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Pelaí – Pagina
Militares na política
Pazuello
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Alberto Fraga, presidente do DEM-DF, avalia que Jair Bolsonaro cometeu “erros inadmissíveis”. Entre eles, colocar militares para fazer política. “Não dá certo. Quem tem que fazer política são os políticos”, disparou o coronel da reserva da PM, amigo de Bolsonaro há 40 anos, em entrevista ao portal Metrópoles. Foi a primeira vez que ele falou a um veículo de imprensa após a morte de sua esposa Mirta Fraga, pela covid-19.
AGÊNCIA BRASIL
Quando ministro da Saúde, Eduardo Pazuello prometeu a intermediadores comprar 30 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, formalmente oferecidas ao governo por quase o triplo do preço negociado pelo Instituto Butantan. A informação é da Folha de S.Paulo.
VÍDEO – A negociação, numa reunião fora da agenda, no dia 11 de março, no gabinete do então secretário-executivo da pasta, coronel Élcio Franco, foi registrada em um vídeo (já em posse da CPI da Covid).
RESUMO – Nele, o general da ativa do Exército aparece ao lado de quatro pessoas que representariam a World Brands, empresa de Santa Catarina que lida com comércio exterior. Na gravação Pazuello relata o que seria o resumo do encontro. Culpado – Pesquisa do instituto DataSenado, vinculado à Secretaria de Transparência do Senado Federal, aponta que 74% dos brasileiros culpam o presidente Jair Bolsonaro pelo atraso na compra de vacinas contra a covid-19. Em seguida, são citados a Anvisa (8%), o Congresso (6%) e os governadores (4%). Foram ouvidas, por telefone, 1.471 pessoas nos dias 13 e 14 de julho. O nível de confiança é de 95%.
DIVULGAÇÃO
Entupido
Cinco dias depois de dizer que estava “cagando” para a CPI da Covid, Jair Bolsonaro foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, com obstrução intestinal. Na véspera, quarta-feira (14) à noite, tentou culpar partidos de oposição pela piora de sua saúde. Na quinta, foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
FACADA – O presidente deu entrada no HFA reclamando que sentia soluços há vários dias. Horas antes de ser internado, postou uma série de tweets atribuindo o agravamento de seu quadro a efeitos da facada que sofreu em 2018.
CRUEL – “Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia”, escreveu.
ATAQUE – Com Bolsonaro já internado em São Paulo, o perfil dele no Facebook voltou a atacar a CPI da Covid. Dizia que o “G7” da comissão, formado por senadores de oposição e independentes, não encontrou nenhum indício de corrupção no governo. A informação não é verdadeira. A CPI apura possíveis práticas ilícitas na compra de vacinas da AstraZeneca e Covaxin pelo Ministério da Saúde.
OTÁRIOS – De quebra, a publicação ainda classificou como “três otários” os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), presidente, vice e relator da CPI, respectivamente. Na quinta, a comissão teve sua última sessão antes do recesso parlamentar, ouvindo Cristiano Carvalho, representante oficial da Davati Medical Supply no Brasil.
PROPINA – A empresa tentou vender 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao País e recuou diante de um suposto pedido de propina por parte de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.
SEM MÁSCARA – Na sexta-feira (16), o perfil de Bolsonaro nas redes sociais publicou uma foto dele caminhando, sem máscara de proteção contra a covid-19, no corredor do hospital (foto).
Bia Kicis e o Fundão
AGÊNCIA CÂMARA
Em 2018, Bia Kicis (PSL-DF - foto) criticava o financiamento público de campanha – que acabava com a doação de empresas aos candidatos. Mas, na quinta-feira (15), a deputada votou a favor do reajuste que triplicou o Fundão para as eleições de 2022 (de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões). O partido de Kicis, a segunda maior bancada na Câmara, será um dos principais beneficiados.
BANCADA – O deputado Laerte Bessa (PL), que assumiu a vaga de Flávia Arruda, também votou favoravelmente ao reajuste. Da bancada do DF, Erika Kokay (PT), Professor Israel (PV), Luís Miranda (DEM) e Paula Belmonte (Cidadania) votaram contra. Celina Leão (PP) e Julio Cesar Ribeiro (Republicanos) não participaram da sessão.
