Especial Dia dos Pais 2019

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UBERABA, QUARTA-FEIRA, 7 DE AGOSTO DE 2019

FOTO/BÁRBARA E RAMON MAGELA

ALESSANDRO COM LARA E LUCA


2 QUARTA-FEIRA

UBERABA, 7 DE AGOSTO DE 2019

O QUE FAZ UM HOMEM SER O PAI IDEAL Autora do livro “Pais Responsáveis Educam Juntos” (Mundo Cristão), a educadora Cris Poli considera indispensável a participação dos pais na criação dos filhos. Conhecida popularmente como a “Supernanny” brasileira, ela frisa que não existe um modelo de “pai ideal”, mas alguns fatores fazem toda a diferença no bom relacionamento entre pais e filhos, contribuindo decisivamente para a formação de adultos responsáveis, além de saudáveis física e mentalmente.

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Interesse e participação na vida da criança O pai deve dispensar pelo menos uma parte do seu dia ao convívio com o filho, dando-lhe atenção e se interessando pela vida da criança, sendo capaz de impor limites tanto quanto estimular e elogiar os acertos dela.

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Autoridade não é autoritarismo Alguns homens costumam confundir autoritarismo com masculinidade e se tornam pais tiranos, que se impõem por meio dos gritos e das ameaças. Os pais não devem se impor pela força, ou pela intimidação, porque podem criar filhos tímidos, introvertidos e incapazes de amar. Limites devem ser construídos – e não impostos.

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Papel correto A escritora Cris Poli diz que o erro mais recorrente dos pais é não tomar uma postura em relação à educação dos filhos. “A ausência, a falta de posicionamento e de autoridade são uma carência muito forte”, diz ela. Essa regra vale não só para a hora de tomar decisões, mas também para os afazeres miúdos e os cuidados do dia a dia, como o banho, a comida e as brincadeiras.

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Demonstração de carinho Não basta suprir as necessidades materiais dos filhos. É preciso que os pais entendam a necessidade de demonstrar carinho verdadeiro. Não basta levar um chocolate ou comprar o brinquedo pedido pelo filho. Mais importante é um abraço, um beijo, uma partida de futebol juntos. Gestos de amor e carinho fortalecem os laços entre pai e filho e tornam as crianças confiantes.

Cuidado com a permissividade Assim como o autoritarismo, a permissividade excessiva é altamente prejudicial aos filhos. Essa é uma característica comum a pais ausentes ou que não querem assumir responsabilidades. Segundo Cris Poli, os pais demasiadamente permissivos deixam de se posicionar e preferem deixar o filho fazer tudo o que quer. “É aquele pai que costuma dizer: ‘vê com a sua mãe’ e nunca toma as decisões”, diz a “Supernanny”.

Bom exemplo O pai deve ter sempre em mente que a educação não se resume ao que se fala, mas ao que se faz. A criança tende a imitar os adultos. Daí a importância de ser um bom exemplo para o filho, sempre. Para ser um bom pai é preciso procurar, antes, ser um bom ser humano.

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Presença paterna é essencial ao desenvolvimento sadio da criança As crianças em situação de abandono afetivo podem apresentar disfunções nos comportamentos sociais e distúrbios emocionais LARISSA PRATA CIABOTTI SANTOS

A emoção humana se origina nas relações primárias e na maneira como a primeira infância é vivida. Por isso, as crianças em situação de abandono afetivo podem apresentar disfunções nos comportamentos sociais e distúrbios emocionais. As informações são da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie), que coloca o temor pela rejeição no papel central. “A figura masculina tem contribuição única para um desenvolvimento emocional positivo e seguro. O pai tem tendência a brincadeiras e comportamentos que desafiam a criança a ultrapassar seus limites; fala sobre regras e impõe limites de modo peculiar. Por esses e por tantos outros motivos, a presença do ‘pai’ é de extrema importância”, explica a pedagoga Pollyana Maria dos Santos Bessa, que é também diretora de conceituada escola infantil em Uberaba.

