Revista de Domingo

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editorial ao leitor

Sem representação

do

RN

Com o ator do Tarará Dionísio do Apodi

Entrevista

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Bom domingo.

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Maxson Ariton

A

semana começa com a divulgação pela mídia dos jogos Olímpicos 2012 em Londres. Pela primeira vez, em mais de três décadas, o Rio Grande do Norte não contará com nenhum representante em nenhuma modalidade esportiva. Na matéria elaborada pelo jornalista Carlos Guerra Júnior, atletas potiguares reconhecidos nacionalmente, como é o caso de Oscar (basquete), Virna (Vôlei), Magnólia (atletismo), Vicente Lenilson (velocista), já vivenciaram a experiência de olimpíadas e falam sobre o passado e o momento atual, principalmente das dificuldades e falta de investimentos em políticas públicas no esporte no RN, que não é recente e impede a permanência de muitos talentos no próprio Estado. A entrevista desta semana é com o ator Dionísio do Apodi, do Pessoal do Tarará, sobre o projeto novo que passará por cinco cidades com financiamento do BNB, mas também fala sobre como o grupo vive apenas da arte e faz duras críticas à falta de espaço no teatro Dix-huit para os grupos locais. Vale a pena conferir! Tem ainda o trabalho da artista Ângela Felipe, que está com a exposição “Sagrado Feminino” em Natal na Pinacoteca Potiguar, mas espera a oportunidade de mostrar seu trabalho em Mossoró. Sua leitura se completa com as delícias da coluna Adoro Comer e a receita da semana. Não deixe de ler.

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Capa O sonho olímpico do passado e o sonho distanciado dos atletas do RN

Artes O Sagrado Feminino da artista plástica Ângela Felipe

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Rafael Demetrius dá 10 dicas para ser feliz no trabalho

Adoro comer Confira as dicas do roteiro gastronômico nesta semana

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação • Editor-geral – Wil­liam Rob­son • Dia­gra­ma­ção – Ramon Ribeiro • Projeto Gráfico – Augusto Paiva • Im­pres­são – Grá­fi­ca De Fa­to • Re­vi­são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia • Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Marcelo Bento • In­fo­grá­fi­cos – Neto Silva

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conto

joSÉ nIcoDemoS*

Uma rosa caiu do céu

M

aria José foi internada no Colégio das freiras, trazida, pelo pai, da cidade vizinha, onde o ensino não ia além do grupo escolar. Demorou muito acostumar-se à vida separada da família, quanto mais que lhe era custosa a disciplina religiosa, ela que viera de um lar sem religião. Assim que, apesar de estudiosa, sempre a melhor nota, desde o grupo escolar, se preocupava menos com os estudos do que com as férias. Ficando sempre para segunda época em latim e francês. Não disse bem; só não ficava nessa condição, pelo fato da grande amizade que, desde que chegara ao Colégio, lhe dedicara a Irmã Inês, professora dessas disciplinas, a ponto de dizê-la a filha que não teve. Com isto, Maria José se facilitava às provas. Um dia de manhã, a Irmã Inês, nos olhos o brilho de quem recebera uma mensagem do céu, chamou Maria José ao jardim dos santos, que estava no máximo da beleza de suas rosas, sob um sol de transparência cúmplice, “Tenho uma revelação a lhe contar, minha

Um dia de manhã, a Irmã Inês, nos olhos o brilho de quem recebera uma mensagem do céu, chamou Maria José ao jardim dos santos, que estava no máximo da beleza de suas rosas

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filha; sonhei com você sendo minha irmã de hábito, foi mais do que um sonho, uma revelação, mesmo”. E abraçou-a, a Maria José, com lágrimas de infinita felicidade. Deu-se que, nas férias de junho, ao chegar em casa, mas cheia de saudade dos afetos da Irmã Inês, Maria José surpreendeu uma briga violenta entre os pais, justamente no momento em que a mãe lhe dizia, ao pai, “Você é tão ruim que causou o suicídio da mãe de Maria José, a menina com meses de nascida!” Desconhecendo esse infeliz passado, e tendo sido criada como filha natural da madrasta, só agora revelada nessa condição, pois de tudo se fazia a poupá-la a esse desgosto, Maria José caiu pranto de dor e desespero, inda-

Envie sugestões e críticas para o e-mail: aristida603@hotmail.com

)

gando ao pai, aos gritos, se era verdade o que acabara de ouvir. Quem era, então, sua mãe biológica, O senhor vai ter de confessar minha verdade agora, ou me suicido também. Maria José não pôde dormir na noite desse dia, sem parar de chorar, e por simetria sentimental entrou a meditar as razões humanas da Irmã Inês para tornar-se freira, isto na comparação com os valores eternos. E experimentou um alívio. De volta ao Colégio, mas sem a confissão do pai, sentiu-se mais amiga e amiga da Irmã Inês, a cuja maternidade espiritual se entregara, por completo. Era-lhe a segunda mãe. E ao fim dos estudos, o coração pacificado pela fé cristã, Maria José entrou para o noviciado carmelita.

