Edição Nº 23

Page 1

Ministro 1 CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

fala na Firjan PÁG. 5

ANO 2 N° 23 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 8 A 14 DE SETEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00

SCERJ/ANTONIO PINHEIRO

Indústria naval emprega mais de 20 mil

A INDÚSTRIA NAVAL fluminense, que já emprega mais de 20 mil trabalhadores, paga melhor que a indústria do turismo, tradicional vocação econômica do estado. O salário médio de um trabalhador de estaleiro no Rio é de R$ 2.169,16, contra R$ 912,22 da média salarial na rede hoteleira, que emprega cerca de 30 mil trabalhadores. Investimentos no setor, nos últimos anos, chegam a perto de R$ 3,7 bilhões. PÁGINA 4

Simples pode excluir Para Lula, Brasil pode dominar a 560 mil empresas produção mundial de alimentos

DOS 3,9 MILHÕES de empresas inscritas no Simples Nacional, cerca de 560 mil têm dividas com o programa e podem ser excluídas no regime diferenciado de tributação. A dívida total, segundo o coordenadorgeral de Arrecadação e Cobrança da Receita Federal, Marcelo Lins, chega a R$ 4,3 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões referem-se às

35 mil empresas que tiveram a exclusão do programa anunciada na semana passada pela Receita. Elas deixaram de pagar o Simples Nacional em 2007 e 2008. As dívidas de 2009 ainda estão sendo levantadas. Segundo o coordenador, os novos lotes de exclusão, no entanto, só serão anunciados no ano que vem. PÁGINA 3

BANCO DE IMAGENS

Câmbio* Dolar Comercial Dólar Paralelo Dólar Turismo

Compra (R$) 1,714 1,830 1,660

Venda (R$) 1,716 1,930 1,830

Variação % 0,23 0,51 0,54

Coroa Dinamarca Dólar Austrália Dólar Canadá Euro Franco Suíça Iene Japão Libra Esterlina Inglaterra Peso Chile Peso Colômbia Peso Livre Argentina Peso MÉXICO Peso Uruguai

(U$) 5,778 0,935 1,027 1,287 1,007 83,690 1,542 494,600 1.790,800 3,925 12,859 20,650

(U$) 5,781 0,935 1,027 1,288 1,008 83,710 1,543 495,100 1.791,400 3,965 12,867 21,000

% 1,69 0,98 0,93 1,57 1,12 0,56 0,51 0,30 0,45 0,00 0,65 0,72

Ibovespa Dow Jones Nasdaq IBX Merval

68.030,58 10.544,13 2.285,71 21.227,28 2.457,92

Variação % 1,83 0,78 1,93 2,05 0,87

Poupança Poupança

13/09 p/ 01 mês

0,584 0,600

ao ano

10,75 0,985 0,099

Índice

Indicadores*

MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA)

Moeda

Valor

Juros Selic meta Selic over TR Salário Mínimo (Federal) Salário Mínimo (RJ)

R$ 510,00 R$ 581,88

(*) FECHAMENTO: 13 DE SETEMBRO DE 2010

AO INAUGURAR um armazém de grãos em Uberlândia, no último dia 8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil pode dominar a produção mundial de alimentos no planeta se continuar investindo na safra de grãos e em tecnologia. Ele disse ainda que o Brasil agora pode “andar de cabeça erguida” depois de ter enfrentado e ganhado dos Estados Unidos em disputas na Organização Mundial do Comércio. PÁGINA 8

Câmara de Caxias abre CPI para serviços funerários O PEDIDO, apresentado pelo vereador Ademir Martins, do PV, foi colocado na pauta pelo presidente Mazinho na sessão da última quinta-feira (dia 9), quando estavam em plenário 10 dos 21 vereadores. A sessão durou pouco mais de

20 minutos. O município de Duque de Caxias conta hoje com quatro empresas atuando nesse segmento, depois que a justiça acabou, no ano passado, com um monopólio que vigorava na cidade desde o início da década de 70, ou

seja, por quase 40 anos, sem ter sido questionado, durante todo esse tempo, pelos Poderes Executivo e Legislativo. As novas empresas - uma em cada distrito da cidade - atuam com alvarás autorizados pela justiça. PÁGINA 7

Curso forma empreendedor de moda O CURSO técnico em moda, implantado pela Faetec em 2005, foi reformulado e incluiu mais disciplinas teóricas e práticas, com duração de três semestres. PÁGINA 5


2 CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

BNDES e Caixa vão participar da capitalização da Petrobras O FUNDO SOBERANO do Brasil (FSB), a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão participar da capitalização da Petrobras. O BNDES e a Caixa foram autorizados a vender (ou permutar) até 217,4 milhões de ações ordinárias da estatal petrolífera para o Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização – fundo de

Formação de redes e Educação

investimento privado, administrado pelo Banco do Brasil, onde estão depositados os recursos do FSB. Por meio da capitalização, a Petrobras venderá novas ações no mercado e poderá arrecadar os recursos fi nanceiros que precisa para ampliar investimentos, sobretudo na exploração do pré-sal. O decreto foi publicado dia 9 em edição extra do Diário da Oficial da União.

Rio Oil & Gás no Riocentro INICIADA na manhã do dia 13, a Rio Oil & Gás ficará aberta até o dia 16, no Riocentro, oferecendo em seu estande linhas de financiamento e consultoria para empresas do setor interessadas em investir no estado. Estarão reunidas no espaço a Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (InvesteRio), a Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin) e o Departamento de Recursos Minerais (DRM), empresas vinculadas à secretaria. Analistas de crédito bilíngues da

InvesteRio vão oferecer consultoria sobre programas e serviços financeiros para implantação, modernização ou expansão de empresas. Os investidores poderão obter detalhes sobre condições de financiamento, como taxas de juros e prazos para pagamento. A agência disponibilizará, ainda, diversas opções para pequenas e médias empresas, com linhas de financiamento com recursos próprios, além de repassar o BNDES Automático e o Finame, para aquisição de máquinas e equipamentos.