A pedagoga Pollyana Bessa explica que a ausência do pai gera diferentes impactos no desenvolvimento infantil

Nesse sentido, a figura paterna é fundamental para o desenvolvimento infantil, para que a criança se sinta acolhida, tenha autoestima elevada e estabilidade emocional. Em contrapartida, a ausência do pai influencia diretamente na maneira como o jovem lidará com relacionamentos pessoais, familiares e profissionais, uma vez que o abandono paterno gera sentimento de inadequação, instabilidade emocional e comportamento hostil. Pollyana Bessa analisa que a ausência do pai gera diferentes impactos no desenvolvimento da criança. “O primeiro deles é o emocional, que, consequentemente, influenciará no desenvolvimento cognitivo e comportamental junto aos colegas e adultos com os quais convive, podendo ainda gerar insegurança ou até mesmo agressividade”, pontua.

Ainda de acordo com a SBie, os problemas emocionais associados ao abandono paterno são ansiedade social, dificuldade na escola nas relações com os colegas, falta de confiança, baixa autoestima, depressão e agressividade. Para que a criança se sinta amparada e acolhida, é necessário fazer mais do que apenas a presença física: especialistas indicam que o tempo juntos entre pai e filho tenham mais qualidade do que quantidade, provocando lembranças agradáveis no futuro adulto. Além disso, a presença paterna jamais poderá ser delegada ou compensada por bens materiais, como presentes e viagens, até porque, na adolescência, os filhos buscam na figura masculina um modelo para se identificar, no caso dos homens, e para as mulheres a figura paterna gera autoestima e segurança.

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OS DESAFIOS DAS MULTITELAS NO AMADURECIMENTO DOS FILHOS Manual da Sociedade Brasileira de Pediatria aconselha uma espécie de “dieta midiática”, comparada a reeducações alimentares LARISSA PRATA CIABOTTI SANTOS

A (r)evolução tecnológica trouxe inúmeros benefícios à população mundial. Com ela, também muitos desafios se tornaram parte de nosso cotidiano, sobretudo com relação ao limite. Algumas redes sociais já têm notificações e alertas para usuários que passam demasiado tempo no acesso, por exemplo. Mas e quanto aos filhos? A grande questão é se pais estão delegando a educação dos filhos à tecnologia. “O olho no olho foi substituído pelo olho na tela; as formas de conversar e interagir perpassam pelas redes sociais e, gradativamente, vão ocupando o lugar do toque, do beijo, do abraço, aumentando cada vez mais o número de famílias que perdem a capacidade de construir e manter diálogo e interação entre seus integrantes, cada dia mais conectados, porém desconectados um do outro, pelo comportamento de ausência produzido com o constante uso de tecnologia digital, que acaba afetando a relação entre pais e filhos”, analisa a psicóloga clínica Priscila Brito. A Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou manual com orientações para que médicos,

pais e educadores saibam lidar com os impactos da tecnologia e do mundo digital na saúde de crianças e adolescentes. Ele sugere uma espécie de “dieta midiática”, comparada a planos de reeducação física ou alimentar, quando o empenho e apoio dos pais é fundamental. Segundo o documento, o uso excessivo da tecnologia por crianças e adolescentes está ligado ao aumento da ansiedade, à dificuldade de estabelecer relações sociais, ao estímulo à sexualização precoce, ao cyberbullying, ao comporta-

mento violento ou agressivo, aos transtornos de sono e de alimentação, ao baixo rendimento escolar, às lesões por esforço repetitivo e à exposição precoce a drogas, entre outros. Nesse sentido, alguns pais acabam terceirizando a educação dos filhos na tentativa de ganhar tempo para seus afazeres ou até mesmo para momentos de tranquilidade e lazer, inserindo diariamente recursos digitais que, sem controle parental, podem levar a consequências de difícil reversão. “A tecnologia

é a nova chupeta, a nova babá que em vários momentos empobrece o contato humano. Alguns só percebem a proporção disso quando já não há diálogo ou até mesmo quando o filho se torna um estranho dentro de casa e os pais já não encontram ferramentas para reverter esse quadro”, alerta Priscila Brito, afirmando que o comportamento frente aos estímulos tecnológicos é construído pouco a pouco até se tornarem um hábito ou até mesmo um vício, “tudo de forma silenciosa e sutil”.

