Atualidade Liberado o primeiro remédio oral contra a hepatite C
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Ano 7 ● nº 244 www.jornalcapital.jor.br Duque de Caxias, Baixada e Capital
MERCADO & NEGÓCIOS R$1
Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►06 A 12 DE JANEIRO DE 2015
Exclusivo: Prefeito de Caxias faz balanço Marcelo Cunha
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m entrevista exclusiva ao Capital, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso fez um balanço das ações em seus dois primeiros anos de governo. Enfatizou que em dois anos, dobrou o atendimento no Programa de Saúde da Família”. E completou: “A cidade voltou a ser a locomotiva da Baixada”. ►PÁGINA 7
Safra de grãos pode superar 200 milhões de toneladas Banco de Imagens
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expectativa é da Sociedade Nacional da Agricultura, para quem o recorde histórico é decorrente de um “pequeno crescimento” na área plantada e “melhoria da produtividade”. O presidente da entidade, Antonio Avarenga, disse que o crescimento, mesmo em meio a adversidades, é a prova de que o agronegócio responde bem às ações do governo, como incentivos fiscais e planos específicos. ►PÁGINA 3
Dilma e Pezão assumem novos mandatos ABr/Marcelo Camargo
Andre Gomes de Melo
Balança registra o primeiro déicit desde 2000
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presidenta Dilma Rousseff pediu o apoio dos brasileiros para fazer o país avançar. O apelo foi feito no último dia 1º durante o discurso no Parlatório do Palácio do Planalto para o público na Praça dos Três Poderes, após receber a faixa presidencial. No Rio, foi empossado o governador Luiz Fernando Pezão também para o período 2014-2018. Ele anunciou corte orçamentário entre 20% e 25% em praticamente todas as secretarias. ►PÁGINA 5
balança comercial (diferença entre exportações e importações) teve déficit de US$ 3,93 bilhões em 2014, segundo divulgou no inicio da tarde desta segunda-feira (5) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ela encerra 2014 com o primeiro déficit anual desde 2000. O déficit já estava previsto pela pasta. ►PÁGINAS 2
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opacabana se iluminou com o show de fogos para comemorar a chegada de 2015 e abrir os festejos do 450º aniversário da cidade (foto), comemorado em 1º de março, e que se estenderá por todo o ano. A maior festa a céu aberto do mundo atraiu 2 milhões de pessoas, segundo a Riotur. Em Niterói, a festa da virada foi na Praia de Icaraí, com uma queima de fogos que durou 25 minutos, testemunhada por 600 mil pessoas e com direito a show dos Paralamas do Sucesso. Em Duque de Caxias, o Réveillon Estação Rio aconteceu na Praça do Pacificador, com apresentação de vários artistas, entre eles o Bloco da Preta Gil.
Ascom/Riotur
Réveillon abre homenagens aos 450 anos do Rio
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Impostômetro alcança R$ 1,8 trihão ►PÁGINA 37 ►PÁGINA
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MERCADO & NEGÓCIOS
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Duque de Caxias, Baixada e Capital
Novo ministro da CGU diz que Balança comercial será implacável com a corrupção registra primeiro O
novo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Moysés Simão, prometeu que o órgão será “implacável” no combate à corrupção. Ao receber sexta-feira (2) o cargo do ex-ministro Jorge Hage, o novo chefe da CGU disse que “transparência” será a palavra de ordem do órgão responsável pela defesa do patrimônio público e pelo combate à corrupção. “É tarefa da CGU ser implacável com aqueles que não andarem na linha. Se por um lado haverá a mão que orienta, por outro, haverá a mão que julga e pune com rigor os desvios. Como disse a presidenta Dilma [Rousseff] ontem [1º], a corrupção deve ser extirpada da sociedade. Temos que punir, sem trégua, a corrupção, que rouba o poder legítimo do povo; a corrupção que ofende e humilha os trabalhadores, as empresas e os brasileiros honestos e de bem”, airmou. Simão disse que vai lutar pela regulamentação da Lei Anticorrupção (12.846/13) e espera fechar o projeto ainda em janeiro, para depois submetê-lo à presidenta Dilma. “A lei já é autoaplicável, o decreto é importante para as questões operacionais e para garan-
déicit desde 2000
ABr/Marcelo Camargo
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Valdir Simão (E) abraça o antecessor, Jorge Hage, em solenidade de transmissão de cargo tir simetria nos processos de responsabilização em cada um dos órgãos. São os últimos detalhes que estamos ajustando. É uma regulamentação complexa e tem muito a ver com a dosimetria das penas”, disse. Ao comentar com jornalistas os casos de corrupção envolvendo a Petrobras, Simão defendeu a necessidade de órgãos e empresas do setor público criarem estruturas de governança voltadas para a prevenção da prática. “É um trabalho de médio prazo, e eu tenho certeza que tem muito a se fazer do ponto de vista da governança e de ampliação do controle das empresas. Existem medidas no campo
legal, mas também no campo operacional, medidas de controle, de investimento em estruturas e tecnologia, de troca de informações com a CGU e com os demais órgãos de controle que vão trazer mais transparência”, airmou. Ao tratar da possibilidade de restrição orçamentária, em razão das medidas de austeridade que o governo anunciou, Simão disse que pretende “fazer mais com menos”. “Nós vamos enfrentar um período de ajuste, e todo o governo tem que contribuir. Eu acredito que é possível evoluirmos e ter critérios de atuação que utilizem a tecnologia e facilitem nos-
so trabalho”, destacou Simão. Ele acrescentou que em hipótese alguma haverá retrocesso no alcance da atuação da CGU em 2015. Tanto Simão quanto Hage citaram o Portal da Transparência como exemplo de uso das tecnologias de informação para auxiliar o controle das contas públicas. Simão, particularmente, disse que irá intensiicar o uso das tecnologias de informação para incrementar a atuação da CGU. O novo ministro é auditor de carreira da Receita Federal e exercia, desde o início de fevereiro deste ano, o cargo de secretário executivo da Casa Civil. (Agência Brasil)
balança comercial - diferença entre exportações e importações - teve déicit de US$ 3,93 bilhões em 2014, segundo divulgou no inicio da tarde desta segunda-feira (5) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A balança encerra 2014 com o primeiro déicit anual desde 2000. O déicit já estava previsto pela pasta. Em valores, o déicit é o maior desde 1998, quando foi registrado saldo negativo de US$ 6,623 bilhões. Em 1999, o resultado também foi deicitário em US$ 1,288 bilhão, e o último déicit comercial, de US$ 731,74 milhões fora registrado no ano 2000. A partir de então, foram 13 anos ininterruptos de resultados positivos. Apesar do superávit de US$ 293 milhões em dezembro, o desempenho de novembro, que registrou o pior déicit da história para o mês, enterrou as chances de a balança fechar o ano com as exportações superando as
