Jornal Cidade - Ano I - Nº 06

Page 1

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

A propaganda que funciona Entrevista com a publicitária Raíssa Ribeiro, diretora da agência Savana Comunicação.

Página 11 Lagoa da Prata, 30 de junho de 2013 - Ano I - Nº 06

MANIFESTANTES VÃO ÀS RUAS

Movimento Vem Pra Rua reúne jovens e adultos para protestar contra a política e reivindicar melhorias na cidade Centenas de jovens participaram da primeira manifestação “Vem Pra Rua” em Lagoa da Prata

na última sexta-feira 21, Os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicações ao prefeito

Paulo Teodoro, que se posicionou sobre as demandas na última terça-feira.

Página 8

Homem morre em acidente de moto na rodovia MG-170 Um acidente tirou a vida de um homem de 35 anos na tarde de terça-feira 25 na MG170, próximo ao Parque de Exposições de Lagoa da Prata. A vítima, Alison Luzia Rabelo, morador da comunidade de Capoeirão, distrito de Japaraíba, seguia pela rodovia sentido Moema/ Lagoa da Prata quando perdeu o controle, caiu na pista contrária e foi atropelado por uma caminhonete Hilux, que seguia sentido Lagoa da Prata/Moema. Segundo

informações do policial Cabo Hamilton Silva, o motociclista morreu no local antes da chegada do socorro. O motorista da caminhonete, Eli Antônio Lopes, afirmou que a moto seguia atrás de outro veículo quando, por alguma razão, se chocou na traseira do carro vindo a cair na pista. Lopes disse que sentiu quando as rodas da caminhonete passaram por cima de algo, mas ele só foi perceber o que havia acontecido quando olhou pelo re-

trovisor. Ele estacionou seu veículo cerca de uns oitenta metros do atropelamento. O outro veículo que teria envolvimento no acidente não parou. “Vamos fazer um rastreamento dentro de Lagoa da Prata para ver se conseguimos encontrar algum veículo com detalhes que possam indicar a suspeita de ser o terceiro veículo envolvido”, disse Cabo Hamilton da Polícia Militar. Veja a notícia completa no Portal TV Cidade Lagoa da Prata na internet.

A representante de uma empresa de extração de areia realizou uma série de denúncias

contra empreendedores que estariam extraindo o mineral ilegalmente e sem as devidas autorizações

ambientais. Órgãos públicos foram informados por meio de ofícios.

Extração ilegal de areia afeta empresa em Lagoa da Prata Páginas 5, 6 e 7


2

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

CARTA AO LEITOR

Prefeito Paulo Teodoro responde a reivindicações de manifestantes O prefeito Paulo Teodoro recebeu na última terça-feira 25 os organizadores do Movimento Vem Pra Rua de Lagoa da Prata e respondeu às reivindicações dos manifestantes. 1 – Sobre o motivo da “baixíssima” contribuição para o transporte dos estudantes universitários, o Chefe do Executivo disse que a contribuição financeira foi ampliada em 50 por cento em relação ao valor praticado em 2012. “Entendemos que o valor ainda é pequeno. [...] Teremos condições, na elaboração do Orçamento de 2014, de estabelecer a previsão orçamentária legal para o novo valor, que será devidamente discutido com a sociedade e com a Associação dos Estudantes”. 2

– Construção pista de skate. O prefeito Paulo Teodoro afirma que já definiu o local. Será próximo à Estação Ferroviária. O projeto arquitetônico está em fase de conclusão e a Administração Municipal aguarda a liberação do recurso que da

foi incluído no orçamento do governo estadual para que a obra seja iniciada. 3 – O que está sendo feito para a melhoria na qualidade do atendimento médico? O Chefe do Executivo disse que contratou médicos para atendimento nas unidades de saúde e pronto socorro. “Já garantimos recursos do governo federal para a construção de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que na prática é um pronto socorro ainda mais moderno”, disse o prefeito. A Administração Municipal ainda busca junto ao governo estadual um SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e investir na capacitação dos servidores. 4 – Longas filas na Farmácia Municipal. Segundo Paulo Teodoro, as longas filas na “farmacinha” estão com os dias contados. O município irá construir, no terreno em frente à Câmara Municipal, uma nova unidade, dentro do programa Farmácia Mineira, que será mais confortável. O sistema será

informatizado para agilizar a entrega dos medicamentos. “A obra será iniciada ainda este ano. Desde maio alguns bairros da cidade, como o Sol Nascente, Chico Miranda, Monsenhor Alfredo e Marília já contam com um projeto piloto para a entrega de medicamentos nas unidades de saúde para pacientes crônicos e diabéticos. Futuramente o programa será ampliado a todo o município”. 5 – Mau cheiro proveniente das queimadas de canaviais. Existe um protoloco de intenções que determina que a queima da cana seja extinguida entre 2014 e 2017. Em Lagoa da Prata, os incêndios que ainda ocorrem nos canaviais são criminosos. O prefeito Paulo Teodoro afirma que a Secretaria de Meio Ambiente, junto com a Polícia Ambiental, vão intensificar a fiscalização e a observação sobre as ocorrências de incêndios. “Quanto ao odor causado pela vinhaça, a Secretaria já procurou a empresa para uma reunião – que deve acontecer em julho – para

Juliano Rossi - Editor tratar deste e outros assuntos. Será sugerido o cultivo de um cinturão verde em volta dos reservatórios de vinhaça, como solução ambientalmente adequada”, disse. 6