MÍNIMO – Na mesma votação, o salário mínimo aprovado para janeiro de 2022 foi de R$ 1.147. Ou seja, o Fundo Eleitoral, com apoio dos governistas, equivale a 5 milhões de salários mínimos. O PT (maior bancada) e partidos da oposição, como o Psol, votaram contra.
LOROTA – Nas redes sociais, Kicis contou uma longa lorota. Justificou que o reajuste do Fundão estava embutido na LDO, que define as regras e balizamentos de como o orçamento do ano seguinte deve ser aprovado. E que o PSL havia orientado sua bancada a votar favoravelmente à LDO. Assim, ela votou a favor da LDO, aprovada por 278 votos favoráveis e 145 contrários. No Senado, o texto passou por 40 a 33.
DF: campanha de vacinação contra a covid-19 ou de narrativa?
Ampliar a vacinação contra a covid-19 significa imunizar a população? No DF, infelizmente, a resposta para essa pergunta é não. A distância entre o discurso da Secretaria de Saúde e a prática é gritante. A começar pela abertura de novos grupos. Abrem-se as vagas e em dez minutos já estão todas preenchidas. Nos postos, também não há orientação. A desorganização é generalizada. Na narrativa, as pessoas estão sendo devidamente vacinadas. Na prática, muda a idade e há uma legião de pessoas que fica para trás e não consegue agendar a imunização.
Agora, a promessa do governo local é começar, assim que receber novas doses, a vacinação de pessoas a partir de 30 anos. Atualmente, no critério por idade, a campanha de imunização na capital federal contempla pessoas com 41 anos ou mais, mediante agendamento. No entanto, como as vagas para vacinação, por idade, esgotam-se rapidamente. Há relatos de diversos cidadãos que já deveriam ter sido vacinados, mas não conseguiram sequer entrar na fila. Ou seja, estamos falando de uma imunização real ou pró-forma?
Hoje, o DF está em 19º lugar no ranking de vacinação do Brasil. Atrás de estados como Rio Grande do Sul e São Paulo, com populações muito maiores. Por aqui, apenas 35,7% da população foi vacinada com a primeira dose. Enquanto no Rio Grande do Sul, 47,3% dos cidadãos foram imunizados. Importante salientar aqui que há a ameaça, quase confirmada, da chegada de novas variantes Delta e Gama. Ou seja, caso a vacinação não seja acelerada, o cenário será de uma terceira onda.
Até a quinta-feira (15), o DF registrava 9,4 mil mortes por covid-19 e cerca de 440 mil casos confirmados da doença. Com a provável chegada da terceira onda, caso a vacinação não seja ampliada e levada a sério, tanto o número de infecções quanto de mortes deve ser acelerado. A variante Delta, mais transmissível e que reduz a eficácia da primeira dose das vacinas, indicam especialistas, em breve será predominante no mundo inteiro.
Outra promessa da gestão é diminuir o intervalo das vacinas. No entanto, sem novas doses e organização na distribuição e aplicação dos imunizantes, não adianta anunciar isso ou aquilo. O que vai mostrar a eficácia da vacinação é a vacinação em si e não a narrativa. É a população conseguir ter acesso às vacinas, desde o agendamento até o posto de saúde. Minha sincera preocupação com o que estamos vendo no DF é o fato de que as faixas etárias estão passando uma por cima da outra sem, efetivamente, imunizar a todos.
Como afirmei em outras ocasiões, ainda não há estudos conclusivos sobre o período de imunização pós-vacina. Já pensou se, no fim do ano, for necessário vacinar aqueles que foram imunizados em janeiro? São muitas as questões que envolvem a necessidade de agilidade na campanha de imunização contra o novo coronavírus no DF. A covid-19 ainda é uma doença em estudo. Muito ainda precisa ser descoberto sobre o vírus. E, até lá, a única coisa que sabemos é: as vacinas protegem.
E você, que tem a oportunidade de ser imunizado, lembre-se: vacina boa é a que está disponível! Escolha viver. Vacine-se.
