Edição Nº 07

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Light: CAPITAL

Fevereiro de 2010, 2ª Quinzena

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multa milionária PÁG. 7

ANO 2 N° 7 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | FEVEREIRO DE 2010, 2ª QUINZENA | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Um desfile de campeã

Mais petróleo na Bacia de Campos

PÁG.3 CARLOS MORAES/AG.O DIA

Com a perfuração de um único poço, a Petrobras descoriu duas nova acumulações de petróleo em reservatórios na Bacia de Campos, uma no pós-sal e outra no pré-sal. As estimativas são de que o volume de óleo seja de 65 milhões de barris. PÁGINA 8

Cai a inadimplência de empresas PÁG. 6

Nova Iguaçu emite nota eletrônica O município de Nova Iguaçu sai na frente e adota, a partir de maio, a emissão de nota fiscal eletrônica, como parte do programa lançado pelo governo federal. A medida tem como objetivo reduzir a sonegação. PÁGINA 8

ANS fecha Unimed/Caxias presa, cuja dívida, segundo informações não oficiais, ultrapassa R$ 20 milhões. A apreensão é grande entre os associados, que podem recorrer à justiça para garantirem seus direitos. Os atendimentos para os associados e seus dependentes serão feitos somente até o dia 9 de março, segundo comunicado afixado no prédio da empresa na avenida Brigadeiro Lima e Silva. PÁGINA 6

Compra (R$) 1,805 1,770 1,760

Venda (R$) 1,807 1,920 1,910

Variação % 1,31 2,04 2,05

4,289 5,460 0,894 1,051 1,361 1,073 88,870 1,532 524,500 1.919,200 3,855

4,300 5,465 0,895 1,051 1,361 1,074 88,900 1,524 525,000 1.930,200 3,885 12,784

100, 0,48 0,07 0,83 0,52 0,56 0,49 0,00 0,99 0,81 0,00 0,13

Peso México 24hs

12,778

0,10

Peso México 48hs Peso Uruguai

12,790 19,850

0,13 0,25

Bolívar Venezuela Coroa Dinamarca Dólar Austrália Dólar Canadá Euro Franco Suíça Iene Japão Libra Esterlina Inglaterra Peso Chile Peso Colômbia Peso Livre Argentina Peso México

19,850

Ibovespa

66.503,27

Variação % 0,58

Dow Jones

10.325,26

0,04

1.818,68

0,32

20.994,29

0,63

2.221,38

0,44

Poupança

26/02

0,518%

Poupança

p/ 01 mês

0,500%

Índice

Indicadores*

MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA)

Dolar Comercial Dólar Paralelo Dólar Turismo

Nasdaq

IBX Merval

Juros Selic meta

Valor

ao ano

Selic over TR

A construção do Arco Metropolitano, que vai cortar várias cidades da Baixada Fluminense, começa a gerar novos investimentos para a região. Um empreendimento será lançado em Nova Iguaçu com custo de R$ 20 milhões. Duque de Caxias também vai ganhar um complexo hoteleiro e empresarial. PÁGINA 4

Ano de crise? Não para o BB

Câmbio* Moeda

ALBERTO ELLOBO

Mais de 17 mil associados da Unimed-Duque de Caxias estão sendo prejudicados pela extinção da cooperativa, determinada pela Agência Nacional de Saúde. Eles têm poucos dias de prazo para fazer a opção pela Unimed-Rio, devendo, assim, arcar com uma despesa maior para continuarem usufruindo dos serviços. A extinção da Unimed-Caxias foi resultado da falência da em-

Mais investimentos com o Arco

8,65% 0,985%

mês

0,07

(*) Fechamento 26/Fev/2010

ALBERTO ELLOBO

Criado há mais de 200 anos, o Banco do Brasil entra para a hstória da economia do País ao obter lucro líquido de R$ 10,148 bilhões no ano passado, o maior já registrado por um banco no Brasil. Isso significa um crescimento de 15,2% frente ao resultado do ano anterior, que foi de 8,803 bilhões. Com isso, ele passou o Itaú-Unibanco, cujo lucro líqudo foi de R$ 10,067 bilhões em 2009. Os dois, mais o Bradesco, concentram os dez maiores ganhos bancários no Brasil. PÁGINA 4

Confiança industrial A Confederação Nacional de Indústria (CNI) divulgou esta semana o Índice de Confinça do Empresário Industrial de fevereiro. Foram ouvidas 1.545 empresas e o resultado revelou elevação de 9,2 pontos acima da média histórica. O segmento com o maior índice de confiança é o farmacêutico e o menor, da madeira. PÁGINA 2


