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Guará combate privatização do Cave Páginas 6 e

Guará contra a privatização do Cave

Estrutura abandonada

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Hoje, a situação desses equipamentos corrobora para a vontade da maioria dos moradores de aceitar a privatização do espaço. Para se ter uma ideia do completo abandono, basta olhar para o telhado do ginásio. completamente destruído.

Segundo os moradores, as marcas foram deixadas pelas chuvas. Não esse último período chuvoso que desabou sobre a cidade no final de 2021 e início deste ano, alagando cidades pelo País afora.

O temporal que fez vir abaixo o telhado do ginásio remete-se há dois anos. E desde então, ninguém fez nada para reparar o dano e devolver o equipamento para a população.

LUCRO – Esse abandono é que faz a dona de um quiosque situado na frente do complexo esportivo ficar em dúvida sobre a privatização do espaço.

“Está abandonado. Caiu a árvore em cima, e nada. Três anos que o ginásio está desse jeito. Alguém tem de tomar conta. Como o governo não assume, pode ser que a iniciativa privada resolva. Mas não sei se vai funcionar e ser bom para a população”, avalia Cecília Lima Oliveira, 50, que mora em Vicente Pires.

O militar Geison Luiz, 35 anos, morador do Guará, também ficou em cima do muro quando soube desse projeto. Para ele, o temor está justamente no fato do valor da entrada para os equipamentos, caso venham a ser privatizados. “A empresa que pegar vai querer ter lucro. Então, tem de ver ser vai ser caro acesso”, disse ele.

Secretaria de Esportes realizou audiências

Em nota, a Secretaria de Esporte e Lazer informa que instituiu a comissão de licitação para dar prosseguimento ao processo licitatório após a análise do Tribunal de Contas do DF. A comissão nomeada irá analisar o processo, construir o Edital, lançar a licitação nas próximas semanas e analisar as propostas.

Toda PPP, por exigência legal, requer a realização de consulta pública, com o objetivo de dar publicidade e fomentar a discussão popular. A SEL realizou duas audiências públicas sobre o Cave nos dias 20/10/2020, às 11h15, no Salão Nobre do Palácio do Palácio do Buriti e 26/01/2021, às 11h15, no Salão Nobre do Palácio do Palácio do Buriti. As atas estão publicadas no DODF.

A Administração Regional do Guará foi procurada, mas não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta matéria.

Solução para acabar com a pandemia? Só não testarmos

Mateus Gianni Fonseca (*)

Entre 2019 e 2020 o mundo viu surgir um cenário pandêmico. O Brasil seguia normalmente suas festas de fim de ano e seu carnaval enquanto outros países enfrentavam o alto número de ocorrências (contaminações e mortes).

Até que chegou nossa hora. Curva assustadora de mortes e contaminações. Falando em mortes, era como se, diariamente, condomínios inteiros desabassem. Os jornais pareciam uma rica aula de matemática com tantas explicações de médias móveis, tendências, gráficos etc.

E vale destacar que procedemos com baixa testagem. Se chegamos a ter alto índice de contaminados com a baixa testagem, podemos inferir que o número

DIVULGAÇÃO/FACEBOOK

de contaminações foi ainda maior do que o anunciado.

Não estávamos só ruins, ou, melhor dizendo, com uma parcela alta da população de contaminados e outra parcela saudável. Estávamos com uma parcela alta da população de contaminados e outra parcela cujo estado de saúde era desconhecido.

E por que retomar este assunto?

Neste fim de ano, enquanto muitos países estavam empreendendo outras medidas de enfrentamento dadas as novas ondas a partir da variante ômicron, o Brasil registrava aeroportos lotados, grandes eventos autorizados e aglomerações em toda esquina – um déjàvu – algo que havíamos visto há um ano. E que cuja “ressaca” está se apresentando agora novamente.

Parece que não aprendemos com a virada do ano de 2020 para 2021, tampouco com a fábula dos três porquinhos – e assim continuamos em um país com a casa de palha. Enquanto existem países que estão construindo suas casas de madeira e outros que seguem construindo suas casas de alvenaria.

Estávamos em festa, enquanto os outros trabalhavam – apenas aguardávamos o infeliz sopro da pandemia surgir novamente. Sopro esse que ainda pode ser mais forte, nos deixando novamente ao léu.

Não testar, testar pouco ou ignorar os números que as estatísticas nos oferecem não nos permite empreendermos festas de carnaval. Não nos livra da pandemia.

Estamos caminhando rumo à vacinação, balanceando, mas de fato ainda tentando resolver esta equação. Sim, no gerúndio.

(*) Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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