Indicadores / Câmbio Cambio Moeda
Ponto de Observação A utopia das UPPs e a violência urbana alberto marques
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a inauguração de uma companhia destacada de policiamento na zona oeste do Rio de Janeiro na última sexta-feira (2), o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, alertou que o crescimento desordenado de favelas com unidades de Polícia Paciicadora (UPPs) tem exigido reforços no contingente. "A gente tem que colocar 100 policiais, mas, daqui a seis meses, tem que colocar 150, 200, um batalhão, e assim sucessivamente, e tudo retorna ao conceito inicial de polícia. E a polícia vai se esgotar em si própria", disse o secretário. Ele apontou que o problema é mais acentuado nas comunidades com UPPs na zona sul, como o Pavão-Pavãozinho e o Cantagalo. "Familiares trazem parentes para essas áreas. É um lugar central, interessante,
onde tem geração de empregos", salientou. Para o secretário, é preciso pensar em ações de urbanização, com a construção de moradias, e não apenas remover as pessoas das comunidades. "A desordem urbana é potencialmente uma trincheira para os marginais e para esconderem armas. Um único marginal pode causar nas pessoas uma sensação de intranquilidade muito grande", disse Beltrame. Segundo ele, algumas UPPs tiveram que receber reforço de mais um terço do contingente inicial, por causa do crescimento desordenado dessas comunidades. Não é a primeira vez que Beltrame, mantido no cargo pelo governador Luiz Fernando Pezão, cobra a presença ostensiva do Estado nas comunidades carentes que recebem UPPs. Para o secretário, é preciso que o Poder Público se apresente nesses locais, há muito abandonado à própria sorte ao longo
de décadas. E a presença do Estado deve ser representada, de imediato, pela Prefeitura, que tem duas tarefas distintas a executar: prestar apoio às famílias residentes nessas comunidades com unidades de Saúde e Escolas, além de se fazer presente no dia a dia, com ações que impeçam não só novas construções irregulares, mas também a ampliação das existentes, através dos puxadinhos. A ocupação do solo, por deinição legal, é da competência exclusiva da Prefeitura. Se ela não cumpre o seu papel de agente da lei, impedindo a expansão de prédios irregulares e com estrutura deiciente, não será a Defesa Civil, a posteriore, que irá corrigir essa anomalia. O temporal de janeiro de 2013, em Xerém, que deixou com a roupa do corpo centenas de famílias ao longo do rio Capivari, é uma pequena amostra do que o descaso da Prefeitura, ao permitir a construção de casas nas margens dos rios,
pode causar aos moradores dessas construções. O prefeito Alexandre Cardoso foi muito criticado por lideranças locais por resistir à reconstrução das casas arrastadas pela enxurrada que desceu da Serra de Petrópolis, mas ninguém se lembrou do alerta feito em 2007 pela Defesa Civil do Estado, de que Xerém tinha muitos pontos com elevados riscos de desabamento e desmoronamento. O chefe da Defesa Civil na época foi demitido por tentar chamar a atenção dos pais das crianças das escolas de Xerém para o risco potencial da região, através do envio de correspondência com o alerta da Defesa Civil do Estado, baseado em estudos sobre a fragilidade do solo naquela região. A morte de apenas duas pessoas, inclusive o funcionário da Cedae que tomava conta da represa que estourou, pode ser considerado um verdadeiro milagre.
importações. De janeiro a novembro do ano passado, a balança comercial acumulou déicit de US$ 4,22 bilhões, o maior para o período desde 1998. Em 2013 a balança registrou superávit de US$ 2,6 bilhões, valor que já representava queda de 86,8% em relação a 2012, quando o salto da balança foi positivo em US$ 19,4 bilhões. Em 2014, as exportações totalizaram US$ 225,101 bilhões com retração de 7% na comparação com o ano anterior, enquanto as importações somaram US$ 229,031, com queda anual de 4,4%. As exportações brasileiras de 2014 registraram retrações em todos os setores, comparado a 2013. As vendas de produtos manufaturados renderam receita de US$ 80,211 bilhões (-13,7%), os semifaturados venderam US$ 29,066 bilhões (-4,8%) e quase metade das exportações nacionais, constituída por produtos básicos, rendeu US$ 109,557 bilhões (-3,1%). (Agência Brasil)
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Safra de grãos pode superar 200 milhões de toneladas
Governo anunciará política de gastos nas próximas semanas
Banco de Imagens
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país poderá atingir novo recorde na safra de grãos 2014/2015, superando 200 milhões de toneladas, mesmo com as incertezas climáticas e as tendências de queda na liquidez e elevação dos juros no mercado internacional (com impacto sobre os preços das commodities). A expectativa é da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) para quem o recorde histórico é decorrente de um “pequeno crescimento” na área plantada e “melhoria da produtividade”. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SNA,
Antonio Avarenga, disse que o crescimento, mesmo em meio a adversidades, é a prova de que o agronegócio responde bem às ações do governo, como incentivos iscais e planos especíicos. - Essa será uma safra muito boa, com resultados recordes e um pouco acima do da safra no período imediatamente anterior, apesar dos problemas climáticos, principalmente. Isso se deve ao aumento da área plantada e da produtividade. E é uma prova de que o agronegócio responde bem aos estímulos do governo,
que implementou um plano safra satisfatório - disse. Antonio Alvarenga adiantou que a entidade prevê crescimento de 1,5% da área destinada ao plantio e produção 4% superior à safra anterior, em parte por causa do maior aproveitamento da safra graças à melhoria de processos tecnológicos no campo. Apesar das boas perspectivas, a SNA alerta para eventuais problemas climáticos. “Todas as previsões devem ser vistas com reservas, tendo em vista a possibilidade de eventos climáticos que
venham alterar a produtividade”, ressaltou. Mesmo com as projeções de safra recorde, o agronegócio deverá, segundo o diretor da entidade, Hélio Sirimarco, dar uma contribuição menor para a balança comercial brasileira em 2015. “Existem indicações de queda ou estagnação das exportações do setor, com retração dos preços médios dos produtos exportados. A equação pressupõe, ainda, que a produção brasileira de grãos seguirá a trajetória antecipada pelos primeiros levantamentos de safra”, ressalta.
