Caderno Especial do Aniversário de Uberaba

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sexta-FEIRA UBERABA, 2 de março DE 2018

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UBERABA, sexta-feira, 2 DE março DE 2018

Tulio micheli


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PREFEITO GARANTE REFORMA IMEDIATA DO CALÇADÃO E CONSTRUÇÃO DE CINCO VIADUTOS PARA MELHORAR O TRÂNSITO Garantindo que até o final do seu mandato “muita coisa boa” vai acontecer em Uberaba, o prefeito Paulo Piau anuncia várias obras para este ano. Revela que tem projeto para a construção de cinco viadutos para melhorar o trânsito urbano e assegura que vai pegar firme nas obras do calçadão e em ações para garantir a segurança da população Da Redação JM – Nesse aniversário de Uberaba, o que o uberabense pode esperar da sua administração em 2018, em termos de ações e programas? PAULO PIAU – Nós temos mais de cem projetos prioritários em várias áreas, definidos com a ajuda da comunidade, não apenas para 2018, mas para todo o período de governo. Em linhas gerais, destaco a nossa ação na Saúde Pública, com o fortalecimento do Hospital Regional, a redução da fila eletrônica, melhor atendimento nas UPAs e nas ações de fortalecimento do programa de Saúde da Família, dentre outros. Na Educação, precisamos melhorar a oferta de vagas de zero a 5 anos. Embora Uberaba esteja acima da média nacional, ainda temos demanda, principalmente nos novos bairros. Precisamos melhorar a nossa malha vária. O asfalto de Uberaba é velho e não aguenta mais apenas o recapeamento. Vamos revitalizar o nosso Centro, o Calçadão, a Praça Rui Barbosa, além das melhorias na questão da mobilidade urbana. Com os novos ramais do BRT, será cada vez mais importante a construção dos viadutos para melhorar o nosso fluxo. Destaco, também, o avanço que precisamos no projeto Intervales, que inclui o Aeroporto de Cargas e Passageiros. Essa é uma demanda regional, com recursos privados, mas que nos surpreendeu

pela alta procura até mesmo internacional. Estamos fortalecendo as ações no Turismo, pois acredito no potencial de Uberaba para gerar emprego e renda nessa área tão pouco explorada na nossa cidade. Aliás, a geração de emprego é uma obsessão, principalmente o primeiro emprego, e para isso ampliamos a idade máxima e as vagas na Feti, para dar oportunidades aos jovens. Temos, ainda, a represa da Prainha para resolver de vez o problema da água e uma ação mais efetiva da prefeitura na questão da segurança pública, que não é responsabilidade das prefeituras, e sim do Estado e da União, mas nós, que já atuamos no preventivo, com o Esporte, com a Educação e a Cultura, vamos auxiliar em outras frentes também.

uma cidade segura, como andaram apregoando por aí. Não existe nenhuma cidade segura no Brasil, hoje, infelizmente. Todos nós ou sofremos ou conhecemos alguém próximo que já sofreu com esse problema, que é grave. Segundo dados do Governo do Estado, a criminalidade em Uberaba vem caindo, mas a população não sente isso nas ruas. É preciso agir. Até hoje estamos aguardando o governador receber a comitiva de Uberaba JM – Empara trabora a respontar desse Vamos revitalizar a s s u n t o , sabilidade de promover a o nosso Centro, o um pesegurança púdido que Calçadão, a Praça Rui f i z e m o s blica seja do Estado e da Barbosa e melhorar a logo após União, o que o mobilidade urbana” odaepisódio senhor consiRododera possível ban. Mesao Município fazer para mo não sendo responsabiliconter ou pelo menos mini- dade direta do prefeito, nós mizar a criminalidade em estamos agindo. Conseguimos nossa cidade? Quais as me- o 2º Batalhão da Polícia Milididas que o senhor pretende tar, o aumento do efetivo dos tomar nessa área? policiais rodoviários federais; PAULO PIAU – É im- buscamos recursos em Braportante esse tema porque eu sília para melhorar a infraesnunca disse que Uberaba é trutura da Polícia; trouxemos

de volta o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado – Gaeco, que estava fora de Uberaba há dez anos, a Delegacia de Homicídios, tudo isso com atuação política junto ao Estado e à União. Claro, se conseguirmos mais recursos, vamos na direção de armar a nossa Guarda Municipal. Já autorizei o concurso para o aumento do efetivo da GM e estamos caminhando a passos largos para a implantação de um sistema de segurança monitorada, mais avançado do que o modelo do Olho Vivo, com analíticos e softwares de identificação, por exemplo, de veículos roubados. Não podemos ficar de braços cruzados, mas temos todos, inclusive a comunidade, que cobrar do Governador do Estado, da União que criou o Ministério da Segurança Pública, tamanho o problema no país. E, ainda, ir além da nossa responsabilidade constitucional para auxiliar naquilo que a gente pode avançar para melhorar a sensação de segurança da comunidade.