Dr. Gutemberg Fialho
Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
Relíquias vão a leilão para construir museu em Ceilândia
Netto Costa
A Casa da Memória Viva do P-Sul está promovendo um Leilão Colaborativo em prol da construção do Museu Candango Vila do IAPI, onde também vai funcionar um Hostel Colaborativo. O objetivo do leilão é arrecadar dinheiro para reformar o segundo pavimento de uma casa nas proximidades da Casa do Cantador, em Ceilândia, transformando-a em um no novo Museu Candango.
Para levantar a verba necessária à reforma do imóvel, cerca de R$ 20 mil, estão sendo leiloadas relíquias de valor histórico e artístico. Entre elas, discos, livros e revistas raros, arco-e-flecha de esquimós canandenses, cédulas de papel moeda, xilogravuras, quadros, relicários, chapéu do Gonzagão, livros, caixa com bolas utilizadas por Gustavo Kuerten no torneio de Roland Garros, cordel inca, e objetos decorativos de valor histórico e artístico. O lance inicial de cada peça é de R$ 1 mil, exceção para o arco-e-flecha de esquimós, cujo lance é R$ 3 mil.
A inciativa é coordenada pelo professor de História e pesquisador da memória candanga na Ceilândia, Manoel Jevan (foto). Segundo ele, a referência à Vila IAPI é uma homenagem à antiga invasão de onde foram transferidos os primeiros moradores que deram origem à cidade de Ceilândia. Jevan adianta que o novo museu terá como referência estética a música Faroeste Caboclo, de Renato Russo, na qual o compositor descreve uma cena típica de Ceilândia. “Faremos uma réplica do famoso Lote 14, citado na música da Legião Urbana”, conta o professor.
Hostel Comunitário - Na QNP 10 conjunto M casa 20 será construída uma réplica dos hotéis em madeira que funcionavam na antiga Cidade Livre, na época da construção de Brasília (hoje Núcleo Bandeirante), que ficará disponível para hospedagem do tipo hostel comunitário. A casa fica próxima à Casa do Cantador, em Ceilândia, única obra de Oscar Niemeyer no Distrito Federal fora do Plano Piloto de Brasília.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Serviço
Dois videos disponibilizados no Youtube apoiam a divulgação da campanha: https://www.youtube.com/watch?v=Fy0TZmAOAzY&t=4s e https://www. youtube.com/watch?v=ckoHGTsoSbg&t=100s. Para mais informações, inclusive sobre as curiosidades sobre as relíquias e demais peças do acervo é só contatar o professor Jevan pelo telefone ou WhatsApp (61) 9 9558-7401.
As ameaças à reeleição de Ibaneis
Enquanto aguardam a definição de novas regras eleitorais, Reguffe, Leila, Izalci e Flávia articulam para suceder o governador
Orlando Pontes
Um olho no peixe, outro no gato. Esta é a postura de todos os pré-candidatos ao Palácio do Buriti e dos postulantes à única vaga no Senado, às oito cadeiras de deputados federais e às 24 de deputados distritais em 2022. O peixe é a Lei Eleitoral que precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional até o início de outubro, um ano antes do pleito. O gato são os movimentos dos possíveis aliados ou adversários de cada um deles.
Até o momento, o atual chefe do Executivo local, Ibaneis Rocha (MDB), lidera as pesquisas – para consumo interno – encomendadas pelo GDF e pelos partidos que pretendem concorrer à sua sucessão. Um detalhe chama a atenção dos analistas: em todas elas o governador dispara nos levantamentos espontâneos, quando o eleitor é perguntado diretamente em quem pretende votar no próximo ano.
Mas a porca torce o rabo quando o entrevistado é apresentado a uma cartela com os nomes de concorrentes como os senadores José Antônio Reguffe (Podemos) e Leila Barros (PSB) – de mudança para o Cidadania – e a deputada federal Flávia Arruda (PL). Na chamada “pesquisa estimulada” todos passam a ter chances de ameaçar a reeleição de Ibaneis. O único que não assusta é o tucano Izalci Lucas (PSDB), que nunca passa dos 2% de intenção de voto. Mas ele insiste em continuar no páreo.
De qualquer forma, ninguém se arrisca a arremessar prematuramente seus anzóis diante das incertezas quanto às regras da pescaria de 2022. Deputados e senadores ainda não definiram se as eleições no Brasil serão pelo sistema “Distritão”, “Federação de Partidos”, “Distrital Misto” ou se mantêm as regras atuais (leia Saiba + na página 7).
