Jornal Cidade - Lagoa da Prata e região - Nº 108 - 27/12/2017

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JORNAL CIDADE

27 de Dezembro de 2017

LAGOA DA PRATA, 79 ANOS

Parte 2. A história continua... Está em suas mãos a segunda parte de uma trilogia que o Jornal Cidade está produzindo sobre a história de Lagoa da Prata. Nosso objetivo é oferecer aos leitores um produto histórico e cultural que possa valorizar as pessoas que fizeram e fazem parte da história lagopratense. Por isso o trabalho é feito de forma colaborativa, com a participação de dezenas de pessoas que sugeriram temas a serem abordados e forneceram fotos de seus arquivos pessoais para que esta publicação se tornasse possível. A primeira edição de “Lagoa da Prata de A a Z” foi lançada nas vésperas do aniversário do município em 2016 e a trilogia se encerrará em 2018, quando a cidade completará 80 anos. E para comemorar, publicaremos a edição final, que reunirá o conteúdo das edições anteriores e novos temas que serão pesquisados por nossa equipe de profissionais. E por falar em pesquisa, a reportagem do Jornal Cidade se empenhou nos últimos seis meses a consultar livros, revistas, jornais, internet e realizar entrevistas com pessoas que compartilharam conosco as histórias de seus antepassados. Esta edição de “Lagoa da Prata de A a Z” traz uma sessão especial sobre a antiga Vila Luciânia. Trouxemos a história de dezenas de pessoas que fizeram a diferença naquela comunidade e contribuíram, com seu trabalho e suor, para construir uma das maiores empresas da região, a Usina Luciânia, hoje Biosev. São histórias que a história oficial não contou. São relatos de um povo que se sentia acolhido e protegido naquele lugar. Vale a pena a leitura. Por fim, registrar a história de Lagoa da Prata por meio de pequenos verbetes tem outro propósito, considerados por nós, da redação, muito importante. É mostrar, principalmente aos jovens, que a cidade foi construída por um povo empreendedor e trabalhador, que desde sempre se abriu para novas ideias e acolheu moradores de outras cidades como se fossem seus, e esse espírito impulsionou o desenvolvimento Lagoa da Prata que hoje possui uma das economias mais pujantes da região, grandes indústrias, um comércio arrojado e um setor extremamente relevante que é formado por milhares de vendedores autônomos que estão trabalhando em todas as regiões do Brasil

vendendo nossos produtos, fortalecendo nossas empresas e trazendo recursos que movimentam todos os setores de nossa economia. Aos mais jovens, ficam os exemplos daqueles que empreenderam e venceram num período pré-internet. Aos mais, digamos, vividos, fica a saudade de tempos memoráveis, mas também a certeza de que o futuro pode ser tão bom quanto o passado. Depende apenas de nós.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao empenho de nossas parceiras de trabalho, as jornalistas Bárbara Félix e Rhaiane Carvalho. Dentre tantos parceiros, nossos agradecimentos especiais a Pedro Bioró, Jaqueline Gonçalvez, Sr. Geraldo Júlio, Prefeito Paulo César Teodoro, Fátima César, Marcos Antônio Aparecido e Sandra Teixeira. Aos familiares de muitos personagens, dedicamos também nosso agradecimentos por nos cederem informações e imagens e, principalmente, por confiar em nosso trabalho mais uma vez.

A todos vocês, muito obrigado.

Juliano Rossi e Everton Costa, diretores do Jornal Cidade

FONTES E REFERÊNCIAS Sites e blogs: Jornal Cidade, Diocese de Luz, Lagoadaprata14, Lagoa Esportes, Grupo Famílias da Vila Luciânia no Facebook e outros. Livros: (*) Lagoa da Prata. Retiro do Pântano/Silvério Rocha de Oliveira. – Belo Horizonte: Armazéns de Ideias, 1998. (*) A História de Lagoa da Prata/Acácio Mendes. – Lagoa da Prata, 2003. (*) 40 Anos de Lagoa da Prata/Ciro dos Santos. – Lagoa da Prata, Clínica Nossa Senhora de Guadalupe, 1980. (*) 60 Anos de História do Poder Legislativo de Lagoa da Prata – 1947 a 2007/ Narcizio Cruz Naza Ferreira e Robson Roberto Lopes (Org.). – Lagoa da Prata, Gráfica Moderna, 2006. FALE COM A REDAÇÃO/COMERCIAL: 37 3261-9885 • 37 9 9938-6310 • contato@jornalcidademg.com.br • EXPEDIENTE: CR Comunicação Ltda - CNPJ 13.591.966/0001-92 | Praça Coronel Carlos Bernardes, 187 Sala 107 - Centro - Lagoa da Prata(MG) - 35.590-000 | Editor Chefe: Juliano Rossi (MTB 12828/MG) - Diretor: Everton Costa (MTB 1589/MG) - Reportagem: Rhaiane Carvalho e Bárbara Félix | As matérias assinadas e o conteúdo dos anúncios/informativos publicitários são de responsabilidade de seus respectivos autores.







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REPRODUÇÃO / LIVRO HISTÓRIA DE LAGOA DA PRATA

Américo Silva

ARQUIVO PESSOAL

Américo Emídio Silva foi regente da banda de música na recepção à primeira locomotiva chegada à Santo Antônio do Monte no ano de 1915, após um século de ter sido inventada, e há um ano da estrada de ferro ter chegado no Pântano (hoje, Lagoa da Prata), que ansiosamente esperava pelo acontecimento. Américo teve três irmãos que se ligaram à história de Lagoa da Prata: Armando Emídio da Silva, conhecido por Nenê Américo, que montou a primeira usina hidrelétrica a iluminar o arraial. José Américo Silva deu muito emprego a muita gente, sendo proprietário de uma indústria de cerâmica. O terceiro chamado Amadeu Emídio da Silva, ou “Nenenzinho Américo”, que ficou conhecido por ser um homem forte e trabalhador. Este tinha muita visão para negócios e tinha iniciativa. Em 1946, Nenenzinho Américo, José Américo e os outros irmãos compraram um terreno, uma área abrangente, e mandaram loteá-lo, dando-lhe o nome de Américo Silva, um dos maiores bairros da cidade de Lagoa da Prata. BÁRBARA FÉLIX

ANTENOR CHAGAS MADEIRA Natural de Santo Antônio do Monte, filho de Antônio Carlos de Castro Madeira e Maria José das Chagas Madeira, Antenor casou-se com a neta de Joaquim Gomes Pereira (Titi), a senhora Dulce Bernardes das Chagas Madeira. Antenor foi um dos grandes benfeitores da antiga Santa Casa de Misericórdia de Lagoa da Prata. Como médico, ajudou bastante, pois não havia nenhum residente naquela época e ele preencheu essa lacuna. Antenor Chagas Madeira foi eleito vereador por duas vezes, a primeira em 1947, porém fora substituído por Raphael Ribeiro de Resende, e uma reeleição em 1951, quando também foi substituído, desta vez por Francisco José Oliveira. Em homenagem a seus feitos em prol da cidade, seu nome foi dado a uma rua no Bairro Marília. DIVULGAÇÃO

Adircilene Batista Adircilene Batista e Silva é natural de Estrela do Indaiá/MG. Filha de Lery Silva e Maria Vitória Silva. É professora de Português com especialização em Direito Educacional, Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa, gestora em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Viçosa e Gestora em Educação. Escritora, ensaísta, organizadora de diversas coletâneas de contos, crônicas e poesias. É autora dos livros “A Menina e a Poesia”, “Sonhos de Poeta”. Participou e organizou as “Coletâneas: Lagoa da Prata em Prosa e Verso I e II”, “100 Anos do Congado”, em parceria com Dr. Ciro dos Santos, entre outros. Em 2016, Adircilene recebeu o troféu Carlos Drummond de Andrade e o título de cidadã honorária em Lagoa da Prata

All Black Pub Inaugurado em 2015, o bar All Black é um dos pontos de diversão da cidade de Lagoa da Prata. Rafael Figueiredo, Fernando Sallum e Bruno Valadão foram os empreendedores que trouxeram este conceito de bar para a cidade. All Black é um dos bares mais requisitados. Com seu estilo “rock” e moderno, é um excelente ponto de entretenimento para se encontrar com os amigos e apreciar os mais diversos drinks. O bar está situado na Rua Olegário Maciel, 447, no Centro de Lagoa da Prata. ARQUIVO ASSOCIAÇÃO AMÉRICA

Árvore no Meio da Rua Na rua Ceará, no bairro Nossa Senhora das Graças, mais conhecida como “Peteca”, há uma enorme árvore no meio da rua. A árvore possui um tronco grosso e uma copa que proporciona muita sombra aos moradores vizinhos. Recentemente, ao seu redor foram construídas muretas com objetivo de demarcar o lugar da árvore, que é como um xodó para os moradores da região.

Associação América A Associação América Futebol Clube (AAFC) é um grupo de amigos que se reúne para jogar futebol nas manhãs de domingo em Lagoa da Prata. Fundada em 1988, a entidade possui um campo próprio muito bem cuidado, com irrigação subterrânea, considerado um dos melhores da região. Em 2017, o Sucata recebeu a visita da Associação Veteranos de Araçá, de Vila Velha/ES para duas partidas amistosas e posteriormente, no mês de novembro, viajou ao Espírito Santo para fazer os jogos de volta.





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ARQUIVO

DIVULGAÇÃO

Bar Lagoense Em 1902 foi construída e inaugurada a primeira casa comercial de Lagoa da Prata, que tinha o nome de “Loja do Povo”. Atrás do comércio se localizava a casa residencial do dono, Joaquim Gomes Pereira, também conhecido por Titi. Com o passar dos anos, esta casa comercial se transformou no famoso Bar Lagoense, que durou muitos anos. FOTOS: SITE LAGOADAPRATA14.BLOGSPOT.COM.BR

Boavia Auto Center Inaugurado em junho de 2016, o Boavia Auto Center está se consolidando na região como referência em centro automotivo. Fundada por Marcelo Lacerda e Wilson Silva, a empresa oferece soluções aos proprietários de veículos com os serviços de alinhamento, balanceamento, mecânica, suspensão, troca de óleo, troca de pneus, escapamentos, freios, caixa de câmbio tudo em um só lugar. No Boavia Auto Center o cliente é atendido com rapidez por profissionais especializados. Em uma confortável sala, o motorista pode acompanhar a manutenção do seu veículo enquanto assiste televisão, lê jornais ou revistas e toma um café, num ambiente confortável e climatizado

DIVULGAÇÃO

BomBar Inaugurado em março de 2016, o Bombar é uma atração à parte, sendo um dos lugares mais requisitados de Lagoa da Prata. O local, onde antes era uma residência, se tornou um ambiente aconchegante e estiloso, com três áreas distintas, todas dedicadas à preferência de cada cliente. As áreas são a entrada; a área interna, mais aconchegante e discreta; e também a área dos fundos, que possui uma piscina e mesas ao seu redor. O Bombar está situado na rua Olegário Maciel, 228 no centro de Lagoa da Prata.

BANDAS DE LAGOA DA PRATA No passado, Lagoa da Prata contou com memoráveis conjuntos musicais, com membros conhecidos na sociedade lagopratense. Dentre eles: Os Invejáveis, tendo Itamar no contra-baixo, JC na guitarra solo, na bateria Pinguim, Luizinho na guitarra base e o ritmista Zé Gordo. O primeiro conjunto eletrônico de Lagoa da Prata, que depois se tornou a “Super JC7”, com alguns membros novos e alguns se mantiveram. Super JC7, que foi um renomado conjunto musical daquela época de inovação da música mundial e da era The Beatles, Pink Floyd, Os Incríveis, The Jordans, Pholhas, Rolling Stones e das músicas dos anos 70. A partir da Super JC7 foi criada uma nova banda, Os Ronitons. O conjunto era formado por Marcelo, Nêm, Luizinho, Pinguim, José Gordo, Itamar e Mozart.

BÁRBARA FÉLIX

Bar do Mizael Dirigido pelos proprietários Vanda e Mizael, situado na rua Alexandre Bernardes Primo, 1613, no bairro Américo Silva, o Bar do Mizael é um dos mais requisitados pelos lagopratenses. Um bar de família pronto para receber famílias. O Bar do Mizael é bem reconhecido por ser aconchegante e sossegado, perfeito para um encontro casual com os amigos. O bar tem grande destaque e nos últimos anos participa do renomado evento “Festival do Peixe”



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ARQUIVO

LINDOMAR FOTÓGRAFO

Cobeb Em Divinópolis, no ano de 1952, uma firma comercial chamada Moreira Gino Ltda era dona de uma fábrica de bebidas que estava a venda. Luciano de Castro, ex-combatente, interessou-se e junto a um ex-companheiro de lutas na FEB ,Oswaldo de Freitas, e também a José Armando Teóphilo compraram a fábrica. Eles montaram o empreendimento na rua Paraná, 88, e um depósito para apresentação dos produtos na Av. Brasil. Os donos tinham muita vontade de ver a empresa crescer e trabalharam muito para isso. Fabricando refrigerantes e comercializando outras bebidas, a empresa estava se desenvolvendo; os produtos eram bem aceitos pelo povo. Porém, a Mogi foi vendida, passando para Paulo de Castro e José Vital. Pouco depois, foi transferida para Carlos Bernardes de Oliveira. A empresa continuou o seu processo de produção com progresso, mas alterações foram feitas e passou a ter sócios. Em meio a reviravoltas na direção da empresa, ela foi desativada e mudanças foram feitas, passando de industrial para comercial, assim nasceu a Comercial de Bebidas do Brasil – COBEB.