– Desvio do São Francisco. Quanto ao desvio do Rio São Francisco na região da Volta Grande, a questão está sendo discutida na justiça. Como está fora da área urbana, ela foge à competência da Secretaria de Meio Ambiente. Entretanto, os secretários municipais de Lagoa da Prata estiveram reunidos no mês de março com quatro diretores do Meio Ambiente, que se comprometeram a ser interlocutores na discussão entre empresa/poder público/ sociedade organizada, na busca por alternativas de compensação ambiental pelo dano causado. Nossa intenção é fomentar principalmente a educação ambiental e pactuar o desenvolvimento de ferramentas sócio ambientais, como a coleta seletiva. Rio

QUER VENDER MAIS? Anuncie aqui: 9938-6310


Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

Banda de Lagoa da Prata lança música contra a corrupção “A corrupção está acabando com o Brasil. Corrupção! Vai para a p... que p...!”. É com esta frase de protesto que a banda Grilo de Roupa abre o primeiro verso da música de trabalho “Corrupção”. Liderada pelo vocalista e guitarrista Patrício Gontijo, o grupo mostra que a corrupção está entranhada na cultura dos brasileiros, a começar pelas pequenas infrações, como o ato de furar fila, por exemplo. O Grilo de Roupa está em fase final de lançamento do disco, que terá três músicas próprias e dezessete clássicos do pop e rock em releitura própria da banda. “Nossa pretensão é fazer uma música alegre, dançante, que tenha espaço em qualquer evento popular. Para o CD, selecionamos músicas que fazem parte de nossa criação como músicos, como pop/rock anos 80 e MPB”, diz Patrício. A música de trabalho “Corrupção” foi lançada no último dia 16 e já está sendo tocada

Show de estreia será neste sábado em Dores do Indaiá em emissoras de rádio e utilizada em diversos vídeos de protestos no Youtube. “Corrupção não é uma música política. O objetivo é mostrar a corrupção nos pequenos atos, no dia a dia das pessoas”, explica o músico. O show de estreia da banda acontece neste sábado em Dores do Indaiá. Grilo de Roupa tem cinco integrantes. Além de Patrício Gontijo, tem Silas Martins (bateria), André

Oliveira (baixo), Fabrício Souza (teclados) e Mateus (percussão). Outros três músicos adicionais participam das apresentações. O disco deve ser distribuído na primeira quinzena de julho e estará disponível para download no site WWW.griloderoupa.com.br e na página Facebook/griloderoupa. Ouça a música “Corrupção” no Portal TV Cidade Lagoa da Prata na internet.

3


4

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

ACE/CDL-LP participa dos 80 anos da FIEMG em Divinópolis Na quarta-feira (12/06), o presidente da ACE/CDL-LP Valdir J. Andrade e o vice-presidente Geraldo M. Almeida foram a Divinópolis prestigiar e participar da comemoração dos 80 anos de fundação da FIEMG e os 18 anos de criação da Regional Centro-Oeste instalada em Divinópolis. O evento aconteceu no centro de eventos Yellow Hall em Divinópolis e teve como anfitrião o Sr. Afonso Gonzaga, presidente da regional há onze anos e que vem fazendo um trabalho diferenciado e com ótimos resultados para a nossa região. Contou também com a presença de centenas de convidados, entre autoridades, empresários e políticos de toda Região Centro-Oeste. Ao final, os convidados foram brindados com uma apresentação impecável da Orquestra, Coral, e Cia. de Dança do SESIMINAS/BH, que com um repertório formado por clássicos da MPB, como “Construção” e “Asa Branca”, contou através da música e dança, a trajetória da FIEMG e os fatos marcan-

tes do desenvolvimento da entidade nos seus 80 anos de existência. De reconhecida importância para o desenvolvimento de Minas, o Sistema FIEMG oferece serviços e produtos essenciais e estratégicos, especialmente na área da educação. Marca forte, de atuação destacada nas principais decisões do estado, a FIEMG cresceu com a economia mineira, junto com o SENAI, SESI, IEL, CIEMG e o Instituto Estrada Real, com o apoio dos Sindicatos filiados. Investindo em estudos e diagnósticos da realidade produtiva da região centro – oeste, a FIEMG, tem se mobilizado para traçar políticas específicas de estímulo ao crescimento regional. Através da FIEMG Regional Centro – Oeste, e com o apoio de entidades parceiras, vários projetos estão mudando a realidade econômica da região além da forte representatividade dos setores do comércio, serviços e turismo. A FIEMG oferece ainda um total de 14 unidades do SENAI na região centro-

Discurso do presidente da FIEMG Afonso Gonzaga

Apresentações da Orquestra, Coral e Balé SESIMINAS

Afonso Gonzaga e Valdir Andrade

Vice-presidente Geraldo Almeida, Afonso Gonzaga e presidente Valdir José de Andrade