JM – As obras do BRT na avenida da Saudade começaram a deslanchar depois do carnaval, mas ainda não avançaram em outros setores, como Abílio Borges, no outro extremo. Vai dar tempo de concluir as obras até 21 de junho, que é a nova data estabelecida pela PMU? Além disso, terminados esses dois novos eixos, será possível iniciar as obras complementares de outros dois eixos ainda no seu governo? Projetos nesse sentido já estão prontos? PAULO PIAU – O BRT foi vítima da recessão do país, que culminou nas dificuldades financeiras das construtoras. A prefeitura, em acordo com a Caixa, precisou assumir as obras, que estavam muito atrasadas. Já avançamos muito mais desde então. Acreditamos que nesse ritmo possamos cumprir o prazo, sim. Pode até haver algum imprevisto, mas estamos trabalhando forte para cumprir. Havia uma perspectiva para a execução do eixo norte, mas não há projeto nesse sentido.

JM – Recentemente, foram entregues à população duas praças completamente repaginadas, a Jorge Frange e a Carlos Gomes, ambas realizadas em parceria com a iniciativa privada. Acredita que esse sistema de parceria pode ser ampliado para outras praças de bairros e residenciais do Minha Casa Minha Vida, assim como para outros projetos em benefício da população? PAULO PIAU – Claro, a praça é da comunidade. É um modelo que vem dando certo e que queremos, sim, ampliar. As próximas parcerias já estão alinhavadas com a Praça da Paz e a Praça da Bíblia. Não podemos perder nossos espaços de convivência. A ONU afirma que uma cidade feliz é uma cidade em que o povo está nas ruas, convivendo. As praças são o melhor modelo desse conceito. Os equipamentos públicos, a nova iluminação de LED, as academias ao ar livre, tudo isso é para a comunidade e ela deve nos ajudar a zelar do patrimônio que é dela. JM – O senhor tem afirmado que não vai desistir de trazer o gasoduto para Uberaba, muito menos vai desistir da fábrica de amônia. Quais são seus planos e quais as possibilidades reais desses planos se concretizarem? Já existem interessados ou pelo menos um trabalho técnico de prospecção para nortear as ações da sua administração? PAULO PIAU – Estamos afinados com a FGV – Fundação Getulio Vargas, para uma compilação de todos os dados já feitos sobre o empreendimento, tanto pela Petrobras, Toyo Setal e outros envolvidos para fecharmos um estudo técnico de viabilidade, volta-

do para investidores. Baseado na certeza da importância do agronegócio, o principal negócio deste país, mola mestra da economia. Segundo dados da FGV, nós estamos importando 75% de todo o adubo consumido no país. Isso é um absurdo, inaceitável. Nenhum país minimamente sério tem uma condição dessa natureza em algo tão estratégico, o que mostra que existe mercado. Precisamos alterar a parte fiscal e a parte de política de preço do gás, que já está sendo alterada, para que os investidores tenham ânimo para investir aqui. A Planta de Amônia tem mercado. No caso do fertilizante nitrogenado, que precisa da amônia, quase 90% é imJM – Quais serão as próportado, o que é estarrecedor ximas etapas de trabalho por um lado e por outro mostra para viabilização do projeto que, se tem mercado, tem neIntervales ainda no seu gogócio, isso é uma lei universal. verno? Como pretende conA Planta de Amônia tem viaseguir investidores para a bilidade de ser construída construção e gestão do aeroaqui, sim. E o gasoduto tem várias iniciativas; a última de- porto de cargas? Em quanto las é vindo de Ribeirão Preto. tempo esse projeto poderá Portanto, as coisas estão ca- estar operando 100%? PAULO PIAU – Depois minhando. Claro que houve atraso, recuo da Petrobras, mas da outorga concedida pelo Goem função da Lava Jato, que verno Federal, estamos na fase do estudestruiu todos do docuos seus planos e . A Planta de Amônia m e n t a l projetos ligados à área de fertitem viabilidade de ser de viabilidade lizantes. Mas, construída aqui, sim. econômicom a retomada da economia, da E o gasoduto tem ca. O inconfiança no país várias iniciativas” vestidor, principale com todo esse mente o potencial de mercado, acredito no investimento internacional, precisa de daprivado para viabilizar a nos- dos, números que comprovem sa Planta de Amônia. Estamos tudo aquilo que nós dissemos cumprindo o nosso dever de no vídeo. A nossa região é casa aqui até mais do que rica, é grande, tem potencial, teríamos como responsabi- infraestrutura e tem tudo para lidade diante de tudo isso dar uma aula para o país. Esque aconteceu na Petrobras tamos contratando uma cone que nos prejudicou, mas sultoria de renome internacional para esse estudo para estamos confiantes.

cretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo são do empresariado local. Nós não distinguimos tamanho, damos a mesma oportunidade para todos que quiserem empreender e gerar emprego em Uberaba com foco principal ao nosso empreendedor. Isso também foi uma quebra de tabu que se mostrou muito acertada. Com a retomada da economia brasileira, acredito que muitas empresas que estavam aguardando o país da recessão vão retomar seus investimentos, e nós estamos prontos para receber e ajudar naquilo que for preciso para gerar emprego à nossa comunidade. a comprovação daquilo que a gente sabe, o grande potencial do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Agora, prazo depende da economia brasileira, que já está dando sinais de recuperação. O Intervales como modal de logística já existe em parte, temos a VLI, a rodovia duplicada, temos investimentos de empresas previstos para a área e estamos buscando o Aeroporto. Posso assegurar que a coisa pegou e a procura tem sido muito grande. O importante é unir a região, através do G70, que são os 70 municípios, e fazer o dever de casa que, com certeza, o potencial é enorme. JM – Geralmente, a conquista de grandes empreendimentos para Uberaba ganha destaque na mídia, mas pouco ou quase nada se diz sobre os projetos voltados para pequenos e médios negócios. A PMU tem um programa específico para incentivar o pequeno empresário local, de modo a gerar emprego e renda? O que o

JM – Para encerrar, o Município tem feito nesse Calçadão da Artur Machasentido e quais os resultados do e a reforma do Centro alcançados até agora? da cidade vão sair do papel PAULO PIAU – Tem raainda neste semestre? Quais zão, às vezes o impacto do que as outras obras que o senhor vem de fora ganha mais destaque na mídia, mas na verdade pode garantir início ou cono maior trabalho desenvolvido clusão até o próximo aniveré justamente com as empresas sário de Uberaba? PAULO PIAU – A obra locais. Desde o início do governo, em 2013, a orientação foi vai começar sim, pois já tede mudar a ótica que prevale- mos dinheiro e a licitação cia até então. Nós priorizamos está na fase final de recurso. A concluas empresas são depenlocais, prinAté o final de 2020, de desse cipalmente as início, pois micro, pequemuita coisa boa nas e médias todo o está prevista para para empresas, conjunto arUberaba” com os mesquitetônico, mos incentique engloba vos que eram oferecidos às em- o Calçadão, o quarteirão após presas de fora. Mudamos a Lei a Avenida Leopoldino de Olide Incentivo, oferecemos áreas veira e a Praça Rui Barbosa, com escrituras, melhoramos o prazo de obra total é de seis o atendimento ao empresário, meses. O que determinei é criamos a Sala do Empreen- que devemos começar e terdedor e fomos reconhecidos minar primeiro, o Calçadão, pelo Sebrae. Por essas ações, porque ali é uma obra que Uberaba venceu duas vezes o não pode parar sob hipótePrêmio Prefeito Empreende- se nenhuma. Só o Calçadão dor do Sebrae. Hoje 80% da terá um prazo máximo de demanda e atendimento da Se- pouco mais de dois meses.

O combinado é trabalhar dia e noite. Precisamos contar com a paciência da comunidade, sobretudo de quem mora ali no entorno, embora tenham poucas residências, porque a ordem é trabalhar dia e noite mesmo. Estamos buscando um contrato muito rígido, com cláusulas rígidas, porque, se o primeiro colocado na licitação não aceitar nossas regras, que deixe para o segundo, e assim sucessivamente. Quem pegar ali tem que começar e terminar sem nem um dia de atraso, de tolerância ou alteração do cronograma. Não vamos aceitar. Não podemos prejudicar a população, sobretudo os comerciantes, pois queremos um centro revitalizado para servir a todos. Temos outros projetos que esperamos começar este ano. A Câmara já aprovou o financiamento junto à Caixa Econômica Federal, mas houve um atraso por problemas internos da CEF, O que já está sendo retomado. A prioridade são os projetos que temos dos viadutos, para melhorar o trânsito, principalmente o da Fernando Costa; a recuperação da malha asfáltica de Uberaba, a canalização de córregos, como o Barro Preto, dos Carneiros e da Saudade. Temos cinco projetos de viadutos. Com a liberação dos recursos, temos tudo para iniciar este ano, sim, esses projetos, claro, dentro das prioridades. Portanto, até o final de 2020, muita coisa boa está prevista para Uberaba. Eu acredito demais nesta terra, nesta gente, e espero que no nosso bicentenário, nós possamos entregar uma cidade melhor para nossa comunidade, dentro do conceito de cidade bonita, verde e segura.


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Intervales pode alavancar desenvolvimento econômico regional, defendem secretários Thassiana Macedo Após anos de retração, a economia brasileira voltou a dar sinais de crescimento no final de 2017, com uma leve retomada do consumo, e iniciou o ano com perspectiva de uma recuperação mais vigorosa, em razão da expectativa de queda mais acentuada da inflação, aumento dos investimentos e cenário externo positivo. Tudo isso é visto em Uberaba como favorável para a retomada dos planos de crescimento econômico e desenvolvimento. Para o secretário de Obras, Planejamento e Gestão Urbana, Nagib Facury, assim como o país, Uberaba também sofre com a crise, que já dura cerca de três anos. Ele ressalta, porém, que, mesmo com toda dificuldade e os reflexos na economia, o município conseguiu aprovar em 2017 cerca de 485 mil metros quadrados de área construída e investimentos da ordem de R$1,7 bilhão. “Trabalhamos com perspectivas maiores para 2018 e acreditamos que a crise ficará no

