Indicadores / Câmbio
Internacional
Compra
Brasil e França voltarão a discutir a compra de caças
Dolar Comercial Dólar turismo ibovespa
2,028 1,960
Venda % 2,030 2,170 58.111,46
0,25 0,46 0,54
►PÁGINA 2 Fechamento: 27 de agosto de 2012
Ano 4 ● nº 123 www.jornalcapital.jor.br
MERCADO & NEGÓCIOS R$1
Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►28 DE AGOSTO A 03 SETEmbrO DE 2012
Devolução aos cofres públicos Antonio Cruz-ABr
Selic pode cair mais 0,5 ponto percentual A
empresário e ex-senador Luiz Estevão fez um acordo para devolver R$ 468 milhões aos cofres públicos federais. O dinheiro é relativos ao desvio de recursos destinados à construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, na década de 1990. A devolução de mais R$ 542 milhões está em discussão entre as partes. ►PÁGINA 3
O
Banco Central obtém o maior lucro desde 2008 O
Banco Central lucrou R$ 12,3 bilhões nos seis primeiros meses do ano. O resultado foi
divulgado pelo Conselho Monetário Nacional, que aprovou o balanço da autoridade monetária no pri-
taxa básica de juros, a Selic, deve ser cortada em 0,5 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para esta terça-feira (28) e quarta-feira. A expectativa é de analistas de instituições do mercado inanceiro, consultados toda semana pelo BC sobre os principais indicadores da economia. Atualmente, a Selic está em 8% ao ano e o processo de queda da taxa começou há um ano, em agosto de 2011.
As reduções foram uma das formas encontradas pelo governo para estimular a economia, que registra ritmo mais lento. Além do corte deste mês, os analistas esperam por mais uma redução de 0,25 ponto percentual neste ano. Assim, a Selic encerrará 2012 em 7,25% ao ano. Depois da reunião deste mês, o Copom volta a se reunir em outubro e novembro. Para o próximo ano, a expectativa dos analistas é que o Copom eleve a taxa básica de juros para conter a inlação.
Prejuízo diário de R$ 12 milhões Banco de Imagens
meiro semestre. Esse é o maior lucro semestral do órgão nos últimos quatro anos. ►PÁGINA 2
Telecomunicações pode ter carga tributária reduzida Wilson Dias-ABr
A
informação é do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (foto). Esses tributos, segundo o ministro, são muito altos no Brasil, representando, em média, 40% da fatura de uma conta de telefone, por exemplo. ►PÁGINA 3
A
paralisação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, determinada no dia 14 de agosto pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), causa prejuízo de R$ 12 milhões por dia ao empreendimento, segundo estimativa da Norte Energia, empresa responsável pelo serviço e pela futura operação da usina. ►PÁGINA 7
Arrecadação federal cresce Governo e CNI acertam no acumulado do ano redução da emissão de A gases de efeito estufa
arrecadação federal teve queda em julho, na comparação com o mesmo período de 2011, mas cresceu no acumulado do ano. No último mês, o governo arrecadou R$ 87,947
bilhões, o que representa queda de 7,36% em relação a julho do ano passado, já descontada a inlação oicial. A arrecadação de janeiro a julho de 2012 foi R$ 596,502 bilhões, o que
signiica aumento real de 1,89% ante os sete primeiros meses de 2011. Um dos fatores que inluenciaram o resultado foi a redução do lucro das empresas em 2012 em relação a 2011.
►PÁGINA 5
Trem-bala só vai circular em 2020 ►PÁGINA 5
2
MERCADO & NEGÓCIOS
►28 de Agosto a 03 de Setembro de 2012
Banco Central obtém o maior lucro semestral desde 2008 O
Banco Central (BC) lucrou R$ 12,3 bilhões nos seis primeiros meses do ano. O resultado foi divulgado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que aprovou o balanço da autoridade monetária no primeiro semestre. Esse é o maior lucro semestral do órgão desde 2008, quando mudou a forma de contabilidade e passou a separar o lucro efetivo dos resultados com operações cambiais. De acordo com o diretor de Administração do Banco Central, Altamir Lopes, além da depreciação cambial, a redução da taxa Selic (juros básicos da economia) também con-
tribuiu para o lucro do órgão no primeiro semestre. “Com a diminuição dos juros, o passivo do Banco Central tem custo menor, o que ajuda no resultado”, explicou. Devido à mudança na forma de contabilidade, o resultado desconsidera o ganho de R$ 32,2 bilhões que a autoridade monetária obteve com a alta do dólar, que subiu de R$ 1,87 no im de dezembro de 2011 para R$ 2,02 no im de junho. Se esses ganhos fossem considerados, o lucro do BC teria sido de R$ 44,5 bilhões. A alta do dólar favorece o Banco Central porque eleva o valor
Banco de Imagens
em reais das reservas internacionais e trouxe ganhos nas operações de swap cambial, que funcionam como compra e vendas de dólares no mercado futuro. Desde 2008, no entanto, os resultados com operações cambiais são separados do lucro do Banco Central. Os R$ 44,5 bilhões – lucro de R$ 12,3 bilhões mais ganhos com operações cambiais de R$ 32,2 bilhões - serão repassados ao Tesouro Nacional nos próximos dez dias úteis. O dinheiro deverá icar guardado, podendo ser usado somente para resgatar dívida pública.