AGÊNCIA CÂMARA AGÊNCIA SENADO AGÊNCIA CÂMARA
Os três senadores sonham em concorrer o GDF, mas, pelas pesquisas, só Leila e Reguffe têm chances de desbancar Ibaneis
Flávia Arruda pode montar palanque para Bolsonaro
Embora dê a entender que está satisfeita com os acenos de Ibaneis para formar a chapa majoritária como candidata ao Senado, Flávia Arruda pode surpreender. Atual ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, ela seria a preferida de Jair Bolsonaro para montar seu palanque no DF. Nesse cenário, a deputada Bia Kicis (PSL) disputaria o Senado. A vaga de vice seria negociada com alguém também identificado com o presidente – provavelmente, o ex-deputado Alberto Fraga.
O trunfo de Ibaneis para manter a aliança com a ministra e se tornar o candidato de Bolsonaro na capital seria oferecer a vaga de vice a Flávia Arruda, rifando o atual ocupante do cargo, Paco Britto (Avante). Assim, Flávia assumiria o GDF em 2026, com possibilidade de disputar a reeleição. Assim, o governador teria dois caminhos ao final de seu segundo mandato: o Senado ou um voo nacional a presidente ou vice. Já Paco Britto concorreria a deputado federal no próximo ano. Se Flávia aceitar disputar o Senado, o lugar de Paco passa a ser ameaçado por um evangélico. Aí, os mais cotados são os deputados Júlio César (Republicanos) e Celina Leão (PP), abrindo uma avenida para outros pretendentes a um mandato na Câmara Federal.
Racha no MDB – Tudo isso muda caso o MDB resolva lançar candidato próprio a presidente da República. E esta é a única alternativa apontada pelos caciques que querem evitar o racha da legenda. Afinal, no Norte e no Nordeste do País a tendência é de que lideranças como o senador Renan Calheiros (AL) e o governador Hélder Barbalho (PA) se aliem a Lula (PT).
Porém, no Sul e no Sudeste, os emedebistas majoritariamente rezam na cartilha bolsonarista. Nas bases emedebistas, dois nomes surgem para a disputa presidencial para unir o partido: o ex-presidente Michel Temer (SP) e a senadora Simone Tebet (MS). Esta vem ganhando notoriedade e admiração por sua participação na CPI da Pandemia. (OP)
ALAN SANTOS/PR
A deputada sinaliza para o Senado, mas de olho no Buriti
PT prioriza Lula, mas Magela se apresenta
A ordem que vem do comando nacional para o PT-DF é para ampliar o palanque de Lula. O vice-presidente local, Ricardo Berzoini – o presidente Jacy Afonso se recupera da covid-19 – diz que está “conversando com todos os partidos de esquerda e que defendem a democracia e os interesses sociais”.
Ele tem consciência das dificuldades de fechar acordos antes da aprovação da reforma eleitoral e acredita que as alianças só acontecerão às vésperas do prazo final, no próximo ano. “Estamos preparando os nossos quadros para as disputas proporcionais e majoritárias”, diz ele.
Berzoini não conta é que o PT já sai dividido. O ex-deputado Geraldo Magela, da corrente Movimento PT, anunciou que é pré-candidato ao Buriti. “Coloquei meu nome à disposição porque grande parte das lideranças estava defendendo candidaturas de outro partido”, explica.
Outras “tendências” petistas, como a Repensar o PT, formada por sindicalistas e líderes de movimentos populares; e a Democracia Socialista, da distrital Arlete Sampaio, são contra. Magela diz que não fechou questão e que prioriza Lula. “Posso ser candidato a deputado federal ou nem sair candidato. O que sempre defendi é que o PT tenha candidatura ao GDF”.
O distrital Chico Vigilante também prioriza a (re) eleição Lula. Lista três correligionários, caso a decisão seja lançar candidato próprio: Berzoini, a deputada Erika Kokay e a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa. E vê a senadora Leila como boa candidata. Entretanto, um alto dirigente do PT arremata: “ao trocar o PSB pelo Cidadania, Leila deu um tiro no pé. Dificilmente teremos condições de nos unirmos a ela no primeiro turno”.
