ST: advento do regime reduziu evasão fiscal Novos projetos fortalecem a Asdap
Mercado em posição de cautela
Mais segurança com o FleetBoard
www.asdap.org
ÍNDICE
12 Um marco divisório entre a abundância e as limitações 18
Entenda melhor a Substituição Tributária
FleetBoard assegura controle sobre veículos e reduz custos operacionais
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Conselheiros Celso Zimmermann, e Fernando Bohrer Suplentes Marcelo Zambonin e Silvio Cohn Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: revista@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034 Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati, Silvio Cohn e Thiago Alves
Grandes histórias escrevem a trajetória dos fenemês
Metalmoro: do sonho à tradição nas pistas
Diretoria Executiva Henrique Steffen Presidente (presidencia@asdap.org) Rogério Mendes Colla Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org) Flávio Telmo Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org) Ricardo Krolikowski Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org)
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A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor. Editor: Claudio Fontoura Editor Reportagem: Rosangela Groff e Regina Oliveira Planejamento Gráfico e Diagramação: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Gráfica e Editora Palotti Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.
ENTIDADE
Novos planos da Asdap recebem total aprovação “Hoje a Asdap está mais organizada em relação às ações que devem ser desenvolvidas. Sabemos o que queremos, estruturando o planejamento para esse ano, com objetivos para os quais vamos nos concentrar e tentar fazer da melhor maneira possível”
A
nova gestão da Asdap inicia o ano com otimismo e um novo fôlego. Segundo o presidente Henrique Steffen, hoje a entidade está mais organizada em relação às ações que devem ser desenvolvidas. “Sabemos o que queremos, estruturando o planejamento para esse ano, com objetivos para os quais vamos nos concentrar e tentar fazer da melhor maneira possível”, indica o dirigente. A percepção do presidente sobre a Associação é de que está havendo uma participação maior dos associados, com um engajamento mais amplo. “É bastante gratificante para quem está na ponta tentando realizar os projetos ver a reciprocidade e o reconhecimento da maioria dos associados. É um estímulo para seguir em frente, para ir em busca do novos desafios”, afirma Steffen. Para ele, a ideia em um primeiro momento é buscar todos os distribuidores do Rio Grande do Sul, que serão visitados pela As-
dap para saberem de perto o trabalho desenvolvido pela Associação. “Essa captação vamos fazer também com empresas de fora do Estado, mas que têm filiais aqui”, complementou. “O ano vai ser bem complicado para todos os setores da economia. Espero que o governo consiga dar o retorno que o povo espera. A crise maior é pelo desapontamento que a gente tem com os nossos governantes. Ficamos desanimados, sem perspectiva, e isto gera um pessimismo geral”, reclama Steffen, que aposta na simplicidade e na atuação do novo governador do RS para melhorar a economia gaúcha. Quanto à Asdap, o executivo afirma que há muito para crescer. “A associação tendo uma força maior dá a possibilidade de os associados desfrutarem deste crescimento”, considera. “O meu sonho pessoal é que o associado tenha orgulho de fazer parte da Asdap. Esse é o meu grande objetivo”, sinaliza. O diretor administrativo da Asdap, Flávio Telmo, salienta a relação profissional entre a entidade e a empresa
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Fotos/Divulgação/Revista Asdap
que é responsável pelo planejamento da Associação. “Após quatro anos de atuação da Action Result, prestando serviços de consultoria e assessoria, nossa Associação almeja, de forma mais organizada e profissional, buscar a consolidação como entidade, de diretrizes estratégicas, no mercado da reposição independente, junto aos nossos fornecedores, parceiros distribuidores e órgãos governamentais, dentro dos princípios de Missão, Visão e Valores, definidos pelos nossos estatutos constitutivos”, especifica. Conforme Telmo, fazem parte dessas diretrizes projetos como o Painel do Setor Automotivo 2015, participação em congressos e feiras setoriais, pautas de trabalho apresentadas e debatidas em reuniões mensais, consolidação da revista Asdap, formatação de parcerias em cotas de patrocínio com fornecedores, visando destacar esses fabricantes junto ao setor da reparação independente, na região Sul do Brasil. “Quanto às perspectivas para 2015, invariavelmente sempre mantenho uma opinião otimista em relação ao mercado, e não é diferente ao ano que se inicia. Em 2014 registramos uma forte
Steffen: “Meu sonho é que o associado tenha orgulho de fazer parte da Asdap”
retração no mercado automotivo, porém acredito que somente com muito trabalho e organização poderemos, com otimismo e cautela, lograr melhores resultados nesse ano. Seria importante que os governos não atrapalhassem tanto, com sua sede arrecadatória, não aumentando o MVA, não inibindo as transferência entre filiais, para que as empresas pudessem concentrar-se em sua atividade principal, que é a distribuição de peças”, completa.
Telmo salienta a relação profissional entre a entidade e a Action Result
Evolução agrega valor à entidade Ricardo Krolikowski, diretor financeiro da Associação, citou o novo orçamento da entidade, que teve uma elevação na receita através de aumento de mensalidade, e também evidenciou os diversos projetos previstos para a nova gestão. “Estamos no caminho certo. Entendo que a Asdap está evoluindo bastante e as previsões de planejamento estão agregando valor à Associação e, com essa proposta, está incrementando mais benefícios para os associados, como o painel de especialistas do mercado de autopeças, com representantes de concessionárias e outros componentes da, mesas que discutirão as demandas de mercado”, aponta. Para Krolikowski , a revista que faz o acompanhamento da Associação e a divulgação de suas ações, assim como a contratação de uma assessoria de imprensa, são propostas importantes para a penetração da Asdap no setor, dando mais visibilidade à entidade. “Outra vitória que é consequência do trabalho da Asdap de anos foi a decisão da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) de excluir do protocolo 41
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ENTIDADE
Krolikowski diz que a revista é importante a penetração da Associação no setor
participantes de estados signatários. O RS saiu porque não quis implantar o aumento do MVA em fevereiro. Se ficasse, estaria aceitando a elevação do imposto de substituição tributária. E essa influência de proximidade da Asdap com técnicos da Receita, com atuação enquanto órgão, fortalece a relação institucional da Associação com a Sefaz”, argumenta. “A atitude de se excluir mostra um grau de credibilidade da Associação nas demandas do setor que hoje é mais sensível à decisão. Entender o segmento é determinante nessas negociações e o Estado não aplicou o aumento por causa dessa relação de mais de década com a Asdap”, enfatiza Krolikowski. Ele acredita ser necessário mais investimento para a entidade obter mais estrutura, podendo, assim, entregar mais serviço e mais informações ao mercado como um todo. “Estamos muito bem encaminhados para evolução e investimento. Temos que tomar corpo na representatividade em todas as esferas que estiverem relacionadas ao setor”, salienta Krolikowski, que ainda cita a excelente aceitação dos associados do trabalho para os dois anos proposto pela diretoria da Asdap e pela Action Results. O conselheiro Celso Zimmermann destaca a necessidade de realizar uma
pesquisa sobre a revista para ver se ela está chegando ao público desejado e também alerta sobre o trabalho de captação de associados que é um desafio para os dirigentes. “A gente tem um projeto desde o ano passado, mas falta tempo para sair, viajar para o interior e buscar mais empresas para participarem da Associação. Temos inclusive uma relação de nomes aprovados para serem convidados a serem sócias do grupo”,
relata. De acordo com Zimmermann, são empresas do Rio Grande do Sul, mas também de Santa Catarina e do Paraná. “A adesão do PR e de SC é mais difícil, pois não temos sede lá”, frisa. O conselheiro ainda ressalta o painel que acontece no primeiro semestre, repetindo uma ação que já tinha sido feita no ano passado. “O primeiro foi um protótipo com fábrica e revendas e quesitos previamente determinados. Chamamos associados e não associados, todas as pessoas do segmento que queiram participar. O painel aberto ao público de autopeças: fabricantes, representantes, distribuidores, etc.”, descreve. Zimmermann ainda fala sobre o jantar tradicional da Associação, que acontece no final do ano e que é um evento que reúne representantes da cadeia automotiva e estreita as relações da Associação com seu rol de parceiros. Ele acredita que 2015 será um ano melhor para a Asdap e para o mercado. “Todos os associados atuam no segmento e a frota de veículos nos últimos cinco anos dobrou. E estes carros estão entrando agora no nosso segmento. A frota está aí e o investimento das montadoras é muito grande”, reitera. Fotos/Divulgação/Revista Asdap
Zimmermann acredita que 2015 será um ano melhor para os associados e o mercado
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ENTIDADE
Associação ganha importante papel Para Fernando Bohrer, também conselheiro da Associação, as ações da Asdap aprovadas recentemente em reunião com associados vão “elevar o nome” da entidade. “A Asdap terá visibilidade, credibilidade e será conhecida pelas ações que realiza perante à opinião pública. E a participação dos associados também é essencial para esse processo, assim como a assessoria de comunicação será importante para a divulgação da entidade na mídia e no setor”, opina. O suplente Marcelo Zambonin também aprova os novos projetos da Asdap e os considera pertinentes ao fortalecimento do nome da entidade. “A assessoria ajudará na visibilidade e essa foi a conclusão que a maior parte do grupo teve. Vai ajudar na divulgação mostrando os serviços prestados pela Associação”, cita. “Esse é um plantio que vai fazer a roda andar. E temos ano de mudanças pela frente, com segmentos enfrentando tendências de estagnação ou dimi-