2 CAPITAL

Fevereiro de 2010, 2ª Quinzena

CNI divulga Índice de Confiança do Empresário Industrial A CONFEDERAÇÃO Nacional da Indústria (CNI) divulga na manhã do dia 25, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de fevereiro. O índice é elaborado com base em pesquisa nas indústrias de transformação, extrativa e da construção civil e mostra a posição dos empresários e suas expectativas para os próximos seis meses em relação à economia brasileira e à própria empresa. Para o índice de fevereiro foram feitas entrevistas, de 1º a 24 deste mês, em 1.545 empresas - 874 de pequeno porte, 450 médias e 221 de grande porte. NÚMEROS - O ICEI de fevereiro de 2010 recuou de 68,7 para 67,8 pontos na comparação com janeiro. Apesar do recuo de 0,9 ponto, o índice permanece

elevado, 9,2 pontos acima da média histórica. O recuo no mês aparenta ser um movimento natural do indicador. O índice em janeiro tende a ser mais elevado, dado o maior otimismo que acompanha o início de um novo ano. Os empresários da indústria da construção civil seguem mais confiantes que os da indústria extrativa e de transformação. Na comparação com janeiro, destaca-se o aumento de 0,9 ponto no índice da indústria extrativa, que chegou a 66,1 pontos. O índice da indústria de transformação recuou 1,3 ponto, para 66,4 pontos, e o índice de construção civil caiu de 68,9 para 68,1 pontos. Entre os 27 setores da indústria de transformação considerados, 21 registraram queda no ICEI na

comparação com janeiro. Ainda assim, todos os setores registraram confiança e, excetuando-se o setor Madeira (com índice de 54,2 pontos), todos registraram índices superiores a 60 pontos. O setor de Madeira foi também o que registrou a maior queda no mês: 9,0 pontos. No outro extremo, o setor Metalurgia Básica registrou o maior aumento no mês: 2,8 pontos. Os executivos de todos os portes de empresas registraram queda na confiança no mês. Empresários de médias empresas registraram a maior queda: o índice recuou de 68,7 pontos em janeiro de 2010 para 66,6 pontos em fevereiro (queda de 2,1 pontos). Os índices das empresas de pequeno e grande portes mantiveramse praticamente estáveis, situando-se, respectivamen-

te, em 66,1 pontos (recuo de 0,6 ponto) e 69,9 pontos (recuo de apenas 0,2 ponto). Com relação aos componentes do ICEI, o índice de condições atuais recuou de 62,7 para 61,3 pontos, o que denota uma percepção ainda significativa de melhora das condições atuais, mas inferior à registrada em janeiro. O índice relativo à evolução da economia brasileira foi responsável pelo recuo: o índice caiu de 65,4 para 61,6 pontos. O índice de expectativas para os próximos seis meses também registrou recuo, passando de 71,8 para 71,0 pontos. A queda no índice das expectativas se deve principalmente às perspectivas para a economia brasileira, cujo índice recuou de 69,5 para 67,9 pontos.

PESQUISA DA FGV OUVIU 1.056 EMPRESAS A COLETA de dados feita pela Fundação Getúlio Vargas feita entre 2 a 23 de fevereiro, ouviu 1.056 empresas, responsáveis por vendas de R$ 584,7 bilhões em 2008. Segundo a mesma, os empresários da indústria brasileira ficaram mais confiantes em fevereiro, tendo o Índice de

Confiança da Indústria (ICI) subido 1,9%, ao passar de 113,6 para 115,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2007. “Apesar dos sinais de acomodação da produção na virada do ano, o elevado grau de otimismo do empresariado fica evidenciado nas previsões favoráveis para novas contratações e nas

perspectivas para os negócios no horizonte de seis meses”, informou a FGV. De acordo com o indicador, houve melhora tanto na percepção dos empresários sobre a situação presente quanto em relação aos próximos meses. Em fevereiro , o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,7%, ao

passar de 112,6 para 113,4 pontos; e o Índice de Expectativas (IE) elevou-se em 3,3%, de 114,5 para 118,3 pontos, o maior da série histórica da FGV. “Pelo sexto mês consecutivo, o IE supera o ISA, indicando otimismo em relação aos meses seguintes”, informou a nota.

Direito Empresarial Arthur Salomão*

Parcerias Público-Privadas: principais aspectos da Lei 11.079/04 A LEI DEFINE as PPPs como uma modalidade de contrato administrativo de concessão patrocinada ou administrativa. A primeira diz respeito a concessão de serviços ou de obras públicas, na qual, além da tarifa cobrada dos usuários do serviço, existe a contraprestação pecuniária do parceiro público ao privado (Brandão e Cury, 2006, p. 01). Na modalidade administrativa, ocorre uma prestação de serviço em que a própria administração pública é a usuária direta ou indireta dos serviços prestados. Vale salientar que apenas os contratos com valor superior a R$ 20 milhões e com prazo de execução superior a cinco e no máximo 35 anos poderão ser objeto do regime das PPPs, conforme o §4º do art. 2º c/c art.5º, I da Lei 11.079 de 30 de dezembro de 2004. Em decorrência da Lei de Responsabilidade Fiscal, o legislador optou por limitar a participação do poder público

nas PPPs como forma de controle das despesas públicas. O Poder Público poderá contribuir com no máximo 1% da receita líquida do exercício. Caso este valor seja excedido, o ente público ficará impedido de receber os repasses públicos de outros entes federativos (art. 22 e 28 da Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004). Ainda em decorrência do controle do endividamento público, a participação das empresas públicas ou sociedades de economia mista controladas pela União não poderá ser superior de 70% a 90% (dependendo da localidade territorial do investimento) das fontes de recursos da sociedade de propósito específicas (SPE) que deverá ser criada para gerenciar o projeto (Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004). De mesma importância, revelam-se às garantias do adimplemento das obrigações assumidas pelo Poder Público

no projeto. Isto porque o Poder Público será responsável pela contra-prestação ao investimento feito pelos particulares. A liquidez das garantias que serão dadas pelo Poder Público (imóveis e ações de empresas públicas e de sociedade de economia mista) serão analisadas cautelosamente pelo mercado e, espera-se, este tenha interesse. Esta garantia é fundamental, pois assegura ao investidor o retorno de seu capital e o lucro, atingindo o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. O poder público poderá retomar o serviço ou a obra se o serviço estiver sendo mal prestado, se a obra não estiver dentro dos acordos celebrados, etc. Quando ocorrer o prazo final da PPP, ocorre a reversão dos bens utilizados na prestação do serviço ou a obra, ao domínio público. Não obstante as parcerias serem caracterizadas pela união de esforços entre o setor público e privado, poderá surgir diferen-