Atualmente a agência tem capacidade de conceder R$ 1,5 bilhão em crédito. A Codin também marca presença no estande oficial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para prestar consultoria e assessoria aos investidores interessados no Rio, em questões como incentivos tributários, localização e mão de obra. Já o DRM vai prestar informações sobre as potenciais reservas de óleo e gás no litoral fluminense e levará também seus mapas de localização de todos os campos em produção e ex-

ploração, além dos previstos para os futuros leilões. Nos dias 14 e 15 haverá também uma Rodada de Negócios, que vai reunir os grandes compradores do mercado de petróleo, gás e biocombustíveis e as pequenas e médias fornecedoras de bens e serviços para o setor. A Rodada é organizada pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e pelo Sebrae Nacional e conta com o apoio do programa Compra Rio, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

PARA QUEM AINDA não teve a oportunidade de ler, recomendo a entrevista publicada na página 70 da revista Época nº 643, desta semana. Nela, o cientista político Eduardo Marques, da USP, mostra que o conjunto das relações sociais dos indivíduos - as chamadas redes - pode ser mais importante que os anos de escola na hora de determinar se alguém terá emprego ou não. Apesar de não desprezar a Educação - pelo contrário, ele afirma que o ensino superior constrói uma transição suave para uma rede ampliada em que a profissão é o forte, porque possibilita um maior acesso também a outras redes -, ele coloca as relações que construímos ao longo de nossa trajetória e os horizontes que elas nos abrem como um fator importante no desenvolvimento da carreira profissional. Como, então, ao responder ao desafio de universalizar a educação, é possível ampliar também os horizontes dos alunos e fazer com que eles aproveitem o ambiente escolar para conquistar amigos e mantê-los, aumentando suas possibilidades no futuro? Talvez a resposta a este desafio esteja na tecnologia. Hoje é muito mais explícito e universal o conceito de rede - a difusão e o sucesso das redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter ajudou neste processo. Tornou-se quase imperativo possuir um perfil nelas. Porque, então, não aproveitar a oportunidade que estas redes abrem e olhar para elas como espaços de relacionamento e de troca de informações, e não apenas como um repositório de pessoas que encontramos ao longo da vida? Se conseguirmos costurar estas duas coisas, porém, estaremos amplificando o poder que a primeira tem de promover a ascensão social e a melhoria da qualidade de vida da população. GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Emprego na indústria registra sétima alta mensal consecutiva, segundo o IBGE

BANCO DE IMAGENS

O EMPREGO na indústria registrou em julho um crescimento de 0,3% na comparação com o registrado em junho. Esse é o sétimo resultado mensal positivo consecutivo. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada dia 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a julho de 2009, a alta foi de 5,4%, sexta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. O índice acumulado do ano ficou em 2,9%, enquanto o dos últimos 12 meses saiu de –1,5% em junho para –0,5% em julho. De acordo com o IBGE, esse resultado acentua a redução da queda iniciada em

dezembro do ano passado. Para os técnicos do instituto, os números positivos de julho refletem o aumento nas contratações em 2010 e também a baixa base de comparação, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional. A folha de pa-

gamento real dos trabalhadores na indústria cresceu 1,9% em relação a junho, e 11,2% na comparação com julho de 2009. O acumulado do ano, a alta chega a 5,6%. Segundo o IBGE, o emprego industrial cresceu na comparação ano a ano em

todas as regiões pesquisadas, com destaque para o Rio de Janeiro (9%), Norte e Centro-Oeste (8,1%), Nordeste (7,7%) e Rio Grande do Sul (7,1%). Em Minas Gerais, o crescimento foi de 4,4%, e em São Paulo, de 3,9%.

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70 Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy) nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611 ENDEREÇOS ELETRÔNICOS: comercial.capitalmercado@gmail.com contato.capitalmercado@gmail.com redacao.capitalmercado@gmail.com TIRAGEM: 10.000 exemplares DEPARTAMENTO COMERCIAL: (21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653 Diretor Geral: Marcelo Cunha (contato.capitalmercado@gmail.com) Diretor de Redação: Josué Cardoso (josuejornalista@gmail.com) Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379) Colaboradores: Arthur Salomão, Karla Ferreira, Frederico Costa Ribeiro, Geiza Rocha, Jorge Cezar de Abreu, Leandro Feital, Patrícia Nascimento, Samuel Maia, Pedro Paulo B. Noyma e Roberto Daiub


CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

Mais de 550 mil empresas podem ser excluídas do Simples ABR/VALTER CAMPANATO

DOS 3,9 MILHÕES de empresas inscritas no Simples Nacional, cerca de 560 mil têm dívidas com o programa e podem ser excluídas do regime diferenciado de tributação. A dívida total chega a R$ 4,3 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões referem-se às 35 mil empresas que tiveram a exclusão do programa anunciada no último dia 10. A informação é do coordenador-geral de Arrecadação e Cobrança da Receita Federal, Marcelo Lins. O coordenador, no entanto, afirmou que novos lotes de exclusão, como o divulgado dia 10, só serão anunciados no ano que vem. Segundo ele, a prioridade da Receita é se concentrar nos contribuintes que devem e prosseguir com o restante das cobranças a partir de 2011. - A capacidade de atendimento [da Receita Federal] justificou a quebra [da cobrança] em lotes.