IMAGEM ILUSTRATIVA

Claret Antônio Claret Rezende, mais conhecido como Claret, é um homem visionário e um trabalhador excepcional, que exerce seu trabalho na agência bancária Sicoob Crediprata, onde é diretor do conselho administrativo, com transparência e comprometimento . Claret esteve à frente de diversos movimentos em prol de Lagoa da Prata, como o “Dia C”, que teve com objetivo cooperação entre todos para manter a cidade de Lagoa da Prata limpa e agradável para viver.

Café Prata Na Rua Joaquim Gomes Pereira, onde havia uma casa em que se fabricava manteiga, a antiga “Soares Nogueira”, Jefferson Ribeiro Neto e Eli Maciel montaram uma torrefação em 1966. O Café Prata, que era saboroso e o preferido por muita gente durante muito tempo, passou por problemas de ordem técnica que impediram sua continuação, assim, foi desativada tempos depois.

BÁRBARA FÉLIX

Correios Foi criada uma agência postal em Lagoa da Prata, sob os mantimentos da Prefeitura, onde Avelina Maciel era agente, titular do serviço. A agência funcionou por muitos anos, e era onde hoje em dia é o Solar Hotel. Em 1919, o telégrafo chegou pela estrada de ferro, assim, facilitou a comunicação para todos. Após a emancipação do município, a agência postal passou a prestar serviços de telégrafo, transformando-se em Agência Postal Telegráfica. No entanto, em 1993, com a modernização, transformou-se no sistema operacional dos Correios, uma franquia denominada “ACF = SOLER”, prestando serviços de forma satisfatória conforme novos métodos.



CARINHOSAMENTE

é conhecida por todos como...

Dona Conceição!

educação e pela forma com que comandou sua equipe de professores e funcionários. Adora o movimento de alunos e o ambiente escolar. Atualmente está afastada de suas funções e a direção do Colégio Águia de Prata foi assumida por sua nora Maria Inês.

Ela está com 88 anos bem vividos e dedicados a nobre missão de educar.

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lém de educar formou muitas educadoras. Lecionou, foi inspetora, diretora de escolas públicas e criou a primeira escola particular de Lagoa da Prata: O Colégio “Colibri”. Sua escola sempre foi referência em qualidade na cidade e mais inovadora na região. Com sua política educacional clássica e erudita, conquistou diversos prêmios, lugares de destaque nos vestibulares e no ENEM. Dona Conceição foi casada com o Sr. Lázaro Santos de Oliveira por 57 anos. Ele faleceu há 9 anos. Teve um único filho, Rommel, que infelizmente fa l e c e u e m 0 7 / 0 1 / 2 0 1 0 ,

deixando a viúva Inês e dois filhos: Henrique e Mônica. Dona Conceição é formada em Pedagogia e vocacionada às Letras. Lecionou português no Curso Supletivo que ela fundou para que os alunos não precisassem sair fora de Lagoa da Prata para estudar, foi professora no Jacinto Campos, diretora no Virgínio Perillo que hoje é o Teotônio de Castro, foi diretora da escola Dona Tilosa que hoje é o Alexandre Bernardes. Em 1976 criou sua própria Escola infantil que foi crescendo e hoje é o Colégio Águia de Prata. Dona Conceição é conhecida pela seriedade com que levou a

Maria Inês Reis Pires nasceu em Brasília, conheceu Rommel no antigo Oeste Estrela Clube, apresentada por Claudine Valadão em julho de 1985. Dona Conceição diz para as amigas mais íntimas que Inês é a filha que ela não teve. Com a sogra – mãe, Inês aprendeu a amar a educação. Por isso não teve dificuldades em continuar o trabalho. Assim que criou os Ensinos Fundamental e Médio, Dona Conceição convidou a


nora para ajudá – la na escola. Em 1997 a assistente social, concursada da prefeitura, começa assim sua caminhada na educação. Dona Conceição aconselhou a nora a fazer pedagogia e assim ocupar um cargo de coordenadora pedagógica no colégio. Quando a Universidade de Itaúna abriu alguns cursos em Lagoa da Prata, Inês cursou pedagogia. Foi uma aluna exemplar e ocupou por mérito, o cargo de Supervisora do ensino médio. Logo que ocupou o cargo, a dupla buscou avançar na qualidade, sempre em busca de parcerias com sistemas, os mais qualificados a nível nacional. E como uma “Águia” Inês alçou seu vôo. Com a consciência do dever cumprido, sem pompas e cerimônia, naturalmente, como as Águias, é feita a transferência do cargo da direção, de dona Conceição, para Inês. Ela entregou a missão para sua nora – filha após quinze anos de aprendizado. Inês passou sua infância na fazenda de seu pais em Ibiá e em Brasília, onde morava. Sua mãe foi professora e foi dela também que recebeu uma grande influência de amor e dedicação à educação. Estudou em boas escolas e quando concluiu o ensino médio prestou vestibular

na PUC Minas em 1984 e lá cursou Serviço Social. Passou no concurso da prefeitura em 2° lugar e trabalhou durante 15 anos. Passou em 1° lugar no concurso do fórum mas já estava com Dona Conceição nos trabalhos do Colégio. Trouxe na sua bagagem profissional o amor e a generosidade dos assistentes sociais. Fez duas pós graduações na PUC. A primeira em políticas públicas e políticas sociais e a segunda em serviço social aplicado ao Poder Judiciário. Desde 2011, assumiu a direção da escola e desde então percorre com audácia, amor e carinho as experiências deixadas pela sogra. A diretora dedica seu tempo à escola fazendo cursos de gestão, de relacionamentos interpessoais, viaja sempre em busca de cursos para melhorar a qualidade do ensino do Colégio

Águia de Prata, trazendo novidades para a equipe pedagógica. Inês gosta de estudar, reformar a escola, plantar e conversar com os pais. Conhece cada aluno e suas histórias. Ama adolescentes, crianças e idosos. Cuida da sogra com zelo e carinho de uma filha. Mônica a primeira filha formou – se em Engenharia na UFOP e Henrique está terminando o curso de Direito. Dona Conceição e Inês são duas grandes educadoras e são orgulho para o povo de Lagoa da Prata.


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LINDOMAR FOTÓGRAFO

Dr. Sanábio Eduardo Sanábio, nascido em Formiga no ano de 1955, atua em Lagoa da Prata como oftalmologista com reconhecimento regional. Graduado em medicina, se especializando em oftalmologia, optou pela carreira médica por influência de seu pai, que também era médico. Dr. Sanábio estudou em Itajubá/MG e fez sua residência em São Paulo. Eduardo é casado com Laura Maria Pires Gomes e é pai de três filhas, Thaís, Mary e Simone. O médico é reconhecido por seu trabalho excepcional nas cidades de Lagoa da Prata e também em Arcos/MG, onde mora atualmente.

ARQUIVO PESSOAL

Divinal FM A Rádio Divinal FM 93,7 é uma das rádios mais ouvidas em Lagoa da Prata. Com toda uma gama excelente de programação, indo do jornalismo ao lazer com as músicas sertanejas, que é o gênero mais tocado. Seja durante a manhã, tarde ou noite, o ouvinte tem seu lugar, principalmente o quadro “Boca no Trombone”, que propicia ao ouvinte manifestar os problemas sociais enfrentados em Lagoa da Prata ou até mesmo apreciar trabalhos dos líderes da cidade! A Rádio Divinal está 24 horas no ar com muito sucesso e informação.

Dr. Tomáz de Aquino Doutor Tomáz de Aquino Resende, nascido em Santo Antônio do Monte no ano de 1958, é filho de José Resende Gontijo. Casado com Elzira Maria Costa Resende, com a qual teve dois filhos, André Costa Resende e Carolina Costa Resende. Graduou-se em 1985 em Direito pela FADOM, atuou como advogado de 1986 até 1990, quando foi aprovado no concurso para Promotor de Justiça em Minas Gerais, exercendo o cargo por 23 anos. Fundou no Ministério Público e também coordenou o Centro de Apoio das Promotorias de Fundações e Entidades de Interesse Social de Minas Gerais, sendo assim um importante instrumento em prol da sociedade. Thomáz recebeu o título cidadão honorário de Lagoa da Prata, onde teve relevantes interferências a favor da cidade, como a construção da APAC. Atualmente, atua como advogado no escritório onde é sócio, denominado Tomáz de Aquino, Costa Vilar Sociedade de Advogados e é o atual Procurador do Município de Belo Horizonte, onde reside atualmente. ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

Denilson Escritor Denilson Eugênio Gomes – conhecido como Tuca ou Dedé, nasceu em Lagoa da Prata, em 12 de abril de 1974. Filho de José Carlos Gomes e Ana Lúcia Gomes, ele começou a escrever em 1991, tendo seu talento descoberto pelo pároco da época José Pimenta, que atuava na igreja São Carlos Borromeu. Ele também obteve apoio da Escola Estadual Helena Aparecida – APAE, onde estudou durante a sua infância. Seus livros “Meu Jeito de ser e de viver”, “Canção do Amor Maior “ e “Sonhos de um Poeta”, podem ser encontrados na Biblioteca Municipal.

Dr. Ailton Silva Natural de Dores do Indaiá, Ailton José Silva, nasceu em 31/07/1961. Mudou-se para Lagoa em 1983, um dia antes da inauguração da agência do Banco do Brasil, onde trabalhava. Morando em Lagoa há trinta e quatro anos, Ailton diz que ama a cidade desde que se mudou, tendo aqui inúmeros conhecidos e amigos. Graduou-se pela Faculdade de Direito do Oeste de Minas e é pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Sete Lagoas, em Direito Educacional pelas Universidades Claretianas, de Batatais, Estado de São Paulo e tem mestrado em Aspectos Bioéticos Y Jurídicos de La Salud - Bioética, pela Universidad Del Museo Social, em Buenos Aires, Argentina. Atuou em diversas cidades de vários estados do país com as principais áreas de especialização, além da Bioética, Direito Empresarial, Direito de Família e Sucessões, Direito Possessório, Direito Bancário e Relações de Consumo. Exerce também trabalho voluntário como Presidente da Subseção da OAB em Lagoa da Prata, onde foi Presidente no período de 2001 a 2009 e atualmente exerce mandato entre 2016 e 2018. Doutor Ailton é casado com a médica Indramara de Melo Pinto e tem um filho, Bruno Silva Nogueira.


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Diva Marilda Melo Natural de Lagoa da Prata, a educadora Diva Marilda Melo, ou Dona Diva, como passou a ser chamada após se tornar diretora da Escola Estadual José Teotônio de Castro, é mãe de dois filhos, Flávia e Silas. Antes de ser diretora de uma das escolas mais bem requisitadas de Lagoa da Prata, Diva era professora de matemática, porém foi na diretoria que ela se tornou inesquecível para os alunos. Dona Diva zelava e dirigia a escola com todo profissionalismo e carinho, com ética no trabalho e amor pela profissão, assim ficou na direção da E.E José Teotônio de Castro por muitos anos, até se aposentar.

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Dr. Roberto Nascido em Além Paraíba/MG no ano de 1950, Roberto Melo Gomes, o Dr. Roberto, veio para Lagoa da Prata no ano de 1973. Graduou-se em medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora em 1970 e fez residência médica. Criado sem o pai, ele e o irmão lutaram até conseguirem vencer. Antes de se tornar médico, atuou em outras áreas, sendo motorista de caminhão, vendedor ambulante e enquanto estudava medicina, lecionou biologia e química em cursinhos e escolas de Juiz de Fora/MG e Além Paraíba/MG. Casou-se com sua primeira e única namorada, Lúcia Helena, com a qual tem três filhos, Roberta, Rafaela e Roberto Júnior. Rafaela, sua filha, lhe deu duas netas pelas quais tem muito zelo, Carolina e Isabela. Agora, especialista em cirurgia geral e clínica geral, com 41 anos de profissão, atua em seu consultório na Rua Alexandre Bernardes Primo, 1184, e também no Hospital São Carlos.




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REPRODUÇÃO / LIVRO 40 ANOS DE LAGOA DA PRATA

Ernestina Bernardes Viúva de um dos homens mais importantes e trabalhadores de Lagoa da Prata, o Juca Lobato, Ernestina, ou Dona Tinuca, como era conhecida era uma pessoa honrada e distinta, que marcou a história da cidade. Faleceu já centenária e deixou imensas saudades. ARQUIVO FAMILIAR

Ex-combatentes A galeria foi criada em homenagem aos ex-combatentes que estiveram na Segunda Guerra Mundial da Força Expedicionária Brasileira (FEB), através da resolução 373/2000, de autoria do Antônio Alves de Miranda, em 2 de maio de 2000. Confira os nomes dos ex-combatentes da galeria: Americano do Sul, Arthur Bernardes Filho (Ex-vereador), Luciano de Castro, Osvaldo Bernardes Lobato, Osvaldo de Freitas (ex-vereador), Romeu Bernardes Lobato, Joaquim Bernardes Guadalupe e Paulo de Castro. ARQUIVO ESCOLA

E. M. Afonso Goulart Enéas Martins Borges Filho de Severino Martins Borges e Rosa Bárbara, uma das mais tradicionais famílias de Santo Antônio do Monte, Enéas Borges desenvolveu importante trabalho social em Martins Guimarães, distrito de Lagoa da Prata, quando se elegeu vereador. Um homem idealista, dinâmico e empreendedor, que se elegeu vereador para a 1ª legislatura de Lagoa da Prata e, certamente, foi o maior benfeitor de Martins Guimarães. Neste aspecto, obteve ajuda de familiares e amigos para erguer a Matriz do distrito e a iluminou com energia vinda de sua pequena hidrelétrica, da fazenda onde morava. Um cidadão exemplar, que amava sua pátria e os brasileiros. Enéas foi vereador na primeira legislatura do município de Lagoa da Prata, que foi emancipado no dia 27 de dezembro de 1938. Destacou-se pela apresentação de projetos sociais importantes para o município de Lagoa da Prata, mas especialmente para o distrito de Martins Guimarães. Conseguiu viabilizar obras de expressão, como a construção da Igreja Matriz, escola pública, cemitério, campo de futebol e energia elétrica.