Cohn citou os eventos que ajudam no crescimento e qualificação dos associados
vista de gestão, de qualificação”, salienta. “Espero que a Asdap, tenha sucesso na parceria com o associados em 2015, que não deve ser um ano fácil. Mas a própria Associação é um ponto motivacional que eu enxergo para enfrentar as dificuldades. A Asdap com sua proposta de união, de troca de informações, está sempre nos trazendo dados sobre questões relativas a impostos, por exemplo, para que possamos nos organizar e enfrentar essas alterações tributárias. Assim, a Associação ganha importante papel. No momento em que os pessimistas de plantão, economistas, dizem que o ano pode ser ruim, a Asdap cresce em importância para o setor”, conclui. Fotos/Divulgação/Revista Asdap
Para Bohrer, Asdap terá credibilidade e será conhecida pelas ações que realiza
nuição de crescimento. A expectativa é de mudança, mas acredito que não é tão grande em setores como o de acessórios, por exemplo”, estabelece. O outro suplente, Silvio Cohn, afirma que o mercado está apresentando alguns sinais de retração e de freio de consumo. “Quem está bem preparado, com equipe qualificada, buscando se diferenciar no mercado, terá um crescimento até maior do que se espera”, assinala. Segundo Cohn, a empresa que é flexível e aceita mudanças está preparada para momentos mais complicados e se usar a ‘ferramenta’ Asdap vai mais longe. “A minha visão como associado é que a Asdap continue nessa luta, nesse caminho para defender os interesses das empresas de autopeças e motopeças, tanto do ponto de vista tributário, que ela tem sido muito eficaz, quanto na troca de informações com os associados, de eventos que ajudam no crescimento do ponto de
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Zambonin considera que a assessoria de imprensa trará visibilidade à Associação
MERCADO
Um marco divisório entre a abundância e as limitações
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abricantes e concessionários deverão pensar 2015 como um marco divisório de um mercado que comprava com abundância de crédito e, agora, com as limitações impostas pelo governo. Essa é a percepção do presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS, Fernando Esbroglio, diante das novas medidas econômicas que regulam o mercado no avanço em novos nichos. “Vale lembrar que o segmento é considerado pelos economistas como o termômetro da economia nacional. O setor automotivo está na mira de quem antecipa queda ou crescimento de um país. Neste sentido, políticas públicas e tributárias indefinidas deixam o setor em ‘banho-maria’. As taxas tributárias no Brasil estão entre as maiores do mundo”, aponta Esbroglio “Quando o governo acena com a possibilidade de redução de um tributo ou com a possibilidade de uma linha de crédito, o mercado para, em compasso de espera. Trabalhar com medidas claras
Divulgação/Sincodiv/Fenabrave-RS
“Nos últimos anos, os mercados que mais sentiram a crise foram motos e usados, segmentos relacionados a financiamentos”, afirma Esbroglio
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e a longo prazo oferece ao empresário, de qualquer natureza, a possibilidade de encontrar alternativas seguras e rentáveis para se manter saudável”, especifica o executivo que também é empresário da Fox Veículos, da marca Mitsubishi. Conforme o dirigente, o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos é uma entidade que administra as relações de empregadores com empregados. “As questões mercadológicas cabem às associações de marca. No entanto, não ignoramos a necessidade de um mercado sadio e positivo. Para tal, mantemos ações relacionadas ao campo que nos compete junto ao distribuidor”, relata. Em relação às perspectivas para esse ano, Esbroglio considera que o ideal seria um crescimento sustentável do mercado automotivo em torno de 8% ao ano. “Mas o crescimento está diretamente relacionado à oferta de crédito e ao crescimento do PIB. Nos últimos anos, os mercados que mais sentiram a crise foram motos e usados, segmentos que estão diretamente relacionados a
Banco de Imagens
MERCADO
financiamentos”, frisa. Segundo ele, os veículos com mais de dez anos não conseguem financiamentos. “Hoje, as instituições financeiras, para financiar um veículo seminovo, exigem 30 a 50% de entrada. Importante destacar que os seminovos são moeda na troca por um veículo novo e isso interfere diretamente na venda do novo”, salienta. Para Esbroglio, outro mercado com retração foi o de importados, visto que tem um índice de financiamentos da ordem de 80%. Já o segmento de caminhões e implementos, apesar dos altos índices de financiamento, dependem do crescimento do agronegócio, infraestrutura e construção civil. “O setor depende efetivamente do desempenho destes setores da economia para crescer”, argumenta. “Recentemente, o BNDES definiu as condições para 2015 do PSI/Finame, linha de financiamento de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimen-
“As empresas não estão com caixa e as que têm preferem manter seus recursos intactos caso a economia em 2015 também não responda bem”, diz Esbroglio
Seminovos são moeda na troca por um veículo novo to Econômico e Social (BNDES), que no Brasil é responsável por financiar a maior do setor de pesados, o que deve trazer impacto negativo nas vendas do setor no primeiro trimestre do ano”, aposta. De acordo com Esbroglio, outro entrave é a parcela financiável do PSI/Finame que baixou de 100% para 70% (pequenas e médias empresas) e 50% (grandes empresas). “Após um ano de resultados ruins, as empresas não estão com caixa e as que têm preferem manter seus recursos intactos caso a economia em 2015 também não responda bem”, analisa. Esbroglio descreve as ações da entidade para o setor. “As demandas das relações laborais são encaminhadas pela demanda das classes empregadas. Como tal, temos tratado com os sindicatos da categoria as negociações pertinentes, olhando sempre os limites das possibilidades e a capacidade dos nossos associados. Também representamos a Regional RS da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que atua de forma mais politizada”, cita. “Neste sentido, entre as principais demandas do setor da distribuição de veículos estão as políticas de crédito definidas, o pleito na agilidade da liberação de crédito, a equalização de políticas tributárias com o resto do país, além da busca de incentivos do governo para renovação de frota e linhas de crédito para o setor de usados. A modernização
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dos instrumentos de busca e apreensão de veículos dos inadimplentes foi um avanço da Fenabrave”, ressalta. Esbroglio faz um resumo do desempenho do segmento em 2014 analisando os números atingidos. “O setor da distribuição de veículos no Rio Grande do Sul fechou o ano com queda nas vendas de 11,34%, se somados todos os segmentos (autos, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários). As vendas no Estado fecharam 286.473 unidades em 2014”, afirma. Automóveis e comerciais leves emplacaram 220.652 unidades, o que representou queda de 11,00% se comparado ao ano anterior. Os emplacamentos de caminhões apresentaram queda de 17,42% na comparação com 2013. O segmento de ônibus apresentou queda de 16,44% no ano de 2014. O segmento de duas rodas se retraiu 13,95% em 2014, no comparativo com o ano anterior. O segmento de duas rodas, desde 2008, vem sofrendo com a retração no crédito para financiamentos. O setor tem sido beneficiado pelo Sistema de Consórcios, que, atualmente, responde por 50% das vendas de motos no país”, enumera. “Implementos rodoviários apresentaram queda de 17,63% entre os dois anos”, complementa. “Estamos projetando um ano de 2015 muito parecido com o de 2014 em vendas e acompanhando as projeções de crescimento ou não da economia. Porém, em 2014, o Rio Grande
MERCADO
do Sul apresentou queda superior à nacional, enquanto o Estado caiu 11,34%, o país fechou o ano com retração de 6,64%. Precisamos avaliar e reverter esta diferença”, conclui. Confiança resgatada A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) traz dados positivos sobre o mercado no final do ano passado, no qual as vendas das associadas reagiram e cresceram 30,6% em dezembro de 2014, atingindo o mesmo patamar de dezembro de 2013: 9.930 unidades emplacadas. Esse índice superou os 26,3% de crescimento registrados em dezembro de 2014 em comparação a novembro no total de emplacamentos de automóveis e comerciais leves realizados no país, considerando veículos produzidos localmente e as importações realizadas pelas associadas, pelos fabricantes locais e outros. Em dezembro, as associadas da entidade emplacaram 2.327 unidades a mais do que as 7.603 unidades registradas em novembro de 2014. “Esse aumento significativo, registrado no último mês do ano, sinaliza que os consumidores optaram por antecipar a compra ou a troca de seus veículos, possivelmente estimulados pela entra-
da do 13o salário e para aproveitar os preços praticados no mercado antes do aumento do IPI aplicado no dia 1o de janeiro de 2015. Nesse momento, é muito prematuro falarmos de reação ou retomada da confiança do consumidor, pois o balanço de 2014 mostra um ano de retração e inconstância do comportamento de compra”, avalia Marcel Visconde, presidente da entidade. Os 96.578 emplacamentos das associadas da Abeifa no ano de 2014 representaram 14,3% menos do que o registrado no período de janeiro a dezembro de 2013, quando somaram 112.649 unidades. “2014 foi um dos anos mais instáveis para o setor, com eventos que impactaram nosso mercado, como a Copa do Mundo, que resultou em menos dias úteis de vendas e, também, pelas incertezas naturais geradas pelo período pré-eleitoral. Esperávamos uma reação no segundo semestre, que demorou a acontecer”, complementa Visconde. “Ainda é prematuro dizer que essa tendência de crescimento seguirá. Neste momento estamos atentos ao câmbio, variável que impacta diretamente o nosso setor. Olhamos para o ano de 2015 com cautela e reforçamos que serão necessários ajustes na economia, para que a esperada retomada do crescimento aconteça e a confiança do consumidor seja resgatada”, finaliza o dirigente.
