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Pelaí – Página
Bancários priorizados
Toca, Jacy!
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Após receber o presidente do Sindicato dos Bancários, Kleytton Morais, acompanhado das deputadas Érika Kokay (PT) e Celina Leão (PP), o governador Ibaneis Rocha prometeu acatar o pleito da categoria e vai programar a vacinação dos trabalhadores do setor logo após os professores. Dados do Sindicato mostram que o DF tem 47 mil trabalhadores do sistema financeiro (bancos e outras instituições de crédito), e a maioria atende diretamente ao público. O risco de contágio aumenta em ambientes fechados, como as agências bancárias.
Foi com os versos de Raul Seixas que Chico Vigilante saudou o correligionário Jacy Afonso, 59, que teve alta da UTI na sexta-feira (11), após uma semana intubado. O presidente do PT-DF foi internado dia 1º para tratar infecção por covid-19 e precisou ser intubado na sexta (4). Num áudio publicado em grupos de WhatsApp, Vigilante comemorou: “É um prazer receber a ligação do companheiro Jacy Afonso. Ele acaba de receber alta da UTI e está no quarto, mas, pela voz, deu para ver que está recuperado”.
Lula abriu nove pontos de vantagem sobre Bolsonaro em um eventual segundo turno na disputa presidencial, segundo a pesquisa XP/Ipespe de junho, divulgada na sexta-feira (11). No levantamento anterior, a diferença era de dois pontos percentuais. O petista cresceu de 42% para 45%, enquanto o presidente caiu de 40% para 36%. No primeiro turno, Lula saltou de 29% para 32%, enquanto Bolsonaro oscilou de 29% para 28%. Ciro caiu de 9% para 6% e Moro de 8% para 7%. Huck passou de 5% para 4%.
DIVULGAÇÃO Regularização – A Câmara Legislativa aprovou, terça-feira (8), com o voto dos 22 deputados presentes, Projeto de Lei Complementar que atualiza a estratégia de regularização urbana prevista no PDOT de 2009 e regulamenta a Lei Federal 13.465/2017. A iniciativa beneficia a população de oito Áreas de Regularização de Interesse Social (ARIS) em Sobradinho, Planaltina, São Sebastião e Sol Nascente/Pôr do Sol
Ameaça a Delinho
Na semana que se inicia nesta segunda-feira (14) podem surgir importantes definições na corrida sucessória na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal, que terá eleição em novembro. A movimentação pode dificultar a permanência de Délio Lins e Silva na cadeira de presidente da seccional DF.
UNIÃO – Está marcada para os próximos dias, ainda sem data definida, uma reunião entre os cinco pré-candidatos de oposição ao atual comando da Ordem. Thaís Riedel, Cléber Lopes, Evandro Pertence, Everardo Gueiros e Jacques Veloso tentarão fechar questão em torno de um único nome.
O governador Ibaneis Rocha acompanha o debate com atenção. Ex-presidente da OAB-DF, ele integra o grupo de oposição e sabe da importância da categoria para sua própria reeleição em 2022. Afinal, são quase 70 mil advogados inscritos em Brasília.
TERCEIRA VIA – Como alternativa aos dois grupos, corre por fora o advogado Guilherme Campelo.
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Lula vence Bolsonaro com folga no 2º turno
Blindados
Principais alvos dos bolsonaristas da CPI da Pandemia, os governadores estão, momentaneamente, blindados por uma liminar do STF. Wilson Lima, do Amazonas, falaria à Comissão na quinta-feira (10), mas não precisou comparecer devido à decisão da ministra Rosa Weber. O assunto seguirá em discussão na Corte. Para o PGR, Augusto Aras, a lei permite que os governadores deponham desde que seja para esclarecer o uso de verbas federais. Os senadores agora se dedicam a investigar defensores da cloroquina.
DIVULGAÇÃO
Pedal liberado na Ponte JK
Zélio Cardoso (*)
Desde terça-feira (8), os ciclistas podem transitar pela Ponte JK pedalando – sem a necessidade de descer da bicicleta –, após Detran-DF alterar a sinalização que regulamenta a circulação das bikes e pedestres na passarela lateral do monumento.
A medida atendeu a uma solicitação antiga dos ciclistas e famílias brasilienses que, especialmente nos finais de semana, têm o hábito de passear de bicicleta pela ponte. Antes, a sinalização determinava que eles deveriam descer da bicicleta para fazer a travessia de 1 Km ao lado dos pedestres. Agora, a passarela será compartilhada.