ças. Neste ponto, o legislador foi feliz ao prever a arbitragem como uma das soluções de controvérsias. Isto foi possível com a exclusão da disposição que vedava a arbitragem nos contratos públicos na emenda constitucional da reforma do Judiciário, o que acabou agradando aos investidores em face da celeridade do procedimento arbitral em comparação ao judiciário brasileiro. A legislação das PPPs prevê, durante o procedimento licitatório que será obrigatório (art. 37, XXI da Constituição Federal), a necessidade da licença ambiental dentre os requisitos para a abertura da licitação. Assim, em resumo, como ensina Marçal Justen Filho (2005, p. 550), o instituto das parcerias público-privadas tem como grande inovação possibilitar que o Poder Público capte investimentos privados para projetos em que anteriormente só dependiam de recursos públicos.

(*)FREDERICO COSTA RIBEIRO É GRADUADO EM DIREITO, CIÊNCIAS POLÍTICAS E COM DIVERSOS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO NAS ÁREAS JURÍDICAS, PÓS GRADUANDO EM DIREITO TRIBUTÁRIO E DO ESTADO, EM DIREITO AMBIENTAL E AUDITORIA AMBIENTAL, ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO DE PASSIVOS EMPRESARIAIS E ADMINISTRADOR JUDICIAL DE RECUPERAÇÕES JUDICIAIS, ADVOGADO ATUANTE EM FALÊNCIAS E CONCORDATAS.

NOTA: Os indicadores dos setores de Fumo, Máquinas para escritório e Informática e reciclagem não foram divulgados por não terem atingido o limite mínimo de empresas estabelecidas pela amostra

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70 Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy) nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 Duque de Caxias, Rio de Janeiro

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CAPITAL

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Grande Rio, segundo lugar com sabor de primeiro

Escola gerou mais de 5 mil empregos O PRESIDENTE Helinho de Oliveira considerou o carnaval de 2010 com um “nível excelente”. Com relação à Grande Rio, ele se incluiu entre as milhares de pessoas que se emocionaram com o desfile, dado ao sentimento de nostalgia que o enredo contaminou o público. “A Escola veio muito bonita e mexeu com o emocional de toda a avenida”, observou Helinho. “A Escola fez um carnaval excelente, estamos caminhando firme para chegar ao 1º lugar”. A Grande Rio, segundo o seu presidente, desfilou com cerca de 4.000 pessoas, excluindo diretoria, técnicos e pessoal de apoio, distribuídos em 37 alas, 8 carros alegóricos e 4 elementos alegóricos. Ele estima que os investimentos feitos este ano chegaram a cerca de R$ 8,5 milhões. Helinho de Oliveira disse que no total, a Grande Rio gerou mais de cinco mil empregos. “Foram mais de 1.000 empregos diretos no Barracão, Monte Líbano, Quadra e Camarote. Acredito que tenhamos gerando ainda mais outras cinco mil vagas de trabalho”, esclareceu. O presidente disse que ainda não pode antecipar novidades mas que a Escola já está definindo os rumos para o carnaval de 2011. “Vamos continuar com a mesma determinação e garra e esperamos chegar ao topo no próximo ano. Continuaremos trabalhando dia e noite para isso, que é um sonho de todos nós, diretoria, funcionários e da comunidade de Duque de Caxias”, completou Helinho, ao parabenizar a LIESA-Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. “A presidência e a diretoria não mediram esforços para nos ajudar. Não consigo ver o carnaval sem essa parceria”, concluiu o presidente.

APENAS CINCO décimos separaram a Acadêmicos do Grande Rio do seu sonhado campeonato no Carnaval 2010, conquistado pela Unidos da Tijuca, no Grupo Especial. A Escola de Duque de Caxias conquistou 299,4 pontos. Apesar do grande entusiasmo e da confiança na vitória da Grande Rio este ano, o presidente de honra da Escola, Jayder Soares, reconheceu o resultado. “Não deu, foi justo o resultado. Fica para o ano que vem”. Um dos carros mais comentados da Escola foi “Ratos e Urubús”, homenagem ao carnaval de Joãosinho Trinta, realizado em 1989. No desfile das campeãs, realizado dia 20, a Grande Rio voltou a desfilar na Marquês de Sapucaí com o enredo “Das Arquibancadas ao Camarote Nº 1, Um Grande Rio de Emoção na Apoteose do Seu Coração!”. O desfile da Grande Rio foi dividido em sete setores. Foram cerca de 4 mil componentes, entre eles o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Sidcley e Squel. A Escola - a quarta escola a desfilar no segundo dia dos desfiles oficiais - nunca esteve tão perto da vitória como desta vez, empolgando o público e os jurados, com um enredo que fez uma retrospectiva relembrando os melhores momentos da Marquês de Sapucaí desde a sua inauguração, em 1984. O enredo foi interpretado por Wantuir e sob a responsabilidade do carnavalesco Cahê Rodrigues. A Grande Rio foi fundada em março de 1988 com o nome de Acadêmicos de Duque de Caxias sob as cores vermelho, verde e branco. Seis meses depois, foi feita a fusão com a Escola Grande Rio, nascendo assim a Acadêmicos do Grande Rio. O seu primeiro enredo foi “O mito sagrado de Ifé”, dos carnavalescos Edson Mendes e Ricardo Ayres, que a consagrou como vice-campeã do Grupo RJ-1. No ano seguinte, já no grupo de acesso e novamente vice-campeã, conquistou vaga no Grupo Especial, onde permanece até agora. Em 2006 e 2007, foi vice-campeã.