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entrevista

DIonÍSIo Do ApoDI

Maxson Ariton

‘É um privilégio fazer teatro no mundo hoje’

Por Izaíra Thalita izathalita@gmail.com | Twitter: @izairathalita

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Pessoal do Tarará está entre os grupos contemplados com recursos do programa BNB Cultural para a realização do Projeto Arte sem Limites, com apresentações em Mossoró e mais quatro cidades próximas. Mas o grupo vem colhendo os frutos de um trabalho que vem progredindo no cenário regional e até nacional, com premiações e temporadas em outras capitais brasileiras. Na entrevista desta semana, Dionísio do Apodi, ator e um dos integrantes fundadores do grupo, fala sobre os desafios e as alegrias de viver da arte. DOMINGO – O Pessoal do Tarará foi contemplado no BNB Cultural com 25 mil para o projeto de arte itinerante em Mossoró e mais quatro cidades. O que vai compor esse ‘Arte sem limites’? Quando ele começa? DIONÍSIO DO APODI – Arte sem Limites é um projeto que possibilitará um grande encontro entre O Pessoal do Tarará e o Fórum de Mulheres com Deficiência de Mossoró e Região, através do teatro, mas com ações, também, na área de música, dança, literatura e 4

fotografia. Serão três meses de encontros que culminarão em um espetáculo de teatro, que percorrerá as cidade de Apodi, Areia Branca, Baraúna, Governador Dix-sept Rosado e Grossos. Em cada uma destas cidades, além do espetáculo acontecerá um seminário de discussões acerca de questões relacionadas à acessibilidade. Nós ficaremos responsáveis pela montagem do espetáculo e o Fórum de Mulheres pelo seminário, que contará também com uma exposição fotográfica do projeto.

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Após a circulação por estas cidades, o projeto se encerrará em Mossoró, com a mesma programação desenvolvida nas cidades e com o lançamento de uma publicação impressa, ressaltando aspectos vivenciados no projeto. Acreditamos que vai ser algo marcante para o nosso grupo, pois nunca tivemos uma experiência com um grupo de pessoas portadoras de deficiência. O espetáculo que iremos montar terá seu processo conduzido por nós, mas com atuação das mulheres do Fórum,


entrevista também. Será algo novo pra gente, mas estamos empolgados em saber que teremos um desafio pela frente. O projeto, acredito, começará a partir do mês de setembro, e contará com a participação de outros artistas que serão convidados por nós, para dar uma contribuição neste trabalho, que promete marcar. Uma coisa que temos em nossa cabeça é que o nosso grupo sempre teve um compromisso voltado para a qualidade do fazer teatral, e neste espetáculo não será diferente. Queremos extrair, dentro das limitações físicas das integrantes, uma poesia sem limites, porque a arte não tem limite por conta do físico. Faremos um espetáculo bonito, com qualidade, como fazemos todos os nossos trabalhos. COMO se dá o envolvimento dos integrantes quando é preciso realizar e elaborar projetos visando levar teatro para cidades que não possuem espaços para o teatro? O NOSSO grupo é muito apegado ao encontro com o inusitado. Gostamos disso. Ir para cidades que têm pouco, ou nenhum, acesso às artes é desafiador porque não sabemos o que vamos encontrar, como vai ser. Eis uma grande diferença do teatro pra TV ou cinema. Impossível saber como será a apresentação, o encontro. Tudo é descoberta, é crescimento, todo mundo envelhece ao mesmo tempo, e nasce também, porque o teatro promove isso com o artista e com seu público. Temos uma filosofia conosco de que o bom teatro funciona em qualquer lugar, mesmo que o espetáculo tenha sido montado para um lugar diferente. O que mais precisamos é que o trabalho esteja vivo dentro das pessoas (quem atua e quem vê) e esta coisa viva chamada sensibilidade pertence a todas as pessoas, seja quem for, esteja onde estiver, com o nível intelectual que possuir. Nós viajamos pra muitos lugares de nosso Brasil, mas nós temos uma responsabilidade com a nossa região, e por isso sempre colocamos as cidades menores de nosso Estado em nossos projetos. Sabemos, sem sombra de dúvidas, que somos importantes para elas, porque para muitos damos alegria, pra outros muitos damos acesso, para uns poucos causamos indiferença, mas tem pessoas que nos fazem sentir dando esperança, e isso é lindo! Saber que você deixa a vida das pessoas cheia de poesia. É algo que só dá pra sentir, não tem como explicar. Tudo isto encontramos com muito menos reservas nos pequenos municípios. O GRUPO é muito atuante. São

projetos como estes que vêm dando sustentabilidade ao teatro do Tarará? Há muitos recursos em editais para os grupos que buscam? É VERDADE. Somos atuantes sim. Estamos na ativa há quase dez anos e neste período todo, independente de qualquer turbulência ou momento difícil, jamais paramos de trabalhar. Recentemente, em viagem ao Rio de Janeiro, o mestre Amir Haddad, depois de assistir a dois de nossos espetáculos, disse que tínhamos vocação para o trabalho. E temos mesmo. É o que mais fazemos. Temos um grupo onde todos os seus integrantes vivem do próprio grupo. Não é fácil, mas estamos aqui, vivos, e fazendo uma arte de alta qualidade, não temos dúvidas disso. Como vivemos de teatro nos viramos de muitas formas para cumprirmos os nossos compromissos financeiros, com temporadas de apresentações, participação em festivais e os editais, também, é claro. Eu

Uma coisa que temos em nossa cabeça é que o nosso grupo sempre teve um compromisso voltado para a qualidade do fazer teatral

diria que é um leque de possibilidades que mantém o grupo, porque não nos apegamos a uma coisa apenas. E é desta forma que enfrentamos as dificuldades e até hoje estamos aqui, sem precisar, em nenhum momento, de abrir mão da pesquisa que mantemos, como grupo sério, com trabalho honesto, sem abrir mão do que queremos fazer em prol de atender ao mercado. Ao fazer a opção por um teatro de qualidade e sem compromisso em atender ao mercado, e sim com o que julgamos ser necessário para melhorarmos a nossa sociedade, pagamos um preço. Veja que no nosso grupo o que temos de mais precioso é o nosso nível de atuação. Não é nenhum convencimento, é a mais pura realidade: ver um ator de nosso grupo atuar é ter a certeza de que realmente estão vendo atores no pleno exercício de seu ofício, com consciência. Poderíamos ganhar rios de dinheiro se voltássemos o nosso trabalho para o que o mercado pede, como stand-ups, espetáculos de improvisação, comédias com o único intuito de fazer rir a todo custo. Mas não temos interesse nenhum em fazer isso. Não