Terminal integrador da VLi é a locomotiva do projeto Intervales, que pretende interligar a região por terra e ar com o mundo passado. Esse otimismo vem tes para Uberaba, como o BRT a expansão das empresas já de aprovações de leis, como a e a avenida Interbairros, previs- instaladas e garantir ao empreda APA do Rio Uberaba, que tas para o primeiro semestre de sário que Uberaba é um bom traz grande abertura ao merca- 2018”, completa o secretário. lugar para investir. do imobiliário, e o Plano DireJá o secretário de DesenEntre os projetos de maior tor da Intervales, que será uma volvimento Econômico e Tu- relevância, José Renato Gonova possibilidade para gran- rismo, José Renato Gomes, mes também destaca o Projeto des investimentos”, avalia. afirma que sua pasta vem tra- Intervales, que criará um dos Nagib Facury destaca que, balhando em diversos proje- maiores polos de logística da neste momento, o objetivo é tos importantes para Uberaba, América Latina. “Mais de 50 modernizar o Plano Diretor como a negociação para a vin- empresários procuraram a Seda cidade, tratado como porta da de empresas de grande por- cretaria em busca de informade entrada para o crescimento. te para o município. Segundo ções, demonstrando interesse. “Também temos a expectativa ele, o objetivo em 2018 é bus- Da mesma forma, acompanhada entrega de obras importan- car investimentos, incentivar mos o projeto do Aeroporto de Cargas, no qual alguns grupos de investidores, nacionais e internacionais, estão de olho. E temos ações importantes, também, no Turismo, que é um segmento de grande interesse para a economia, no qual o governo municipal está apostando e investindo. Nesse aniversário de Uberaba, trabalhamos para dar o presente à comunidade, pois o foco desse trabalho é a geração de emprego e renda para a população”, reforça Gomes. Intervales pode se tornar um dos maiores polos de logística da América Latina

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Custeio do Hospital Regional continua à espera de solução Entre as tantas responsabilidades de uma administração municipal, talvez nenhuma exponha mais uma gestão do que a saúde. Em Uberaba, são muitas as queixas, especialmente em relação à demora para marcação de consultas e exames, assim como a falta de vagas em leitos hospitalares. Mas esses problemas já foram piores até passado recente. A implantação de um sistema de fila eletrônica para diminuir o tempo de marcação na consulta ainda desafia ajustes para o bom funcionamento. Recentemente, o próprio prefeito Paulo Piau cobrou agilidade no processo. Em janeiro passado, foi anunciada uma ação para agilizar os exames laboratoriais, com a intenção de tirar da fila 75.402 exames pendentes, o que representa 70% da demanda de Patologia Clínica da rede municipal de Saúde. Pelo menos essa é a previsão do secretário de Saúde, Iraci Neto. Em 2017, a gestão das UPAs passou a ser responsabilidade da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba

(Funepu) e, desde então, as reclamações dos usuários do Sistema Único de Saúde caíram substancialmente. Sobre a falta de leitos do SUS, a esperança continua voltada para o funcionamento pleno do Hospital Regional (HR) José Alencar. De setembro de 2017 até o final de janeiro de 2018 foram realizadas 1.221 consultas. Só em janeiro foram 927, sendo 892 atendimentos a pacientes de Uberaba e 35 de outros municípios. A promessa é de que logo o HR contará com 116 médicos de diversas especialidades e ampliará sua capacidade de atendimento aos pacientes de Uberaba e região. Entre outras situações que ainda precisam ser acertadas, o esquema de custeio do HR é o mais complicado. Os acertos burocráticos com municípios vizinhos vêm se arrastando desde a abertura oficial do Hospital, em agosto do ano passado. E, ainda nesse setor, o município sofre com a falta de repasse financeiro pelo Estado. A estimativa é de que Minas tenha uma dívida de R$45 milhões com Uberaba.

Falta de repasses do Estado atrasa a ampliação do atendimento no HR


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Marcos Montes parabeniza Uberaba pelos 198 anos e presta contas sobre suas ações para a cidade Da Redação Majoritário em Uberaba – cidade onde possui o domicílio eleitoral e reside sua família, o deputado federal Marcos Montes (PSD) tem sido um grande aliado da administração municipal, ora intermediando reuniões com ministros de Estado, em Brasília, ora apresentando projetos e defendendo os interesses do município nos mais diversos órgãos federais, ora destinando emendas individuais e participando da destinação de emendas coletivas da bancada de parlamentares federais mineiros. “A situação dos municípios é muito difícil” – reflete Marcos Montes, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. Apesar dos pesares – segundo ele, Uberaba ainda se encontra em situação econômica e social melhor que a grande maioria das cidades brasileiras, o que ele atribui à seriedade, ao respeito e à competência com que o atual prefeito tem conduzido o governo municipal. Para se ter uma ideia do apoio de Marcos Montes, em novembro do ano passado, o prefeito Paulo Piau e o secretário de Saúde de Uberaba, Iraci Neto, chegaram a convidar os representantes de segmentos da saúde beneficiados com emendas individuais do deputado, para divulgar valores e agradecer. Confira a íntegra da entrevista... JORNAL DA MANHÃ – É natural que os cidadãos questionem seus representantes sobre o que estão fazendo pela cidade onde

