Edição Nº 28

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Lei Seca CAPITAL

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vai detectar uso de drogas PÁG. 6

ANO 2 N° 28 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 19 A 25 DE OUTUBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00

ALBERTO ELLOBO

Prêmio para as melhores empresas AS EMPRESAS de Magé que se destacarem no atendimento aos consumidores no município de Magé serão premiadas. A iniciativa foi instituída em parceria com a Associação Comercial, Câmara de Dirigentes Lojistas, Sebrae, Prefeitura e a Unigranrio. Poderão participar do 1° Prêmio Empreendedor Barão de Mauá de Qualidade no Atendimento ao Consumidor qualquer empresa que tenha no mínimo seis meses de existência e que esteja regularizada junto ao Município e à Receita Federal. São ao todo 45 segmentos e as escolhidas receberão certificação. As inscrições vão até o dia 29 de outubro. PÁGINA 3

R$ 400 milhões para reforma do Maracanã

Privatizações X Dívida pública BANCO DE IMAGENS

em Salvador, e da Arena Pantanal, em Cuiabá, e a reforma do Castelão, em Fortaleza. Com a reforma, o Maracanã vai ter capacidade para 76.525 espectadores (27.822 na arquibancada inferior e 48.703 na arquibancada superior), sendo que o número será limitado a 75.027 durante os jogos da Copa do Mundo para atender as exigências da Fifa. PÁGINA 8

O EMPRÉSTIMO foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinado à reforma do Estádio para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, entre eles a final, e a festa de encerramento da competição. Além do Maracanã, já foram beneficiados pelo programa os projetos para a construção da Arena Amazônia, em Manaus, da Fonte Nova,

Câmbio* Dolar Comercial Dólar Paralelo Dólar Turismo

Compra (R$) 1,664 1,830 1,610

Venda (R$) 1,666 1,930 1,770

Variação % 0,00 0,00 1,72

Coroa Dinamarca Dólar Austrália Dólar Canadá Euro Franco Suíça Iene Japão Libra Esterlina Inglaterra Peso Chile Peso Colômbia Peso Livre Argentina Peso MÉXICO Peso Uruguai

(U$) 5,328 0,993 1,014 1,398 0,955 81,170 1,593 408,750 1.806,000 3,935 12,367 22,300

(U$) 5,332 0,994 1,014 1,399 0,956 81,790 1,593 481,750 1.812,000 3,975 12,376 20,500

% 0,06 0,32 0,45 0,07 0,35 0,36 0,38 0,55 0,14 0,00 0,50 0,99

Ibovespa Dow Jones Nasdaq IBX Merval (08/10/2010)

71.874,06 11.143,69 2.480,66 22.584,94 2.758,56

Variação % 0,06 0,73 0,48 0,35 0,84

Poupança Poupança

18/10 p/ 01 mês

0,500 0,549

ao ano

10,75 0,985 0,068

Índice

Indicadores*

MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA)

Moeda

Valor

Juros Selic meta Selic over TR Salário Mínimo (Federal) Salário Mínimo (RJ)

R$ 510,00 R$ 581,88

(*) FECHAMENTO: 18 DE OUTUBRO DE 2010

AS PRIVATIZAÇÕES feitas desde o início da década de 1990 sob o pretexto de fornecer dinheiro para o Estado e equilibrar as contas públicas, se por um lado reduziram o endividamento do governo, não deram condições insuficientes para o pagamento dos juros da dívida pública. Os dados são do Relatório de Política Fiscal, divulgado pelo Banco Central. PÁGINA 5

Lucro de fábrica de brinquedo sobe 23% O LUCRO LÍQUIDO da Mattel subiu 23% no terceiro trimestre, para US$ 283,3 milhões, ou US$ 0,77 por ação, no comparativo com igual período de 2009, quando o ganho foi de US$ 229,8 milhões, ou US$ 0,63 por papel. Por unidade de negócios,

a Mattel Girls & Boys Brands, que inclui as bonecas Barbie e Princesas Disney, entre outros produtos, teve vendas brutas de US$ 1,169 bilhão entre julho e setembro de 2010, na comparação com o US$ 1,084 bilhão de um ano atrás. PÁGINA 5

Carrefour prevê perdas no Brasil DEPOIS QUE UMA AUDITORIA foi chamada para refazer a contabilidade da segunda maior rede de supermercados do País, os negócios da subsidiária brasileira do Carrefour vão afetar o resultado operacional esperado pelo

grupo francês para 2010. A matriz francesa anunciou que as perdas com verbas de bonificações não-contabilizadas e outros encargos vão somar 180 milhões de euros em 2010, o equivalente a R$ 420 milhões. PÁGINA 4


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Inflação medida pelo IGP-10 sobe para 1,15% em outubro A INFLAÇÃO DE OUTUBRO medida pelo Índice Geral de Preços (IGP-10) da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi de 1,15%. O resultado, divulgado dia 18, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, foi superior ao de setembro, quando o IGP-10 ficou em 1,12%. Com isso, o índice acumula no ano e no período de 12 meses encerrados em outubro alta de 8,51%. Entre os três componentes do IGP-10, o que apresentou maior variação no mês foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que chegou a 1,51% em outubro. A taxa, no entanto,

ficou menor do que um mês antes, quando foi registrada elevação de 1,63%. Para calcular o IGP-10 deste mês, a FGV coletou preços entre os dias 11 de setembro e 10 de outubro. A principal pressão partiu dos alimentos in natura (de -2,31% para 8,97%). Houve decréscimo em materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,39% para -0,03%; e nas seguintes matérias-primas brutas: minério de ferro (de 5,35% para -3,56%), algodão em caroço (de 26,22% para 6,35%) e soja em grão (de 6,60% para 3,23%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou de um mês para outro de 0,11% para 0,55%. Seis das sete classes de despesa componentes do IPC tiveram alta, com destaque para alimentação (de -0,05% para 1,07%). Os itens que mais contribuíram para esse resultado foram: arroz e feijão (de -2,81% para 4,74%), laticínios (de -0,53% para 1,27%) e carnes bovinas (de 3,18% para 4,59%). Também houve alta em habitação (de 0,21% para 0,36%); vestuário (de 0,10% para 1,14%); saúde e cuidados pessoais (de

0,25% para 0,48%); educação, leitura e recreação (de 0,14% para 0,35%) e despesas diversas (de 0,13% para 0,18%). Por último, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também registrou acréscimo em outubro, tendo passado de 0,13% para 0,20%. Dos três grupos que formam o índice, apenas em materiais e equipamentos houve aumento da taxa (de 0,19% para 0,42%). Em sentido inverso, os índices do grupo serviços (de 0,34% para 0,22%) e de de mão de obra (de 0,03% para 0,01%) diminuíram.

BC registra entrada de US$ 2,181 bilhões até 8 de outubro O BANCO CENTRAL (BC) registrou entrada líquida (descontada a saída) de US$ 2,181 bilhões, neste mês, até a última sexta-feira, dia 8. De janeiro até a semana passada, a entrada da moeda no país somou US$ 19,303 bilhões, contra US$ 10,869 bilhões registrados em igual período de 2009. Nos dados preliminares

deste mês, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) é responsável pela entrada de dólares no país. No período, entraram US$ 3,265 bilhões por esse segmento. O fluxo comercial (operações de

exportações, importações e financiamento ao comércio exterior) registrou, em outubro até o dia 8, saída líquida (descontada a entrada) de US$ 1,084 bilhão. Na semana passada, o BC informou que a entrada de dólares no país, em setembro, pelo segmento financeiro foi recorde na série histórica iniciada em 1982.