Impostômetro alcança R$ 1,8 trilhão e bate recorde
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Impostômetro, painel instalado no centro de São Paulo e que apresenta o valor total de impostos pagos pelos brasileiros e destinados à União, aos estados e aos municípios, alcançou no dia 29 de dezembro, R$ 1,8 trilhão. O total foi considerado um recorde, segundo a Associação Comercial de São Paulo, criadora do painel. "Esse número mostra que a arrecadação tributária cresceu, acompanhando o aumento da inlação em 2014", disse Rogério Amato, presidente da associação. Com o valor que foi ar-
Reprodução
em Orçamento para 2015 aprovado, o governo deverá anunciar, nas próximas semanas, a política de gastos públicos para este ano, informou nesta segunda-feira (5) o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ele, o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal norteará as despesas e a concessão de incentivos federais. “A adequação do Orçamento de 2015 às perspectivas de arrecadação da União ocorrerá nas próximas semanas, de acordo com os ritos da Lei de Responsabilidade Fiscal, e por meio de mecanismos bem estabelecidos de modulação dos gastos. O rigor de veriicação no pagamento dos serviços contratados e de contas diversas apresentadas ao Tesouro acompanhará a tônica do governo no controle e melhora do gasto público”, declarou Levy. Pela regra atual, caso o governo federal inicie um ano sem o Orçamento Geral da União aprovado, os gastos obrigatórios continuam a ser executados normalmente. Os investimentos federais, no entanto, passam a ser executados por meio de restos a pagar (verbas de anos anteriores) e a obedecer a limites mensais determinados pelo duodécimo - a cada mês, o governo pode gastar um doze avos dos investimentos executados no ano an-
terior. Durante o discurso de posse, o ministro ressaltou que os novos sistemas de controle implementados no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siai) permitirão monitorar, com mais eiciência, o processo e a qualidade do gasto público. Ele lembrou que o corte de subsídios a empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o maior rigor na concessão de pensões por morte, do seguro-desemprego e do abono salarial evitarão excessos de gastos sem retirar benefícios de quem tem direito. Levy destacou ainda que eventuais incentivos iscais, de agora em diante, terão de respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina que reduções de tributos e benefícios só podem ser concedidos se houver fonte especíica de recursos. Segundo ele, a concessão irresponsável de benefícios setoriais leva ao baixo crescimento econômico. O novo ministro da Fazenda lembrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê criteriosa análise e medidas compensatórias para qualquer benefício iscal ou redução de impostos, assim como para a criação de novas despesas obrigatórias ou continuadas. (Agência Brasil) ABr/Wilson Dias
recadado em impostos, informou a associação, seria possível adquirir mais de 66 milhões de carros populares ou 900 milhões de TVs Led e construir mais de 19 milhões quilômetros de redes de esgoto, 51 milhões de casas populares de 40 metros quadrados ou mais de 130 milhões de salas de aula equipadas. De acordo com a associação, cada brasileiro pagou, até
aquela data, cerca de R$ 9 mil em tributos em 2014. O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária. Para o levantamento das arrecadações federais a base de dados utilizada é a Receita Federal Brasil, Secretaria do
Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União, e IBGE-Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística. As arrecadações municipais são obtidas através dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.
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MERCADO & NEGÓCIOS
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Duque de Caxias, Baixada e Capital
Dois milhões de pessoas celebram Caxias recebe ano o Réveillon dos 450 anos do Rio novo com muita C
erca de 2 milhões de pessoas festejaram a chegada de 2015 em grande estilo naquela que é considerada a maior festa à beira-mar do mundo - o Réveillon de Copacabana. A celebração ganhou um charme especial durante a contagem regressiva com a inscrição "Rio 450" no mar de Copacabana, em alusão ao aniversário de 450 anos da Cidade Maravilhosa, comemorado em 1º de março. Minutos antes da virada do ano, uma mensagem de paz do Papa Francisco, gravada exclusivamente para a cerimônia, foi exibida nos telões dos três palcos montados nas areias da praia. O efeito especial em tons azuis com a inscrição "Rio450' apareceu a 50 metros de altura das balsas de fogos. Por duas vezes a palavra surgiu no céu nos segundos quatro e dois, durante a contagem regressiva, e permaneceu visível por dois segundos. Uma
Ascom/Riotur
marca criada para o evento - "Rio Réveillon" - garantiu a identidade visual da festa com a logomarca do Rio 450 Anos em destaque. O espetáculo de cores e luzes durou 16 minutos para a alegria da multidão que lotou as areias, ruas e prédios do bairro. Fogos em forma de cometas vermelhos, sequência de raios, borboletas e troncos de árvores - de onde saíram margaridas brancas e vermelhas - emocionaram o público. Durante o espetáculo
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chuva que caiu na noite do último dia de dezembro não esfriou o animo das cerca de seis mil pessoas que foram para a Praça do Paciicador, no centro de Duque de Caxias, para o Réveillon Estação Rio, que teve o apoio de várias secretarias municipais. A festa de boas vindas a 2015 foi conquistada pelos pirotécnico, houve um in- cidade: Ilha do Governador alunos da rede municipal cêndio na balsa de núme- (Praia da Bica), Paquetá de ensino que venceram a ro quatro, localizada no (Praia da Moreninha), Se- Gincana da Baixada. Com Leme, mas felizmente não petiba (Praia do Recôn- a vitória, a cidade ganhou fez vítimas. Rebocadores cavo), Parque Madureira, um réveillon especial, que abastecidos com canhões Piscinão de Ramos, Penha trouxe para o palco externo de água, o G-Mar e a Ca- (IAPI da Penha), Guaratiba do Teatro Municipal Raul pitania dos Portos deram (Rua Barros de Alarcão) e Cortes o funk do Bonde das Maravilhas, Imagina cobertura a todas as balsas. Praia do Flamengo. Mais de 815 mil turis- Samba, o Bloco da Preta Ao todo, 34 mil bombas e 24 toneladas de fogos, dis- tas passaram pela cidade Gil e fechando a noite, a tribuídas em 11 balsas a durante o Réveillon, movi- bateria da escola de sam400 metros da orla, ilumi- mentando 650 milhões de ba Acadêmicos do Grande naram a noite de Copacaba- dólares, um aumento de 6% Rio. A movimentação na na. Além de Copacabana, a em relação ao número de Praça do Paciicador era chegada de 2015 pôde ser 2013 (767 mil) e de 5,5% grande desde cedo, com festejada com muita emo- em renda movimentada muita gente já se preparando para o show. A cidade ção em mais oito pontos da (614 milhões de dólares). ainda ganhou um presente a mais, tendo o show de Preta Gil exibido em tempo real pela TV Globo após a queima de fogos em Co-
600 mil ocupam a Praia de Icaraí
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iterói também realizou o maior e o melhor Réveillon de sua história. Cerca de 600 mil pessoas acompanharam a festa de virada de ano na Praia de Icaraí, na Zona Sul da cidade, de acordo com a Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur). O evento ocorreu em clima de paz e tranquilidade. Não foram registradas ocorrências graves. A queima de fogos durou 25 minutos e emocionou o público com um show de efeitos e beleza. As surpresas anunciadas em 3D foram a formação de corações em vermelho, folhas de palmeiras, com chuvas prateadas e douradas. O espetáculo coloriu os céus da cidade. Foram acionadas 5 mil bombas, das cinco balsas posicionadas no mar. Em razão da festa de Réveillon, a rede hoteleira da cidade, com
PMN/Luciana Carneiro
quase 100% de ocupação. O prefeito Rodrigo Neves parabenizou toda a equipe pela organização e planejamento do réveillon. Ele acompanhou o trabalho de cada secretaria envolvida com o evento durante todo dia até o acionamento dos fogos. Ele destacou que a orientação da prefeitura de transferir o
música na praça A
Bloco das Piranhas para a Avenida Ernâni do Amaral Peixoto, no Centro, contribuiu para tornar a festa em Icaraí ainda melhor. O presidente da Niterói Lazer e Turismo (Neltur), Paulo Freitas, destacou a grandeza do evento. "Realizamos uma festa grandiosa, tinha gente desde a pedra da Itapuca até a
Estrada Fróes, as pessoas ocuparam não só as areias da praia, mas também todo o calçadão e o asfalto”, observou. Após a queima de fogos, o grupo Os Paralamas do Sucesso subiu ao palco e empolgou público com seus principais sucessos. O show foi encerrado por volta das 2h com uma homenagem ao Legião Urbana com a canção "Que País é Esse?". Outro evento de destaque no réveillon da cidade foi o desile do Bloco das Piranhas que este ano ocorreu pela primeira vez na Avenida Ernâni do Amaral Peixoto, no Centro. O desile foi marcado pela irreverência dos foliões, com vários tipos de fantasias, inclusive de personagens de Walt Disney. Os participantes tiveram a disposição banheiros químicos e posto de atendimento médico (19 ao todo).
