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Jovem ressalta importância de compartilhar a história Batista com as novas gerações

História e testemunho despertou o amor por missões e o ministério pastoral em Daniel.

Daniel J. B. Pinto

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Que historicamente somos um povo missionário, disso nós já sabemos. Contudo, a nossa juventude sabe que faz parte disso desde o início? Será que os jovens e adolescentes das nossas Igrejas sabem que o primeiro casal de missionários que veio ao Brasil era formado por jovens com menos de 30 anos? Eles ouvem, ou já ouviram, os idosos e mais antigos da Igreja contando como foi a fundação da Igreja onde congregam? Os jovens candidatos ao ministério sabem que a fundação do Seminário do Norte se deu depois de uma enorme mobilização de Salomão Ginsburg afim de preparar jovens para o ministério?

A minha intenção com esse texto é o de compartilhar com os irmãos como que narrar a nossa história aos nossos jovens e adolescentes pode produzir um impacto na vida cristã deles.

Para muitos, os nomes Willian e Ana Bagby são desconhecidos. Na realidade, nós falhamos quando não continuamos a compartilhar aos mais novos os feitos e os testemunhos dos mais antigos. Afinal, se não paramos para compartilhar essa história, quem saberá e contará às futuras crianças que virão? Perderemos nossa identidade? Continuaremos surdos e mudos para isso? Algo deve mudar. A nossa consciência deve ser despertada para a importância do nosso passado e dos jovens que vieram ao Brasil para dar início aos Batistas Brasileiros.

Meu tio avô, por nome de Geraldo Pinto, foi um dos fundadores da Igreja Batista de São José do Campestre - RN.

Ele ainda está vivo e lúcido. Sempre que o vejo, lágrimas escorrem pelo meu rosto por ouvir de sua boca como começou o trabalho Batista naquela cidade. Ouço como ele sofreu com o descrédito do irmão (meu avô), amigos e pessoas da cidade - todos católicos - e, mesmo assim, para ele “o que mais importava era ver o trabalho funcionando e pessoas se entregando a Jesus”. De como ele construiu o muro e a frente da Igreja e ia buscar água em um jumento para construir o tanque batismal. Ele ainda pastoreou a Congregação por alguns meses quando ficaram sem pastor. Essa é parte da história do meu tio avô. Eu sei porque ele me contou.

A história existe para ser compartilhada com os outros. Aos meus 19 anos de idade, envolvido pelo amor à missões, contagiado pela história do meu tio avô e impactado pela história dos jovens missionários enviados ao Brasil para dar início à nossa história, me lancei ao serviço no campo. O chamado ao ministério pastoral foi confirmado ainda mais, a obra missionária se tornou ainda mais apaixonante e o serviço a Deus passou a ser ainda mais latente na minha vida.

Uma das minhas maiores alegrias na vida foi ouvir de uma adolescente que o sonho dela era ser uma radical e eu era um exemplo de servo e missionário para ela porque ela acompanhou e me ouviu contar parte da minha história no campo. Que Deus seja louvado e Cristo glorificado por isso.

Quero te desafiar a compartilhar sobre a nossa história. Líderes do ministério de juventude, contem aos jovens e adolescentes de sua Igreja sobre como um casal de jovens iniciou a nossa história. Os levem para ouvir dos mais idosos e antigos sobre a fundação da Igreja onde congregam e sobre como os nossos ouvidos devem estar abertos para que o nosso ser seja inundado pela história e o legado de serviço de homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças que foram contagiados pelo amor à missão. Deus certamente fala conosco por meio dessas conversas.

Aos mais antigos, não deixem para trás ou escondam o legado dessas pessoas. Não se cansem de comunicar aos mais novos sobre a obra missionária. Não deixem de ensiná-los de que, assim como eles, outros jovens também se doaram ao serviço cristão. Aos jovens e adolescentes que estão lendo isso, busquem ouvir a história de vida dos idosos e mais antigos da sua igreja. Pesquisem sobre a história dos Batistas brasileiros, em especial sobre Willian Buck Bagby e Ana Luther Bagby.

“Entre as muitas coisas discutidas, a mais importante foi acerca de um seminário para os obreiros nativos, para os jovens de nossas igrejas que estão ansiosos para trabalhar, mas falta-lhes a necessária educação para colocá-los à frente.”

Salomão Ginsburg

“Nós queremos também meios para educar jovens que estão prontos e desejosos de trabalhar para Jesus. Nós devemos olhar para o futuro”.

Salomão Ginsburg

“Cada dia percebemos mais e mais a necessidade de jovens bem preparados para assumir os novos campos que o Senhor está abrindo”

Salomão Ginsburg n

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