moram. Neste 2 de março, aniversário de Uberaba, nós perguntamos ao senhor o que tem feito pelo município. MARCOS MONTES – Antes de responder, eu gostaria de parabenizar a população de Uberaba pelo aniversário de 198 anos da cidade e desejar que este seja o início de tempos bem melhores para todos. Em segundo lugar, gostaria de lembrar que Uberaba é a minha base familiar, política, profissional. É onde moro desde criança, onde formei família, me casei, tive duas filhas, onde está meu porto seguro. Portanto, desejo tudo de bom pra esta terra querida, e não poupo esforços para colaborar. Gostaria de fazer muito mais. Entretanto, faço o que posso, o que está ao meu alcance. E fico feliz por ter a oportunidade de retribuir o que já ganhei de Uberaba. Respondendo à sua pergunta, as ações são as mais abrangentes, mas destaco a destinação de emendas individuais e participação nas emendas coletivas da bancada de deputados federais de Minas Gerais. E, ainda, a conquista de projetos especiais reivindicados pelo município, como equipamentos para hospitais, agricultura, instituições que trabalham com inclusão social, entre outros. E atuo nas articulações que aproximam as lideranças de Uberaba e os ministérios e órgãos federais. JM – O que o senhor prioriza? MM – Procuro atender às reivindicações, pois entendo que ninguém melhor do que quem lida diretamente com

pitais, receberam recursos o Instituto de Cegos, Serviço Integrado de Saúde Maria Modesto Cravo, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), Apae Uberaba, Centro de Testagem Anônima, Centro de Saúde Professor Eurico Vilela, Unidade Regional de Saúde/URS São Cristóvão, Unidade Regional de Saúde/ URS Boa Vista, Unidade de Pronto-Atendimento/UPA Parque do Mirante, Unidade de Pronto-Atendimento/UPA São Benedito.

REcONHEcImENTO PÚBLIcO – Em novembro do ano passado, o governo municipal reuniu representantes de prestadores de serviços na Saúde para informar sobre ações do deputado federal Marcos Montes para o setor em Uberaba. Secretário Iraci Neto (ao microfone) disse que a soma das emendas de MM foi maior que os recursos destinados pelo governo de Minas ao longo de 2017

os problemas para definir as prioridades. Mas, de um modo geral, priorizo a Saúde, a Segurança Pública, Educação, Esportes, Infraestrutura, Agricultura – especialmente a Familiar. JM – Em novembro do ano passado, o governo municipal convidou os representantes de entidades da Saúde para anunciar os valores de emendas destinadas pelo senhor. De acordo com o secretário da área, Iraci Neto, só em 2017 foram liberados R$5 milhões 753 mil 279, fora outros quase R$2 milhões destinados diretamente a instituições. O que mais chamou sua atenção no encontro? MM – O que me surpreendeu, e acho que também aos demais presentes, foi a informação de que a soma dos recursos que destinei à Saúde

em 2017 foi maior do que tudo o que o governo do Estado destinou para a Saúde da cidade ao longo do ano. Fiquei triste em saber que o governo mineiro estava atrasando os pagamentos aos prestadores de serviços da Saúde. Não é por acaso que as emendas parlamentares têm sido um apoio da maior importância para os municípios. JM – Nesta mesma reunião, o prefeito disse que o senhor teve participação decisiva na abertura do Hospital Regional, trabalhando para que o governo federal liberasse os recursos que estão permitindo seu funcionamento. Além disso, o senhor já apresentou emendas para o HR? MM – O próprio prefeito informou que a primeira emenda destinada ao Hospital

Regional foi de minha autoria. Mas, também, fico honrado de ter contribuído com os hospitais de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Beneficência Portuguesa, Universitário da Universidade de Uberaba (Uniube), da Criança e Doutor Hélio Angotti. A situação dos hospitais brasileiros, de um modo geral, é muito ruim, e tenho convocado os companheiros do Congresso Federal para que aprovemos medidas de urgência que possam amenizar a situação. Enquanto isso, estou sempre em contato, procurando saber suas prioridades e procurando atender na medida do que me é possível. JM – Que instituições foram beneficiadas com suas emendas na Saúde? MM – Além dos seis hos-

JM – Além da Saúde, o que o senhor destacaria sobre emendas para Uberaba? MM – Consegui recursos, por exemplo, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para aquisição de patrulha mecanizada e implementos. Lembro que a Patrulha Mecanizada é usada para atender a mais de 200 pequenos produtores da agricultura familiar em Uberaba, o que me deixa feliz de colaborar. Também consegui recursos do Ministério do Esporte para uma série de ações, inclusive para aquisição de equipamentos para a Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu). Do Ministério da Justiça consegui recursos para aquisição de veículos para as polícias Civil e Militar, entre outros. JM – O que o senhor pretende defender e fazer, caso reeleito? MM – Se reeleito, vou dar prosseguimento às ações do atual mandato, inclusive no que se refere à defesa intransigente de projetos que promovam a melhoria econômica do País.