DIVULGAÇÃO
Magela já avisou, internamente, que é pré-candidato a governador
Reguffe é a aposta da oposição
O que ninguém duvida é da candidatura de Reguffe ao Buriti. O senador não confirma. Diz que pode tentar a reeleição. Mas mantém tratativas com a deputada Paula Belmonte (Cidadania), que disputaria o Senado na chapa. Não sem antes trocar de partido. Ela provavelmente irá para o PROS.
Mesmo sendo casada com Felipe Belmonte, primeiro suplente de Izalci, a parlamentar tem voo próprio. Além disso, seu marido não nutre esperanças de assumir a vaga, uma vez que – como mostram as pesquisas – o titular dificilmente a desocupará para se tornar governador. Simplesmente porque tem remotas chances de se eleger para o Buriti. CENTRO-ESQUERDA – O PSB, ao perder a senadora Leila, pode pensar em lançar novamente a candidatura do ex-governador Rodrigo Rollemberg. Mas o interesse dele é concorrer a deputado federal. Neste caso, deve procurar um acordo com a ala do PDT representada pelo distrital Reginaldo Veras e pelo ex-presidente da Câmara Legislativa Joe Valle. Caso não chegue a um consenso, o grupo pode se unir ao senador Reguffe. Já o Psol, pensando em superar a cláusula de barreira, pode voltar a apresentar o nome da professora Fátima Sousa ao GDF, com a ex-deputada Maninha concorrendo à Câmara Federal.
CÂMARA DOS DEPUTADOS CÂMARA DOS DEPUTADOS
Paula Belmonte: cotada para compor a chapa majoritária de Reguffe. Maninha tentará ajudar o Psol a superar a cláusula de barreira
SAIBA +
Conheça os sistemas eleitorais em debate no Congresso
Netto Costa
REGRAS ATUAIS – O sistema em vigor é o Proporcional, pelo qual as cadeiras de deputados são distribuídas proporcionalmente à quantidade de votos recebidos pelo candidato e pelo partido – ou seja, os votos nas siglas também são considerados no cálculo. A representação se dá na mesma proporção da preferência do eleitorado pelos partidos políticos. Os assentos das Casas Legislativas são distribuídos de acordo com a votação total dos candidatos e do partido, o que leva partidos mais votados a eleger candidatos não tão bem classificados. A cláusula de barreira vedou a formação de coligações proporcionais, diminuindo a participação política de muitas legendas.
DISTRITÃO – Pelo Distritão, são eleitos os candidatos mais votados individualmente, desconsiderando-se os votos nas siglas. Especialistas entendem que o modelo enfraquece a representatividade dos partidos e favorece a eleição de “celebridades”. Para o partido disputar vagas de deputados no modelo do Distritão pecisaria alcançar pelo menos 30% do quociente eleitoral. Criticado por favorecer candidatos ricos e celebridades, o Distritão enfraquece partidos. É personalista e tende a agravar a crise de representação, dificultando ainda mais o acesso de grupos politicamente minoritários.
DISTRITAL MISTO – Mescla o proporcional e o distrital. É um sistema de transição para conseguir um sistema mais aprimorado. No Distrital Misto o eleitor vota duas vezes: uma em um candidato do seu distrito (município ou estado) e outra em uma lista de candidatos preordenada pelo partido. Ou seja, o voto na legenda. Assim, metade dos parlamentares é eleita por maioria de votos dos distritos – representando demandas locais da população -, e a outra metade das vagas é preenchida pelos candidatos dos partidos mais votados. FEDERAÇÃO DE PARTIDOS – A fedeação partidária é a aliança temporária entre partidos políticos com aproximação ideológica e programática que resulta na criação de uma única instituição, a federação. Busca substituir as coligações partidárias, não viabilizadas nas eleições proporcionais, bem como contribuir para que os partidos pequenos ou “nanicos” ultrapassem a cláusula de barreira e, assim, recebam recursos do fundo partidário e tempo na propaganda eleitoral gratuita. Difere da coligação partidária, já que a coligação se desfaz após as eleições. A federação nasce com o registro no TSE e subsiste durante a legislatura.