está na nossa natureza, não é da gente. Mas qualquer um de nossos atores faria qualquer um deste tipo de trabalho que citei, perfeitamente. Mas, poucos que fazem este tipo de trabalho conseguem fazer o que fazemos. Para nos mantermos desta forma é que se fazem importantes programas de patrocínio como este do Banco do Nordeste e outros que existem através do Governo Federal, que não privilegiam o mercado, mas a pesquisa. Este é o papel do poder público. Após o Governo Lula, que implantou a política dos editais, onde você concorre em igualdade de condições com qualquer grupo brasileiro, aconteceram vários avanços, porque diminuiu muito a cultura do patrocínio público por amizade. Mas, ainda tem muito isso. OUTROS grupos da cidade também foram contemplados com recursos quando antes poucos grupos conseguiam. O que você acha que mudou para aumentar essa aprovação? QUANTO ao Banco do Nordeste, por exemplo, o que acontece é que o Rio Grande do Norte, depois do Ceará, onde o BNB é sediado, é o Estado que mais envia projetos, o que consequentemente vai possibilitar mais aprovações. Mas acho até que regredimos um pouco no Ministério da Cultura na gestão da Anna de Holanda. Ela não deu prosseguimento ao ritmo que estava estabelecido no Governo Lula, desde Gilberto Gil. Tudo diminuiu, a verba para a cultura, os editais, os festivais. Mesmo assim ainda tem muita coisa acontecendo no plano federal. No plano estadual, a coisa está muito feia, porque há uma política de fortalecimento dos grandes eventos em detrimento dos editais que existiam para montagem e circulação de espetáculos. O Governo do Estado lançou alguns editais este ano, mas sempre privilegiando os eventos, algo que a secretária Isaura Rosado gosta, mas que está prejudicando demais o crescimento dos pequenos grupos artísticos de nosso Estado. Veja que enquanto não existe um edital para montagem e circulação de espetáculos de grupos e artistas independentes, temos vários para os autos. Há um edital para fortalecimento de autos já existentes e criação de novos, e ainda um outro que o artista pode ministrar oficinas em cidades do interior para participantes de autos. Acho que os autos podem existir, mas está estabelecida uma verdadeira política de pão e circo, com os editais que normalmente eram abertos para os nossos espetáculos, que agora são destinados para os autos, que já

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entrevista dispunham de todos os patrocinadores através da Lei Câmara Cascudo. Considero isto um crime contra a cultura de nosso Estado. COMO foi a temporada de apresentações do grupo em Fortaleza? EM FORTALEZA nos sentimos em casa, sempre, principalmente quando estamos no Centro Cultural Banco do Nordeste. Levamos os espetáculos Aurora Boreal e Sem Palavras e ainda ministrei uma oficina para 25 pessoas. E esta já foi a segunda vez que fomos a Fortaleza, neste ano, realizar atividades. No próximo final de semana já estarei por lá de novo, mantendo uns contatos para um projeto que vamos realizar ainda neste ano, mas que é segredo por se tratar das comemorações dos 10 anos do grupo (em novembro próximo). QUAIS são as peças que estão divulgando neste momento e em que cidades vão se apresentar? ESTAMOS circulando com dois espetáculos novos: Sem Palavras (uma comédia onde não utilizamos a linguagem verbal, abrimos mão dela) e Aurora Boreal, um espetáculo que estreará em Mossoró, em novembro, dentro das comemorações dos dez anos d’O Pessoal do Tarará. Além disso, estamos recuperando o nosso repertório antigo e muito em breve as pessoas poderão conferir, de novo, O Pulo do Gato, O Inspetor Geraldo e A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró. Quanto às cidades que vamos nos apresentar são muitas, não paramos. Se não fossem nossas famílias que moram em Mossoró, poderíamos tranquilamente passar de seis a oito meses, viajando e se apresentando. Mas gostamos daqui e por isso ainda resistimos em Mossoró. Somos importantes pra muita gente aqui na cidade e na região, e por isso precisamos estar sempre por aqui. Veja que agora ficaremos praticamente a primeira quinzena em Teresina, no Piauí (cidade que nos acolhe sempre com muito carinho) e em seguida estaremos no Rio de Janeiro para mais uma série de apresentações, que levará a segunda quinzena de agosto. COMO o grupo mantém seu ritmo de ensaios e como elabora um espetáculo novo? QUANDO estamos em Mossoró trabalhamos em dois períodos, manhã e tarde, e às vezes à noite. Mas viajando, praticamente só apresentamos os espetáculos, porque não dá tempo de fazer outra coisa, porque é uma rotina 6

muito puxada e que encaramos com muita responsabilidade e disciplina. Já os espetáculos novos sempre acontecem da nossa necessidade de dizer algo naquele momento. Quando montamos um espetáculo ele vai refletir o que estamos vivendo, as nossas preocupações naquele período, os nossos sonhos. Não tem como ser de outra maneira, em nosso grupo. Se vamos montar, perguntamos como estão os nossos corações e aí eles respondem com o espetáculo. É parecido com uma conhecida frase de Jesus Cristo: “a boca fala do que o seu coração está cheio”. E é por isso que assisti a um de nossos trabalhos é certeza de ver algo vivo, forte, pulsante. E SOBRE as políticas públicas municipais de fomento do teatro, o que tem a dizer? ACHO que o maior avanço que temos é o Prêmio Fomento, onde você inscreve seu projeto, para os mais variados segmentos, e se for aprovado você tem aquele recurso garantido para realizá-lo. Nosso espetáculo Aurora Boreal ou Casca

