OJB Edição 40 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 01/10/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 40 Domingo, 01.10.2017 R$ 3,20

Cristolândia inaugura unidade para acolhimento de mulheres na Bahia Unidade foi inaugurada no dia 16 de setembro na cidade de Camaçari - BA. O espaço de 8 mil m² foi doado por uma família local, através do pedido de um menino de 10 anos. Página 07 Reflexão

Notícias do Brasil Batista

“O papel dos jovens no Corpo de Cristo”; confira o artigo!

Casal de missionários atende mais de 7.500 jovens em Cássia - MG

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Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Batistas levam o Amor de Deus aos moradores de Guaçuí - ES

Veja as “Características dos plantadores de Igrejas bem-sucedidas”

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o jornal batista – domingo, 01/10/17

reflexão

EDITORIAL

O que dirige a sua vida?

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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vida é feita de escolhas. Durante toda a vida fazemos escolhas que afetam positiva ou negativamente o nosso presente e futuro. Existem, pelo menos, cinco grandes motivações erradas para agir como agimos. 1. Muitos são dirigidos pela culpa. Estas pessoas passam a vida inteira fugindo do remorso e ocultando sua vergonha. Pessoas dirigidas pela culpa são manipuladas por suas lembranças. Elas permitem que o passado controle o futuro. A boa nova do Evangelho é que o propósito de Deus não é restringido pelo passado. Deus é especialista em dar às pessoas um novo começo. A Bíblia diz: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados.” (Sl 32.1). Você foi liberto do seu passado?

2. Muitos são dirigidos pelo rancor e pela raiva. Algumas pessoas, dirigidas pelo rancor, “se fecham” e interiorizam a raiva, enquanto outras “explodem”, despejando-a nos outros. Ambas as reações são perniciosas e não trazem benefício algum. Nada mudará o passado. Para seu próprio bem, aprenda com o passado e, em seguida, afaste-se dele. A Bíblia diz: “Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta de juízo, que leva à morte” (Jó 5.2 - NTLH). Você precisa perdoar alguém? 3. Muitos são dirigidos pelo medo. Pessoas dirigidas pelo medo, com frequência perdem grandes oportunidades por terem medo de correr riscos. O medo é a autoimposição de um cárcere que o impedirá de se tornar o que Deus pretende que você seja. Você tem que reagir a isso com as armas da fé e do

Carta ao pastor Edvar Gimenes de Oliveira Pastor Edvar, tudo bem? Ao ler seu artigo sobre liderança - “Liderar e ser liderado em Igreja Batista”, em O Jornal Batista, do dia 10/09/17, na página 05 - fiquei admirado e surpreso. Sou um jovem seminarista, pela Faculdade Batista do Paraná, e moro em Cuiabá MT. Fui convidado pelo pastor Carlos Henrique Ribeiro, pastor presidente da Igreja Batista Boas Novas, a liderar os jovens. Devo confessar que não fiquei surpreso, pois, já havia conversado com Deus sobre isso, porém, devo confessar também que fiquei sem saber o que fazer, pois, tal responsabilidade jamais havia assumido.

amor. A Bíblia diz: “No amor não há medo; ao contrário, o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (I Jo 4.18). Você está disposto a aproveitar as oportunidades dadas por Deus?

4. Muitos são dirigidos pelo materialismo. O impulso de sempre querer mais se baseia no conceito errôneo de que ter mais me tornará mais feliz, mais importante e mais protegido. A verdadeira proteção só pode ser achada naquilo que nunca poderão tomar de você, seu relacionamento com Deus. A Bíblia diz: “Então lhes Você está disposto a deixar disse: ‘Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo o Espírito de Deus dirigir a tipo de ganância; a vida de sua vida, seus planos e seus um homem não consiste na relacionamentos? quantidade dos seus bens’” (Lc 12.15). Você valoriza o Luiz Roberto Silvado, pastor, presidente da CBB ser ou o ter?

Ca do rtas s le ed ito r@ ba ito tis tas res .co m

Para minha surpresa, ao iniciar as primeiras conversas com os jovens que já são da Igreja e já estavam na equipe do EJ (Encontro Jo-

5. Muitos são dirigidos pela necessidade de aprovação. Permitem que as expectativas dos pais, dos cônjuges, dos filhos, de professores ou de amigos controlem a sua vida. Ser controlado pelas opiniões dos outros é uma forma segura de deixar de lado os propósitos de Deus. Nada é mais importante do que conhecer os propósitos de Deus para a sua vida, e nada pode compensar o prejuízo de não conhecê-los: nem o sucesso, as riquezas, a fama e os prazeres. Sem um propósito, a vida é um movimento sem sentido, uma atividade sem direção e acontecimentos sem motivo. Sem um propósito, a vida é trivial, mesquinha e inútil.

vem), percebi que havia um jovem com grande potencial de liderança, contudo, ferido. Com o passar do tempo, fomos nos aproximando e

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

conversando sobre liderança e sobre os jovens da Igreja. Em uma das várias conversas, falamos sobre o que é ser Igreja e o que é ser Batista é aí que entra a minha admiração. O que li em seu artigo foi uma verdadeira aula, pois, sem antes ter estudado esse assunto, esses pontos de ser Igreja Batista nos ajudou a estreitar ainda mais nosso relacionamento. Hoje desfrutamos de um trabalho lindo com os jovens da nossa comunidade e, isso, graças ao Espírito Santo e graças também ao entendimento que tivemos sobre o que implica: somos Igrejas e somos Batistas. Deus vos abençoe grandemente, sou felizardo em receber O Jornal Batista. Lucas Kainã Seminarista da IBBN


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

A Paixão de Cristo na Memorial

(Dedicado à leitora Nair tivos); 6) - “musical show” Silva Santos, de Brasília - DF) (espetáculo musicado), que utiliza elementos musicais Igreja Memorial contemporâneos, figurinos, Batista de Brasí- cenários, mímica e danças). O primeiro grupo escolheu lia - DF concedeu a d o i s g r u p o s o o espetáculo musicado, que, privilégio de participarem, na prática, foi mais espetácuem 14, 15 e 16 de abril, lo do que concerto musical; das comemorações da pai- o apêndice anglófilo (“in xão, morte e ressurreição concert”) deveu-se ao fato de os letristas e compositores de Jesus. Um grupo poderia esco- das oito peças musicais selher uma das seguintes for- rem todos norte-americanos mas musicais: 1) - cantata e estarem alinhados com as (obra para ser cantada, no ideias da música cristã contemplo ou na sala-de-concer- temporânea - CCM. Se fosse concerto musito, sacra ou profana; admite recitativo, ária e parte coral; cal, as músicas ocupariam a de caráter lírico; as vozes maior parte da apresentação, não representam, necessa- mas duraram apenas 20 dos riamente, os protagonistas); 60 minutos da encenação 2) - oratório (obra sacra ou teatral. O espetáculo teve a profana, de caráter dramá- forma de uma narrativa, no tico; executada sem figuri- estilo teatral. Na história da nos, cenários ou mímica, Memorial, foi a mais efetiva por solistas vocais, coro e experiência no gênero. Se tivesse escolhido a fororquestra; compreende ária, arioso, recitativo, duo, trio e ma “oratório” (não temos parte coral); 3) - ópera (obra esperança de algum dia apresacra ou profana, de caráter ciá-la na Memorial, ou em dramático; há centenas de qualquer outra Igreja Batista óperas desprovidas de dra- no Brasil), para comemorar ma; utiliza música e espetá- a história da crucificação de culo; a música normalmente Cristo, a melhor opção seria a desempenha a principal fun- “Paixão, segundo S. Mateus”, ção; a ária e seu recitativo de Johann Sebastian Bach. Por que Bach compôs dois foram os elementos básicos da cantata, do oratório e da oratórios com temas passioópera); 4) - opereta (obra cê- nais, e não uma ópera? Isso nica mais curta que a ópera, não quer dizer que desprecom diálogos declamados e zasse a expressão dramática. danças); 5) - drama musical A Leipzig luterana não tinha (ópera em que os elementos ópera. Bach não queria o musicais, verbais e cênicos palco de uma ópera, nem servem a um fim dramático; de um teatro; não estava à os motivos melódico-dra- procura de personagens, máticos integram a música nem de eventos. Seus oratórios passionais e a ação cênica, dispensando o uso de árias e recita- deveriam acontecer na men-