O total chegou a US$ 16,716 bilhões. De janeiro até 8 de outubro, o fluxo financeiro registra entrada de US$ 24,824 bilhões e o comercial, saída de US$ 5,521 bilhões. O BC também informou que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 2,764 bilhões, neste mês até o dia 8.

Aumento da inadimplência do Exportações do agronegócio batem consumidor é o maior em setembro recorde e totalizam US$ 72,3 bilhões O NÚMERO DE consumidores que não conseguiram pagar suas dívidas no prazo previsto voltou a subir em setembro. Segundo o indicador da Serasa Experian divulgado dia 15, no mês passado o nível de inadimplência aumentou 1,6% em comparação ao de agosto. Essa é a quinta alta consecutiva apurada este ano pela empresa de consultoria. No ano, o crescimento da inadimplência já atinge 1,8%. A elevação de 1,6% é a maior para o mês de setembro desde que o índice foi criado, em 2000. Já em comparação ao mesmo mês de 2009, a alta foi de 15,3%, a maior desde março

de 2009, quando o país enfrentava os efeitos da crise econômica mundial. De acordo com os economistas da empresa, o crescimento da renda e do emprego formal tem ajudado a evitar um maior aumento da inadimplência. Segundo a Serasa Experian, as dívidas com cartões de crédito e financeiras foram as principais responsáveis pela elevação do índice, contribuindo com 2,5% no resultado. As dívidas com bancos apresentaram pequena alta (0,2%), e tiveram participação de 0,1%. Já os títulos protestados e os cheques sem fundos registraram queda (de -0,2% e -0,8%, respectivamente).

AS EXPORTAÇÕES do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 72,3 bilhões entre outubro de 2009 e setembro de 2010, batendo o recorde na série histórica para o período de 12 meses. Com a crise financeira mundial superada, o Ministério da Agricultura prevê que o recorde anual, conquistado em 2008, com US$ 71,8 bilhões, seja batido este ano, chegando na casa dos US$ 73 bilhões. Os dados foram divulgados dia 13. O resultado de setembro também é recorde para o mês, com US$ 7,36 bilhões, e foi 28,1% maior do que o mesmo mês do ano passado. As importações também aumentaram 32,6% em relação a agosto, alcançan-

do US$ 1,17 bilhão. A balança comercial do mês, com esse desempenho, registrou superávit de US$ 6,18 bilhões. O ministério informou que os produtos que mais contribuíram para o aumento das exportações foram café (44,3%), carnes (14,2%), cereais, farinhas e preparações (151,5%), sucos de frutas (117,3%), produtos florestais (18,3%), complexo soja (6,7%), e fibras e produtos têxteis (58,7%). Os países que mais aumentaram suas compras do Brasil foram a Argélia (337%), o Egito (113,4%), a Arábia Saudita (68,0%), o Irã (63%), a Itália (62%), o Japão (55,9%), a China (50,8%), e Coréia do Sul (46,7%).

Eleição e Desenvolvimento Econômico/Social (Parte Final) CARO LEITOR, como vimos na parte anterior, vivemos um momento de reflexão, de definirmos o que queremos realmente, diante do quadro eleitoral que temos à frente. O projeto de desenvolvimento que queremos terá que ser um salto e ter ousadia ou estaremos fadados a crescer, mas crescer como crescemos até hoje: Sem qualidade para todos e todas. Sem oportunidade para todos e todas. Sem um projeto de desenvolvimento que seja outro, diferente desse atual, sem assistencialismo ou política afirmativa que resolva. Seremos a oitava, a sétima, a sexta, a quinta, a quarta, a terceira, a segunda e, finalmente, seremos a primeira. Mas, como a China, seremos e continuaremos injustos e desiguais. Injustos, desiguais e desequilibrados pois teremos esgotado, ainda como a China, nossos recursos finitos. Analise bem as propostas dos candidatos e opte por quem deseja uma melhoria no todo principalmente na educação. A bíblia nos ensina que “ao conhecermos a verdade esta nos libertará”. Sejamos libertos através da instrução e do entendimento. Não basta que “nos atirarem e iludam” com estádios para a Copa e Olimpíadas, onde se gastam milhões e milhões enquanto saúde e educação agonizam no CTI. KARLA FERREIRA é subsecretária de Desenvolvimento Econômico de Duque de Caxias

Rotary Club de Magé comemora 48 anos O Ú LT I M O S Á B A D O (dia 16) foi de festa para o Rotary Club de Magé, que está completando 48 anos de existência. Sua inauguração oficial foi no dia 12 de outubro de 1962 e a entidade é presidida por Ronaldo Santana Rocha (foto). No último dia 13, foi realizado em sua sede mais um almoço mensal para membros e convidados, em sua sede, na Avenida Rotari, no centro. Durante o almoço, foi feito um balanço das atividades do Club e sobre os seus 48 anos de criação. Em sua saudação, Ronaldo Santana parabenizou o Jornal Capital Mercado & Negócios por sua “qualidade editorial” e pela “cobertura de excelência” aos negócios e empreendedorismo na região da Baixada Fluminense. As comemorações no sábado começaram logo pela manhã, com uma festa

ALBERTO ELLOBO

externa no bairro Lagoa, onde o Club fez doações e entrega de brinquedos e doces para crianças, além de cachorro-quente e refrigerante. No final da tarde, as atividades foram em sua sede, no centro, com um jantar com música ao vivo. Simultaneamente, também foi comemorado o aniversário do empresário Romeu Amoras, membro do Clube e que também faz parte da direção da ACIAMA-Associação Comercial, Industrial, Empresarial e Agrícola de Magé. O Rotary Club de Magé é vinculado ao Distrito 4570.

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70 Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy) nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611 ENDEREÇOS ELETRÔNICOS: comercial.capitalmercado@gmail.com contato.capitalmercado@gmail.com redacao.capitalmercado@gmail.com TIRAGEM: 10.000 exemplares ASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611 DEPARTAMENTO COMERCIAL: (21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653 Diretor Geral: Marcelo Cunha (contato.capitalmercado@gmail.com) Diretor de Redação: Josué Cardoso (josuejornalista@gmail.com) Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379) Colaboradores: Arthur Salomão, Karla Ferreira, Frederico Costa Ribeiro, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub


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O MUNICÍPIO DE MAGÉ entra na reta fi nal para a realização do 1° Prêmio Empreendedor Barão de Mauá de Qualidade no Atendimento ao Consumidor, que tem como objetivo estimular a excelência no atendimento ao cliente. Ao todo, serão 45 categorias, com premiação ao primeiro lugar de cada uma delas. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 29 de novembro, no Magé Tênis Clube. As inscrições serão recebidas até o dia 29 de outubro, nos seguintes locais: Casa do Empreendedor Barão de Mauá-CEBM (Rua Sebastião Reis n° 21, centro), Associação Comercial, Industrial, Empresarial e Agrícola de Magé-ACIAMA (Rua João Valério n° 530, centro) e Câmara de Dirigentes Lojistas de MagéCDL (Rua João Valério n° 220, sala, Centro). Na manhã do último dia 13, aconteceu mais um encontro na sede da ACIAMA, que faz parte da coordenação do Prê-