Por, enquanto, resolvemos começar pelos maiores devedores - disse Lins. Depois de receber a intimação, as empresas têm até 30 dias para quitar as dívidas e voltar ao Simples. Como a exclusão só vale a partir de janeiro de 2011, os devedores que resolverem as pendências nem chegarão

a ter o registro interrompido no regime simplificado de tributação. Os contribuintes que perderem o prazo, no entanto, não serão excluídos do programa se pagarem as dívidas até o fim do ano e entrarem com processo de reinclusão no Simples Nacional em janeiro. É que, todos os anos, justamente

em janeiro, a Receita faz o cadastro das novas empresas inscritas no programa. Apenas se a empresa deixar de regularizar a situação e perder o prazo de adesão ao Simples será, de fato, excluída do regime. Nesse caso, o empresário terá de esperar até 2012 para quitar as pendências e entrar com novo pedido de cadastramento. “Nossa intenção não é excluir empresas sem dar oportunidade para o contribuinte se regularizar”, alegou Lins. As 35 mil empresas que tiveram a exclusão anunciada dia 10 deixaram de pagar os tributos correspondentes ao Simples Nacional em 2007 e 2008. As dívidas de 2009, segundo a Receita, ainda estão sendo levantadas. Para se regularizar, o contribuinte terá de pagar todos os débitos em apenas uma vez. Segundo Lins, a lei que criou o Simples não permite o parcelamento de dívidas com o programa.

Inflação medida pelo IGP-DI fecha agosto com taxa maior do que julho O ÍNDICE GERAL DE PREÇOS - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou uma inflação de 1,10%, em agosto deste ano. A taxa é maior do que a registrada no mês anterior, que havia sido de 0,22%. O dado foi divulgado dia 10 pela Fundação

Getulio Vargas (FGV). O IGP-DI é composto por três sub-índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). A alta na inflação em agosto foi

principalmente influenciada pelos preços ao produtor, cujo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve taxa de 1,70% ante o 0,34% de julho. O destaque nessa área foram os alimentos processados, que passaram de uma taxa de -0,30%

em julho para uma inflação de 3,21%. Na área de matérias-primas, houve alta nos preços do milho em grão (de -4,15% em julho para 8,04% em agosto), minério de ferro (7,60% para 11,42%) e soja em grão (6,73% para 9,19%).

3

Poluição atmosférica MUITAS DOENÇAS são causadas pela poluição atmosférica. Além de prejudicar a saúde de moradores provoca a contaminação do ar com várias substâncias nocivas. Atenta aos problemas, a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias realizou operação no bairro Jardim Gramacho para evitar queimadas criminosas na região, atendendo denúncia de moradores. Em menos de três horas duas carvoarias clandestinas foram localizadas. Oito fornos foram destruídos. Nos dois locais ninguém foi encontrado para responder pelos crimes ambientais. As áreas estão sendo monitoradas pelas autoridades ambientais e policiais. Para evitar sua localização, os fornos são cobertos com telhas de chapa de ferro. As queimadas ocorrem durante o dia e à noite, prejudicando as famílias do entorno que são obrigadas e fechar portas e janelas. Grande parte dessas pessoas sofrem de problemas respiratórios e constantemente procuram as unidades de saúde para tratamento. Além disso, prejudica também os motoristas que trafegam pela Rodovia Washington Luiz. Em um dos locais clandestinos a equipe encontrou troncos e galhos de árvores possivelmente provenientes de podas em outras cidades, o que está sendo investigado pelas autoridades municipais. Para funcionar as carvoarias têm que ter licenças das autoridades ambientais, fornecidas após o cumprimento de todas as normas e sua localização tem que ser distante dos núcleos urbanos. Denuncie crimes ambientais na sede da SMMAAA, na Alameda James Franco nº 3, em Jardim Primavera ou pelo telefone 2773-6243, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. __________________________________________________ SAMUEL MAIA é Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias

Direito Empresarial

FREDERICO COSTA RIBEIRO*

Ficha limpa pode ficar suja NO ÚLTIMO DIA 07 de junho foi sancionada pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Complementar nº 135/2010 – conhecida como a Lei da Ficha Limpa. Em síntese, a lei que surgiu por iniciativa popular prevê critérios mais rígidos de elegibilidade dos candidatos a cargos públicos. O Tribunal Superior Eleitoral já indeferiu, em todo o país, centenas de candidaturas para esta eleição, entre elas a do candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC). Ocorre que, essa aparente vitória da democracia

brasileira está em xeque. O Supremo Tribunal Federal pretende analisar ainda este mês a constitucionalidade de alguns dispositivos da Lei Complementar. “Sem dúvida nenhuma, é bem possível que se julgue antes das eleições”, disse o presidente do STF, César Peluso. Questionado sobre a tendência do Supremo em seguir a posição do TSE, o Ministro informou que em nada influencia o voto do Ministro Arnaldo Versiani, do TSE, que indeferiu a candidatura de Roriz, sendo acompanhado de mais cinco ministros. “Não é sinalização de nada, é simplesmente a

postura do ministro que deu a decisão.”, completou Peluzo. Ao que tudo indica, pelo menos dois pontos do texto legal correm o risco de serem declarados inconstitucionais: a aplicabilidade nas eleições deste ano e o caráter retroativo. Segundo as notícias de bastidor, cinco ministros tendem a votar pela inconstitucionalidade: Cezar Peluso, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e José Antonio Toffoli. Do outro lado estariam Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Carmen Lúcia e Joaquim Barbosa, sendo que este último rejeitou na quintafeira a liminar apresentada

pelo candidato Francisco Chagas, candidato a deputado estadual no Ceará. O suspense paira sobre o voto da Ministra Ellen Gracie. Para encerrar, gostaria de deixar aos colegas leitores um pensamento do magnífico cronista Sérgio Porto e lembrar que, independente do que for decidido sobre a constitucionalidade da ficha limpa, só quem tem o poder de sujar seu voto na urna é você, cidadão. Vote consciente! “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”.

(*)FREDERICO COSTA RIBEIRO É GRADUADO EM DIREITO, CIÊNCIAS POLÍTICAS E COM DIVERSOS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO NAS ÁREAS JURÍDICAS, PÓS GRADUADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO E DO ESTADO, GRADUANDO EM DIREITO AMBIENTAL E AUDITORIA AMBIENTAL, ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO DE PASSIVOS EMPRESARIAIS E ADMINISTRADOR JUDICIAL DE RECUPERAÇÕES JUDICIAIS, ADVOGADO ATUANTE EM FALÊNCIAS-CONCORDATAS.