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te do cristão. O oratório de Bach tem uma pureza verbal e uma intensidade emocional que a ópera só consegue atingir com recursos extramusicais. Especialmente, o baseado no Evangelho de Mateus, que é uma meditação, sublinhada por melodias. A música de Bach serve para mostrar mentes em contradição; os solistas vocais, nos recitativos e nas árias, se contradizem; ou para juntar instrumentistas e cantores na expressão de seus sentimentos. É fácil observar isso: o oboísta toca “Ich will bei meinem Jesu wachen” (Quero estar perto do meu Jesus, nº. 20), enquanto o tenor solista produz o “Voo lírico” da melodia, que contrasta com a profundidade da parte coral; o violinista executa “Gebt mir meinem Jesum vieder!” (Devolvei-me o meu Jesus!, nº. 42) para o baixo solista expressar a indignação de Bach e Picander ante a traição de Judas. O recitativo tinha a reputação de ser insípido e monótono. Os únicos momentos de relativa atenção do público eram aqueles em que um cantor vinha ao proscênio para cantar uma ária. Por isso, os compositores tinham a preocupação em não limitar o prazer visual do público. Bach estava mais preocupado com a agilidade intelectual dos ouvintes; os recitativos ele escrevia curtos (duravam dois minutos); na partitura usou tinta vermelha para destacar os recitativos que seriam cantados pelo evangelista.

Para o produtor de ópera e teatro Peter Sellars, Bach “É mais compositor da dúvida do que compositor da afirmação”. A orquestra filarmônica de Berlim, em abril de 2010, abandonou a maneira tradicional de executar a paixão, segundo São Mateus, e adotou a concepção de Sellars: a execução deve criar na plateia o sentido da comunidade e os executantes devem ser aproximados dos ouvintes. Há mais de 40 anos, na chamada Semana Santa, ouço uma das minhas gravações, em LP ou CD; nunca senti necessidade de me aproximar do toca-discos. Sellars provocou reações por não colocar a figura emblemática de Jesus no proscênio. Ele lembrou que pessoas em torno de Jesus agiam sem misericórdia, sem amor, sem empatia; as atitudes entre os seguidores de Jesus é que fazem a diferença. O outro grupo escolheu executar a cantata “Jesus morte e ressurreição”, de Verner Geier, composta em 2014. Além de hinógrafo (hinos nº 311, 380 e 407 do HCC) e compositor muito inspirado, Verner Geier, tem incursionado competentemente no campo da música erudita. Conhecíamos o oratório “Cartas às sete Igrejas do Apocalipse”, em 26 partes, apresentado na Igreja Memorial em 2012 (OJB, 06 jan 2013), quando escrevemos: “Ele escolheu muito bem

o assunto de sua obra - a situação espiritual e moral dos crentes e das Igrejas. Ele não está interessado em fazer com que seus ouvintes se sintam felizes e satisfeitos com o seu modo de vida. Muito pelo contrário, ele admoesta os crentes e as Igrejas, não com as suas, mas com as palavras do evangelista, repetindo o refrão: “Repreendo e castigo a todos quantos amo”. A cantata (2014) começa com a cena, registrada nos quatro Evangelhos, em que os discípulos, reunidos no jardim “Getsêmani”, em Jerusalém, para orar, dão ao seu Mestre uma decepcionante resposta: por três vezes são encontrados dormindo. O trecho é cantado por contraltos e sopranos, e explicado por um narrador. Na segunda parte, para ilustrar o ambiente de tristeza, toca uma clarineta; é descrita sucintamente a prisão e a condenação de Jesus. A cena da crucificação, apenas cantada, tem o poder de, pelo ouvido, levar o ouvinte à emoção em uma encenação teatral. Será necessário usar elementos do cenário. A parte final retrata o Jesus ressuscitado; com grande vigor sonoro, os cantores e os instrumentistas proclamam: “Saiu! Ressurgiu! Jesus ressuscitou!”. Para a realização desses eventos, houve muitas escolhas; devem ter levado em conta a coerência e compatibilidade das preferências e capacidades.


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Nunca pare de fugir

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Adivinhe quem Te bateu Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

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iga ao povo que marche.” (Êx 14.15), são as ordens de Deus que Moisés deveria transmitir àquela amedrontada multidão que fugia do exército egípcio e que agora estava diante do Mar Vermelho. “Portanto, Ide.” (Mt 28.19) são as ordens que Jesus deu aos Seus discípulos. Esse pequeno grupo deveria seguir em frente e proclamar que Ele é o Único salvador. É interessante pensarmos que, se por um lado, a Palavra de Deus nos ordena a seguir em frente, sem temer as adversidades e obstáculos, por outro lado, ela nos orienta a fugir. Diante de desafios externos ou em meio às perseguições, Deus diz que devemos marchar. Todavia, no que diz respeito à nossa

velha natureza, as Sagradas Escrituras nos ensinam a fugir. “Fugi da imoralidade sexual” (I Co 6.18), “Fugi da idolatria” (I Co 10.14) “Fugi das paixões da mocidade” (II Tm 2.22) são conselhos do apóstolo Paulo. Paulo conhecia a mente e o coração humano. Apesar de ter recebido desde sua infância um ensinamento acerca da Lei de Deus, reconhece que seu passado fora vivido na escuridão, longe de Cristo. E, ainda assim, após a sua dramática conversão no caminho de Damasco e depois de já ter passado por grandes experiências com o Senhor, ele ainda reconhece que enquanto estamos aqui, sofremos por conta da nossa velha natureza (Romanos 7.14-25). Isso nos leva a entender que ainda há em nós um desejo de praticar aquilo que não agrada a Deus. A

“E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto, e pergunnossa conversão foi um ato, tavam-lhe, dizendo: ‘Profeou seja, somos convertidos, tiza, quem é que te feriu?’” somos filhos de Deus (Roma- (Lc 22.64) nos 8.16). Mas a santificação que Deus está operando em ara que serve Jesus? A nós é um processo; estamos pergunta, feita desse sendo trabalhados. E Deus jeito, parece bem esnos diz que enquanto Ele tranha. Jesus é Jesus. nos molda, devemos tam- É Emanuel - Deus conosco. bém fazer a nossa parte. Como é que pode alguém Como? Fugindo da nossa usar a pessoa ou o nome velha natureza, não dando do Senhor para finalidades espaço aos nossos desejos desrespeitosas, sem a devipecaminosos. Fugindo das da profundidade espiritual? nossas vontades e vaidades Só que foi isso que Lucas humanas, fazendo exata- revelou: “Os homens que mente o que José fez diante estavam guardando Jesus da esposa de Potifar (Gêne- zombavam Dele e batiam sis 39.12) e o que Josué fez Nele. Tapavam os olhos Dele diante da indecisa multidão e perguntavam - “Quem foi (Josué 24.15). que bateu em Você? AdiviA fuga, nesse caso, é um nhe!”. E diziam muitas outras grande passo de obediência coisas para insultá-lO.” (Lc à Palavra de Deus. Portanto, 22.63-65). nunca pare de fugir. Jamais O episódio de desrespeipense que você é autossufi- to e abuso sofrido por Jeciente para enfrentar a sua sus, nas mãos dos soldados velha natureza que, de vez que O prenderam, não deve em quando, tenta ressurgir. ser visto como exceção. A Fuja. pior maneira de desrespeitar

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Jesus, provavelmente, é o comportamento camuflado, típico de membros de Igreja, que usam frases bem elaboradas de louvor, mas que praticam a “oração” apenas como moeda de troca. Nesta postura, transformamos Jesus Cristo, fazendo Dele um mero administrador de “bênçãos”: procuramos dar coisas para o Seu Reino e, em troca, esperamos receber benefícios especiais no nosso próprio Reino. Talvez não seja justo condenar o ativismo de Marta. Afinal de contas, mandam as boas maneiras preparar refeição para os nossos convidados. Só que Jesus nunca deveria ser visto apenas como um convidado ou, mesmo, como convidado especial. Sentar aos pés de Jesus e nada mais fazer do que ouvir o Senhor é o nosso lado Maria que, segundo o próprio Mestre, é o que devemos cultivar. Bater em Jesus ou tocar Jesus? Façamos o que Ele mesmo nos ensina.