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Segurança em xeque

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O QUE ESPERAR DAS FORÇAS DE SEGURANÇA?

Da Redação

Renato Manfrim

Os uberabenses dificilmente vão esquecer o espetacular assalto à sede da empresa de transporte de valores Rodoban. Na madrugada do dia seis de novembro de 2017, bandidos fortemente armados explodiram cofres da empresa, no bairro Boa Vista, levando pânico aos vizinhos. Quadrilha de, aproximadamente, 30 homens, utilizando armas de diferentes calibres, incluindo fuzis e metralhadoras automáticas, roubaram de lá cerca de R$50 milhões. Durante a ação criminosa, os policiais militares não conseguiram se aproximar do local do crime, já que a quadrilha cercou ruas que dão acesso à Rodoban com cinco carros incendiados – produtos de crimes –, além de uma corrente com cadeados interditando a rua Espanha e vários “miguelitos” (objetos cortantes para furar pneus) em diversas ruas e avenidas da cidade, inclusive ao redor do quartel do 4º Batalhão da Polícia Militar, que ficou sitiado. O assalto teve repercussão nacional e colocou Uberaba na rota do crime organizado. Mas esse não foi o único caso a motivar a sensação de insegurança dos uberabenses. Sucessivas explosões de caixas eletrônicos, destruindo parte do prédio do Aeroporto local; sequestros violentos, como o da serventuária de justiça Maria Carolina Prata Zago (que ficou mais de

Para os comandantes das polícias Militar e Civil, atualmente, tem ocorrido queda nos índices de criminalidade, como, por exemplo, o número de crimes violentos. Isso porque, hoje em dia, há maior presença de policiais nas ruas, melhor estrutura do setor de inteligência e aumento do número de operações, resultando num maior número de prisões e respostas à sociedade. “Estamos cada vez mais intensificando operações e a presença de policiais militares nas ruas. Por isso, hoje não existe mais a figura do policial administrativo apenas”, ressalta o coronel Peres comandante da 5ª RPM. Ele observa, ainda, que os índices oficiais revelam redução da criminalidade em toda a região de Uberaba, no ano passado. Com relação à sensação de insegurança, objeto de queixas de boa parte dos uberabenses, o comandante da 5ª RPM avalia que as ocorrências de roubos a veículos e residências, por exemplo, estão “dentro da normalidade”. E destaca: “Mesmo com os números mais baixos, às vezes se tem a sensação de que a criminalidade é alta, porque um caso ou outro chama mui-

Assalto violento e ousado à sede da Rodoban trouxe pânico à população

Em fevereiro, o sequestro de Maria Carolina Prata Zago mobilizou as polícias e voltou a assustar a população

7 horas em poder dos bandidos, trancada no porta-malas do carro); mulher que matou a irmã a facadas e enterrou o

corpo no quintal de casa; homicídios noticiados frequentemente pelos meios de comunicação; furtos e roubos de veí-

culos registrados quase todos os dias fazem com que a população clame por investimentos efetivos em segurança.

ta atenção. Nossa maior preocupação é a proteção à vida e ao patrimônio. Já tivemos várias prisões de quadrilhas que atuam nesse campo e esperamos que essas pessoas continuem presas; esse é o nosso grande desafio”. Por outro lado, entre os dias 20 e 30 deste mês, deverá ser inaugurada a Delegacia de Combate ao Crime Organizado em Uberaba. É o que afirma o delegado chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, Heli Andrade. “Queremos estruturar melhor as ações policiais, dar melhores condições de trabalho e segurança aos policiais e, também, melhorar as informações e inteligência e, claro, cada vez colocar mais criminosos na cadeia”, ressalta. Com cinco delegados, 20 investigadores e oito escrivães, a nova delegacia deverá intensificar as ações preventivas, investigações de crimes e dar respostas à comunidade. “Vamos combater principalmente a criminalidade violenta, que merece uma resposta “dura” e imediata. O plantão vai funcionar na nova delegacia e, também, vamos melhorar muito, por exemplo, a segurança dos bairros São Benedito, Parque das Américas, Recreio dos Bandeirantes, Vila Santa Maria, Jardim Uberaba”, conclui o delegado Heli Andrade.