Ponto de Observação INEPAC fará avaliação da arte sacra no estado do rio alberto marques
C
om um dos maiores acervos de arte sacra do Brasil, o estado do Rio de Janeiro deve terminar, até o início de 2013, o inventário de mais três regiões: serrana, Médio Paraíba e centro-sul. O trabalho do Departamento de Bens Móveis e Integrados do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) já foi concluído no norte e noroeste do estado e na Baixada Litorânea, resultando na publicação de dois livros. Até o início de 2014 deve ser feito o levantamento da Costa Verde e Baixada Fluminense, para, até o inal de 2014, fazer o inventário da arte sacra na capital luminense.O diretor do departamento, Rafael Azevedo, lembra que o trabalho começou em 2008, no interior do estado. “Estamos lidando com um acervo que é alvo de grande especulação e interesse dentro do mercado de arte do Brasil
e fora do Brasil. Com isso, nós procuramos remediar essa perda silenciosa que a gente tem tido de acervos que são roubados ou furtados, que saem de maneira ilícita de alguns desses monumentos históricos do Rio”. Azevedo explica que o trabalho é minucioso e começa com pesquisa em arquivos e documento, para saber onde ir e o que procurar. “Com a referência do que procurar, a equipe vai ao local e identiica o que realmente tem importância histórica, litúrgica, artística, estética, enim, a equipe vai fazer esse diagnóstico e lança no sistema que nós temos online, para ser analisado pela equipe de escritório. Essa equipe do escritório faz uma revisão e aprofunda as análises estilísticas, iconográicas e ornamentais de cada peça”, diz o coordenador do projeto.Rafael Azevedo lembra que um dos objetivos do trabalho é dar auxílio técnico e mapear os que locais precisam de ações emergenciais, para direcio-
nar melhor as políticas de proteção em cada região. O diretor do Inepac, Paulo Vidal, disse que, além da arte sacra, o órgão também está fazendo outros inventários, como o da arquitetura rural luminense, principalmente nas fazendas do ciclo do café do vale luminense, e também do patrimônio imaterial. Ele diz que o levantamento é o primeiro passo para proteger os bens culturais.“O inventário é uma ação sistemática que o Inepac faz, em diversas áreas, e é a primeira etapa para possibilitar a posterior proteção dos bens culturais. São trabalhos que já vêm sendo feitos a longos anos, e que são a etapa de reconhecimento dos bens culturais existentes no nosso estado, e a primeira etapa então para a preparação de uma política de promoção e salvaguarda desses bens”. O inventário está no site www.artesacraluminense.rj.gov.br. para consulta. Lamentavelmente, muita coisa se perdeu nas últimas décadas de abando-
no do nosso patrimônio historio. Diariamente, vemos na mídia notícias de roubo de peças sacras de igrejas históricas, o desabamento de prédios importantes da nossa história, como ocorreu recentemente no incêndio da capela da Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na Baixada, que era o cinturão verde da capital do Brasil Colônia e Imperial, muitos sítios importantes estão abandonados, como a Igreja do Pilar, em Duque de Caxias, freqüentada elo alferes Joaquim da Silva Xavier, o “Tiradentes”, o mesmo ocorrendo na antiga Fazenda São Bernardino, em Nova Iguaçu, e na antiga estação de transbordo de Mauá, na ligação ferroviária da do Rio de Janeiro com Petrópolis, uma iniciativa do visionário Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, um gaucho que semeou empresas por todo o País no Século XIX.
Trabalho realizará fórum de secretários municipais
A
Secretaria de Trabalho e Renda do Estado vai realizaro VII Fórum dos Secretários Municipais de Trabalho do Estado do Rio de Janeiro, "As Perspectivas de Progresso e o Crescimento Sustentável de Nossas Cidades", na quinta-feira (30), das 9 às 16 horas. O evento acontecerá no Salão Palladon, na Rua Dilson A. Legentil, no Bairro Flamengo, em Maricá. - A missão da Setrab é justamente deinir, formular e implementar políticas públicas de emprego, trabalho e geração de renda no Estado do Rio de Janeiro, desenvolvendo ações de apoio ao trabalhador, voltadas para a intermediação de emprego; qualiicação proissional; geração de renda e seguro-desemprego - airmou o secretário de Estado de Trabalho e Renda Paulo Novaes. Os especialistas da Setrab vão expor para os secretários municipais e seus servidores as várias
ações realiza e também explicar como funcionam. As palestras serão sobre Microcrédito; Qualiicação Proissional; Cooperativismo; Seguro-Desemprego (as determinações do Ministério do Trabalho e Emprego, via Pronatec); Gestão Compartilhada dos Serviços Sine; Atendimento ao Trabalhador e Relações Trabalhistas; Saúde Mental; Atendimento Estadual ao Deiciente; e Saúde e Segurança no Ambiente do Trabalho. Haverá ainda palestra com Chinaider Pinheiro, ex-líder do tráico de Vigário Geral e conhecido à época como “Latino”, que hoje atua dentro do AfroReggae, orientando as pessoas a saírem da criminalidade e do vício drogas e, principalmente, ensinando que ser um trabalhador honesto é a melhor coisa a se fazer na vida. O AfroReggae também ministrará uma oicina de percussão ao im do evento.
Cambio
(*) Fechamento: 27 de agosto de 2012
moeda
Compra (r$)
Dolar Comercial
2,028
2,030
0,25
Dólar turismo
1,960
2,170
0,46
moeda
Compra (U$)
Coroa Dinamarca
Venda (r$)
Venda (U$)
5,958
Variação %
Variação %
5,961
0,11
Dólar Austrália
1,035
1,036
0,42
Dólar Canadá
0,990
0,990
0,13
Euro
1,249
1,250
0,12
Franco Suíça
0,960
0,961
0,10
78,750
78,770
0,09
Iene Japão Libra Esterlina Inglaterra
1,578
1,578
0,14
480,340
481,240
0,05
1.822,000
1.824,000
0,51
4,590
4,640
0,00
peso México
13,221
13,225
0,32
Peso Uruguai
21,400
21,600
0,47
peso Chile Peso Colômbia Peso Livre Argentina
bolsa Valor
Variação %
ibovespa
58.111,46
0,54
IbX
20.865,36
0,36
Dow Jones
13.124,67
0,25
Nasdaq
3.073,19
0,11
Merval
2.460,72
0,08
Commodities Unidade Petróleo - brent
Compra US$
barril
Venda US$
Variação %
114,490
114,510
1,73
Ouro
onça troy
1.664,350
1.665,430
0,07
Prata
onça troy
30,750
30,780
0,03
Platina
onça troy
1.539,000
1.549,000
0,12
Paládio
onça troy
649,000
654,000
0,21
28/08
0,500
27/08
0,000
ao ano
8,00
Indicadores Poupança tR Juros Selic meta Salário mínimo (Federal)
r$ 622,00
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MERCADO & NEGÓCIOS
►28 de Agosto a 03 de Setembro de 2012
Ex-senador vai devolver R$ 468 milhões de recursos desviados A
Advocacia-Geral da União (AGU) irmou com a equipe do empresário e ex-senador Luiz Estevão um acordo histórico para o pagamento de R$ 468 milhões aos cofres públicos federais. Porém, à vista, o empresário se comprometeu a pagar R$ 80 milhões - o restante, R$ 338 milhões, será pago em 96 parcelas, no valor de R$ 4 milhões. O acordo foi assinado dia 23 entre a AGU e o Grupo OK, que pertence ao ex-senador. Os valores referem-se a duas ações de execução de decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) relativos ao desvio de recursos destinados à construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, na década de 1990. O dinheiro será repassado aos cofres do Tesouro Nacional. Uma das ações co-
Antonio Cruz-ABr
bra a multa e outra o débito principal do valor desviado da obra. Como garantia de que o pagamento das 96 parcelas será feito, a AGU manterá 1.250 imóveis penhorados, além de R$ 2,5 milhões por mês de aluguéis em crédito e mais a penhora de R$ 30 milhões do Grupo OK. Porém, não há consenso sobre o pagamento de R$
542 milhões. O Grupo OK diverge da AGU sobre os termos para o cálculo da dívida, não reconhecendo os critérios adotados para chegar ao valor inal. SEM CONCESSÕES A procuradora-geral da União, Hélia Bettero, disse que não houve concessões por parte da União em relação aos valores cobrados. “É o maior valor [já
acordado para pagamento] em caso de corrupção. Representa uma mudança de paradigma. É um resgate de valores muito grande e recompõe [parte do] patrimônio público”, disse. O advogado do Grupo Ok, Marcelo Bessa, disse que o empresário acompanha todo o processo da negociação e está tranquilo em relação ao desfecho. “É uma decisão pragmática. Por uma questão pragmática, retomamos a busca por um acordo”, acrescentou. O superfaturamento no TRT de São Paulo virou um caso emblemático, pois envolveu o então presidente do tribunal, Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau, que foi aposentado e condenado a prisão domiciliar. O então senador Luiz Estevão foi cassado devido ao envolvimento no processo.
