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Servos ou senhores?
Eduardo Gomes pastor (extraído do site da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro - www.adiberj.com.br)
Pedir bênçãos a Deus é uma recomendação bíblica. O próprio Senhor Jesus disse “pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). A partir de nossa conversão a Cristo, devemos tornar-nos conscientes de que temos um Pai celestial que é amoroso e que se alegra em fazer bem aos Seus filhos. Em seu ministério, Jesus nos ensinou a ver a Deus desta forma, ou seja, como Pai bondoso, misericordioso e doador de bênçãos. É preciso, porém, que a nossa compreensão do Evangelho seja ampla, abrangente, e não segmentada, seletiva, conforme o que nos é mais conveniente. O mesmo Cristo que nos incentiva a que peçamos bênçãos, também nos adverte com veemência que se não estivermos dispostos a tomar a nossa cruz, não poderemos segui-lo. Ele também diz que, para andarmos ao Seu lado, é preciso que nos neguemos a nós mesmos. Também fala que quem quiser ganhar a própria vida, perdê-la-á. (Mateus 10:38,39)
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Creio, sim, que podemos e devemos apresentar ao nosso Deus bondoso as nossas necessidades e urgências, na certeza de que Ele é o nosso refúgio e fortaleza; o socorro bem presente nas angústias da vida. Mas também creio que, maior do que o nosso desejo de receber bênçãos, deve ser a nossa vontade de sermos servos fiéis. A nossa busca pela fidelidade Àquele a quem chamamos de Senhor deve preceder o nosso desejo de receber dele benefícios.
Essa é uma característica do cristão maduro. Ele sabe que pode receber muitas bênçãos de Deus, mas, ainda que as bênçãos não venham como desejadas, ainda que o esperado não aconteça, ou mesmo que a vida não seja marcada pelo recebimento dos benefícios almejados, todavia ele se alegra no Senhor, e exulta no Deus da sua salvação.
Se o nosso desejo de fidelidade a Jesus não for maior e mais intenso do que o desejo de receber as Suas bênçãos, então não poderemos nos considerar servos. Seria mais adequado ver-nos como senhores. Neste caso, não seríamos seguidores de Cristo. Nós o teríamos apenas como um recurso