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Apesar das CRÍTICAS e atraso, MUNICÍPIO APOSTA NO BRT Marconi Lima

Bus Rapid Transit (BRT) é um tipo de sistema de transporte público baseado no uso de ônibus. Às vezes descrito como um “metrô de superfície”, o BRT visa a combinar a capacidade e a velocidade do veículo leve sobre trilhos (VLT) ou do metrô com a flexibilidade, o baixo custo e a simplicidade de um sistema de linhas de ônibus. Idealizado com um projeto nacional para ficar como um legado da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, pelo menos em Uberaba a conclusão do sistema se arrasta há alguns anos. A Prefeitura prorrogou, mais uma vez, o prazo para a conclusão das obras dos novos eixos do BRT. Inicialmente previstas para sete meses, as obras dos dois novos eixos já consumiram mais de 20 meses. Agora, a previsão é de concluir os Para abrir pista aos novos ônibus, várias árvores foram sacrificadas na av. da Saudade

Enquanto as obras não terminam, os acidentes e atropelamentos se multiplicam na avenida Santana Borges

Prefeitura teve de assumir a conclusão das obras do eixo sudoeste do BRT, este ano

trabalhos até 21 de junho. As constantes queixas da população, em especial dos comerciantes afetados pela demora nas obras, levaram o secretário de Planejamento, Nagib Facury, à Câmara Municipal de Uberaba (CMU) para esclarecer os motivos dos diversos

adiamentos no cronograma para a entrada em operação dos eixos Sudeste e Sudoeste do BRT. Não bastasse, a Prefeitura acabou assumindo parte do serviço deixado pela empreiteira, em especial na pavimentação e meio-fio na avenida da Saudade e adjacentes. No entanto, a expectativa é de que o BRT venha conferir maior agilidade no transporte público de passageiros, interligando os vários pontos da cidade, a preço de um único bilhete por viagem, quando todos os eixos estiverem em plena operação. Além dos dois novos eixos, outros dois faltarão para completar o sistema. Por outro lado, as reclamações que hoje surgem sobre o sistema de transporte coletivo urbano no município partem de pessoas de fora, e não dos usuários. Comerciantes do centro da cidade continuam lamentando o fim do estacionamento na avenida Leopoldino de Oliveira, o que, segundo eles, motivou o fechamento de muitos estabe-

Desde a implantação de pista exclusiva para o BRT, a avenida Leopoldino de Oliveira tem registrado inúmeros acidentes de trânsito

lecimentos naquela via e desvalorização dos imóveis na área que já foi a mais nobre de Uberaba. Comerciantes dos outros corredores por onde também passarão os novos eixos do BRT fazem coro com os colegas da região central, prevendo o fim dos estacionamentos nas vias e a perda de clientes para a concorrência nos bairros que ficam fora no sistema do BRT. Se por um lado o sistema de transporte público veloz trará maior comodidade e rapidez nos deslocamentos pelos usuários, por outro o estrangulamento do trânsito nas regiões afetadas pelo BRT motivam críticas e reclamações constantes de proprietários de veículos, incluindo caminhões pequenos usados para entrega de mercadorias. Com o estreitamento da pista da avenida Leopoldino de Oliveira, por exemplo, e a falta de sincronização semafórica, o tráfego na região central desafia a paciência dos motoristas.


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ENCHENTES CONTINUAM DESAFIANDO SOLUÇÃO DEFINITIVA Marconi Lima Alguns problemas de cidades-polo regionais estão na prestação de serviços, em especial transporte, saúde e educação. Outra grande dor de cabeça para as administrações municipais brasileiras que se sucedem e que preocupa os uberabenses surge quando nuvens pesadas anunciam a chegada de fortes chuvas. As águas que inundam, em especial, o centro da cidade motivam inúmeras reclamações. Anunciado como solução para o problema, o projeto Água Viva ainda não foi capaz de impedir a invasão na área central quando o volume de chuvas é maior. O professor Renato Muniz, em seu espaço quinzenal no Jornal da Manhã, escreveu que “as enchentes são comuns em diversas cidades do mundo. Causam transtornos às pessoas, acarretam prejuízos e destruição. Elas sempre aconteceram, mas o tipo de urbanização que predominou, principalmente nos países periféricos, agravou a situação devido às intervenções realizadas, como é o caso da estouvada impermeabilização, do insensato corte de árvores e da canalização dos cursos d’água”. Ainda segundo Muniz, a população da cidade de Uberaba sempre sofreu com as enchentes. Registros da imprensa local e estudos diversos apontam que ocorreram enchentes durante todo o século XX, agravando-se a situação a partir da década de 1990.

“É importante saber que as enchentes não são ‘problemas ambientais’, mas fatos socioambientais, situações criadas pelas próprias sociedades, cujas respostas estão na dependência do entendi-

mento da história dessas mesmas sociedades e sua relação com a natureza. Não adianta culpar as chuvas, tampouco buscar soluções mágicas, mirabolantes, técnicas, transitórias e caras, é preciso ampliar

o debate, estudar mais o assunto e envolver a comunidade”, ressalta Muniz. Em novembro do ano passado, o prefeito Paulo Piau (MDB) determinou às secretarias de Obras e Planejamen-

to e Gestão Urbana que sejam feitos novos estudos na busca de alternativas para minimizar o impacto para a população quando a cidade sofrer com chuvas de grandes proporções. “Dentro do projeto Água

Viva foi feito aquilo que deveria ser feito, com recomendação técnica do Banco Mundial, da Caixa Econômica Federal, do Ministério das Cidades, todos analisaram”, disse Piau à época.