Estar bem informado é o que faz a diferença!

O Valor da Informação

Anuncie: 21 2671-6611


4 CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

Indústria Naval emprega mais de 20 mil trabalhadores SCERJ/MARCELO HORN

projetos, garantir a compe- Firjan, o setor receberá titividade do setor e atrair 18,1% dos R$ 20,3 bilhões novos empreendimentos. previstos para a indústria Essa é realidade do setor. de transformação do esJulio Bueno lembra que, tado no período. Outros nos últimos anos, com a re- investimentos estão sendo cuperação realizada indúsdos em tria naval expan“A indústria brasileira, são e o s e s t a - naval se consolida moderleiros flu- como um segmento nização, minenses para que importante na economia voltaram os estaa e m p r e - fluminense” leiros gar e hoje flumijá responJÚLIO BUENO, secretário n e n s e s dem por Estadual de Desenvolvimento p o s s a m 50% das Econômico absorver vagas gea deradas pelo manda setor no país, com cerca de crescente por construção 25 mil postos de trabalho e reparo de embarcações. diretos. De acordo com o Há ainda boas perspectivas documento Decisão Rio para a cadeia produtiva, 2010-2012, produzido pela como o fornecimento de

A INDÚSTRIA naval fluminense, que já emprega mais de 20 mil trabalhadores, paga melhor que a indústria do turismo, tradicional vocação econômica do estado. O salário médio de um trabalhador de estaleiro no Rio é de R$ 2.169,16, contra R$ 912,22 da média salarial na rede hoteleira, que emprega cerca de 30 mil trabalhadores. O setor apresenta um crescimento de 829,5% entre 2000 e 2009, segundo dados da Rais/MTE. Com isso, o Rio se mantém na liderança do processo de revitalização da indústria naval no Brasil, sendo responsável por 65% dos 31.979 empregos gerados pelo setor no período. - Esses dados mostram que a indústria naval fluminense apresenta um forte potencial de crescimento e se consolida como um segmento importante na economia fluminense. Isso também reforça nossa tese que é possível construir no Rio um cluster da indústria naval - explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno. OPORTUNIDADES - Investimentos superiores a R$ 3,7 bilhões em três anos na indústria naval offshore fluminense, novas oportunidades de negócios e as ações do Governo do Estado para apoiar esses

máquinas e equipamentos para estaleiros e oportunidades para o setor de navipeças, já que o índice de conteúdo nacional dos navios é de 65%. Atualmente, no estado há 16 estaleiros em atividade: Eisa, Superpesa, SRD, CBO, Sermetal e Rio Nave, na cidade do Rio de Janeiro; Enavi-Renave, Mauá, STX, Aliança, São Miguel, UTC, Setal e MacLaren Oil, em Niterói; Cassinu, em São Gonçalo; e BrasFels, em Angra dos Reis. Ao todo, são 13 carreiras e 12 diques secos disponíveis para construção de embarcações. Esses números serão ampliados com a reativação do Estaleiro Inhaúma (antigo Ishibrás), localizado no bairro do Caju.

Estaleiro Rio Tietê construirá nova frota hidroviária para a Transpetro A TRANSPETRO concluiu a negociação das propostas comerciais para a construção de 20 comboios de empurradores e barcaças, recebidas para o Promef Hidrovia. A obra caberá ao novo Estaleiro Rio Tietê, projeto do consórcio formado pelas empresas Rio Maguari S.A. / SS Administração e Estre Petróleo, que venceu a licitação e irá construir a nova frota hidroviária por US$ 239,1 milhões (R$ 432,3 milhões). O próximo passo da licitação é a assinatura do contrato, prevista para outubro. O novo estaleiro, às margens da Hidrovia Tietê-Paraná, será construído na cidade de Araçatuba (SP). As obras do estaleiro começarão no início de 2011 e a nova frota de 20 comboios já começará a ser entregue a partir do último trimestre do próximo ano. O projeto da hidrovia, integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê que, a partir de 2013, a Trans-

petro faça o transporte fluvial de etanol. A operação demandará a construção de 20 empurradores e de 80 barcaças. Cada comboio será formado de quatro barcaças e de um empurrador, com capacidade para transportar 7,6 milhões de litros. Quando totalmente operacional, o volume anual transportado deverá chegar a 4 bilhões de litros. A operação dos

novos comboios hidroviários integra o Programa de Logística Integrada de Escoamento de Etanol da Petrobras, que inclui, ainda, a construção de novos dutos, centros coletores e terminais. A geração de empregos é uma das características mais marcantes do Promef Hidrovia. A projeção é que surjam 500 empregos diretos e 2.000

indiretos, em média, na construção do estaleiro. No pico das obras, os empregos diretos com a construção chegarão a 700. A operação do estaleiro demandará 300 trabalhadores em média, com a geração de mais 1.200 empregos indiretos. Já os comboios gerarão 400 empregos diretos e 1.600 indiretos na operação.


CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

Curso de Produção em Moda forma empreendedores JOVENS FASHIONISTAS e costureiras de meia idade interessadas em aprimorar seus conhecimentos se reúnem numa sala, com cerca de 40 alunos, muitos já sonhando com os flashes dos fotógrafos, câmeras de televisão e as páginas de revistas. Mas já na primeira aula do Curso Técnico de Produção em Moda, a professora Renata Angélica Silva faz o alerta: moda não é só glamour; é preciso muito trabalho, colocar a mão na massa, carregar caixas e virar várias noites trabalhando para fazer os figurinos brilharem na passarela. Implementado em 2005 na Escola Técnica Estadual (ETE) República, em Quintino, o curso - inicialmente chamado Técnico em Moda - passou por uma reformulação: foram incluídas mais

disciplinas teóricas e práticas, estendendo a duração de dois para três semestres (somando um ano e meio). A qualificação passou a abranger todo o processo de produção, através de disciplinas como História da Moda e da Arte, Design, Consultoria de Imagem e Estilo, Modelagem,