Cahê Rodrigues: “a felicidade em homenagear os grandes carnavalescos”

REPRODUÇÃO

ALBERTO ELLOBO

CARIOCA da Vila Valqueire, Cahê Rodrigues recebeu a reportagem do jornal Capital em sua sala de trabalho no barracão da Escola, na zona portuária do Rio. O carnavalesco ainda não conseguia esconder a emoção pela conquista de mais um título de vice-campeão para a Escola. “O entusiasmo e a garra dos foliões e da comunidade de Duque de Caxias foram muito importantes para a Grande Rio. Na semana que antecedeu ao carnaval, estávamos tomados pela confiança de ser campeão e cada um fez a sua parte para isso. Isso certamente contribuiu para que fizéssemos um carnaval bonito, sem luxo”, disse Cahê, que é Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, título concedido pela Assembléia Legislativa. - Carnaval não é luxo, é criatividade. Tivemos 5 notas 10 em enredo. Fomos a única escola que teve esse reconhecimento dos jurados - observou o carnavalesco, que teve o primeiro contato com o samba através de tio, o Índio, que era compositor da Beija-Flor de Nilópolis. Ele lembra que desenhava e o tio lhe disse que tinha “visão de carnaval. Nunca me esqueci isso e fui à luta”. Sua caminhada começou como assistente de carnavalesco com o Oswaldo Martins, em 1993, na Unidos da Tijuca, passando depois pela Grande Rio e Acadêmicos de Santa Cruz. A “carreira solo” foi no grupo de acesso com a Acadêmicos de Vigário Geral. Depois, com 25 anos, entrou para o grupo especial em 2002, pela Porto da Pedra, passou pela Caporichosos e Pilares e, em 2007, chegou à Portela, onde ficou até 2008. A estréia como carnavalesco da Grande Rio foi no ano passado, onde falou sobre a França, com o enredo; “Voila, Caxias! Liberté, egalité, fraternité, merci

Ano 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

beaucoup, Brésil! Não tem de quê!”, que ficou na 5ª colocação. “Sou um profissional realizado, pois trabalhei com outros grandes como Joãozinho Trinta e Max Lopes”. Sobre o enredo deste ano, “Das arquibancadas ao camarote número 1, um Grande Rio de emoção, na Apoteose do seu coração”, ele diz que no início, as pessoas faziam brincadeiras, dizendo que era o “carnaval dos camarotes”. “Poucos entendiam que a homenagem aos 25 anos do Sambódromo não podiam enfatizar o Camarote n° 1, que rendeu muitas histórias para o carnaval”, lembrou Cahê. “Creio que muitas pessoas não acreditavam que o mais jovem carnavalesco das grandes escolas pudesse homenagear os grandes carnavalescos como Fernando Pinto, Arlindo Rodrigues, Renato Lage, Max Lopes e Joãosinho Trinta, que costumo chamar de “mentes loucas e brilhantes”. A resposta do grande público e dos jurados no desfile me emocionou bastante. Isso a gente não esquece nunca”, concluiu Cahê, agradecendo mais uma vez o apoio da comunidade e dos integrantes da Escola. Ele disse que está feliz e pretende continuar na Escola.

DESEMPENHO DA ACADÊMICOS DO GRANDE RIO DESDE A SUA CRIAÇÃO Colocação Grupo Enredo Carnavalesco Vice-Campeã Vice-Campeã 16ºlugar Campeã 9ºlugar 12ºlugar 16ºlugar 11ºlugar 10ºlugar 8ºlugar 6ºlugar 9ºlugar 6ºlugar 7ºlugar 3ºlugar 10ºlugar 3ºlugar Vice-Campeã Vice-Campeã 3ºlugar 5º lugar Vice-Campeã

RJ-1 Acesso Especial Acesso Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial Especial

O mito sagrado de Ifé Porque sou carioca Antes, durante e depois, o despertar do homem Águas claras para um rei negro No mundo da lua Os santos que a África não viu História para ninar um povo patriota Na era dos Felipes o Brasil era espanhol Madeira-Mamoré, a volta dos que não foram, lá no Guaporé Prestes, o cavaleiro da esperança Ei, ei, ei, Chateau é nosso rei! Carnaval à vista - não fomos catequizados, fizemos Carnaval Gen leza “X” - O profeta do fogo Os papagaios amarelos nas terras encantadas do Maranhão O nosso Brasil que vale Vamos ves r a camisinha meu amor! Alimentar o corpo e alma faz bem! Amazonas, o Eldorado é Aqui Caxias, o Caminho do Progresso, o Retrato do Brasil Do Verde de Coarí, Vem Meu Gás, Sapucaí! Voilá, Caxias! Para sempre liberté, egalité, fraternité, merci beaucoup, Brésil! Não tem de quê! Das arquibancadas ao camarote número 1, um Grande Rio de emoção, na Apoteose do seu coração