Divulgação
“Ainda é prematuro dizer que pode haver uma tendência de crescimento. Serão necessários ajustes na economia para que a esperada retomada do crescimento aconteça”, conclui Visconde
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Banco de Imagens
MERCADO
Setor de motocicletas apresenta sinais de recuperação Para o setor de motocicletas, os, fabricantes projetam estabilidade nos negócios em 2015, com produção de 1.520.000 unidades, vendas no atacado de 1.460.000, varejo de 1.470.000 e exportação de 55.000 motos. Apesar dos desafios, as montadoras preveem cautela e estabilidade dos negócios, ficando praticamente alinhado com 2014, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). “Mesmo diante do cenário de contenção e rigidez na economia brasileira, o setor de Duas Rodas poderá registrar um pequeno crescimento nos negócios em 2015, já que o mercado não sofrerá os impactos de grandes eventos, como a Copa do Mundo e eleições majoritárias. Além disso, neste ano serão realizados eventos que estimulam a demanda por motocicletas, como o Salão Duas Rodas, programado para o período de 7 a 12 de outubro, no Parque Anhembi, em São Paulo”, comenta Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Conforme dados da Abraciclo, em dezembro foram fabricadas 84.820 motocicletas, ante 81.404 unidades em 2013, correspondendo a uma evolução de 4,2%. Em novembro de 2014, no entanto, a produção havia chegado a 121.719, porém sem férias coletivas nas fábricas, o que justifica a queda de 30,3% na comparação com dezembro. No acumulado do ano, foram produ-
Vendas para concessionárias atingiram 14.104 unidades zidas 1.517.662 motocicletas, 9,3% a menos do que o registrado em 2013 (1.673.477). As vendas no atacado – para as concessionárias – atingiram 114.104 motocicletas, aumento de 4,3% em relação ao mesmo mês de 2013, com 109.370 unidades e sobre o mês anterior crescimento de 5,0%. De janeiro a dezembro de 2014 foram comercializadas 1.430.393 unidades, 10,2% inferior que no mesmo período de 2013, com 1.592.677. As exportações somaram 6.053 motocicletas em dezembro, ante 3.355 unidades do mês anterior, o que corresponde a um crescimento de 80,4%. Em comparação ao mesmo mês de 2013, houve uma retração de 22,6%. Nos 12 meses do ano passado foram registradas 88.056 motocicletas comercializadas, frente a 105.819, em 2013, queda de 16,8%. Ainda em dezembro, com base nos licenciamentos registrados pelo Renavam, foram emplacadas 127.711 motocicletas, 14,1% superior que o apresentado no mês anterior, com 111.950. Em relação ao mesmo período de 2013 (140.583), houve queda de 9,2%. No acumulado do ano, a queda foi de 5,7%, passando de 1.515.571, em 2013, para 1.429.692, em 2014. Região Sul A região Sul foi a que mais sentiu os impactos negativos vividos pelo setor no ano passado, com um recuo de
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10,8% nos licenciamentos entre 2013 (146.814) e 2014 (130.889). A região Nordeste aparece em segundo lugar, com uma queda de 7,7%. Foram emplacadas 519.312 motocicletas, em 2014, frente a 562.551, em 2013. Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste, com queda de 4,3%, passando de 147.818, em 2013, para 141.510, em 2014, e a região Norte, com baixa de 4,1%, com 189.702 unidades (2014) ante 197.791 (2013). A região Sudeste ficou com o melhor resultado, apresentando saldo negativo de 2,7% e 448.279 motocicletas, em 2014, contra 460.597, no ano anterior. Driblando os dados negativos de 2014, a categoria de alta cilindrada (acima de 450 cm³) foi na contramão da crise e encerrou o ano com números positivos. O segmento, que possui um perfil do consumidor com renda mais elevada, registrou alta de 11,1% na produção, em 2014, com 53.696 unidades, contra 48.323, em 2013. No mesmo período, as vendas no atacado apresentaram crescimento de 10,4%, passando de 48.869, para 53.968 motocicletas. Os resultados positivos foram decorrentes do bom ritmo do varejo. Foram emplacadas 56.163 unidades em 2014, o que corresponde a uma alta de 10,2% em relação ao ano anterior, com 50.984 motocicletas licenciadas.
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ES P E C I A L
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ESPECIAL
Entenda melhor a
I
Substituição Tributária
nstituída com o propósito de ajustar a taxação sobre determinadas especificidades de alguns segmentos da economia brasileira, a instituição da Substituição Tributária (ICMS-ST) é anterior a 2008. Ocorreu a partir da Lei complementar nº 44/83, que normatizou a matéria, sendo que o primeiro protocolo, qual seja, ICM nº 7/1983, teve como objeto a mercadoria cimento. O Rio Grande do Sul constava como estado signatário. No que se refere às autopeças, de acordo com o auditor fiscal da Receita Estadual, Ernany Müller, o Rio Grande do Sul tornou-se subscritor do protocolo 36/2004 a partir de 01/02/2008, posteriormente assinou o protocolo 41/2008 – em 2008 – e os demais que o modificaram, que é
o vigente até o momento. O protocolo 41/08 relacionou mercadorias de autopeças. De acordo com a contadora da Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Autopeças (Asdap), Daisy Machado, quem não assinou esse documento, o qual teve a concordância de vários estados, pode ter firmado com outro grupo de estados ou não ter assinado nenhum protocolo, adotando um catálogo diferente de produtos. “No protocolo 41/08 e no 97, de 2010, por exemplo, consta um capacete. Esse mesmo item pode não haver em outro protocolo”, conclui Daisy. A contadora também considera que a sistemática de recolhimento do ICMS por meio desse regime diminuiu significativamente a evasão fiscal. Razão pela qual os estados passaram a incluir cada vez mais
produtos nesse regime. Atualmente são mais de 4.500 produtos incluídos no estatuto de ST. Para acompanhar a variação de produtos incluídos no regime se faz necessário seguir a legislação de cada estado, as quais determinam as variáveis de alíquota e a Margem de Valor Agregado (MVA). Conforme esclarece Müller, nas operações interestaduais realizadas por contribuinte com as mercadorias a que se referem os correspondentes convênios ou protocolos, a este fica atribuída a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto em favor do estado destinatário. O contribuinte cumpre a determinação na qualidade de sujeito passivo por substituição, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente.
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ESPECIAL
Efeitos e benefícios Segundo o auditor fiscal da Receita Estadual, a aplicação do regime de substituição tributária tende a corrigir as distorções concorrenciais de origem tributária, fomentando justiça fiscal a medida que iguala as condições competitivas entre contribuintes do mesmo setor. O tributário (substituído), que antes da aplicação do regime da ST não cumpria corretamente suas obrigações tributárias, conquistava uma vantagem competitiva em relação a outro que cumpria seus deveres. Com o advento da ST, essa vantagem deixa de existir, pois o recolhimento do ICMS se desloca para o substituto tributário (como regra, o importador ou industrial). Müller também salienta que, somente estão incluídas no regime de ST, como regra geral, as mercadorias previstas no apenso II, seções II e III do regulamento do ICMS do Rio Grande do Sul (RICMS). Figuram no apenso produtos como motos, veículos, pneus e autopeças. “Existem algumas poucas mercadorias incluídas na ST, as quais não constam nas listas das seções II e III do apenso II do RICMS, tais como: a) Peças, partes, componentes e acessórios de uso exclusivamente automotivo, ainda que não relacionadas no apenso II, seção III, item XX do RICMS, remetidas do fabricante para comercial distribuidor no cumprimento de contrato de fidelização (art. 181-B, Livro III do RICMS); b) Operações internas com correias
Divulgação/Revista Asdap
de transmissão (Nota 2 do art. 180, Livro III do RICMS)”, esclarece. Conforme a colaboradora da Asdap, os estados são convidados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – Confaz para subscrever um determinado protocolo. Daisy explica que a partir do momento em que firmar adesão a um protocolo, o estado torna-se signatário das suas respectivas regras, devendo cumpri-las na sua integralidade. “O protocolo define as regras e os produtos, bem como quais serão as alíquotas da Margem de Valor Agregado (MVA) e em que momento as partes entrarão em acordo, o qual irá vigorar nos estados que o aderirem”, explica. Ainda conforme a explanação da contadora da Asdap, na fase seguinte cada estado que assinou o
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Para a contadora Daisy Machado, já foram incluídos mais de 4.500 produtos no estatuto de ST pelo Governo. Para acompanhar a variação de produtos incluídos neste regime se faz necessário seguir a legislação de cada estado, que determina as variáveis de alíquota e à Margem de Valor Agregado (MVA).
Arquivo Asdap/André Kotoman
ESPECIAL
protocolo inicia a sua homologação interna, colocando os termos no seu regulamento a fim de normatizar a situação interna do estado mediante ao que foi acordado. Com a finalidade de atualizar a sua MVA, o protocolo 41/08 foi alterado, em 2014, pelo protocolo 103/14. Rio Grande do Sul, no entanto, a exemplo de São Paulo, optou por não aderir a essa modificação, tendo subscrito o protocolo 105/14.
Protocolo Diferenciado Segundo o auditor fiscal da Re-
ceita Estadual, o protocolo 105/14 altera o § 6º da cláusula segunda do protocolo ICMS 41/08. O documento permite que nas operações destinadas ao estado do RS, bem como SP, a MVA-ST original a ser aplicada referente às autopeças incluídas no regime de ST seja a prevista em suas respectivas legislações internas. “No dia 04/02/2015 foi publicado no DOE (do RS) o decreto 52.250/15, o qual internaliza o protocolo 105/14 na legislação tributária do RS. Esse decreto entra em vigor na data de sua publicação, e produz efeitos a partir de 01/02/2015”, finaliza Müller.
Segundo Ernany Müller, auditor fiscal da Receita Estadual, o protocolo 105/14 altera o § 6º da cláusula segunda do protocolo ICMS 41/08
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assegura controle sobre veículos e reduz custos operacionais
A
Mercedes-Benz disponibiliza aos transportadores de carga e logística um novo produto de alta tecnologia para gestão de frota e agora também para rastreamento. Até então somente disponível para os extrapesados Axor e Actros, o FleetBoard – produto da Daimler comercializado pela Mercedes-Benz do Brasil – passa a ser oferecido, a partir de março 2015, para toda a linha de caminhões da marca. O sistema de telemática uti-
liza a integração da informática com os recursos da Internet e da telefonia móvel para proporcionar uma gestão moderna da frota e dos motoristas, assim como auxiliar na segurança do veículo e da carga. Entre os grandes benefícios do FleetBoard para os transportadores destacam-se, em situações reais de uso no Brasil, a redução de até 15% do custo operacional, considerando consumo e manutenções, e também maior disponibilidade da frota, o que resulta em mais produtividade e ren-
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tabilidade para o cliente. “Isso atende às expectativas das empresas de transporte do nosso país, que estão se profissionalizando cada vez mais, buscando entender melhor sua frota a fim de otimizar os custos operacionais”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de Marketing, Vendas e Pós-Venda da Mercedes-Benz do Brasil. O novo FleetBoard reforça o conceito da oferta por parte da Mercedes-Benz de uma solução completa para o transportador, empresa ou autônomo. “O nosso compromisso é
Fotos Melagrine Estúdio
que o cliente não precise comprar o caminhão em um lugar, um sistema de gestão de frota em outro e o rastreador em um terceiro local”, salienta o executivo. Segundo ele, a experiência positiva quanto aos resultados do uso do sistema é registrada pelos mais de 3 mil caminhões operando no Brasil com o FleetBoard. No mundo, são mais de 100 mil veículos. Através de uma parceria com a Zatix, o FleetBoard oferece sofisticadas soluções para o rastreamento e gerenciamento de risco de cargas e logística, apoiando o cliente na localização geográfica e no combate aos roubos. O transportador conta ainda com suporte da Central de Atendimento 24 horas. O Brasil é o primeiro país a receber a nova geração do produto, que depois será disponibilizada para outros mercados, de acordo com Le-
Sistema de gestão de frota e rastreador possuem suporte de 24 horas oncini. “Em conjunto com a Alemanha, foram investidos mais de R$ 40 milhões no desenvolvimento do atual sistema, com envolvimento de mais de 100 técnicos nesse trabalho”, cita Leoncini. O FleetBoard é uma ferramenta de
uso prático com o objetivo de facilitar a vida do transportador. O acesso aos dados e às informações da frota é muito simples, bastando apenas um computador ou telefone móvel com Internet e a contratação dos serviços. A gestão de frota é feita à distância,
Fotos Melagrine Estúdio
TECNOLOGIA
nos computadores dos escritórios das empresas de transportes. Também por meio de smartphones e tablets – incluindo aplicativos para iPhone e iPad –, o gestor pode acompanhar o desempenho de um veículo ou de toda a frota. Ou seja, ele tem sempre a mão diversas informações, como a localização e a performance de seus caminhões, entre outras.
