu perguntar sobre Jesus em uma Igreja, mas foi expulso

Uma pregação evangelística pelo rádio alcançou missionário da terra no Oriente Médio

de lá por ser muçulmano. O coração do jovem estava sedento como areia no deserto, assim ele descreveu mais tarde. Um dia, em casa, ele ligou o rádio para ouvir o Corão; a sintonia não estava boa, e ele ficou mexendo para buscar um melhor sinal.

Quando finalmente uma rádio sintonizou, era alguém pregando e falando sobre Jesus. Ele conta que ali, mesmo depois de ouvir a mensagem, entregou a vida a Cristo e foi imediatamente contar aos pais. Apanhou de seus irmãos e foi expulso de casa.

Hoje, ele é casado e vive com a esposa em outro país da região. Tem pregado para várias pessoas, e frutos têm sido alcançados com o testemunho desse jovem. Ele foi discipulado por um obreiro nosso e está feliz por ter sintonizado em Jesus. Ele diz que gostaria de gritar ao mundo que Jesus é o Messias e o Salvador. O que nos fascina é ver como Deus encontra as maneiras mais inusitadas para encontrar aqueles que buscam pela verdade e desejam conhecê-lo. Suas orações e ofertas estão fazendo a diferença para que ainda muito mais vidas, como a desse jovem, sejam sintonizadas em Jesus.


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OPBB Fluminense realiza capacitação de pastores

Mais de 100 pastores participaram da capacitação

Felipe Silva de Oliveira, primeiro secretário da OPBB Fluminense

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os dias 05 a 07 de junho, a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Fluminense (OPBB Fluminense) realizou o “Cajado Amigo”, um projeto de capacitação de pastores, realizado no Acampamento Batista em Rio Bonito RJ, com a presença de 115 pastores, em uma aliança

estratégica da OPBBFL com a Convenção Batista Fluminense. O evento foi dirigido pelo diretor executivo da OPBBFL, pastor Bruno Alves Festa, e coordenado pelo primeiro secretário da OPBBFL, pastor Felipe Silva de Oliveira. Os pastores preletores desta capacitação foram: pastor Sócrates Oliveira de Souza (diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira); pastor Amilton Vargas (diretor Executivo da Convenção

Pastor Marcos Lopes, presidente da OPBB Fluminense

Batista Fluminense); pastor José Maria de Souza (presidente da Convenção Batista Carioca); pastor Marcos Lopes (presidente da OPBB Fluminense); pastor Davidson Freitas (diretor Executivo interino da Ordem de Pastores Batistas do Brasil); pastor Marcos Viana (pastor da Primeira Igreja Batista Mundel - São Gonçalo - RJ); pastor José Gomes (Primeira Igreja Batista Ponte Preta - Queimados - RJ); pastor Jadyr Lima (diretor da Junta

de Educação e Ação Social - JUNEDAS-CBF); nomes que trouxeram um enorme conteúdo e, acima de tudo, grande experiência nas áreas que ensinaram. O projeto “Cajado Amigo” tem como objetivo treinar e capacitar pastores para o exercício do ministério pastoral no século XXI, utilizando-se de ferramentas modernas de gestão e administração, buscando o crescimento sadio da Igreja local, na dependência de

Deus, pela ação do Espírito Santo. Haverá ainda outras duas edições do projeto “Cajado Amigo”: Pregação Eficaz e A Vida do Pastor, que objetivam aprimorar o exercício ministerial no púlpito e no cuidado do pastor no seu dia a dia. Somos gratos ao Senhor por este tempo. A OPBBFL pôde cumprir sua missão de cuidar do pastor de forma integral, da área ministerial, emocional e familiar.

