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Pelaí – Paginas 2 e

Renovação no Sinpro-DF

A Chapa 1, apoiada pela atual diretoria do Sinpro-DF, foi eleita na quinta-feira (26) por 72,71% dos 8.124 votos dos professores e orientadores educacionais que compareceram às urnas. Dos 39 eleitos, 13 são novas lideranças. Os demais 26 foram reeleitos. Ainda falta a disputa pelo Conselho Fiscal. tário defende o nome de Rosilene. Mas aliados de Magela defendem que, caso seja derrotado, ele recorra à nacional, que já avocou este tipo de resolução nas demais unidades da federação.

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ROSILENE – Um dos dirigentes históricos do Sinpro-DF que não estará na próxima diretoria é a professora Rosilene Corrêa. Após 21 anos ocupando cargos na entidade, ela afirma ter encerrado esse ciclo. Agora, está focada na disputa da vaga de candidata do PT ao Senado com o ex-deputado Geraldo Magela.

ADIADO – O Encontro Regional para escolha do candidato ao Senado (o PT vai apoiar o distrital Leandro Grass, do PV, para o GDF) foi adiado para os dias 3 e 4 de junho. E pode não ser decisivo. O grupo majoriJACY AFONSO – O presidente do PT-DF, Jacy Afonso, é um dos 41 indicados pela direção nacional do partido para compor a federação com o PV e o PCdoB. No total, são 60 diriBRASÍLILA CAPITAL gentes, dos três partidos, a integrarem a coordenação em todo o país.

SABINO – Segundo suplente de deputado federal e ex-administrador de Taguatinga e do Cruzeiro, Antônio Sabino (PT) não será candidato este ano. Dirigente da corrente interna BPB (Bloco Popular e de Base), vai apoiar Roberto Policarpo para federal e Ricardo Vale para distrital.

Lula ganharia no 1º turno

Pesquisa DataFolha publicada na quinta-feira (26) mostra que, se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Lula (PT) seria eleito no primeiro turno com 54% dos votos válidos (excluindo brancos e nulos). Jair Bolsonaro (PL) teria 30%.

O PIOR – O petista tem 48% das intenções de voto contra 27% Bolsonaro, que registra 48% de reprovação (ruim ou péssimo) e segue como o presidente com a pior avaliação em igual tempo de mandato entre todos os eleitos após a redemocratização do país,

OUTROS – Foram ouvidas 2.556 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 25 e 26 de maio em 181 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O terceiro colocado é Ciro Gomes (PDT), com 7%, seguido por André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), ambos com 2%. Brancos e nulos somam 7% e Não Sabe são 4%.

Izalci vê dobradinha Ibaneis-Ciro Nogueira

Acusado, na quarta-feira (25), pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), de crimes de abuso de autoridade e denunciação caluniosa, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) reagiu na quinta (26). O parlamentar afirma que a motivação do assessor do presidente Jair Bolsonaro (PL) é “um esquema político montado para manter no cargo o atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). CPI da Pandemia no Senado, onde defendia o aprofundamento das investigações da Operação Falso Negativo, realizada pela Polícia Federal, Polícia Civil do DF e pelo Ministério Público Federal, que levou à prisão do então secretário de Saúde, Francisco Araújo Filho, e de outros integrantes do governo Ibaneis. O GDF comprou testes anti-covid com preços superfaturados e de eficácia condenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

INFORME

Assédio no BRB: uma situação inaceitável

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Brasília têm recebido, nas últimas semanas, denúncias de assédio moral contra empregados do Banco de Brasília. Em visitas à DG, esses dirigentes foram informados sobre ameaças dentro da sede do BRB no CNC.

“Constatamos em algumas gerências um alto grau de insatisfação, desânimo e ansiedade, principalmente naquelas vinculadas à Diretoria de Controle e Riscos, sob a gestão do diretor Alfredo Luiz”, informam.

As denúncias apontam ameaças de descomissionamento e transferências forçadas para agências. “São fatos que, se confirmados, constituem um absurdo e são inaceitáveis”, dizem os dirigentes sindicais.

“Tal procedimento carrega um quê de preconceito por parte dos gestores que estejam fazendo isso, pois tratam as agências como locais de punição, demonstrando o descaso para com os pontos de atendimento, responsáveis pelos negócios que garantem o salário e PLR deles, inclusive”, diz Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato.

Se confirmada, a prática constitui assédio moral. “Uma das maiores causas de adoecimento no trabalho é o assédio moral. Essa lógica autoritária é reconhecidamente contraproducente, pois gera um ambiente de trabalho tóxico e, no médio prazo, provoca resultados contrários à própria empresa”, pondera Ricardo Berzoini, bancário aposentado e ex-ministro do Trabalho.