Acompanhamento é feito à distância em computadores, smartphones e tablets
Segurança do veículo e da carga “As estradas falam, a Mercedes ouve. E é com essa filosofia que buscamos atender as necessidades mais imediatas dos nossos transportadores”, ressalta Leoncini. “Entendemos que não é suficiente oferecer apenas o melhor produto para o gerenciamento
de frota. É necessário também ampliar os serviços para aumentar a segurança do veículo e da carga, ajudando a prevenir acidentes e também protegendo-os contra furtos e roubos nas estradas brasileiras”, argumenta Leoncini. O sistema de telemática auxilia a
Aparelho faz parte do gerenciamento eletrônico do veículo e não é manipulável 24 - Revista da Asdap l Janeiro/Fevereiro 2015 l Ano 3 l Número 14
identificar a localização e o trajeto do caminhão através de rastreamento e pode acionar o bloqueio remoto, que reduz a velocidade a 10km/h e até inibe que a ignição seja ligada. A tecnologia é ideal para atender às características do mercado brasileiro, conforme Andre Weisz, gerente sênior Fleetboard Brasil. “E para garantir a eficiência do sistema, contamos com uma equipe própria de consultores para prestar todas as orientações e esclarecimentos sobre o serviço”, informa. Uma demanda dos transportadores que foi integrada à nova geração do FleetBoard é que o sistema não seja manipulável. “O novo aparelho não está visível no interior da cabina e faz parte do gerenciamento eletrônico do veículo. Por isso, é extremamente seguro, não permitindo manipulação ou mesmo sua retirada. Isso propicia tranquilidade e uma solução na qual o cliente pode depositar sua confiança”, garante Weisz.
TECNOLOGIA
Consumo e desempenho do motorista “Graças às facilidades do FleetBoard, os gestores da frota têm total controle e acesso a informações sobre o estilo de direção de cada motorista, bem como relatórios com indicação de pontos de melhoria na condução”, diz o executivo. “Eles fornecem dados que auxiliam o condutor do veículo a alcançar um melhor desempenho, dirigindo de uma forma mais econômica e segura, com menor consumo de combustível, ampliando os intervalos entre as manutenções. Um veículo bem conduzido é mais conservado. Consequentemente, tem maior valor e liquidez na hora da troca por um novo”, complementa. A Mercedes considera que, com o sistema, a avaliação do estilo de condução de todos os motoristas possibilita que a
O estilo de condução dos motoristas possibilita que a empresa alcance desempenho mais uniforme, com ganhos de escala e criação de um padrão de dirigibilidade empresa alcance um desempenho mais uniforme, com ganhos de escala e criação de um padrão de dirigibilidade. O treinamento dos motoristas é contínuo, identificando as conduções inadequadas e contribuindo para o aprimoramento profissional do motorista. Outro
dado importante fornecido pelo sistema é a visualização das pausas que o motorista faz durante a viagem. Isso permite verificar se ele está cumprindo a jornada de trabalho conforme a nova legislação. O sistema oferece mais vantagens, como o diagnóstico remoto de falhas e a manutenção preventiva, auxiliando na redução dos custos de manutenção. “E as vantagens não param por aí. Com a evolução da nota referente à direção preventiva, há uma redução significativa do risco de acidentes, aumentando a segurança do motorista, assim como do veículo e da carga”, especifica. De acordo com Weisz, outro possível resultado proporcionado pelo uso dessa ferramenta é a redução do consumo de lubrificantes, filtros e freios.
Inmetro revela os carros mais
econômicos
China campeã mundial na produção de automóveis
A crise não ganha carona no mercado automotivo chinês. Em 2014, as vendas de veículos na China atingiram o recorde de 23,5 milhões de unidades, crescimento de 6,9% em relação ao ano anterior, disparando como o primeiro maior mercado mundial, com os Estados unidos ficando em segundo, com quase 17 milhões de veículos. O carro mais vendido entre os chineses foi um produto local, a minivan Wuling Hongguang, com o conhecido Ford Focus na segunda posição. Mas, a marca que mais vende na China é a Volkswagen, colocando dois modelos entre os cinco melhores: o VW Lavida em terceiro e o Santana na quinta posição. 26 - Revista da Asdap l Janeiro/Fevereiro 2015 l Ano 3 l Número 14
O Inmetro confirmou os carros mais econômicos em consumo de combustível no Brasil. O campeão é o modelo híbrido Ford Fusion, com a média de 16,6 km/l, ficando o Volkswagen up! na segunda posição, com 14 km/l, e o novo Ford Ka em terceiro, com a média de 13,8 km/l. O automóvel mais gastador nas ruas brasileiras é o superesportivo Lamborghini Aventador, que, com seu motor V12 de 700 cavalos de potência, faz apenas 3,3 km/l.
Fotos/Divulgação
A moda
dos motores
três cilindros está em alta Na carona do sucesso de alguns carros que utilizam a tecnologia dos motores compactos de três cilindros, como: Volkswagen up! e Ford Ka, a Nissan coloca em sua nova geração do March um novo motor 1.0 de três cilindros e 77 cv de potência, produzido em Resende, no Rio de Janeiro, após um investimento de 100 milhões de reais para a sua produção. O novo motor dispensa o famoso tanquinho de gasolina do sistema de partida a frio.
Vem aí as estradas para carros sem motoristas Os carros autônomos, aqueles que podem rodar sem a presença do motorista, estão cada vez mais próximos da realidade, devendo ganhar as ruas a partir de 2017. Pensando nisso, a Alemanha começa a preparar estradas para poder receber essa nova tecnologia automotiva, visando aumentar a eficiência e a segurança das rodovias. A primeira rodovia a adaptar-se aos carros autônomos é a A9, que liga Berlim à cidade de Munique, capital da Baviera e a terra natal da BMW. Enquanto isso, aqui no Brasil, rezamos para pelo menos tapar os buracos em nossas ruas.
Já comprou teu
Lamborghini... A marca italiana Lamborghini está comemorando seu recorde de vendas em 2014, tendo comercializado 2.530 de seus supercarros no mercado global. O desempenho foi 19% acima do registrado no ano ante-
rior, com destaque para os mercados da China e dos Estados Unidos. O modelo mais vendido é o Huracan com 1.137 unidades, seguido pelo Aventador, com 1.128 carros. E o desempenho só não foi maior devido a
falta de capacidade da fábrica para produzir mais dos superesportivos Lamborghini.
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Fotos/Divulgação
COLUNA
Os carros
mais vendidos no mundo
Cada vez mais acirrada, a disputa pelo título de automóvel mais vendido no mundo registrou, em 2014, a permanência do Toyota Corolla como o grande líder global, comercializando 1,2 milhão de unidades. Conforme a consultoria Focus 2 Move, a liderança do Co-
rolla já dura oito anos. A segunda posição é do Ford Focus, com 1,025 milhão de unidades, seguido pelo Volkswagen Golf, que emplacou 952.144 carros.
Motos, carros e agora aviões ... Famosa por suas motocicletas e automóveis, a marca japonesa Honda acelera novos “ares” e entra no mercado dos aviões, produzindo o Honda Jet para o segmento dos jatos executivos. O avião produzido pela Honda destaca o posicionamento das turbinas acima das asas, pois, segundo a marca, isso garante economia de 20% de combustível por melhorar a aerodinâmica. Os motores fabricados pela própria Honda garantem que o modelo seja o mais rápido (velocidade de cruzeiro de 778 km/h) e tenha o voo mais alto na categoria e precisa de apenas 951 metros de pista para decolar. Se você gostou e quer ter o chamado “Civic dos céus”, pode ir preparando algo próximo de 10 milhões de reais para comprar um Honda Jet. 28 - Revista da Asdap l Janeiro/Fevereiro 2015 l Ano 3 l Número 14
Estrela de três pontas
sem motorista
A alemã Mercedes-Benz escolheu Detroit, nos Estados Unidos, apontada como a Capital Mundial do Automóvel para mostrar sua nova criação do futuro, o automóvel F015 que pode rodar sem a presença de motorista. O conceito F015 Luxury tem dois motores elétricos plug-in movidos a célula de hidrogênio, conseguindo a potência de 271 cv, sendo capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos e atingir a velocidade de 200 km/h. Com autonomia de 200 quilômetros com uma carga de bateria, o principal destaque é que o carro pode rodar sozinho, sem a presença do motorista, o qual pode ficar sentado de costas para o volante conversando com os outros ocupantes do carro. Se não gostar da paisagem, os vidros do carro podem servir de tela para você ir curtindo imagens selecionados por você mesmo. Outro detalhe, o carro tem luzes externas que indicam se quem está no “volante” é o motorista ou o próprio carro. É o início dos carros autônomos que a Mercedes já está testando e promete colocar nas ruas dentro de quatro anos.