-oeste e 07 unidades do SESI, Centros de Formação Profissional (CFPs), do SENAI, Centros de Atividades do Trabalhador (CATs), do SESI, e Centros de Treinamento nas cidades de Bom Despacho, Campo Belo, Carmo do Cajuru, Cláudio, Divinópolis, Formiga, Nova Serrana e Pará de Minas. Em Itaúna, está instalado o único Centro Tecnológico de Fundição da América Latina. Santo Antônio do Monte

dores da Região Centro-Oeste, assessoria em Linhas de Financiamento para Capital de Giro, Construção, Aquisição de Máquinas e Equipamentos, Abertura de Empresa, através de Assessoria em Financiamentos. Também disponibiliza aos empresários, assessoria em Meio Ambiente, com o intuito de oferecer a todos os empreendedores da região esclarecimentos de dúvidas e orientações referentes à

abriga o Centro Tecnológico de Pirotecnia, único do país credenciado pelo Exército Brasileiro para avaliar sistemas de produção e liberação de fogos de artifício. Em Nova Serrana, o maior e melhor Centro Tecnológico de Calçados para o setor, proporcionando qualificação e avanços tecnológicos. Em parceria com o BDMG e BNDES, a FIEMG Regional Centro-Oeste oferece, aos Empreende-

adequação ambiental de todas as empresas. Segundo Afonso Gonzaga, “tudo isto demonstra que a FIEMG está cumprindo, a sua missão, de incentivar, apoiar e fomentar o desenvolvimento industrial da região centro-oeste, tendo como objetivo o fortalecimento do associativismo empresarial e, através dele, a integração das empresas da região e a capacitação profissional dos trabalhadores da indústria”.

INFORMATIVO PARLAMENTAR

Assembleia promove debate sobre dependência química “É assustador o crescimento do uso de drogas, sobretudo entre adolescentes e jovens. É preciso unir forças, com a participação da sociedade civil, das famílias e do poder público”. Esta afirmação é do Deputado Tiago Ulisses, que está preocupado com o estrago que a droga tem feito nas famílias brasileiras. “Infelizmente a droga se espalhou por todos os rincões. Não é privilégio dos grandes centros. Hoje as pessoas têm acesso fácil ao produto, especialmente ao crack, que é barato e causa um grande dano ao usuário”, afirma o deputado. Tiago Ulisses participou, nos dias 24 e 25 de junho, do Ciclo de Debates “Um Novo Olhar sobre a Dependência Química, no Plenário da Assembleia Legislativa. O Ciclo tem como objetivo

apresentar o que está sendo feito no Estado no combate ao uso de drogas e no tratamento dos dependentes químicos, discutir a aplicação da justiça terapêutica e articular os agentes públicos e representantes da sociedade civil envolvidos com o problema. O Deputado destaca a importância das entidades que trabalham com os dependentes químicos de Lagoa da Prata. “É um trabalho que tem o apoio da sociedade. Se não fosse o trabalho dessas entidades, certamente a situação seria muito mais grave em Lagoa. As entidades civis acabam assumindo o papel que deveria ser do poder público. Felizmente já vemos, ainda que timidamente, algumas ações governamentais. Em boa hora a Assembleia promove este debate”.


5

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

INFORME PUBLICITÁRIO

Exploração ilegal de areia afeta empresa em Lagoa da Prata A afirmação é da empresária Maria Lúcia Melo em entrevista ao Jornal Correio do Centro Oeste, de Arcos. Empresa está aguardando providências de órgãos públicos JORNAL CCO - A empresa de extração de areia ‘Maria Lúcia de Melo ME’, de Lagoa da Prata, representada pela proprietária Maria Lúcia de Melo, procurou a reportagem do Jornal Correio do Centro Oeste (CCO), de Arcos, no dia 21 de março deste ano, para fazer uma série de denúncias relacionadas a outras empresas do mesmo segmento que, segundo ela, estariam explorando areia sem as devidas autorizações ambientais. Segundo a representante da empresa mineradora denunciante, tudo começou no início de 2012, quando a empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ fez alguns registros minerários junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Sendo detentora do direito minerário, procurou a proprietária de um imóvel rural às margens do Rio Santana (afluente do Rio São Francisco) onde é possuidora de um dos títulos minerários, a fim de realizarem uma parceria para possibilitar a extração mineral, especialmente areia. Apesar de haver interesse, a negociação não aconteceu por questões financeiras, visto que o empreendimento ‘Maria Lúcia de Melo ME’ não poderia suportar o valor proposto pela proprietária da terra, a título de indenização (royalties). Pouco tempo depois, a empresa foi procurada por um consultor representando a proprietária do imóvel rural, pedindo que a empresa ‘Maria Lúcia Melo ME’ entregasse a eles o título minerário que recai sobre a propriedade rural. “Falei a ele que passaria para a empresa o título e em contrapartida pedi uma composição financeira. Foi quando ele me disse que queria o título, mas que eu não havia entendido a situação. Ele queria o direito minerário totalmente gratuito e que, se nós não passássemos para eles, ele faria de tudo para que não conseguíssemos mais nenhum documento em nível de licenciamento estadual”, relata a proprietária Maria Lúcia de Melo, afirmando que esse consultor é uma

Segundo a empresária Maria Lúcia de Melo, sete empreendedores do município de Lagoa da Prata estariam invadindo e extraindo areia ilegalmente, à revelia do poder público pessoa de grande influência em Lagoa da Prata, principalmente junto aos órgãos ambientais. A representante legal da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ consta que não se preocupou muito com a ameaça e o homem foi embora. No entanto, segundo ela, a história não terminou por aí. Em entrevista ao CCO, ela relata os problemas que vem enfrentando desde

então e fala sobre as providências que já tomou. INVASÃO Pouco tempo depois, a mesma área que o consultor exigia começou a ser invadida por outro empreendedor que tem uma área limítrofe a essa, segundo informação passada ao CCO pela representante da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’. A empresa ‘Maria Lú-

cia de Melo ME’ começou a investigar e foi verificado – segundo o relato feito ao CCO – que “esse empreendedor estaria invadindo e extraindo areia ilegalmente, à revelia do poder público”. Foi a partir daí, final de março de 2012, que a empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ começou a procurar órgãos competentes nas esferas municipal, estadual e federal,