Corte e Costura e Produção de Moda. Aulas externas que promovem visitação a exposições, desfiles e eventos como o Fashion Rio e o Fashion Business complementam as aulas. Com o foco de preparar os alunos para o mercado de trabalho, como ressalta o diretor

da escola, Marcos Bezerra, o conteúdo programático também aborda disciplinas como Marketing e Comunicação, Gestão, Empreendedorismo, Planejamento de Coleção, Moda no Meio Digital e Inglês na Moda, de forma que eles possam gerenciar as próprias marcas. FAETEC/VANOR CORREIA

Melhores condições para as aulas práticas - O CURSO DE Moda é a menina dos olhos da Faetec. Fizemos uma grande reforma para abrigar os estudantes no prédio principal e ampliar as instalações, oferecendo melhores condições para as aulas práticas. Nosso objetivo é preparálos para o mercado, proporcionando experiências que

as faculdades não abordam. Além disso, oferecemos a única qualificação técnica gratuita na área em todo o Estado - afirma o diretor. Para cada turma, é escolhido um tema central, que será desenvolvido ao longo dos três períodos. No último semestre, cada aluno escolhe um subtema, produz um book com 12

croquis e os dados técnicos de tudo que será utilizado na produção do modelo. O corpo docente escolhe um look de cada aluno, que será apresentado em um grande desfile no fim do curso. O curso de Moda é promovido no Nível Médio Técnico Subsequente. Para ingressar, o candidato deve ter conclu-

Ministro fala na Firjan sobre a economia brasileira O MINISTRO DA FAZENDA, Guido Mantega, estará na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) nesta quartafeira (dia 15), às 12h, quando fará a palestra “Panorama da Economia Brasileira”. Também

deverá participar do evento o governador do Estado, Sérgio Cabral. O evento será transmitido ao vivo na Representação Regional da Firjan na Baixada Fluminense Área II que fica em Duque de Caxias. Os empresários presentes poderão fazer

perguntas aos convidados. A palestra de Guido Mantega será transmitida pela TV Firjan para todo o estado. Em Duque de Caxias, os interessados poderão acompanhar a entrevista na Rua Arthur Neiva n° 100.

ído o Ensino Médio. Os interessados devem se inscrever no vestibular da Faetec, que acontece uma vez por ano. A Escola de Moda fica na Rua Clarimundo de Melo n° 847, em Quintino, na zona norte da cidade. Mais informações pelo site www.faetec.rj.gov. br ou pelos telefones 23324093 / 4085 / 4083.

5

Trabalho em ambiente confinado RECENTEMENTE TODOS nos chocamos com a tragédia ocorrida com os mineradores ao norte do México. Após aproximadamente 40 dias soterrados, todos os mineradores estão vivos, porém o incidente levanta discussões a respeito do trabalho em ambientes confinados. Espaço confinado pode ser definido como um volume fechado por paredes ou obstruções, e que apresente restrições ao acesso, à movimentação, ao resgate de pessoas ou mesmo a ventilação natural. È oportuno lembrar que o risco é inerente a presença de um agente ou de um ambiente, mas o perigo é condicionado à exposição ao risco. Assim, se houverem medidas de proteção à exposição ao risco, é possível conviver com atividades de risco, sem haver exposição significativa, ou seja, sem haver perigo. Dentre os riscos mais comuns em ambientes confinados podemos citar a deficiência de oxigênio, a maior exposição a agentes químicos (poeiras, fumaças, gases) e físicos (ruído, radiação, temperatura, luminosidade), riscos de explosões e incêndios e riscos elétricos e mecânicos. Como são diversas as situações onde podemos encontrar esses riscos, faz-se necessário que uma pessoa com experiência realize uma análise prévia do ambiente, identificando os riscos e especificando medidas de controle. Também faz parte da prevenção de riscos a análise médica criteriosa dos trabalhadores que desempenharão suas funções neste ambiente. LEANDRO FEITAL é médico cardiologista, coordenador Médico em empresa de medicina do trabalho. CRM 5274934-6


6 CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

País Fiscais resgatam trabalhadores em condição análoga à escravidão FISCAIS DA Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro resgataram 95 trabalhadores em regime análogo ao de escravidão no município de Campo dos Goytacazes (RJ). Os fi scais encontraram os trabalhadores em fazendas de canade-açúcar sem registro de Carteira de Trabalho, água potável ou local apropriado para refeições. Eles também não tinham equipamentos de proteção nem acesso a instalações sanitárias. Os trabalhadores libertados receberam, ao todo, R$

100 mil em verbas rescisórias e por dano moral individual. Os fiscais do trabalho encaminharam requerimentos de seguro desemprego na modalidade trabalhador resgatado. Em Minas Gerais, 51 lavradores também foram resgatados em situação irregular no cultivo de morango na zona rural do município de Cambuí. Do total, 39 trabalhavam em lavouras em condições análogas às de escravo e outros dez trabalhavam num galpão de seleção, embalagem

e armazenamento de morangos, sem Carteira de Trabalho assinada e sem registro em livro. Apenas dois tinham registro formal, mas trabalhavam em situações precárias. Entre os trabalhadores havia sete adolescentes com idade entre 15 e 17 anos trabalhando em horário noturno e sem intervalo mínimo de uma hora para repouso ou alimentação. De acordo com os fiscais, os trabalhadores não usavam os equipamentos de proteção necessários e não tinham

acesso a instalações sanitárias adequadas ou local para refeições. Além disso, eles também não tinham água potável ou materiais de primeiros socorros nas frentes de trabalho. Os lavradores manipulavam agrotóxicos sem proteção e treinamento, e os insumos eram armazenados de forma irregular. O grupo de fiscalização interditou as áreas de cultivo e o galpão usado para o armazenamento dos produtos. O empregador deverá pagar R$ 248 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores.