Queremos extrair, dentro das limitações físicas das integrantes, uma poesia sem limites

de Noz foi contemplado com este projeto e fará apresentações dentro deste prêmio em novembro. A ideia é maravilhosa, mas o dinheiro é muito pouco. São 160 mil reais divididos para todos os segmentos artísticos de Mossoró. Poderíamos ter bem mais que isso, mas a Prefeitura de Mossoró passou três anos sem abrir este edital e quando abriu passou cinco meses, além do prazo, para pagar os recursos. Quer saber a importância deste Prêmio? É só fazer a conta da quantidade de espetáculos que foram montados nos anos em que ele existiu (muitos) e comparar com os três anos que ele passou parado (quase nada). Nossos gestores não fizeram esta conta, senão teriam fortalecido e aumentado os recursos do prêmio Fomento. Mas o que a gente viu foi um investimento maciço no Chuva de Bala e outros eventos do tipo. Não sou contra este tipo de evento, até porque já participei, e acho que ele tem o seu lugar. Mas da forma que está sendo feito hoje

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em Mossoró está prejudicando os artistas e enganando a população, que em busca do pão e circo não consegue ler o que está por trás de todos aqueles efeitos: uma política devastadora que arrasa com as pequenas iniciativas que não encontram outras formas de sobreviver. Também temos uma Lei de Cultura que na prática não funciona e ainda por cima camufla. A prefeitura anuncia que os artistas de Mossoró têm quase 500 mil reais para seus projetos e a população acredita. É muito difícil você dizer o contrário e ser levado em consideração. Estes quase 500 mil que dizem que temos, se referem ao incentivo através de renúncia fiscal das empresas. E podem acreditar que não existe um projeto neste modelo de lei, que deixa a cultura na mão dos empresários, livrando as responsabilidades do poder público, que obteve sucesso. PARA finalizar, o que move o Tarará? A VONTADE de dizer algo, de fazer tudo melhor. O teatro nos permite isso. É um privilégio fazer teatro no mundo hoje. Assistir teatro no mundo de hoje também é privilégio, porque a poesia, a obra de arte, está cada vez mais difícil, e ele (o teatro) é tão vital quanto à segurança e à saúde. Mas é que só pode saber o real valor do teatro, uma sociedade educada. Seguimos assim, para contar as nossas histórias para alguém. FIQUE à vontade para acrescentar o que achar necessário. QUERIA convidar os mossoroenses para assistir aos nossos trabalhos que serão mostrados em Mossoró, apenas no mês de novembro, quando da programação de 10 anos do grupo. Mas enquanto isso, tem tanta gente se esforçando nesta cidade para levar algo bonito, artístico, poético, para o público. Vale muito criar o bom hábito de ir ao teatro. Eu me preocupo com o Teatro Municipal Dix-huit Rosado, que praticamente não serve para os grupos locais, pois não temos construído plateia para teatro ao longo de todos estes anos. É onde podemos ver que os autos deixam falsas impressões. Enquanto temos milhares de pessoas para ver estes espetáculos, não conseguimos ainda ter uma plateia para assistir espetáculos no teatro Dix-huit, a não ser que sejam os que contenham atores da Globo, ou algum tipo de humor apelativo. Quero também aproveitar para agradecer este espaço aberto para falar, tão aberta e democraticamente, de nosso trabalho. Muito obrigado!


capa

Fora do sonho

olímpico Após 32 anos, o Rio Grande do Norte não tem um representante sequer nas Olimpíadas de Londres deste ano

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capa CARLOS GUERRA JÚNIOR

Especial para a revista Domingo

U

m Estado sem representante olímpico. Esse é o quadro do Rio Grande do Norte, que se junta a Sergipe, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima e Tocantins, sendo um dos sete Estados sem qualquer atleta nos Jogos Olímpicos de Londres, que começa no dia 27 deste mês. A situação é nova para o RN, já que desde 1980 as Olimpíadas contavam com pelo menos um potiguar. A falta de representatividade é apontada pelos atletas pela inexistência de políticas públicas voltadas aos esportes olímpicos no RN. E não é uma reclamação recente. A maioria dos potiguares precisa emigrar para realizar o sonho de se tornar um atleta de alto rendimento. Dos cinco atletas do Rio Grande do Norte que já participaram dos jogos olímpicos, quatro deles deixaram o Estado ainda jovens. A emigração vai desde Oscar Schmidt, o primeiro atleta olímpico potiguar, que nem chegou a sentir a falta de apoio no Rio Grande do Norte e deixou o Estado no início da década de 70, por conta de fatores externos. Quando tinha 13 anos de idade, a sua família teve de se transferir para Brasília (DF), por conta da transferência de emprego do pai. Oscar ainda nem era um aficionado por basquetebol na época, por isso se sente um leigo para falar sobre o incentivo ao esporte no seu Estado natal. O natalense se tornou um apaixonado pelo basquetebol na capital do país e virou atleta de ponta rapidamente. Nove anos depois, participou das Olimpíadas de 1980. E quando Oscar já se encontrava estável na Seleção Brasileira de Basquetebol, os técnicos de categorias de base do voleibol brasileiro se encantavam com o talento de Virna Dias, a “Olívia Palito” do Colégio Maria Auxiliadora e da Seleção Norte-rio-grandense de Voleibol. Aos 15 anos, ele venceu a resistência dos pais, que foram convencidos de que o melhor para a atleta era treinar em outros centros. Daí, em 1986 ela foi para o Rio de Janeiro, onde com pouco tempo se tornou atleta da Seleção Brasileira nas categorias de base e foi um passo natural para a atleta chegar aos Jogos Olímpicos em 1996. Defendendo o Brasil, Virna conquistou medalhas de bronze nas Olimpíadas de 1996 e 2000. Além de terem deixado muito jovens o RN, Virna e Oscar também têm como vantagem o fato de participarem de es8