Em homenagem ao Professor Afonso Goulart, que lecionava história e geografia, a escola recebeu este nome. Um homem culto que veio de Luz para Lagoa da Prata, em 26 de maio de 1965, foi reconhecido pela Câmara Municipal com o título de Cidadão Honorário. Assim, não havia outra lembrança para marcar seu nome a não ser eternizá-lo em estabelecimento de ensino. Assim foi dado a uma das escolas municipais de Lagoa da Prata o nome “Afonso Goulart”. Recentemente a escola passou para um novo prédio, totalmente novo para felicidade dos alunos. REPRODUÇÃO / LIVRO HISTÓRIA DE LAGOA DA PRATA

ARQUIVO PESSOAL

Elvis Almeida Elvis Ezequiel Aquino de Almeida graduou-se em Direito no ano de 2004, com especialização em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 2006. Atualmente atua na Procuradoria Municipal de Lagoa da Prata e também em causas particulares, normalmente nas áreas de Direito Público, como Direito Administrativo, Tributário e Ambiental. Além de suas atuações na advocacia, Elvis Almeida é um amante da música, tendo parte dessa paixão a influência de seu pai, que era acordeonista. Aos 14 anos começou a tocar violão, porém queria mesmo era tocar uma guitarra. Elvis é um guitarrista reconhecido nacionalmente e foi patrocinado (endorsement) pela marca Strinberg. Atualmente atua também como professor na UNA de Bom Despacho.

Elza Bernardes A conterrânea Elza Bernardes, dentre vários estudantes da primeira turma que se formou na Escola Jacinto Campos, concluiu o curso com distinção, sendo considerada aluna nota 10, em 1930. Elza foi a primeira professora de muitos cidadãos lagopratenses, um deles o escritor Silvério Rocha.

Continua após a seção especial “Vila Luciânia”



História de vida do Dr. Antônio Luciano Pereira Filho ARQUIVO PESSOAL

Texto de Dr. Otaviano de Oliveira www.otavianodeoliveira.blogspot.com.br

Antônio Luciano nasceu na fazenda das Guaritas, município de São Gotardo, Minas Gerais, cursou o 2º grau no Colégio Arnaldo em Belo Horizonte e formou-se em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Luciano formou-se como médico, mas exerceu a profissão apenas por filantropia e amor aos mais humildes. Em 26 de fevereiro de 1949, a então Usina Ovídio de Abreu foi vendida ao Cel. Antônio Luciano Pereira, que dela se tornou Diretor Presidente. Posteriormente, assumiu a presidência, Dr. Antônio Luciano Pereira Filho, que a transformou no império que é hoje. Graças ao seu espírito empreendedor, o município se tornou um dos mais prósperos de Minas Gerais. Tempos antes de ser comprada por Antônio Luciano, a primeira safra da Usina Ovídio de Abreu, com sede em Lagoa da Prata, ocorreu em outubro de 1948. O senhor Paulo de Castro, recém-chegado da Itália, após participar da 2ª Grande Guerra Mundial, participou do transporte de cana para a usina, pois havia comprado um caminhão importado, da marca “Cargo”. Apesar de ter sido excelente médico,

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sua vocação foi mesmo com o comércio e a agroindústria. Luciano soube transformar a matéria prima da cana-de-açúcar em riquezas para o município. Gerou milhares de empregos diretos e indiretos. A filha Anna Luciano comenta que seu pai geria quase todos os seus negócios. Admite que era centralizador, mas quando necessário sabia delegar poderes e em quem podia confiar. Tornou-se um dos empresários mais bem sucedidos do Brasil. Segundo relato do Sr. Joaquim Batista Neves, Dr. Luciano foi um homem de rara inteligência, grande visão de negócios, empreendedor e muito caridoso. Aos sábados, era comum de se ver

uma enorme fila de pessoas que iam à sua “Casa de Campo”, próxima de Lagoa da Prata, para receber ajuda financeira. E como era generoso nas doações! No entanto, era observador. Se em meio aos necessitados, percebia alguém de maiores posses, dizia com franqueza, mas sem humilhar: “Deixe a fila, porque você não precisa de ajuda. Vá tomar um cafezinho lá dentro.” Dr. Luciano sempre foi admirado por ser um cidadão de hábitos simples, dinâmico e empreendedor.

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“A produção e veiculação deste especial contou com o apoio cultural da EMPRESA DE PARTICIPAÇÕES OESTE DE MINAS - Loteamento Paradiso”

ARQUIVO FOTO ROCHA


ARQUIVO FOTO ROCHA

Dr. Antônio Luciano Pereira Filho

“A produção e veiculação deste especial contou com o apoio cultural da EMPRESA DE PARTICIPAÇÕES OESTE DE MINAS - Loteamento Paradiso”

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ARQUIVO FOTO ROCHA

“não exerceu a medicina comercialmente, mas humanitariamente, sim, em lugares onde não havia atendimento médico, como Urucuia e Brasilândia. Antes de pousar com sua nave, Dr. Luciano dava voltas nos arredores da cidade e o povo anunciava: O Doutor chegou!”

Continuação da página anterior Segundo contava seu admirador e amigo Juca Machado, já falecido e que foi empregado da família, desde os tempos do Coronel Luciano, Dr. Antônio Luciano, quando criança brincava como qualquer outro da sua idade, subindo em árvores, disputando corridas, jogando “peladas de futebol” etc. Entre os amigos de infância e em meio aos familiares era chamado carinhosamente de “Totoca”. Luciano cultivava o hábito de se alimentar moderadamente, embora tivesse mesa farta na casa de campo, onde quem chegava se deliciava com a enorme variedade de frutas e outras iguarias. Para Dr. Antônio Luciano alimentar-se era questão de saúde e não de prazer. Certa vez, teria jogado fora a macarronada que estava sendo servida aos filhos, porque para ele alimento tinha que ser nutritivo. Sempre recomendava regime alimentar para as pessoas, porque entendia que a obesidade conduzia às doenças. Outro episódio interessante narrado por Anna Luciano é que houve uma carta que Dr. Antônio Luciano teria escrito na

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Tancredo Neves, ex-governador de Minas Gerais e eleito presidente do Brasil, pelo voto indireto, visitou Lagoa da Prata em meados de 1984. Na foto, ao lado do Dr. Luciano, em momento registrado nas dependências da antiga Minas Caixa. cidade de Ouro Preto, onde estudou, dirigida à sua irmã acima de sua idade. O certo é que Dr. Luciano tinha muito apego à família. Sua riqueza gerou riquezas para muita gente. Empregou milhares de trabalhadores e criou oportunidades de negócios para grande número de pessoas.

Foi empresário vitorioso, mas não egoísta. Soube que desde os tempos de estudante em Belo Horizonte já trabalhava. Ainda adolescente, com a mesada que recebia do pai, comprava botinas e as revendia, com lucro em Belo Horizonte. Re-

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Dr. Antônio Luciano Pereira Filho e familiares em foto gentilmente cedida pela filha Anna Luciano Pereira Gouthier vendia também objetos antigos e de arte adquiridos em fazendas ou cidades do interior mineiro. Com o tempo foi se aperfeiçoando no ARQUIVO FAMILIAR

Dr. Antônio Luciano em meio a dois ex-prefeitos de Santo Antônio do Monte: Geraldo Luiz de Castro (E) e Walter Ferreira de Souza (D).

mundo dos negócios e se tornou o homem mais rico do Brasil, das décadas de 80 e 90. Dizem que chegou a ter mais de 80 mil imóveis em Belo Horizonte. Foi proprietário de quase todos os cinemas e teatros da capital mineira. Na região centro oeste de Minas Gerais, polarizou seus negócios na área industrial, após adquirir a Usina Ovídio de Abreu, que se transformou na Companhia Industrial e Agrícola Oeste de Minas, no ano de 1949. As terras que adquiriu ao longo da vida, abrangiam grande parte do município de Lagoa da Prata - chegaram a 2/3 do seu território e se estendiam a todos os municípios circunvizinhos, como Japaraíba, Arcos, Iguatama, Bambuí, Luz, Moema e Santo Antônio do Monte. Seus domínios se estenderam também a inúmeros outros municípios como São Gotardo, Urucuia, João Pinheiro entre outros. Dr. Luciano foi casado oficialmente com Dona Clara Catapreta Luciano Pereira. O casal teve três filhos: Antônio Lu-

ciano Pereira Neto, Anna Luciano Pereira Gouthier e Clara Luciano Henriques. A empresária Anna Luciano, que hoje reside em Londres, diz que seu pai, Dr. Antônio Luciano “não exerceu a medicina comercialmente, mas humanitariamente, sim, em lugares onde não havia atendimento médico, como Urucuia e Brasilândia. Antes de pousar com sua nave, Dr. Luciano dava voltas nos arredores da cidade e o povo anunciava: O Doutor chegou! Aos examinar os pacientes, se encontrava algum caso grave transportava o doente em seu avião para a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, onde tinha conta corrente para lançamento de despesas hospitalares e médicas.” A vida privada do Dr. Luciano não é o que mais buscamos nesta pesquisa. Muito mais nos interessa relatar com precisão, sem cunho jornalístico, menos ainda sensacionalista, sua importância para o desenvolvimento de vários municípios de Minas Gerais, especialmente Belo Horizonte e Lagoa da Prata.

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Depoimentos de antigos moradores ARQUIVO PESSOAL

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PAULO CÉSAR TEODORO, PREFEITO

ALAN RUSSEL, JORNALISTA “A usina sempre esteve presente no meu cotidiano, afinal, meu pai sempre trabalhou lá. E em virtude do trabalho dele, mudamos pra Usina quando eu tinha dez anos de idade. Já nos primeiros dias, aquela vila de casas iguais foi me conquistando! Rapidamente me entrosei com a molecada da nova vizinhança. Pra quem sempre gostou de futebol aquele lugar era o paraíso. Tinha campo gramado, quadra, canteiro de ferrovia, rua de terra batida. Fazíamos campeonatos onde éramos devidamente premiados. As medalhas eram tampinhas de refrigerante colocadas na linha do trem de ferro. Após o trem amassar e deixar as tampinhas em forma de medalhas, era só furar com um prego e passar barbante. Pronto, “honra ao mérito”! Na Usina a molecada pegava passarinho no mato, nadava no Rio Santana, brincava de carrinho de rolimã, pescava no “esgotão”. Vez ou outra descia um avião no aeroporto e uma procissão de crianças corria até a casa de campo pra ver qual era a novidade. Nos fins de semana tinha praça de esportes, tinha matinê no clube e tinha cinema! Cinema esse no qual dei meu primeiro beijo, numa sessão de “Querida, encolhi as crianças”. Ao fim das missas de domingo, os jovens marcavam de se encontrar no fundo da igreja pra formar os casais... Infelizmente, em meados da década de 90, decidiram por um fim na vila da Usina Luciânia. Foram poucos anos que morei alí, mas foram suficientes pra se tornarem inesquecíveis!”

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“A Vila Luciânia era uma grande família. Havia um calor humano, um povo simples e amigo. As pessoas cuidavam uma das outras. Havia muita harmonia. Dr. Luciano era um grande pai para todos. Dava todo o suporte e oferecia uma estrutura médica fantástica. Ele tratava o povo da usina com muito carinho. Ele recebia todos os funcionários em sua casa de campo, no mesmo local onde ele recebeu Juscelino Kubitschek e o governo Hélio Garcia. Foi um grande empresário e contribuiu muito com o desenvolvimento de Lagoa da Prata. Como filho da Usina Luciânia, vejo Dr. Luciano como um grande líder. A gente encontra os amigos da antiga vila e ficamos horas e horas relembrando os casos. Quero deixar uma mensagem para os nossos irmãos e irmãos da antiga Vila Luciânia, que hoje estão em Lagoa da Prata trabalhando. Tenho muito orgulho de ter convivido com essas pessoas, que são trabalhadoras e honestas, que são famílias que preservam a humildade e o trabalho.”

GLORINHA OTAVIANO, ASSESSORA PARLAMENTAR “Desde que nasci eu morava na Vila Luciânia. Era um paraíso, pois tínhamos qualidade de vida, um dos melhores supermercados, cinema, churrascaria, praça de esportes…Nessa praça a gente ficava o dia todo praticando esportes. Éramos uma família. A vila tinha uma das melhores escolas da região. Tenho muitas saudades porque éramos humildes e ao mesmo tempo os mais ricos do mundo. Podíamos ficar brincando até tarde, fazíamos serenatas no dia da mães, quadrilhas…Éramos uns pelos outros. Lá não existia violência e podíamos ficar até com as portas abertas. Lá, conheci meu esposo, namorei e estou casada há 22 anos com o filho do senhor José Nestor, que era muito conhecido na usina. Hoje, tento passar para as minhas filhas que éramos felizes com tão pouco. Eu sinto muitas saudades de todas as famílias maravilhosas da vila”.