Levando nossas famílias para o altar ao Senhor Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB “Saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher, e as mulheres de seus filhos. Levantou Noé um altar ao Senhor, e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar.” (Gn 8.18-20)

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omo primeiro ato após sair da arca aportada em terra firme pós dilúvio, Noé levantou um altar ao Senhor e, junto a sua família, ofereceu o culto familiar de

adoração ao Deus que o havia escolhido para a missão de preservar todas as espécies de Sua criação. Poderia Noé, diante da situação calamitosa que ele e sua família se deparavam, como únicos sobreviventes humanos no mundo, se preocuparem com muitas outras providências a serem tomadas em caráter urgente, face as grandes dificuldades de sobrevivência naquele ambiente. Entretanto, não foi isso o que fez Noé; antes, reuniu sua família para prostrarem-se em adoração diante do altar erguido ao Senhor. Quero, diante desse fato,

exortar todos os chefes de família a essa mesma atitude em prioridade em suas casas: erguer um altar de adoração ao Senhor. Para isso, é necessário que notemos algumas características de Noé, para que nossos altares sejam tão aceitos pelo Senhor como foi àquele: Noé, que viveu em meio a uma sociedade tão depravada como a que sobrevivemos neste tempo, foi achado, aos olhos de Deus, como justo e íntegro, em meio àquela geração, e, que, andava com Deus. “Porém, Noé achou graça diante do Senhor” (Gn 6.8). O homem, assim classificado

por Deus, é o que testemunha através de uma fé única e inabalável. Nele, que vive em verdadeiro temor, e prioriza o obedecer e servir ao Mestre. Um homem que sabe e tem a oferta que é aceitável ao Senhor: espírito quebrantado e coração compungido (comovido, sensibilizado) e contrito (cheio de arrependimento). “Sacrifícios agradáveis ao Senhor são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito.” (Sl 51.17). A oferta de Noé foi perfeitamente aceita pelo Senhor, tanto, que ele e sua família sobreviveram àquele caos

e cumpriram a missão de repovoar a terra, obtendo do Senhor a promessa de que a terra e seus habitantes não mais seriam destruídos por causa de suas iniquidades, e ainda que, na sua descendência, se cumpriria a grande promessa de Deus de abençoar todas as famílias da terra, através do surgimento do redentor da humanidade, Jesus Cristo. (Gênesis 11.26; 12.1-3). Sua família, diante do altar ao Senhor, em adoração diária, certamente receberá também grandes e maravilhosas bênçãos. Será uma família abençoadora.


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Famílias missionais Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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braão, nosso pai na fé, foi chamado pelo Senhor para formar o Povo de Deus. O chamado do Senhor para ele e, para nós, é radical. O chamado de Deus foi “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei, de ti farei uma grande nação (…) Sê tu uma benção” (Gn 12.1-2). Abraão, nessa época, foi chamado a sair e

a viver pela fé o que Deus mostraria, com a proposta de formar uma nação, uma grande família de Deus. A chamada ainda continha a proposta divina de que Abraão seria uma benção. Deus o chamou para que ele vivesse pela fé e formasse uma grande nação. Deus ainda disse: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). A preocupação do Senhor ao formar o Seu povo através

de Abraão era abençoar as famílias. Deus ama a família e a missão do Povo de Deus era ser benção para as outras nações, era ser a referência. O Povo de Deus carrega em si a missão de ser benção onde estiver plantado, dessa forma, somos chamados como famílias cristãs a levar em conta a nossa responsabilidade. Temos um chamado para proclamar o Evangelho, para divulgar a mensagem salvadora, para espalhar a semente, para testemunhar da graça

e de fazer o Reino de Deus avançar. Somos chamados a viver a nossa missão de pregar e discipular as pessoas que nos circundam. Somos chamados como Povo de Deus para espalhar a Luz de Jesus e fazer com que as famílias venham desfrutar dessa luz e sair das trevas. Somos chamados a salgar onde estamos, para que as famílias que estão ao nosso redor venham descobrir o real sabor da vida, que é seguir os passos de Jesus. Deus nos plantou onde estamos para abençoar as

famílias ao nosso redor. Há famílias vizinhas que estão perdidas, estão com conflitos com os filhos, dificuldades conjugais e de relacionamentos, imersos em dívidas e sequestradas pela cultura do consumo. A nossa missão é transmitir o Evangelho que restaurou a nossa família. Somos chamados a pregar esse Evangelho a todas as pessoas. Temos a missão de ter uma vida que comprove a nossa fé no Senhor. Que sua família seja uma benção aonde Deus a plantou!

Fragilidade humana Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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arcos é um Evangelho cheio de detalhes. Se quisermos aproveitá-lo ao máximo, não podemos esquecer seus detalhes. Marcos começa o capítulo quatro descrevendo os ensinos de Jesus, sendo transmitidos à beira-mar, que era um lago que eles chamavam de mar. Logo pela manhã, Jesus transmitiu a parábola do Semeador, da Candeia, da Semente, do Grão de

Mostarda e, pelo verso 33, nos parece que ele ensinou outras que não estão mencionadas. Como Jesus não temia nada, Ele nem se preocupou com a chegada da noite, e, no mesmo barco que usava para distanciar-se da multidão, deu ordem aos discípulos para entrarem no grande lago. Foram parar na terra dos gerasenos. As águas ficaram revoltas e ameaçaram afundar o barco. Jesus descansava. A fragilidade humana se manifestou, e os apóstolos colocaram Jesus

no mesmo patamar deles. O que fizeram? Julgaram-no tão vulnerável quanto eles, e ainda O acusaram de abandoná-los em um barco ameaçado de afundar. Outra prova da fragilidade deles. Havia outros barcos no mar, nenhum dos discípulos pensou no perigo que os outros barcos também sofriam. Pensaram apenas em si próprios. Essa lição é pesada; é o mesmo momento que estamos passando. O mundo de hoje mostra-nos que está indo ao fundo. Nós temos Jesus, e eles?

A fragilidade humana se manifesta na hora do perigo pessoal, e também se manifesta no perigo social. Pensamos no drama da família dos autistas. São famílias que não sabem navegar com um autista a bordo. Que uso as Igrejas fazem com seu patrimônio fechado durante a semana? São barquinhos ameaçados de afundar e ninguém lembra deles. Podemos mencionar outras necessidades. E se incluirmos os down? Os filhos de drogados? Somos tão frágeis como os discípulos.

Conclusão, que palavras Jesus lhes dirigiu? Ele recriminou o medo e a falta de fé deles. Será que o mesmo não está ocorrendo nestes dias em que o mundo está tão ameaçado de afundar? Não somos diferentes dos discípulos, e, assim como os apóstolos, depois de sacudirem o mundo, não nos cabe fazer o mesmo agora? Certamente, os outros barcos foram salvos, é isso o que devemos fazer com os barcos que estão afundando neste mundo tão revoltoso como nos dias de hoje.