Consta no Boletim de Ocorrência que “as atividades minerárias deveriam ser paralisadas imediatamente, nos termos do art. 11 da Lei Nº 9.605/98”, evitando que o passivo ambiental ficasse cada vez maior

informando-os, por meio de ofícios, esse “trabalho irregular”. No entanto, segundo Maria Lúcia de Melo, muitas promessas foram feitas no sentido de coibir essa prática, “mas nenhuma medida foi efetivamente tomada, apesar das constatações de ilegalidade”. EM BUSCA DE SOLUÇÃO A empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ procurou, inicialmente, a Polícia Ambiental de Lagoa da Prata. O Boletim da 7ª Companhia da Polícia Militar Ambiental de Minas Gerais em Lagoa da Prata/MG (de número M3698-2012-0530509) informa que “a empresa limítrofe à ‘Maria Lúcia de Melo ME’ estaria há 60 dias cometendo graves crimes ambientais, dentre eles a mineração no leito do rio, sem a devida outorga para o uso de recursos hídricos e a intervenção sem a devida autorização”. Também consta no Boletim que “as atividades minerarias deveriam ser paralisadas imediatamente, nos termos do art. 11 da Lei Nº 9.605/98”, evitando que o passivo ambiental ficasse cada vez maior. No entanto, segundo relato de Maria Lúcia de Melo, as atividades continuam, gerando reces-

são para as empresas mineradoras que operam legalmente e causando prejuízo ao erário, já que não recolhem os tributos e encargos devidos. Segundo a proprietária da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’, vários Boletins de Ocorrência foram feitos na Polícia Militar Ambiental, também em Lagoa da Prata. “Somente constataram os documentos que eles têm, e apesar de terem feito um auto de infração não tomaram nenhuma outro providência no sentido de paralisar essa atividades. Eles alegaram ilegitimidade jurídica para isso, falaram que lhes faltava um relatório técnico de alguém qualificado para a paralisação do empreendimento denunciado”, alega Maria Lúcia. A proprietária da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ conta que pouco depois conseguiu o relatório técnico por meio da Secretaria de Fiscalização de Recursos Hídricos, o qual constatou que “realmente aquele empreendimento estava operando de forma ilegal e que a Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) apresentada por eles foi conseguida com a prestação de várias informações falsas”. Em maio de 2012, a Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram), em Divinópolis, também foi oficiada, mas o órgão nunca teria se manifestado, segundo o relato feito ao CCO. “As informações oficiosas que conseguimos via telefone foram que esse processo foi arquivado em um órgão em Belo Horizonte. Mas não sabem dizer por quais motivos foi arquivado. Se for verdade, quer dizer que o órgão foi totalmente omisso na condução dessas denúncias, já que não teve a cautela de averiguar a ocorrência dos fatos in locu. Dessa forma, feriu-se um principal constitucional básico, que é o da formalidade, já que nenhum despacho oficial foi encaminhado aos denunciantes ou publicado no diário oficial, apesar dos pelitos nesse sentido”, lamenta Maria Lúcia. 6 Continua na página 4.


6

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

INFORME PUBLICITÁRIO

EXTRAÇÃO IRREGULAR DE AREIA

Sete empreendimentos supostamente irregulares SEM PROVIDÊNCIAS Tramita no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), sob o número 48400.000604/2012, processo administrativo tendente a averiguar a denúncia de invasão de áreas. Porém, somente no mês de março de 2013 receberam a visita de fiscais. Até então, “nenhuma providência efetiva foi tomada com relação a essa invasão de área”, segundo informação de Maria Lúcia. “E como as autoridades não tomaram nenhuma providência, essa prática ilegal de extração de areia foi sendo disseminada. Outros empreendedores começaram a invadir as áreas da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ e implantaram seus empreendimentos irregularmente”, afirma. 7 EMPREENDIMENTOS SUPOSTAMENTE IRREGULARES Segundo Maria Lúcia de Melo, ao todo, já foram verificados sete empreendimentos em situação irregular, todos invadindo os requerimentos (direitos minerários) feitos no DNPM em favor da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’. A empresária explica que alguns até têm documentos, os quais foram conseguidos “de forma ardilosa, prestando informações falsas para a própria Supram e que não habilitam a prática de atividade minerária”. Ela questiona a razão de isso não ser sido apurado. MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL EM LAGOA DA PRATA O Ministério Público Estadual, em Lagoa da Prata, também foi procurado, no entanto, os proprietários da empresa dize que “nunca foram atendidos satisfatoriamente”. Eles relatam que tentaram diversas vezes agendar horários, conversaram com os estagiários, e em uma única oportunidade, “depois de muita insistência”, foram recebidos por um promotor, mas nunca tiveram um retorno acerca de possível deliberação ministerial sobre o problema. Procuraram então a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justi-

condutas praticadas e quem seriam os autores. Quando à previsão de praz para o encerramento das investigações, acreditamos que essa pergunta também deva ser dirigida à autoridade policial que conduz o inquérito”. IEF