“Instituições modernas previnem essa prática atrasada. O BRB, como banco público, deve educar seus gestores para que a tentação do mandonismo medíocre não contamine a vida laboral dos funcionários”, disse Berzoini em palestra no 11º Congresso Distrital dos Bancários do DF e Entorno.

“O BRB, em que pese ter instrumentos, inclusive no acordo coletivo, para coibir esta prática, ainda registra diversas denúncias de assédio, e, a considerar aquelas recebidas pelo Sindicato, parece que está havendo um crescimento deste comportamento. Não raro, há indicações dos empregados de que a prática tem origem na própria diretoria do banco”, completa Ronaldo Lustosa.

A recente nomeação de um diretor, sobre quem pesam inúmeras denúncias de comportamento assediador, fez aflorar entre os empregados um sentimento de que o BRB parece estar premiando quem se comporta mal. Isto causou surpresa e indignação entre os empregados e contribui ainda mais para agravar o desânimo quanto a essas ocorrências.

Os empregados do BRB não podem aceitar esta prática, este crime. É preciso que todos se comportem com altivez e não se submetam a isto. Denunciem ao Sindicato, e, se for o caso, também à polícia e ao Ministério Público do Trabalho, pois a não aceitação de comportamentos assediadores é passo importante para estancar este crime que tanto mal faz aos trabalhadores.

O Sindicato tem instrumentos para agir na busca da contenção do assédio de toda natureza. É preciso que os bancários do BRB se unam em uma cruzada contra a execrável prática do assédio.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Quem é o candidato antissistema?

Júlio Miragaya (*)

AGÊNCIA BRASIL

A menos de três meses das eleições de 2018, mesmo arbitrariamente preso, Lula, com 39% das intenções de voto (Datafolha), era o favorito para vencer o pleito para presidente. Bolsonaro aparecia com 19%, seguido por Marina (8%), Alckmin (6%), Ciro (5%), Álvaro Dias (3%), Amoedo (2%) e Meirelles (1%).

Havia transcorrido dois anos do golpe contra Dilma. E qual era o “clima” da população naquele momento? Ao mesmo tempo em que era bombardeada pela grande mídia com repetidos ataques ao PT e a Lula, o povo vivia as agruras do agravamento da crise econômica e social, com a aprovação pelo Congresso Nacional das contrarreformas trabalhista e previdenciária que retiravam direitos; a aceleração da precarização do trabalho; o agravamento do desemprego e a queda da renda do trabalho.

Em síntese, a desesperança dominava o sentimento do povo, que via nas instituições a razão da perpetuação de seu sofrimento, gozando essas, portanto, de enorme desaprovação popular. A classe dominante (burguesias financeira, industrial e agrária), com parte do “problema” resolvido - o TSE impedindo a candidatura de Lula - notou a anemia eleitoral dos candidatos da direita tradicional (Alckmin, Dias, Amoedo e Meirelles), todos fortemente identificados pelo povo como candidatos do “sistema”, e percebeu que o único capaz de derrotar Haddad, o substituto de Lula, era Bolsonaro, que embora fosse mais um da classe dominante, espertamente vociferava o discurso antissistema.

Ciente de que as instituições brasileiras funcionavam mal, estavam profundamente desgastadas e eram impopulares, Bolsonaro se projetou como o antissistema, e amealhou milhões de votos com base nesta falsa imagem.

Segundo pesquisas de diversos institutos, poucas instituições eram (e são) bem avaliadas pela população. No topo, costumam aparecer os bombeiros, os Correios e o SAMU. Com avaliação regular, mas em queda, aparecem as FFAA e as igrejas. Com pouca credibilidade são citadas as ONGs, sindicatos, grandes empresas e órgãos de imprensa.

Já com baixíssima credibilidade a lista é mais ampla: Polícias (PF, PMs e PCs), Congresso, governo federal, Judiciário (STF, STJ, TSE, CNJ), redes de TVs, Ministério Público, PGR, TCU, agências governamentais etc. São, em sua maioria, instituições “disfuncionais” que geram uma permanente crise de governabilidade.

Começando pelo Congresso Nacional, onde predomina o paroquialismo, com a maioria dos políticos buscando cavar projetos e recursos para suas clientelas específicas, impondo ao “presidente de plantão” a necessidade de formar maiorias artificiais, o que exige uma elevada contrapartida de caráter fisiológico.