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

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Não basta durar, tem que vencer

im Collins é um dos autores de maior sucesso para quem milita na área de administração de empresas. Alguns o consideram como o sucessor de Peter Drucker, o grande consultor para o mundo corporativo, que por sinal era um crente fiel, falecido em 2005. Jim Collins escreveu, tendo como coautor Jerry Porras, dois livros famosos. O primeiro deles foi “Feitas para durar”, onde relata os resultados com 18 empresas “excepcionais e duradouras” algumas com quase cem anos de existência e desempenho superior ao da média do mercado acionário desde 1926. Mais tarde, Jim Collins escreveu o livro “Empresas feitas para vencer”. Nesse segun-

do livro, Collins responde a seguinte pergunta: Como empresas boas, medianas e até ruins podem atingir uma qualidade duradoura? Jim Collins, em uma das suas entrevistas, diz que foi motivado a escrever o segundo livro porque percebeu que não bastava as empresas apenas sobreviverem no mercado, mas, acima de tudo, tinham que ser vencedoras. Para ele, as empresas não podiam apenas ser duradouras e vencedoras, mas tinham que alcançar a excelência. Por que uma introdução citando Jim Collins? Porque achei que seria interessante apropriar-se e refletir a respeito de alguns conceitos aplicados ao mundo corporativo e que podem também ser

inseridos na relação conjugal. Por exemplo, Jim Collins diz no seu segundo livro que empresas que vencem tornam-se excelentes, mesmo em condições adversas. Em casamentos que vencem, os cônjuges buscam a excelência na relação conjugal, mesmo vivendo em um ambiente, em uma sociedade que conspira fortemente contra a própria instituição casamento. As condições adversas em relação ao matrimônio hoje são mais visíveis. Vivemos em uma sociedade onde o divórcio é banalizado; as leis, em vez de protegerem o casamento, facilitam a separação. Por outro lado, temos, inclusive em nossas Igrejas, muitos casais que estão unidos por

anos a fio, mas sem a felicidade que Deus deseja para os cônjuges. São casamentos que apropriam-se da ideia de Jim Collins, duradouros, mas que precisam se tornar vencedores, de excelência. Sempre digo, em minhas palestras para casais, que Deus não deseja somente casamentos duradouros, mas casamentos também onde os cônjuges sentem-se realizados, felizes. Nas palavras de Collins, seriam uniões vencedoras. O casamento não é um negócio, mas uma instituição, como muitas empresas, só que seu fundador é o próprio Deus. Ele, Deus, o Criador do casamento, deseja que busquemos a excelência na relação conjugal. Quando a busca-

mos, proporcionamos alegria ao coração Dele, ao nosso cônjuge, aos filhos, à Igreja e a toda sociedade. Além de fazer bem a nós mesmos. Obs: Percebendo os princípios usados por ambos os livros de Collins, preparei um seminário sobre o tema “Casamentos que vencem”. Este seminário pode ser aplicado em retiros de casais ou na própria Igreja. Se você deseja saber mais detalhes e como levar este trabalho para sua Igreja em 2018, faça contato comigo: oikos@ministériooikos.org.br Pr. Gilson Bifano Diretor do Ministério OIKOS e de Livres para Amar à Maneira de Deus / Brasil.

O papel dos jovens no Corpo de Cristo Vinicius Vargas, pastor de jovens da Igreja Batista Fonte Carioca e vicepresidente da Juventude Batista Meritiense.

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Igreja é um corpo, Paulo já tinha dito isso em I Coríntios 12. No corpo, cada membro tem a sua função. Temos o cabeça (Cristo); as mãos (seriam os diáconos?); os pés (os missionários); a boca (os que pregam a Palavra). A lista segue; todo mundo têm a sua função. E qual é o papel da juventude no corpo? Que parte do corpo será que ela representa? Nessa alegoria comparativa que estamos fazendo, tenho uma ideia de resposta. Para

mim, a juventude é o nariz da Igreja! O nariz é sempre a parte que chega primeiro. Está mais aparente no rosto. Todas as inovações e novidades na Igreja chegam via juventude. Foram os jovens que brigaram para modernizar a liturgia, e fazer a guitarra e a bateria terem lugar no culto. São os jovens a maioria dos voluntários nas áreas de design e multimídia das Igrejas que temos por aí. O nariz da Igreja é o primeiro a sentir os ventos que chegam. Mas, como é nariz, não consegue processar as coisas. Ele respira as novidades e põe para dentro do corpo. É preciso ter cuidado! Bons ventos oxigenam o corpo; ventos

contaminados envenenam e podem matar. O nariz é a parte que vai na frente, mas só chama a atenção se destoar do resto. Se fizer o seu papel, ele fica lá, sem ser muito notado. Se o rosto não tem nariz, ele nos choca. Se é muito estranho, ele chama a atenção. Mas, se for desproporcional, dá vontade de rir. A juventude não deve ser maior ou menor do que o restante da Igreja, deve ser sempre proporcional, fazer o seu papel, sem chamar muito a atenção para si, mas para o conjunto da obra. É no nariz que a gente apoia as lentes. Uma visão deficiente na Igreja não é corrigida pela juventude, mas sem ela não se conse-

gue embasar as lentes que clareiam a visão. Um corpo pode ser míope (sem preconceitos com míopes, sou míope também). Os olhos e os óculos precisam, muitas vezes, de algo que corrija a visão. Não é esse o papel da juventude, mas o de dar suporte as lentes, de prover o espaço para que os debates abertos aconteçam. O nariz é parte mais desprotegida do corpo. É a única que não dá para cobrir suficientemente no frio. É a primeira parte que descasca sob o sol forte. Está sempre vulnerável: em uma briga, é a primeira parte a ser atingida. É também uma das mais delicadas: uma vez quebrado, a recuperação é lenta e dolo-

rosa. Não dá para engessar o nariz. Se mantidos os devidos cuidados e com a devida proteção, dá para mantê-lo em segurança. O nariz precisa ser limpo todos os dias, sob o risco de prejudicar o corpo todo. Precisa respirar ar puro, oxigenar o corpo, permitindo que o pulmão da Igreja tenha meios de converter ar em energia e manter o corpo vivo. Uma Igreja saudável tem uma juventude saudável. Uma Igreja sem jovens é um corpo onde o nariz não funciona: ela respira por aparelhos. Toda Igreja precisa de jovens que oxigenem suas Igrejas com o ar puro do Espírito, que sopra onde quer, e não pode bobear e respirar ventos de doutrina.


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missões nacionais

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Cristolândia inaugura unidade para acolhimento de mulheres na Bahia

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issões Nacionais deu mais um passo no cuidado e recuperação de mulheres usuárias de drogas. No dia 16 de setembro, foi inaugurada a Cristolândia Feminina na Bahia, na cidade de Camaçari - BA. A unidade irá acolher mulheres usuárias de drogas no estado e dar suporte para que elas possam ser livres do vício. Uma grande festa celebrou a Deus pela oportunidade de atuar de forma ainda mais intensiva na transformação do nosso Brasil através do Poder de Deus! O evento contou com a presença do pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, da coordenadora de Assistência Social, Anair Bragança e do casal que coordena a Cristolândia Bahia, pastor Raphael e Joyce Scotelaro. Durante o culto de inauguração, os presentes conheceram a história emocionante da doação do terreno usado pela unidade. A propriedade pertencia a família de Augusto Lucciola Neto, um menino de 10 anos que, ao ouvir uma mensagem mobilizadora do pastor Raphael, pediu aos seus pais que a família doasse o local para a obra

Unidade fica na localidade de Monte Gordo, em Camaçari - BA Menino Augusto mobilizou doação do terreno da unidade

missionária. “Eu vi que a gente tinha uma vida muito boa, aí eu pedi para minha mãe para a gente não usar aqui. Falei ‘Mãe, a gente não usa uma casa lá em Monte Gordo, vamos doar para as mulheres de rua terem uma casa e comida’”, contou o menino emocionado durante a cerimônia de inauguração. O espaço de 8 mil m², que estava há anos sem ser usado, foi ainda reformado e ampliado pela família de Augusto e passou a ser a sede da Cristolândia Feminina Bahia, projeto que vinha sendo idealizado pelos coordenadores Raphael e Joyce. “A Cristolândia é um mover do Espírito Santo no meio do povo dele, do povo de

Culto celebrou avanço na obra missionária

Deus, e que Ele tem levantado pessoas nesse Brasil todo para mostrar para esse país, para essas pessoas, que Jesus é esperança, e que Jesus transforma”, falou pastor Fer-

Cristolândia inaugurou unidade feminina na Bahia

nando Brandão. Agradecemos a todos os parceiros de Missões que constroem essa história conosco! Nosso desejo é que todos os Batistas brasileiros

participem da transformação que Deus quer fazer em nosso país. Saiba como ser um parceiro, acessando: <https://www.atos6.com/missoesnacionais/>.