Procons viram ‘balcão’ de operadoras de telefonia O NÚMERO insuficiente de postos de atendimento de operadoras de telefonia, onde o consumidor possa resolver problemas como cobrança indevida ou descumprimento de contratos, tem levado muitos consumidores aos Procons. As operadoras de telefonia ainda lideram o ranking de reclamações. Para o diretorgeral do Procon no Distrito Federal, Osvaldo Morais, é preciso evitar que o órgão se transforme em um posto de atendimento das operadoras. “Não podemos ser um balcão de uma opera-

dora, porque [elas] não têm um atendimento presencial, não tem uma loja física pra recebê-los.” Decepcionado, o autônomo Adriano Torres teve que recorrer ao Procon para resolver o problema da sua conta de celular. “Esperava que o problema de cobrança indevida fosse resolvido pela empresa. Eu como cliente há mais de dez anos, mudando o plano até pra melhor, mesmo assim tive que vir ao Procon para resolver meu problema. Aqui no Procon, depois que fui atendido, tudo foi

resolvido e na hora eles [a empresa] já emitiram direto a nova fatura.” O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin diz que medidas já estão sendo tomadas para melhorar esta situação. “Tem uma consulta pública que está aberta na Anatel [Agencia Nacional de Telecomunicações] que vai estipular o número de lojas que devem ser instaladas pelo número de habitantes.” O diretor do Departamen-

to de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ricardo do Morishita, considera esse problema um grande desafio. “A forma de atendimento é claro que pode ampliar o acesso, mas sobretudo a qualidade do atendimento é que é determinante. Se o consumidor quando entra em contato com a empresa já tem o problema solucionado, ele não precisa procurar o órgão de defesa do consumidor. O código determina que é dever realizar o bom atendimento ao consumidor.”

Logomarca dos Jogos Olímpicos vai ser lançada no réveillon O SECRETÁRIO de Turismo da Prefeitura do Rio, Antônio Pedro Figueira de Melo, ao falar do réveillon de Copacabana, disse que serão investidos na festa R$ 17,5 milhões contra R$ 15 milhões no ano passado. Às 23h45m, será feito o lançamento oficial da logomarca dos Jogos Olímpicos 2016. O símbolo será projetado de um balsa ancorada a 250 metros da Praia de Copacabana em telões montados na orla marítima. A prefeitura pretende convidar o presidente Lula para ligar o sistema num gesto simbólico do último ato do seu governo. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, também será con-

vidado. Os custos serão bancados por cinco patrocinadores (uma empresa estatal e quatro privadas). Serão montados quatro palcos temáticos entre as ruas Xavier da Silveira e Santa Clara, um outro no Leme e um principal em frente ao Copacabana Palace. Os shows musicais começam às 18h. Além do lançamento oficial da logomarca dos Jogos Olímpicos 2016, outra novidade é um show de luzes utilizando raio laser, a ser realizado durante cinco minutos. Os desenhos serão feitos por 80 canhões instalados em 40 torres. A contagem regressiva terá 20 segundos e o show pirotécnico vai durar 20 minutos.

Lula diz que seu governo não tolera a corrupção EM DISCURSO em Criciúma (SC), na segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que bandido no Brasil não tem a chance de não ser preso. Ao fazer a afirmação, o presidente citou a prisão do governador do Amapá, Pedro Paulo

Dias (PP), ocorrida durante a Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal. “Quando tem roubo a gente pega, vocês viram o que aconteceu agora no Amapá. Só tem um jeito de bandido não ser preso nesse país, é ele não ser bandido”, disse o presidente.


CAPITAL

8 a 14 de Setembro de 2010

Atualidade Câmara de Caxias anuncia CPI para os serviços funerários A CÂMARA de Duque de Caxias instalou, durante a sessão realizada no dia 9, uma CPI para investigar os serviços funerários no município, em sessão conduzida pelo presidente Dalmar Lírio, o Mazinho. O pedido foi requerido pelo vereador Ademir Martins (PV) e a sessão contou com as presenças dos colegas Fatinha (PSC), líder de governo; Moacyr da Ambulância (PSDB), 1º secretário; Maninho do Posto (PSDB), Juliana do Taxi (PSC), Marquinho Oi (DEM), Jonas É Nós (PPS), Josemar Padilha (PPS) e Gaete (DEM). Depois da quebra, no ano passado, do monopólio da Funerária Duque de Caxias, por decisão judicial, e que durou 38 anos, quatro empresas passaram a executar os serviços no município, com alvarás concedidos por força judicial, instaladas nos quatro distritos da cidade. Depois de afastada judicialmen-

Caixa prevê liberação de mais de R$ 70 bilhões para crédito imobiliário

CMDC/AUDENIR DAMIÃO

te, a cartela de clientes do Plano Afeto, que era explorada pela empresa que detinha o monopólio, foi absorvida pela Rio Pax, empresa do Rio que, segundo comentários ouvidos com freqüência nos bastidores políticos do município, planeja absorver todos os serviços. O jornalista Alberto Marques, titular do blog albertomarques.blogspot.com, revelou em uma

matéria sobre o assunto, no último domingo (12) “CPI deve passar a limpo os serviços funerários” que a Comissão “é uma boa oportunidade para o Legislativo investigar como funcionavam (e mal) os serviços funerários do município nos últimos 38 anos, em que a Prefeitura não fiscalizou, como deveria, a atuação da concessionária”. E acrescenta: ”Para fazer uma limpeza que mereça

o apoio da população, a CPI deverá abranger todo o período da concessão, desde 1971”, citando ainda a alienação do Plano Funeral Afeto, absorvido pela Rio Pax, empresa envolvida em sepultamentos irregulares, inclusive de um famoso estelionatário americano, e a troca de sepulturas, “muito comum durante a gestão da concessionária”, concluiu o jornalista.