pacabana. Um grande esquema foi montado para a festa no centro da cidade. Na Biblioteca Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, o subsecretário de Defesa Civil, tenente-coronel Jorge Ribeiro repassou com os 100 integrantes do órgão os procedimentos e cuidados que deveriam ser adotados. Nas ruas próximas 24 agentes de trânsito e 55 guardas municipais, orientavam os motoristas sobre as mudanças nas avenidas Governador Leonel Brizola e Manuel Teles, que tiveram invertida as mãos. Durante toda a noite garis e margaridas do Departamento de Limpeza Urbana garantiram a limpeza da praça. A queima de fogos foi proibida pelo Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, por medida de segurança, sendo respeitada pelos freqüentadores. Foram registrados somente cinco casos de atendimento médico, ocasionado pelo consumo de álcool. PMDC/Ralff Santos
Duque de Caxias, Baixada e Capital MERCADO & NEGÓCIOS
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Dilma pede apoio dos brasileiros para fazer o país avançar ABr/Marcelo Camargo
A presidenta durante desile em carro aberto entre a Catedral Metropolitana de Brasília e o Congresso mandato, o país passou por mudanças importantes, período em que, segundo ela, muitos brasileiros saíram da pobreza, adquiriram a casa própria, tiveram acesso à universidade e obtiveram emprego. “Nós resgatamos 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, 22 milhões apenas no meu governo. Nesses períodos, nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias”, disse. A presidenta encerrou o discurso, reiterando o com-
promisso de fazer o país seguir em frente. “Hoje, depois de 12 anos de governo popular e de grandes transformações, o povo brasileiro tem o direito de dizer, como uma orientação para o meu novo mandato: nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos e só o caminho à frente. Esse é meu compromisso sagrado perante vocês. Esse é o juramento que faço nessa praça. Viva o Brasil! Viva o povo brasileiro!”. (Agência Brasil)
A lista completa de ministros A dvocacia-Geral da União - Luís Inácio Adams, Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Kátia Abreu, Banco Central - Alexandre Tombini, Casa Civil - Aloizio Mercadante, Cidades - Gilberto Kassab, Ciência, Tecnologia e Inovação - Aldo Rebelo, Comunicações - Ricardo Berzoini, Controladoria-Geral da União - Valdir Simão, Cultura - Juca Ferreira, Defesa - Jaques Wagner, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Armando Monteiro, Desenvolvimento Agrário - Patrus Ananias, Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza
Campello, Educação - Cid Gomes, Esporte - George Hilton, Fazenda - Joaquim Levy, Gabinete de Segurança Institucional - José Elito Carvalho Siqueira, Integração Nacional - Gilberto Occhi, Justiça - José Eduardo Cardozo, Meio Ambiente - Izabella Teixeira, Minas e Energia - Eduardo Braga, Planejamento, Orçamento e Gestão - Nelson Barbosa, Previdência Social - Carlos Gabas, Relações Exteriores - Mauro Vieira, Saúde - Arthur Chioro, Secretaria da Micro e Pequena Empresa Guilherme Aif Domingos, Secretaria de Assuntos Estratégicos - Marcelo Neri,
Secretaria de Aviação Civil - Eliseu Padilha, Secretaria de Comunicação Social Thomas Traumann, Secretaria de Diretos Humanos Ideli Salvatti, Secretaria de Pesca e Aquicultura - Helder Barbalho, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Nilma Lino Gomes, Secretaria de Políticas para as Mulheres - Eleonora Menicucci, Secretaria de Portos - Edinho Araújo, Secretaria de Relações Institucionais - Pepe Vargas, Secretaria-Geral da Presidência - Miguel Rossetto, Trabalho e Emprego - Manoel Dias, Transportes - Antonio Carlos Rodrigues e Turismo - Vinicius Lages. ABr/Wilson Dias
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presidenta Dilma Rousseff pediu o apoio dos brasileiros para fazer o país avançar. O apelo foi feito no último dia 1º durante o discurso no Parlatório do Palácio do Planalto para o público na Praça dos Três Poderes, após receber a faixa presidencial. “Para conseguir avançar preciso, mais do que nunca, do apoio e da compreensão de vocês. Quero pedir o apoio de todos, de Leste a Oeste, de Norte a Sul do Brasil”, disse, Dilma voltou a dizer que pretende fazer mudanças na economia, mas sem afetar os compromissos sociais. “Nós vamos fazer, sim, ajustes na economia, mas isso sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais. Fui reeleita para continuar mudando o Brasil e para continuar fazendo as mudanças que vocês desejam. E prometo: farei as mudanças”. A presidenta ressaltou que, nos oito anos do governo Lula somados aos quatro do seu primeiro
Pezão, depois de empossado, anuncia cortes no orçamento O
governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), assumiu o cargo, no último dia 1º, anunciando corte orçamentário entre 20% e 25% em praticamente todas as secretarias de governo. O motivo é a perda prevista de R$ 2 bilhões em arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em 2014, e a previsão de perda de R$ 2,2 bilhões em royalties do petróleo, em 2015, conforme previsão feita pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O anúncio ocorreu durante entrevista à imprensa, após a cerimônia de posse festiva, no Palácio Guanabara. O governador, juntamente com o vice Francisco Dornelles, tomou posse na Assembleia Legislativa do Rio Após o encerramento da sessão, seguiu para o Palácio Guanabara, em Laranjeiras, onde anunciou investimentos em áreas prioritárias como Saúde, Segurança, Educação e Transportes. - Tenho que tomar medidas duras. Tivemos uma queda nos nossos royalties do petróleo [em decorrência da redução no preço internacional do barril]. Estive com a presidenta da ANP [Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], Magda Chambriard,
SCERJ/Marcelo Horn
Secretários estaduais tomam posse
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O governador reeleito tomou posse na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que nos alertou da perda futura. Nossa previsão de queda é cerca de R$ 2,2 bilhões. Algumas cidades hoje têm 70% de sua arrecadação baseada nos royalties. De cada secretaria, serão cortes de 20% a 25% [no orçamento]. Nas gratiicações especiais, são cortes de até 35%. São diversas medidas que serão publicadas no Diário Oicial [do Estado] no dia 6 - disse o governador. Ele ressaltou que vai trabalhar para que os cortes em secretarias estratégicas, como saúde, educação e segurança, sejam os menores possíveis. Sobre a área de segurança, Pezão frisou que evitará cortes, por meio da readequação de contratos. “Vamos reavaliar contratos,