COLUNA Banco de Imagens/GM
Os 90 anos da
gravatinha dourada No último dia 26 de janeiro, a General Motors comemorou 90 anos de presença no Brasil. Nestas nove décadas foram 14,5 milhões de veículos produzidos no País e alguns outros produtos, como baterias e as famosas geladeiras Frigidaire. O primeiro Chevrolet totalmente nacional foi o Opala, em 1968, e, hoje, o Onix produzido no Rio Grande do Sul é o modelo mais vendido da marca. A presença da GM entre os gaúchos começou em 20 de julho do ano 2000, com a inauguração da fábrica de Gravataí, a qual produz atualmente a média de 63 carros por hora.
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RETROVISOR
A
história dos caminhões da Fábrica Nacional de Motores (FNM) se confunde com a trajetória de milhões de brasileiros desde a década de 50 até os dias atuais. Nos árduos tempos do incipiente transporte rodoviário, o caminhão “Fenemê” – pioneiro da indústria automobilística brasileira – se destacou no cenário nacional como um veículo resistente e confiável. O Brasil estava em pleno desenvolvimento e o volume do transporte rodoviário crescia numa linha ascendente. As estradas eram rudimentares, muitas vezes intransitáveis, mas o caminhão FNM desbravou cada canto do país, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, com notável bravura. Era um veículo possante, de personalidade forte, capaz de encarar qualquer estrada com cargas que quase sempre ultrapassavam o peso limite, e que mesmo assim sempre chegava ao seu destino, transportando as riquezas do Brasil industrializado num sentido, e as do Brasil rural no outro. Tinha uma aparência sisuda, cara de bravo, era robusto e arrancava admiração até daqueles que trabalhavam com caminhões de outras marcas. O seu ronco grave, sincopado, era inconfundível e inigualável, e quem teve o prazer de ouvi-lo não esquecerá jamais. São muitos os atributos que o caminhão FNM carregava – aliás, carrega até hoje, pois ainda resistem alguns milhares deles no país, rodando tanto pelas estradas como pelas ruas urbanas, mesmo tendo já decorrido algumas décadas desde que a sua produção foi encerrada. Em 1968, os FNMs representavam 61% do mercado brasileiro de caminhões pesados e, em 1972, 64%. O mais antigo Fenemê localiza-
do no Brasil é um modelo D11.000 1958, nunca pintado, com as portas ainda da versão D-9.500. Foi encontrado na cidade de Formosa, em Goiás. Mantém a bomba Spica original nos modelos até 1961/62. O interior é de papelão, material que foi abandonado somente no ano de 1959. Todos os caminhões de 58 e anteriores têm o interior com este tipo de acabamento. A cor original é o verde Amalfi. Ao longo de sua produção, o FNM foi equipado com uma variedade de cabines produzidas tanto pela própria fábrica como por fornecedores autorizados; cada um destes impunha as suas características e o seu design particular, mas sem descaracterizar a marca Alfa Romeo, de forma que os Fenemês eram sempre facilmente reconhecidos, mesmo por aqueles que não entendiam muito do assunto. Os apaixonados pela marca, alfeiros, agregaram um universo de histórias de estrada e da sua relação “íntima” com um modelo de caminhão que marcou a vida de muita gente.
As gerações de modelos e cabines O caminhão FNM teve dois grandes modelos distintos, ambos de origem italiana: o Isotta Fraschini, que foi produzido em 1949 e 1950 com chassi e mecânica Isotta, sendo pouquíssimas unidades montadas, e o Alfa Romeo, com chassi e mecânica Alfa Romeo, produzido sob licença da montadora europeia, com dezenas de milhares de unidades fabricadas no Brasil, e cuja saga acabou se confundindo com a história do transporte rodoviário do país. O FNM Alfa Romeu foi equipado com aproximadamente uma dúzia de cabines diferentes, mas até quem
não entendia de caminhões sabia, só de olhar, que se tratava de um FNM, pois, qualquer que fosse a cabine, a sua personalidade era notável, mesmo que estivesse sem as garrafais letras F-N-M na grade frontal. Era, portanto, muito fácil distingui-lo dos outros caminhões. Houve apenas uma cabine – a Futurama – que era bastante diferente e destoava dessa personalidade dos caminhões FNM, porém seu projeto foi abandonado e nunca chegou a ser produzida em série. Como o maquinário da Fábrica Nacional de Motores fora projetado para a fabricação de motores e adaptado para fazer chassis e parte mecânica, tinha uma capacidade de produzir muito mais chassis do que cabines, as quais eram então feitas de maneira artesanal (as primeiras cabines haviam sido importadas da Itália, mas eram caras demais e descaracterizavam o FNM como um produto brasileiro). Devido a este problema, a fábrica teve que cadastrar empresas terceirizadas para fornecerem boa parte dessas cabines, o que de certa forma diversificava os modelos, os quais deram uma cara bem brasileira aos caminhões, tornando-os únicos no mundo. Só em 1962, com a reestruturação da fábrica e a aquisição de enormes máquinas de estampagem de chapas de cabines, conseguiu-se produzi-las em número suficiente para dispensar as empresas terceirizadas. Salienta-se que as cabines alternativas eram enviadas à FNM, em Xerém, no Rio de Janeiro, onde eram montadas no chassi – salvo algumas exceções, a gosto do cliente. Existiram outras cabines que equiparam os caminhões Fenemê, provavelmente fabricadas artesanalmente em pequenas oficinas, pois há registros fotográficos de algumas delas, embora não se tenha informações precisas acerca das empresas que as montaram.
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RETROVISOR
Viajar de FNM nos velhos tempos “Meu pai dirigiu vários modelos de caminhão FNM, desde o início dos anos 50 até os anos 70, e eu e meu irmão viajamos por muitas cidades brasileiras com ele. Era muito emocionante ouvir aquele ronco forte, o caminhão ia quase sempre sobrecarregado (geralmente com madeira, que era a riqueza maior da época), a demora para chegar ao destino, etc. – mas tudo isso não era nenhum problema para nós, pois era uma aventura indescritível, tanto que contávamos os meses e os dias para a chegada das férias escolares, para podermos novamente pegar a estrada”, conta José Carlos Reinert, filho de alfeiro e totalmente apaixonado pela marca. ”Como o caminhão tinha duas camas, eu e meu irmão dormíamos tranquilos ao ronco grave do motor Alfa Romeo, e meu pai tocava o bruto noite adentro, dormindo muito pouco. A vida de caminhoneiro, que hoje é dura, nas décadas de 50 a 70 era muito mais, pois havia vários fatores negativos, como as estradas que eram primitivas, quase sempre de chão batido, com muitos atoleiros, na época das chuvas”, relata. Segundo Reinert, os caminhões Fenemê eram verdadeiros desbravadores do Brasil e tiveram grande participação em sua história e progresso. “Eles eram muito duros – dirigir um FNM carregado era um ato heroico –, as distâncias pareciam maiores devido à falta de estradas boas (e também à lentidão dos caminhões). Enfim, os recursos eram bem diferentes dos atuais, tornando muitas vezes uma viagem uma grande e imprevisível aventura”, considera “Muitas vezes meu pai ficava se-
Os caminhões Fenemê foram verdadeiros desbravadores desse país e fazem parte de nossa história. Dirigir um FNM carregado era um ato heroico e os recursos eram bem diferentes. Uma viagem era sempre uma grande e imprevisível aventura.
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manas e até meses nas estradas, e nós aguardávamos apreensivos o seu retorno, e o tempo parecia se arrastar por uma eternidade”, lembra o alfeiro. De acordo com ele, na rodovia Belém-Brasília, que fora inaugurada em 1960, os Fenemês deixaram um rastro de progresso, pois eram os mais preparados e robustos para enfrentá-la. “Certa vez, o velho Reinert, com o caminhão carregado, teve um problema mecânico no meio da BelémBrasília (nesta época a estrada era um horror, só buracos, lama, mata, erosão, etc.), e, como demorou para passar um veículo, ele ficou o dia todo à espera de ajuda, sem fazer uma refeição, pois o lugar era distante de qualquer vilarejo. E foi só no início da noite que passou um ônibus e ele pôde pegar uma carona para ir buscar a peça necessária na cidade mais próxima e poder seguir viagem. Imagi-
Fotos/Banco de Imagens
RETROVISOR
nem quantos caminhoneiros tiveram problemas parecidos nestas primitivas estradas”, ressalta Reinert, falando sobre um fato interessante: nos lamaçais existentes na época, os caminhões de outras marcas não tinham problemas em ficar atolados, pois sempre tinha um FNM por perto para puxá-los do atoleiro.
Abundantes na estrada “Lembro que no fim da década de 60 e início da de 70 os Fenemês eram abundantes nas estradas, e quando viajávamos, eu ficava admirando os vários modelos que passavam por nós. Era uma maravilha! O meu pai tinha muito amigos caminhoneiros e praticamente todos guiavam só FNM, pois os populares Mercedes eram fracos e não aguentavam tão bem o sobrepeso usual da época, e nem as condições da estradas brasileiras. Vez por outra passavam por nós alguns de seus amigos, que eram reconhecidos à distância pelo caminhão que, apesar de ser da mesma marca, tinha sempre algum detalhe da decoração (comum na época) que o deixava personalizado e diferenciava uns dos outros”, especifica. “Certa vez, numa viagem a São Paulo, carregado de madeira, os outros caminhões insistiam em sinalizar para nós, e parando o caminhão notamos que a carga estava deitando, não tendo caído totalmente devido aos cabos de aço que a enlaçavam. Meu pai parou num posto de combustível, soltou os cabos e a madeira despencou chão abaixo. Em consequência, teve que retornar a Curitiba para buscar alguns ‘chapas’ e recolocar toda a carga, antes de poder seguir viagem
(lembro que não teve dificuldade para pegar carona, com um amigo que fazia sentido inverso, em um caminhão que carregava porcos – também um FNM, é claro)”. “Minha mãe, meu irmão e eu ficamos aguardando no posto, que ficava numa serra. Logo fizemos amizade com os meninos do local, e me lembro que nos levaram até um ninho de beija-flor, onde eu fiquei impressionado com o tamanho dos ovos daquele pequeno pássaro. Tudo resolvido, continuamos a viagem até a capital paulista”, complementa Reinert. Segundo ele, outras cargas comuns no velho Alfa eram minério de ferro (de Volta Redonda/RJ e Minas Gerais), grãos (para os portos de Santos, em São Paulo, e Paranaguá, no Paraná) e peças para veículos, entre outras. “Hoje, existem muitos motoristas de caminhão, que sem dúvida continuam com uma profissão emocionante, mas antigamente existiam os “motoristas de FNM”, que eram inigualáveis aos fatos inusitados e emocionantes de suas rotinas nas estradas. Felizmente ainda há muitos remanescentes desta época, que ainda tocam os brutos da marca Brasil a dentro”, finaliza Reinert.