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MARIA CRISTINA, FUNCIONÁRIA PÚBLICA “Falar da usina me faz lembrar com saudades das brincadeiras como passar anel, bete (taco), estátua, queimada… Lá, tínhamos a praça de esportes, escola, estação, o canal onde íamos tomar banho no final de tarde escondido dos nossos pais, o cinema, o coreto, a churrascaria, tudo inesquecível. Trabalhei sete anos na lavoura, capinei, fiz plantio, cortei cana e ainda fui rainha da safra. No final de cada safra fazíamos uma festa, enfeitávamos os caminhões e desfilávamos. Também trabalhei no supermercado e na lanchonete da vila. Quantas saudades! Não pagávamos água, energia, tínhamos médicos, dentistas, escolas, farmácia… era tudo de graça. Éramos felizes e não sabíamos. ”

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JORNAL CIDADE

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Biosev: fazendo histór

Fundada na metade do século passado, a usina de açúcar de La e social do município. Durante muitos anos, a indústria foi a pr cio, a construção civil e os serviços nas primeiras décadas após a empresas foram consolidadas e os moradores locais desenvolve bém oferece consideráveis rendas, que é formado por vendedo e o desenvolvimento de Lagoa da Prata estã

Veja a seguir uma breve linha do tempo de alguns p José Mendes Macedo, primeiro prefeito de Lagoa da Prata, iniciou as articulações para a instalação de uma usina na cidade. Ele tinha dois amigos que eram do Instituto do Açúcar e do Álcool, que favoreceram a implantação da indústria, que foi instalada em terras doadas pela sogra do prefeito, a senhora Maria Bernardes Lobato, conhecida como Dona Naná.

1940

1946

Início das a da LDC n sucroenergét

Colheita da primeira safra.

1948

É realizada a constituição da Companhia Industrial e Agrícola Oeste de Minas (CIAOM), que operou durante muitos anos ostentando os nomes fantasias de Usina São Francisco, Usina Ovídio de Abreu e Usina Luciânia.

1949

200

A CIAOM é transferida ao grupo financeiro de propriedade de Dr. Antônio Luciano Pereira, empresário mineiro.

Pratas d

Alguns dos colaboradores mais antigos contam um pouco d Antônio Alvimar Juscelino, mecânico, 44 anos de empresa “Entrei na usina no dia 26 de junho de 1973. Comecei na lavoura e hoje sou mecânico. Morei na Vila Luciânia o tempo todo. Lá tinha muita estrutura. Se eu pudesse, estaria na Vila até hoje. Fui nascido e criado aqui. Meu pai, João Juscelino, trabalhou e se aposentou na usina. Criei meus filhos aqui e hoje um deles trabalha na empresa. Como pai, sinto muito orgulho em ser exemplo para ele, que é casado e está estudando. É aqui que ele tira o sustento de sua família. A história de nossa família está ligada à história da Biosev. Houve muitas mudanças quando a usina foi incorporada pelo grupo Louis Dreyfus. A empresa passou por uma grande transformação. A área agrícola, por exemplo, melhorou muito. Antigamente, andávamos de caminhão pau-de-arara, hoje é de ônibus. Temos as áreas de vivência, com condições dignas para o funcionário se alimentar. A área de segurança também é destaque, pois é a vida do trabalhador que importa. Nossa missão é fazer o trabalho, cumprir as metas e voltar para a família em segurança”.

Aveci Campos, pedreiro, 39 anos de empresa “Trabalhei na lavoura, ajudante de pedreiro e hoje sou pedreiro. Nesse período em que estou aqui, muitas coisas mudaram. A segurança dos trabalhadores hoje é prioridade. Antigamente, trabalhávamos de tênis, sem usar capacete, sem abafador, e hoje, temos todos os equipamentos para a nossa segurança, plano de saúde e todas as condições para desenvolver um bom trabalho. Sou casado, tenho 2 filhos e 2 netas. A empresa foi essencial para formar a minha família. Tudo que nós temos veio daqui. Um dos meus filhos trabalha na destilaria da Biosev, e vê-lo trabalhar nessa empresa e seguir o mesmo caminho que o meu, me deixa feliz e orgulhoso. A usina também foi muito importante para o desenvolvimento da cidade. Se não fosse a usina, Lagoa da Prata não tinha crescido tanto. E hoje é a maior geradora de empregos”.


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ria em Lagoa da Prata

agoa da Prata foi determinante para a consolidação econômica rincipal fonte de renda dos lagopratenses e estimulou o coméra emancipação da cidade. Anos mais tarde, outras importantes eram, com muito empreendedorismo, outro setor que hoje tamores autônomos. O certo é que a história de pujança econômica ão diretamente ligados à história da Biosev.

pontos importantes desde a fundação da empresa.

atividades no setor tico no Brasil

000

Nesse ano, a usina de Lagoa da Prata passa a se chamar Biosev, em uma estratégia da empresa para fortalecer e unificar sua marca e ainda sua presença no setor.

2001

2012

O parque industrial foi vendido ao grupo Louis Dreyfus. Luciânia passa a ser denominada como LDC-SEV.

2013

Biosev completa 17 anos fazendo história em Lagoa da Prata

2017

Abertura de capital na bolsa de valores.

da Casa

da sua história e de como a empresa faz parte de suas vidas! Jadir Albino de Castro, auxiliar administrativo, 33 anos de empresa “Comecei na área agrícola, servindo água para os funcionários da lavoura. Depois fui para o RH, contabilidade, apontadoria e hoje trabalho no escritório. Vim para a usina aos 21 anos. Minha família foi formada dentro da usina. Meu pai se aposentou aqui na empresa. Ele elogiava e sempre falava bem daqui. Começou carregando caminhão de cana e chegou a administrador de fazenda. Morei na Vila Luciânia, que era praticamente uma cidade, inclusive, até melhor do que Lagoa da Prata. Tinha um cinema que era o melhor da região. Tinha tudo: danceteria, barbearia, posto policial, escola de qualidade, um big supermercado que vinha gente de toda região fazer suas compras. Com a vinda da Biosev, em 2001, aconteceu um salto de modernização na empresa em todos os setores, principalmente na segurança dos funcionários. O investimento foi muito alto e, por isso, percebemos a melhora na qualidade do produto. Hoje, a empresa preza muito pela segurança, pela saúde e pelo respeito ao meio ambiente. Isso é prioridade! A usina foi determinante para o desenvolvimento de Lagoa da Prata. A cidade cresceu em função da usina”.

João Orozimbo da Silva, 33 anos de empresa “Entrei na empresa nos setor de balança e hoje sou segurança empresarial. A empresa foi muito importante para sustentar a minha família, dar educação e saúde. Sempre me pautei em estar numa empresa sólida, onde eu pudesse apresentar o meu trabalho e ser valorizado. A usina gostou do meu trabalho e eu gostei do que a empresa me oferecia, então, esse é o motivo de estar a tantos anos e não pretendo sair da Biosev. Economicamente, a Biosev contribui muito para cidade, tanto na questão de impostos, que gera aos cofres públicos como no volume de recursos que ela injeta nas micro e pequenas empresas. Nos últimos anos, a Biosev se tornou ainda mais presente na comunidade de Lagoa da Prata e isso é muito importante. Nós, que somos colaboradores, nos sentimos muito bem com essa interação com a sociedade”.




FOTOS: ARQUIVO SANDRA TEIXEIRA

Assistência Social ARQUIVO FAMILIAR

Assim como outros recursos presentes na antiga Vila Luciânia, os moradores tinham à sua disposição o setor de Assistência Social. Além dos atendimentos, na Assistência Social os moradores contavam com o auxílio de um veículo próprio, caso precisassem ir à outras cidades para consultas médicas ou exames. A Dra. Mônica era a responsável pela instituição. ARQUIVO PESSOAL

Ângelo Teodoro

Aulas de Costura

O senhor Ângelo Teodoro viveu a vida toda na Vila Luciânia. Trabalhou por 33 anos na usina exercendo as atividades de apontador e trabalhando no escritório. Foi presidente do Luciânia Esporte Clube, um dos antigos times da vila, time pelo qual era apaixonado. Ângelo Teodoro foi um guerreiro, um grande pai e um grande homem que sempre se prestava a ajudar o próximo. Faleceu muito novo, aos 54 anos, deixando vários amigos e pessoas que o admiravam.

Uma das atividades de ocupação oferecidas na Vila Luciânia era o curso de costura para as mulheres. Nas aulas, muitas amizades foram feitas e o conhecimento adquirido na costura nunca esquecido. Na foto estão: Vera do Baiano, Vera Juscelino, Arlete, Pituxa, Carine, Aladinei, Edna Geralda,Normélia, Toca e Tilda. ARQUIVO SANDRA TEIXEIRA

Onde muitos deram seus primeiros passos na fé cristã, a Igreja Assembleia de Deus era mais uma das instituições que se faziam presentes na antiga Vila Luciânia. Situada na Rua da Horta, realizava-se cultos não só dentro da igreja, mas também campais; desta forma, até mesmo pessoas de diferentes religiões assistiam as pregações do Pastor Silvano.

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REPRODUÇÃO

Agapito Senhor Agapito, ou apenas Gapito, era muito conhecido e estimado pelos moradores da antiga Vila Luciânia. Trabalhava na locomotiva, manobrando os vagões.

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Assembleia de Deus

Boró O Boró era praticamente uma moeda usada pelos moradores da antiga Vila Luciânia, que trabalhavam na Usina. Era parte do salário e podia ser trocado por mercadorias no supermercado Luciânia. Pessoas que residiam fora da vila e moradores de Lagoa da Prata perceberam o potencial do famoso Boró e começaram a comprá-lo, obtendo de 30% a 50% de desconto. Os funcionários ainda tinham 10% de desconto em seus salários, morando ou não na Vila Luciânia.

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FOTOS: ARQUIVO SANDRA TEIXEIRA

CORAL DA IGREJA SANTA CLARA Na capela da Vila Luciânia, aspirantes a cantores serviam no coral da Igreja Santa Clara. Reuniam-se para os ensaios, e os mais velhos passavam conhecimento para os mais novos, não apenas sobre o canto na igreja, mas também lições para a vida. Uma das mais conhecidas por repassar esse conhecimento era Dona Ângela, coordenadora do coral.

Centro Médico O Centro Médico da Vila Luciânia era uma instalação de atendimento gratuito, destinada àqueles que trabalhavam na usina e suas famílias. O centro contava com uma farmácia bem abastecida, onde os remédios eram gratuitos. Possuía também uma gama de médicos especialistas e dentistas à disposição dos trabalhadores. Alguns dos profissionais que atuaram lá trabalham até os dias de hoje em Lagoa da Prata, como o médico Dr. Jaime e o dentista Dr. Marcos Antônio.

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Creche A Vila Luciânia sempre contou com instituições de ensino. Além das escolas, algumas crianças também tiveram o privilégio de frequentar a antiga creche Dona Clara Luciano Pereira.

ARQUIVO FOTO ROCHA

Cine Luciânia Fundado em 1954, de propriedade da Cia. Industrial e Agrícola Oeste de Minas - Usina Ovídio de Abreu, o cinema da vila tinha capacidade para 300 pessoas. O Cine Luciânia era uma instalação cultural que funcionava 3 dias por semana. ARQUIVO PESOAL

Dr. Sebastião No Centro Médico da Vila Luciânia havia vários profissionais eficientes e preparados para prestarem seus serviços em favor daqueles que necessitavam. Um deles era Dr. Sebastião, considerado pelos moradores da antiga vila como um grande exemplo de profissionalismo, humildade e generosidade.

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Dona Eva

Davi Teodoro

Muito querida em toda a Vila Luciânia, Dona Eva, uma guerreira, que ajudou a cuidar de suas netas Alexandra e Gabriela, que perderam a mãe ainda crianças. Dona Eva também é considerada avó e mãe para muitos dos que moraram na antiga vila.

O jornalista Davi Teodoro nasceu e cresceu na Vila Luciânia, onde segundo ele, teve uma infância muito feliz e prazerosa. Na vila, trabalhou prestando serviços no setor de adubação. Em 1978, mudou-se da vila com seus pais. Atualmente, ele vive em Belo Horizonte.

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Dona Josina e Dona Maria Helena Eram as diretoras da Escola Ovídio de Abreu. Ambas, muito queridas pelos alunos e são lembradas até hoje pelo carisma inigualável.

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Dona Sinhana Ana Francisca de Jesus, conhecida por Dona Sinhana, nasceu em uma fazenda no município de Itaguara/MG. Era filha de escravos libertos e mudou-se para a Vila Luciânia no ano 1957. Na vila, fazia o trabalho de parteira e também foi costureira e benzedeira. Viveu na Vila Luciânia até o ano de 1984 e veio a falecer em 1985, quando já residia na área urbana de Lagoa da Prata. Dona Sinhana era reconhecida como uma grande mulher, por todo o seu trabalho e contribuição aos moradores da vila.

ESCOLA OVÍDIO DE ABREU A Escola Ovídio de Abreu, situada na Vila Luciânia, oferecia aos moradores o estudo do primeiro grau completo. Desde o início da vila, em meados da década de 50, a escola sempre fez parte da vida de muitos moradores, que lá puderam estudar, lecionar e dirigir a instituição. ARQUIVO SANDRA TEIXEIRA

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Estádio Dr. Jaques O Estádio Dr. Jaques situava-se ao lado da capela Santa Clara, assim como vários outros pontos importantes da Vila Luciânia. No estádio foram realizados vários jogos, principalmente do time “local”, Luciânia Esporte Clube.

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Escola Particular Luciânia Na vila além da Escola Ovídio de Abreu, também havia a Escola Particular Luciânia, onde muitos estudaram. Alunos que lá foram alfabetizados se lembram com carinho das professoras que tiveram, como Ordalita e Carminha. Recordam também da merenda, feita por D.ª Neuza, e as diversas travessuras que fizeram dentro dos muros da escola.

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Final da Safra

Todos os anos, os moradores da Vila Luciânia e demais trabalhadores da usina festejavam o final da safra. Em comemoração a este marco, enfeitavam os caminhões e faziam festas nas ruas com comidas e bebidas produzidas pelos moradores da Vila. Por fim, faziam um concurso para escolher qual caminhão era o mais bonito e enfeitado.