ça do Meio Ambiente e do Alto Rio São Francisco, em Divinópolis, na pessoa do Dr. Mauro Ellovitch. Maria Lúcia de Melo explica que, na primeira vez que foram ao órgão, tiveram suas declarações tomadas e foi instaurado um inquérito administrativo para apurar essas práticas. No entanto, o então promotor, Mauro Ellovitch, foi remanejado de cargo e substituído. Desde então, o processo encontra-se em trâmite. “A última notícia que tivemos desse processo é que a Supram foi oficiada no Mês de novembro de 2012 para prestar informações, e até então não tinham prestado os esclarecimentos necessários”, diz, frustrada, a representante da empresa. No dia 19 de abril, o atual promotor de Justiça, Francisco Chaves Generoso, respondeu ao ofício que havia sido encaminhado ao Órgão, informando que “a re-

presentação aviada ao Ministério Público [...] relatando supostas irregularidades relativas à extração de reaia no município de Lagoa da Prata, deu ensejo à instauração do Procedimento de Apoio à Atividade-Fim (PAAF) nº MPMG-0223.12.0008030, no âmbito do qual foram desencadeadas medidas apuratórias, com a colheita de informações e documentos, objetivando a elucidação do caso”. O promotor de Justiça da Comarca de Lagoa da Prata, Eduardo Almeida da Silva, também respondeu ao ofício enviado pelo CCO e afirmou que “as irregularidades apontadas pela empresa ‘Maria Lúcia de Melo’ estão sendo apuradas pelo Ministério Público”. POLÍCIA FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Também foi feita uma representação na Polí-

cia Federal, por meio de ofício. Segundo Maria Lúcia, trata-se de “crime federal, devido à usurpação de bem público da União, justamente por não terem autorização federal para extrair”. O Ministério Público Federal, também por meio de ofício, foi acionado e solicitou a abertura de inquérito junto à Polícia Federal. Até o momento em que a reportagem do CCO entrou em contato com a Polícia Federal, a investigação estava sob sigilo. No entanto, no dia 17 de abril, o delegado da Polícia Federal de Divinópolis, Daniel Souza Silva, respondeu ao ofício dizendo o seguinte: “Recebemos o ofício 759/2012 – PRM/DVL/SJ da Procuradoria da República no município de Divinópolis, requisitando a instauração de inquérito para apurar os fatos. O expediente foi distribuído ao Delegado de Polícia Federal Dr. William Nascimento Santos, que

instaurou o inquérito nº 368/2012, que se encontra em tramitação nesta delegacia. O inquérito ainda não foi finalizado, estando as investigações a cargo do referido delegado. As penas irão depender da apuração dos fatos, pois será verificado quais artigos eventualmente serão enquadrados os envolvidos”. A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal em Minas Gerais, Maria Célia Néri, confirmou que o MP realmente requisitou, em 18/12/2012, a instauração de inquérito à Polícia Federal para apuração dos fatos narrados pela representante da empresa ‘Maria Lúcia Melo ME’. Ela informa que o “inquérito continua em andamento e qualquer informação a respeito dele deve ser obtida junto à Polícia Federal”. “É preciso que a Polícia Federal conclua as investigações, para que possamos verificar a materialidade das

Em Arcos, procuraram o IEF (Instituto Estadual de Florestas), via ofício. Maria Lúcia de Melo explica que, logo após sofrer ameaça do consultor, foi iniciado um processo de licenciamento de outra área, em uma propriedade no município de Japaraíba. “Fizemos todo o trabalho de campo, protocolizamos a documentação na Supram, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) deferiam a nossa outorga, nós abrimos um pedido de intervenção em área de preservação permanente e passamos ao IEF. O IEF, através do técnico, fez a vistoria e mandou para o setor jurídico. Esse processo tem pareceres técnico e jurídico favoráveis à implantação desse empreendimento, e foi para deliberação numa câmara que se chama Comissão Paritária (COPA), que determina se os processos têm viabilidade e se podem prosseguir ou não para a emissão dos documentos. Porém, a COPA indeferiu essa implantação do empreendimento de extração de areia, apesar de tudo estar favorável. A única justificativa oficiosa que tivemos foi que o Rio Santana, que é o local do empreendimento, estava saturado de dragas de areia, e era inviável a implantação de outra draga. Só que na mesma reunião, e em duas outras posteriores, foram deferidos outros empreendimentos de extração de areia no mesmo rio. Ou seja, essa justificativa não cabe. Nós recorremos. Isso foi em março de 2012, e estranhamente era para já ter sido julgada no mês seguinte, fato que somente aconteceu em abril deste ano (um ano e um mês após), coincidindo justamente com o pedido de informações do próprio jornal acerca dessa morosidade”, conclui Maria Lúcia. Continua na página 8.


7

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

INFORME PUBLICITÁRIO

EXTRAÇÃO IRREGULAR DE AREIA

Empreendedores afirmam que sofrem ameaças

A empresa de extração de areia ‘Maria Lúcia de Melo ME’ aguarda respostas de todos os órgãos oficiados e principalmente a punição dos infratores. Os empresários acreditam que “toda essa impunidade está ligada à ameaça que sofreram do consultor citado no início da matéria”. “Ele é consultor e técnico de quase todos esses empreendimentos que estão irregulares, realmente é um homem que tem considerável influência aqui em Lagoa da Prata e região. Tem acesso a todos os órgãos ambientais e ele foi bem claro quando disse que se tornaria nosso inimigo caso não passássemos para ele o título minerário daquela área. Juntado todas essas circunstâncias, a gente conclui que pode ter havido algum pedido por parte desse consultor no intuito de obstar realmente essas licenças, porque justificativa jurídica e técnica não há”, diz Maria Lúcia. Desde a primeira invasão, uma séria de transtornos foi gerada para a empresa ‘Maria Lúcia Melo ME’. Um dos mais graves é a questão ambiental, visto que esses outros extratores não possuem licenciamento para extrair, e consequentemente, não se preocupam se estão afetando o meio ambiente.