No final dos anos 60 e início dos 70 os Fenemês eram vistos em grande número nas estradas brasileiras. Era uma maravilha! Eram preparados e robustos, prontos para enfrentar grandes desafios.
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Banco de Imagens
Apelidos carinhosos Além de Fenemê, o caminhão da Alfa Romeu recebeu diversos apelidos pelo Brasil. Alfa ou “Arfa” no Sul do país. Barriga D’Água porque o motor dos fenemês fabricados em 1958 apresentava vazamento de água no bloco. Bi-ta-tá na Bahia, devido ao seu ronco inconfundível. Brasa ou Churrasqueira era o apelido dos modelos até 1957, no Norte do país, porque diziam que os seus motoristas tinham sempre os pelos das pernas queimados pelo calor do motor, principalmente na época dos D-9.500. Outro nome que recebiam os FNMs era Dois Salários, por causa das 2 alavancas no painel: reduzida e freio montanha, e depois, nos
D-11.000, só da reduzida mais câmbio. Pela confiabilidade do veículo que carregava de tudo, teve um dos epítetos mais conhecidos, João Bobo, pois “vai e volta sem parar”. Pau Velho era para os D-9.500, depois que lançaram o D-11.000. Suruanã, a tartaruga verde, apelidava os modelos com cabine Brasinca pintada de verde em dois tons, que também eram chamados de Urutu, a cobra com a mesma cor. Boca-de-Bagre, o segundo tipo de Brasinca, devido ao formato de sua grade frontal. Sapão era o que tinha cabine Metro e Televisão o com cabine tipo 180, por causa do formato da sua grade frontal.
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Metalmoro:
do sonho à tradição nas pistas
O
que no início era apenas um desejo, uma simples ideia de um suposto sonhador, se materializou e atravessou décadas a partir da visão de um empreendedor. E tudo começou, segundo Nídia Moro, diretora financeira da Metalmoro, ainda no Paraná, onde a família Moro residiu antes de se transferir para Porto Alegre. Foi lá, em uma empresa em que era sócio, que teve início o interesse de Valdemar Moro por rodas de carro. Moro, conforme conta a esposa, Nídia, adentrava a madruga-
da alinhando rodas de carros, a título de hora extra. Chegando em Porto Alegre com a família, em 1979, Valdemar Moro montou uma pequena fábrica, onde primeiramente terceirizava algumas peças para carros de corrida, bem como realizava de alguns serviços para outras empresas. Tinha início, então, uma empresa de família. A primeira produção da Metalmoro, de fato, foram as rodas para kart, para comercialização. Na medida em que ia trabalhando, mais ideias e planos iam surgindo. Na sequência a fabrica começou a produzir kits e componentes para ar condicionado para automóveis,
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a fim de atender a uma demanda que existia no verão. Conforme lembra Nídia, na época os carros saíam da linha de montagem, em sua grande maioria, sem o acessório. Havia um número considerável de empresas em todo o país que instalava o equipamento. Porém, em contrapartida existiam poucas fábricas que forneciam as peças de kits e componentes para os acessórios automotores. Ainda naquela fase inicial, em Porto Alegre, o patriarca da família Moro também fabricou peças em série para a Miura, bem como peças para torno. Conforme lembra a diretora financeira da fábrica do Distrito Industrial de Cachoeirinha, naquela ocasião o
COMPETIÇÃO
recém ingressante no meio empresarial, seu esposo, viajava com frequência para o exterior, e foi de lá que trouxe a ideia de construir kart. Fabricou o primeiro, que logo estreou na pista. O kart da Metalmoro foi campeão já no primeiro Campeonato Brasileiro da categoria que disputou, em 1982, segundo Nídia. “Eu sei que o primeiro kart construído pela Metalmoro foi testado na pista num campeonato brasileiro de kart. Aprovado, logo a seguir ele competiu no Brasileiro, vindo a ser campeão em sua categoria. Ali foi o começo de tudo”, completou. De acordo com Francelis Moro, diretora administrativa da fábrica, em 2010 foi construído o primeiro protótipo, desenvolvido totalmente na fábrica da Metalmoro. “Naquele mesmo ano fomos procurados pela Fiat, em função dos carros de competição e do desempenho que eles apresentavam nas pistas, já com bastante sucesso, chegando, inclusive, a bater recorde em São Paulo”, salientou.
competiram em uma pista de Macaé, no Rio de Janeiro. “O produto que nós mais temos concorrência no Brasil, sem dúvida alguma, é o Kart Indoor. Somado ao fato de haver inúmeras empresas por todo o país que o produzem e comercializam, há também uma certa desvantagem com relação à localização geográfica em que nos encontramos, em uma ponta extrema do mapa. A maioria dessas fábricas estão em São Paulo, onde fica o maior mercado deste tipo de carro. Ainda assim, conseguimos ter a maior ‘fatia’ do mercado. Em torno
de 70 à 75% é nosso”, enfatiza a administradora da fábrica de veículos automotores para corridas. Kart Kadet Destinado a crianças de até 12 anos de idade, o kart Kadet foi desenvolvido e fabricado no Brasil pela Metalmoro, em 1978. Conforme relata a diretora administrativa da empresa, o kart Kadet foi homologado pela Confederação Brasileira de Automobilismo – CBA. O Kadet passou a dar nome à categoria. Divulgação/Metalmoro
Kart Indoor A empresa gaúcha instalada na cidade de Cachoeirinha também produz Kart Indoor. Trata-se de um produto comercializado para pistas de locação de kart para entretenimento, as quais existem em todo o país. “No Rio Grande do Sul, uma das principais pistas, que eu me lembro, é a de Tarumã, em Viamão, e o Velopark, em Nova Santa Rita. O primeiro Kart Indoor com a marca Metalmoro foi construído em 1995. Há campeonatos específicos para esses carros. Já ocorreu duas edições do campeonato mundial aqui no Brasil, no qual esses karts são monomarca, e naquela ocasião a marca escolhida foi a Metalmoro”, revelou Francelis. Em 2014, conforme enfatiza a diretora, ocorreram competições de kart Indoor em São Paulo. Ainda segundo seus relatos, em 2009 esses carros
No início de sua trajetória no RS, o fundador da empresa, Valdemar Moro, produzia peças para suporte de ar condicionado. Sua paixão pelas corridas o fez transformar a Metalmoro no maior fabricante de karts do Brasil
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COMPETIÇÃO
Presença certa em campeonatos Atualmente, segundo Francelis, a Metalmoro está presente, também, na Copa Petrobras de Marcas. Algumas peças de todos os carros que disputam essa competição são produzidas na fábrica de Cachoeirinha. Já o Honda Civic que corre no Campeonato Brasileiro de Marcas, conforme relata a diretora, foi totalmente construído pela Metalmoro, com um misto de peças produzidas pela empresa gaúcha, outras importadas, bem como algumas desenvolvidas, também, por uma empresa de São Paulo. “No Brasileiro de Marcas há diferentes carros competindo. Tem o Honda, o Ford Focos, que também foi desenvolvido na nossa fábrica, bem como o Cruze, da GM. É praticamente uma mostra de carros, na qual todas as peças da suspensão traseira também são produzidas pela Metalmoro”, esclarece a dirigente da empresa montadora de kart. Por mais de uma década, além de fabricar carros para corrida, a Metalmo-
Metalmoro fez ajustes técnicos no carros do Campeonato Brasileiro de Marcas ro também possuía o seu piloto profissional e de testes, Juliano Moro. A primeira competição ocorreu em 2004. Atualmente, segundo sua irmã, Francelis Moro, Juliano não corre mais profissionalmente, permanecendo apenas como Divulgação/Metalmoro
piloto de testes para a fábrica. “Como equipe ele é bicampeão. Possui uma equipe de competição na Copa Petrobras de Marcas, e a equipe oficial da Honda. No ano passado se consagraram novamente campeões, com o piloto Ricardo Maurício, o mesmo da Stock Car. Este ano eles começam novamente a temporada em março”, completou a irmã torcedora. Estrutura
Empresa localizada na cidade de Cachoeirinha já participou da Copa Fiat 39 - Revista da Asdap l Janeiro/Fevereiro 2015 l Ano 3 l Número 14
“Nos ainda estamos com projeto de concluir a ampliação da fábrica. Quanto a recursos humanos, contamos com uma equipe de engenharia bem como departamento comercial. Atualmente, também possuímos um departamento de marketing. Já para a criação dos nossos produtos utilizamos softers próprios para a nossa linha de fabricação, os mesmos usados por outras montadoras, tanto para desenho quanto para análise estrutural de construção de peças dos carros”, explica a diretora administrativa. Ainda de acordo com Francelis, uma vez traçado um desenho pelo departamento
COMPETIÇÃO
Divulgação/Metalmoro
de engenharia, é feita uma programação específica na máquina, a partir do softer, e a mesma produz fielmente conforme o desenho. “Muitas peças, no entanto, a gente compra de fora do mercado ou de autopeças, as quais serão montadas para os nossos carros de corridas”, esclarece Francelis. Devido ao fato de não ter o mesmo volume de produção de uma montadora que vende carros em larga escala, a Metalmoro conta atualmente com 18 colaboradores em seu quadro funcional, tendo como seu carro-chefe o Kart. O Protótipo MR 18 destacou-se no Campeonato Gaúcho de Endurance
Divulgação
Periscópio
Perfect lança 30 produtos na linha de suspensão A Perfect inicia 2015 com o lançamento de 30 novas aplicações de produtos, que atenderão veículos de nove montadoras e 29 marcas diferentes. São amortecedores, bandejas, barras, braços e axiais de direção. Os amortecedores atenderão Focus, Belina, Corcel, Del Rey e Scala, da Ford, além de Vectra, S10 e Blazer, da General Motors. Na Fiat o Doblò, Tipo, Tempra, Elba e Prêmio. Na Volkswagen o lançamento contempla a Amarok 2.0 16V. Além dele outros veículos fazem parte dessa rodada de lançamentos, como Kia Cerato, Nissan Versa e March, o J3 da JAC Motors e o Citroën Air Cross 1.6 16V. As bandejas são para o Ford Fusion produzido a partir de 2006 e para o Chery QQ 1.1 16V fabricado a partir de 2011. Já as barras e braços são para a VW Kombi de 97 em diante e o axial de direção atenderá a linha Fiat nos modelos Palio, Siena, Strada e Stilo.