FOTOS: ALBERTO ELLOBO

Magé vai premiar as melhores empresas no atendimento ao consumidor em 45 segmentos

mio, ao lado da Prefeitura, Sebrae, CDL e Unigranrio, todas membros do Fórum Permanente de Desenvolvimento Econômico e Social de Magé, ao lado do Creci, OAB, Rotary e Sistema Firjan. A reunião foi voltada para acerto de detalhes do encontro, com a participa-

ção de Ronaldo Santana (Presidente do CDL), Vantuil Nalim (Presidente da ACIAMA), Delmir Custódio da Silva (Secretário Municipal de Fazenda), Décio Luiz Lima (Gerente do Sebrae na Baixada Fluminense), Sérgio Greco (diretor da Unigranrio, unidade

Magé), Fernando Cozzolino (diretor da Casa do Empreendedor Irineu Evangelista de SouzaBarão de Mauá) e Romeu Amoras, do Rotary Club, entre outros. Segundo os organizadores, as empresas inscritas serão avaliadas por consultores selecionados pela

Quem pode participar - NOSSO OBJETIVO é reconhecer e valorizar as empresas e os funcionários que se empenham em manter um atendimento de qualidade, promovendo mais geração de emprego e renda, fortalecendo a auto estima do comerciante e de seus funcionários e, consequentemente, melhorando a apresentação e o atendimento ao cidadão mageense - assinalou o Secretário Delmir Custódiom (foto) à reportagem do Capital Mercado & Negócios. Segundo o regulamento, só poderão concorrer ao 1° Prêmio Empreendedor Barão de Mauá de Qualidade no Atendimento ao Consumidor, as empresas

dos segmentos acima e com o mínimo de seis meses de existência no município de Magé, devidamente inscritas na Secretaria Municipal de Fazenda e na Receita Federal, onde será observada sua principal atividade. As empresas vencedoras receberão Certifi cação, Selos, Brindes e Troféu. Todas as que se inscreverem receberão certifi cado de participação. A expectativa é de que participem cerca de 150 empresas. As categorias são as seguintes: Academia de Ginástica; Aluguel de roupas; Artigos de decoração; Artigos para piscinas; Autopeças e acessórios; Bares e lancho-

netes; Bazar, louças, presentes e brinquedos; Cama, mesa, banho e tecidos; Casas de festas; Casas de ração e pet shop; Clínicas médicas; Clínicas odontológicas; Computadores e periféricos; Concessionárias de automóveis; Cursos extracurriculares; Eletrodomésticos e eletroeletrônicos; Farmácias e drogarias; Floriculturas e hortos; Fotografias e revelações; Imobiliárias; Joalherias e lojas de bijuterias; Laboratórios; Livrarias e papelarias; Locadoras de vídeo; Materiais de construção; Materiais esportivos; Materiais hospitalares e ortopédicos; Moda feminina; Moda infantil; Moda jovem;

Moda masculina; Móveis; Oficinas mecânicas, borracharias e autocenter; Óticas; Padarias e confeitarias; Perfumarias e cosméticos; Pizzarias; Postos de combustíveis; Restaurantes e churrascarias; Salões de beleza; Sapatarias; SElf-service e pensões; Supermercados; e Distribuidoras de gás.

Direito Empresarial

FREDERICO COSTA RIBEIRO*

IMBRA pede autofalência A IMBRA, MAIOR rede de clínicas dentárias do Brasil, com presença em 13 estados da federação e com mais de 2.000 funcionários, requereu no último dia 6 a sua autofalência. A ação foi distribuída na cidade de São Paulo e será julgada pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais (Fórum João Mendes). Segundo

informações do próprio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o montante da dívida gira em torno de R$ 221,76 milhões. A IMBRA foi comprada em 2008 pela GP INVESTIMENTOS, que em junho deste ano anunciou a venda do grupo pelo valor simbólico de U$$ 1,00 e prometeu ajuda de U$$ 60 bilhões ao novo com-

prador. O grupo informou que o principal motivo das dificuldades econômicas foi a concorrência com pequenos consultórios odontológicos, que refletiu negativamente em face das expectativas de lucro. A empresa, que possui aproximadamente 25 mil clientes, está com o site “fora do ar” e com as linhas de atendimento

telefônico ao usuário sem funcionar. Segundo o PROCON-SP, “enquanto a falência não for decretada pelo Poder Judiciário, os contratos celebrados deverão ser cumpridos integralmente.” Informou ainda que os consumidores que tiverem dificuldades para serem atendidos devem buscar a via judicial para solucionar os eventuais problemas.

(*)FREDERICO COSTA RIBEIRO É GRADUADO EM DIREITO, CIÊNCIAS POLÍTICAS E COM DIVERSOS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO NAS ÁREAS JURÍDICAS, PÓS GRADUADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO E DO ESTADO, GRADUANDO EM DIREITO AMBIENTAL E AUDITORIA AMBIENTAL, ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO DE PASSIVOS EMPRESARIAIS E ADMINISTRADOR JUDICIAL DE RECUPERAÇÕES JUDICIAIS, ADVOGADO ATUANTE EM FALÊNCIAS-CONCORDATAS.

Comissão Organizadora, dentre os consultores que atendem junto ao Sebrae. Ao visitar os estabelecimentos, os consultores irão analisar itens como Acessibilidade geral e de pessoas com deficiência, Apresentação dos funcionários, Atendimento ao consumidor, Conforto e limpeza do

estabelecimento, Elaboração de vitrine, Respeito ao meio-ambiente, Sistema pós-venda, Treinamento dos funcionários e Utilização do mobiliário urbano. “Eles farão visita surpresa, ou seja, não programada, de modo a chegar a uma avaliação real de cada uma delas”, observou Ronaldo.


19 a 25 de Outubro de 2010 4 CAPITAL Falência da IMBRA pega de PLANTEQ irá qualificar mais de três mil no Estado surpresa milhares de clientes MILHARES DE CLIEN- de falência, a Justiça deA Imbra foi comprada há TES da Imbra, uma das termina o leilão dos bens apenas quatro meses pela maiores empresas de tra- da empresa para pagar empresa Arbeit. “A Imbra tamento odontológico do primeiramente as dívidas não deu um golpe nos pacienpaís, que gastaram R$ 20 trabalhistas. “Credores tes. Quando nossos clientes mil, R$ 30 mil por um tra- trabalhistas estão na ordem tomaram posse na empresa, tamento, foram pegos de de preferência em primeiro encontraram uma quebra de surpresa com a falência do lugar”, avisa Luiz Antonio caixa de mais de R$ 100 migrupo. Diante da situação, Miretti, advogado especia- lhões”, diz o advogado Esper o sentimento dessas pes- lista em falências. A dívida Chacur Filho, representante soas vai da frustração à da Arbeit. O grupo GP, “Existe a revolta. Na quarta-feira, antigo dono da Imbra, respossibilidade de o dia 6 de outubro, a Impondeu por meio de nota bra, cuja sede fi ca em que o novo comprador consumidor não São Paulo, declarou à conseguir reaver valor teve tempo suficiente para Justiça possuir uma díavaliar a situação da Imbra pago à Imbra” vida que não tem como e que durante a sua gestão pagar, no valor de R$ MAÍRA FELTIN ALVES, atendeu os pacientes sem 221 milhões. No Brasil advogada do Instituto Brasileiro atraso e pagou os funciotodo, 27 clínicas foram de Defesa do Consumidor (Idec). nários em dia. fechadas e 25 mil clienA Imbra colocou o tetes ficaram sem explicação com os clientes só será sal- lefone (11) 3867-5750 à e com um enorme prejuízo. dada caso sobre dinheiro. disposição dos pacientes Uma semana antes de “Existe a possibilidade de que quiserem retirar seus pedir falência, a diretoria o consumidor não conse- prontuários nas clínicas. da Imbra comunicou por guir reaver esse valor pago Segundo o advogado, a Ime-mail aos dois mil fun- a Imbra”, alerta Maíra bra também encaminhou ao cionários que não pagaria Feltin Alves, advogada juiz mais de R$ 8 milhões o salário - era o terceiro do Instituto Brasileiro de em cheques pré-datados de mês seguido de atraso nos Defesa do Consumidor seus clientes, que não serão pagamentos. Em casos (Idec). descontados.