Passados três anos e meio de serviços prestados ao “sistema”, umbilicalmente ligado ao Centrão, Bolsonaro tenta novamente encarnar a condição de candidato antissistema. E isso precisa ser desmascarado. A esquerda não pode cair na armadilha de, ao fazer a defesa da democracia, sair defendendo instituições tidas como democráticas, quando, na verdade, sabemos que não passam de instrumentos de sustentação de um sistema que explora e oprime a imensa maioria de nosso povo. É tudo que Bolsonaro precisa para propagar seu falso discurso antissistema.

A esquerda faria melhor se apontasse uma saída para a situação. E ela existe. A Constituição de 1988, que já não era nenhum primor, recebeu 118 emendas nesses 34 anos, a maioria representando retrocessos, e em muito pouco expressa hoje a vontade popular.

Em se materializando a derrota da direita em outubro, deveria o presidente eleito convocar um plebiscito para que o povo decida sobre a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva, que, como no Chile, abra caminho para se fazer a devida limpeza em instituições empedernidas, varrer outras, se livrar da tutela militar e erigir uma “carta” que efetivamente garanta uma sociedade livre, justa e solidária.

Defender a democracia, sim! Instituições autocráticas e impopulares, não!

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

J. B. Pontes (*)

DIVULGAÇÃO

Além do orçamento secreto (Emendas RP9) de R$ 16,5 bilhões, do Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões, do Fundo Partidário de R$ 1,1 bilhão, das Emendas Individuais de R$ R$ 10,9 bilhões (cada parlamentar, em 2022, pode emendar até R$ 17,6 milhões), das emendas de bancadas estaduais e distrital de R$ 7,5 bilhões, o que totaliza R$ 40,9 bilhões, os parlamentares do Centrão ainda não ficaram satisfeitos.

Os novos escândalos da compra superfaturada de caminhões para coleta de lixo, tratores e ônibus escolares demonstram o avanço do Centrão sobre o orçamento de diversos órgãos do Poder Executivo. No Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), comandado por um afilhado do ministro Ciro Nogueira (Progressistas), estava sendo realizada licitação, felizmente suspensa, para compra de ônibus escolares com sobrepreço de R$ 700 milhões.

A qualidade do gasto público nunca foi tão ruim como no atual desgoverno comandado pelo Centrão, do qual Bolsonaro faz parte. A falta de planejamento e, por consequência, de prioridade na aplicação dos recursos públicos é incontestável. Dinheiro que poderia ser usado na previdência e assistência social, na educação e na saúde públicas. O dinheiro público está sendo usado somente em ações com muita visibilidade, capazes de angariar votos para os políticos do Centrão.

A compra e distribuição de coletores de lixo para pequenas cidades cresceram, de 2019 para 2021, de 85 unidades para 488. Pior: a distribuição não obedece a critérios técnicos de necessidade desses equipamentos pelos municípios, mas sim àqueles políticos/eleitoreiros.

Essa operação é bastante vantajosa, sob vários aspectos, para políticos e empresários corruptos. Por um lado, os empresários apoiadores do desgoverno desencalham seus estoques por preços inflados, o que rende um bom retorno em propina para os autores da compra. Na outra ponta, nos pequenos municípios, a distribuição desses equipamentos rende apoio e votos para políticos do Centrão.

Seguros da impunidade, em face da inação dos órgãos de controle (TCU, CGU, MPF), quase todos aparelhados, o Centrão age às claras. O município de Barra de São Miguel/AL, por exemplo, governado por Benedito de Lira (Progressistas), pai do presidente da Câmara Arthur Lira, que tem apenas 8.434 habitantes, já ganhou três grandes caminhões coletores, que ficam quase sempre parados, por falta de lixo para coletar. O município vizinho de Maribondo (13.193 habitantes) não tem nenhum equipamento, malgrado os constantes apelos da prefeita Leopoldina Amorim (PSD).

Especialistas orientam que esses equipamentos, caros e de difícil manutenção, não deveriam ser usados por municípios com menos de 17 mil habitantes, nos quais o emprego de caminhões caçambas seria mais apropriado.

É inegável que a coleta de lixo é uma ação importante. E que a adequada disposição final dos resíduos é igualmente relevante. Mas esta não tem visibilidade. Por isso, os resíduos urbanos, na maioria dos municípios, continuam sendo depositados em lixões a céu aberto, o que causa a degradação ambiental do solo, das águas e do ar.

É triste a situação do nosso país, entregue nas mãos de verdadeiras quadrilhas. E o povo continua calado! Por isso, continuamos a afirmar que, se o povo tivesse um mínimo de discernimento da realidade, jamais votaria em candidatos dos partidos do Centrão: PL, PP, Solidariedade, PTB, União Brasil (fusão DEM-PSL), PSD, MDB, PROS, PSC, Avante, Patriota.

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