Edson Mendes e Ricardo Ayres Wany Araújo e Fernando Lopes Paz Wany Araújo e Fernando Lopes Paz Lucas Pinto e Sônia Regina Alexandre Louzada Lucas Pinto Lucas Pinto Roberto Szaniecki Alexandre Louzada Max Lopes Max Lopes Max Lopes Joãosinho Trinta Joãosinho Trinta Joãosinho Trinta Joãosinho Trinta Roberto Szanieck Roberto Szanieck Roberto Szanieck Roberto Szanieck Cahê Rodrigues Cahê Rodrigues


4 CAPITAL Lucro do BB é recorde na história do País ALBERTO ELLOBO

O BANCO DO BRASIL (BB) anunciou que registrou lucro líquido de R$ 10,148 bilhões em 2009. De acordo com o economista Einar Rivero, da consultoria Economatica, foi o maior lucro anual já registrado por um banco no país, à frente do ganho de R$ 10,067 bilhões do Itaú Unibanco no ano passado. O resultado do BB em 2009 subiu 15,2% frente ao resultado de 2008, que foi R$ 8,803 bilhões. Um novo salto nas operações de crédito, combinado com receitas extras com a Previ (fundo de pensão dos funcionários) e despesas menores com provisões para calotes, turbinou os resultados no fim de 2009. Considerando apenas o quarto trimestre, o lucro do BB chegou a R$ 4,155 bilhões, um crescimento de 41,1% frente aos R$ 2,944

bilhões. Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 1,819 bilhão entre outubro e dezembro, 11,9% maior que em igual intervalo de 2008. Eventos extraordinários acrescentaram R$ 2,336 bilhões ao lucro do quarto trimestre, incluindo uma receita extra de R$ 3,03

bilhões referente à contabilização de parte dos ganhos atuariais não reconhecidos da Previ. Segundo a consultoria Economatica, três dos dez maiores lucros bancários no país foram registrados em 2009, ano afetado pela crise econômica. O ranking foi ajustado

pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI). “Os dez maiores ganhos bancários no Brasil estão concentrados em apenas três instituições: o Banco do Brasil, o Bradesco e o Itaú ou Itaú Unibanco”, destacou o economista Einar Rivero.

Um banco com muita história para contar O BANCO DO BRASIL foi o primeiro a operar no País, com a instalação da família Real Portuguesa no Brasil. O capital inicial foi de 1.200 contos de réis, dividido em 1.200 ações. Em 1892, se funde com o Banco da República dos Estados Unidos e passa a se

chamar Banco da República do Brasil. Em 1905, o Banco da República do Brasil é liquidado e transformado por meio de mudança na composição acionária, no Banco do Brasil S.A. O governo ingressa como acionista majoritário do capital. Nesses mais de 200 anos

de existência, acumulou experiências e pioneirismos, participando vivamente da história e da cultura brasileira. Sua marca é uma das mais conhecidas e valiosas do País, acumulando ao longo de sua história atributos de confiança, segurança, moder-

nidade e credibilidade. Com sólida função social e com competência para lidar com os negócios financeiros, o Banco do Brasil demonstrou que é possível ser uma empresa lucrativa sem perder o núcleo de valores - o que sempre o diferenciou da concorrência.

Fevereiro de 2010, 2ª Quinzena

Construtoras investem em cidades cortadas pelo Arco Metropolitano DE OLHO NAS oportunidades que começam a despontar com as obras do Arco Metropolitano - que prevê duplicações e melhorias na pavimentação das estradas federais, além da construção de um trecho de 73 quilômetros que ligará a Rodovia Washington Luís à Rio-Santos - construtoras estão investindo em projetos comerciais nas cidades cortadas pelo arco. A Calper, por exemplo, está desembolsando R$ 20 milhões no Lumina Corporate, que será lançado no próximo dia 3 de março em Nova Iguaçu. Com 70% das unidades já vendidas, o edifício tem 171 salas e 12 lojas. Além do Lumina Corporate, a Calper vai construir mais quatro empreendimentos no município da Baixada até 2012.

Outro município a colher os frutos das obras do arco será Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A incorporadora NEP lançou um projeto pioneiro na região: o complexo hoteleiro e empresarial Supreme Caxias. De acordo com o diretor de desenvolvimento da NEP, Cyro Fidalgo, a empresa escolheu Caxias como seu local de estreia por ser uma região estratégica, em crescimento e com um enorme potencial econômico já consolidado. - A região abriga a Reduc, da Petrobras, maior unidade industrial da área do Grande Rio, além de empresas e indústrias. Caxias é o segundo maior PIB do estado e nosso foco será investidores com interesse no mercado imobiliário – explica Fidalgo.