Falência pode levar à enxurrada de ações judiciais O PEDIDO DE autofalência feito pela Imbra na Segunda Vara de Recuperação Judicial e Falências do Fórum Cível João Mendes ainda não significa a quebra da companhia. Tudo dependerá da análise que o juiz fará da requisição e do que decidirá fazer. Em caso de falência decretada, os clientes terão de se preparar para assegurar seus direitos na Justiça, o que poderá levar a uma enxurrada de ações. O veredicto será dado por um juiz, após análise acurada dos balanços financeiros da companhia e

suas reais possibilidades de operação. O juiz pode optar por colocar a Imbra num regime especial chamado ‘recuperação judicial’, no qual teria ‘sobrevida’ e poderia, inclusive, retomar o atendimento aos clientes. Sob esta condição, a empresa ganha proteção e suporte da Justiça para renegociar dívidas com seus credores, obtendo assim, por exemplo, alongamento de prazo, desconto sobre os juros cobrados, etc. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o endividamento total da rede totaliza 221,76 milhões de reais.

Se a falência for efetivamente decretada pela Justiça, todos os bens de empresa terão de ser vendidos para gerar a receita que será usada para abater o passivo isto é, a dívida total junto a terceiros, inclusive o dinheiro que teria de ser devolvido aos clientes pelo qual serviço que não foi prestado, além de possíveis indenizações. Neste caso, a Lei determina a ordem de recebimento dos recursos. Em resumo, a falência significaria que, de fato, a companhia caminha para sua extinção.

Carrefour refaz contas e prevê R$ 420 milhões em perdas no Brasil

BANCO DE IMAGENS

OS NEGÓCIOS DA subsidiária brasileira do Carrefour vão afetar o resultado operacional esperado pelo grupo francês para 2010, depois que uma auditoria foi chamada para refazer a contabilidade da segunda maior rede de supermercados do País. A matriz francesa anunciou que as perdas com verbas de bonificações não-contabilizadas e outros encargos vão somar 180 milhões de euros em 2010, o equivalente a R$ 420 milhões. No primeiro trimestre, o Carrefour

havia tido 69 milhões de euros em baixas contábeis. “Além dos encargos pontuais relacionados ao Brasil, resultado da auditoria em andamento, a estimativa é que tenhamos um resultado operacional de 3 bilhões de euros em 2010”, disse o presidente mundial do Carrefour, Lars Olofsson, em nota, distribuída dia 14. A previsão anterior do Carrefour era de lucro operacional de 3,1 bilhões de euros neste ano. Apesar das perdas, a rede disse que suas vendas cresceram 13,1% no

Brasil, impulsionadas pelo que considerou excelente desempenho do Atacadão, empresa adquirida pelo grupo francês. A administração do Carrefour no Brasil, que é presidido por Luiz Fazzio desde julho, divulgou ontem um comunicado em que afirma que a auditoria externa conduzida pela KPMG indentificou que eram necessários baixas adicionais na contabilidade da subsidiária. O processo de auditoria deve se estender até o fim do ano.

COMEÇARAM DIA 18, em todo o Estado do Rio de Janeiro, as aulas dos cursos gratuitos do Plano Territorial de Qualificação Profissional (Planteq-2009) da Secretaria Estadual de Trabalho e Renda. Nesta etapa, 3.300 alunos, de 62 municípios, serão beneficiados. Todos receberão certifi cados e estarão aptos para atuar no mercado de trabalho. O objetivo do programa, que acontece em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é formar mão de obra qualifi cada para setores como serviço doméstico, carnaval, indústria naval, agricultura, turismo, vestuário, manutenção, hotelaria, artesanato, indústria têxtil e construção civil.

As ações serão executadas em todas as regiões do estado, de acordo com os arranjos produtivos e a vocação de cada uma. Os cursos são dirigidos a trabalhadores que queiram desenvolver competências profissionais reconhecidas no mercado ou atualizar, ampliar e complementar as já adquiridas. Os alunos têm auxilio transporte, lanche e recebem todo o material didático. Para o Secretário de Trabalho e Renda, Ronald Ázaro, o sucesso do Planteq no Rio se deve em grande parte à preocupação do Governo do Estado na identificação das demandas do mercado de trabalho de cada região. Segundo ele, no Rio de Janeiro mais de 300

alunos se formarão para indústria do carnaval, um segmento que vem se potencializando na geração de emprego e renda. - Com o curso específico ganha tanto o trabalhador quanto o empregador. O trabalhador qualificado tem mais chances de sair da informalidade. O empregador, por sua vez, pode contar com um profissional que adquiriu teoria e prática durante as aulas - destacou Azaro. Os alunos farão cursos de confecção de alegorias e adereços e estarão aptos para trabalhar nos barracões e oficinas das escolas de samba.Todos os cursos serão ministrados em escolas, municipais e estaduais, e terão 200 horas/aula.

Importações do Rio batem recorde histórico A IMPORTAÇÃO DE insumos para a instalação de mais uma siderúrgica no Rio de Janeiro fez com que a balança comercial do estado fechasse agosto com saldo negativo de US$ 324 milhões, com vendas de US$ 1,6 bilhão e compras de US$ 1,9 bilhão. As importações bateram o recorde histórico para o mês. As exportações diminuíram 4,7% em relação a julho, por conta da retração nas vendas de petróleo.Os dados estão no boletim Rio Exporta, divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com dados da Secretaria de Comércio Exterior.

Apesar da queda geral, as exportações de produtos manufaturados avançaram pelo segundo mês consecutivo, com alta de 8% em agosto. Os setores que se destacaram foram Material de Transporte, Bebidas, Artigos Plásticos e Celulose e Papel, que registraram suas maiores vendas no ano. Entre as importações, cinco setores da indústria bateram recordes históricos para o mês de agosto: Mecânica, Química, Material Elétrico e de Comunicação, Farmacêutica e Têxtil. No acumulado do ano até agosto, tanto as vendas (49%) como as com-

pras externas fluminenses (46%) cresceram por conta do avanço de produtos básicos e industrializados. Assim, nas duas direções foi alcançado o recorde histórico para o período: US$ 12,1 bilhões em exportações e US$ 10,2 bilhões em importações. Os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial fluminense em agosto, tanto em exportações (participação de 31%) quanto em importações (17%). No acumulado do ano, a China manteve a liderança nas exportações. Os Estados Unidos seguem líderes nas importações.


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Governo pode adotar novas medidas se câmbio não se ajustar

ABR/ MARCELLO CASAL JR.