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notícias do brasil batista

Cidade de Oratórios – MG é contemplada com trabalho evangelístico Osvaldo Guerra, pastor

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ntre os dias 22 a 30 de julho, a cidade de Oratórios - MG foi invadida por uma onde de amor, compaixão e graça. Aproximadamente 60 missionários voluntários dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais investiram suas férias e suas vidas para levar esperança e pregar as Boas Novas de Cristo para os Oratorienses. Com uma população de aproximadamente 4.500 habitantes, Oratórios fica situada a 198 Km da capital, Belo Horizonte. A cidade acolheu os “amarelinhos” (como fi-

Boas Novas de salvação foram apresentadas aos moradores da cidade

camos conhecidos) de uma forma bem calorosa. O trabalho foi intenso; 28 pessoas aceitaram a Jesus, foram feitos 45 discipulados e houve 03 reconciliações. Ao

todo, estima-se que o projeto tenha alcançado cerca de 1.200 pessoas. Uma atividade que se destacou foi a ação com as crianças; 250 meninos e meninas participaram conosco.

Equipe que atuou em Oratórios - MG

Amizades construídas, vidas impactadas, discipulados e restauração de famílias, essa é uma pequena amostra do que Deus fez naquela cidade. Deus tem levanta-

do um grande exército para impactar nossa Nação, não podemos nos calar, vidas precisam ouvir a Verdade do Senhor. Essa é a nossa missão, até que Ele venha!

Casal de missionários atende mais de 7.500 jovens em cidade de Minas Gerais Estevão Júlio, estagiário Decom*

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astor Rony Cleyton e sua esposa, a missionária Andreia Cristina, estão há dois anos e seis meses em Cássia, cidade localizada no sudoeste de Minas Gerais e que conta com uma população de 20.000 habitantes. Além do catolicismo, que é muito forte no local, ao chegarem a região viram que o trabalho não seria fácil. “A gente percebeu uma dificuldade muito grande da cidade em atender a população em situação de drogadição. As drogas chegaram na cidade como chegam em qualquer centro, porém, a localidade não tem estrutura para atender as crianças e os familiares”, relata Andreia. O casal já tinha o sonho de atender esse público, tendo em vista que o pastor Cleyton já realizava alguns atendimentos na Igreja Batista em Cássia (IBC), que é liderada por eles. Dessa forma, oraram a Deus, com o objetivo de seguir na direção certa. Ao participarem da Assembleia da Convenção Batista Mineira, conheceram o

Projeto VIVER é base do trabalho evangelístico

Projeto VIVER, Movimento Nacional de Prevenção ao uso de Drogas, da Junta de Missões Nacionais (JMN). A missionária Andreia Cristina conta que eles perceberam a similaridade do VIVER com o projeto que eles pretendiam realizar, e que por ser um trabalho Batista, ganharia ainda mais força. “Como Batista, a gente entende que precisa fortalecer as correntes da nossa denominação, então, a gente optou por ter a Junta de Missões Nacionais como base de tudo isso, a gente optou por essa garantia institucional. Aqui a gente tem o recurso e o material literário, então era uma preocupação a menos”, declara a missionária. Em 2015, a iniciativa foi implantada em três colégios:

dois estaduais e um municipal. A ação teve início no segundo semestre e, de acordo os missionários, “O trabalho foi muito produtivo”. Em 2016, a missão era conhecer um pouco mais da cidade. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo para saber a real situação sobre o consumo de drogas na região. A consulta mostrou que 85% das famílias estavam inseridas nesse contexto. Os dados colhidos foram apresentados ao Conselho Tutelar e ao Juiz da Vara da Infância e Adolescência. A pesquisa chegou ao prefeito da cidade, que foi até a IBC, e o pastor Cleyton apresentou a ele toda a proposta de trabalho do VIVER. Durante esse processo, algo

Trabalho realizado nas escolas é oportunidade para falar do Evangelho

interessa nte aconteceu, como afirma o missionário: “É importante frisar que o secretário de Educação do município se declara ateu e, mesmo assim, junto com o prefeito, fizeram questão que levássemos o Projeto VIVER para as escolas. E a partir dessa conversa que tivemos, eles abriram todas as escolas da cidade para nós”, declara Rony Cleyton. Hoje, o número de escolas atendidas mensalmente chegou a dez, acolhendo, inclusive, a zona rural da cidade. A Igreja Batista em Cássia também realiza diversas atividades, entre elas, o Projeto Jiu Jitsu, que atende 15 meninos e meninas não crentes; o Projeto Loja Social, onde são distribuídos roupas e

calçados para população de bairros mais pobres; o Projeto Brigadeiro de Morango, iniciativa da Juventude Batista Brasileira (JBB), que trabalha questões femininas com garotas não crentes; Projeto Enem, onde dez professores seculares lecionam para 25 alunos que também não são cristãos, preparando-os para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A Congregação está localizada na Rua Comendador Antenor Machado, 140, Centro, Cássia - MG. Para conhecer um pouco mais do trabalho, acesse: www.facebook.com/ pibcassiaIBC/ * Com supervisão da jornalista Paloma Furtado


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Batistas levam o Amor de Deus aos moradores de Guaçuí - ES Matheus Ramos, jornalista da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

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ais uma vez, a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES) promoveu a TransCapixaba, o maior movimento evangelístico do estado. A cidade de Guaçuí, região do Caparaó Capixaba, recebeu 115 voluntários dos dias 20 a 31 de julho, tendo como base a Segunda Igreja Batista de Guaçuí, pastoreada pelo missionário João Batista Pereira da Silva. Vindo de diversas locais do Espírito Santo, aos poucos os missionários voluntários tomaram conta da pacata Guaçuí. Com uma alegria contagiante, por onde passavam caíam na graça do povo. Logo nos primeiros dias, o município já estava totalmente receptivo aos Batistas capixabas. Os dois primeiros dias de trabalho foram de intensos treinamentos. A equipe recebeu orientações sobre abordagem, evangelismo pessoal e de como aplicar o estudo

Ações abordaram públicos de várias cidades

do Evangelho de João. Além disso, a organização usou esses primeiros períodos para alinhar detalhes sobre a divisão de equipes. A organização do evento ficou a cargo do pastor Keiny Moreira, coordenador de Missões Estaduais. Junto a sua equipe, ele dividiu a cidade em seis regiões, cada uma delas com um local de apoio. Sendo assim, os voluntários foram distribuídos em seis grandes grupos. Dentro dessas equipes, os participantes formaram duplas ou trios, para que pudessem abordar, de forma mais

pessoal, os moradores da região. Ao todo foram feitas 1.748 abordagens. Ao longo dos dias, os missionários se revezavam nas visitas as casas para oferecer estudos bíblicos. As famílias que aceitavam, ganhavam um livreto de estudo sobre o Evangelho de João, que era aplicado nos quatro dias. No total, 154 famílias receberam o estudo. Os voluntários também promoveram atividades que assistiam a um grande número de pessoas, visitando escolas, hospitais e creches. A principal escola da região abriu as portas para que fos-

Vidas puderam entender sobre o Evangelho de Cristo

Voluntários do Projeto vieram de várias cidades do Espírito Santo

sem realizados cultos e palestras durante os intervalos. No decorrer da ação social promovida, 560 pessoas foram atendidas. A equipe

ofereceu para a comunidade corte de cabelo, serviço de manicure, penteado, maquiagem, lanche e recreação infantil.