Janela com produto no carro-conceito da Pininfarina, o Cambiano
Novo composto para fabricação de janelas Redução no peso, liberdade de design e integração de várias funções. Esses são os principais benefícios das janelas automotivas feitas em polímeros em comparação com o vidro convencional. Com essa concepção, a Evonik Industries apresenta um novo composto especial para moldagem, o Plexigas Resist AG 100, para a fabricação de janelas automotivas. O produto é o primeiro composto especial para moldagem em PMMA para essa aplicação. Ele confere a alta resistência à luz UV e à intempérie pelas quais o Plexiglas já é reconhecido, foi modificado ao impacto e proporciona até 30 vezes a resistência
à ruptura do vidro mineral. Também tem redução significativa no haze que ocorre em produtos convencionais modificados ao impacto em temperaturas muito altas ou muito baixas. O novo composto especial para moldagem em PMMA pode ser utilizado em todos os processos de transformação de termoplásticos como moldagem por injeção, moldagem por injeção-compressão ou, ainda, por extrusão com subsequente termoformação de chapas. Ainda apresenta excelentes resultados em relação à aplicação do hard coat. Como o material já possui resistência inerente à luz UV e à intempé-
rie, a aplicação do hard coat é feita em uma única etapa e tem como objetivo apenas aumentar ainda mais a resistência à abrasão, que já é satisfatória. O produto concede liberdade quase ilimitada a designers quando se trata do desenvolvimento de modelos com linhas curvas. Isso também se aplica a componentes feitos nesse material, que combinam diversas funções em uma única peça. Outra característica é a ótima avaliação do ciclo de durabilidade do Plexiglas. Ao final da vida útil de um carro, o produto pode ser totalmente reciclado e utilizado novamente em outras aplicações transparentes.
Mann-Filter alerta para manutenção de filtros em motos O mercado de motocicletas vem crescendo significativamente nos últimos anos. De acordo com a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), entre 2001 e 2012 a participação das motos na frota nacional aumentou de 14% para 26%. Diante deste cenário, a Mann-Filter faz um alerta para a importância da manutenção
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correta dos filtros. “Nem todas as motos saem de fábrica com todos os filtros, é uma configuração que a montadora define, mas as instruções do manual do proprietário devem ser seguidas à risca para evitar danos ao motor e riscos ao condutor”, explica André Gonçalves, consultor técnico da Mann+Hummel. Os filtros para motos possuem a mesma função que os dos carros, que é de reter partículas inde-
sejadas no ar, óleo e combustível. “Normalmente o filtro do ar é mais exigido nas motos, por ficar mais exposto, principalmente se trafegar constantemente em estrada de terra. Entre os problemas que a manutenção incorreta dos filtros pode apresentar destacamos a remoção do elemento filtrante do ar, o que reduz drasticamente a vida útil do motor além, de consumir mais combustível”, finaliza.
Divulgação
Periscópio
Terminais de direção e axiais com certificação do Inmetro A Divisão Aftermarket da Magneti Marelli informa que os terminais de direção e os terminais axiais Cofap receberam a certificação do Inmetro. As peças foram projetadas para durar mais de 250 milhões de ciclos com cargas e frequências superiores e foram aprovados, sem ressalvas, em diversos ensaios mecânicos, químicos, metalúrgicos e de segurança. Disponíveis em todo o território nacional graças à grande capilaridade proporcio-
nada pela rede de distribuição da divisão Aftermarket da Magneti Marelli, os terminais axiais e de direção Cofap exibirão o selo do Inmetro na embalagem. O processo de certificação Inmetro para autopeças foi instituído através das Portarias 301/2011, 268/2013 e 455/2014 e estabelece padrões de qualidade para diversos componentes automotivos, visando garantir que os produtos colocados à disposição do mercado de reposição de autopeças respeitem os requisitos de segurança.
Peças foram projetadas para durar mais de 250 milhões de ciclos com três regulagens
Materiais de alumínio com tecnologia revolucionária A Alcoa, marca de metais leves, revelou uma tecnologia de fabricação revolucionária, a Alcoa Micromill™, que possibilitará a produção de chapas de alumínio mais avançadas do mercado. O Micromill faz parte da próxima geração de produtos automotivos de alumínio e prepara a Alcoa para captar a demanda crescente do setor. O processo Micromill altera drasticamente a microestrutura do metal, permitindo a produção de uma liga de alumínio para aplicações automotivas que é 40% mais maleável e 30% mais resistente do que o alumínio convencional, fazendo com o que o seja mais difícil conformar o material e ao mesmo tempo permitirá a produção de chapas automotivas mais finas e ainda mais leves do
que as gerações anteriores As peças automotivas feitas com material Micromill serão duas vezes mais moldáveis e pelo menos 30% mais leves do que as produzidas em aço de alta resistência. A liga produzida pelo Micromill tem características de maleabilidade comparáveis as dos aços doces. A chapa de alumínio Micromill é mais fácil de moldar em formas complexas, como os painéis internos das portas dos automóveis e os para-lamas, que geralmente são feitas de aço. As montadoras também se beneficiarão de uma redução do custo do sistema, já que diminuirão o número de ligas de alumínio usadas em seu processo de fabricação.
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Periscópio
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Sensor de oxigênio garante eficiência do motor A NGK, maior fabricante de velas, cabos de ignição e sensores de oxigênio do mundo, disponibilizou ao mercado, sob a marca NTK, o sensor de oxigênio, também conhecido como sonda lambda. Parte do sistema de injeção eletrônica, o componente é responsável por identificar a condição da mistura de ar e combustível, enviando a informação à unidade de controle do veículo (ECU), o que resulta no consumo adequado de combustível, gerando economia ao dono do carro. Com os dados recebidos, a ECU verifica a necessidade de corrigir a mistura, promovendo a melhor relação entre desem-
Uma história com 52 anos no mercado de reposição Fundada em 15 de fevereiro de 1963, por Osvaldo Dias Peres, a Aplic Resolit completa 52 anos de atuação no mercado de reposição. Possui hoje uma grande rede de distribuidores em todo o território nacional, disponibilizando produtos como comandos de válvulas, engrenagens e tuchos, além de alavancas, balancins, garfos, kits de comando e de distribuição, pinos de pistão, polias, tensores e válvulas retentoras. Empresa 100% nacional, investe constantemente em pesquisas tecnológicas, mantendo uma estrutura comercial eficiente, estoque e comprometimento com o consumidor final, estabelecendo estratégias que geram valores aos envolvidos com os negócios do setor, como clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores.
penho, consumo e emissões. Nos veículos com sistema flex, o sensor também desempenha a função de auxiliar na identificação do combustível utilizado. Para funcionar corretamente, o sensor de oxigênio, assim como outros componentes, precisa ser checado periodicamente. Em más condições, não identifica a mistura de ar e combustível, o que pode provocar a carbonização das velas de ignição e excesso de combustível no catalisador, prejudicando o desempenho de ambas as peças. A NTK fornece sensores de oxigênio às
Componente identifica a condição da mistura de ar e combustível maiores montadoras mundiais, colocando as mesmas peças no mercado de reposição, que são produzidas com alta tecnologia e qualidade, evitando problemas de incompatibilidade.
LED orgânico para interiores de automóveis A multinacional alemã Osram lança a primeira luminária com a tecnologia OLED (LED orgânico) para interiores de carros. Apresentado na matriz da empresa, o OLED Reading Light tem o formato de uma lâmpada para leitura, com luz “quente” e uniforme, desenvolvida para diminuir os
Modelo evita ofuscamentos com facho de luz direcionado
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efeitos do veículo em movimento. O modelo evita a ocorrência de sombras e ofuscamentos, graças ao facho de luz direcionado para um ponto fixo. A potência é outra vantagem do produto, que tem temperatura de cor de 3.000 K e alto brilho, além de poder ser recarregado de forma prática via cabo USB. Totalmente sustentável, o OLED Reading Light supera as principais fontes de iluminação, como incandescentes e halógenas, nos quesitos eficiência de energia, vida útil e flexibilidade no design. O dispositivo utiliza elementos orgânicos para fornecer luz.
Periscópio Luciano Mota
Acessório inovador para o Citroën Aircross A Keko Acessórios traz a capa de estepe para o Citroën Aircross. Com linhas marcantes, o acessório se destaca pelo design moderno, totalmente harmonizado com o crossover, destacando a traseira do veículo e deixando-a ainda mais bonita e imponente. O refinado acabamento é outro diferencial de sofisticação do produto. A capa de estepe do Aircross é produzida em plástico ABS com utilização do processo vacuum forming. O formato do produto envolve e protege as partes aparentes da roda e do pneu reserva. Sua fixação se dá por pressão, através da utilização de um fecho com três posições de regulagem que possibilitam o ajuste
da capa ao pneu e um sistema de cadeado com chave para a segurança e trava para evitar ruídos. Outro benefício é a presença de cantoneira-guia de orientação para que o estepe fique instalado de forma alinhada, evitando deslocamentos. O lançamento da Keko traz a parte central em grafite, harmonizando com o padrão de pintura encontrado no modelo 2015 do veículo. Seu acabamento oferece durabilidade e alta resistência aos raios solares UV nas cinco cores originais do Aircross: Blanc Banquise, Blanc Nacre, Gris Aluminium, Perla Nera e Rouge Rubi. A instalação da capa de estepe é simples e fácil, podendo ser feita pelo próprio consumidor sem o uso ferramentas.