Detran arrecada R$ 1,2 mi em leilão EM MAIS UMA rodada de leilão do Detran realizada dias 25 e 26, foram negociados 567 automóveis, gerando uma receita de R$ 1.246.800,00 aos cofres públicos. Os destaques ficaram por conta do Polo Sedan 2004, negociado por R$ 18.100, e do Honda FIT 2006, arrematado por R$ 21.350. Muitas pessoas acompa-

nharam os trabalhos pela internet, consolidando a grande rede como forma de realizar bons negócios nos leilões do Detran. Em dois dias, 25 mil pessoas acessaram o site do leilão. De toda a receita gerada, R$ 709.750 são provenientes dos lances pela internet.


Fevereiro de 2010, 2ÂŞ Quinzena

CAPITAL

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Fevereiro de 2010, 2ª Quinzena

Falência da Unimed de Caxias prejudica 17 mil famílias A UNIMED-RIO, maior cooperativa médica do estado e uma das maiores do país, foi autorizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a oferecer novos contratos assistenciais aos aproximadamente 17 mil beneficiários da Unimed Duque de Caxias, cuja liquidação extra-judicial foi anunciada na edição do Diário Oficial da União do dia 8 de fevereiro (Resolução Operacional nº 765). Além dos quase 17 mil segurados que ficaram sem cobertura, a falência da Unimed/Caxias, depois de uma luta interna entre grupos que durou cerca de 15 anos, trouxe prejuízos também para os cofres públicos, por impostos não recolhidos nos últimos anos, inclusive Imposto de Renda, pagamento de serviços prestados por médicos, clínicas e laboratórios, além de fornecedores. A habilitação da Unimed-Rio para ofertar novos planos aos clientes da cooperativa liquidada foi determinada pela Agência, nas regras do processo - iniciado em setembro do ano passado - relativo ao Edital de Convocação de Oferta Pública para a definição de uma alternativa de continuidade de atendimento. Pelas determinações da ANS, os

clientes da Unimed-Caxias tiveram apenas 30 dias prazo que se iniciou com a publicação no Diário Oficial (08/02/2010) - para contratar, caso desejem, planos assistenciais da Unimed-Rio. A decisão pela aceitação ou não das condições de contratação é exclusivamente dos clientes da Unimed Duque de Caxias, uma vez que a mudança não será automática. Ao invés de comprar a carteira de clientes da Unimed/ Caxias, como é comum no mercado de capitais, a Unimed/Rio de Janeiro apenas vai se beneficiar da falta de concorrência e tentar atrair os segurados da cooperativa que fechou as portas no dia 8 de fevereiro. Como não se trata de compra de carteira de clientes, a Unimed-Rio não assume como sucessora da Unimed Duque de Caxias, cuja dívida será atribuída a cerca de 7.500 profissionais de saúde que faziam parte do seu quadro associativa. Na porta da Unimed-Caxias, localizada na avenida Brigadeiro Lima e Silva nº 1189, um cartaz afixado informa que até o dia 9 de março, os casos de urgências e emergências serão feitos em três clínicas do município. Os telefones para informações são

ALBERTO ELLOBO

cracias, durante a compra. Todo o sistema, que também poderá ser oferecido ao atacado e ao setor de serviços, será implementado e operacionalizado pela empresa Tivvo. Entre as vantagens do sistema, as empresas terão como diminuir o risco de

Cada vez mais se sabe e se pratica a ergonomia em nosso meio de trabalho mesmo que sem conhecer ou sabermos aplicá-la corretamente. A definição para o termo é que esta é o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar de forma integrada e não dissociada a segurança, o conforto, o bem estar e a eficácia das atividades humanas. Em outras palavras: com a ergonomia tentamos adequar o trabalho às pessoas e também as pessoas ao seu trabalho. Com isso reduzimos o risco de adoecimento e de acidentes do trabalho, melhoramos o desempenho do trabalhador, aumentando a qualidade do produto e dos serviços prestados. As soluções ergonômicas geram ainda grandes benefícios sociais, operacionais e retorno financeiro para empresa que nelas investe. Empresas com alto grau de absenteísmo, altos índices de acidente, trabalhos em turnos, atividades que requeiram grandes esforços físicos, requisitos de precisão, atividades aparentemente repetitivas, conflitos entre empregados e setores. Estas são as principais beneficiadas com o investimento, porém toda e qualquer empresa pode adotar tais práticas com benefícios extraordinários. LEANDRO FEITAL é médico cardiologista, coordenador Médico em empresa de medicina do trabalho. CRM 5274934-6

3861-3861, 0800-0793821 e 0800-2860234 (deficiente auditivo/fala). Um outro comunicado anuncia os endereços da Unimed Rio para contratação de planos, com os mesmos telefones. Apesar da liquidação extra-judicial da Cooperativa, o médico Edmon Gomes da Silva Filho, Diretor Presidente da Unimed Duque de Caxias, está convocando

os profissionais de saúde a ela vinculados para uma assembléia geral ordinária marcada na sede da empresa no dia 25 de março, às 17h30, quando será eleito o Conselho Fiscal para o período 2010-2011, conforme edital publicado pela Unimed-Caxias. Segundo o documento, estão em condições de participar da eleição apenas 223 cooperados.