Primeira Igreja Batista em Itaberaí - GO comemora Dia do Homem Batista Fotos: Matiascomunicacao@

Maurício Matias, membro da Primeira Igreja Batista em Itaberaí - GO, editor do jornal Correio Popular

A

Primeira Igreja Batista em Itaberaí - GO comemorou no dia 04 de junho o Dia do Homem Batista. Na oportunidade, foi feito um breve histórico sobre a data especial que, pela primeira vez na história da Igreja, foi comemorada. A maior parte dos homens da Igreja esteve presente, e todo trabalho foi dirigido por eles, com cânticos, testemunhos, homenagens e a mensagem entregue pelo

Homens da Primeira Igreja Batista em Itaberaí - GO

consagrado pastor da Igreja, Belvando Ruas, com muita eloquência e inspiração. O resultado da comemoração foi espetacular, pois

serviu de motivação para os membros masculinos da Igreja, que sempre atuaram em apoio às mulheres brilhantes. Agora, os homens já se reú-

Belvando Ruas é o pastor da PIB em Itaberaí - GO

nem semanalmente, e acredito que o despertamento será benéfico para o crescimento da obra na cidade. Que cada homem cristão em

nossa nação, a cada dia, assuma mais e mais sua posição como discípulo de Jesus, fazendo diferença neste país e sendo exemplo como filho, esposo e pai.


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IB de Pauliceia - RJ sedia 58 Assembleia Anual da Associação Batista Caxiense a

Evento contou com momentos de oração

Carlos Alberto dos Santos, membro da Segunda Igreja Batista em Pilar - RJ, presidente da Associação Batista Caxiense, secretárioexecutivo da Ordem dos Pastores Batistas Caxiense

N

a semana de 05 a 10 de junho, os Batistas Caxienses estiveram reunidos na Igreja Batista da Pauliceia - Duque de Caxias - RJ, para a 58ª Assembleia anual da Associação Batista

Caxiense (ABC), quando foi eleita a nova diretoria para o biênio 2017/2019. A reunião associacional também foi um tempo de reflexão de grande valor para os Batistas Caxienses. Os oradores do encontro foram o diácono Jonatas Nascimento, que ministrou o Workshop “Igreja Legal”, na segunda-feira, dia 05; os pastores Josué Valandro Junior, da Igreja Batista Atitude; e Marcos Luis Lopes, da Primeira Igreja Batista em Saracuruna,

Batistas Caxienses compareceram em peso para prestigiar Assembleia Anual

que ministraram acerca do tema anual da ABC, “Anunciando o Reino com o Poder de Deus”, trazendo para os presentes grandes desafios para a Igreja, bem como para seus líderes na condução de seus ministérios. No sábado, dia 10, foi realizado o grande encontro da UFMBC, lotando a Igreja; um momento de muita adoração e alegria. Louvamos a Deus pelos bons momentos de confraternização e celebração en-

Silas Neves (IB Memorial Olavo Bilac) 2° vice-presidente: diácono Mário Drumon (SIB Gramacho) 1° secretária: pastor Justara Porfirio (IB Vila Leopoldina) 2° secretário: diácono José Furtado (SIB em Caxias) Composição da nova 3ª secretaria: Valdice Leal diretoria da ABC para (SIB em Caxias) biênio 2017/2019: 1° tesoureiro: Niraldo BasPresidente: pastor Carlos tos (PIB Jd. Primavera) Alberto dos Santos (SIB em 2° tesoureiro: Alex Branco Pilar) (Igreja Batista Vila Leopol1° vice-presidente: pastor dina) tre os irmãos de diversas Igrejas Batistas de Duque de Caxias. Realmente, foram dias de benção! Esperamos e oramos que a cada encontro sejamos mais e mais unidos no Amor de Cristo, nosso Senhor.


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ponto de vista

Ser cristão é coisa séria Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.26).