▼
AGU pretende resgatar 25% dos recursos desviados até 2016
A
Advocacia-Geral da União (AGU) pretende resgatar 25% do total de recursos desviados dos cofres públicos federais nos próximos quatro anos. A meta foi anunciada dia
23 pela procuradora-geral da União, Helena Maria de Oliveira Bettero. Ela disse que 15% já foram resgatados até agosto deste ano e que a média anterior era 1% ao ano.
O diretor de Patrimônio da AGU, André Mendonça, que esteve à frente das negociações para o acordo com Estevão, ressaltou que ainda há muito o que fazer. “Representa o
paradigma para outros casos [de resgates relativos à] corrupção. Mas ainda há muito o que fazer. Isso possibilita a maior recuperação da história do Brasil”, disse ele.
Governo estuda redução de carga tributária das telecomunicações O
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o governo estuda diminuir a carga tributária federal das telecomunicações e que deve discutir o assunto também com os estados. Esses tributos, segundo o ministro, são muito altos no Brasil, representando, em média, 40% da fatura de uma conta de telefone, por exemplo. “Nós precisamos enfrentar esse problema”, reforçou. A medida, de acordo com Paulo Bernardo, é uma resposta à demanda do país por novas tecnologias como a banda larga móvel, que apresentou aumento de 100% em 2011. No Brasil, 25% dos telefones celulares já têm disponibilidade para internet, informou o ministro. Paulo Bernardo lembrou que o governo pretende lançar o Plano de Universalização da Internet até o inal de 2013 e que, para isso, o país precisará ter toda disponibilidade de tecnologias existentes, como cabo, rádio, wireless e satélite. O ministro disse que, em reunião que teve dia 21 com a presidenta Dilma
Wilson Dias-ABr
Rousseff, foi discutido o uso da frequência de 700 mega-hertz (MHz) para a banda larga. Ele informou que o governo avalia fazer uma licitação dessa frequência no segundo semestre de 2013. Hoje, a frequência de 700 MHz é destinada à radiodifusão, usada basicamente pelas emissoras de televisão aberta. A licitação, de acordo
com ele, depende da desocupação dos 700 MHz, que deve ocorrer até 2016, prazo estabelecido pelo governo para que haja a implementação da TV digital no país e o consequente desligamento do sinal analógico. “A Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] está fazendo um estudo e conclui, ainda neste semestre, se há pos-
sibilidade de acelerarmos esse agrupamento [dos canais], digitalizar mais rapidamente a TV, reagrupar antes de 2016 e passar a usar [a frequência] para a banda larga”. O governo federal estuda também mecanismos de incentivo para estimular a compra de televisões digitais antes do prazo para a extinção do sinal analógico de TV.
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Conversa com a Presidenta encaminhe perguntas para a Presidenta dILma RoUsseFF: redacao@jornalcapital.jor.br ou redacao.capitalmercado@gmail.com
RENATO HUFF SCHOENNEMAYER, 28 anos, pescador de Barra Velha (SC) - Aprendi com meu pai a pescar e a cuidar do pescado, mas vejo colegas que não têm o mesmo cuidado que eu. O governo pode ensinar a cuidar mais do controle sanitário para a comercialização de pescado? Presidenta Dilma - Sim, Renato, o governo federal trabalha, com o apoio de estados e municípios, para assegurar pescados com a qualidade preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aos consumidores. Uma parceria entre os ministérios da Pesca e Aquicultura e da Educação, está qualiicando 2 mil proissionais, de 50 colônias de pescadores de todo o Brasil, em Telecentros Maré, em um curso à distância, via satélite, ministrado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR). Há 168 alunos de sua região. O curso dura dois anos e as primeiras turmas se formarão em dezembro próximo. Há também o Pescando Letras, que integra o programa Brasil Alfabetizado, e que desde 2003 alfabetizou mais de 170 mil pescadores. Em 2011, cerca de 5,5 mil pescadores participaram do programa. Para aprimorar o controle sanitário, criamos, em abril de 2012, a Rede Nacional de Laboratórios e, em maio, o Programa Nacional de Moluscos Bilvalves, que envolve ostras, mariscos e semelhantes. Já investimos R$ 16 milhões na formação dessa rede e do programa dos moluscos e vamos chegar a R$ 55 milhões, em cinco anos. Também estamos reestruturando programas de prevenção, controle, monitoramento e iscalização de doenças, contaminantes e resíduos dos recursos pesqueiros. Renato, queremos apoiar cada vez mais pescadores a terem os mesmo cuidados que você em seu trabalho. CARLOS JOSÉ SANTOS, 59 anos, comerciante de Santos (SP) - Senhora presidenta, por que o governo não investe no trabalho de iscalização para que os sonegadores iscais não contem vantagem neste país? Presidenta Dilma - Carlos, temos um trabalho irme de combate à sonegação iscal, ao contrabando e à pirataria. Em 2011, a Receita Federal bateu recorde histórico na identiicação de valores sonegados por empresas e pessoas físicas: R$ 109,3 bilhões, valor 21% superior ao do total de autuações de 2010. Em 26,35% das iscalizações concluídas, foram identiicadas práticas que podem ser criminosas, e houve notiicação ao Ministério Público Federal para processar os responsáveis. Ainda em 2011, foram apreendidos 3,3 bilhões de cigarros ilegais, no valor de R$ 165 milhões, e mais de R$ 14,7 milhões em medicamentos piratas, dentre outras mercadorias. Além de não gerarem tributos, esses produtos ameaçavam a saúde da população e promoviam a concorrência desleal com a indústria legalizada. Os resultados desse combate à sonegação iscal nem sempre são conhecidos porque a lei obriga manter em sigilo a identidade do contribuinte iscalizado. Mas temos agido irmemente em todo o território nacional, inclusive com intensidade redobrada nas fronteiras, por meio do Plano Estratégico de Fronteiras, que envolve a atuação articulada das Forças Armadas, policias estaduais, Força Nacional de Segurança e polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Receita Federal. CATIÚSCIA REBELO, 31 anos, professora de Rondonópolis (MT) - Presidenta, ouvi no rádio semana passada uma entrevista de uma ministra sobre violência contra a mulher. Ela falou que, agora, agressores de mulheres terão que pagar uma indenização. Como é isso? Presidenta Dilma – Catiúscia, na entrevista que você ouviu, a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, informou que o INSS está acionando a Justiça para exigir, dos agressores, o ressarcimento dos benefícios previdenciários pagos às vítimas da violência praticada por eles. São casos como licenças médicas, aposentadorias por invalidez, e, em casos mais extremos, pensões pagas aos ilhos e ilhas menores de idade de mulheres assassinadas. Em meio a essas tragédias, Catiúscia, o objetivo principal desta ação é responsabilizar inanceiramente os agressores e obrigá-los a compensar o Estado pela despesa do contribuinte. É um passo a mais no processo de conscientização da nossa sociedade contra a violência doméstica. Já foram ajuizadas três ações até o momento, sendo duas no Distrito Federal e uma no Rio Grande do Sul. Além disso, foi elaborada uma cartilha com o título “Quanto custa o machismo?”, que será distribuída nas mais de 1.300 agências do INSS, em todo o Brasil, podendo chegar às mãos de 4,5 milhões de pessoas. Nós acreditamos que esta iniciativa tem um caráter pedagógico no esforço que estamos fazendo para a proteção das mulheres.
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MERCADO & NEGÓCIOS
►28 de Agosto a 03 de Setembro de 2012
Economista do Ipea diz que indústria está “patinando” A
indústria é o problema que impede maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - soma das riquezas e bens produzidos no país - este ano, segundo o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Roberto Messenberg, em entrevista à Agência Brasil. Ele coordena o Grupo de Análise e Previsões da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do instituto. “A indústria está patinando”, airmou. Em função do baixo nível da atividade industrial, o Ipea vai rever a previsão para o PIB de 2012 em setembro próximo, segundo adiantou o economista. Na quinta-feira (23), o instituto divulgou o boletim Conjuntura em Foco de agosto, que traz dados relativos a PIB, inlação, emprego, entre outros temas. Segundo o economista, os números da produção industrial e da indústria de transformação são fracos. “Isso faz com que não venha a se cumprir o cenário
Banco de Imagens
esperado de recuperação gradual, embora com mais força, a partir do segundo semestre”. Ele reforçou que esse já não é mais um cenário factível. Messenberg disse que a ocorrência de taxas de crescimento elevadas no segundo semestre não permitirá reverter a tendência de redução do PIB. “As indicações são que a taxa de crescimento dessazonalizada nos dois primeiros trimestres icou aquém das expectativas de todos”. Com isso, Messen-
berg analisou que a média do ano “não será boa”. Segundo frisou, “estamos com um viés de baixa”. Não quis, porém, arriscar número. RETRAÇÃO - O economista explicou que o crescimento dos dois primeiros trimestres dessazonalizados, isto é, retiradas as características especíicas do período, deinem a taxa média de crescimento da economia de um ano para o outro. Ou seja, os dados do primeiro e segundo tri-
mestres estabelecem a base sobre a qual a taxa de crescimento dos trimestres seguintes incide, por isso a projeção pessimista para o PIB. Mesmo com a atividade industrial mais fraca, que apresentou no primeiro semestre retração de 3,8%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE), o Ipea está percebendo uma acomodação no nível de emprego no Brasil este ano, “em um patamar elevado historicamente”. Em julho, o emprego no país aumentou 1,4%, considerado o melhor resultado da série de variação interanual desde agosto de 2010. - A tendência é acomodação, não crescimento, em função até de um dinamismo claudicante no setor industrial - comentou Roberto Messenberg. Como o setor de serviços se mostra bastante aquecido, isso faz com que o nível de emprego em geral se mantenha elevado. Apesar da retração da produção na indústria, o setor não está demitindo, destacou.
Queda na produção e no lucro das empresas derrubam arrecadação O
recuo na produção industrial e no lucro das empresas, aliados às desonerações concedidas pelo governo sobre alguns tributos - como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automobilístico -, contribuíram para queda no volume de impostos arrecadados em julho. A avaliação é da Receita Federal, que divulgou nesta segunda-feira (27), a análise da arrecadação do último mês e do acumulado dos primeiros sete meses de 2012. O volume de R$ 87,947 bilhões arrecadado em julho recuou 7,36% ante o mesmo mês de 2011. De janeiro a julho, quando foram recolhidos R$ 596,502 bilhões, hou-
ve crescimento de 1,89% na comparação com igual período de 2011. Os dados levam em conta a inlação oicial do período. A análise dos resultados feita pela Receita faz referência à Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (PIM/IBGE) - que indica recuo de 5,52% na produção industrial frente a julho de 2011 - e classiica o fator como um dos motivos da arrecadação menor no cenário mensal. A Receita Federal também considera a redução no lucro das empresas determinante para o recolhimento menor. Segundo o relatório do órgão, a arrecadação com o Imposto de Renda Pessoa
Jurídica (IRPJ) e com a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) diminuiu em R$ 4,7 bilhões, entre abril e julho deste ano, por causa da queda na lucratividade das empresas. A secretária-adjunta da Receita, Zayda Manatta, disse que o governo espera uma recuperação da economia no segundo semestre, com consequente melhora na arrecadação de impostos. A desoneração do IPI para carros novos também fez cair o volume arrecadado no mês passado. Com a redução na alíquota, a arrecadação do imposto foi 71,26% menor em julho deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado - o volume pago em
tributos caiu de R$ 618 milhões para R$ 178 milhões no período. Além do IPI sobre os automóveis, também tiveram desoneração a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre os combustíveis, e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), aplicado sobre o crédito à pessoa física. No caso da Cide, a arrecadação caiu 72,49% entre julho do ano passado e igual mês deste ano, passando de R$ 815 milhões para R$ 224 milhões. O IOF como um todo variou de R$ 2,918 bilhões para R$ 2,514 bilhões no período, o equivalente a queda de 15,67%.
