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Lendárias praças de Bom Despacho
Praça São José, antiga e saudosa praça, sem calçamento, sem passeios e sem jardins, taba de tribos de adolescentes a quem hoje, sessentões, setentões e até oitentões de idade envio o meu abraço carregado de saudades em nome de nossa bela e eterna camaradagem
A Cooperbom inaugurou dia 27/5 a sua 9ª loja agroveterinária, desta vez na cidade de Santo Antônio do Monte, a 45 km de Bom Despacho. Instalada num galpão de 400 m2, a loja fica no bairro Dom Bosco, próximo ao trevo de saída para Lagoa da Prata. Sua finalidade é atender aos associados da Cooperbom e produtores rurais de Santo Antônio do Monte e cidades próximas.
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“Escolhemos Santo Antônio por vários motivos”, disse ao portal iBOM o diretor administrativo Carlos Araújo.
“É uma cidade progressista, de economia pujante, acesso fácil e fortes ligações sociais, culturais e econômicas com Bom Despacho”. O presidente da Cooperbom, Fúlvio Cardoso, ressaltou que “Santo Antônio do Monte é uma cidade-irmã de Bom Despacho e, com essa nova loja, a Cooperativa busca aproximarse dos associados que moram e produzem na cidade e região”.
A nova unidade da Cooperativa inicia suas atividades com uma equipe de oito funcionários. “Nela os associados e produtores de Samonte e região encontram assistência técnica agronômica e veterinária, insumos, defensivos, utilidades, pneus, medicamentos e outros produtos necessários no diaa-dia da fazenda, seja associado ou não da Cooperativa”, afirmou o diretor Carlos Araújo.
Atualmente, além de Samonte, a Cooperbom tem lojas em Araújos, Estrela do Indaiá, Martinho Campos, Moema, no distrito do Engenho do Ribeiro, na comunidade do Mato Seco e duas em Bom Despacho.
Fábrica de rações
Outro investimento da Cooperbom é a instalação de mais dois silos no complexo graneleiro da sua fábrica de rações, instalado às margens da rodovia MG-164, em frente ao aeroporto de Bom Despacho. No local existem atualmente seis silos. Cada um tem capacidade de armazenar 50 mil sacas de grãos. Com a montagem dos novos silos o complexo poderá estocar 400 mil sacas de grãos. As obras de ampliação começam em junho e ficam prontas até o final deste ano.
“O aumento da produção de grãos pelos cooperados tem gerado demanda crescente de secagem e estocagem de milho e soja em nossa unidade. Hoje, a maior parte desses grãos é comprada pela própria Cooperbom para fabricar rações e o associado é bonificado para armazenar sua produção no local”, explicou
O arraial de Nª Srª do Bom Despacho do Picão teve suas origens por volta de 1775/76. Naqueles idos para aqui se dirigem, a mando da Coroa Portuguesa, tropas armadas de capitãs do mato com seus mercenários e soldados da milícia de Pitangui. Seu objetivo era combater e expulsar os quilombolas de negros fugidos das minas de ouro de Pitangui. Essas tropas se acampam no ponto estratégico do outeiro da hoje Cruz do Monte. Dali eles avistavam uma vasta região onde podiam localizar os quilombos e irem de encontro a eles para os combates. No alto daquele outeiro, o padre capelão das Tropas, Pe. Agostinho, construiu uma capela de pau-a-pique e coberta de capim, onde ele instalou como protetora uma imagem de Nª Srª do Bom Despacho, da qual era devoto. Em volta o casebre paroquial. Depois os estábulos para os cavalos e residência humilde dos oficiais e dos demais combatentes. Assim nascia a futura cidade de Bom Despacho que no atual 1° de junho completa 111 anos de emancipação municipal.
Ali na Cruz do Monte plantouse a semente da futura cidade que tanto amamos. Nas primeiras décadas surgiram três ruas: a Rua de Cima (da cruz do Monte até a Praça da Matiz), a Rua do Meio margeando um caminho onde está a Casa Paroquial até a Rua do Rosário. E a Rua de Baixo, que se iniciava na ex-rua do Rosário (hoje Dr. Miguel Gontijo) até o Jardimsem-flor, atualmente Praça Inconfidência. Praças lendárias: Largo da Matriz, Larguinho São Pedro, Jardim sem Flor e companhia Ltda.
O Largo da Matriz e comunitário de Bom Despacho desde quase sua fundação até sua morte no final do século XIX, perto do começo do século XX.
No começo surgiram em círculo na Rua do Meio e em circular a ela, casas, a primeira e velha Matriz, a casa paroquial. Pontos de comércio. Assim surgiu o Largo da Mariz, a maior, a mais rica e nobre de nossas praças, até a década de 60, em chão de giz amarelo, onde a garotada jogava, futebol, finca, pião e bolinha de gude, onde se brincava dentro e fora do belo coreto.