Mas é sempre bom lembrar a importância da convivência pacífica entre todos os modais de locomoção, e destacar o princípio básico da legislação de trânsito: “o maior protege o menor, e todos cuidam da segurança do pedestre”.
Diretor-geral do Detran-DF, Zélio Maia da Rocha
É preciso investir no SUS
“Não podemos achar que é normal determinadas seguradoras, num contexto pandêmico, querendo reajustar plano de saúde em 30%”. A afirmação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com quem compartilho da opinião. No mesmo dia, o gestor da Pasta destacou a ausência de competição no mercado de seguradoras e o consequente monopólio no setor: fator preocupante, que eleva preços. E não precisa ser nenhum economista para saber que isso vai na contramão da realidade econômica dos brasileiros.
Segundo Queiroga, há 20 anos o mercado de planos de saúde contava com aproximadamente 2 mil operadoras. Agora, disse, são menos de 800 empresas no setor. Neste cenário, com aumento da procura por hospitais e tratamentos diante da covid-19, houve incremento de mais de 1 milhão de usuários às seguradoras de saúde de abril de 2020 a abril deste ano. Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar e revelam, sobretudo, a necessidade de ampliação da capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
No primeiro trimestre de 2021, comparado ao mesmo período do ano passado, o custo assistencial dos planos de saúde subiu 8,7%. Acompanhando essa evolução de valores para o consumidor, as empresas do setor lucraram 22% a mais: um montante de R$ 2,82 bilhões contra R$ 2,3 bilhões em 2020. Na prática, isso significa que, mesmo com 14,8 milhões de desempregados no País (recorde registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012), os usuários não foram poupados. Ao contrário, foram engolidos pela alta de preços.
Ainda no paradoxo mundo da saúde suplementar, ressalta-se que o anunciado adiamento do reajuste de 2020, parcelado em 12 meses desde janeiro, levará alguns planos a terem acréscimo de até 30% em seus valores. Dá até para recorrer à frase de um “meme” para esclarecer a situação: “algo de errado não está certo”. Em especial, porque, com a pandemia, os não contaminados pela covid-19 tiveram atendimentos, exames e outros procedimentos adiados com autorização da própria ANS. Sem coronavírus, sem urgência.
Voltando aos investimentos no SUS: enquanto as operadoras lucram com o desespero do cidadão que não consegue atendimento na rede pública, o orçamento para a saúde neste ano é R$ 20 bilhões menor que o orçamento de 2020. Ou seja, com financiamento menor, mais limitada fica a atuação daqueles que estão na linha de frente – médicos, enfermeiros e outros profissionais. Porque começa a faltar de um tudo. De luvas a vagas em UTI’s. Essa é a realidade.
O Brasil gasta em saúde 9,2% do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas. O índice é acima da média dos 37 países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Econômico (OCDE), que é de 8,8% do PIB. Porém, em terras brasileiras, boa parte dessas despesas é privada. O que é absurdo. Do PIB, a fatia investida no SUS é de apenas 4%, enquanto na média da Organização é de 6,6% do PIB. Pergunto a você: é este o tratamento que a saúde pública merece? Tenho certeza que não. É preciso investir no serviço público.
Dr. Gutemberg Fialho
Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
Mobilização do Sinpro-DF garante vacinação de gestores das escolas públicas
A vacinação da educação pública no DF anda a passos lentos. De 21 de maio a 10 de junho, apenas 2.550 dos 4 mil gestores escolares foram vacinados. Mesmo assim, devido à mobilização e à pressão do Sinpro-DF, com campanhas e outras ações que resultaram na inclusão dos gestores nos grupos prioritários. “A imunização deles é fruto de muita luta e constantes reivindicações”, afirma a diretoria colegiada.
Mesmo assim, a capital continua sem previsão de vacinação em massa da educação. O Sinpro alerta para o fato de a morosidade na Administração Pública ser crime de prevaricação. Mas isso não intimida o GDF, que mantém a lentidão. O governador só anunciou um plano de vacinação para a educação pública na quinta (10), e sequer o iniciou, embora tenha mais 1 milhão de doses estocadas.
A diretoria colegiada do Sinpro ressalta que o anúncio é um avanço, mas que não basta vacinar o magistério. É preciso imunizar toda a população porque a comunidade escolar interage com a escola e a vacinação só conseguirá barrar as contaminações se for feita em massa.