De acordo com a Lei Nº 9.605/98, os objetos de denúncia podem ser enquadrados nos seguintes artigos: Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou considerados de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 55. Executar pesquisa, lavra, ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. Outro problema que essa invasão está acarretando aos empresários da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ é a questão comercial, já que esses extratores ilegais colocam seus produtos no mercado com valores bem abaixo do valor de custo do mercado. “Isso tem nos prejudicado muito. Inclusive, já tivemos que mandar funcionários embora por detrimento dessa inserção comercial desonesta, sofremos por esse material que está entrando no mercado”, explica Maria Lúcia. Ela ressalta que já foi determinado o cancelamento e a paralisação de uma das extrações, já que foi comprovado que a “documentação

utilizada por esses extratores possui informações inventadas e maliciosas”. No entanto, a Supram, que é o órgão que deveria fazer a anulação desse documento, não se manifestou. “Será que estão esperando a consecução de nova licença pelo estabelecimento denunciado para fazerem o cancelamento da AFF? Ora, se o estabelecimento está funcionando legalmente, por que solicitou outra licença, já que a atual não venceu e não devidamente cancelada como determina o relatório técnico citado nesta matéria? Se isso aconteceu (o não cancelamento da AFF ou a concessão de nova licença), fica clara a intenção de favorecimento por parte do órgão público, devendo seus agentes responderem por tal conduta, haja vista o prejuízo à empresa que age de boa fé e a própria sociedade”, argumenta a representante da empresa. Fora toda essa problemática, os proprietários da empresa e alguns de seus funcionários sentem-se ameaçados em sua integridade física e de suas famílias. “São comuns ligações de números não identificados para meu telefone, que na realidade é da empresa, ofertando apenas risadas ou simplesmente não falando nada. Em

algumas oportunidades, pessoas estranhas fazem campanhas na porta da minha residência, acredito que no intuito de intimidar a veiculação de tais denúncias. Sou obrigado a privar a família de frequentar lugares públicos por medo que algo aconteça. Infelizmente não adianta rogar e pedir proteção para as autoridades, já que não deram importância nem para um problema menos grave”, ressalta a empresária. A empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ espera respostas desses órgãos o mais breve e pede que essas autoridades tomem as devidas providências contra essa extração. “Esperamos respostas imediatas e atitudes severas, na verdade não há uma outra alternativa senão a punição desses pseudos empreendedores. O que a gente espera é que essas atividades sejam pelo menos paralisadas e que seja feita uma apuração dessas irregularidades, que são muitas! Esperamos também não sofrer nenhuma retaliação por essa atitude que estamos tomando, já que são atitudes baseadas em nossos direitos. Nós somos defensores da justiça mineraria, e sempre trabalhamos de acordo com a Lei. Investimos muito na manutenção dos títulos, pagamos geólogos, engenheiros que fazem os

estudos das áreas, pagamos todos os impostos em dia. Estamos tendo um grande prejuízo, já que o material dos locais onde registramos as áreas estão sendo exaurido e vendido para o benefício de pessoas alheias”, desabafa Maria Lúcia. À ESPERA DE SOLUÇÃO Mesmo com os ofícios encaminhados aos órgãos públicos e mesmo com as garantias de que as investigações estão em andamento, Maira Lúcia de Melo afirma que a extração ilegal continua, porém em horários alternativos, como à noite e aos finais de semana, o que dificulta, em tese, a fiscalização. Ela diz que os empreendimentos, sabedores das denúncias, geralmente executam suas atividades com a porteira trancada e com controle de entrada. “Algumas atividades continuam operando normalmente, inclusive durante o dia, sem nenhuma intervenção dos órgãos fiscalizadores”, afirma. A proprietária da empresa conta que, até o momento, somente foi deliberado favoravelmente o Processo de Intervenção em APP instruído pela empresa, que ficou paralisado por quase dois anos. No que concerne à apuração das denúncias, foram reali-

zadas algumas diligências por parte do DNPM, Polícia Militar Ambiental, porém, sem atitudes conclusivas até o momento. Quanto às ameaças, essas não existiram, pelo menos diretamente. A empresária conta que ainda recebem telefonemas anônimos, com pessoas rindo, sem falar nada. Frequentemente aparecem pessoas estranhas rondando suas casas, principalmente à noite. Ela diz que podem ser apenas coincidências, mas fica em estado de alerta, já que estão em disputa pelos seus direitos. “Esperamos que o relato surta efeito com relação à situação de ilegalidade nos empreendimentos. Estamos sempre abertos à fiscalização e até aprovamos a visita frequente dos órgãos no nosso empreendimento. O que sempre questionamos é o fato de sermos o único alvo das fiscalizações, já que raramente os demais extratores de areia são aferidos por elas. Só queremos que os procedimentos sejam comuns a todos”, conclui. Antes da publicação desta reportagem o CCO também enviou ofícios à Polícia Militar Ambiental e à Supram, oferecendo-lhes a oportunidade de se manifestarem das críticas. No entanto, não nos responderam.


8

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

Em Lagoa da Prata, jovens vão às ruas protestar contra os governos Centenas de jovens participaram da primeira manifestação “Vem Pra Rua” em Lagoa da Prata na última sexta-feira 21, uma mobilização nacional que teve início em São Paulo após o aumento das passagens de ônibus e despertou a população a protestar e exigir dos

governos mais transparência e investimentos em saúde, segurança, educação e transporte. O manifesto em Lagoa da Prata foi acompanhado também por muitos adultos, que juntos reivindicavam o fim da impunidade e colocou em pauta diversos protestos

de cunho municipal. O protesto transcorreu de forma pacífica. A Polícia Militar garantiu a segurança dos manifestantes e das outras pessoas que preferiram assistir ao evento das calçadas e portas de lojas. De acordo com a polícia cerca de 500 pessoas participaram do “Vem Pra Rua”.