de aluguéis, de viaturas, de motos, de tudo. Tenho certeza que podemos racionalizar esses custos e diminuir despesas.” Sobre política futura para as unidades de Polícia Paciicadora (UPP), o governador disse que serão anunciadas novidades nos próximos dias. Ele reconheceu que, em grandes ocupações, como no Complexo da Maré e no Lins de Vasconcelos, na zona norte da cidade, há problemas de enfrentamento de criminosos, mas destacou que haverá reforço do policiamento, com um contingente imediato de mais 600 policiais, além de um apoio maior do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope). (Agência Brasil)
governador Luiz Fernando Pezão empossou, na manhã desta segunda-feira (5), o secretariado estadual que atuará no mandato de 2015 a 2018. Na solenidade, realizada no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, foram empossados os seguintes secretários: coronel César Rubens de Carvalho (Administração Penitenciária), Christino Áureo (Agricultura e Pecuária), André Correa (Ambiente), Teresa Cosentino (Assistência Social e Direitos Humanos), Leonardo Espíndola (Casa Civil), Gustavo Tutuca (Ciência e Tecnologia), Eva Doris Rosental (Cultura), coronel Sérgio Simões (Defesa Civil), Julio Bueno (Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços), José Luiz Anchite (Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca), Antonio Neto (Educação), José Luiz Nanci (Envelhecimento Saudável
e Qualidade de Vida), Marco Antônio Cabral (Esporte, Lazer e Juventude), Sérgio Ruy Barbosa (Fazenda), Bernardo Rossi (Habitação), José Iran Peixoto Jr. (Obras), Claudia Uchôa (Planejamento), Filipe Pereira (Prevenção à Dependência Química), Carlos Roberto Osório (Transportes), Felipe Peixoto (Saúde), José Mariano Beltrame (Segurança) e Nilo Sérgio (Turismo). Os secretários de Governo, Paulo Melo, de Trabalho e Renda, Arolde de Oliveira, e de Proteção e Defesa do Consumidor, Cidinha Campos, tomarão posse em outra data. Também foram empossados a procuradora Lucia Léa, que segue no comando da Procuradoria Geral do Estado, Hudson Braga, que atuará como coordenador executivo de Infraestrutura e Integração Governamental, e Vicente Loureiro, que assume a diretoria executiva da Câmara Metropolitana.
- Quero que todos os secretários estejam de olhos abertos, vendo as necessidades dos 16 milhões de luminenses. Quero ver todos muito unidos, dividindo os problemas e canalizando os recursos para as atividades mais importantes. Não tem vaidade nesse governo – disse o governador durante a solenidade. Enfatizou a importância de se estabelecer parcerias com os municípios e que o secretariado deve estar sempre disponível para ouvir as reivindicações de parlamentares, prefeitos e da sociedade. “Quero estreitar as parcerias com as prefeituras para que eles nos ajudem a iscalizar as irregularidades e apontem as diiculdades. Os secretários precisam de estilo olho no olho, recebendo as pessoas, prefeitos e parlamentares, e ouvindo as reivindicações. É isso que fará a diferença para o estado crescer”, concluiu. ABr/Tânia Rêgo
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MERCADO & NEGÓCIOS
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Assinado contrato para ampliar oferta de água na Baixada A
primeira fase do empréstimo, no valor de R$ 1,076 bilhão, obtido pela Cedae junto à Caixa Econômica Federal referente à operação de R$ 3,4 bilhões para a construção do novo sistema produtor de água tratada denominado Complexo Guandu 2, foi publicada no Diário Oicial desta segunda-feira (5). O projeto visa aumentar a quantidade de água tratada, beneiciando cerca de 3 milhões de habitantes da Região Metropolitana, especialmente da Baixada Fluminense. A parcela está inserida na operação de R$ 3,4 bilhões, cujo contrato de compromisso havia sido assinado em julho, no Rio, pela presidenta Dilma Rousseff e o governador Luiz Fernando Pezão. Os recursos serão investidos na implantação de uma nova estação para tratar 12 mil litros de água por segundo, elevatória de água tratada, linha de recalque (tubulação que abastece o reservatório) e reservatório com capacidade para armazenar 57 milhões de litros. - Os recursos, que serão repassados diretamente da Caixa para a Cedae,
Duque de Caxias, Baixada e Capital
Tradicionais lojas do Rio viram bens culturais da cidade
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Carros-pipa comprados no mercado paralelo tem abastecido locais como a Catedral de Santo Antonio serão usados também para a construção, nos diversos municípios da Baixada Fluminense, de 17 novos reservatórios e reforma de outros nove que hoje estão fora de operação - detalhou o presidente da Cedae Wagner Victer. Na região ainda serão construídas 16 elevatórias de grande porte (sistema de bombeamento), e assentados 95 quilômetros de adutoras para abastecer os reservatórios e outros 760 quilômetros de troncos e rede distribuidora, e instalação de mais de 100 mil novas ligações prediais. QUEIXAS - Nos últimos meses, o número de reclamações de falta de abastecimento aumentou consideravelmente em vários bairros
de Duque de Caxias. Inúmeras queixas chegam à redação do Capital. As reclamações não atingem apenas residências mas também o comércio e instituições. No Condomínio Governador Roberto da Silveira, na Vila Paula, onde residem aproximadamente 900 moradores, o problema vem se agravando, segundo os moradores. O abastecimento só é feito um dia na semana e por poucas horas, não sendo suiciente para abastecer a cisterna. Do natal para cá, segundo eles, foi necessária a aquisição de vários carros-pipa no comércio paralelo. Segundo eles, são constantes as ligações para a Cedae para reclamar. Muitas vezes, os represen-
tantes do condomínio vão pessoalmente ao órgão mas o problema não se resolve. Nem a Catedral de Santo Antonio tem escapado da falta d’água. Passar pela Avenida Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy) e ver carros-pipas abastecimento o local já vem se tornando cena comum, como constatou um leitor na manhã desta segunda-feira (5). “Isso aqui parece já estar virando rotina”, airmou um comerciante próximo. “Estão falando da construção de um novo shopping ao lado. Não sabemos se essa obra vai ajudar a resolver o problema ou piorar a situação”, disse uma moradora da Rua Luiz Guimarães.
Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), órgão da prefeitura do Rio, relacionou mais 13 estabelecimentos comerciais para integrar a categoria de atividade econômica tradicional e notável, na lista de bens imateriais da cidade. Desta vez, foram indicadas lojas de instrumentos musicais, chapelarias, tabacarias, lojas de cofres, sebos, gráicas e confeitarias do comércio tradicional do centro e de Copacabana. A categoria de patrimônio imaterial da cidade foi criada pelo IRPH em 2013, quando foram listados nove negócios tradicionais da Rua da Carioca, entre eles o Bar Luiz, fundado há 128 anos, e a igualmente centenária A Guitarra de Prata, loja de instrumentos musicais. De acordo com o IRPH, são estabelecimentos que fazem parte da referência cultural da cidade e a inclusão na lista de bens imateriais pode ajudar na adequação desses negócios às mudanças da sociedade e do mercado. Entre as 13 lojas que passam a integrar a lista estão a Tabacaria Africana,
fundada em 1846, a loja de música Ao Bandolim de Ouro, inaugurada em 1929 e frequentada por compositores como Pixinguinha, Noel Rosa e Paulinho da Viola, a Chapelaria Porto, fundada em 1880 e especializada nos chapéus panamá, e a Leiteria Mineira, aberta no início do século passado por um fazendeiro, para escoar sua produção de leite e derivados. Todas elas estão localizadas no centro do Rio. Em Copacabana, tornaram-se bens imateriais as confeitarias Cirandinha e Marquise, esta última responsável, até 1988, pela produção dos doces servidos no Hotel Copacabana Palace. Os integrantes da lista de negócios tradicionais receberão placas azuis indicando sua importância histórica, fazendo parte, assim, do Circuito do Patrimônio Cultural Carioca, projeto que existe desde a década de 1990. A partir de 2010, o projeto passou a agrupar o patrimônio por temas, que atualmente são dez, entre eles os circuitos do samba, da bossa nova, do choro, dos botequins e dos cinemas.
Atualidade Anvisa libera o primeiro remédio oral contra a hepatite C
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Diário Oicial da União deve publicar nesta terça-feira (6) o esperado registro do Daclatasvir, primeiro medicamento oral para hepatite C a ser usado no Brasil. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (5) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele adiantou que, registrado o
medicamento, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) avaliará o uso na rede pública, o que pode demorar até seis meses. O registro é o documento que permite a venda de um medicamento no país. Em outubro, o Ministério da Saúde havia pedido à Agência Nacional de VIgilância Sanitária que
priorizasse a avaliação do registro de três medicamentos usados no cambate à hepatite C, entre eles o Daclatasvir. O sofosbuvir e simeprevir ainda aguardam o registro. O índice de cura da doença com o uso destes medicamentos chega a 90%. O registro dos três remédios e a incorporação deles ao SUS era uma demanda das associações
voltadas para a hepatite C. De acordo com o Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, os remédios injetáveis usados atualmente causam problemas colaterais graves à saúde do paciente, que, muitas vezes, pode ser obrigado a suspender o tratamento por causa dos riscos. Além disso, o índice de cura dos tratamentos disponíveis não ultrapassa
70%. Além de ter um índice de cura maior, o novo medicamento também reduz o período de tratamento de 48 para 12 semanas. Atualmente, 15,8 mil pessoas tratam a hepatite C na rede pública brasileira. Segundo Chioro, o novo medicamento também será uma opção para quem tem aids e para os transplantados, grupos com diiculdades para inje-
táveis. A hepatite C é uma doença causada por vírus e transmitida principalmente pelo sangue, mas também pelo contato sexual ou por mães para bebês durante a gravidez. A enfermidade pode gerar lesões no fígado e até mesmo câncer hepático. (Agência Brasil)
País
Internacional
Piso dos professores deve ser reajustado em 13%
Governo líbio proíbe entrada de palestinos e sírios
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s salários dos professores devem ter aumento de 13,01%, segundo estimativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) com base nos critérios que têm sido adotados pelo Ministério da Educação (MEC). Com o ajuste, o salário inicial dos professores de escola pública, com formação de nível médio e jornada de trabalho de
40 horas semanais, será de R$ 1.918,16. O cálculo está previsto na Lei do Piso (Lei 11.738/2008), que vincula o aumento ao percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Se, por um lado, existe a demanda de um piso cada vez maior, que garanta atratividade à carreira, por outro, há diiculdade, principalmente dos
municípios, na manutenção dos salários. O piso salarial passou de R$ 950 (em 2009) para R$ 1.024,67 (2010) e R$ 1.187,14 (2011), conforme valores informados no site do MEC. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451; em 2013, passou para R$ 1.567; e, em 2014 foi reajustado para R$ 1.697,39. (Agência Brasil)
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legando motivos de segurança, o governo líbio reconhecido pela comunidade internacional anunciou nesta segunda-feira (5) a proibição de entrada no país de cidadãos de origem síria, palestina e sudanesa. A decisão foi tomada pelo ministro do Interior, Omar Al Sanki, após alegações de que cidadãos desses países “estariam
envolvidos com grupos terroristas em ataques contra o Exército e as forças policiais em Benghazi e em cidades do oeste”. A proibição de acesso ao território líbio por via marítima, terrestre ou aérea entrou em vigor hoje e será aplicada até nova ordem, informou o gabinete de imprensa do ministro do Interior. No mesmo comunicado, o governo líbio informou ainda que a con-
cessão de vistos aos cidadãos de Malta depende de um “acordo prévio dos serviços de segurança”. “A decisão foi adotada a título preventivo”, diz o texto, após o ministério ter recebido informações sobre “uma ajuda logística dos malteses à milícia Fajr Libya [Aurora da Líbia]”. (Agência Lusa)
Duque de Caxias, Baixada e Capital MERCADO & NEGÓCIOS
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"Caxias voltou a ser a locomotiva da Baixada" E
m entrevista exclusiva ao Capital, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (sem partido), fez um balanço das ações em seus dois primeiros anos de governo. Segundo ele, “desde que foi implantada a idéia de saúde da família, você compara Zito, Wasington Reis e Zito. São dezesseis anos. E nós, em dois anos, dobramos o atendimento no Programa de Saúde da Família”. E completa: “A cidade voltou a ser a locomotiva da Baixada”. Qual foi a economia, em valores, que o município teve com as medidas de enxugamento?
Marcelo Cunha
Não foram apenas cortes de super salários, foi uma série de ações sobre a folha como a questão dos defuntos que recebiam, dos fantasmas... Nós tivemos medidas que não expuseram o dinheiro de Caxias a ser gasto de forma equivocada ou fraudulenta. Economizamos algo em torno de três a quatro milhões de reais por mês, estamos falando de em um ano, em torno de R$ 50 milhões. Outra questão importante é a gestão sobre preços, Caxias hoje utiliza o pregão eletrônico e temos, seguramente os menores preços de contratação de mão de obra, de contratação de lixo, medicamentos, enim, das compras que você tem. Então na verdade é gestão de recursos humanos, gestão de compras, em toda a folha e principalmente aplicação de recurso da forma mais correta. Hoje Caxias é um exemplo na gestão das compras, dos recursos humanos e principalmente na gestão de investimentos.
Como foram aplicados esses valores?