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Igreja Santa Clara Construída na década de 1960 e muito importante para os antigos moradores da Vila Luciânia, a Igreja Santa Clara permanece localizada dentro da unidade da usina, atualmente Biosev. A instituição religiosa ficou abandonada por anos, e passou por uma restauração em 2016, custeada e executada pela Biosev. Merecidamente, foi reinaugurada com a celebração de uma missa, que também deu início à safra daquele ano. ARQUIVO

Joana Darque Como muitas das que moravam na Vila Luciânia, Joana Darque (de blusa preta) fez parte das mulheres que iam para a lavoura trabalhar. Joana Darque é considerada uma grande mulher, uma guerreira que logo cedo se dispôs a trabalhar para ajudar sua família. Com apenas doze anos, Joana já trabalhava e podia ajudar o pai a criar os irmãos mais velhos.

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João Israel Mestre de obras, João Israel veio para trabalhar na construção das casas da antiga Vila Luciânia. Veio por indicação, após o pai do Dr. Luciano, em busca de trabalhadores, passar por Araújos/MG, local onde João Israel residia. Posteriormente, em 1950, trouxe sua esposa para morarem juntos na vila, onde ficou até se aposentar e se mudar para Lagoa da Prata.

Juvenal Teixeira Natural de Campo Belo/MG, o pedreiro Juvenal Teixeira veio para Lagoa da Prata em 1961 para se casar e, aos 25 anos já trabalhava na usina. Após um tempo trabalhando, resolveu voltar para Campo Belo, onde construiu uma família com sua esposa Silvia. Posteriormente, mudou-se para o Capoeirão, distrito de Japaraíba/ MG, e após alguns anos, para a Vila Luciânia, onde grande parte de seus filhos nasceram. Juvenal trabalhava como pedreiro em obras fora da Usina, porém chefiado pela empresa. No final da década de 80, Juvenal retornou para Lagoa da Prata com sua família, e até hoje reside na cidade

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Maria Perpétua Maria Perpétua Santos Silva mudou-se para a Vila Luciânia no ano de 1972. Trabalhou no Centro Médico da vila por quase quatro anos, onde atuou como secretária de dentista e secretária de laboratório. Na Vila, se casou com Sr. Romeu Francisco e teve filhos, que lá foram criados. Mudou-se para Lagoa da Prata em 1994 e, desde então, reside na cidade.

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Magela RESENDE Maria Joaquina Natural do município de Pimenta/MG, Maria Joaquina da Silva Oliveira era casada com Mário de Oliveira. Em 1962, após residirem no município de Campo Belo/MG, vieram para a Vila Luciânia. Dona Maria, como era conhecida na antiga vila, teve grande reconhecimento por ser humilde e prestativa ao ajudar pessoas das colônias, as quais iam até a vila para fazer compras ou ir ao Centro Médico; ela preparava refeições em sua própria casa e os servia. Dona Maria faleceu em 1993, quando ainda residia na Vila Luciânia. ARQUIVO

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Nascido em São Gotardo/MG, mudou-se para a Vila Luciânia em 1976. Apesar de seu nome Magela, era conhecido como “Geraldo do depósito de adubo”, onde trabalhou. Magela também trabalhou na lavoura e assim como vários moradores da antiga Vila Luciânia, mudou-se para Lagoa da Prata por volta do ano de 1994. Magela reside em Lagoa da Prata desde então.

Mané Severino Manuel Martins dos Santos, conhecido como Mané Severino, foi proprietário de um açougue que ficava em frente ao armazém na Vila Luciânia. Morou na Vila até o fim dos anos 90, quando se mudou para o Capoeirão, distrito de Japaraíba/MG. Atualmente, vive em Lagoa da Prata. ARQUIVO PESSOAL

NATINHO Fortunato Francisco do Couto (Natinho), nasceu na zona rural Japaraíba em 1948. Filho de Francisco Pereira do Couto e Maria Angélica do Couto casou-se com Ângela Maria Rezende Couto e teve as filhas Karine Couto Silva e Kássia Couto. Iniciou sua carreira como trabalhador rural, cobrador de ônibus na empresa de seu pai durante quase três anos e trabalhou na usina por 37 anos nas funções de porteiro, chefe do setor de faturamento, sessão elétrica e na indústria. Em 1977, entrou para a vida política, sendo vereador durante 7 mandatos. Natinho foi presidente do time Luciânia e sua esposa foi professora na escola Ovídio de Abreu. Para ele, a Vila Luciânia era um modelo a ser seguido. “Lá fazíamos mutirões para tudo, inclusive para fazer calçadas, plantar árvores...era tudo feito com alegria, pois lá não havia o rico e o pobre, éramos iguais, éramos uma família”.

Nininha Mesquita Ilda Mesquita, conhecida como Nininha, nasceu um ano após a mudança de seus pais para a Vila Luciânia. Estudou na escola da vila e lá trabalhou, avançando em cargos de professora à diretora, o que a fez ser reconhecida por seu carisma e bom trabalho. Casou-se na vila e lá nasceram seus filhos, Melina e Felipe. Nininha morou na Vila Luciânia até 1989 e se aposentou sendo diretora da escola Ovídio de Abreu.

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Otacílio Miranda Nascido e criado em Lagoa da Prata, o deputado Otacílio Miranda sempre esteve presente na vida política, tanto que foi prefeito de sua cidade natal, porém renunciou e decidiu candidatar-se para deputado. Em 1988, o deputado Otacílio Miranda fez um comício na Vila Luciânia durante a candidatura de Rui Amorim para prefeito. Mas o seu candidato perdeu as eleições. Durante o discurso, o deputado prometeu um gramado para o campo da vila e um anexo para a escola Ovídio de Abreu. ARQUIVO FAMILIAR

Pedro da Farmácia Reconhecido pelos moradores da antiga Vila Luciânia como uma grande pessoa e ótimo farmacêutico, Sr. Pedro era um homem sábio e exemplar. Ajudava as famílias que ali moravam e contribuiu muito para o crescimento da vila.

Oswaldo Damasceno Com uma capacidade de trabalho administrativo invejável, Oswaldo Damasceno veio para Lagoa da Prata em 1949 para ajudar o Dr. Luciano a administrar a Usina Luciânia. Era um trabalhador exemplar, que sabia o que queria e era muito dedicado à usina da sua época. Gostava do trabalho bem feito, sendo assim, dava sempre uma passada em todos os setores, e se visse algo fora do comum, logo dizia “assim não dá”.

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Pesca no córrego

Praça da Vila Luciânia

Além do Rio Santana, que era próximo da Vila Luciânia, lá havia também um córrego, onde os moradores iam para pescar. E, embora, toda a simplicidade, tinham diversão na certa.

Com toda a ingenuidade e simplicidade típica de uma praça, a pequena praça da antiga Vila Luciânia rodeava a Igreja Santa Clara. Muitos circularam pela pracinha e sentaram nos banquinhos nas tardes de domingo, onde amigos se reuniam para tocar violão e cantar, criando memórias e lembranças inesquecíveis.

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“Pedras” - Comércio variável ARQUIVO

Os moradores da Vila Luciânia tinham à sua disposição um supermercado na vila, e embora fosse bem abastecido, as pessoas levavam coisas para vender nas “pedras”, local que ficava bem próximo ao próprio supermercado. Lá, se vendia carnes de animais que os moradores criavam, peixes que pescavam e também guloseimas caseiras. ARQUIVO PESSOAL

Rainha da Safra O evento acontecia no cinema da Vila Luciânia. No ano de 1975, Rosana Scaglione ficou em primeiro lugar, Eliane do Sr. José Pretinho em segundo e Aladnei Otaviano, filha do Sr. José Nestor, em terceiro.

Professor Djair Braga Dentre os diversos educadores que lecionaram nas escolas da Vila Luciânia, o professor Djair Braga era um homem exemplar e respeitado, no qual seus alunos tinham grande admiração. O professor Djair lecionava a matéria Ciências na Escola Ovídio de Abreu, e no ano de 1976 foi o orador da formatura da escola.

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Romeu Silva

Rua do Cruzeiro Todos os cantos da antiga Vila Luciânia marcaram, de alguma forma, cada morador que lá viveu. Porém, existiu lá uma rua que não há um morador que não se lembre de ter passado por ela: a Rua do Cruzeiro, onde as crianças tinham a diversão mais simples que se pode imaginar, jogando uma partida de futebol ou queimada. E mesmo nas condições precárias da rua, todos que residiam ali, a sua beira, eram felizes e estavam em família.

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Romeu Francisco Silva, nascido em Engenho Ribeiro, distrito de Bom Despacho/MG, mudou-se para a Vila Luciânia quando era muito pequeno. Foi um grande servidor para o Centro Médico trabalhando na operação da máquina de Raio X e também, por vezes, como auxiliar de enfermagem. Romeu era marido de Maria Perpétua e mudou-se com a esposa e filhos para Lagoa da Prata no final dos anos 80. Faleceu em 2013.

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Onde muitos passaram dias divertidos e onde também lavaram as roupas dos trabalhadores, o Rio Santana marcou a vidas daqueles que moravam na antiga Vila Luciânia. Era abundante até em épocas fora das cheias, um cenário ao seu redor de tirar o folêgo, era um dos lugares favoritos dos moradores da vila. Hoje em dia, aqueles que moraram na Vila Luciânia lamentam pelo estado que se encontra o rio, clamando pela sua salvação.

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Rio Santana

Reforma das casas Com o tempo, as casas da Vila Luciânia foram ficando velhas e precisando de reformas. No ano de 1984, deu-se início a uma grande reforma, que durou seis anos. A reforma decorreu pelo motivo de que a parede da frente de uma das casas havia caído, então, Dr. Luciano resolveu reformar as casas da Vila. ARQUIVO

Rogério Teodoro Nascido e criado na antiga Vila Luciânia, Rogério morava com seus pais Ângelo Teodoro e Vicentina Joana, em uma casa humilde na famosa rua do Cruzeiro. Começou a trabalhar muito cedo, no salão de adubo e apesar das dificuldades e atribulações, a antiga Vila Luciânia está e sempre estará no coração do ex-morador. Rogério Teodoro buscou desenterrar as memórias da vila e foi o responsável pela criação de um grupo no Facebook (Famílias da Antiga Vila Luciânia), onde pode reunir as famílias que lá moraram, para relembrar momentos e pessoas queridas.

Supermercado da Vila Luciânia O Supermercado da Vila Luciânia era mais uma das instalações vantajosas que os moradores tinham à disposição, desde o começo da vila em 1949. Tudo lá se encontrava, não só alimentos, mas também utensílios e eletrodomésticos. No início, era usado o Boró, uma espécie de “cartão de crédito”, mas com o decorrer do tempo foi implantado um vale, onde as pessoas podiam fazer suas compras e o valor seria descontado em seu salário. Também era disponibilizado um espaço para que os moradores pudessem vender o que plantavam e colhiam. ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

Sônia Resende Mais conhecida como Sônia do Tibiriçá, a lagopratense foi morar na Vila Luciânia quando ainda era um bebê. Cresceu então na antiga vila, passando toda sua infância e adolescência lá. Na Vila Luciânia trabalhou na padaria e posteriormente retornou a Lagoa da Prata.

Sandra Lô Sandra Teixeira dos Santos, mais conhecida pelos moradores da antiga Vila Luciânia por Sandra Lô, nasceu e cresceu na local. Começou a prestar seus serviços no supermercado da Vila em 1980 e lá trabalhou por quatro anos, até ser transferida para a filial do Supermercado Luciânia em Lagoa da Prata. Antes de completar um ano na filial, Sandra foi transferida para o Centro Médico, onde trabalhou na farmácia e ficou lá até este acabar, após a greve. Sandra formou sua família na Vila Luciânia e mudou-se com a mesma para Lagoa da Prata em 1994. Sandra ainda trabalha na Usina (atualmente Biosev), precisamente no setor de Medicina do Trabalho.

“A produção e veiculação deste especial contou com o apoio cultural da EMPRESA DE PARTICIPAÇÕES OESTE DE MINAS - Loteamento Paradiso”

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Sebastião Pacheco Sebastião Pacheco, mais conhecido como Sr. Pacheco, teve toda uma jornada na antiga Vila Luciânia. Trabalhou no barracão de adubo e sempre foi muito querido e reconhecido como exemplo de homem trabalhador. Sebastião trabalhou na Usina até se aposentar e, atualmente, aos 93 anos, reside em Lagoa da Prata.

Times de Futebol da Vila Luciânia

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Os trabalhadores que moravam na Vila Luciânia tinham algumas diversões, e uma delas era o futebol. Diversos craques foram descobertos entre os moradores da vila que formaram vários times, entre eles: Tratorista Esporte Clube, Time da Lavoura, Time do Transporte, Time da Oficina e o Luciânia Esporte Clube. Com os times de futebol grandes amizades foram feitas e também muitas lembranças. FOTOS: ARQUIVO

Luciana Esporte Clube

Time da Lavoura

Time da Oficina

Time do Transporte

Time Tratorista

Time Tratorista 1984

Totoca Cleber José Corrêa de Novaes, mais conhecido como Totoca, nasceu e foi criado na Vila Luciânia. Lá, trabalhou em vários empregos, como o almoxarifado, em seguida como trocador de ônibus e logo após, também, no armazém da Vila Luciânia, onde foi gerente. Totoca mudou-se para Lagoa da Prata e até hoje reside no município. ARQUIVO

Trabalhadores A prosperidade da Vila Luciânia deve-se aos guerreiros trabalhadores da indústria. Uma equipe, uma família que enfrentava geadas e poeira, e que a partir de seu trabalho árduo auxiliaram a Usina com seus feitos. Como exemplos, temos Jaime Penha, mestre na caldeiraria; senhor Zé Nestor nas máquinas agrícolas; senhor Sílvio na fabricação de açúcar e Sr. Vavalde no transporte.