PROTESTOS INUSITADOS Além de reivindicações de protesto, o Jornal da Cidade também registrou mensagens inusitadas no primeiro “Vem Pra Rua Lagoa da Prata”. Três jovens mandaram um recado para a mãe: “Mãe, não me espere para o jantar. Estarei ocupado mudando o Brasil”. Outro jovem ironizou: “Tô tão p… que fiz um cartaz”. Um manifestante mascarado escreveu: “PEC 37? Eu quero é um PS4”, fazendo alusão ao desejo de ter o console de vídeo game Play Station 4, recém lan-

çado pela Sony e o mais moderno do mercado. OUTRA MOBILIZAÇÃO ESTÁ CONFIRMADA Após a parada em frente à prefeitura, a manifestação contornou a Praça Coronel Carlos Bernardes e seguiu rumo à praia municipal, onde os manifestantes cantaram o Hino Nacional. De acordo com Olavo Tuca, um dos organizadores do movimento, outra mobilização está agendada para o próximo sábado 29. “Não esperávamos que tivesse tanta gente. Não temos partido. Estamos com uma vontade só, de buscar um país melhor. Que esse

tipo de manifestação seja um espelho para todo o Brasil. Começamos um despertar, que tem um caminho longo a ser trilhado, pois tem muita coisa a melhorar”. Olavo ressaltou que o Governo Municipal precisa se comunicar com os jovens com mais eficiência. “Uma coisa que chamou muito a atenção do jovem é a rede social, por isso foi criado uma ferramenta, o grupo Boca no Trombone, no Facebook. Pedimos à prefeitura para que haja uma comunicação mais transparente, mais direta, utilizando essa ferramenta que a gente criou”, disse o organizador.

Por atendimento mais digno nas unidades de saúde

Manifetante protesta contra o mau cheio proveniente da usina

Organizadores do movimentam entregam pauta de reivindicações ao prefeito PREFEITO RECEBE REIVINDICAÇÕES Os manifestantes se reuniram na avenida Benedito Valadares, em frente ao banco Itaú e caminharam até a prefeitura. Empunhando cartazes e faixas, os jovens entoavam “nós queremos ser ouvidos”, “vem pra rua”, “venha nos ouvir”, direcionados ao prefeito Paulo Teodoro. O Chefe do Executivo atendeu ao chamado e foi ao encontro dos manifestantes acompanhado do vice-prefeito Ismar Roberto e secretários municipais. Ele recebeu das mãos dos organizadores do movimento uma pauta de reivindicações. “Não tenha dúvida de que a Administração Municipal dará a resposta o mais rápido possível. Parabenizamos todos vocês. É muito legítima essa manifestação. Melhor ainda quando não tem o envolvimento de partidos e polí-

ticos”, afirmou o prefeito. CONFIRA ABAIXO AS REIVINDICAÇÕES AO GOVERNO MUNICIPAL: Qual o motivo da baixíssima contribuição para o transporte dos estudantes universitários? Como está o andamento da construção da pista de skate? O que está sendo feito para a melhoria na qualidade do atendimento médico? O que pode ser feito em relação ao mau cheiro e queimadas provenientes da usina? O que tem sido feito em relação às filas “infinitas” para pegar medicamentos na Farmacinha Municipal? O que a Secretaria de Meio Ambiente tem feito em relação ao desvio do Rio São Francisco feito pela Usina Luciânia? Mas as cobranças dos manifestantes que não

participaram da organização do evento foram além da pauta entregue ao prefeito. Uma mulher portava um cartaz no qual dizia que o “Pronto Atendimento Municipal virou circo e os pacientes são palhaços”. Outro manifestante protestou contra a intenção inicial do governo municipal de contrair empréstimo para construir uma nova prefeitura. No cartaz dele estava escrito: “Saúde e educação. P r e f e i t u r a nova não! Basta”. Uma garota protestou dizendo que o “Bairro São Francisco está esquecido”. Outra manifestante cobrou do governo o motivo pelo qual Lagoa da Prata não possui faculdade. Um homem, com uma criança no colo, protestou em frente à prefeitura com um cartaz no qual estava escrito: “S.O.S Sol Nascente – Pavimentação Já. Ass: Povo”.


Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

9


Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

10


11

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

A propaganda que funciona

Como as empresas podem obter resultados com estratégias eficazes Em um mundo onde a concorrência no mercado está cada vez maior e os consumidores cada dia mais exigentes, fica mais difícil para as empresas se destacarem e mostrarem seu diferencial. É nesse cenário de mudanças constantes que algumas empresas conseguem se sobressair e permanecer no mercado.w “A propaganda é a alma do negócio” é um chavão largamente conhecido no mundo empresarial, mas ao contrário do que muitos empresários acreditam, a tal propaganda não é apenas um gasto no final do mês e sim um investimento necessário para sobreviver no mercado. Em Lagoa da Prata, a economia tem se destacado na região e por isso é cada vez maior a necessidade das empresas profissionalizarem as formas de comunicação com seus clientes. A empresa Savana Comunicação e Marketing, dirigida pela publicitária Raissa Ribeiro, tem se destacado e auxiliado diversas empresas a se destacar no mercado, pois tem como princípio o conhecimento de que a publicidade é um meio fundamen-