Bastidores da ALERJ RodRIgo de castRo é jornalista e pós-graduado em marketing e comunicação empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (mg)
O efeito das pesquisas eleitorais
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or que mesmo com níveis de coniança tão elevados (por exemplo, 95%, 99%) e margens de erro relativamente pequenas (tais como 3%, 2%) ocorrem discrepâncias entre os resultados inais dos pleitos e as estimativas dos institutos de pesquisa? Por que as tais pesquisas são tão desacreditadas por quem está “atrás” e tão explorada por aqueles que “lideram as corridas”? É oportuno salientar que a pesquisa eleitoral detecta o sentimento da população naquele determinado instante de tempo em que está sendo realizada. É, como se costuma dizer, uma fotograia daquele momento especíico. Esse sentimento pode mudar sob a inluência de vários fatores: propaganda, desempenho dos candidatos, fatos novos, guia eleitoral, alianças políticas, etc. Naturalmente, quanto mais próximo do dia da eleição, mais as estimativas tendem a bater com os números oiciais, porquanto tais inluências já estarão cristalizadas no eleitor (vide pesquisa de boca de urna, a que geralmente apresenta menor diferença entre as estimativas e os resultados oiciais porque capta a decisão do eleitor logo depois de ele votar). Mas é neste “meado” de campanhas eleitorais que as pesquisas causam efeitos muito contraditório. Não no eleitorado, mas sim nos candidatos. Nem sempre os efeitos são positivos e muito menos o que se vê nestas amostragens relete-se nas ruas. A última pesquisa do Ibope sobre as eleições do Rio foi um derradeiro balde de água fria para a dupla Rodrigo Maia (DEM) e Clarissa Garotinho (PR). Pior que a disparada de Eduardo Paes (47%) foi a excelente ascensão de Freixo (Psol) que subiu de 8% para 12%. Os coordenadores de campanha de Maia, que estacionou em 5%, demonstram sentimentos de total constrangimento e desânimo. Aqui pela Baixada, em Duque de Caxias, as pesquisas que hoje apontariam um segundo turno entre Washington Reis (PMDB) e Alexandre Cardoso (PSB) não convencem nem mesmo as coordenações de campanha destes dois. Isso se deve ao fato de que tais pesquisas não levam em conta o fator “corpo-a-corpo” e nisso, o atual prefeito Zito (PP) parece continuar imbatível. Suas caminhadas continuam a arrebatar milhares de pessoas e assustar os adversários. Além disso, até mesmo o crescimento tímido (porém constante) de Dica (PSD) e Samuquinha (PR) preocupam e muito Alexandre Cardoso, que não consegue decolar mesmo com um alto investimento em propaganda eleitoral. Já a preocupação de Washington Reis está no fato de não disparar para uma vitória direta em primeiro turno, o que signiica que um equilíbrio dos índices pode levar Zito ao segundo turno e aí, pesquisa nenhuma seria capaz de apontar com precisão um vencedor.
Entrada de empresas no mercado icou estável de 2009 para 2010 E
m 2010, o Brasil tinha aproximadamente 4,5 milhões de empresas ativas, de acordo com o Cadastro Central de Empresas (Cempre), sendo 78% (3,5 milhões) sobreviventes (empresas existentes em 2007 e que permaneceram ativas em 2010) e 22,1% (999,1 mil) recém-criadas. Ou seja, de cada cinco empresas existentes uma era nova. Os dados fazem arte do estudo Demograia da Empresas 2010 divulgado hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE).
Ao analisar a evolução de taxas de entrada e saída de empresas no mercado, o estudo apontou estabilidade nas taxas de entrada, que apresentaram leve queda de 0,1 ponto percentual de 2009 para 2010 (de 22,2% para 22,01%). Já a taxa de saída das empresas recuou 1,4 ponto percentual em relação a 2009, passando de 17,7% (736,4 mil) para 16,3% (755,1 mil). Com isso, o saldo no total de empresas icou positivo, ao registrar um acréscimo de 6,1% no número de empresas (261,7 mil empresas a mais).
Apesar dos números positivos, o estudo mostra também que quase 50% das empresas criadas em 2007 não existiam mais em 2010. Segundo o IBGE, no período estudado, essas empresas ocupavam 37,2 milhões de pessoas, sendo 30,8 milhões (82,9%) como assalariados e 6,4 milhões (17,1%) na condição de sócio ou proprietário. Com as novas empresas, entraram para o mercado de trabalho mais 1 milhão de assalariados (3,3%). As saídas corresponderam a um decréscimo de 363,8
mil (1,2%) assalariados. Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas no setor da construção (31,2%); de eletricidade e gás (29,1%) e em outras atividades de serviços (28,5%). Já as empresas que mais saíram do mercado estavam voltadas a atividades de arte, cultura, esporte e recreação (20%), outras atividades de serviços (19,8%) e informação e comunicação (19,5%). O Sul e o Sudeste apresentaram as maiores taxas de empresas sobreviventes.
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►28 de Agosto a 03 de Setembro de 2012
Governo e CNI acertam diminuir emissão de gases de efeito estufa O
governo e a indústria irmaram uma parceria para a adoção de medidas que diminuam a emissão de gases de efeito estufa. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, pela primeira vez na história do país governo e indústria assumem a tarefa de mudar o paradigma na área ambiental, consoante com um “cenário de competitividade internacional mais acirrado”. Em solenidade realizada dia 21 na Confederação Nacional da Indústria (CNI), ele e a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinaram um acordo de cooperação técnica com a CNI para a realização de estudos setoriais e discussão de contrapartidas econômicas para as ações de redução das emissões de carbono. A parceria tem vigência até 2015. Período no qual o MDIC, o Ministério do Meio Ambiente e a CNI trabalharão juntos na implantação do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas do Setor Industrial, cujas diretrizes foram elaboradas pelo governo federal e colocadas em consulta pública até a última quarta-feira
Valter Campanato-ABr
a ministra Izabella Teixeira enfatizou a necessidade de ações de longo prazo para o desenvolvimento do país, e disse que a parceria do governo com a indústria “tem importância fundamental nesse sentido”, uma vez que o desaio é enorme. “Precisamos, portanto, compartilhar a visão de desaio em prol da redução da emissão de gases, que virá, certamente, com a modernização do parque industrial”, completou. Para o presidente da CNI, Robson Braga Andrade, o acordo demonstra o esforço da indústria em atuar com o setor público na direção de uma economia de baixo carbono. Ele
disse que o empresariado está ciente de que a parceria é um passo decisivo para transformar o discurso sobre mudança climática em realidade. Na mesma solenidade, o MDIC anunciou também a criação de uma Comissão Técnica do Plano Indústria, que funcionará como fórum de debates e articulação dos diferentes setores industriais na elaboração e cumprimento de metas. No caso, a CNI fará a interlocução com o governo para produzir inventários de emissões e determinar o impacto das mudanças necessárias para promover a competitividade em ambiente mais sustentável.