O GOVERNO poderá anunciar novas medidas para conter a valorização excessiva do real em relação ao dólar. Mas, por enquanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que é importante observar os efeitos das medidas já adotadas, como a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para aplicações em renda fixa por estrangeiros, além de mais espaço para o Tesouro Nacional comprar dólares para quitar parcelas da dívida externa. “Temos que observar. Não vamos nos precipitar para ver se não dá uma acalmada espontânea. seriam essas medidas. Senão, tomaremos mais Mantega voltou a reafirmedidas. Vamos observar”, mar que a valorização em disse sem antecipar quais excesso do real dos últimos

“Vamos observar” GUIDO MANTEGA, Ministro da Fazenda

dias foi causada pela forte entrada de dólares no país, em setembro, por conta da capitalização da Petrobras.

“Foram US$ 16 bilhões que entraram em setembro. É uma soma extraordinária”, afirmou.

Privatizações não foram suficientes para pagar os juros da dívida pública AS PRIVATIZAÇÕES feitas desde o início da década de 1990 sob o pretexto de fornecer dinheiro para o Estado e equilibrar as contas públicas reduziram o endividamento do governo, mas em condições insuficientes para pagar os juros da dívida pública. Segundo dados do Relatório de Política Fiscal, divulgado mensalmente pelo Banco Central, o governo gastou cerca

de 20 vezes mais com os juros nos últimos 19 anos do que economizou com a venda de empresas ao setor privado. De acordo com os dados mais recentes, o setor público pagou, de janeiro de 1991 a agosto deste ano, R$ 1,810 trilhão em juros da dívida pública. Em contrapartida, os ajustes de privatização somavam R$ 75,476 bilhões em agosto, 4,1% dos gastos

com os juros em quase 20 anos. Os ajustes de privatização são uma conta que registra o que o governo economizou até hoje com o processo de venda de estatais. Além das receitas com a venda das empresas, a conta abrange as dívidas transferidas ao setor privado. Esse número só começou a ser divulgado em 2001, mas inclui as privatizações da década anterior.

Para Eliana Graça, assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), os dados do Banco Central mostram que, do ponto de vista fiscal, as privatizações não representaram a melhor saída para equilibrar as contas públicas. “Privatizar não é a solução para questão fiscal. A questão da dívida pública é muito mais complicada do que isso”.

É ERRÔNEO DIZER QUE a sociedade aceita a pirataria. A afirmação é do presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça, Rafael Favetti. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, ele condenou a decisão do Tribunal de Justiça em Mato Grosso do Sul (TJ-MS), que absolveu um ambulante com o argumento de que a sociedade brasileira aceita a compra e a venda de produtos piratas. Na semana passada, o TJ-MS negou um recurso movido pelo Ministério Público que pretendia condenar um ambulante, preso em outubro do ano passado após vender cópias de CDs e DVDs reproduzidos com violação de direito autorais

ABR/JOSÉ CRUZ

Presidente do CNCP critica tribunal que absolveu vendedor de CDs e DVDs piratas

nas ruas de Campo Grande. Durante o flagrante, ele portava uma mochila com 118 DVDs e 82 CDs falsificados. O relator do processo, desembargador Romero Osme Dias Lopes, argumentou que a reprodução e comercialização de produtos falsificados devem ser combatidas. No entanto,

o Estado não age de maneira coerente, pois não é difícil encontrar lugares onde artigos pirateados e contrabandeados são comercializados sem o menor pudor. - Tal fato se tornou aceitável pela esmagadora parcela da população, consumidora assídua dos produtos, e o que é pior, deixou de ser

coibido pelo próprio Estado. Diversos são os shoppings populares, autorizados pelo Estado, para comercialização de artigos ditos ‘populares’, mas que, na verdade, são uma grande feira de pirataria. Tudo o que se vende são materiais falsificados, sem notas fiscais - diz a decisão. Favetti afirmou que o Conselho não está tratando do caso concreto e não está tentando reexaminar a decisão do desembargador. “Combater a pirataria é promoção da cidadania e a sociedade sabe disso. O produto pirata tira a dignidade da pessoa. Dá para ver a felicidade de qualquer brasileiro quando participa do mercado original, isso traz dignidade à pessoa”.

Lucro da fabricante de brinquedos Mattel sobe 23% O LUCRO LÍQUIDO da Mattel subiu 23% no terceiro trimestre, para US$ 283,3 milhões, ou US$ 0,77 por ação, no comparativo com igual período de 2009, quando o ganho foi de US$ 229,8 milhões, ou US$ 0,63 por papel. Na base operacional, o lucro avançou para US$ 358,6 milhões, ante os US$ 336,5 milhões de julho a setembro do exercício anterior. As vendas líquidas cresceram 2%, indo de US$ 1,791 bilhão no terceiro

trimestre do ano passado para US$ 1,833 bilhão em intervalo equivalente de 2010. - Continuamos satisfeitos com o desempenho de nossas atividades - comentou o executivo-chefe da companhia, Robert Eckert. “Embora o período mais importante de festas se encontre mais à frente, permanecemos no caminho certo para entregar uma receita sólida e crescimento no lucro guiados por nosso portfólio de

marcas e países”, acrescentou. Por unidade de negócios, a Mattel Girls & Boys Brands, que inclui as bonecas Barbie e Princesas Disney, entre outros produtos, teve vendas brutas de US$ 1,169 bilhão entre julho e setembro de 2010, na comparação com o US$ 1,084 bilhão de um ano atrás. Na divisão Fisher-Price Brands, que contam com produtos Fisher-Price e Power Wheels, por exemplo, as vendas brutas diminuíram, de US$ 784,8 milhões nos três

meses terminados em setembro do ano passado para US$ 743,4 milhões no mesmo intervalo deste calendário. Olhando para a unidade American Girls Brands, que oferece produtos com a marca American Girl diretamente ao consumidor, as vendas brutas somaram US$ 84,4 milhões no terceiro trimestre, com alta de 2% em relação ao montante obtido nos três meses até setembro de 2009.

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Capacitação do homem do campo A 2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL de Política Agrícola e Desenvolvimento Rural, promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento continua rendendo bons frutos. No próximo mês começam as aulas do curso de capacitação do homem do campo, através de parceria firmada pelo município com apoio do Ministério da Agricultura. Foram oferecidas 33 vagas e os alunos, jovens e adultos trabalhadores do campo terão a oportunidade de aprender novas técnicas agrícolas e de pecuária, além de noções de cooperativismo. Eles vão saber também como vai funcionar a Lei que determina a compra pelo município da produção local para merenda escolar. Vale destacar ainda a importância do evento que reuniu mais de 100 autoridades e trabalhadores do campo, entidades e movimentos representativos. Todos foram unânimes nos elogios à organização e a escolha dos palestrantes que se deslocaram até Xerém para prestigiar a conferência. Lembro também, que pela parceria que conta com a Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego, Renda, Ciência e Tecnologia os alunos terão direto a auxílio transporte, lanche, uniforme a material didático. Outra preocupação do governo municipal é com a preservação do meio ambiente. Através de parceria firmada com a iniciativa privada estamos promovendo no Parque Municipal da Taquara curso para agentes ambientais mirins. São alunos das redes pública e privada que recebem noções de educação ambiental, monitoramento de trilhas, primeiros-socorros, ciclo da água, produção de mudas da Mata Atlântica e escotismo, além de conhecimentos de geografia e história do terceiro distrito do município, onde estão localizados grandes pólos ecológicos, como o Parque Municipal da Taquara e a Reserva Biológica Municipal do Parque Eqüitativa. Nos dois casos os capacitados se tornam agentes multiplicadores em suas comunidades e, com certeza, terão o prazer de passar para parentes e vizinhos tudo que aprenderam.