IB Monte Horebe, em Manaus - AM, comemora Jubileu de Rubi e Esmeralda Levir Perêa Merlo, pastor da Igreja Batista Monte Horebe, em Manaus - AM “Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres.” (Sl 126.3)

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o dia 15 de setembro de 1977, no que é hoje o quintal da Igreja Batista Monte Horebe, às 19h30, foi organizada pela Segunda Igreja Batista de Manaus (SIB), a Igreja Batista Monte Horebe, com 63 membros. O primeiro pastor foi Duanne Party. Posteriormente, a Igreja contou com os seguintes pastores: Tomé Tavares (1982 1984); Mario da Gama (1985 - 1988); Levir Perea Merlo

Pastor Levir Perêa Merlo

Membresia da IB Monte Horebe agradeceu a Deus pelos 40 anos de atividades

(1989 - 2004); Renato Belizário (2005 - 2010); Claudiomar Maia (2011 - 2015); Levir Perea Merlo (desde 2016). A Igreja Batista Monte Horebe celebra 40 anos de lutas, batalhas e, principalmente, vitórias, porque está alicer-

çada no Deus da vitória, no Deus do impossível. Este ano celebramos o nosso Jubileu de Rubi e Esmeralda. Rubi é a pedra preciosa colorida mais cara do mundo, é representada pela cor vermelha, a gema do amor

e da paixão, mas representa, sobre tudo, o Sangue do Senhor Jesus Cristo, que foi derramado em oferta para o perdão dos nossos pecados. A esmeralda, pedra preciosa de cor verde, representa a esperança e a fé na volta glo-

riosa do Senhor Jesus Cristo e a certeza da vida eterna com Ele para sempre! Nesses 40 anos, apesar de algumas turbulências, a Igreja nunca deixou de proclamar o amor glorioso e misericordioso do Senhor da Vida, Jesus Cristo, que é a nossa Rocha dos séculos, a pedra mais preciosa para todos aqueles que reconhecem sua condição de pecadores e tornam-se servos do Senhor. Estamos aqui para dar graças ao Senhor que nunca, jamais nos deixou e nunca nos abandonará. Monte Horebe, é tempo de avançar e continuar proclamando com ousadia, intrepidez, alegria e gratidão o Evangelho eterno do Senhor Jesus Cristo!


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notícias do brasil batista

Congregação Batista Betel - GO celebra 25 anos de existência Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO

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Congregação Batista Betel no bairro Vívian Parque, em Anápolis - GO, fundada em 08 de setembro de 1992 pela Primeira Igreja Batista em Anápolis (PIBA), que à época tinha como pastor o doutor Geraldo Ventura da Silva, comemorou 25 anos de existência no dia 16 de setembro de 2017. O culto do Jubileu de Prata foi muito bonito e concorrido: 150 pessoas participaram da celebração a Deus. Muitos convidados e visitantes não crentes estiveram presentes, além de muitos irmãos de várias Igrejas e Congregações de Anápolis e cidades vizinhas. Entre as Igrejas participantes da programação, destacam-se o Grupo Coral da Igreja Batista Israel e o cantor

Moysés Lourenço; o Grupo de Louvor da Congregação Batista Ebenézer; Primeira Igreja Batista em Goianápolis, Igreja Batista Antioquia, Igreja Batista na Vila Jaiara, Segunda Igreja Batista em Anápolis, Comunidade Batista Sal e Luz; Igreja Assembleia de Deus Ministério de Anápolis, dentre outras. O preletor na ocasião foi o atual pastor da Igreja organizadora da Congregação, pastor Élio Carlos de Assis Morais (pastor da PIB em Anápolis). O pregador chamou a atenção de todos, mas, principalmente, a do grupo local, para refletir sobre o momento significativo que a Congregação está vivendo: 25 aniversários. Ele alertou para a necessidade de se fazer uma leitura correta do mundo tenebroso no qual nos encontramos e do papel e responsabilidade da Igreja do Senhor Jesus aqui na terra. Pastor Élio pregou a Palavra

Templo da Congregação repleto de pessoas para o culto a Deus

de Deus baseado em Atos 1.14-17 e falou sobre três atitudes que Deus espera de nós neste tempo que antecede a volta do Senhor Jesus Cristo. A primeira atitude que Deus espera de uma Igreja relevante é a prontidão; a segunda é estar sob o domínio do Espírito Santo e, em último lugar, não ter vergonha do Evangelho. A celebração a Deus pelas bodas de prata culminou no domingo, dia 17 de setem-

bro. No culto matutino foi servido um delicioso almoço para todos os presentes na Escola Bíblica Dominical (EBD). No culto noturno, a Congregação celebrou a Ceia do Senhor, que foi ministrada pelo pastor Pedro Mascare, presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) - Subseção de Anápolis e das cidades do Centro Norte Goiano. A Congregação Batista Betel conta hoje com o número

de 30 pessoas entre membros e congregados, e tem a grata satisfação de possuir no rol de seus membros atuantes a missionária Maria Marques Viana, obreira que iniciou o trabalho Batista no local, na ocasião como missionária da PIBA. Além da missionária Maria Marques, apelidada carinhosamente de missionária Markita, a Congregação possui ainda outras cinco pessoas que estão desde o início do lançamento da Pedra Fundamental: diaconisa Antônia Felicidade, Maria Joselucia, Maria de Fátima, Francisco Calado e Belvita Pereira (Nenzinha). Também participou deste culto, o evangelista e poeta Machado Goiano, outro baluarte e desbravador do trabalho Batista em Goiás, que muito contribuiu para o início das atividades da denominação no bairro. Deus seja louvado pela Sua infinita Graça e Poder. Amém.


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missões mundiais

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Características dos plantadores de Igrejas bem-sucedidas Augusto Lima, missionário no Caribe

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issões Mundiais elaborou para os próximos anos um novo plano diretor estratégico que servirá como base para direcionar as ações dos seus missionários para os próximos anos. A ênfase é a plantação de novas Igrejas e discipulado. Charles Ridley constatou que os plantadores de Igrejas bem-sucedidas partilham de, pelo menos, 13 características comportamentais. 1. Têm capacidade visionária - é a capacidade de imaginar o futuro, de levar pessoas a se envolverem neste sonho e transformar esta visão em realidade.

2. Têm motivação intrínseca. Isso significa que a pessoa se aproxima do ministério como empreendedor e se compromete com a excelência por meio do trabalho duro e determinação. 3. Criam um sentimento de pertencimento ao ministério entre os envolvidos - essa característica os leva a incutir em outros um sentimento de responsabilidade pessoal pelo crescimento e pelo êxito do ministério, treinando líderes para gerir outros líderes. 4. Cultivam relacionamentos com os de fora da Igreja eles criam, assim, uma ligação que rompe as barreiras que cercam essas pessoas, encorajando-as a se examinarem e a se comprometerem com uma caminhada pessoal com

Deus. Disso resulta que os novos crentes são capacitados e encorajados a levar outros à salvação em Jesus Cristo. 5. Contam com a parceria do cônjuge - essa parceria é a cooperação entre o marido e a mulher em que o casal de plantadores está de acordo em torno das prioridades ministeriais, do papel e envolvimento de ambos e da integração e do equilíbrio do ministério com a vida familiar. 6. São eficazes no desenvolvimento de relacionamentos - têm a habilidade de tomar a iniciativa para conhecer pessoas e aprofundar os relacionamentos que serão a base do ministério eficaz. 7. Estão comprometidos com o crescimento da Igreja - desse

modo, o desenvolvimento das atividades da Igreja é valorizado como meio de ampliar o número e a qualidade de discípulos. Por meio desse compromisso, eles ampliam o crescimento numérico no contexto do crescimento espiritual e relacional. 8. Têm sensibilidade para com a comunidade - dispõe das habilidades que permitem ao plantador ajustar seu ministério à cultura e às necessidades do seu público-alvo. 9. Valorizam os dons dos outros - assim, capacitam e liberam outros para que ministrem com base em seus dons espirituais. 10. Têm flexibilidade e adaptabilidade - isso lhes permite adaptar-se a mudanças e ambiguidades, mudar as prio-

ridades e programas quando necessário e lidar com várias tarefas ao mesmo tempo. Esse líder consegue se adaptar a surpresas e emergências. 11. Desenvolvem um grupo coeso - capacitam o grupo a trabalhar de forma colaborativa em direção a objetivos comuns, além de lidar habilmente com elementos desagregadores. 12. São iniciadores que demonstram resiliência - eles dão sinais da capacidade de se sustentar emocional, espiritual e fisicamente em meio a reveses, perdas, desapontamentos e fracassos. 13. Exercem a fé - transformam convicções pessoais em decisões pessoais e ministeriais e nas ações daí resultantes.