Trem-bala entrará em operação plena em 2020 O
trem de alta velocidade estará operando de forma plena em 2020. A previsão, atualizada pelo secretário executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Helio Mauro França, foi anunciada dia 23, enquanto o secretário detalhava a minuta do edital da licitação para escolha da tecnologia e do operador do veículo. O documento, ainda inacabado, icará aberto a sugestões ao longo de diversas audiências públicas previstas até o dia 24
Estimativa de inlação pelo IPCA sobe pela sétima semana seguida
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(15). A meta do plano é diminuir em pelo menos 5%, até 2020, as emissões de gases nas atividades de alumínio, cimento, papel e celulose, químico, cal, vidro e ferro-gusa. MODERNIZAÇÃO - Pimentel destacou que a indústria brasileira “é pujante, forte, embora tenha passado diiculdades”, mas acredita que o setor tem todas as condições para retomar o crescimento. Ele destacou que a modernização da indústria tem que ser constante, no rumo da sustentação ambiental, e ressaltou que a parceria hoje irmada “é o protagonismo que temos que ter com o setor produtivo”. Por sua vez,
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de setembro. Como as tentativas de licitações anteriores, que buscaram grupos interessados em tocar o projeto como um todo, não despertaram interesse das empresas, o governo federal decidiu dividir o processo em duas partes: uma para
escolher os responsáveis pela fabricação dos trens e a operação do sistema e outra para deinir a empresa responsável pela construção do projeto. O leilão deverá ser realizado em maio do ano que vem, e a empresa ou consórcio vencedor será o que
apresentar a melhor oferta, levando em consideração a relação entre valor de outorga e valor para construção de túneis, pontes e viadutos, além do material rodante (o próprio trem). “Não estão incluídos nessa etapa a construção de estações e a instalação de trilhos”, informou o secretário da ANTT. França disse que o valor de outorga com o qual trabalha a agência é R$ 66,12 por trem.quilômetro e será pago trimestralmente pela empresa ou consórcio vencedor.
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projeção de analistas do mercado inanceiro para a inlação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, subiu pela sétima semana seguida, ao passar de 5,15% para 5,19%. De acordo com o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), com estimativas para os principais indicadores da economia, a projeção para 2013, de 5,5%, permanece há nove semanas. O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inlação. Essa meta tem como centro 4,5% e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, as estimativas para o IPCA estão acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%. A meta de inlação é um alvo do BC, que usa como um dos instrumentos para calibrar os preços e inluenciar a atividade econômica as alterações na taxa básica de juros, a Selic. Atualmente essa taxa está em 8% ao ano, mas como a economia está desaquecida, os analistas esperam que o Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC mantenha o processo de redução da Selic, iniciado em agosto do ano passado. A expectativa é a redução da taxa para 7,5% ao ano, na reunião marcada para esta terça-feira (28) e na quarta-feira. Após a reunião deste mês, os analistas esperam um corte de 0,25 ponto percentual. A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), mantida em 4,32% este ano e em 4,71% em 2013. A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 8,03% para 8,16% este ano, e passou de 5,01% para 5%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção passou de 7,79% para 7,85%, em 2012. Para 2013, a projeção para o índice segue em 5%. A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 3,5%, neste ano, e alterada de 4,38% para 4,30%, em 2013.
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►28 de Agosto a 03 de Setembro de 2012
Atualidade “Mulheres que são abandonadas por seus maridos” é tema de ciclo de palestras da deputada estadual Claise Maria D Divulgação
eputada foi apontada pela ONU como uma das 12 mulheres que inspiram mudanças positivas na sociedade e tem percorrido toda a Baixada para falar de suas experiências proissionais e pessoais a outras mulheres. No início de 2000, um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para apresentar e debater os temas que mais atrasam o desenvolvimento do planeta determinou oito metas a serem atingidas até 2015, como forma de alcançar uma sociedade mais justa e igualitária. Entre estas metas, uma em especial chamou a atenção, já que pelo fato de sermos herdeiros de uma sociedade patriarcal e muitas vezes “machista”, nunca havia sido anterior-
mente discutido de uma forma séria. Trata-se da Igualdade entre os sexos e valorização da mulher. O tema virou um dos “8 objetivos do milênio” para a ONU. No entanto, mesmo estando próximos ao prazo estipulado para encontrar a solução, muitas são as contradições e os preconceitos que envolvem esta questão. Ainda hoje, mulheres são vítimas de violência, muitas são proibidas de trabalhar e até estudar e ainda enfrentam situações como o abandono do lar por parte dos maridos e companheiros, assumindo sozinhas a família e a educação dos ilhos. Toda esta desvalorização da mulher e dos valores da família e a diferença gritante entre os sexos levaram a deputada Claise Maria Zito (PSD) a mergulhar em um projeto paralelo ao seu trabalho parlamentar. “Sou membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Alerj, mas percebi que além de criar
projetos de lei e debater temas importantes para nós mulheres”, conta a parlamentar. O projeto começou por Duque de Caxias, onde a cada encontro Claise Maria tem falado para centenas de mulheres em igrejas, associações de moradores e instituições. Os temas são bem variados, mas todos com o mesmo objetivo: “Valorizar a mulher, elevar a auto-estima, encorajar
suas ações pessoais, incentivar sua vida proissional e informar sobre seus os direitos, unindo e ajudando-as cada vez mais”, relata. Claise Maria está colocando a disposição o seu site (www.claisemariazito.com.br) e o telefone de seu gabinete (25881342) para receber solicitações e convites para a realização de palestras e encontros que tem se espalhado por várias ci-
dades da Baixada. “Já realizamos encontros em Duque de Caxias, Magé, Mesquita, São João de Meriti e Nilópolis. Quero ajudar as mulheres que sofrem com problemas que somente uma outra mulher é capaz de entender. A mulher ica fragilizada quando se trata do lado sentimental e é nesta hora que a mulher tem que reconhecer que ela é especial. Um relacionamento tem que ser feito de respeito e não opressão, de diálogo e não manipulação, de crescimento mútuo e não aprisionamento. A valorização e o amor próprio têm que estar dentro da mulher como objetivos de crescimento. Quando perguntada sobre temas mais delicados como a violência contra a mulher, a deputada vai além das palavras: “Nestes encontros distribuímos um material informativo que orienta sobre como proceder em caso de agressões físicas e coloco o meu gabinete a disposição para orientar
sobre as questões jurídicas e psicológicas. Há alguns anos, as mulheres buscavam no homem um provedor. Hoje elas são corajosas, decididas e independentes. E o que elas buscam é um companheiro que as ame, respeite e valorize. Porque quem ama não abandona, mas sim protege. Ser amado é sentir-se seguro para ser exatamente como você é. Quem ama não levanta a voa, mas fala e nem sempre concorda, mas escuta. Por este motivo estou me dedicando a esta causa em prol de uma melhoria na auto -estima das mulheres, promovendo a valorização e o respeito em todas as fases de sua vida, seja na infância, adolescência, gravidez, maternidade e velhice”.