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Zé da Horta José Teixeira Martins, ou apenas Zé da Horta, como era conhecido pelos moradores da Vila Luciânia, era cobrador de ônibus e chegou a candidatar-se para vereador. Um homem de religiosidade sem igual e que segundo os moradores, a vila fora abençoada em diversos quesitos por intermédio do Zé da Horta. José Teixeira Martins é reconhecido pelos colegas e amigos da Vila Luciânia como um dos homens mais dignos e honrados que já conheceram.

“A produção e veiculação deste especial contou com o apoio cultural da EMPRESA DE PARTICIPAÇÕES OESTE DE MINAS - Loteamento Paradiso”



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Fanfarra VirgÍnio Perillo Sendo o maior sucesso dos anos 70, a primeira fanfarra da Escola Virgínio Perillo contou com participantes ilustres de Lagoa da Prata como Guiomar Sampaio, Toninho Sampaio, Dr. Otaviano Oliveira, que era o diretor do colégio, José Osvaldo Lobato, Marinha Sampaio (In Memoriam), Fausta Miranda, Clara Santana, Cremilda e Joana D’arc. ARQUIVO STUDIO

Festival de Dança A cada fim de ano, o Studio Juliana Soares realiza um festival de dança, onde os alunos da academia de dança apresentam sua evolução artística aos seus amigos e família. Em 2017, o VIII Festival apresentou o tema “Entre o céu e a terra”, nos dias 16 e 17/12, no Poliesportivo Leopoldo Bessone, em Lagoa da Prata.

Figueira Tricentenária Situada no terreno da Pousada Parador da Figueira em Lagoa da Prata, a figueira tricentenária é uma das atrações aos arredores da Praia Municipal de Lagoa da Prata. A árvore faz parte da “decoração” da pousada por chamar atenção, e fazer o lugar ainda mais atraente.

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Fátima César Fátima das Graças César é natural de Lagoa da Prata. Formou-se em biblioteconomia na UNIFOR/Formiga em 1973 e hoje trabalha na Biblioteca Coronel José Vital, na organização e preparação dos livros que vão para a estante, sendo classificados de acordo com o seu gênero. Fátima é uma cidadã muito querida por acolher a todos na biblioteca e fazer de lá outra casa para quem visita o local.

Fluminense Em meados de 1951, surge um novo clube futebolístico em Lagoa da Prata, o Fluminense Esporte Clube. Tendo José de Almeida como treinador, que era exigente e eficiente, o time tinha até torcida feminina uniformizada, e a Rute Vidal como “rainha”, comandando uma seleção de moças com entusiasmo, o que conduziu o time à grandes conquistas. O campo do time era cercado de bambus, tudo muito humilde. Em 1958, entrou na diretoria do time João Rocha de Oliveira, e sua primeira ação em prol ao time foi providenciar um muro para o campo. Apesar do gosto pelo time, havia a falta de rendimento, a vida dos jogadores seguindo diversos rumos. Assim, o Fluminense chegou ao fim.



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O concurso surgiu em 1967, criado por um colunista do Jornal Estado de Minas. Apenas dotes naturais de beleza não eram suficientes, era preciso raça, simpatia e elegância, estas, aliada à beleza eram fatores primordiais. No segundo ano do concurso, embora a concorrência fosse acirrada, a lagopratense Eliane Maciel foi eleita a Glamour Girl de Minas Gerais. ARQUIVO FAMILIAR

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Henrique Lacerda

GERALDO LANO

Incêndio Em 1937, mês em que os religiosos celebram o mês mariano, a Igreja estava lotada. Próxima à Matriz havia uma plantação de algodão e, em um depósito ali mesmo, ficavam produtos inflamáveis como, gasolina e querosene. Nem todos tinham luz elétrica, então o uso do lampião e lamparinas não era de forma alguma dispensável. No auge da reza que acontecia na igreja, aconteceu uma explosão ensurdecedora e mandou tudo que tinha no depósito para os ares. ARQUIVO PESSOAL

Glamour Girl

Geraldo Lano, como era mais conhecido em nossa cidade, foi casado com Cleia e é pai de Patrícia, Luciana, Aureliano (Tequinho) e Antônio (Toninho). Estes últimos dois, fundadores da Escola de Futebol e Sauna Lanos. Senhor Geraldo foi um grande pai, homem trabalhador e honesto. Cultivava hortaliças no Sítio da Manga para vender na antiga feira livre, que funcionava em frente à Prefeitura Municipal de Lagoa da Prata. Também se dedicava a produção de leite, renda esta, que ajudava no sustento da família. Quem o conheceu se lembra do Sr. Geraldo em sua carrocinha pelas ruas da cidade, sempre acompanhado pelos enormes cães pretos, de orelhas cortadas, daí veio a inspiração para a escolha do mascote da escola de futebol dos filhos, além é claro, do nome Lanos. “O antigo Sítio da Manga se tornou, hoje, o Centro de Treinamento Geraldo Lano, uma homenagem que não poderíamos deixar de fazer ao nosso querido pai, que foi nosso grande incentivador, dando-nos apoio e confiança para o início de nossas atividades em 01 de maio de 1999, sendo dele o pontapé inicial”, relata o filho Tequinho.

Giovani Júnior Giovani nasceu em Santo Antônio do Monte em 1932, foi criado e estudado em Lagoa da Prata. Em 1949, entrou para a Estrada de Ferro, em Lagoa da Prata foi conferente e agente. Porém, em 1952 foi transferido para a cidade de Araxá/MG. Ao longo dos anos, Giovani trabalhou como professor e radiotelegrafista. Em 1980, voltou para Lagoa da Prata e apresentou vários programas em rádios sobre músicas ou jornalismo, no entanto, mais uma vez se mudou para Goiás. Atualmente, Giovani vive em Araxá e faz visitas ocasionais a Lagoa da Prata.

Cláudio Henrique Lacerda é fotógrafo, vídeo maker profissional e especialista no registro de emoções e momentos únicos na vida dos seus clientes, transformando em lindas imagens que retratam verdadeiramente a passagem de um dia muito feliz. Henrique também é especialista em sessões individuais, eventos sociais e especiais. O estúdio fotográfico está situado em Lagoa da Prata, na rua Olegário Maciel, 237,no Centro de Lagoa da Prata, atendendo no município e toda região. ARQUIVO PARÓQUIA

Igreja São Francisco Devido ao crescimento da cidade e, consequentemente, à criação de muitas comunidades da Igreja Católica, foi necessária a criação da terceira paróquia na cidade de Lagoa da Prata. Em 4 de outubro de 2010, dia de São Francisco de Assis, o então bispo diocesano da época, Dom Antônio Carlos Félix, durante celebração eucarística instalou a Região Pastoral São Francisco de Assis, designando o padre Marcos Tiago da Silva, até então vigário da Paróquia São Carlos Borromeu, como responsável pelos trabalhos e encaminhamentos desta região específica. Em 30 de outubro de 2010, Padre Tiago celebrou a primeira missa no lote destinado à construção da Matriz e convocou toda a comunidade para construir a igreja. Com a ajuda de um verdadeiro mutirão, com muito zelo e dedicação, em 4 de outubro de 2011 foi instalada a Paróquia São Francisco de Assis. A celebração aconteceu dentro da matriz, ainda em construção, porém já bem adiantada. Agora, pouco mais de 5 anos da instalação, Lagoa da Prata tem uma Paróquia bem estruturada, onde as comunidades trabalham em parceria, uma ajudando a outra.



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José MaurÍcio Maciel

José Ulisses José Ulisses de Oliveira nasceu em Santo Antônio do Monte no ano de 1938, é filho do comerciante José Maria de Oliveira e de Rosa Miranda de Oliveira. Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e em novembro de 1979 ingressou no Partido Popular (PP), liderado por Tancredo Neves. Tornou-se membro da Comissão Executiva Regional da agremiação. Em 1980, bacharelou-se em direito pela Universidade Católica de Belo Horizonte e formou-se também em arte dramática pelo Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Filiou-se ao PMDB em 1982, com a incorporação do PP pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Elegeu-se deputado federal pelo PMDB em novembro daquele ano. Em 1983, participou dos trabalhos legislativos como presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, coordenador da bancada mineira do PMDB na Câmara e suplente da Comissão de Transportes. Eleito deputado federal constituinte em 1986, no ano seguinte José Ulisses participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte como relator da Subcomissão da Questão Urbana e Transporte da Comissão da Ordem Econômica, titular da Comissão de Sistematização e suplente da Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições. Em 2007 presidiu o sindicato dos Bancários do Estado do Piauí (SEEBF/PI) até 2009. Casou-se com a lagopratense Maria Olívia de Castro e Oliveira, com quem teve dois filhos; sua esposa foi deputada estadual e seu filho, Tiago Ulisses é deputado estadual desde 2007.

Um cidadão honrado de Lagoa da Prata, José Maurício faz parte daqueles que ajudaram a construir Lagoa da Prata e por fazê-la prosperar. Nos anos 70, iniciou com seu sócio e irmão Miguel Maciel, o bairro Marília, sendo o maior bairro da Cidade. Na década de 80, deu início ao bairro Glória, atual São José e ainda na década de 80, os bairros Gomes e o Santa Eugênia II. Na década de 90, deu início ao Cidade Jardim, numa parceria com João Gominha. É casado com Afonsina Maciel, com quem tem os filhos Antenor, Mano, Dinho e Edna e Christiano. José Mauricio Maciel é sócio, administrador e dono da empresa JM Imobiliária, localizada na rua Joaquim Gomes Pereira, em frente à prefeitura. ARQUIVO PESSOAL

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JOÃO PAULINO Juliana Soares A professora e bailarina Juliana Soares nasceu em Lagoa da Prata no ano de 1978 e sempre esteve ligada à dança. Na infância, considerava a dança como uma brincadeira, porém mais tarde reconheceu o balé como um dom e que poderia fazer uma carreira. Formada em psicologia e pós-graduada em dança e consciência corporal, Juliana tem uma bagagem profissional abrangente e, a partir de suas experiências, fundou o Studio de Dança Juliana Soares, onde leciona balé clássico, jazz e aulas de ponta. Seu estúdio de dança fica na Rua Ângelo Perilo, 185, no Centro de Lagoa da Prata.

João Paulino da Silva, prefeito eleito em 1961, era um político eminentemente populista, um homem do povo. Ele não se importava muito com repercussões que suas atitudes causavam. João Paulino foi prefeito, justamente, na época de radicalização política no Brasil com a renúncia de Jânio à presidência, ou seja, uma época de transformações. Sua queda política deu-se porque ele não tinha apoio do legislativo e se apegou apenas naqueles que nele votou. Não dava muita importância à sua impopularidade no legislativo. Como não tinha apoio na câmara, os vereadores se opuseram às ações do prefeito. Assim, este episódio marca o primeiro caso no município de cassação de mandato.


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Luiz Francisco Com quatro meses de vida veio morar com seus avôs. Atualmente, é repórter na rádio Veredas, porém começou sua carreira na Rádio Tropical, onde ficou durante alguns anos e também teve passagem pela Rádio Lagoa FM. Luiz Francisco, conhecido como repórter 88, trabalhou em diversos outros lugares antes de se tornar, com o seu jeito peculiar, em um dos mais respeitados comunicadores de Lagoa da Prata, sendo a “voz do povo”, principalmente das pessoas que precisam de algum tipo de necessidade. Trabalhou como jardineiro, vendedor, apontador e foi sócio do jornal “Em Dia”. Luiz teve duas inspirações para que se tornasse um comunicador, Antônio Carlos e Dirceu Pereira. O radialista vê o seu trabalho como uma forma de estar próximo do seu público e isso o faz se sentir muito bem, principalmente, pelo reconhecimento que recebe dos ouvintes.

REPRODUÇÃO / LIVRO 40 ANOS DE LAGOA DA PRATA

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Lino Teodoro O cidadão Lino Teodoro de Oliveira foi um dos fundadores do Congado em Lagoa da Prata no ano de 1912. Foi verdadeiramente um cidadão que contribuiu para a cultura de Lagoa Da Prata. Lino nasceu em Lagoa da Prata e também faleceu no município em 19/07/1955.

Lindomar fotógrafo ARQUIVO PESSOAL

Lindomar Ribeiro Lindomar Ribeiro dos Santos é presidente do Lar São Vicente de Paulo em Lagoa da Prata. Vicentino há mais de 25 anos, Lindomar nasceu em Goianésia, no estado de Goiás. É filho de Oraci Ribeiro dos Santos e Alice Luiza dos Santos. É o terceiro filho de um total de seis irmãos. Segundo ele, todos cresceram vivenciando exemplos de fé, esperança e amor demonstrados por seus pais. É casado com Nara Raquel Bessas Santos, com quem tem os filhos Vinícius Bessas Santos e Maria Bessas Santos.

Nascido no ano 1972 na cidade de Goianésia/GO, ele é filho de Francisco Rodrigues e Sebastiana Silvério Rodrigues. Lindomar começou sua carreira ainda cedo como assistente de fotógrafo e, na época, os equipamentos não eram digitais como os de hoje, então teve que estudar a fundo para entender de iluminação e enquadramento. Hoje em dia, é um empresário do ramo, atuando em seu próprio estúdio, tendo a ajuda de sua esposa Ângela Maria Alves Rodrigues, com quem tem duas filhas Alice e Marina. Lindomar Rodrigues, ou Lindomar Fotógrafo como é conhecido, atua em Lagoa da Prata sendo um dos fotógrafos mais requisitados da região e com reconhecimento nacional. ARQUIVO PESSOAL

Luciana Dôco Nascida em Lagoa da Prata no ano de 1957, é uma cidadã honrada e participativa na cidade. Trabalha na Embaré e é coordenadora do Coral da Fundação Embaré, ao lado do maestro Alaor Gonçalves.