tal de promover produtos, serviços ou marcas de qualquer empresa. Confira abaixo uma entrevista com a diretora Raíssa Ribeiro e a gerente de atendimento e planejamento Ligia Fernandes: JC: E afinal, qual a importância da publicidade? Lígia: Muito além de promover produtos, a publicidade projeta imagem, agrega valor, afirma conceitos e constrói marcas. JC: Quais os erros mais comuns que os empresários cometem ao fazer uma campanha publicitária? Raíssa: Pelo que tenho acompanhado, os empresários de Lagoa da Prata, embora invistam em publicidade, não têm orientação voltada para a comunicação planejada. Eles não investem de forma estratégica e isso pode significar desperdício de dinheiro. Muitas vezes anunciam sem ter um objetivo pré-definido para aquela divulgação. Além disso, eles não se preocupam com o design dos anúncios ou com o conteúdo das mensagens, que em alguns casos é a parte mais importante

de uma divulgação. De nada adianta um espaço enorme para divulgação que seja mal aproveitado, com informação demais ou de menos, no lugar errado, para as pessoas erradas. É preciso haver estratégia. JC: Como os empresários devem planejar o seu investimento em publicidade? Lígia: Entre outros pontos importantes a serem considerados, primeiramente é preciso definir um público alvo, objetivos e metas, pois só assim eles saberão aonde querem chegar. Em seguida devem ser definidas as estratégias de comunicação e os meios para se alcançar esses objetivos. JC: A assessoria de um profissional especializado em publicidade deve ser levada em consideração por empresas de qualquer porte? Raíssa: Sem dúvida, independente do tamanho é importante contar com uma assessoria na hora de promover marcas e serviços. Muitas vezes o cliente acredita que sabe fazer isso sozinho, mas geralmente não

Raíssa Ribeiro ,diretora da Savanna, e Lígia Fernandes gerente de atendimento e planejamento sabe o que falar e nem para quem vai falar. E isso acaba gerando prejuízo, uma vez que ele investiu dinheiro em algo que não vai trazer retorno nenhum. Portanto, definir um público alvo, um objetivo de divulgação, analisar quais os meios adequados para conseguir alcançar esses objetivos, são formas de trabalhar a comunicação estrategicamente e só o auxílio de um profissional qualificado é que vai garantir que esses resultados sejam alcançados. JC: Para as empre-

sas, ter uma assessoria profissional em comunicação custa caro? Raíssa: Isso depende de cada empresa, de cada trabalho. Mas considerando que hoje em dia grande parte das empresas de Lagoa da Prata já investem em publicidade e comunicação, o trabalho de assessoria seria apenas mais garantia de retorno com esse investimento, ou seja, é mais um investimento e não um gasto. JC: Quais as áreas de atuação da agên-

cia Savana Comunicação & Marketing? Raíssa: Atualmente trabalhamos principalmente com comunicação visual e comunicação estratégica, que essencialmente é o trabalho de nossa equipe, que é formada por profissionais de publicidade e propaganda, em auxiliar os clientes no planejamento de suas campanhas de divulgação até a execução final dos trabalhos fazendo o design das peças, definindo os meios corretos e as mensagens adequadas a cada público alvo.


ESPORTE DO POVO

ESPORTE DO POVO

12

DESTAQUES NO ESPORTE EM LAGOA DA PRATA

INFORME PUBLICITÁRIO

Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

Participação de atletas das escolas estaduais de Lagoa da Prata na 1º etapa do JEMG em Iguatama.

A atleta Núbia Soares, do programa de atletismo “Correndo para o Futuro/Minas Olímpica”, do professor Abel, foi medalha de prata nas olimpíada escolares em Sidnei Austrália, campeã brasileira em salto triplo, em Porto Alegre, alcançando a marca de 12,95 metros. Está pré-classificada para a Copa do Mundo de Atletismo na Ucrânia no mês de julho e já possui indíce para o panamericano juvenil a ser realizado em novembro 2013. Recentimente ela disputou o troféu Brasil de Professor Abel e Núbia Atletismo em São Paulo. Soares

Baile “DIA DAS MÃES” realizado no último dia 13 no salão da Crediprata. Projeto Melhor Idade, núcleos em Lagoa da Prata: Crediprata, Vila Vincentina, S.O.S, Salão São Cristóvão e Casa da Amizade do bairro Gomes.

Alexandra Maria Pimenta. Medalha de bronze, na modalidade lançamento de dardo, no Campeonato Mundial Escolar na República Theca. Mais uma aluna vitoriosa do projeto Minas Olímpica do professoar Abel Mendes.

Baile de carnaval para a terceira idade realizado no mês de fevereiro no Bora Bora.

Secretário de Esportes Gilfar e Edmar Nunes fazendo reformas e melhorias na quadra do bairro Santa Helena

Festa Juninha da terceira idade, realizada no dia 22 junho no poliesportivo Leopoldo Bessone

No mês de março foi realizado em Lagoa da Prata pela Secretaria de Esporte a 7ª edição dos Jogos Mirins, evento que contou com a participação de 16 equipes de cidades vizinhas e 8 equipes de Lagoa da Prata. Cerca de 400 atletas entre 6 e 17 anos, no masculino e feminino, participaram nas categorias Futsal, Handebol e Basquete.

Doação de material esportivo para clubes, projetos e escolinhas de Lagoa da Prata.

Sr. Silas em 1º lugar e Sr. Dico em 2º lugar Ainda no atletismo tivemos os corredores de rua da categoria master (55 a 59 anos) como campeões na corrida de pentecostes em Divinópolis.

O atletismo de Lagoa da Prata é referência em todas as modalidades e categorias. De Lagoa para o mundo formando campeões!


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.