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2 - Sexta - Feira, 06 de Fevereiro de 2015

Não é uma crítica. Mas precisamos de mais auxílio-transporte

Dica de Saúde: “Aftas” O QUE SE DEVE SABER?

As aftas, também chamadas estomatites, são pequenas ulcerações dolorosas que podem aparecer no interior da boca ou nos lábios. Apesar de serem incômodas, não costumam ser perigosas e geralmente cicatrizam em poucos dias, no entanto podem reaparecer. CAUSAS A causa real deste problema é desconhecida, porém se sabe que existem fatores desencadeadores, como: • Infecções • Alterações hormonais mensais • Feridas causadas por mordeduras, ou próteses mal ajustadas, etc. O QUE SE DEVE FAZER: • Você pode usar medicamentos isentos de prescrição para diminuir a dor enquanto as ulcerações se cicatrizam. • Mantenha uma boa higiene bucal, usando soluções antissépticas. • Evite comer alimentos duros, porque ao mordê-los podem causar muita dor. CONSULTE O MÉDICO SE: • Houver febre; • A dor se tornar intolerável; • Existirem mais de quatro aftas ao mesmo tempo; • Elas não se cicatrizarem em cinco a seis dias; • Ou se impedirem a ingestão de alimentos ou bebidas devido a dor. Fonte: DEF – 09/10 Consulte o médico ou farmacêutico “Não se trata de propaganda e sim orientação, consulte sempre um especialista”

Por Henrique Cisman Moro em Socorro e estudo fora. Como quase toda gente com mais ou menos 20 anos de idade que vive no interior e tem alguma sorte, conquistei um bom emprego e com ele ajudo nas minhas despesas em casa. Consigo pagar a faculdade, alguns gastos pessoais e as vans. Sim, vans, no plural. São duas para ir de Socorro a Atibaia. Todos os dias, duas pra ir, duas pra voltar. Não estou reclamando. Posso ir e voltar dormindo, é até bom. O problema é que, ainda que o trajeto seja o mesmo, em duas vans o custo fica bem maior que em uma só. Porque são dois motoristas e duas empresas distintas querendo lucrar. Os valores integrais são altos, fica complicado pagar. Mas eis que surgiu um projeto de auxílio-transporte. Ufa! Na época, eu ainda estava amarrado à universidade de Bauru e às suas greves. Mesmo assim, fiquei feliz por quem morava aqui e precisava viajar todos os dias pra estudar. É como dizem os sábios, educação

em primeiro lugar! Até que, vindo de transferência, passei a ter que utilizar o transporte também. E consegui o auxílio Socorro-Pinhalzinho. Uma beleza, mas tem os apesares. Primeiramente, o processo é um tanto burocrático e repetitivo: não é só na hora de se cadastrar para ganhar o desconto que precisa da papelada. Todo mês é necessário apresentar um comprovante de vínculo com a faculdade. O pagamento é aceito pelo motorista até os primeiros 5 dias, e o boleto vence dia 12. Todo mês, portanto, tem que pegar fila na secretaria da faculdade e solicitar o atestado. Isso, entretanto, é o de menos. Não sei quem fez o projeto, se algum vereador ou se o próprio executivo municipal. Seja quem for, teve uma ótima intenção, porém faltou atentar para alguns detalhes: ao fixar um valor ou um percentual parcial pago pelo poder público, possibilitou às empresas e motoristas subirem o valor sem cerimônia. Coisa de R$ 40,00 de uma vez só, me contaram colegas que viajam comigo.

Outro problema é que o auxílio só vale para 8 meses. Não inclui janeiro, fevereiro, julho e dezembro. Mas as empresas cobram fevereiro, julho e dezembro. Ano passado viajei por 4 dias do último mês do ano e paguei a taxa integral. Agora, em fevereiro, a história se repete, e em julho, ainda que eu não viaje nenhum dia (!) para Atibaia, mesmo assim terei que desembolsar o valor, informa o motorista. Ora, o auxílio precisa durar o ano todo! Isso é investimento, não é gasto. Nem é assistência social. Isso é incentivar jovens, adultos e até os mais velhos a continuarem estudando. No mundo dos sonhos, o patrocínio seria integral. Mas basta estender para os 11 meses do ano em que há cobrança que já está bom. Não sei exatamente quais medidas devem ser tomadas, mas acredito que uma lei complementar resolva o problema. Em tempo: é uma crítica, sim, mas daquelas construtivas. Sempre se pode melhorar, e precisamos de mais auxílio-transporte.