)) Oscar

)) Virna

portes coletivos, cuja falta de apoio não é sentida, a partir da transferência para outros clubes, já que o incentivo é dividido entre todos, sem restrição de Estado. O velocista Vicente Lenilson e a ginasta artística Ana Cláudia Silva também precisaram deixar o RN para realizar o sonho olímpico. Lenilson se despediu do Estado em 1997, quando estava próximo de completar 20 anos, e tinha começado no esporte havia poucos meses. Em 2000, ele atingiu o auge e conquistou uma medalha de prata no revezamento 4x100m (que está na Justiça para ser ouro, já que o norte-americano Tim Montgomery confessou, em 2008, ter competido dopado, quando a sua equipe ganhou o ouro no revezamento). Após a conquista da medalha de prata, Lenilson esperava ganhar o reconhecimento do seu Estado. Entretanto, passou onze meses sem receber salários devido a uma crise no Vasco da Gama, logo após a conquista e ainda não ganhou um apoio sequer do RN. Segundo ele, essa é até hoje a maior mágoa da carreira, já que ele teve orgulho de dizer ao mundo que era de Currais Novos. Ana Cláudia Silva deixou ainda mais jovem o Rio Grande do Norte. O pai da atleta, Cláudio Araújo, pediu demissão do emprego quando a menina tinha ainda oito anos de idade e ela já era uma das maiores promessas da ginástica artística. Aos 12 anos, em 2004, Ana Cláudia já era atleta da Seleção Brasileira e, aos 16, em 2008, foi finalista olímpica na prova Individual Geral e também na prova por equipes.

Cláudio Araújo afirma que todas as tentativas de conseguir apoio para a sua filha no Rio Grande do Norte foram frustradas. “A justificativa é porque nós deixamos o Rio Grande do Norte. Mas, na verdade, o que queríamos era que o poder público entendesse que a imagem de Ana Cláudia Silva, de atleta olímpica, seria importante para trazer recursos e incentivar a ginástica artística no Estado. Na última vez que fomos ao Rio Grande do Norte, o que vimos foi a ginástica artística minguando, praticamente inexistente no Estado”, disse Cláudio Araújo.

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A LUTA DE QUEM FICOU Magnólia Figueiredo foi a única atleta que conseguiu se tornar olímpica morando em Natal. A fundista não sofreu com a falta de patrocínio, como os demais atletas. Ela até mesmo se culpa de não ter tido uma consciência política anteriormente, já que tinha o patrocínio individual e não buscava o mesmo para os esportes em si. “Eu tinha o patrocínio individual, por ser a atleta mais conhecida, mas não tinha consciência política e não lutei para que esse apoio fosse geral”, disse a atleta, que participou das Olimpíadas de 88 e 96 e também foi convocada como reserva em 2004. Desde o tempo de jovem até a atualidade, Magnólia vê poucas mudanças no incentivo ao esporte. Segundo ela, falta apoio tanto do poder público municipal, do estadual, como também da iniciativa privada. Figueiredo afirma que


capa ção. A comissão me elogiou por essa atitude, afirmando que eu mostrei maturidade”, comenta Diego, que já havia deixado de participar dos Jogos PanAmericanos em 2011 também por conta de uma lesão. “Outros Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas virão e essa dor vai valer a pena”.

)) Magnólia às vezes o culpado não são os gestores esportivos (ela foi Secretaria de Esportes do RN entre 2008 e 2012), já que, segundo ela, falta consciência da importância de uma política pública voltada para os esportes. Como solução, a atleta está buscando investidores de outros estados, através de contatos que ela cultivou ao longo da carreira. Atualmente, Magnólia e seu marido José Figueiredo gerenciam a carreira de Diego Cavalcanti. Esse atleta seria o único representante do Rio Grande do Norte nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, caso não tivesse sofrido uma lesão no pé esquerdo. Ele treina no Estado e não tem apoio de Prefeitura de Natal, nem do Governo do Estado. O único patrocínio que lhe resta é da Universidade Potiguar (UnP), na qual ele já foi avisado que não haverá renovação. “Não sei como será em 2013. Vai me restar o apoio da minha família e a ajuda da federação, vai ser muito pouco para me manter em um bom rendimento”, lamenta o atleta, lembrando que no próximo ano irá participar do Campeonato Mundial. E, aos 21 anos, ele é uma das maiores promessas do atletismo brasileiro. O velocista ganhou ainda mais credibilidade, perante a comissão técnica, após abdicar do sonho olímpico, por estar machucado. Ele abriu mão da vaga, pois sabia que se fosse para os Jogos, sem estar 100%, corria o risco de prejudicar a equipe brasileira. “Foi uma decisão difícil, mas eu vi que não tinha condições de dar o meu máximo, por isso, abdiquei da convoca-