Mobilização missionária: tempo de avaliar e planejar

Mobilizadores de todas as regiões do Brasil estiveram em setembro na sede de Missões Mundiais

Marcia Pinheiro - Redação de Missões Mundiais

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ntre os dias 18 e 21 de setembro, missionários mobilizadores de Missões Mundiais estiveram reunidos no Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), no Rio de Janeiro. Eles puderam conhecer as novidades de todos os setores da Organização, bem como as ações realizadas no dia a dia

da nossa sede e que impactarão suas atividades junto às Igrejas no próximo ano. São 20 mobilizadores que representam todas as regiões do Brasil. Além das palestras apresentadas por coordenadores e gerentes das áreas de Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Administrativo, Financeiro, Comunicação e Marketing, Promoção e Gerência de Missões. Eles também ouviram uma men-

Equipe está sintonizada para servir ainda melhor às igrejas da CBB em 2018

sagem do pastor João Marcos Barreto Soares, que, entre outros importantes assuntos, apresentou aos mobilizadores o novo planejamento estratégico de Missões Mundiais e o conceito do NUN (visite www.nun.org.br). Pastor Alípio Coutinho, coordenador da equipe de Promoção e Mobilização, definiu o encontro como um momento muito importante, quando eles param suas ativi-

dades rotineiras para alinhar e pensar o que será realizado para melhor atender às Igrejas da Convenção Batista Brasileira (CBB). A mobilizadora Marcia Carrilho veio de Campo Grande - MS para o treinamento. “São momentos preciosos para nós, mobilizadores, quando nos reunimos para avaliar, planejar e nos abastecer de informações. Mais uma vez, saímos daqui motivados

a envolvermos nossas Igrejas na missão de alcançar os não alcançados”, disse Marcia. E não só de palestras e mensagens é feito o treinamento dos mobilizadores. O encontro, que acontece anualmente, também é um momento de comunhão, troca de ideias e, claro, de muita oração. Para conhecer nossa equipe de missionários mobilizadores, visite: www.missoesmundiais.com.br/mobilize.


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notícias do brasil batista

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OBITUÁRIO

Homenagem ao meu pai, pastor Gelson de Carvalho Gama Márcia Esmere de Carvalho Gama, filha, membro da Igreja Batista do Méier - RJ

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u agradeço a Deus pela vida do meu pai, pastor Gelson de Carvalho Gama, que no

inclusive, construiu o templo atual. Era um homem de fé e perseverança. Deixou dois filhos, Nilo Sérgio e eu, Márcia Esmere; um casal de netos, Ana Paula e Sérgio Felipe; e três bisnetos,

dia 31 de agosto de 2017 foi para os braços do nosso Senhor Deus. Meu pai foi consagrado a pastor em 1958 e pastoreou a Igreja Batista do Cenáculo, em Del Castilho - RJ, por mais de 40 anos,

Isabela, Mykaella e Luiz Felipe. Agradeço aos familiares e amigos que sempre me ajudaram nas horas mais difíceis e a todos que compareceram ao sepultamento.

Convite A Igreja Batista em São Joaquim - Cardoso Moreira - RJ, convida os pastores da Associação Batista Noroeste Fluminense para participarem do Concílio que examinará o irmão Autobelle Lança Florindo, com formação ministerial pelo Seminário Teológico Batista Fluminense, visando a consagração ministerial pastoral no dia 12 de outubro de 2017, às 15 horas e 30 minutos, em seu templo. Se aprovado, será ordenado no mesmo dia às 19 horas e 30 minutos. Att, Marco Aurélio Figueiredo Trindade Pastor Presidente


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ponto de vista

Minha terceira viagem missionária ao Ceará Geraldo Terto, pastor, colaborador de OJB

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á nove anos que eu não ia ao Ceará e, agora, com meus 80 anos de idade, só foi possível porque fui muito bem acompanhado por Valdete Terto, minha esposa, pastor Otacílio Soares Pinto e Crisolita Vilas Boas, esposa dele. Visitamos as cidades de Juazeiro do Norte, Crato, Vázea Alegre e Iguatu. Juazeiro do Norte Quando estive em Juazeiro do Norte em 2007, só tinha duas Igrejas da Convenção, a Primeira e a do bairro de Timbaubas. Hoje, são seis Igrejas organizadas com seus respectivos pastores; além disso, tem quatro Congregações em bairros da cidade. O pastor Francisco Washington Oliveira voltou a dirigir a PIB da Convenção em Juazeiro do Norte e o Centro de Treinamento Eclesiástico e

Missões (CETEM), criado para sionária o porquê de Jesus ser preparar obreiros na região “crente” e de Maria, mãe dele, ser “católica”. O que intimida do Cariri. os fiéis é: “Fora da Igreja católica não há salvação”; daí, as Crato A Convenção das Igrejas pessoas mais velhas, dizerem: Batistas Regular é pioneira “Minha família sempre foi cano Cariri. Na cidade do Crato tólica e eu tenho que morrer tem cinco Igrejas organiza- católica”. Sobre intercessão, das, oito Congregações e dizem: “Temos que ir primeium Seminário Teológico. ro à mãe, para ela interceder A Primeira Igreja Batista da junto ao filho”. O que não é Convenção concentra seus doutrina é tradição, que passa trabalhos no templo e na de geração em geração. mídia, por isso, mudou-se Vázea Alegre do bairro chamado Pimentas Vázea Alegre tem 40 mil e construiu um templo no habitantes e está localizada Centro da cidade. No Crato tive a minha me- no Centro Sul do Ceará; fica lhor oportunidade da viagem: a 476 quilômetros de Fortalefalei para mais de 30 pesso- za. Antigamente, a cidade era as, em sua maioria católica, chamada de terra do arroz. O no sítio da minha irmã, Cléa padroeiro do município é São Cordeiro. É bom que se diga Raimundo Nonato e quase as dificuldades que os missio- todas as famílias têm um filho nários enfrentam na evangeli- que se chama Raimudo ou zação no sertão do Nordeste, Raimunda. Em Vázea Alegre trabalham onde as doutrinas católicas estão arraigadas no coração as missionárias Marinélia Lodo povo. Por exemplo: uma pes Amaral e Anália de Louradolescente perguntou a mis- des Santos. Chegaram ali em

junho de 2012, transferidas pela Junta de Missões Nacionais (JMN) da cidade de Brejo Santo - CE, onde realizaram um abençoado trabalho. Nestes quatro anos, os desafios têm sido grande. Ganharam um terreno e, com muito esforço, estão construindo um templo com o apoio da Igreja mãe, a PIB de Iguatu, dirigida pelo pastor Zaqueu Dias. A Congregação tem 15 membros e as missionárias se esforçam na preparação de líderes. Nós participamos dos trabalhos da Congregação no domingo pela manhã e à noite. O forte da evangelização está nos sítios onde têm estudos bíblicos e trabalho com crianças; porque a população da cidade, em sua maioria, mora na zona rural. Cidade de Iguatu É uma bela cidade, plana e arborizada, tem várias praças e parques de lazer. É cercada de lagoas e banhada do lado esquerdo pelo rio Jaguaribe.

A população é de, aproximadamente, 100 mil habitantes; é a principal cidade comercial da região. O templo da Igreja Batista da Convenção está bem localizado; tem acompanhado o progresso. O trabalho Batista em Iguatu começou por duas jovens da Junta de Missões Nacionais, ensinando crianças debaixo de uma mangueira no Centro da cidade. O pastor da Igreja é Zaqueu Dias, que há 15 anos dirige a Igreja com muito dinamismo e competência. A Igreja está se expandindo, abrindo e mantendo trabalho em várias localidades da região. Mas faltam obreiros. No dia que visitamos a Igreja, o pastor estava em tratamento em São Paulo e quem dirigiu os trabalhos, à noite foi sua esposa, irmã Maria Maçal. Na ocasião, foi lançada a Campanha Nacional de Mobilização; o pastor Otacílio S. Pinto pregou uma inspirada mensagem e eu encerrei com um testemunho pessoal.