__________________________________________________ SAMUEL MAIA é Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias


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Atualidade Fundação Ceperj abre inscrições para concurso da FAETEC PROFISSIONAIS DAS áreas de Educação, Administração, Engenharia e Saúde Escolar de níveis Superior e Médio que buscam estabilidade e salários atrativos têm oportunidade de disputar 1.148 vagas para diversos cargos, sendo 940 só para professor, com vencimentos até R$ 2.681,09. A Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servi-

dores Públicos do Rio de Janeiro) abriu inscrições para o concurso público da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), na página www.ceperj. rj.gov.br. As vagas são para contratação imediata e estão distribuídas nos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro. As inscrições vão até 17 de novembro. As taxas são de R$ 70 para o cargo de professor Instituto Superior; R$ 45

para professor Faetec (todas as disciplinas), outros cargos de nível Superior e cargos de nível Médio, com ressalva para os cargos de operador de micro, técnico de contabilidade, agente administrativo e inspetor de alunos, que são de R$ 35. O boleto pode ser pago até 18 de novembro. O concurso público terá duas etapas: prova objetiva e avaliação de títulos. A previsão é que a prova seja aplicada em 19 de

dezembro e o gabarito divulgado no dia 21 do mesmo mês. Já a entrega de títulos será de 26 a 31 de janeiro de 2011. O resultado final sai no dia 23 de fevereiro Do ano que vem. A organizadora disponibiliza postos de inscrições presenciais para candidatos que não têm acesso à internet. O horário de atendimento de todos os postos será das 10h às 16h, de segundafeira a sexta-feira.

Rio sediará maior congresso sobre transportes da América Latina NO ANO QUE VEM, o Rio de Janeiro vai sediar o maior congresso de transportes da América Latina, o 18º Congresso da ANTP - Associação Nacional de Transportes Públicos. O evento, que discute os rumos, tendências e inovações para o setor, reunirá os maiores especialistas de todo continente, além de técnicos da Europa e EUA. As secretarias

estadual e municipal de Transportes estão à frente da organização do evento, afinal em nenhuma outra cidade do continente a reforma no sistema de transporte urbano será tão ampla e radical como a que acontecerá no município nos próximos anos. Na segunda-feira (18), os secretários Sebastião Rodrigues, pelo estado, e Alexandre Sansão, pelo

município, se reuniram com representantes de todo setor, envolvendo a Fetranspor, Metrô Rio, SuperVia e Barcas SA, para definir tarefas. O congresso da ANTP, que acontecerá em outubro de 2011, deve reunir mais de 3 mil pessoas durante os quatro dias de evento. - Para o setor, os congressos da ANTP são celeiros de boas idéias

e oportunidade de debate consistente sobre os rumos das políticas públicas para os transportes. Há mais de 20 anos, o Rio não recebe o evento. E a hora é mais que oportuna, com todas as atenções do mundo voltadas para a cidade que vai sediar jogos da Copa e Jogos Olímpicos - comentou o Rodrigues.

Ensino superior quer financiamento e isenção fiscal para pesquisas O FÓRUM DE REITORES das Universidades do Estado do Rio de Janeiro, que reúne 25 instituições de ensino superior do estado, quer que o governo federal estimule os banco privados a conceder linhas de financiamento para pesquisas. A proposta foi apresentada semana passada para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, durante encontro na capital fluminense. “Não tem sentido que o setor privado mais beneficiado pela prosperidade, que é o setor bancário, não possa utilizar uma parcela de

seus rendimentos para desenvolver uma política de estímulo à pesquisa universitária”, afirmou o presidente do fórum, professor Candido Mendes. O presidente do fórum explicou que o dinheiro das instituições de ensino e das atuais linhas de financiamento dos governos e dos bancos públicos é insuficiente para financiar as pesquisas, principalmente em setores que “beneficiam o conhecimento da realidade e do desenvolvimento”, como as ciências sociais. “A área que mais precisa de dinheiro é a de ciência sociais, que é a mais barata de maneira geral. A mais dotada de con-

Operação Lei Seca terá aparelho para detectar uso de drogas

dições de pesquisa é a área médica, de ciências da saúde. Entre as duas, fica todo o sistema das engenharias e das comunicações”, disse. Para equacionar o problema, o fórum de reitores defende que o próximo governo edite uma medida provisória reduzindo impostos para que os bancos emprestarem o mesmo valor (da isenção fiscal) às universidades. Segundo os reitores, a medida já conta com apoio dos ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento Social. “Haveria uma medida legal que estimulasse os banco a emprestar dinheiro paras

A PARTIR DO ANO QUE vem, a operação Lei Seca vai contar com aparelhos que, além da presença de álcool, vão detectar o uso de outras substâncias como maconha, ecstasy e cocaína. A nova operação

as universidades desde que seja para pesquisa. Eles teriam, claro, alguma redução tributária para fazer isso”, explicou Candido Mendes, reitor da universidade que leva seu nome. A ministra Márcia Lopes informou que sua pasta destinou recentemente cerca de R$ 1,5 milhão para pesquisas sobre as políticas públicas na área social. Segundo ela, mais parcerias do tipo favorecem melhorias das realidades regionais. “Estamos preocupados com os cursos para que correspondam ao que a realidade e as políticas públicas exigem”, afirmou.

terá sete equipes e cada uma delas será acompanhada de um carrolaboratório, desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz. Segundo o coordenador da operação Lei Seca,

Parque Tecnológico da Vida dá oportunidade a novas empresas

SCERJ/PAULO BOTELHO

O INSTITUTO Vital Brazil (IVB), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro) e a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Niterói (SMCT) lançaram o projeto Parque Tecnológico da Vida, cujo o objetivo é dar oportunidade a empresas recémcriadas, que passaram por período de incubação nestas instituições. O Parque Tecnológico da Vida abrigará empresas de base biotecnológica e de técnicas ambientais. O lançamento do Parque é uma das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que vai do dia 18 ao dia 24 de outubro, e terá como tema principal “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável”. - O Parque Tecnológico da Vida funcionará como uma espécie de parceria baseada na utilização do conhecimento dos alunos e no investimento das instituições. Na prática, é trazer material e recursos de empresas grandes e pequenas, e em troca proporcionar estágios e oportunidades aos alunos - explica Antônio Werneck, presidente do Vital Brazil. Além de reunir empreendimentos, o parque tecnológico também tem como objetivos ge-

Carlos Alberto Lopes, a partir das mudanças, cada equipe da operação irá contar com um médico e um perito para a realização dos exames. O Governo do Estado do Rio está finalizando um acordo com a Fiocruz

rar produtos e serviços inovadores em sua área de atuação e promover o desenvolvimento econômico e social do estado. O Instituto Vital Brazil assinou contrato de parceria com a empresa Hygea Biotecnologia Aplicada, recém-incubada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Hygea investirá, aproximadamente, R$ 4 milhões no instituto para instalar a área de produção de biomedicamentos, primeira área produtiva no Campus do Parque Tecnológico da Vida. A área será destinada à produção de medicamentos à base de peptídeos e proteínas recombinantes. Até o fim do ano, será inaugurada a Biotec, incubadora do Instituto Vital Brazil. O instituto e as parceiras estão estruturando a parte jurídica e a área física em que ficará estabelecida a incubadora. Algumas empresas já estão em processo de incubação: uma delas isola Tocoferol (pré-vitamina A). Mais quatro outras estão em análise. O projeto da incubadora Biotec conta com o apoio do Governo Estadual e da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, além da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Niterói.

para a produção de seis veículos. Um carro-laboratório já foi produzido e testado na Ponte Rio-Niterói. No mês de novembro, funcionários da Fiocruz irão assistir a palestras sobre o funcionamento do novo veículo.