O Sinpro tem, ainda de enfrentar a resistência do Ministério Público do DF e Territórios (MPDF), que discorda e tenta impedir a prioridade para quem está na linha de frente nas escolas. E o sindicato tem conquistado vitórias nesse projeto malfadado de vacinação. Em todas as oportunidades defende a vacinação de quem está, desde o início da pandemia, trabalhando presencialmente nas escolas e, com isso, conquistou o direito dos gestores. Mas a erradicação da pandemia é dificultada pelos esquemas de corrupção eleitos em 2018 com o discurso anticorrupção. Eles não permitem que o Brasil saia com o SUS fortalecido, a educação inabalada e o povo vacinado. O resultado desses esquemas é o grande número de mortes que,
DIVULGAÇÃO/SINPRO
mesmo subnotificado, é alarmante. Na sexta (11), o País contabilizava mais de 483 mil óbitos e a previsão é a de que chegue a 500 mil ainda em junho.
O DF tem a maior rede de proteção social do Brasil.
Mais de 700 mil pessoas são atendidas e o GDF criou mais de 30 mil empregos em obras públicas.
Mais de 700 mil pessoas recebem algum tipo de auxílio do GDF. E, em tempo de pandemia, é preciso ajudar quem mais precisa. Por isso, o GDF ampliou e criou novos programas sociais, que trazem ajuda financeira para milhares de famílias. As 200 obras em andamento também cumprem o papel de oferecer mais de 30 mil empregos neste período difícil. Para melhorar nossas cidades e ajudar as pessoas, o GDF não para.
Programa Prato Cheio
para 35 mil famílias.
DF Sem Miséria
para 74 mil famílias.
Renda Emergencial
para 4,5 mil taxistas e motoristas de transporte escolar.
Restaurantes Comunitários
Redução de R$ 3,00 para apenas R$ 1,00 em 9 milhões de refeições.
Bolsa Maternidade
para 17 mil mães.
Rejeição que humilha e desonra
Mulher de pastor detalha misoginia que sofreu na Igreja Presbiteriana do Lago Sul de Brasília
FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Ary Filgueiras (*)
Setecentos dias depois de ver a própria índole e a do seu marido jogada na lama por gente que deveria fazer justamente o contrário do ato de apontar o dedo e condenar sem dar ao menos chance de defesa ao casal, Sheyla Kelyy Morais resolveu falar ao Brasília Capital. O jornal e o portal www.bsbcapital.com.br vêm divulgando uma série de reportagens sobre misoginia na Igreja Presbiteriana do Lago Sul (IPLS), crime do qual ela não é a única vítima.
Nesta reportagem, consta ainda a entrevista da advogada do pastor Marcelo de Oliveira Morais, Melanie Costa Peixoto, que também foi tratada pelos religiosos do templo com discriminação pelo fato de ser mulher.
Marcelo e Sheyla foram levados ao banco dos réus do Tribunal Eclesiástico por darem mais espaço às mulheres na igreja. Ele, inclusive, foi afastado de sua função de pastor por promover um congresso destinado ao público feminino, evento em que Sheyla foi acusada pelo diácono Alberto Jaegher de descumprir uma resolução interna, de 2018, que proíbe a mulher de falar em púlpito ou pregar a palavra de Deus transcrita nas Escrituras Sagradas.
Com 25 anos de retidão à igreja, Sheyla faz uma confissão: “Com essa resolução de 2018, a mulher foi proibida de exercer qualquer liderança dentro da igreja. Principalmente se ela abrir a Bíblia para dizer alguma coisa”.
Ela diz que foi relatora da Sociedade Interna Feminina da Igreja Presbiteriana do Brasil (SAF), que faz evangelismo, cuida de mulheres e crianças. E garante que, apesar da IPB não ordenar mulheres como pastoras, nunca proibiu que a mulher alguma atividade de liderança dentro da igreja. Desde que não tomasse o púlpito e pregasse, o que viria a mudar com a resolução.
JEZABEL – Foi justamente por conversar com as outras mulheres da igreja que o diácono Alberto a acusou de descumprir a norma, chegando a compará-la a uma figura que ela mesma julga ser “horrível”: Jezabel, conhecida como uma prostituta cultural, que pregava dentro da igreja a sexualidade, coisas contrárias a Deus.
“Quando li o documento no qual ele faz essa comparação fiquei chocada. Ele disse que eu ministrava sobre homens, mulheres e crianças e que a única mulher na Bíblia que se comportava daquela forma chamava-se Jezabel. Ele cita o texto de Apocalipse Dois em que Deus é muito duro com a igreja que permitia a prática de Jezabel. Ele diz assim: ‘Eu virei sobre Jezabel, exterminarei Jezabel e matarei os seus filhos’. Mexeu com a minha dignidade”, desaba.