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SEM ESCOLAS E UBS, MINHA CASA MINHA Programa muda público-alvo VIDA DESAFIA SOLUÇÕES ALTERNATIVAS Geórgia Santos

O programa Minha Casa Minha Vida trouxe teto para milhares de uberabenses. Mas, na esteira do incremento que representou no setor da construção civil e da felicidade que proporcionou às famílias que conseguiram a casa própria, trouxe, também, grandes problemas para a administração pública. A maioria dos novos conjuntos habitacionais foi construída em áreas distantes do centro urbano, forçando o Poder Público a encontrar soluções para o transporte público dos moradores, assim como remanejar alunos residentes nesses novos bairros para escolas mais próximas de suas casas, dentre outros itens que desafiaram alternativas rápidas. No cenário nacional, Uberaba é destaque entre os municípios brasileiros quando se trata de construção de unidades habitacionais pelo programa oficial do governo federal. Nos últimos anos, foram vários bairros novos na cidade, mas muitos ainda não possuem equipamentos públicos, como escolas, Cemeis, unidades de saúde, praças, entre outros. Porém, com a alteração na legislação que trata do assunto, nenhum novo conjunto residencial poderá ser viabilizado sem que o projeto inclua especificamente a instalação de todos os equipamentos públicos. Aqueles que foram construídos pelas regras anteriores terão de

passar por adequação, como no caso dos residenciais construídos na cidade. No entanto, em breve Uberaba poderá receber recursos para a construção de equipamentos públicos em alguns bairros recémconstruídos pelo programa Minha Casa Minha Vida. A verba será repassada pelo Governo Federal para diversos municípios, incluindo Uberaba. É o que garante o diretor do Departamento de Melhorias Habitacionais do Ministério das Cidades, Marcos Jammal. “Em gestões passadas, o foco não eram os equipamentos públicos. Primeiro, pensava-se em terminar as casas, para depois pensar na construção de escolas e unidade de saúde, por exemplo. Diante disso, o Ministério das Cidades está desenvolvendo um novo programa,

com R$935 milhões de recursos, para a construção de equipamentos públicos, e Uberaba será beneficiada” – garante Jammal, que presidiu a Cohagra. Vale lembrar que, apesar de muitos bairros recémentregues na cidade não contarem com a estrutura necessária para atender a população, a Prefeitura vem tentando alternativas para atender à demanda da população, como no caso do transporte de alunos para as escolas mais próximas às suas casas. O atual presidente da Cohagra e vice-prefeito, João Gilberto Ripposati,

considera a falta dos equipamentos públicos uma enorme preocupação e garante que essa será uma prioridade do governo municipal para 2018. “Estamos correndo atrás de soluções; inclusive, recentemente, em visita a Uberaba, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, fez compromisso para a liberação de recursos para a construção de Cemeis nesses novos bairros que surgiram a partir do programa Minha Casa Minha Vida. Acredito que teremos novidades sobre o assunto em breve”, reafirma o presidente da Cohagra.

Sem recursos do Governo Federal para novos empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, na faixa 1, a Cohagra desenvolve ações para a faixa 1,5. De acordo com o presidente da autarquia e vice-prefeito, João Gilberto Ripposati, nas próximas semanas serão lançadas unidades da faixa 1,5 até três. O presidente explica que, no Programa Minha Casa Minha Vida a faixa 1, que contempla pessoas com renda de até R$1.800, já foram entregues mais de nove mil casas em Uberaba e outras duas mil unidades serão liberadas. “Já a faixa de um e meio é uma modalidade nova, mais ágil e prática. Contempla aqueles que não conseguiram se encaixar na faixa um e o valor da prestação é fixado de acordo com uma análise financeira sobre o interessado”, explica. Ripposati revela que a Cohagra procurou algumas empresas e muitas delas manifestaram interesse nessa nova etapa do programa habitacional. Além disso, a Cohagra vai realizar um fei-

rão, no qual os interessados terão o perfil analisado para efeito de enquadramento nas regras dessa faixa 1,5. Dentre os obstáculos aos interessados em conseguir a casa própria agora, Ripposati destaca que a pessoa não pode ter restrições bancárias, nem o nome inserido em órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. “Se a pessoa se encaixar no programa, terá o acesso imediato e fechará contrato em seguida”, diz. Segundo o presidente, a Caixa Econômica Federal, que realiza o financiamento, também já se posicionou de forma favorável. Sendo assim, a expectativa é boa quanto ao programa, que, inclusive, está sendo adotado por município da região. Contudo, Ripposati ressalta, mesmo sem previsões de recursos para a faixa 1, aquelas pessoas que possuem o Número de Identificação Social (NIS) precisam continuar atualizando os dados, pois a qualquer momento pode haver um novo anúncio de recursos. (GS)


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