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19 a 25 de Outubro de 2010

País Custo para manter reservas externas alcança US$ 27 bilhões de outubro, o montante já era de US$ 280 bilhões, o maior da história. Das dez maiores reservas do mundo, o Brasil aparece na oitava posição da lista. Embora garanta ao País uma aparente segurança em cenários de vulnerabilidade externa – vide o exemplo da crise internacional de 2008 -, as reservas internacionais em expansão têm o seu “on the other hand”: os custos gerados aos cofres públicos devem atingir este ano os maiores níveis desde 2002. E é esse “jogo de mãos” crescente de capitais - com que a autoridade Segundo projeções do que o Banco Central do intensifi cado pelo bom monetária intensificasse Departamento de PesquiBrasil enfrenta na admi- momento da economia as intervenções no mer- sas e Estudos Econômicos nistração das reservas brasileira e pelo diferen- cado à vista, engordando (Depec) do Bradesco, o internacionais. O fl uxo cial de juros do País - fez as reservas. Até o dia 13 custo nominal das reservas FONTE: BANCOS CENTRAIS

UM DOS “SONHOS” do ex-presidente americano Harry Truman (1884-1972) era conhecer um economista de um braço só. Isso porque, segundo ele, o especialista não teria como usar a expressão “on the other hand” (que quer dizer “na outra mão”, em tradução livre). A preocupação do 33º presidente da história dos Estados Unidos é recorrente em economia. Se, em uma mão, as medidas econômicas geram ganhos, em outra, algumas perdas são inevitáveis. É o que os economistas chamam tecnicamente de trade-off.

deve chegar neste ano a US$ 27 bilhões, o maior em oito anos. O cálculo é feito pela diferença entre a rentabilidade das aplicações (juros externos) e os juros domésticos que o BC oferece nos títulos públicos, como a taxa Selic. mais elevados frente a anos anteriores. Em 2009, a rentabilidade das reservas internacionais foi de 0,83% e, para este ano, segundo o Depec, não deve ser muito diferente, “podendo muito provavelmente ficar até abaixo disso”. “Estimamos um custo de acumulação de reservas de 1,4% do PIB em 2010. A média de 2003 a 2009 foi de 0,8% do PIB”, completou o banco, em relatório.

País deve economizar pelo menos R$ 80 milhões com horário de verão O HORÁRIO DE verão que começou à meia-noite de sábado (16), com o andiantamento do relógio em uma hora, deve gerar uma economia de pelo menos R$ 80 milhões para o país, sem contar os recursos que deixarão de ser investidos na capacidade de geração de energia. No período, a redução da demanda evitará investimentos em termos de capacidade de cerca de R$ 2

bilhões. A informação foi divulgada dia 14 pelo diretorgeral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, no Rio. “Em função do esvaziamento da carga vamos gerar menos térmicas nas regiões Sudeste e Sul”, afirmou o diretor-geral ao se referir a essas usinas, consideradas mais poluentes. O horário de verão, instituído para reduzir o consumo de energia elétrica

no horário de pico, ao final da tarde, se estenderá até o dia 20 de fevereiro. Segundo Hermes Chipp, no período,o horário de maior consumo de energia passará das 18h às 21h para o das 19h às 22h. Com mais uma hora de luz natural, a expectativa é que a demanda por eletricidade caia entre 4,6% e 5%, percentual suficiente para abastecer 70% da cidade do Rio.

“Com maior luminosidade, exige uma certa adaptação o cidadão aproveita melhor do corpo humano. Por isso, o dia”, completou Chipp. o médico Jacob Faintuch, do Hospital das Clínicas de READAPTAÇÃO São Paulo, recomenda que o DE HÁBITOS DE ideal é que as pessoas tentem ALIMENTAÇÃO, DIZEM manter uma boa qualidade ESPECIALISTAS do sono, evitando “situações O horário de verão atinge estimulantes no final da tarde os moradores das regiões ou no início da noite”. Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O médico também reSegundo a Secretaria Esta- comenda que as pessoas dual da Saúde de São Paulo, evitem consumir café ou acordar uma hora mais cedo chá preto, alimentar-se de-

mais no jantar, dormir sem comer e praticar exercícios físicos muito extenuantes. “O ideal é praticar atividade física uma vez ao dia, no mínimo duas horas depois de acordar, e evitar a prática durante a noite”, disse o médico, por meio de nota. Ainda segundo o médico, o desequilíbrio no organismo ocorre nos cinco primeiros dias da mudança no relógio.

Internacional Venezuela diz que empresa expropriada vai honrar contratos com brasileiros OS EMPRESÁRIOS brasileiros que fornecem máquinas e implementos agrícolas para a importadora venezuelana Agroisleña, expropriada no dia 4 pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não sofrerão prejuízos em razão da interrupção abrupta das negociações que vinham mantendo com a diretoria da empresa. Depois de expropriada, a importadora passou a ser denominada Agropatria. A garantia de manutenção dos contratos foi dada

aos empresários pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Avelaiz, em encontro na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Encarregado de intermediar o contato dos empresários com o governo de Hugo Chávez, Avelaiz deverá entregar, na semana que vem, um documento do setor ao ministro da Agricultura da Venezuela, Juan Carlos Loyo, relatando as pendências que pre-

cisam ser resolvidas. Entre elas, o recebimento de mercadorias retidas no porto, dívidas, encomendas de máquinas que estavam em produção, entre outros acertos. - Existe uma preocupação legítima dos empresários brasileiros sobre a decisão de expropriação, mas vamos ter uma melhoria nessas relações [comerciais] porque a área agrícola da Venezuela está em expansão e, diante disso, além de manter os compromissos assumidos [pelos ex-donos] da

agroindústria, haverá uma ampliação das negociações com o Brasil - garantiu o embaixador. De acordo com o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, a Venezuela é o quinto maior cliente do Brasil no setor de máquinas e equipamentos, incluindo produtos destinados a instalações petrolíferas. Só o segmento de máquinas e implementos agrícolas faturou entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões por ano, nos últimos três anos.

Produção de alimentos precisa crescer para erradicar a fome UMA EM CADA SEIS pessoas no mundo passa fome e a cada cinco minutos uma criança morre por desnutrição. “É uma fome que dói e mata”, afirmou o representante

da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Hélder Muteia. Segundo ele, até 2050, a população mundial deverá crescer dos atuais

6 bilhões para 9 bilhões de habitantes. Para que todos tenham acesso à comida, a oferta de alimentos precisa aumentar 70% nos próximos 40 anos. Alcançar esse

objetivo é um “grande desafi o, mas não é impossível”, disse Muteia. Para ele, cada vez mais será exigido aumento de produção com menos investimentos.