Em homenagem à sua memória, batizaram o larguinho com seu nome. Larguinho São Pedro. Mas não é de hoje que nossos vereadores desconhecem os valores de nossa tradição. Como fizeram com a Rua do Céu que teve espoliado seu nome pelos nobres edis, também ignoraram a importância cívica, econômica e histórica do cidadão Pedro Pereira do Couto e irresponsavelmente sacaram seu nome da praça que o consagrara na memória de sua gente.
Larguinho São Pedro, reino dos Fidelis. Do Fidelis e de Dona Maria Guerra e dos filhos Geraldo, Elísio e Cica. Larguinho dos açougues. Dos cachorros do Chico do Inhozinho. Dos pês: Popô, Pecão, Pequé e Porréia. Larguinho do Martelo, do Olímpio Bomba, Bento Lopes e Antônio Ferreira. Um dos pontos mais quentes, mais alegres e mais engraçados da cidade.
Estação, Santa Casa, Santa Ângela e Jardim Sem Flor anos dourados de minha infância e de minha adolescência. As famílias numerosas de 10, 12, 15...18 filhos. A filharada de Chico Girisa e Dona Clarita. Do sargento Samuel e dona Isabel. Candinho Lopes. Cabo Docemiro, Antônio do Couto e Dona Angélica. Vítor Brandão e Vicentina. Efraim Barbeiro e Xanduca, Domingos Leite e Nenê. Ali morou a moça mais bonita e sexy da cidade, Maria José Paixão. Domínio absoluto do primeiro e único gay declarado e assumido do município: o Zé Toniquinho, ali se armavam todos os parques de diversão , todos os circos de “cavalinho” para delírio da molecada. Essa não perdia nem um espetáculo. Meninos maluquinhos sem dinheiro no bolso passavam debaixo do pano sem pagar. Praça do Geraldo de Sousa. Ele se enturmava conosco e nos divertia muito. Lá conhecemos bem a ele, à sua esposa e seu filho, o menino acolhido por todos, o Zé Rafael. Nosso Mineirão, nosso Maracanã das peladas vespertinas. Nos finais de semana, de manhã, de tarde e de noite, a meninada saía qual bando de maritacas e enchia de alegria a praça, pra jogar pião, finca, bola de gude, soltar papagaio, bentealtas, futebol, brincadeiras de escondeesconde, roubar bandeira, Brasil contra Alemanha ou de pegare-amarrar. Para irem nadar pelados com o Zé Toniquino nos poços do Tira Prosinha, Tira Prosa e no famoso e desafiante Tiraprosão. Ou para “pegar” laranjas na chácara do Pedro Gontijo e à noite, em turma avassaladora, roubar jabuticaba nos grandes quintais cheios de fruta de então. ao portal iBOM o diretor comercial da Cooperativa, Enes Fialho.
E tinha praça da Estação, na verdade Praça Olegário do trem de ferro e da Maria Fumaça, sem seus apitos que hoje são saudades. A praça da Santa Casa, tão vasta, tão arborizada, um terreno que pertencia à própria Santa Casa, que a prefeitura “tomou”, uma vez que esse terreno era antes da Prefeitura. Hoje praça Irmã Albuquerque, ex-diretora daquele hospital, mulher de porte e postura nobre dentro de seu hábito de monja...
Mas, segundo Enes, mesmo com oito silos a unidade ainda será insuficiente para atender à necessidade dos cooperados em face da expansão do pólo graneleiro na região. “Por isso já estudamos outras alternativas para ampliar nossa capacidade de estocagem e produção”, concluiu. (Portal iBOM / Fotos: Cooperbom e Raquel Araújo)
Local onde, a partir de 1927, em mutirão, Padre Nicolau, padre Augusto e o construtor José Etelvino e o povo de Bom Despacho começaram a erguer o que seria o nosso mais soberbo monumento arquitetônico de todos os tempos: a Igreja Matriz de Bom Despacho
Larguinho São Pedro
Meu trisavô Pedro Pereira do Couto foi um grande líder político
O bairro Santa Ângela que ainda cresce e floresce nos dias de hoje. o nome é em homenagem à filha do criador do bairro, o saudoso empreendedor Agostinho Cristaleiro, pai do Dr. Washington, médico que há mais de 40 anos engrandece a medicina local.
São José: a praça do meu coração
A Praça São José, hoje Antônio Leite. Por lá morei. Por lá vivi
Praça São José, antiga e saudosa praça, sem calçamento, sem passeios e sem jardins, taba de tribos de adolescentes a quem hoje, sessentões, setentões e até oitentões de idade envio o meu abraço carregado de saudades em nome de nossa bela e eterna camaradagem.
E pra finalizar saudamos Bom Despacho, terra amada, idolatrada, gentil, no aniversário bendito os 111 anos de seu nascimento.