A saúde é uma prioridade e a educação também. O problema com a saúde é que as pessoas estavam morrendo na cidade. Avançamos no programa de saúde da família, na saúde secundária para depois fazer a terciária. O que acontece é que Caxias não tinha planejamento da saúde. Hoje temos muitas críticas ainda, mas saltamos de 23,3% para 48,5% e vai sair para 55% de unidade da saúde básica, é Programa de Saúde da Família. Antigamente, 77% não tinham nada. Esse número foi reduzido. Nós estamos comparando, desde que foi implantada a ideia de saúde da família, você compara Zito, Washington e Zito. São dezesseis anos. E nós, em dois anos, dobramos o atendimento no Programa de Saúde da Família.
mais importante. Por exemplo: um plano de saúde custa gosto muito do Eduardo Paes, mas os ex-prefeitos de Camais de R$ 350 por pessoa, e não estamos xias tinham uma relação de medo, de subfalando de plano “top”, um plano comum. serviência com a capital. Nossa cidade não “Nossa cidade Nenhum estado ou município pode gastar pode ser subserviente ao Rio. O Rio jogava mais de R$ 40 por habitante. Nós estamos o lixo aqui, levava a água da Baixada. Tenão pode ser gastando mais, R$ 50, então como você mos que ter uma cidade de tecnologia, de subserviente consegue comparar quem gasta sete vezes lazer, um polo de Universidade Federal de ao Rio” mais com quem gasta sete vezes menos? qualidade. Caxias tem que ser um exemplo Esse é um debate que tem que ser aprono ensino superior e em tecnologia, exemfundado. Eu acho que Caxias está no caplo na parceria e principalmente na quesminho certo quando investe na prevenção, no programa tão ambiental. É a questão da ética, da transparência, pesde saúde da família, mas eu não tenho dúvida de que soas ganhando R$ 60 mil e o gari não receber seus salários. quando você tem uma diferença dessas, algo tem que ser Comenta-se no meio político que o Sr não teHaverá novas medidas, como diminuição de se- discutido na esfera estadual e federal.
cretarias, por exemplo?
O Tribunal de Contas do Estado é que determina es- E sobre as demissões na saúde?
tas questões e nós estamos estudando sempre possibilidades de fazer adequações, não faremos nada fora da lei ou que prejudique o aposentado. Acabamos de fazer a nova programação e a reestruturação da previdência de Caxias. Agora, nós temos que encontrar soluções para inanciar a previdência. São erros de 20 anos que quebraram a previdência, e hoje estamos com enorme diiculdade e todos os meses colocamos R$ 7 milhões do tesouro no IPMDC.
O Tribunal de Contas determinou que se diminuísse o custeio. Se estou gastando muito, tenho que diminuir. E a forma é fazer o que o mercado manda. Por exemplo, o Mário Lioni é 12x36 (horas trabalhadas x folga), o estado é 12x36, o Samaritano é 12x36, o Albert Schweitzer é 12x36 e Caxias é 12x60, sem nenhuma justiicativa.
ria aceitado um convite da presidente Dilma para ocupar um ministério. O que de fato aconteceu?
Essa questão de ministério não tem que ser tratada individualmente, a presidenta da República tem que falar. Eu gosto da presidenta, mas acho que da mesma forma que eu escolhi meus secretários, ela escolhe os seus ministros. Eu tenho o compromisso de ser prefeito da minha cidade, de continuar a gestão que estou fazendo e sendo amigo de diversos ministros, de relação pessoal, Em 2014, grandes empresas de segmentos diver- principalmente de respeito.
sos se estabeleceram aqui. Como a prefeitura irá incentivar a vinda de novas empresas em 2015? O que o sr espera de 2015 para de Duque de Em 2014, qual foi a arrecadação do município? Nós temos uma série de investimentos acabando e Caxias? começando, por exemplo, a GLP, são U$ 500 milhões, O valor está dentro do que foi previsto? Todo mundo está acompanhando essa questão do peEssa informação só teremos após o dia 10. Caxias é começa a obra agora. A Bunge termina em 2016, tem umas das poucas cidades que atingiu a meta. Nós perde- hoje mais de quarenta empresas, como a Rolls Royce, que começa a produzir em março. A momos nos últimos três meses R$ 32 milhões tivação é que vai ser uma cidade que a em ICMS. As pessoas icam preocupadas gente vai cobrar das operadoras melhor com os royalties, a questão não é royal“A questão não serviço de telefonia e internet. Queremos ties. Quando as empresas pararam de coné royalties, melhorar a malha rodoviária, a estrutura tratar, a incidência do imposto diminuiu, é unidade de saúde, a estrutura de educação e fazer então o problema é que as operações eram disso um “case” para que o empresário feitas com o barril a cem dólares e hoje de barril de saiba que seu funcionário vai ser uma são feitas a sessenta. O preço do barril de petróleo” pessoa feliz. A gente quer incentivar a petróleo dita a economia do Rio de Janeiárea de lazer da cidade como elemento ro. A questão não é royalties, é unidade importante para o trabalhador gostar de de barril de petróleo. Tem um georeferenciamento mostrando, esse é um dado muito importante, icar aqui. Você chega hoje no Centenário e no Corte 70% dos galpões da cidade com mais de 300 metros es- Oito, já é uma outra cidade. Vai ali no Arnão, já tem outão com lançamento da metragem inferior. O que agente tra estrutura de lazer, a recuperação das praças. Agora, está fazendo? Pedindo ao empresário que gosta da cidade o que eu quero mostrar é que em dois anos essa cidade que meça o seu galpão e veja se o IPTU que ele paga é o tem projeto, tem planejamento, tem uma nova cara. correto, e todo aquele que izer isso não vai ser multado, desde que pague o que deve. O que não izer vai ter que E sobre a formação da mão de obra? pagar o que deve mais 1000% de multa. Todo mundo fala A Fundec tem um papel fundamental nisso, só tem de desvio, de roubo, mas só que uma pessoa que tem que que ela foi muito desqualiicada, é uma fundação que pagar R$ 10.000 de imposto e paga R$ 3.000, desvia da não tinha a qualiicação em formar, e hoje o que nós vamesma forma. O que agente está pedindo é para o empre- mos fazer na Fundec é essa experiência que a gente teve sário entender essa nova Caxias. É uma campanha que na Faetec, de fazer os CVTs. Veja o polo que está sendo vai ser lançada, que é medir, pagar e ganhar, É o cara feito no Laureano, vai ser uma referência em parcerias medir o galpão. Ele paga e ganha o benefício. com os empresários.
O atendimento em saúde para o munícipe está Sobre a reeleição da presidente Dilma e do gosendo prejudicado pelo alto índice de pacientes de vernador Pezão, como icará a relação de Duque outros municípios? Como o Sr pretende adminis- de Caxias com os governos Federal e Estadual? Eu acho que não há gestão técnica que não tenha gestrar tal problema?
As pessoas não dão mais o endereço de fora, elas tão política. A cidade que eu nasci, moro e vivo, acertou chegam no Moacyr e dão endereço de Caxias. Mas tem na política, você vê o carinho que a Dilma e o Pezão tem uma questão na saúde que tem que ser colocado como por Caxias, não podia ser um cidade submissa à capital, eu
tróleo no estado e acha que a corrupção é o que derrubou o preço do barril de petróleo. É não entender de mercado. O preço do barril de petróleo caiu muito, e isso é que interfere em toda a gestão. Se nós não tivéssemos tomado as medidas que tomamos, será que Caxias estaria em dia com os fornecedores e servidores? Então isso é uma prova de que estamos no caminho certo. A outra questão é que a cidade tem que ter planejamento para a saúde da família e infraestrutura das escolas, planejamento na arrecadação. Você pode aceitar que o último iscal admitido em Caxias foi há 28 anos e que nunca houve concurso para iscal tributário?