O

s crentes em Cristo Jesus foram chamados de cristãos porque eles adoravam a Cristo. Além da adoração a Cristo, eles começaram a anunciar o nome de Cristo por onde passavam, então receberam esse título. É bem provável que, em um primeiro momento, esse nome tenha sido usado para ridicularizá-los, mas isso pouco importa. A palavra cristão deriva do nome Cristo e isso é uma honra para nós. Infelizmente, esse título de cristão está banalizado nos dias de hoje. Uma pessoa fala que é cristã, simplesmente porque frequenta uma Igreja cristã; talvez até tenha seu nome como membro daquela Congregação, mas isso não adianta de nada. Ser cristão é muito mais que isso. Temos muitos filhos do diabo dentro

das Igrejas, dizendo que são cristãos. Estão totalmente enganados. Ser cristão é: • Reconhecer Cristo como Senhor e Salvador da nossa vida - “Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém” (II Pe 3.18). Reconhecer Cristo como Salvador é entender que Ele é o Único caminho para o céu: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). Jesus Cristo foi o enviado de Deus para resolver o problema do pecado da humanidade. Ele assumiu nossos pecados, pagou nossa dívida e nos oferece vida eterna: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”

(João 3.16-18). Reconhecer Cristo como Senhor é reconhecer que Ele é a autoridade máxima em nossa vida. Quando digo reconhecer, não estou dizendo que é para alguém falar que reconhece e continuar vivendo do mesmo jeito. Estou dizendo que é para entregar a vida a Cristo e procurar viver como Ele quer, pois Ele é o Senhor e nós somos os servos. Quem não faz isso não é cristão, antes leva uma vida de engano e está caminhando para o inferno. • Ter compromisso com uma vida santa - “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (I Pe 1.15-16). O cristão tem compromisso com o afastamento do pecado em todas as suas formas e com a busca por Deus. Nenhum pecado pode ser aceito em nossa vida. A Bíblia traz uma lista enorme de pecados, coisas que desagradam a Deus e muitos “cristãos” os praticam escancaradamente, sem nenhuma preocupação e depois dizem: “Eu sou cristão!”. O cristão tem compromisso com Cristo, o Senhor,

mas muitos não entendem isso. Muitos aprenderam que a Igreja é mais importante do que Cristo, aprenderam muitos rituais e não aprenderam o básico sobre a vida cristã. Uma vida de afastamento do pecado faz parte da vida do cristão. • Ter compromisso com a divulgação da mensagem cristã - “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt 28.19-20). O cristão genuíno tem compromisso com a divulgação dos ensinos de Jesus. Ele nos deixou essa missão. A mensagem do Evangelho não é para ficar na nossa cabeça, mas deve sair pela nossa boca. Peçamos ousadia ao Senhor para falarmos dEle a todos que não o conhecem. Cristo precisa ser conhecido, o plano de salvação precisa ser conhecido, não podemos ter medo de falar do nosso Senhor e Salvador. E se as pessoas não gostarem? Respondamos como Pedro e João: “Porque não podemos

deixar de falar do que temos visto e ouvido” (Atos 4.20). Não podemos nos conformar com esse mundo. E uma das formas de mostrarmos que não estamos conformados é ensinando a mensagem salvadora, a Mensagem de Jesus. • Deixar Cristo viver através de nós - “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). Quando assumimos um compromisso com Cristo, queremos que Ele viva através de nós. Neste momento, não serão nossas vontades, mas as dEle. Buscaremos comunhão constante com Ele através da oração e da meditação na Palavra de Deus. E quanto mais formos nos aproximando do Senhor, sentiremos que estamos mudando, veremos o mundo de outra forma e nos comportaremos de outra forma; nossa vida será outra porque Cristo vive em nós. Ser cristão não é brincadeira, é coisa séria. Espero que possa ter colaborado um pouco para você entender isso e que nossa vida seja para a glória do Senhor a cada dia.

Paganismo brasileiro Tarcísio Farias Guimarães, pastor, colaborador de OJB

A

s Escrituras nos apresentam preciosos conselhos divinos transmitidos por Paulo aos cristãos de Corinto, em 56 ou 57 D.C., quando o apóstolo estava na província da Macedônia, os quais nos dão orientação para vivermos como cristãos fiéis ao Senhor nos dias atuais. De longe, Paulo recebeu notícias preocupantes acerca da minoria cristã que vivia em Corinto. Muitos crentes associaram-se à maioria pagã e já não mais rejeitavam as práticas populares do paganismo coríntio, por isso, em II Coríntios 6.1417, Paulo escreveu: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com

a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: ‘neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (II Co 6.14-17). O paganismo, reprovado pelo apóstolo Paulo, apoia-se fundamentalmente no culto politeísta, ou seja, reconhece a existência de muitas divindades. Em Corinto, cidade populosa da antiguidade, existiam muitos templos e festejos dedicados à longa lista de divindades pagãs.