EVASÃO ENTRE OS MAIS JOVENS Os jovens atletas que surgem no Rio Grande do Norte já crescem sabendo sobre a falta de incentivo ao esporte local, por isso, seguem optando por deixar o Estado ainda jovens e lutar pelo sonho olímpico. O interior de São Paulo é o lugar preferido para esses aspirantes, uma vez que o estado conta com um calendário esportivo preenchido anualmente. Em Americana está a jovem mossoroense Alice Melo, que tem 17 anos e se tornou campeã brasileira já no primeiro ano competindo por São Paulo. Outro mossoroense que preferiu se transferir para o interior paulista foi o lutador de taekwondo Rodrigo Fortes, de 20 anos, que também se tornou campeão brasileiro em 2012, defendendo Piracicaba. O ex-atleta olímpico Vicente Lenilson levou o conterrâneo Flávio Gustavo, de 18 anos, para Jacareí (SP). Lenilson é o treinador do jovem no interior paulista. Flávio ficou entre os oito melhores do Brasil nos 100m rasos e treinou com a equipe brasileira que irá para os Jogos Olímpicos, ficando próximo de conquistar a vaga. No Rio de Janeiro se encontra Emanuel Borges, do remo, que treina no Botafogo, e foi um dos atletas potiguares que mais se aproximaram do sonho olímpico em 2012. Ele representou a seleção brasileira na seletiva da modalidade double skiff, ao lado do catarinense Diego Nazário, mas ficaram na quarta posição, em uma prova que classificava as três principais duplas para os Jogos Olímpicos. Entretanto, Emanuel afirma que já está treinando para competir em 2016. Quem não pode sair em definitivo do RN é o nadador Marcos Macêdo. O atleta é estudante de Medicina da UFRN e não quer deixar o curso que lhe dá uma estabilidade bem mais garantida em relação ao esporte. Em Natal, ele treina sem as condições ideais, se preparando em piscinas com dimensões amadoras e sem uma comissão técnica acompanhando. Para amenizar, treinou no primeiro semestre de 2011 nos Estados Unidos, logo depois que passou no vestibular (para o segundo semestre) e melhorou bastante sua marca, sendo convocado para os Jogos Pan-Americanos de 2011. Entretanto, abdicou do evento, afirman-

do que havia retornado para Natal e que não teria condições de participar do revezamento 4x100m livre, correndo o risco de prejudicar a Seleção. À distância, Macêdo comemorou a medalha de ouro conquistada pelo Brasil. Em 2012, ele trancou o primeiro semestre da faculdade e foi em busca do sonho olímpico. O atleta ficou a sete centésimos do índice no Troféu Maria Lenk. A vaga ficou com Glauber Silva, que depois foi pego no exame antidoping. Caso tivesse com índice, Macêdo herdaria a vaga, por ser o próximo da fila. “Faltou muito pouco. Tenho certeza que se tivesse ido treinar logo cedo em outros lugares, como tive convites, eu teria conseguido o índice. Infelizmente, ou felizmente, eu preferi não abdicar dos estudos. Pago o preço porque o Rio Grande do Norte não tem incentivo algum ao esporte e não conto com a estrutura mínima, desde o poder público, até a federação local. Daí, resta treinar por conta própria, do jeito que dá. Mas acredito que vou conseguir participar dos Jogos do Rio em 2016”, planeja o atleta.

)) Diego Cavalcanti

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exposição

Formas do

Sagrado Feminino

Obras da artista plástica Ângela Felipe e poesias de Mary Ibanhes estão em exposição na pinacoteca potiguar em Natal.

'N

ão se nasce mulher. Tornase'. A frase de Simone de Beauvoir reflete um trajeto numa busca interior de identificação com “ser mulher”. A própria história de Simone, uma mulher que mudou as formas de ser e de dever ser da cultura do século XX, tinha uma outra visão de mundo e do feminino. Entendeu que tornar-se mulher é um processo, uma construção de histórias, experiências, que reunidas fazem um sentido. É com pensamento similar que a ar10

tista plástica Ângela Felipe traz a sua exposição denominada “Sagrado Feminino”, que está atualmente à mostra na Pinacoteca Potiguar, em Natal. Ela conta que buscou a inspiração para o conjunto do trabalho dentro de si e este surgiu como resultado de sua própria maturidade, de uma compreensão de que nos polos ou gênero, masculino e feminino, cada qual carrega em si uma natureza complexa, de igual importância para o desenvolvimento da humanidade. “Esta é uma exposição onde evidencia

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a mulher nas mais diversas situações, que transcende a igualdade de direitos e oportunidades em se tratando de gênero, vai mais longe, na essência da mulher, na realidade subjetiva que nos envolve e que não é palpável. O resultado desse trabalho está sendo a somatória da minha compreensão em torno desse universo feminino”, ressalta a artista numa breve descrição do trabalho. A importância desse trabalho está também no resgate de um feminino: “Em uma sociedade onde o feminino


exposição se perdeu, ir de encontro a nossa natureza, precisa ser essa nossa próxima busca, senão estaremos condenadas a viver em um constante conflito. É com respeito e gratidão que olho para nossa história e pelas inegáveis conquistas até o momento. Mas ainda estamos muito confusas, com uma constante sensação de que o nosso psicológico nos diz que vivemos um outro tipo de infelicidade e parece ficar evidente que a próxima conquista precisa ser de nós com nós mesmas”, ressalta Ângela. A ideia de usar a palavra sagrado por algum tempo foi motivo de dúvidas por parte da artista pelo peso do seu significado. No entanto, após decidir, a artista conta que se sentiu plena: “Relutei, mas depois que decidi fiquei muito feliz com a escolha”, ressalta a artista, que vem se surpreendendo com a resposta do público em torno das vinte e seis telas expostas. “Já recebi alguns convites para levar a exposição a outras capitais e estou aberta a estas propostas”, afirma. As telas trazem imagens que lembram o feminino em diferentes contextos, utilizando-se das cores e dos traços em curvas que imprimem delicadeza e suavidade. Ângela até gostaria de trazer a exposição a Mossoró, sabendo que a cidade dispõe de um espaço excelente para as telas. “Se houver proposta para levar as telas a Mossoró, seria interessante”, coloca. Cada tela acompanha um poema feito pela poetisa Mary Ibanhes que expressam o sentimento perante cada obra. A exposição “O Sagrado Feminino” está acontecendo na Pinacoteca Potiguar, Praça 7 de Setembro, Cidade Alta, Natal, e seguirá até o dia 5 de agosto.