País
Internacional
Contaminação por hepatite ameaça trabalho de manicures e tatuadores
Brasil e França voltam a discutir em novembro questão da venda de caças
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or trabalharem com instrumentos cortantes e perfurantes, sob constante risco de contato com sangue de clientes, manicures e tatuadores são alguns dos proissionais mais vulneráveis a contrair hepatite. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 33 mil novas pessoas são infectadas anualmente no Brasil por hepatites virais. De olho na proteção dessas pessoas, o Ministério da Saúde abriu o concurso cultural Arte, Prevenção e Hepatites Virais para Tatuadores e Manicures. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de setembro. Os prêmios vão de televisões a quantias de R$ 2 mil e R$ 5 mil. O edital está disponível na internet. Cada vez mais, esses proissionais se tornam conscientes de que devem reforçar a proteção contra a doença, especialmente com o uso de luvas e óculos de proteção, além de realizarem a vacinação. Mesmo co-
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nhecendo os riscos, entretanto, nem todos seguem integralmente as recomendações. Atualmente, existem três principais tipos identiicados de hepatite, uma doença do fígado: A, B e C. Entre 1999 e 2011, foram registrados 120 mil casos da hepatite B e 82 mil da C. A hepatite A tem tido queda de incidência, com 3,6 mil casos em 2011. Cada tipo de hepatite tem diferentes tipos de contágio, sintomas e tratamento. No caso da hepatite A, o tipo mais brando da inlamação no fígado, a doença é transmitida via oral, por meio de água ou alimentos contaminados. É um vírus autolimitado, que as próprias defesas do corpo do
portador conseguem combater. O principal sintoma é diarreia. As hepatites B e C são transmitidas sexualmente ou pela via sanguínea. O contágio é feito por meio de sexo sem preservativo e do uso de materiais não esterilizados e de uso compartilhado – como agulhas, alicates e instrumentos cirúrgicos e odontológicos. Os principais sintomas são febre, icterícia (aspecto amarelado na pele e nos olhos) e mal-estar. A faixa etária mais atingida por esses tipos é entre 20 e 39 anos.
ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, deve desembarcar com uma comitiva em novembro, em Brasília. A ideia é manter uma série de reuniões com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e várias autoridades. Os franceses mantêm com os brasileiros uma parceria estratégica na área de defesa e querem intensiicar os acordos bilaterais. A atenção está voltada principalmente para a venda de 36 aviões de caça. As aeronaves serão utilizadas pelo Brasil para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). A compra dos caças tem sido negociada com a empresa francesa
Dassault, a sueca Saab e a norte-americana Boeing. A questão sobre qual das empresas será o fornecedor para o Brasil está em aberto desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Também deve ser pauta de discussão, na visita de Le Drian ao Brasil, a construção de quatro submarinos e a venda de 50 helicópteros franceses, com base em projetos de parceria estratégica, além da conclusão da ponte sobre o Rio Oiapoque, que liga as cidades de Macapá, no Amapá, a Caiena, na Guiana Francesa. Os ministros das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, e do Brasil, Antonio Patriota, conversaram nesta segunda-feira (27), em Paris, sobre temas bilaterais e multilaterais do cenário político e econô-
mico. Mas, segundo Patriota, as questões especíicas sobre defesa serão tratadas por Amorim na reunião com Le Drian, em novembro. Em junho, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da França, François Hollande, conversaram no Rio de Janeiro, durante intervalo dos debates da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No cargo há três meses, Hollande enfrenta o desaio de atender às expectativas daqueles que viram nele o candidato da mudança e o presidente que se aproxima da população – temas principais de sua campanha eleitoral. Banco de Imagens
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Paralisação de Belo Monte causa Déicit nas contas prejuízo diário de R$ 12 milhões externas ica abaixo Banco de Imagens
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para funcionar o dia inteiro. Além disso, as atividades de lazer foram ampliadas para dar conta da maior freqüência de pessoas. As áreas que continuam a exercer suas atividades são as ligadas a saneamento, alimentação e limpeza dos alojamentos, além das brigadas de incêndio e postos de saúde. Ao determinar a suspensão das obras de Belo Monte, o TRF1 considerou que houve descumprimento à determinação da Constituição Federal que obriga a realização de
audiências públicas com as comunidades afetadas antes da autorização das obras. A Advocacia Geral da União (AGU), no entanto, argumenta que a decisão do TRF deve ser suspensa para que se evite a ocorrência de dano vultoso e irreparável ao patrimônio público, à ordem administrativa, à ordem econômica e à política energética brasileira. Além disso, argumentou a AGU, a decisão da Justiça desrespeita a autoridade de um acór-
dão anterior proferido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Após receber o caso, o STF deu prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente seu parecer sobre o caso, o que deve ser concluído até amanhã (28). A área jurídica da empresa estuda se esse prejuízo será arcado pela própria Norte Energia, pelo CCBM, com quem a empresa tem contrato irmado, ou outra parte.
Governo poderá prorrogar IPI de carros e eletros
A
deinição sobre a prorrogação da medida que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca poderá ser tomada após encontros do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com representantes dos setores beneiciados, nesta semana. O governo quer colher informações adicio-
do previsto pelo BC
nais para tomar a decisão. No próximo dia 31, termina o prazo estabelecido pelo governo para a comercialização de automóveis e os eletrodomésticos da linha branca, com o imposto mais baixo, medida adotada para enfrentar a crise econômica. Várias concessionárias e lojas de eletrodomésticos vêm anunciando o im do prazo e uma série de promoções.