“Para conseguir reverter a situação e ganhar espaço para diálogo e interação, é preciso que os pais se tornem tão atraentes quanto à tecnologia. E não pense que isso é algo difícil ou que a comparação é desleal ou impossível! Não há tecnologia que vença o contato e o vínculo real. É claro que isso precisa ser reconstruído e às vezes pode ‘dar trabalho’ e requerer criatividade de ambas as partes, mas talvez seja uma boa alternativa para pais e filhos se desintoxicarem do excesso de tecnologia e voltarem a ser ativos no mundo real”, aconselha a psicóloga. Grande preocupação da SBP é com relação ao chamado “tempo de tela”, ou seja, o tempo em que as crianças e adolescentes permanecem em frente das telas, que deve ser limitado e proporcional à idade da criança e à etapa de seu desenvolvimento. É desencorajada, por exemplo, à exposição às telas digitais até os dois anos de idade, principalmente durante as refeições ou antes de dormir. No caso das crianças entre dois e cinco anos, o tempo de exposição deve ser no máximo de uma hora por dia. Computador ou televisão no quarto somente a partir dos dez anos. Mesmo no caso dos adolescentes, a orientação é

para que não fiquem isolados em seus quartos. Em qualquer idade, é desaconselhável o contato com cenas de tiroteios, mortes ou desastres. O manual elaborado pela SBP ainda orienta que pais falem com os filhos sobre as regras de uso da internet, evitando compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais com estranhos. Além disso, é dever dos pais monitorar os hábitos dos filhos na internet, sobretudo nas redes sociais.

Psicóloga clínica Priscila Brito alerta para a desconexão real gerada entre pais e filhos em decorrência do uso excessivo de telas

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QUARTA-FEIRA UBERABA, 7 DE AGOSTO DE 2019

Como escolher o presente certo para o seu papai

CARLOS LENZA E RAFAEL

FOTOS/BÁRBARA E RAMON MAGELA

Dia dos Pais está chegando e você não sabe o que dar de presente a ele? Para não deixar a escolha para a última hora e correr o risco de enfrentar lojas cheias, aqui vão algumas dicas para ajudar você a se decidir com antecedência. Pais tradicionais geralmente preferem presentes tradicionais, como uma boa camisa, cinto, sapato, um relógio, óculos novos, uma carteira (que você pode dar com uma cédula de real ou dólar, ou até mesmo uma moedinha, simbólica), um bom vinho, uma cesta de guloseimas, um bom livro. Esses presentes costumam agradar sempre. Porém, se seu pai é mais jovem e descolado, use sua criatividade na hora de definir o presente dele. Antes de mais nada, estude os gostos do seu paizão. Ele curte carros? Pratica esportes? Gosta de cozinhar

FELIPE ANDRADE E MARIA FERNANDA

RAPHAEL E O FILHO FRANCISCO

GILBERTO COM LEOPOLDO, RODOLFO E ISADORA

FERNANDO MISSOM, BÁRBARA E AUGUSTO

para os amigos e para a família? Ele se amarra em tecnologia? A partir dos interesses do seu pai, escolha algo que seja uma novidade ou um desejo que ela já tenha manifestado, mas também que caiba no seu orçamento, porque, certamente, seu pai não quer que você fique endividado por causa do presente. Aliás, se sua verba anda muito curta, use a criatividade. Você pode agradar ao seu papai com um porta-retrato bonito, emoldurando uma foto sua ao lado dele, na sua infância ou mais recente. Ou talvez um pen drive com uma playlist repleta de músicas que ele curte. Mas, se investir num presente não estiver no seu orçamento, não tem problema. Ele vai entender. Mas, pelo menos escreva um bilhetinho declarando todo o seu amor e gratidão pelo papai. Quando chegar domingo, abrace-o com muito carinho.


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