No paganismo brasileiro, de igual modo, existe um calendário complexo e um grande número de templos religiosos dedicados às suas divindades. Os ídolos reverenciados pelo povo brasileiro são invocados para que diversas graças sejam alcançadas: casamento, chuva, cura, emprego, prosperidade financeira, etc. Nas festas juninas, por exemplo, destaca-se a gratidão dos pagãos aos seus ídolos pelas colheitas alcançadas. O Cristianismo bíblico revela a existência, o poder e a glória de um único Deus Eterno e Criador de todas as coisas, a quem devemos amar, adorar e servir. Ao cristão genuíno é inaceitável a veneração de outro nome, além do nome de Jesus. Por isso, toda e qualquer festa

pagã, a exemplo dos festejos juninos, não se coaduna com a fé cristã e não é compatível com a presença dos crentes em Jesus. Cremos, como nos ensina a Palavra de Deus: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Tm 2.5). Festejos juninos não são festejos cristãos, pois, não são encontrados nas Escrituras Sagradas, antes são o resultado do sincretismo católico, que, em seu afã de manter a maioria ao seu lado, substituiu as divindades pagãs por suas próprias divindades: Santo Antônio, São Pedro e São João. Os elementos simbólicos, as rezas e as músicas típicas das festas juninas exaltam o poder e a divindade dos ídolos católicos, afastando

seus adeptos da adoração ao Deus verdadeiro e dos ensinos da Palavra de Deus: “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (I Co 10.19-21). Se você é cristão, afaste-se do modo de vida pagão, que tem sido legitimado pela cultura brasileira. Não permita que você e seus familiares contribuam para a manutenção das festas idólatras chamadas de juninas no contexto do paganismo brasileiro.


o jornal batista – domingo, 02/07/17

ponto de vista

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Falta oração Geraldo Terto, pastor, colaborador de OJB A Igreja começou com oração (Atos 1 e 2).

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empos atrás, não se tomava decisão, grande ou pequena, na Igreja, sem muito orar. Quando surgiam problemas de qualquer natureza espiritual ou material eram resolvidos pela oração. Em meu ministério, logo aprendi que problemas de Igreja se resolvem de joelhos. Costu-

mávamos ter uma semana de oração por mês na Igreja. Os que se convertiam, logo aprendiam a orar e se tornavam fervorosos intercessores. Vitoria da Conquista - BA foi o berço do movimento de renovação espiritual em 1958; ano em que me converti. Era a resposta do avivamento que pedíamos a Deus. Levantaram-se pregadores ungidos; tínhamos reuniões onde se orava a noite inteira, sem barulho, nem língua estranha. Quase em todos os cultos havia conversão.

Jovens membros da Igreja, filhos de crentes iam à frente chorando, confessando seus pecados. Foi um verdadeiro avivamento. Tudo mudou quando pentecostais, expulsos de suas Igrejas, invadiram as nossas com seus costumes e ensinando a falar língua estranha. Muitas Igrejas se dividiram. Templos foram saqueados; casos que levaram anos para justiça resolver. A oração é a vida da Igreja, mas hoje pouco oramos nos cultos. Como diz o reverendo

Hernandes Dias Lopes, “A Igreja precisa redescobrir o Poder de Deus através da oração”. Se não houver um ambiente espiritual no culto, os resultados serão poucos ou quase nenhum. Deus age em resposta às orações Fui pregar em uma Igreja Batista na Bahia, no culto da noite. Quando fiz o apelo, 18 pessoas adultas foram à frente, aceitando Jesus Cristo como salvador. Fiquei sabendo depois que os irmãos naquela Igreja levam visitantes aos cultos, sentam-se ao lado

deles, e oram o tempo todo para que eles se convertam. A oração ocupava o primeiro lugar no ministério de Jesus; daí sua completa intimidade com o Pai. E nós, Seus discípulos, como permaneceremos fieis se não orarmos? Ele não só ensinou seus discípulos a orarem, mas mandou que orássemos sem cessar: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41)”.