Financiamento mais fácil na hora da compra A FECOMÉRCIO fechou uma parceria para oferecer soluções de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF). Esse acordo vai possibilitar que consumidores do pequeno e médio varejo tenham acesso a financiamentos mais fáceis e rápidos, sem buro-

Ergonomia

inadimplência, entender o perfil do cliente e acelerar os processos de liberação de crédito. “A Tivvo é a soma de todas as operações que existem no varejo, desde a prospecção e diagnóstico, concessão de crédito, fidelização e recuperação”,

afirma Ivanete Moura, sócia da empresa. Com essa parceria, o consumidor poderá requerer junto ao pequeno e médio varejista o fi nanciamento de bens de consumo. O crédito é parcelado em até 24 vezes. O site é www.tivvo.com.br.

Inadimplência empresarial cai 14,6% em janeiro A INADIMPLÊNCIA das empresas brasileiras diminuiu 14,6% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2009, revelou sexta-feira (26) o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. De acordo com a entidade, é a maior queda neste critério de comparação desde março de 2008. Segundo a Serasa, a retomada do crescimento da economia em relação ao ano passado explica a inadimplência mais baixa. Em relação a dezembro, a inadimplência cresceu 3%. - Como perspectiva, espera-se que a inadimplência da pessoa jurídica, no primeiro semestre deste

ano, apresente evoluções menores - prevê a Serasa em comunicado. Ainda de acordo com o levantamento, o recuo da inadimplência foi maior nas grandes empresas, segmento que apresentou queda de 36,7% em janeiro de 2010 ante janeiro de 2009. Nas médias empresas a queda foi de 25,7% na mesma comparação e, nas pequenas empresas, o recuo foi bem menor: 12,9%. Isto revela que a queda da inadimplência está mais lenta nas micro e pequenas empresas que, segundo a Serasa, ainda encontram mais dificuldades no acesso ao crédito em relação às demais.

Meio século de jornalismo A ASSOCIAÇÃO Duquecaxiense de Imprensa Escrita e Falada-ACIEF realizou um almoço para comemorar os 50 anos de profissão do jornalista Alberto Marques, onde estiveram presentes vários colegas de profissão e amigos. Ele começou a carreira no jornal cultural Grupo, na década de 50. Trabalhou depois outros veículos da Baixada Fluminense e da capital. Além de um blog na internet, colabora com alguns outros órgãos de comunicação impressos. O jornalista disse ao Capital que o que mais o incomodou durante toda sua carreira não foi, como era de esperar, a “ter-

rível censura oficial instaurada pelo regime militar” mas, sim a “censura velada” de grupos políticos e empresariais. “Era comum nas redações receber telefonemas de gente ligada ao governo, com ou sem mandato, reclamando das críticas ácidas feitas ante ao comportamento público de nossas autoridades. Não posso deixar de assinalar, porém, que Ruyter Poubel e Neuber Dutra (“Folha da Cidade”) e Valcir Almeida e Neuza Veneu (“O Municipal”), sempre preservaram a independência do jornalista, apesar das tentativas de interferências externas”, assinalou o jornalista.


CAPITAL

Fevereiro de 2010, 2ª Quinzena

Faetec entrega obras dos Ceteps Catumbi e Jacaré DIVULGAÇÃO/ÚRSULA NERY

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Light multada em R$ 9,5 milhões OS CONSTANTES apagões ocorridos no final de 2009 e início de 2010 levaram a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a multar Light em R$ 9,5 milhões. A fiscalização constatou falhas de manutenção e operação, equipamentos em final de vida útil e deficiência na gestão da carga nas redes subterrâneas do Rio, principalmente na

Zona Sul e no Centro. Em nota, a Light informou que “analisará as razões elencadas pela Aneel e apresentará oportunamente os pontos de vista à agência reguladora, conforme previsto na regulamentação”. Segundo a Aneel, o auto de infração foi emitido no dia 17 de fevereiro e a concessionária teve dez dias de prazo a

contar do recebimento do documento para recorrer da multa, o que ocorreu três dias depois. A fiscalização, segundo a Aneel, é realizada periodicamente nas distribuidoras e transmissoras de energia do país. A atividade checa a manutenção de equipamentos e o atendimento aos clientes.

Municípios do RJ vão parar em defesa dos royalties A FUNDAÇÃO de Apoio à Escola Técnica (Faetec) entregou à população, as reformas de duas unidades da sua rede: os centros de educação tecnológica e profissionalizante (Ceteps) Catumbi e Jacaré, no Centro e na Zona Norte do Rio, respectivamente. A primeira cerimônia ocorreu no Catumbi, por volta das 9h. O Cetep, localizado no número 87 da rua que leva o nome do bairro, teve na entrega de suas novas instalações a presença de autoridades do governo do estado, como o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso; o deputado estadual, Gilberto Palmares; além do presidente da Faetec, Celso Pansera. Pansera elogiou o trabalho do governador Sérgio Cabral e do secretário Alexandre Cardoso, utilizando como

exemplo, entre outras ações, a atual realidade da Faetec. “Este é o novo momento que a Faetec vive a partir da gestão do governador Sérgio Cabral e do deputado Alexandre Cardoso como secretário de Ciência e Tecnologia. Então é um conjunto de pessoas que está trabalhando para oferecer realmente uma rede que forme bons profissionais”, disse. O secretário Alexandre Cardoso falou do sentimento que profissionais de educação podem colocar no seu diaa-dia em contraponto com a “frieza” da informática dentro da área. “A função da escola é muito mais do que ensinar; a função da escola é educar. Está chegando um ponto em que o computador ensina. A pessoa acessa os sites de pesquisa e ele ensina. Mas nada vai substituir o professor, porque o computador não chora, o computador não ri, o computador não tem