Lauro Rocha Lauro Rocha Gomes é um dos mais antigos e reconhecidos fotógrafos de Lagoa da Prata. Nascido na década de 50 no município, Lauro estudou em escolas da cidade e cursou ensino superior, licenciando-se em Estudos Sociais pela PUC Minas. Lauro Rocha ainda reside em sua cidade natal e é proprietário do estúdio fotográfico “Foto Rocha”, que foi fundado em 1968. O estúdio está localizado na rua Av. Benedito Valadares, 1208 - Centro.


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ANDRÉ LAINE DIVULGAÇÃO

Museu

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MAESTRO ALAOR GONÇALVES Alaor J. Gonçalves nasceu em Divinópolis e até os 6 anos morou na cidade de Ribeirão Vermelho, a 9 km de Lavras/MG. Com 7 anos, mudou-se com os pais para Divinópolis. Em Janeiro de 1984, foi para Belo Horizonte, por ter sido aprovado no Coral Ars Nova – Coral da UFMG. No segundo semestre do mesmo ano, assumiu o cargo de Escriturário, na Caixa Econômica Federal, mudando-se para Lagoa da Prata, onde faz parte do Coral da Fundação Embaré como maestro não por profissão, sim por amor.

Construído em 1875, o museu está situado na Praça Dona Alexandrina, na casa que pertenceu ao Cel. Carlos Bernardes, fundador da cidade. O casarão foi edificado em tijolos de adobe, casa tipo colonial, e tinha de 21 cômodos, entre quartos e salas, onde, no centro, existe um pé de Alecrim, que é centenário. Esse prédio, quando adquirido pela prefeitura em 1977, estava prestes a cair, pois o madeiramento do telhado fora atingido por caruncho, criando grandes buracos na sua cobertura. Foi inteiramente reconstituído pela Prefeitura Municipal, que lhe devolveu toda graça e o encanto de seus primeiros anos. Em 1989, este prédio era aberto à visitação, abrigava algumas peças que pertenceram ao Coronel, fundador da cidade, grande acervo de pinturas, coleção de retratos e outras curiosidades que o tempo preservou para a recordação dos conterrâneos. No governo municipal 1997-2000, o Museu foi doado para a Fundação de Cultura e Turismo de Lagoa da Prata, conforme Lei no 879/99. ARQUIVO FAMILIAR

Maria Olívia de Castro e Oliveira nasceu em Lagoa da Prata no ano de 1946. Conhecida em sua infância e adolescência por ser uma menina estudiosa e pela sua participação em algumas lutas políticas no município, tornou-se reconhecidamente um deputada estadual no ano de 1991 até 2007. Além de seu cargo como deputada, tornou-se grande participante da política do estado de Minas Gerais, representando não apenas sua cidade natal, mas também outros municípios da região .

Maria Lourdes Dôco Lourdes Dôco sempre prestou relevantes serviços na área social de Lagoa da Prata. Dedicando-se a ajudar os mais carentes, foi um exemplo a ser seguido. Desta forma, mais do que justa, seu nome está na Galeria de Vereadoras e Ex-Vereadoras da Câmara Municipal de Lagoa da Prata.

ARQUIVO PESSOAL ARQUIVO

Maria Olívia

Marina Alves Marina Alves Gontijo, natural de Lagoa da Prata, é uma escritora excepcional e poetisa, sendo autora do livro de contos “Sombras e Assombrações”, que foi lançado em 2007 e obteve grande sucesso nas escolas do município. Formada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagogia, é membro da ACADELP- Academia Lagopratense de Letras. Uma competente autora mineira que tem praticado vários gêneros ao longo dos anos e, além de publicar, participa em antologias e conquistou espaços em jornais e revistas da cidade ao longo dos anos.

Milton Vieira Mozart Alves Filho do maestro Agostinho Pereira e nascido em 1943, Mozart foi um dos maiores cantores da cidade, com sua voz grave, mas infelizmente não teve o reconhecimento de seu talento. Musicista, locutor, pintor e cantor da Banda Super JC 7 de Lagoa da Prata, Mozart Alves trabalhou em quase todas as emissoras de rádio da cidade. Mozart faleceu em 19 de Julho de 2017,em Lagoa da Prata.

Milton Vieira nasceu em 7 de fevereiro de 1993, é filho de Eunice de Fátima Ludovico e Milton Vieira Silva. Nasceu em Lagoa da Prata e ainda na adolescência se apaixonou pelo esporte. Aos doze anos de idade já se dividia entre o trabalho e os treinos. Aos 17 anos mudou-se para Piracicaba, interior de São Paulo, onde trabalhou, jogou handebol e estudou. O atleta também jogou handebol por vários times de Minas Gerais antes de embarcar para São Paulo. Teve passagem por times de Lagoa da Prata, por clubes em Carmo da Mata, Martinho Campos, Betim, em São Paulo na cidade de Piracicaba, no Paraná na cidade de Londrina. Hoje, Milton mora na Espanha e é o recém-contratado do tradicional time Octavio Vigo.

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N O REPRODUÇÃO / LIVRO HISTÓRIA DE LAGOA DA PRATA

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Nonô Relojoeiro Washington Borges ou Nonô Relojoeiro, nasceu em Esteios, distrito da cidade de Luz/MG,no dia 3 de julho de 1931. Sendo o caçula de dez irmãos, Nonô ficou aos cuidados do pai e de suas irmãs mais velhas, pois perdeu sua mãe com apenas quatro anos de idade. Nonô viveu e cresceu na roça, onde também estudou até completar o ensino fundamental. Na sua juventude, mudou-se para Lagoa da Prata em busca de novas oportunidades e morou com uma de suas irmãs até se casar com Izabel de Almeida, com quem teve sete filhas. Um homem visionário e trabalhador, que teve vários ofícios até descobrir suas vocações. Nonô foi funcionário da Usina Luciânia, onde começou a sua descoberta para ser um homem de negócios. Ainda trabalhando na usina, ele fez um curso de relojoeiro por correspondência e assim iniciou sua vida como comerciante. Algum tempo depois abriu a Relojoaria Cyma e depois a Ótica Visão. Sendo um comerciante honesto e íntegro fez grandes amigos e clientes fiéis. Nonô acreditava que o comércio era mais que uma troca de mercadoria por dinheiro, era a oportunidade de fazer parte da comunidade, viver e ajudar a sociedade em seu desenvolvimento. Nonô faleceu aos cinquenta e sete anos, deixando uma família grande e amorosa, somando para além de suas sete filhas e esposa, cinco genros, onze netos e nove bisnetos. ARQUIVO

ARQUIVO FAMILIAR

Osvaldo de Freitas

Otaviano Poeta

Neneve Castro

Osvaldo de Freitas foi um grande servidor público. Natural de São João Del Rei/MG, nascido em 1921, mudou-se para Lagoa da Prata em 1948, foi o fundador do primeiro jornal da cidade “O Lagopratense”, que circulou apenas por um ano e seis meses. Antes de vir para Lagoa da Prata, Osvaldo foi convocado para a Segunda Guerra Mundial, e seguiu em 1944 para Itália. Após alguns meses de treinamento, foi para linha de frente, assim tomou parte em diversas batalhas. Em Lagoa da Prata, também foi redator da Rádio Tropical e secretário da CDL. Foi eleito vereador para o mandado de 1955 a 1958 e logo se tornou secretário da câmara; tornou-se presidente desta em 1956 a 1959 e, novamente em 1961. Osvaldo de Freitas foi homenageado pela Galeria dos Ex-Combatentes. Veio a falecer no dia 12/12/2005.

Otaviano Teodoro de Resende, conhecido como Otaviano do Aurélio, nasceu em Lagoa da Prata no ano de 1932. Era o quinto filho do casal Aurélio Rezende e Vicentina Luiza. Casou-se com Maria das Graças, mais conhecida como Lia; com quem teve 6 filhos, que lhe deram 11 netos e 1 bisneto. Otaviano estudou apenas até a primeira série e, mesmo assim, tornou-se um grande poeta, transformando cada acontecimento de sua vida em poesia.

Natural de Luz/MG, Maria das Neves Carvalho Castro, mais conhecida como Neneve, é professora, acadêmica e escritora, autora do livro “Olho de Gato, Rabo de Tatu”, que foi lançado em 2014, ela conta sobre memórias de sua infância e adolescência. Neneve é mãe de cinco filhos, e foi por pedido deles que escreveu o livro para deixar para os seus netos os relatos da vida simples que teve. Neneve Castro reside, atualmente, em Lagoa da Prata.

Otaviano Bernardes Otaviano José Bernardes foi vice-prefeito do prefeito cassado João Paulino, quando assumiu o cargo. Era um período difícil, então, não houve oportunidade para que ele fizesse grandes feitos para Lagoa da Prata, mas conta-se que ele mandou colocar o relógio na torre da igreja como um presente para o munícipio. O mandato durou de 1963 até 1965.



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Professor Derli

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Padre Marcos Tiago

Primeiros Automóveis Pelos meados de 1925, nas ruas do povoado, desfilavam os primeiros automóveis, tendo como os donos Dona Alexandrina Henriquina, Juca Lobato, Donana e Cel. Carlos Bernardes. Eram uns “Fordinhos”, que tinham três pedais e três marchas.

Pracinha do Cruzeiro Antes de ser a conhecida Pracinha do Cruzeiro, nas mediações próxima à atual pracinha, morava o carpinteiro Olinto Pinto, um amante das festas do congado, que decidiu fazer um cruzeiro de madeira e, diante do peso da sua obra, não conseguiu mover o cruzeiro de imediato. Porém, com a ajuda de alguns amigos, colocou a peça onde pretendia colocá-la, na então Igreja do Rosário. Assim, o cruzeiro já no seu destinado lugar, tudo que acontecia a beira do local era noticiado como “aconteceu perto da esquina do cruzeiro”. Algum tempo depois o local passou a ser chamado de Largo do Cruzeiro. No entanto, com a chegada de um novo padre à igreja, este que não estava de acordo com as festas de congado, declarando que não deveria “misturar dança com reza”, o idealizador Olinto Pinto acabou dando um fim a antiga Igreja do Rosário. Com sua demolição, o espaço vazio acabou por receber outro nome na época: “Pracinha do Cruzeiro”. A partir de uma lei municipal, a praça tem o nome oficial do idealizador Olinto Pinto Ribeiro, porém os lagopratenses fizeram jus à sua origem, e assim todos identificam a praça como “Pracinha do Cruzeiro”.

ARQUIVO PESSOAL

Nascido na cidade de Arcos, o padre Marcos Tiago, ou apenas Tiago, ordenou-se em 2009, e logo em 2010, já estava em Lagoa da Prata, atuando com sua fé na Igreja São Carlos Borromeu. No mesmo ano, foi designado para a nova igreja que seria construída, a Paróquia São Francisco de Assis. Padre Tiago criou as comunidades Santa Rita e Mãe Rainha. Mais tarde criou também a Comunidade Santo Antônio no Bairro Paradiso. Em outubro de 2010, Padre Tiago celebrou a primeira missa no lote destinado à construção da Matriz de São Francisco e convocou toda a comunidade para construir a igreja. Atualmente, o padre vive em Roma, onde ficará por algum tempo para se aprofundar nos estudos sacerdotais. ARQUIVO PESSOAL

Derli Donizetti Mendes é professor de educação física, sendo um dos mais reconhecidos de Lagoa da Prata. O professor é querido e respeitado por seus alunos e também ex-alunos por ser dedicado à profissão. Tendo o esporte como premissa, ele sempre incentiva seus alunos a participarem do JELP. Além de educador na área de esportes, Derli foi também vice-diretor da Escola Estadual Teotônio de Castro ao lado de Diva Maria Melo nos anos decorrentes a 2000, onde também foi professor de educação física durante anos.

Presmed Ocupacional A Presmed – Clínica ocupacional é uma empresa que tem estratégias de atendimento aos trabalhadores das empresas baseadas na realização de entrevista clínica detalhada e exame físico minucioso, que garantem definir a aptidão do trabalhador frente às exigências psicofísicas de cada cargo. Dirigida pelo médico David Barreto, a Presmed oferece às empresas de Lagoa da Prata soluções em medicina e segurança do trabalho com base nas normas de higiene, saúde e segurança do trabalho. A clínica está localizada na Avenida Getúlio Vargas, 1073 – centro.

Professora Alcione Londe Nascida em Lagoa da Prata no ano de 1966, Alcione é professora de violão e flauta em sua escola de música e em instituição de ensino privado na cidade. Alcione descobriu o seu amor pela música quando tinha apenas dez anos e a partir disso não parou mais. Aos 12 anos, se reunia com amigos na Pracinha do Cruzeiro e tocava por diversão, até que as pessoas passaram a recorrer à ela para obterem ajuda com instrumentos. Alcione encarava como uma ajuda ao próximo e não como aulas. Aos quinze anos mudou-se para Rondônia/RO, onde trabalhou como locutora de rádio por um ano, e mesmo longe de sua cidade natal, nunca deixou sua paixão por lecionar música. Deu aulas em Rondônia, nos momentos que não estava na escola e aos sábados. Sua motivação a seguir na educação musical foi a sua facilidade de interação com as pessoas, que reconheciam que seus métodos de ensino eram diferenciados e fáceis. A partir disso, percebeu que poderia seguir com a ideia de ter a música como profissão para que pudesse se dedicar por tempo integral.