Excesso de ofertas - III Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB

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a primeira mensagem desta série, vimos que, em sua revelação, Deus não exibe um excesso de ofertas, mas apresenta apenas a oferta da salvação por meio de Cristo, o único Caminho para o céu. Na segunda mensagem, vimos a exuberante demonstração de liberalidade do povo de Israel durante a campanha pró-construção do Tabernáculo, mas que, em nossos dias, o quadro é bem diferente, vez que, em lugar da liberalidade, há sonegação dos dízimos e ofertas para a causa de Deus, sob as mais diversas alegações. Persiste, entretanto, o ensino das Escrituras, quando o plano de sustento da causa do Evangelho foi instituído

pelo próprio Deus, dando, assim, ao ser humano, a grande chance de se tornar um cooperador com o Eterno, ao tempo em que, através da cooperação financeira, expressa seu amor e gratidão pelas grandes e incontáveis bênçãos que lhe são propiciadas. Eis porque o salmista indaga: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?”. E ele mesmo responde: “Tomarei o cálice da salvação e pagarei os meus votos ao Senhor” (Salmo 116.12-14). Sem dúvidas, um desses votos é o de fidelidade na mordomia dos bens materiais que o Senhor coloca em nossas mãos, pela Sua bondade e misericórdia. Mas, infelizmente, nem todos temos esse ideal de fidelidade. Na maioria das vezes, apresentamos desculpas para o apego demasiado às coisas

perecíveis, em detrimento da espiritualidade. O saudoso pastor Waldomiro Motta (que era especialista em mordomia), pregou na Primeira Igreja Batista de Ipanema - RJ, em um domingo de manhã e, ao apelo feito, um oficial do Exército entregou sua vida a Cristo. Após o culto, combinaram de almoçar juntos. E, no trajeto, enquanto conversavam, o pastor tocou no seu assunto predileto: “Então, agora que o irmão se converteu, vai dar o dízimo?”. Mas, notando que o novo convertido não entendera a pergunta, passou a explicar que a Bíblia ensina que o crente deve cooperar financeiramente com a Igreja e que o dízimo é um décimo, ou seja, 10% do salário que recebemos mensalmente, e que deve ser entregue à Igreja para que esta possa cumprir sua missão aqui na terra. Outros assuntos foram tam-

bém alvo da conversação entre ambos; e, ao chegarem ao local do almoço, o pastor voltou ao ponto inicial, perguntando: “Então, irmão, você vai dar o dízimo?”. E a lacônica e imediata resposta foi: “Bem, eu vou pensar. Se sobrar, eu dou”. Naquele momento, Satanás colocou em sua mente que seria difícil dar 10% do seu soldo para a causa do Evangelho. Mas, se pagas todas as contas e mantida a poupança, ainda houvesse uma sobra, ficaria mais fácil. É que, na sua incipiência espiritual e doutrinária, ele ainda não podia entender as prioridades do viver cristão. No caso em tela, de um recém-convertido que não tivera ainda a oportunidade de estudar a doutrina da mordomia cristã, é aceitável que não tenha uma posição definida a respeito do assunto. Mas, há muito membros

de Igrejas espalhadas pelo Brasil que, a despeito de anos e anos de experiência cristã e de conhecimento teórico do assunto, ainda persistem no caminho da desobediência, ou seja, conhecem a doutrina, mas não a aceitam na prática, em detrimento da obra missionária e demais campanhas não realizadas por falta de recursos pecuniários. Para mudança desse quadro, é imprescindível que aceitemos o dever de fidelidade na mordomia dos bens como prioritário e demonstrativo de amor à causa, com base no ensino de Jesus: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça; e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Que o Espírito de Deus nos ilumine na compreensão e prática dessa doutrina de vital importância para o Reino de Deus.



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