Vitórias e derrotas em 2014?
Eu acho que a principal vitória foi o acerto na política, a vitória da Dilma e do Pezão. Como iz na campanha dizendo da parceria do governo estadual e federal. O Pezão teve um resultado no primeiro distrito fantástico. Eu acho que derrota é a forma com que a Petrobras foi tratada, todo brasileiro se sentiu derrotado e é bom dizer que a crise do petróleo não é por causa da Petrobras, a crise do petróleo alavancou a crise da Petrobras, então eu acho que a derrota foi a gestão inaceitável que a Petrobras teve.
Um balanço pessoal sobre Duque de Caxias
Eu acho que a cidade voltou a ser a locomotiva da Baixada, voltou a crescer, voltou a ser o exemplo na saúde, na educação, um exemplo de gestão. Ela recuperou a sua função de nortear a Baixada Fluminense. Vai ter concurso para professor e para iscal, quer dizer, quantas prefeituras na Baixada estão fazendo concurso de iscal de meio ambiente, iscal de obra, iscal de postura, de professor? Quem no Grande Rio está se preocupando com essa gestão? Duque de Caxias, certamente.
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MERCADO & NEGÓCIOS
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Duque de Caxias, Baixada e Capital
Pezão quer aumentar receita MP quer barrar aumento da com R$2,5 bi da dívida ativa passagem de ônibus no Rio O O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, informou que, diante da redução de recursos dos royalties do petróleo, intensiicará a iscalização de impostos para recuperar, pelo menos, R$ 2,5 bilhões do total da dívida ativa, que segundo ele, chega a R$ 64 bilhões. “Farei uma boa iscalização e investirei cada vez mais. O estado tem uma dívida ativa grande. Vejo potencial para negociar e saber a razão das pessoas não recolherem impostos. Temos uma dívida ativa próxima de R$ 64 bilhões. Isto não é normal. Claro que há valores antigos, mas temos grandes empresas que não recolheram e estão na divida ativa. Quero saber o motivo do não recolhimento. Se é a carga tributária ou se querem icar no litígio",
explicou, após empossar os secretários estaduais, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. De acordo com o governador, a cobrança da dívida ativa é uma das formas de aumentar a arrecadação do estado, avaliada em R$ 4 bilhões para 2015. Ressaltou que também conta com o contingenciamento de parte do orçamento para equilibrar os recursos do estado e evitar o aumento de impostos. Ele adiantou que a edição desta terça-feira (6) do Diário Oicial do Estado publicará decretos com o detalhamento dos cortes de gastos que o governo estadual fará este ano. “Estou assinando agora 42 decretos que serão publicados amanhã [terça-feira]. O contingenciamento será entre 25% e 35%. Estão incluídos gastos, gratiica-
ções especiais, reavaliação de contratos de carros, telefones e alimentação e terceirização”, esclareceu. O governador revelou que os cortes atingirão todas as áreas de governo. Salientou, no entanto, que em três o contingenciamento não será igual. “Quero que reavaliem os contratos em todas as áreas. Claro que segurança, saúde e educação têm tratamento diferenciado, mas os contratos também terão de ser reavaliados”, destacou. Ainda na posse, o governador informou que o estado terá um programa audacioso de Parcerias Público-Privadas (PPP) e de concessões. Para o governador, o Rio tem condições de puxar o crescimento do país. “Temos de avançar e usar o mercado”, acrescentou. (Agência Brasil)
Serviço de Tomograia Móvel chega a Mesquita Banco de Imagens
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equipamento móvel de tomograia computadorizada do Governo do Estado icará no município de Mesquita até o dia 17 deste mês. Além dos moradores da cidade, o serviço oferecido pela Secretaria de Saúde beneiciará ainda os pacientes de Nova Iguaçu, Japeri, Queimados, Nilópolis, São João de Meriti e Belford Roxo. A carreta com o tomógrafo está na Rua Arthur Oliveira Vecchi, no Centro, em frente à Prefeitura de
Mesquita, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e aos sábados, das 7h30 às 15h. O serviço itinerante de unidades móveis de imagem foi criado pela Secretaria de Saúde para atender aos moradores de cidades em que não há esse tipo de exame na rede pública ou onde o serviço existente não é capaz de suprir a demanda. Além de já ter beneiciado mais de 125 mil pacientes, os serviços
também já geraram uma economia de mais de R$ 42 milhões aos municípios de todo o estado. A secretaria conta com dois equipamentos de tomograia computadorizada, que já realizaram mais de 107 mil exames. Além disso, há unidades itinerantes para exames de ressonância magnética, mamograia e ultrassonograias. Ao todo, os serviços móveis somam mais de 159 mil exames realizados.
aumento de R$ 3 para R$ 3,40 na passagem dos ônibus urbanos do Rio de Janeiro, válido a partir do último sábado (3), gerou protestos nos passageiros e motivou o Ministério Público (MP) a questionar a legalidade do reajuste, autorizado pela prefeitura. Nos pontos de ônibus, a indignação era generalizada, pois o aumento chega a 13,3%, praticamente o dobro da inlação registrada no ano passado, de aproximadamente 6,5%. “Foi um absurdo. Vai pesar muito no meu bolso”, protestou o serralheiro Mário Bonifácio Cardoso, enquanto corria para pegar o seu ônibus. “Esse aumento foi um absurdo. Ninguém teve aumento assim. Pegou muita gente de surpresa. Vai fazer muita diferença no orçamento. Achei abusiva essa passagem”, disse a diarista Rita Salviano. “Foi péssimo, horrível. Só tem ar condicionado no inverno, no verão não tem nada”, completou a passageira Méri Gomes. Um dos argumentos da prefeitura para o índice de reajuste foi justamente poder aumentar o número de ônibus com refrigeração. Atualmente, 28% da frota urbana na cidade do Rio
Banco de Imagens
têm ar condicionado, item praticamente indispensável durante o verão, quando as temperaturas passam dos 40 graus Celsius. O aumento de R$ 0,40 motivou o promotor Rodrigo Terra, da Promotoria de Defesa do Consumidor, a questionar a medida na Justiça. Segundo ele, é preciso que as empresas expliquem melhor o método de cálculo das tarifas. “O objetivo de qualquer concessão de serviço público essencial é transferir o bônus e o ônus do serviço, ou seja, o risco é do particular que explora o serviço, e não mais do Poder Público. O que se vê algumas vezes é, infelizmente, o contrário: a privatização do lucro e a socialização do prejuízo”,
disse o promotor, em nota divulgada pela assessoria do MP. O secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, explicou que o aumento faz parte dos contratos irmados, e prevê maior número de ônibus refrigerados. “É uma questão contratual que o poder concedente tem que cumprir para se colocar em condição de cobrar da concessionária a prestação do serviço de qualidade e regular. Nós iscalizaremos mais as empresas e cobraremos mais melhorias. Em 2015, o reajuste virá acompanhado da obrigação da implantação de 50% das viagens em carros com ar condicionado”, disse. (Agência Brasil)