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sua carreira

RafaeL DemeTrIUS

10 dicas para ser feliz no trabalho

A

qui vai uma pergunta para aqueles que não estão muito contentes no trabalho: qual dessas coisas tem uma x maior chance de te deixar mais feliz no âmbito profissional? (A) Conseguir uma promoção, (B) focar nos aspectos positivos do seu emprego e tentar ignorar os negativos, ou (C) ir embora e tentar o ‘emprego dos sonhos’ em algum outro lugar? DeacordocomSrikumarRao,autordeHappinessatWork(Felicidade no Trabalho, em português), a resposta correta não é nenhuma dessas. Segundo ele, em entrevista a Forbes, o único grande obstáculo para a felicidade no trabalho é acreditarmos que somos prisioneiros das circunstâncias, impotentes diante das coisas que acontecem conosco. E para realizar mudanças, diz Rao, você deve mudar o jeito de pensar sobre seu trabalho. O especialista afirma que a ambição impede a felicidade quando empregamos o modelo do ”se/então”: Se eu conseguir a promoção, então eu vou ser feliz. Uma perspectiva mais saudável é pensar “Eu tenho uma grande visão e vou tentar o meu melhor para fazê-la funcionar. Se eu conseguir, ótimo. Se não, ótimo também. Meu propósito é dar o meu melhor”. Abaixo, listamos 10 passos que podem te ajudar a ser feliz no trabalho: 1. Evite os rótulos “bom” e “mau”:

quando algo ruim acontecer, não se castigue. Ao invés disso, esteja ciente sobre o erro sem julgar-se. Aprenda com a situação, evolua, procure não cometer novamente o mesmo erro e agradeça pelo aprendizado. 2. Pratique a “resistência extrema”:

5. Encontre a paixão em você e não no seu trabalho:

claro, você pode fantasiar sobre um ‘trabalho dos sonhos’, que pague bem e permita que você faça algum tipo de trabalho social, bem como com colegas brilhantes e simpáticos. Mas não devemos procurar essa posição perfeita, ou mesmo acreditar que ela exista, porque definitivamente esse trabalho sem problemas não existe. 6. Imagine-se há 10 anos e daqui a 10 anos:

se você parar para pensar, vai notar que a maioria dos problemas que o manteve acordado há dez anos desapareceu. Muito do que te incomoda hoje também vai desaparecer. Perceber isso pode te ajudar a ganhar perspectiva. 7. Exclua o modelo “se/então” de felicidade:

Se nos tornarmos executivos, então vamos ser felizes. Se fizermos um salário de seis dígitos, então vamos ser felizes. Não há nada que você tem que ter, fazer ou ser para ser feliz, seja feliz por existir e agradeça por tudo que tem.

8. Invista no processo, não nos resultados:

Os resultados estão além de seu controle. Você pode configurar sua decepção ao se concentrar demais no que você espera alcançar, ao invés de como você pretende chegar lá. Sempre faça o seu melhor, o resultado será consequência. 9. Pense nos outros:

embora muito do trabalho que façamos seja independente de outros, uma empresa é feita de um time. Ajude seu colega, gentileza gera gentileza, e as pessoas tendem a refletir o seu comportamento.

essa é a capacidade de se recuperar rapidamente da adversidade. Passamos muito tempo em desnecessária autorrecriminação e culpando os outros, não precisamos disso.

10. Troque as muitas tarefas pela concentração:

3. Deixe os ressentimentos de lado:

desenvolver muitas atividades ao mesmo tempo significa que você faz muitas coisas mal e, consequentemente, leva mais tempo para fazê-las. Procure concentrar-se em algo, faça bem feito, termine e depois faça outra coisa.

a chave para ser feliz no trabalho é deixar os rancores. É difícil, mas com a prática você pega o jeito, e aprende que guardar rancor só faz mal a uma pessoa: Você mesmo. 4. Não perca tempo sendo invejoso:

Quando você está com ciúmes, está dizendo que o universo é limitado e não há sucesso suficiente nele para você, espelhe-se em alguém mas não sinta inveja jamais.

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artigo

Dr. HaLLISon CaSTro*

Novas tecnologias no tratamento do cálculo renal

(

Envie artigos para esta seção pelo e-mail: redacao@defato.com

)

O

s cálculos renais possuem uma incidência alta em nossa população, principalmente, nas regiões de clima quente e seco. As pessoas transpiram e desidratam com mais facilidade, tornando a urina muito concentrada. Isto favorece a formação de cálculos. A pouca ingestão de água estão entre os causadores da doença, bem como o excesso de cálcio na urina e outros distúrbios metabólicos. O sintoma mais comum é a dor intensa nas costas. Ela irradia para barriga e órgãos genitais. Em alguns casos, há sangramento e ardência na urina, náusea e vômitos. Se houver infecção urinária, o paciente sentirá febre. O diagnóstico é realizado através de exames de imagem como raio-x, ultrassom e tomografia. Eles servem para identificar a pedra nos rins, determinar o seu tamanho e sua posição, e verificar se existe alguma infecção associada. Há várias formas de tratar a doença dependendo do tamanho e posição do cálculo. Em Mossoró, já dispomos de uma nova tecnologia existente em grandes centros do país para tratamento do cálculo acima de 2 cm. O uso do nefroscópio, aparelho conectado a uma câmera que é introduzida dentro do rim, possibilita remover o cálculo através de um pequeno furo de 1 cm. Dessa forma, podemos retirá-lo sem realizar grandes cortes. O procedimento beneficia o paciente operado, pois tudo é feito através do pequeno furo. Ele sente menos dor depois da cirurgia, a recuperação e alta hospitalar são mais rápidas e o retorno as atividades normais acontece em poucos dias. Em tempos de calor, a pessoa transpira mais, perde mais água. A urina fica mais concentrada e a possibilidade de formar cálculos é maior. Por isso, beba muita água

e hidrate o seu corpo. Recomendo que a ingestão seja homogênea durante o dia.