Hinos de Missões Nacionais - (Parte I) Joaquim Júnior, membro da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF

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stá claro que a única esperança para o nosso país é Jesus Cristo! Ao longo da história Batista brasileira, muitos hinos foram escritos em prol da evangelização do Brasil. Além dos diversos hinos sobre evangelismo, missões e anunciação da Palavra, os nossos hinários registram, pelo menos, nove hinos específicos sobre Missões Nacionais: quatro constantes em ambos os hinários; dois, apenas no Cantor Cristão; e três, apenas no HCC. Um hino muito popular é “Cristo é a única esperança” (581CC e 526HCC), último hino no Cantor Cristão e que cita estados, cidades e regiões do Brasil, expressando que, para todo o nosso país, Cristo é a única esperança.

Para a Campanha Nacional de Evangelização de 1965, a comissão de escolha do hino oficial recebeu muitas contribuições, tendo sido a do general Batista Mário Barreto França considerada a melhor poesia. Nenhuma música, entretanto, combinava com essa letra. Diante disso, Bill Ichter, um dos membros da Comissão, levantou-se de madrugada, não tendo conseguido dormir, e compôs a bela melodia em 15 minutos. No dia seguinte, levou a música à Comissão, mas envergonhado por ser o único não brasileiro e entendendo que, por ser membro da Comissão, não deveria ser favorecido, Ichter usou o pseudônimo Nelson Mariante. O hino tornou-se o oficial e foi apresentado na Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) por um grande coral de 700 pastores, dirigido pelo presidente da Aliança Batista

Mundial, pastor João Soren. A “Marselhesa dos Batistas Brasileiros”, segundo o pastor José dos Reis Pereira, é “Oração pela Pátria” (439CC) ou “Minha Pátria para Cristo” (603HCC). A letra é de William Entzminger, importante missionário norte-americano que dedicou sua vida à evangelização do Brasil. Utilizando trechos do Hino da Independência, ele e sua família experimentaram as palavras “Ou morrer pelo Brasil”, quando ele enfrentou as mais sérias doenças e a morte de seus dois filhos e de sua esposa, sendo, por fim, sepultado em terras brasileiras. Para Bill Ichter, harmonizador do hino e homenageado com a atribuição de seu nome ao nome da melodia, esse “É uma espécie de grito de guerra dos Batistas brasileiros. É o hino religioso-patriótico porque fala de Cristo e é uma ora-

ção em favor desta grande nação brasileira”. Falando da compositora Emiline Lindsey, ele ainda registra: “Através da música de uma dedicada serva de Deus, em uma pequena cidade universitária americana, [Deus] tem abençoado milhares de pessoas em todos os rincões deste grande Brasil”. “Cristo, meu deleite” (386CC) ou “Ah, se eu tivesse mil vozes!” (525HCC) também foi escrito por William Entzminger. Subindo o rio Amazonas, diante de tantos povoados carentes do Evangelho, Entzminger ouviu a exclamação do missionário Eurico Nelson: “Ah, se eu tivesse mil vozes! Assim proclamaria a mensagem de Cristo a todos!”. De volta ao Rio de Janeiro, com sua Bíblia à frente e mapa do Brasil cobrindo a parede ao lado, escreveu esse lindo hino e escolheu a melodia de William

Sherwin para completar a beleza da obra. O outro hino que consta nos dois hinários Batistas é “Pátria Brasileira” (574CC) ou “De Ti, ó meu Brasil” (600HCC). A letra é uma adaptação de Entzminger à poesia de Samuel Francis Smith, que é voltada para os EUA. No Cantor Cristão, a música é a do Hino Nacional da Inglaterra. Para o HCC, a partir da resolução de não utilização de hinos pátrios, o missionário pastor Ivo Augusto Seitz foi escolhido para contribuir com uma nova melodia, que foi harmonizada por Ralph Manuel. O nome da melodia, ELIENAI, homenageia a missionária Elienai Ribeiro Bonfim, muito atuante na Transamazônica e que foi levada ao Pai com a queda do avião que a transportava após intensas reuniões da liderança do seu campo de trabalho.


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ponto de vista

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Parabéns para o McDonald´s

Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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ia 26 de agosto, o McDonald´s deu um grande exemplo de princípio cristão. No mundo todo, a renda da venda do lanche Big Mac foi convertida como ajuda para hospitais que fazem tratamento para a superação do câncer. Participei da Campanha. Fui ao McDonald´s e comprei um Big Mac. Foi saboroso

poder colaborar com uma empresa que demonstra tão grande atitude de amor cristão. Quero encorajá-lo a pegar, uma vez por ano, a renda de um dia de trabalho da sua empresa ou do emprego que você tem e doar esta quantia para uma instituição de caridade, seja orfanato, asilo ou hospitais filantrópicos. Se fizermos isso, seguiremos o que Jesus nos ensinou. Em Mateus 25.37-39, está

escrito: “Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’. O Rei responderá: ‘Digo-lhe a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’”. Explicando este texto, Jesus, quando

perguntado se foi ajudado, responde que quando ajudamos alguém é como se estivéssemos ajudando a Ele mesmo. Não perca a oportunidade de ajudar, doar e servir. Olhe e descubra quem está precisando de apoio. Todas as vezes que sua Igreja estiver engajada em um projeto, se insira nele, participe. Ajudar os outros é como se estivéssemos ajudando o próprio Senhor Jesus Cristo. Parabéns ao McDonald´s

pelo seu exemplo de amor cristão! Sejamos como essa empresa; amemos aqueles que precisam de socorro. Vamos contribuir, ofertar, abençoar. Uma corrente de pessoas unidas fazendo pelo próximo, pode gerar tremendos resultados. Comece hoje a colaborar com o que você pode e onde houver necessidade. Em muito você agradará ao coração de Deus se fizer isso. “O líder não perde a oportunidade de ajudar”.

capazes dentre todo o Israel, coloque-os por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez” (Êx 18.21). No verso 25, de Êxodo 18, Moisés colocou em prática os conselhos de Jetro. Durante toda a sua vida, Moisés dependeu de Deus, buscou a Ele em oração, ensinou as Escrituras e treinou líderes. Jesus levava a sério Sua vida de oração. Em Lucas 6.12, diz: “Naqueles dias, retirou-se para o monte a fim de orar; e passou a noi-

te toda em oração a Deus”. O objetivo de Jesus era pedir orientação a Deus a respeito da escolha dos discípulos. Em seguida à oração, Ele escolheu 12 homens para treiná-los e ensinar a Palavra. O apóstolo Paulo também era homem de oração, treinava líderes e ensinava as Escrituras. Um exemplo de líder treinado por Paulo foi o jovem Timóteo. Se queremos ver vidas salvas, a Igreja em franca expansão e o Reino de Deus avançando, não podemos esquecer de orar,

ensinar a Palavra e treinar líderes. Uma estratégia de alcance de perdidos tem sido os Pequenos Grupos Multiplicadores, um ambiente propício para colocar em prática os cinco princípios de Igreja Multiplicadora, ou seja, orar, ensinar e discipular, formar líderes, plantar novas Igrejas e exercer compaixão e graça. Que sejamos líderes com foco, com objetivo, e que a oração, o ensino da Palavra e o treinamento de líderes seja o ponto central da nossa liderança.

Lições aprendidas do Congresso Multiplique Estadual Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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ive o privilégio de participar do Congresso Multiplique Estadual na cidade de Guarulhos no mês de julho de 2017. O objetivo do evento foi transmitir os princípios sobre Igreja Multiplicadora, que são: Oração, Evangelização Discipuladora, Formação de Líderes, Plantação de Igrejas e Compaixão e Graça. O preletor principal foi o pastor Dave Earley, que

durante suas preleções enfatizou a respeito de três coisas que não podemos deixar de fazer. Ao começar por Moisés, passando por Jesus e Paulo, ele expôs os objetivos que todo líder deve focar. Os três oraram, ensinaram a Palavra e treinaram líderes. Moisés foi mentoreado por Jetro (sogro). Ele o instruiu a escolher líderes para facilitar a tarefa. O objetivo foi mostrar que o líder não pode estar sobrecarregado, é preciso delegar tarefas. A sugestão de Jetro foi: “Escolha homens



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