A CAIXA ECONÔMICA Federal (CEF) deverá liberar mais de R$ 70 bilhões em 2010 em financiamento habitacional, segundo estimativa divulgada dia 9 pelo banco. Caso confirmada, a previsão significará um crescimento de cerca de 48% sobre os R$ 47,05 bilhões liberados em todo o ano de 2009. O banco é responsável por 52% dos recursos destinados ao mercado de crédito imobiliário. A presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, atribuiu o aumento à política habitacional do governo e a boa conjuntura econômica do país. “São os fundamentos macroeconômicos em relação ao trabalho e a renda das famílias, que possibilitam que a gente tenha essa perspectiva não só para 2010, mas também o

prosseguimento disso nos próximos anos”, declarou. No total já foram fechados pela CEF neste ano 778.717 contratos para financiamentos de imóveis, 355.358 relativos ao programa Minha Casa, Minha Vida. No total, o programa habitacional já atingiu, segundo a presidente da instituição, 63% da meta de 1 milhão de moradias, com 630.886 contratos. Desses, 292.229 são referentes a habitações para famílias com renda de até três salários mínimos. Essa faixa é, no entanto, a que teve menor número de unidades entregues até o momento, com 3.588 moradias concluídas. No balanço total do programa, 160.883 unidades já estão nas mãos dos novos donos.

Brasil apreende R$ 1 bilhão por ano em mercadorias contrabandeadas DE 2004 ATÉ SETEMBRO de 2010 foram apreendidos no Brasil R$ 6 bilhões em mercadorias contrabandeadas, uma média recorde de R$ 1 bilhão por ano. “O crime de pirataria, mesmo com o crescimento da economia, vem diminuindo sensivelmente no país. O consumidor está começando a entender que comprar esse tipo de produto traz

consequências drásticas e começa a buscar alternativas dentro da legalidade. No Brasil está acontecendo o inverso porque, em vários países, este tipo de comércio tem crescido”, disse à Agência Brasil o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual (CNCP), Rafael Favetti. No ano passado, houve

queda de 4% no uso de programas de computador (softwares) piratas em todo o país. Segundo Favetti, é preciso desmascarar a visão romântica de que quem distribui mercadorias no comércio ilegal, sem o pagamento de impostos, “é bonzinho”, está gerando emprego e que é “melhor trabalhar na ilegalidade do que estar nas ruas roubando”. Ele enfatizou

que a pirataria está ligada ao crime organizado, ao tráfico internacional de seres humanos e ao trabalho escravo. O presidente do CNCP e a secretária executiva do conselho, Ana Lúcia Moraes Gomes Soares, estiveram reunidos em Curitiba, com agentes públicos municipais e federais para discutir a organização de um seminário de capacitação para representantes

Dieese revela que cesta básica tem queda em 16 de 17 capitais O PREÇO DA CESTA de produtos básicos voltou a apresentar queda em agosto, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta quarta-feira. Segundo o levantamento, o valor caiu

em 16 de 17 capitais brasileiras, e apresentou alta apenas em Porto Alegre, com evolução de 1,36%. Excluindo-se a cidade gaúcha, que ultrapassou São Paulo como local com cesta básica mais cara (R$ 240,91, contra os R$ 235,65 da cesta

paulista, que ficou 1,56% mais barata), a tendência nas outras capitais foi de queda no valor da cesta básica, com destaque para Natal (-6,39%) e Recife (-6,28%), as duas maiores retrações registradas. Se Porto Alegre e São Paulo tiveram os maiores preços

da cesta básica, os menores valores foram os de Aracaju (variou -3,36% para R$ 174,96) e Fortaleza (ficou 1,23% mais barata, cotada a R$179,50). Florianópolis (-0,08%) e Goiânia (-0,49%) ficaram mais próximas da estabilidade.

de órgãos que atuam no combate à pirataria. O seminário deverá ocorrer em outubro. Ana Lúcia justificou a necessidade do seminário como instrumento para dar mais agilidade às ações do projeto Cidade Livre de Pirataria, que tem a adesão da capital paranaense, de São Paulo e do Distrito Federal. Ela defendeu a atuação

conjunta de órgãos dos governos federal, estaduais e municipais, citando como exemplo a parceria do CNCP com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), firmada em dezembro de 2008. “Naquele ano foram apreendidas 20 toneladas de medicamentos falsificados. Desde então, já apreendemos 360 toneladas”, argumentou.

Baixa escolaridade mantém Brasil no topo da desigualdade mundial A BAIXA ESCOLARIDADE da população brasileiramantémopaísentre as dez nações mais desiguais domundo.Análisepublicada pelo economista-chefe do Centro de Políticas Sociais vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo

Côrtes Neri, mostra que desde 1996 há redução do índice. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009.

Internacional Cuba vai cortar meio milhão de empregos até 1º trimestre de 2011 CUBA VAI ELIMINAR mais de meio milhão de empregos até o primeiro trimestre de 2011, numa tentativa de elevar a produtividade e tornar sua economia mais eficiente, anunciou o sindicato único

de trabalhadores, em uma das mudanças de rumo mais importantes decidida pelo governo em décadas. O presidente cubano, Raúl Castro, anunciou em abril um plano que prevê a demissão de mais de 1

milhão de funcionários públicos nos próximos cinco anos, como parte de suas reformas moderadas para melhorar a produtividade do trabalho e elevar a qualidade dos serviços. “Dentro do processo de

modernização do modelo econômico e das previsões da economia para o período de 2011-2015, está prevista a redução de mais de 500 mil trabalhadores do setor estatal”, disse a Central de Trabalhadores de Cuba.

Hewlett-Packard adquire ArcSight por US$ 1,5 bilhão A EMPRESA tecnológica Hewlett-Packard (HP) anunciou que chegou a um acordo definitivo para comprar a companhia de serviços de segurança informática ArcSight por US$ 1,5 bilhão (US$ 43,50 por ação). Com a aquisição,

o maior fabricante mundial de computadores prevê melhorar e baratear a plataforma de soluções de segurança em processamento de dados que oferece a seus clientes, já que a tecnologia da ArcSight nesse âmbito é complementar à sua.