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Padre Guarino

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O Padre italiano Pellegrino Guarino chegou à Lagoa da Prata em junho de 1939. Vendo a assídua e abnegada participação dos fiéis que crescia cada vez mais, sentiu a necessidade de ampliar a igreja que existia na época. Acabou então por decidir demoli-la e construiu a que existe hoje, a Paróquia de São Carlos Borromeu. A obra teve início em 1942 e só foi concluída 12 anos depois, em 1954. Pe. Guarino era um padre simples e humilde. Várias vezes foi a Japaraíba/MG montado a cavalo para atender a comunidade, celebrando missas e batizados. Na paróquia, contava com o apoio dos Vicentinos. Padre Guarino viveu para o sacerdócio, vida de pobreza e doação. Morreu pobre, ajudado pelas famílias de boa vontade da paróquia em abril de 1960. Ele está enterrado na Igreja Matriz na Capela “Nossa Senhora do Carmo”, de quem era devoto. Em sua homenagem, seu nome foi dado para uma rua no bairro Santa Eugênia. RHAIANE CARVALHO

QUIROPRAXISTA ANA CLÁUDIA

Ana Cláudia nasceu em 19 de novembro de 1983, é filha de Terezinha da Silva Oliveira e Waldomiro de Oliveira Filho. Ela é Bacherela em Quiropraxia pela Universidade Anhembi Morumbi e Membro da Associação Brasileira de Quiropraxia. Ana é uma dos doze profissionais de Minas Gerais que são habilitados pela Associação Brasileira de Quiropraxia. Casada com Thiago Fernandes de Oliveira, ela tem as gêmeas Clara Fernandes de Oliveira e Giovana Fernandes de Oliveira e Luíza Fernandes de Oliveira. A paixão pela quiropraxia surgiu há 15 anos, quando sua mãe teve um problema sério na coluna e não teve nenhum tratamento eficaz e nem diagnóstico conclusivo. Foi então que ela conheceu a profissão que se dedicava exclusivamente à alterações na coluna e se apaixonou pela área.


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REPRODUÇÃO / LIVRO 60 ANOS DE PODER LEGISLATIVO DE LAGOA DA PRATA

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Recanto da Chibata O grupo sertanejo de Lagoa da Prata, o Recanto da Chibata, foi formado em 2007 e, desde então, tem quatro CD’s gravados e um DVD. O seu primeiro show foi realizado em Esteios, distrito de Luz/MG, e arrecadou dinheiro suficiente para que gravassem o primeiro CD da banda. Então, devido o sucesso do primeiro decidiram gravar um segundo nos meados de 2008. Desde então, o grupo tem se destacado pelo talento, carisma, presença de palco e repertório diferenciado, através do sertanejo raiz. ARQUIVO PESSOAL

Renato Professor Renato da Cruz Ferreira nasceu em 1974 em Lagoa da Prata, é professor de música, lecionando dez cursos, além da percussão vocal e violão. Aprendeu a tocar violão aos dez anos com seu pai, que tocava o instrumento por diversão. O professor Renato se interessou por acaso pela música, ligando sua paixão e profissão ao que seu pai ensinou. Dá aulas há 18 anos em Lagoa da Prata, no distrito do Capoeirão/MG e Japaraíba/MG. O professor atende na rua Acácio Mendes, 315 no bairro Américo Silva.

Rui Amorim Natural de Lagoa da Prata, Rui nasceu em 1937. Filho de Pedro Roberto e Zenite Silva, Rui casou-se com Iva Luíza e tiveram 4 filhos. Foi o vereador mais votado na sétima legislatura de 1971. Tomou posse de seu cargo no dia 31 de janeiro de 1971, onde ficou até 31 de janeiro de 1973. Foi reeleito e também o mais votado na oitava legislatura de 1973 a 1976, assumindo a presidência da câmara em 31 de janeiro de 1977. Rui também foi eleito prefeito para o mandato de 1977 a 1983.

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Rafaela Miranda Nascida em Lagoa da Prata, Rafaela é cantora e compositora. Dona de uma voz firme e grave, ela é considerada uma das novas grandes revelações femininas da música sertaneja. A artista foi descoberta por Vitor Leonardo, ex-empresário de Cristiano Araújo. Rafaela tem várias músicas gravadas e vídeos no YouTube,um deles “Luz Apagada” atingiu 956.265 visualizações. É autora da música “Cotovelo Vai Doer, gravada pela dupla sertaneja, Zezé Di Camargo e Luciano. ARQUIVO PESSOAL

Raimunda Professora Raimunda da Silva Santos, nascida em Betim/MG, mudou para Lagoa da Prata em 1966, pois seus pais vieram para trabalhar em uma fazenda. É formada em pedagogia, sendo ela a terceira mulher a se formar como pedagoga na cidade. Raimunda tem 30 anos como professora, e se aposentou como pedagoga. Após a carreira de educadora, Raimunda foi para o Sindicato de Educação de Lagoa da Prata, sendo lá a vice coordenadora.



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ARQUIVO SITE LAGOA ESPORTES

Santa Alexandrina O nome do bairro Santa Alexandrina é uma homenagem à célebre e honrada matriarca Dª Alexandrina Henriquina Bernardes, que foi casada com o Coronel Carlos Bernardes, o fundador de Lagoa da Prata.

Santa Helena FC Santa Helena Futebol Clube, uma das equipes tradicionais do futebol de Lagoa da Prata nos anos 90, que depois veio a ser a base da equipe do Ferroviário, tendo como técnico Ideuzinho e o presidente do clube Didi. ARQUIVO

Sicoob Crediprata Ao final da década de 80, com grandes dificuldades para conseguir recursos e ter acesso ao crédito junto às instituições financeiras, um grupo de produtores rurais deu o primeiro passo e encarou os desafios de construir uma cooperativa forte e sólida, que os ajudassem na construção de seus sonhos. Após 25 anos de sua constituição, os resultados expressivos mostram a grande força do Sicoob Crediprata e sua credibilidade nas comunidades onde atua, evidenciando todo o potencial de seus associados e de uma gestão comprometida com o crescimento mútuo. O Sicoob Crediprata acredita que gerar soluções financeiras adequadas e sustentáveis, por meio do cooperativismo, aos associados e às suas comunidades seja a chave do sucesso.

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Sicoob Lagoacred Gerais A cooperativa surgiu da necessidade que os comerciantes de Lagoa da Prata sentiram em construir uma organização com o objetivo de unir esforços para proporcionar melhor assistência financeira, prestação de serviços e crédito dentro dos princípios cooperativistas. O Sicoob Lagoacred Gerais foi fundado em 30 de outubro de 1996 e inaugurado em 17 de abril de 1997. Naquele ano, o então Presidente da Associação comercial convidou um grupo de empresários para discutir a ideia de se criar uma cooperativa de crédito. A partir deste momento, a instituição se idealizou sob a liderança de Nilson Antonio Bessas, José Tavares de Rezende e Júlio César Vaz. Comemorando 20 anos, a cooperativa acredita que é fundamental crescer junto com os seus associados e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde atua.



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Tamiris Júlia

Tânia Fernandes Natural de Belo Horizonte, Tânia Márcia Campos Fernandes tem 43 anos, é Superintendente Agroindustrial da unidade da Biosev em Lagoa da Prata. Graduada em Engenharia Química pela UFMG, ela possui larga experiência profissional em grandes empresas, como a Votorantim, Novelis, Alcoa, entre outras. Liderando a empresa que possui centenas de homens, Tânia se diz pragmática no assunto e que no trabalho o que vale são os resultados. Sob a sua coordenação, a Biosev tem registrado considerável melhora em sua produtividade.

Filha de Cleber e Arlete, Tamiris Júlia Amaral, nasceu em Lagoa da Prata no ano de 2000, e hoje é uma jovem escritora do município. Com dois livros já publicados, Tamiris tem a escrita como o melhor modo de extravasar os sentimentos. Quando começou a escrever, a jovem nunca imaginou que fosse fazer isso profissionalmente, mas viu que poderia ser uma opção quando o Nilson, presidente do Sicoob Lagoacred Gerais, que também é escritor, a descobriu e a deu uma oportunidade. Seu primeiro livro publicado em 2016, intitulado de “(S) Cem Segredos”, e o seu segundo, o primeiro de uma trilogia, publicado em agosto de 2017, “Ele é Um Anjo”. Os dois livros da trilogia já estão quase prontos e logo serão publicados. Com sua paixão pela escrita e seu intuito ao escrever, Tamiris espera emocionar os seus leitores, ver a reação deles, fazer com que as pessoas viagem entre tempos e mundos, sem precisar pegar um avião, declarando assim que, enquanto conseguir fazer isso, seu objetivo estará completo.

Tiago Ulisses Filho da ex-deputada Maria Olívia e ex-deputado federal José Ulisses de Oliveira, Tiago Ulisses formou-se como advogado na UFMG em 1996. Nascido em Belo Horizonte/MG, o advogado e empresário disputou em 2006 sua primeira eleição pelo PV (Partido Verde), sendo o segundo mais votado do partido. Novamente, em 2010, disputou a eleição, obtendo mais de 103 mil votos, sendo o mais votado do PV e o quinto geral. As principais regiões de atuação política são Centro-Oeste e Sul. O município em que recebeu maior votação é Lagoa da Prata, terra natal de sua mãe.

Tropical AM Fundada em 8 de agosto de 1980, a emissora de rádio Tropical é um exemplo de trabalho árduo e coletivo. Os professores Antônio Romão dos Santos, José Antônio Guadalupe, Levi Lopes de Araújo e Pedro Paulo Resende se juntaram àquele que dela se tornou diretor, o Samuel Martins de Almeida. A Rádio Tropical tem o seu trabalho reconhecido através de títulos recebidos das entidades locais, escolas, prefeituras de diversas cidades de Minas Gerais. O prédio da emissora se localiza na rua Luz, 235, no bairro Américo Silva, e tem direção de Thiago Martins.

Taioba O bar e restaurante do Taioba,é considerado um dos melhores pontos de encontros para famílias e amigos. Tendo como proprietários José Francisco de Miranda e família, o estabelecimento oferece diversos pratos e um atendimento exclusivo aos clientes. Preparado para servir a todos, o Bar e Restaurante do Taioba está localizado na Rua Dom Pedro II, 1000, no Bairro São José.


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U V Z Veredas FM A rádio Veredas FM foi fundada em maio de 1988 por Otaviano Vander de Oliveira e Antônio de Lima Sampaio. Com uma programação de músicas nacionais e internacionais, informação e notícias esportivas, a rádio é uma das mais ouvidas na cidade. Sintonizada em 88,5 FM, ela conta com uma ampla equipe que trabalha para atender seus ouvintes. Atualmente, a rádio está sob a direção de Gil da Silva Reis, que é um dos herdeiros do saudoso comunicador Dirceu Pereira. A rádio está localizada na rua Rio Grande do Sul, 2194, bairro Maria Fernanda .

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Unopar A Unopar é a única instituição de ensino devidamente credenciada em Lagoa da Prata para oferecer cursos superiores de graduação, presenciais e à distância. A instituição de Lagoa da Prata já formou quase 500 alunos nos últimos 6 anos. Em uma excelente localização, seus estudantes contam com uma biblioteca, preços acessíveis, horários flexíveis, material didático gratuito e aulas presenciais uma vez por semana. Em seu site, o aluno tem um espaço exclusivo para a construção do seu conhecimento, desenvolvimento de atividades educativas e o acesso à biblioteca digital como suporte pedagógico. A Unopar está localizada na Avenida Brasil, 1253, bairro Marília. REPRODUÇÃO / LIVRO 40 ANOS DE LAGOA DA PRATA

Vila Mendonça As vilas se caracterizam por ser um conjunto de moradias, às vezes as residências são muito simples, e não foi diferente com a Vila Mendonça, que foi representada por uma série de casinhas simples feitas por Alfredo Mendonça, em meados do século passado para serem alugadas. ARQUIVO FAMILIAR

Virgínio Perillo Natural de Lagoa da Prata/MG, nascido em 1910, filho de Ângelo Perillo e Francisca Leite Perillo, Virgínio casou-se com Nair de Castro Perillo e tiveram oito filhos. Era um comerciante e guarda livros. Virgínio exerceu o poder público municipal com identidade – era chamado de Prefeito, que era nomeado pelo Governador do Estado. Este período foi exercido por seis meses em 1946. Nas primeiras eleições para prefeito, foi vice-prefeito com José Teotônio de Castro de 1947 a 1948. Foi prefeito cumprindo mandato de 1951 até 1955, sendo seu vice José Teotônio de Castro. Virgínio Perillo continuou na carreira política, foi eleito vereador de Lagoa da Prata para o mandato da terceira legislatura 1955 a 1958, tomando posse no dia 1 de fevereiro de 1955. Dois dias após, por pedido de licença foi substituído pelo vereador Francisco José de Oliveira, fora novamente substituído em 27/02/1956 e 21/10/1957 pelo mesmo vereador. Em homenagem, seu nome foi dado à Escola Estadual Virgínio Perillo.

Zulma Miranda Zulma Oliveira Miranda nasceu em Lagoa da Prata no ano de 1935, foi a primeira mulher eleita vereadora no município. Filha de Alexandre Pereira Araújo e Elvira de Oliveira Araújo, casou-se com Antônio Miranda e tiveram dez filhos Carlinhos, Almir, Helder, Izabel, Anchieta, Luiz, Mônica, Salete, Joana e Stela, que deram a eles 17 netos. Ela teve carreira de professora e, como vereadora, lutou muito pela classe feminina. Foi eleita para o mandato de 1983 a 1989, sendo a mais votada da décima legislatura. Como grande mulher e vereadora, importante influenciadora da vida política para mulheres, Zulma recebeu a homenagem na Galeria das Vereadoras e Ex- Vereadores na Câmara Municipal de Lagoa da Prata. Zulma faleceu no ano de 2015 em Lagoa da Prata.





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