Na última quarta-feira (22), o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, disse, à Agência Brasil, que não recebeu sinalização do governo sobre uma possível prorrogação da medida. Ele destacou que o setor tem procurado mostrar ao governo que o IPI menor
foi determinante para reverter resultados negativos. Segundo Meneghetti, no acumulado do ano até o último dia 21, as vendas de automóveis e comerciais leves cresceram 3,92%, em relação ao mesmo período de 2011. Foram 2,225 milhões de carros vendidos. Para ele, se a medida não for prorrogada, os números poderão não se manter.
déicit em transações correntes, saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do país, chegou a US$ 3,766 bilhões, em julho, e acumulou US$ 29,108 bilhões nos sete meses do ano. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC). Nos mesmos períodos do ano passado, o resultado negativo estava em US$ 3,558 bilhões e US$ 29,592 bilhões, respectivamente. O resultado do mês passado icou abaixo do esperado pelo BC, que previa US$ 4,5 bilhões. Para agosto, a expectativa do BC é que o déicit em transações correntes ique em US$ 2,1 bilhões. Um dos itens da conta-corrente é a balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros), que registrou déicit de US$ 3,463 bilhões, em julho, e de US$ 23,142 bilhões, nos sete meses do ano. A balança de serviços foi a que mais contribuiu para o resultado negativo das transações correntes. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o déicit na conta de serviços vem crescendo de maneira moderada, puxado pelas despesas líquidas (descontadas as receitas) com aluguel de equipamentos. Esses gastos maiores são inluenciados pela exploração de petróleo. De janeiro a julho deste ano, as despesas líquidas com aluguel de equipamentos icou em US$ 10,864 bilhões, ante US$ 9,211 bilhões de igual período de 2011. A conta de
rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou resultado negativo de US$ 3,442 bilhões, no mês passado, e US$ 17,62 bilhões, de janeiro a julho deste ano. De acordo com Maciel, as remessas de lucros e dividendos de empresas estrangeiras no Brasil para o exterior estão “mais fracas” este ano. Em contrapartida, o recebimento desses recursos de empresas brasileiras no exterior estão em ritmo mais forte. “Temos observado por vários anos o aumento de capital de empresas brasileiras no exterior. Era natural que em algum momento começássemos a receber esses lucros e dividendos”, disse. Além disso, o dólar mais alto estimula o recebimento de recursos no Brasil e desestimula o envio para o exterior. Maciel acrescentou que a economia brasileira em ritmo mais fraco também reduz os lucros e dividendos enviados para fora. De janeiro a julho, as remessas líquidas de lucros e dividendos (receitas e despesas) icaram em US$ 11,7 bilhões, ante US$ 20,59 bilhões de igual período de 2011. Outro item das transações correntes é a balança comercial, formada por exportações e importações, que, por sua vez, contribuiu para compensar o resultado negativo dos outros itens da conta-corrente. No mês passado, o saldo positivo icou em US$ 2,877 bilhões. Nos sete meses do ano, o superávit comercial chegou a US$ 9,946 bilhões. Valor da publicidade R$ 600,00
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paralisação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, determinada no dia 14 de agosto pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), causa prejuízo de R$ 12 milhões por dia - R$ 360 milhões por mês - ao empreendimento, segundo estimativa da Norte Energia, empresa responsável pelo serviço e pela futura operação da usina. A obra foi suspensa no último dia 23, após a empresa ser oicialmente notiicada sobre a decisão judicial. De acordo com o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), a quem a Norte Energia terceirizou a maior parte das obras civis relacionadas ao empreendimento, os trabalhadores continuam a receber seus salários e os que vivem nos alojamentos da obra continuam nos canteiros, mas sem exercer nenhum tipo de atividade ligada às frentes de engenharia civil. Os ônibus que levam trabalhadores dos alojamentos situados em Altamira (PA) também estão parados. Todas as áreas de entretenimento foram liberadas
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Petrobras anuncia produção maior de energia termoelétrica A
Petrobras vai investir 12% dos US$ 13,5 bilhões destinados à Área de Gás e Energia da companhia para expandir sua capacidade de geração termoelétrica. A informação foi dada no último dia 22 pelo diretor de Gás e Energia da estatal, José Alcides Santoro, ao apresentar os investimentos da companhia no setor para os próximos cinco anos. A estratégia faz parte do Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2012-2016 da companhia. O objetivo é ampliar a capacidade de seu parque gerador de energia elétrica, hoje da ordem de 5.848 megawatts (MW) de geração termoelétrica – excluídas a geração eólica, as PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e as térmicas que a empresa mantém sob aluguel. - Nós passaremos, com a implantação da unidade Baixada Fluminense, para mais 530 megawatts, e no inal do plano nós chegaremos a quase 8 mil megawatts de capacidade instalada - o que signiica 18% da geração termoelétrica no Brasil – disse Santoro. A Usina Termelétrica (UTE) Baixada Fluminense, no município de Seropédica (RJ), tem previsão de operar a partir de
Banco de Imagens
março de 2014. Está em andamento também o processo de fechamento de ciclo - conversão para ciclo combinado, com geração de energia a partir de duas fontes: gás natural e vapor - da UTE Sepé Tiaraju, localizada em Canoas (RS), com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2013. Essa usina, ao operar em ciclo combinado, terá sua capacidade ampliada de 160 MW para 248 MW. Esse mesmo processo foi concluído em maio deste ano na UTE Luís Carlos Prestes, localizada em Três Lagoas (MS), agregando
116 MW ao parque termelétrico da companhia e elevando, dessa forma, sua capacidade de geração de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Com o fechamento de ciclo, a capacidade total de geração dessa usina passou para 368 MW. Ainda no âmbito da geração de energia elétrica, há três projetos em avaliação no PNG 2012-2016. São as usinas termelétricas Barra do Rocha 1, com capacidade prevista em 515 MW, Bahia 2 com 300 MW e Sudeste 4 com 500 MW. Segundo a Petrobras, esses projetos só serão efetiva-
dos se tiverem economicidade e ainda dependerão da concorrência interna por recursos. Pelo PNG 20122016, a Petrobras estimou ainda que vai oferecer ao mercado interno 139 milhões de metros cúbicos de gás natural em 2016, volume superior à demanda interna de 124 milhões de metros cúbicos, incluído o consumo da própria companhia. Segundo Santoro, nos próximos cinco anos, a oferta de gás natural, hoje da ordem de 48 milhões de metros cúbicos por dia, vai passar a 68 milhões de metros cúbicos por dia - aumento de 42%.
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