OMS cobra doações da indústria farmacêutica para reduzir doenças tropicais A INCIDÊNCIA DE um grupo de doenças infecciosas crônicas - encontradas principalmente em populações pobres - pode diminuir de forma substancial por meio de doações feitas pela indústria farmacêutica. De acordo com relatório divulgado dia 14 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os tratamentos são considerados simples e seguros, mas precisam ser expandidos. Entre as 17 enfermidades - consideradas pelo órgão doenças tropicais negligenciadas - estão a dengue, a leishmaniose e a esquistossomose, encontradas inclusive no Brasil. Ao todo, 149 países apresentam formas endêmicas de algumas delas, afetando a vida de pelo menos 1 bilhão de pessoas. O órgão citou acordos já fechados com empresas farmacêuticas que tratam da doação de medicamentos contra a lepra, a tripanossomíase africana (também conhecida como doença do sono) e a helmintíase (parasitose intestinal também frequente em países

africanos). Estão em fase de negociação doações de remédios que combatem a doença de Chagas, a leishmaniose, a úlcera de Buruli (doença que causa necrose na pele) e a elefantíase, além de problemas intestinais provocados por vermes que atingem, sobretudo, crianças. A OMS cobrou ainda respostas por parte dos sistemas públicos de saúde às mudanças de padrão das doenças tropicais, provocadas por alterações climáticas e por fatores ambientais. Um dos exemplos citados é a dengue, que voltou a ser registrada em localidades onde havia sido eliminada. As doenças tropicais negligenciadas prosperam em ambientes pobres, onde as habitações são precárias, contaminadas por sujeira e com propagação de insetos e animais de forma abundante. As consequências em longo prazo incluem cegueira, deformidades nos membros, desenvolvimento físico e mental comprometido e danos a órgãos internos.

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BNDES aprova empréstimo de R$ 400 milhões para o Maracanã

SCERJ/FERNANDA ALMEIDA

Estado do Rio vai tomar empréstimo de US$ 485 milhões O GOVERNO DO estado já poderá tomar empréstimo junto ao Banco Mundial (Bird) no valor de US$ 485 milhões, com a aprovação pela Assembleia Legislativa, na semana passada, do projeto de lei 3.292/2010, enviado pelo Poder Executivo. A autorização, conseguida em discussão única e sem adição de emendas, agora depende apenas da sanção do governador Sérgio Cabral nos próximos 15 dias úteis. Os recursos destinamse ao financiamento do Programa de Habitação e

Desenvolvimento Urbano Metropolitano Sustentável (PROHDUMS). O programa prevê investimentos em infraestrutura na Região Metropolitana, sobretudo no desenvolvimento urbano sustentável, gestão de riscos de desastres, transporte público eficiente e habitação, o que resultará em melhor qualidade de vida para a população e viabilizará os projetos de preparação do Rio de Janeiro para a Copa do Mundoa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Programa investe R$ 5 milhões no desenvolvimento regional

DEPOIS DA aprovação pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) do pedido de empréstimo de mais de R$ 600 milhões junto ao Banco Mundial (Bird) para financiar obras de infraestrutura urbana, transportes e habitação, o governo do estado recebeu outra boa notícia, no último dia 14: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES) aprovou o empréstimo de R$ 400 milhões para a reforma do Maracanã, que vai sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, entre eles a final, e a festa de encerramento da competição. Segundo a direção do BNDES, os recursos aprovados para o estádio fazem parte do programa ProCopa Arenas, criado para financiar a construção ou reforma

dos estádios que sediarão jogos do Mundial. Além do Maracanã, já foram beneficiados pelo programa os projetos para a construção da Ar e na Ama z ônia , e m Manaus, da Fonte Nova, em Salvador, e da Arena Pantanal, em Cuiabá, e a reforma do Castelão, em Fortaleza. A nota diz que “no caso do Rio de Janeiro, os recursos do BNDES

correspondem a 57% do investimento total. Eles serão utilizados em estudos, projetos e obras civis, que incluem a demolição e reconstrução parcial de arquibancadas, o reforço estrutural, a construção de novas rampas de acesso, o redesenho e alteração nas dimensões do campo e montagem de nova cobertura, ampliando a já existente”.

Capacidade real será de 76 mil e 500 espectadores O CUSTO TOTAL da reforma do Maracanã foi estimado pelo governo do estado em R$ 700 milhões. Os recursos para completar o orçamento da obra serão captados com a iniciativa privada e com recursos do próprio governo do estado.

Com a reforma, o Maracanã vai ter capacidade para 76.525 espectadores – 27.822 na arquibancada inferior e 48.703 na arquibancada superior –, sendo que o número será limitado a 75.027 durante os jogos da Copa do Mundo para

atender as exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa) quanto à localização dos assentos e visibilidade do gramado. Até ser fechado para a reforma, a capacidade do estádio era de 82.238 mil torcedores, embora somente

68 mil ingressos eram colocados à venda por medida de segurança. A estimativa do governo do estado é que sejam gerados cerca de dois mil empregos diretos na fase de execução das obras e outros 10 mil indiretos, durante a fase de operação.

ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO científico e tecnológico fluminense, das diversas regiões do estado do Rio de Janeiro. É com esse propósito que a FAPERJ lançou a segunda edição do edital Apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico regional no Estado do Rio de Janeiro – 2010 -DCTR Com R$ 5 milhões em recursos, o programa pretende fortalecer a atuação da Fundação no apoio a projetos em um número cada vez maior de municípios do estado. Lançado pela primeira vez em 2008, o Edital DCTR visa apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico no estado, mediante o emprego de ações integradas e focadas em vocações e prioridades regionais, otimizando a competitividade de suas potencialidades dentro de temas relevantes e estratégicos, contribuindo para a melhoria da infraestrutura de

instituições de ensino superior e/ou pesquisa, ou de seus campi regionais, sediados fora da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). A definição de Região Metropolitana adotada neste edital da FAPERJ, segue os mesmos parâmetros utilizados na edição de 2008 e compreende os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti e Tanguá. O DCTR atende à demanda criada a partir do crescente movimento de interiorização que importantes instituições de ensino e pesquisa têm feito rumo a diferentes regiões do estado, além daquelas que, como a Uenf, UFRRJ e o LNCC, por exemplo, têm as suas sedes localizadas no interior.

Programa Juro Zero financia safra de produtores fluminenses AGRICULTORES FAMILIARES fluminenses que estão assinando contratos utilizando linhas de crédito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) junto ao Banco do Brasil para financiar a safra 2010/2011, iniciada no dia 1º de julho, não vão pagar mais

juros. Isso está sendo possível graças ao programa Juro Zero, implementado pela Secretaria de Agricultura, pelo qual o Governo do Estado assume todos os encargos financeiros dos agricultores. Pioneiro no país, o programa visa ampliar o montante de crédito, fomentar a produção e

a geração de emprego e renda desses produtores familiares. Na avaliação do secretário de Agricultura, Alberto Mofati, o Rio já tinha inovado ao estabelecer uma política de equivalência em produto com o programa Moeda Verde, no qual o Tesouro Estadual cobre a diferença nos financiamen-

tos rurais sempre que houver queda de preço de mercado. “Agora agregamos a sistemática do Juro Zero. O produtor paga somente pelo capital. Juntamos todas as taxas de juros incidentes na agricultura familiar e trouxemos para zero. Esta é uma ação inédita’, afirmou.

No fim da década passada, o crédito rural no estado apresentava um volume da ordem de R$ 17 milhões (ano safra 1999/00). Atualmente, pelas ações de parceria já realizadas, com equivalência em produto, o volume aplicado na safra 2009/10 alcançou R$ 160 milhões. Com a ação em-

preendida a estimativa é que seja atingida a marca de R$ 294 milhões contratados até dezembro de 2014. As diversas políticas do Governo do Estado para o setor permitiram que a carteira de crédito saltasse de 1.900 contratos de agricultores familiares em 1999/00 para 10.200 contratos em 2009/10.


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