7


O NÚMERO de veículos vendidos anualmente no país deve dobrar até 2025. A previsão é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que participou dia 10 da abertura do congresso anual da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), realizado em São Paulo. O ministro disse que um estudo encomendado pelo governo federal aponta que, em 15 anos, serão comercializados, anualmente, no Brasil, 6,8 milhões de carros, motos, caminhões e tratores. Estimativas da Fenabrave apontam que, neste ano, serão 3,4 milhões. Miguel Jorge afirmou que as demandas interna e externa de veículos impulsionarão o crescimento das vendas. Segundo ele, no Brasil e nos países que compõem o grupo dos Bric (Rússia, Índia, China, além do Brasil), a frota é composta por mais carros antigos do que em países desenvolvidos, e o índice

DIVULFAÇÃO GM

8 CAPITAL Venda de veículos no Brasil deve dobrar em 15 anos

de carros por habitante é menor. “Cerca de 60% da frota do Brasil têm menos de dez anos de fabricação. No Japão, são 83%”, explicou Miguel Jorge. “Os Bric também têm frotas velhas e, por isso, têm condição de puxar a demanda por automóveis.” O ministro afirmou, entretanto, que a redução da carga tributária que incide sobre os veículos é vital para que montadoras bra-

sileiras possam competir por esta demanda com fábricas de outros países. Ele afirmou que, no país, até 30% do preço de um carro são formados por impostos, o dobro da média mundial. “Um veículo no Brasil pode custar o dobro do que custa na Índia, com um peso muito grande dos tributos nesta diferença”, declarou Miguel Jorge. Ainda, de acordo com ele, o número de vendas de

veículos no país poderia ser, aproximadamente, 50% maior caso os impostos fossem menores e os juros dos fi nanciamentos também. - Nós aumentaríamos as vendas em cerca de 1,8 milhão de unidades se os impostos fossem reduzidos para algo como 16% e se os juros dos financiamentos caíssem de 24% para 16% ao ano”, concluiu o ministro.

Setor de flores e plantas ornamentais deve crescer 15% O MERCADO DE FLORES e plantas ornamentais deve crescer 15% este ano na comparação com 2009. A projeção é da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, que se reuniu no

Ministério da Agricultura e da Pecuária. A estimativa é de que o setor movimente R$ 4 bilhões em 2010. Segundo a nova presidente da câmara, Silvia Van Rooijen, que tomou posse semana passada, o aumento nas vendas

se deve à melhoria da estrutura logística, que tem facilitado a distribuição, e ao aumento do poder aquisitivo da população. “O aumento da renda tem reflexo direto sobre o consumo de flores e plantas, pois o produto se torna

mais acessível a todas as camadas sociais que acabam, inclusive, incorporando a compra no seu dia a dia”, afirmou. Uma das barreiras para o crescimento do setor é a informalidade, principalmente em relação ao mercado de flores.

8 a 14 de Setembro de 2010

Brasil pode dominar produção mundial de alimentos AO INAUGURAR um armazém de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Uberlândia (MG), no dia 8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil pode dominar a produção mundial de alimentos no planeta se continuar investindo na safra de grãos e em tecnologia. Ele disse ainda que o Brasil agora pode “andar de cabeça erguida” depois de ter enfrentado e ganhado dos Estados Unidos em disputas na Organização Mundial do Comércio (OMC). De acordo com Lula, a inauguração do armazém da Conab, com capacidade para 100 mil toneladas de grãos, é uma mostra que o país está se preparando para o futuro. O presidente lembrou da batalha travada contra os Estados Unidos na OMC por causa dos subsídios pagos aos produtores americanos de algodão e açúcar. “Hoje, o Brasil respeita os Estados Unidos e a Europa, mas é dono do seu nariz, anda de cabeça erguida e queremos competir em igualdade de condições. Acabamos de sair de uma briga com os Estados

Unidos na OMC sobre a questão do algodão e ganhamos. Acabamos de brigar por causa do açúcar e ganhamos”, discursou. - Acho que o que fizemos foi apenas dizer para os americanos: respeitamos vocês, queremos vocês como parceiros privilegiados, mas queremos também ser respeitados. Dissemos para os europeus a mesma coisa. Quem é empresário e quem é ministro que viaja sabe que o Brasil nunca antes teve condições de andar de cabeça erguida e hoje é admirado - disse o presidente. Lula criticou novamente seus antecessores. Segundo o presidente, eles tinham uma “inteligência colonizada” e, por isso, não entravam em disputas com grandes países para defender os interesses econômicos brasileiros. “Houve um tempo em que éramos dirigidos por pessoas que pareciam muito inteligentes, mas que tinham a sua inteligência colonizada. Tudo dependia dos Estados Unidos e Europa e acreditavam muito pouco em nós mesmos.”, afirmou Lula

Queda do dólar não deve reduzir exportações do país A TENDÊNCIA de queda da cotação do dólar observada nesta semana deve continuar no curto prazo, por conta da expectativa de forte entrada da moeda norte-americana no país com a capitalização da Petrobras. Apesar disso, especialistas não esperam que esse movimento reduza as previsões de exportações totais brasileiras. A pesquisadora de Centro de Estudos do Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Lia Valls Pereira lembra que cerca de 60% das exportações

são de commodities agrícolas, minerais e siderúrgicos, produtos que são mais afetados pela demanda mundial. “As commodities estão em alta de preço bem marcante”, afirmou. Com isso, pode haver alguma redução na quantidade exportada, no entanto, os preços mais elevados compensam a menor quantidade. Segundo Lia Valls, a queda na cotação do dólar pode gerar algum efeito para pequenas empresas. “Para a pequena empresa, o câmbio é fundamental. Aí a empresa pode

jogar o produto no mercado interno. Os efeitos [da redução da cotação do dólar] são setoriais”, acrescentou a pesquisadora. Lia acrescentou, entretanto, que as empresas pequenas costumam observar a tendência da cotação do dólar em médio prazo para tomar a decisão de direcionar os produtos para o mercado externo ou interno. Para o economista Raphael Martello, da Tendências Consultoria, no médio e longo prazos, a economia americana deve se recuperar e a força do dólar deve voltar.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.