Fixação se dá por pressão, através de um fecho com três regulagens
Periscópio
Susin Francescutti lança marca de competição A Susin Francescutti, fabricante de virabrequins e comandos de válvulas para o mercado de reposição nacional, apresenta sua nova marca, a SF Performance, um selo para designar itens de fabricação própria destinados a aplicações especiais, principalmente em veículos com motores de alto desempenho utilizados em competições. A largada para esse segmento foi dada com o lançamento das Bielas Forjadas de Alta Performance. Elas são produzidas em aço SAE 4340 forjado, com parafusos ARP, em perfis I e H para a linha de motores Fiat, General Motors e Volkswagen. A SF Performance é uma oportunidade de dar atenção a um público especial: os apaixonados por carros. O Objetivo da empresa é atender o consumidor final, desde os motoristas que apenas querem dar um upgrade no seu veículo até os competidores de arrancadas, endurance, etc. Muitos, inclusive, já procuravam a Susin Francescutti anteriormente, buscando a solução para a melhora do desempenho do seu motor.
Bielas forjadas de alta perfomance Com a SF Performance, há uma produção e desenvolvimento de itens voltados aos apaixonados por motores potentes, também com a produção de peças para automóveis antigos e apli-
cações especiais. Para conhecer e adquirir os modelos disponíveis foi criado o site www.sfperformance.com.br, onde é possível fazer orçamentos e efetuar a compra do produto.
Continental conclui aquisição da Veyance A Continental, fornecedora internacional da indústria automotiva e fabricante de pneus, impulsiona globalmente seus negócios na área industrial com a mais significativa aquisição de sua história corporativa recente. A empresa concluiu a aquisição da empresa de borracha americana Veyance Technologies Inc., em Fairlawn/Ohio, após a autoridade antitruste brasileira Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) também ter aprovado a transação sob condições, obtendo assim as aprovações antitruste necessárias. O volume da transação é de 1,4 bilhão de euros. A Veyance opera no mundo todo na área de tecnologia de borracha e mate-
riais plásticos, e obteve em 2013 um volume de vendas de 1,5 bilhão de euros, dos quais cerca de 90 por cento procedentes dos negócios na área industrial. A Veyance Technologies gera cerca de metade de seu faturamento nos Estados Unidos. Outros mercados importantes são América Latina, África, China e outros países asiáticos. A Veyance trabalha focada na comercialização de correias transportadoras, mangueiras e correias de transmissão de potência. “Com a integração da Veyance em nossa divisão ContiTech, fortalecemos nossa posição nas áreas de tecnologia de borracha e materiais plásticos em todo o mundo”, afirmou o presidente do Conselho Administrativo da Con-
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tinental, Elmar Degenhart, em Hannover. “A Veyance complementará a ContiTech nos mercados onde nossa participação é muito pequena”, disse Heinz-Gerhard Wente, membro do Conselho Administrativo da Continental e CEO da Divisão ContiTech. Em especial, as áreas comerciais da ContiTech que mais se beneficiarão deste posicionamento global otimizado são Conveyor Belt Group (Correias Transportadoras), Fluid Technology (Mangueiras e Conjuntos Montados de Mangueiras) e Power Transmission Group (Produtos de Transmissão de Potência e Acionamento). ContiTech e Veyance somaram em 2013 um volume de negócios de 5,4 bilhões de euros.
Automec marcada para abril em São Paulo Em abril, de 7 a 11, é a vez da 12ª edição da Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, no Pavilhão de Exposições do Anhembi (avenida Olavo Fontoura, 1.209 – Santana), em São Paulo. O evento acontece de terça a sexta, das 11h às 20h, e sábado, das 9h às 17h. Mais informações podem ser obtidas no site www.automecfeira.com.br. A feira conta com o patrocínio oficial da Bosch e patrocínio prata da Renova. A Automec é uma oportunidade para que distribuidores, lojistas, atacadistas, varejistas e oficinas tenham contato direto com representantes da indústria automobilística, além de propiciar a realização de networking, geração de negócios e troca de experiências através da demonstração de produtos e lançamentos. Para esta 12ª edição estão sendo esperados mais de 70 mil visitantes qualificados. Serão mais de 1.200 marcas nacionais e internacionais, distribuídas num espaço de 78 mil m². A Feira está dividida em quatro setores e perfis: Peças e Sistemas (motor, escape, eixos, direção, freios, rodas, amortecedores, peças metálicas, peças montadas, janelas, para-choques, telhados de dobramento, roods conversível, coberturas panorâmicas, ar condicionado, rádio, instrumentos, airbags, tampões, cadeiras, aquecimento, ajustadores elétricos, telemóveis, filtros interior, antenas, navegação, telemática, DVD, elétrico, bateria, faróis,
cabos, chicotes, unidades de controle, sistemas de ônibus, sistemas de assistência ao condutor, elementos de fixação, linha de alimentos, anéis de vedação de rolamentos, rolos, peças de reposição, reparos, restauração, híbrida e gás); Reparação e Manutenção (equipamentos e ferramentas, prevenção de corrosão e pintura, reboque de serviço, auxílio-acidente e serviços móveis, eliminação de resíduos e reciclagem e reboque para carros; Acessórios (acessórios para automóveis em geral, sistemas de desempenho, aprimoramento de design, óptica, opções e conversões, rodas, pneus e juntas); e TI e Gestão (concessão de planejamento e construção, concessionárias financeiras e sistemas de gestão Dealer).
Banco de Imagens
Organização da feira espera receber mais de 70 mil visitantes. Em exposição mais de 1.200 marcas nacionais e internacionais
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Interauto 2015 acontece em maio O Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS) e o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindirepa-RS) – com o apoio da Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Autopeças (Asdap) – promovem mais uma edição da Interauto. Em 2015, o Centro de Interação e Relacionamento com a Indústria de Autopeças do Brasil acontecerá nos dias 12 e 13 de maio, na Unik Eventos, localizada na avenida Viena, 375, bairro São Geraldo, em Porto Alegre. Os profissionais e empresários do setor de autopeças e motopeças terão a oportunidade para trocar informações e conhecer lançamentos de indústrias do segmento. Entre as indústrias que já garantiram espaço na 2ª Interauto está a Viemar Indústria e Comércio. Para o gerente nacional de vendas, Marcelo Pires, a empresa decidiu participar do evento porque enxerga na iniciativa um formato diferenciado para se comunicar com o público-alvo, que são mecânicos, balconistas e televendas, além das distribuidoras e seus proprietários e gerentes. Segundo ele, a Interauto é positiva e criativa. “Neste tipo de evento se tem a oportunidade de buscar conhecimentos, trocar ideias, levar informações da empresa e seus produtos
para o mercado. Acredito tanto neste evento que gostaria de vê-lo rodando de forma volante pelo Interior do Estado, talvez na Região Sul”, sugere. No ano passado, a Interauto ocorreu na sede do Sincopeças-RS, em Porto Alegre, com a participação de 18 indústrias. Estiveram presentes Roltens (PR), Azevedo Tubos (SP), Mazi Automotiva (RS), ABR Juntas (SP), Tríade Comércio e Indústria de Autopeças (SP), Illinois Juntas (SP), Fremax (SC), Autoamérica (PR), Sulcarbon (RS), Maxauto (MS), Ampri (SP), Viemar (RS), D’Paula (SP), Valclei (SP), Cabovel (SP), Filtros Schuck (RS), LP Componentes de Injeção (SP) e Embreagens Mecarm (SP). Os interessados em reservar espaço para apresentar seus produtos podem entrar em contato pelo telefone (51) 3337-7977, com Eduardo de Oliveira (Remot Auto Peças) ou pelo e-mail eduardo@remot.com.br.
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AEA: trabalhos técnicos do Simea 2015 A AEA - Associação Brasileira de Engenharia Automotiva inicia a chamada dos trabalhos para o XXIII Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea 2015), que acontece nos dias 25 e 26 de agosto no Centro de Eventos WTC, em São Paulo (SP). Nesta edição, o tema é “Tecnologia e Conectividade Melhorando a Mobilidade”. Serão aceitas propostas de artigos técnicos sobre todos os assuntos relacionados com a Engenharia Automotiva, agrupados nos seguintes temas: Combustíveis, Biocombustíveis, Lubrificantes e Aditivos; Ensaios e Inspeção Técnica Veicular; Ensaios e Simulações; Materiais e Reciclagem; Motores e Transmissões; Manufatura e Processos; Projeto e Tecnologia do Veículo e Segurança Veicular. Os trabalhos selecionados serão apresentados nas sessões técnicas durante o Simea 2015 e publicados no sistema open acess Blucher, que viabiliza o ISNN, DOI, Google Scholar, Cross Ref e Lattes. A data limite para a submissão dos resumos é 9 de abril de 2015. Para mais informações acesse o site www.simea.org.br.
Outubro: Autoparts em Porto Alegre Maior evento automotivo do Rio Grande do Sul, a Autoparts – Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços – chega mais uma vez a Porto Alegre em outubro. Para o diretor comercial da Diretriz, Cassio Dresch, feiras como essas são essenciais para a multiplicação de negócios e a visitação profissional. Entre os objetivos traçados para esta edição estão o aumento em 30% da planta baixa da feira, alcançando a marca de 180 expositores e, ao menos, 250 marcas em exibição. A aposta da empresa organizadora é a de que o público visitante atinja 20 mil visitantes profissionais durante os quatro dias de realização do evento, estabelecendo um recorde e consolidando a feira em território gaúcho.
Evento já é referência no mercado gaúcho de autopeças É sob essa ótica, segundo Dresch, que a Autoparts esforça-se para tornar sua sexta edição um elo de excelência entre compradores e vendedores, onde a prospecção de negócios, o intercâmbio tecnológico e a capacitação profissional sejam seu propósito principal. A Autoparts será realizada entre os dias 16 e 19 de outubro no Centro de Eventos da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), com entrada gratuita, e conta
com o apoio da Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Autopeças (Asdap), do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS) e do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindirepa-RS). Mais informações sobre a feira através do endereço eletrônico www.feiraautoparts.com.br.