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Mesa: O encontro de afeto e união familiar

Na Bíblia encontramos vários textos que abordam o valor da refeição em família. A mesa, nos tempos bíblicos, era diferente das que temos hoje. Algumas passagens bíblicas, nos dão ricas lições dos benefícios das refeições em família. Coisas importantes, na história bíblica, aconteceram ao redor da mesa. Nos textos abaixo, podemos perceber que ao redor da mesa, num ambiente de refeição em família, o mais importante não era o que se comia, mas o ambiente de aceitação, amor, conversação, instrução, compartilhamento e ministração.

Reconciliação e perdão

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Uma das passagens mais lindas de toda a Bíblia é o reencontro de José com seus irmãos (Gênesis 42 a 45). O perdão de José aos seus irmãos se deu num ambiente de refeição (Gênesis 43.31-34). Lendo esse texto podemos chegar à conclusão que muitas vezes podemos externar nosso arrependimento, pedir perdão ou liberar o próprio perdão ao redor da mesa.

Conheço um amigo que precisava pedir perdão a um colega. Pediu para que a esposa preparasse um jantar, convidou esse colega e sua esposa, para jantarem em sua casa e na presença de todos, inclusive dos filhos, externou seu arrependimento e suplicou pelo perdão que foi prontamente atendido. O ambiente foi de pura espiritualidade e comunhão ao redor da mesa.

Lembranças

Em Êxodo 12.1-20 encontramos Deus orientando o povo para usar a refeição em família para relembrar a libertação do Egito. Use os momentos das refeições para lembrarem o quanto Deus tem sido bondoso para com sua família. Lembrem juntos o que Deus tem a favor da família.

Ministração

Jesus usou um momento de refeição, na casa de um fariseu, para ministrar lições valiosas para os seus discípulos (Lucas 14.1-14). Naquela oportunidade falou sobre as prioridades do Reino e do valor da humildade. Aproveite as refeições em suas casas para discipular seus filhos e transmitir preciosidade eternas para suas vidas.

Instrução

Deuteronômio 6.4-8 é um texto muito conhecido. Embora a palavra “mesa” não apareça no texto, podemos concluir que o momento que a família se sentava à mesa era de sua importância para os pais instruírem seus filhos a respeito de Deus e de Sua vontade. “Converse sobre elas quando estiver sentado em casa”, nos aponta que o momento da refeição é um lugar propício para ensinar os filhos a respeito das coisas espirituais.

Orientação

Deuteronômio 14.3-27 é um texto que narra sobre os alimentos proibidos e permitidos em Israel. À mesa também podemos conversar com os filhos sobre o valor de uma boa refeição e os benefícios que um alimento rico em fibra, proteína e vitaminas podem fazer ao organismo.

Compartilhamento

Jesus também usou um ambiente de refeição, ao redor da mesa, para compartilhar sua dor e sofrimento (Mateus 26.17-30). Podemos aproveitar um ambiente de refeição para abrir o coração e compartilhar com nossos queridos as preocupações, ansiedades, dores e sofrimentos.

Lugar de sonhar

Gênesis 24.50-60 narra como se deu o acerto de casamento de Isaque e Rebeca. Com certeza hoje, em nossa sociedade, não é recomendável. Mas o que está por de trás do texto é que podemos usar as refeições em família para compartilhar com os filhos os nossos sonhos, como pais e mãe, a respeito dos seus futuros maridos e esposas. Aproveite as refeições em sua família e conversem com seus sobre casamento, namoro e noivado.

Alegria

Jesus usou a figura da refeição para falar de alegria (Apocalipse 3.20). Cear com alguém está associado, na cultura hebraica, a momentos de alegria. Transforme as refeições em sua família em momentos de alegria, de riso e de contentamento.

Concluindo, procure fazer das refeições momentos marcantes em família. A mesa é um lugar propício para deixar um legado para seus filhos e entes queridos.

E na sua família, você e sua família tem valorizado as refeições ao redor da mesa? n

Gilson Bifano Palestrante, escritor e coach na área de casamento e família. Siga-me no Instagram: @gilsonbifano oikos@ministeriooikos.org.br

Qual o sentido da vida?

Gleyds Silva Domingues

membro da Igreja Batista do Bacacheri - PR; pós-doutora em Educação e Religião; doutora em Teologia, mestre em Educação. Licenciada em Pedagogia e Educação Cristã; bacharel em Direito e Teologia; professora do Programa de Mestrado Profissional em Teologia das Faculdades Batista do Paraná e do Programa de Mestrado em Ministérios da Carolina University

“Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; tinha vivido com seu marido sete anos depois de se casarem, então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite. Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a

Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lucas 2.36-38).

Você sabe qual o sentido da vida? Você consegue descrever o sentido em uma pequena frase? Será que a sua vida tem sentido? As respostas a estas perguntas revelam a forma como você enxerga a realidade e, principalmente, a sua vida cristã. Por isso, é essencial saber o que você pensa sobre isso.

O texto bíblico revela sobre a atitude de uma mulher que encontrou uma maneira de não perder o objetivo da sua vida. Observe, que ela exercia a atividade de profetisa, então, pode-se inferir que era uma mulher que tinha um relacionamento íntimo com o Senhor, a tal ponto de proferir a mensagem em Seu nome.

Perceba, também, que ela tinha uma vida e um relacionamento que requeria dela comprometimento e atenção, no que o texto bíblico afirma que ela o fez enquanto estivera casada. Então, ela cumpriu com sua missão de esposa. Isso quer dizer que Ana investia em seu casamento e sabia que isto também era importante.

Na sequência, o texto bíblico relata que Ana encontrou uma maneira de viver a sua velhice, ela se dedicou totalmente ao Senhor, a viuvez não foi motivo para a acomodação ou o lamento, antes ela percebeu que sua missão, ainda, não havia sido concluída. Ana compreendeu que sua vida tinha um sentido: glorificar a Deus.

Mesmo na velhice, Ana não deixou de anunciar a mensagem da boa nova, pois, incessantemente testemunhava sobre o menino que traria salvação para todos. Ela acreditava na promessa e nutria esperança. Olhando para o relato bíblico, pode-se retirar alguns ensinos: a) não existe um tempo definido para glorificar a Deus; b) a vida só tem sentido em Cristo; c) nossa missão só finaliza com a morte; d) investir nos relacionamentos deve ser a nossa meta; e) agir com sabedoria e prudência é um passo para ter uma vida equilibrada; f) testemunhar de Cristo deve ser a motivação da vida cristã.

Então, agora pense e reflita em como esta história impacta a sua vida, a sua missão e os seus relacionamentos.

Ore ao Senhor e confie em suas promessas, pois se Ele prometeu, com certeza irá cumprir. Que esta seja a sua direção e escolha. Tenha uma semana abençoada!

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