Cuide da sua saúde e repasse essa informação para os amigos e familiares.

* Dr. Hallison Castro, (CRM/RN 6878) é urologista pela Santa Casa de São Paulo e titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Atende há seis meses na cidade de Mossoró, na Clínica Oitava Rosado e na CEMED. Jornal de Fato | DOMINGO, 22 de julho de 2012

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adoro comer

DaVI moUra

Pastel de bacalhau no Seu Marza O Seu Marza se apresenta como uma boa opção de local para Happy Hour, especialmente por sua enorme variedade de petiscos. A chef Marina Dias busca boas referências em todo Brasil. A última aquisição foi o Pastel de Bacalhau, que é famoso no Mercado Modelo em São Paulo, sendo inspiração para botecos em todo o país. A sugestão de consumo é sempre com algo gelado para combinar com o calor da nossa região, seja uma cerveja, um refrigerante ou um suco refrescante. Ah, e ainda tem uma dica: Marina confeccionou um azeite delicioso com várias especiarias que dá um toque perfeito ao pastel. Visite o Seu Marza na R. Amaro Duarte, 450, Nova Betânia – (084) 3316-2516.

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Feijão com Rock O Feijão com Rock definitivamente superou expectativas. Quem foi, adorou. Os comentários foram bem positivos e eu e Eduardo Pedrosa ficamos muito felizes com o resultado. 30 de Outubro e SevenTwo fizeram a galera se mexer com um bom rock, embalando hits nacionais e internacionais. A DJ Luciana Lins não deixou ninguém parado e foi um dos destaques da festa: a galera pediu pra que ela finalizasse a noite! A feijoada do Impacto Buffet impecável! Agora o que mais chamou atenção foi o bolo em formato de guitarra – que só foi cortado e servido no final da festa, fazendo a alegria de poucos. Obrigado também a Creatoris Mater, que imprimiu os belos convites. Dica: a próxima vem aí!

Restaurante Bahamas Para aproveitar as férias, nada melhor do que praia e boa comida, não é mesmo? Uma ótima dica é o Restaurante Bahamas, da dona Marismar, que fica logo na entrada da cidade de Grossos. Lá na dona Marismar tem peixe, com preços a partir de R$ 18,00, que vão aumentando conforme o tamanho do peixe. Tem, também, opção da carne, que vem com acompanhamentos como o baião de dois e a salada. Não esquecendo o delicioso caranguejo que acompanha um pirão, e dos camarões bem gostosos, bem temperados, acompanhados por limão e farofa. Olha que delícia! Curtiu? Se topar, corre até Grossos-RN. Fica logo na entrada da cidade, vindo de Tibau: viu o “barco a vela” com o nome Bahamas, não tem erro! Contato: (84) 8742 0360

My Sweet Brigadeiro Você já ouviu falar na My Sweet Brigadeiro? Essa é uma deliciosa marca criada pela Paula Barbosa, ex-produtora de moda que foi morar em Nova York no ano de 2010. O seu negócio surgiu quase que por acaso, como presente de aniversário para uma amiga. Na festa, todos se encantaram com os doces de Paula e surgiram inúmeros pedidos, que resultaram na criação da empresa. Paula, hoje, trabalha com uma sócia em Nova York na empresa My Sweet Brigadeiro, e na cozinha do Battery Place Market algumas vezes por semana. Além de receber pedidos para festas e eventos. Acessem o site e façam as suas encomendas: http://mysweet.com/ ou @mysweetcom.

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Alimentos Integrais O Ministério da Saúde considera alimento integral aquele que sua estrutura não foi alterada, mantendo integridade de seus nutrientes sem perder os valores quantitativos e qualitativos. E por isso muitos se confundem com a grande oferta de opções de integrais na prateleira. Considere um pão, biscoito ou macarrão integral aquele que contiver na sua composição farinha de trigo integral, e melhor ainda, se não tiver associado à farinha de trigo refinada. Não se deixe enganar: escolha aqueles alimentos que contenham 100% de farinha integral na sua composição, assim você não compra gato por lebre e mantém a dieta direitinho.

Dica da Kaline Melo, que escreve na coluna Dica da Nutricionista no adorocomer.com

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias! 14

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adoro comer

Purê gourmet InGreDIenTeS • 3 batatas médias • Meio copo de requeijão • Pitadas de orégano • Tomate cereja ou tomate seco • Molho branco com champignons (pode encontrar pronto já no supermercado, é só mexer com leite e misturar os champignons até dar o ponto) • Pimentão em pedacinhos e azeitona para decoração • Muçarela para gratinar

MODO DE FAZER • Deixe as batatas cozinhando até que fiquem molinhas; • Tire toda a casca e amasse-as com um garfo; • Acrescente orégano, o requeijão e o tomate cereja (ou seco) cortado em pedaços pequenos; • Em um copo de coquetel, coloque a mistura e despeje o molho branco por cima; • Acrescente o muçarela e leve ao micro-ondas por cerca de 2 minutos para gratinar; • Decore com o pimentão, azeitona e orégano.

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