amor. E é fundamental que as pessoas que queiram educar tenham amor por aquilo que estão fazendo”, constatou Cardoso. O Cetep do Catumbi, que antes dos trinta dias de reformas recebia uma média de 500 alunos por ano, terá sua capacidade dobrada sob consideráveis melhorias de infra-estrutura. Os cursos já estão sendo oferecidos no local. O Cetep Jacaré passou por três meses de reformas e hoje, fora as dependências confortáveis que oferece aos seus alunos, possui os cursos de Cabeleireiro, Manicure e Pedicure, Depilação, Maquiagem, Panificação, Bordado e Idiomas. O coordenador ainda informou que antes das obras o local recebia 450 estudantes por ano e agora, mesmo sem precisar um valor, terá este número aumentado.

OS MUNICÍPIOS produtores de petróleo do estado do Rio vão parar quinta-feira (4), às 16h, em defesa da manutenção dos royalties. A decisão foi tomada em reunião da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) em Campos, no Norte Fluminense, na quinta-feira

(26). De acordo com a organização, a medida é um protesto contra a ameaça de aprovação, no Congresso Nacional, da emenda do deputado federal Íbsen Pinheiro, que prevê a redistribuição de royalties para mais de cinco mil municípios. A Ompetro espera mobilizar o comércio e as

universidades, para que ambos interrompam suas atividades, conscientizando sobre as consequências que a aprovação da emenda pode trazer, a partir de maio. Segundo os prefeitos, a perda para os municípios produtores seria de 70% do orçamento e 20% do PIB


8 CAPITAL

Fevereiro de 2010, 2ª Quinzena

Descoberto petróleo no pós-sal e no pré-sal da Bacia de Campos DIVULGAÇÃO/PETROBRAS

COM A PERFURAÇÃO de um único poço (6-BR63A-RJS), a Petrobras descobriu duas novas acumulações de petróleo em reservatórios localizados na Bacia de Campos, uma no pós-sal e outra no pré-sal. O poço exploratório foi perfurado na área de concessão de produção de Barracuda, a cerca de 100 km do litoral do Estado do Rio de Janeiro, em águas onde a profundidade é de 860 metros. A Petrobras já tem estrutura de produção e escoamento instalada na área. O anúncio da descoberta foi feito na quinta-feira (25) pela empresa e, nas estimativas da empresa, o volume total de óleo recuperável é de 65

milhões de barris. Uma das acumulações descobertas foi em reservatórios carbonáticos do pré-sal e está localizada a 4.340 metros de profundidade. Estimativas preliminares indicam a presença de petróleo leve (28º API), com volumes recuperáveis de, aproximadamente, 40 milhões de barris, em reservatórios com boa produtividade, confirmada pelos testes realizados. A outra descoberta, também no poço 6-BR-63A-RJS, foi uma acumulação de petróleo em reservatórios arenosos do pós-sal, que já apresentam histórico de produção na área de Barracuda. Estima-se que o

volume de óleo recuperável nessa acumulação seja de 25 milhões de barris. Aproveitando a completa infraestrutura de produção e escoamento já instalada na área, a Companhia estuda a possibilidade de interligar o poço 6-BR-63A-RJS à plataforma P-43, que já opera no Campo de Barracuda. As descobertas serão objeto de plano de avaliação, a ser apresentado brevemente à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). - Estimativas preliminares indicam a presença de óleo leve (28º API), com volumes recuperáveis de aproximadamente 40 milhões de barris, em reservatórios

Nova Iguaçu vai emitir nota fiscal eletrônica O MUNICÍPIO de Nova Iguaçu se torna o primeiro entre as cidades da Baixada Fluminense e o segundo do Estado a participar do programa Nota Fiscal Eletrônica, do Governo Federal. A partir de maio, todas as empresas da cidade deverão estar cadastradas junto à Prefeitura para emitirem notas fiscais de qualquer produto através do sistema eletrônico Nota + Fácil, que substituirá a antiga nota fiscal de papel. O lançamento do programa aconteceu esta semana na sede da Firjan de Nova Iguaçu e contou com a participação do secretário de Economia e Finanças de Nova Iguaçu, Carlos Ferreira, do presidente da Firjan de Nova Iguaçu, Carlos Ernani Aguiar, da vicepresidente da Câmara de Vereadores da cidade, Marli de Freitas, além do empresariado local. Segundo Ferreira, o programa, instituído por Lei Federal, visa a agilizar o processo na arrecadação de tributos dos municípios, que terão até 2012 para se adequarem. “Nova Iguaçu se planeja há um ano para receber o sistema, que entrará definitivamente em vigor no final de maio. Com a nota fiscal eletrônica a arrecadação do município deverá subir em até 20%, o que equivale a cerca de R$ 15 milhões ao ano”, informou o Secretário, acrescentando que a fiscalização na sonegação de impostos também será mais fácil, já que as informações do prestador de serviços estarão on-line.

com boa produtividade, confirmada pelos testes realizados - ressaltou a Petrobras, em comunicado divulgado ao mercado. A outra descoberta foi uma acumulação de óleo em reservatórios arenosos do pós-sal, que já apresentam histórico de produção na área de Barracuda. Estimase que o volume de óleo recuperável nessa acumulação seja de 25 milhões de barris.


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