Outra carta da Dorinha Por Veríssimo

Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha, como se sabe, não revela sua idade para ninguém, mas nega que já viu o Cometa Halley passar duas vezes. Só o Pitanguy e Deus sabem a sua verdadeira idade, e um está aposentado e o outro está quase. Dorinha tem se reunido com o seu grupo de carteado e pressão política, as Socialaites Socialistas, que lutam pela implantação no Brasil do socialismo soviético na sua fase terminal, que é a volta ao feudalismo (mas esclarecido desta vez, segundo elas). As reuniões das Socialaites Socialistas também tratam do trabalho social do grupo. Por exemplo: todas se comprometeram a doar seus botox para transplante, caso venham a morrer. O assunto predominante nas reuniões, claro, tem sido os escândalos das empreiteiras. Três do grupo estão com maridos presos, o que acham óti-

mo. “Assim pelo menos a gente sabe onde eles estão dormindo”, diz Suzana (“Su”) Cata, para inveja das que têm maridos soltos. Mas a preocupação maior de todas é... Deixemos que a própria Dorinha nos conte. Sua carta veio escrita com tinta púrpura em papel magenta cheirando a “Mange Moi”, um perfume proibido pelo Vaticano, mas que, dizem, o Papa Francisco está prestes a liberar.“Caríssimo! Beijos secos, para poupar saliva. Sim, estamos todas empenhadas na campanha contra o desperdício de água. Senti como o problema é grave quando fiz uma enquete no grupo e se revelou que todas — todas! — estão dando banhos nos seus cachorros com água mineral S. Pellegrino. Menos eu, que lavo a ‘Desirée de Goumont’, meu poodle (o nome é maior do que ela), com champanhe rosê. A Tatiana (‘Tati’) Bitati, vice-líder do grupo, abaixo de mim, acha que devemos co-

meçar a pensar num plano D, de dar o fora, se a crise hídrica piorar muito. Ela propõe o exílio e já se informou sobre um condomínio em Miami que só recebe brasileiros fugitivos da crise e tem o nome sugestivo de ‘Bye, bye Brazil’. Nos mudaríamos para lá até que os reservatórios enchessem de novo ou o país virasse um imenso Piauí e não houvesse mais razão para voltar. Mas assez de misère! Como o próximo carnaval periga ser o ultimo antes do Juízo Final, decidi voltar a desfilar. Sim, estarei de novo na avenida! Só preciso encontrar meu agogô e meu tapa-sexo. O tapa-sexo foi visto pela última vez na boca da ‘Desirée de Goumont’, que brincava com ele distraída, sem se dar conta do simbolismo da cena. Meu único sentimento é que o Pitanguy não poderá estar ao meu lado, para ouvir o povo aplaudir meu corpo e pedir ‘O autor! O autor!’”.

O sucesso do lado B Por Zuenir Ventura Ela bombou como fenômeno nas redes sociais, foi parar na coluna do Ancelmo e inspirou a crônica-exaltação de Joaquim Ferreira dos Santos anteontem. Estou me referindo, claro, à bunda de Paolla Oliveira, a atriz da série “Felizes para sempre?”. Como se explica a predileção por ela num país em que, por ser a preferência nacional, esse bem apresenta excesso de oferta, digamos assim? Nenhuma restrição, ao contrário, mas por que a dela? As praias nunca estiveram tão cheias de corpos quase nus estendidos de barriga pra baixo revelando-as sob várias formas: melancia, abóbora, melão, maçã, pera. Isso sem contar as musas carnavalescas que já estão se exibindo nos ensaios. Bunda numa hora dessas, com tanta crise estourando? Vai ver que por isso mesmo, por escapismo, para fugir de coisas ruins como a eleição da Câmara e do Senado. Ou de mais um escândalo da Petrobras. Ou de mais uma bala perdida. O que vale mais a pena admirar, o bumbum da

Paolla ou a cara dos novos presidentes do Congresso? Como deve haver mais explicações, fui perguntar a quem entende do assunto, Ziraldo, que já lançou uma revista chamada “Bundas” e, como artista plástico, organizou recentemente uma exposição de 16 grandes telas de personagens famosas e anônimas, com vários exemplares da parte do corpo feminino em que ele se considera especialista. “Sempre fui apaixonado por mulheres bonitas e por suas bundas”. Um documentarista americano até veio ao Brasil especialmente para entrevistá-lo sobre esse nosso objeto de desejo e “produto de exportação e glória brasileira”. Como ele diz com divertido orgulho, “sou um pioneiro, eu sabia que a bunda prevaleceria”. Mas afinal que mistério tem o bumbum da Paolla? Talvez seja porque se trata de uma bunda com identidade e grife. Desconhecida, não teria chamado tanta atenção. Joaquim deu-lhe

transcendência e acha que ela adquiriu, por causa do momento político, uma dimensão emblemática: “Ela promete simbolizar pelo avesso de sua estupefaciente rigidez muscular, o Brasil da delação premiada”. Já o humorista acredita que o segredo do fenômeno Paolla está no conjunto da obra: “A beleza do rosto, o sorriso, a empatia, tudo isso ajuda muito a valorizar a sua bunda”. É possível. Na novela “Amor à vida”, fiquei impressionado quando vi pela primeira vez o rosto de Paolla. Na contramão da moda de lábios tipo Angelina Jolie, sensuais e volumosos, ela apresentava uma das bocas mais delicadas e bem desenhadas do panorama atual, com um sorriso apenas esboçado que lembrava, guardadas as devidas distâncias, o de Mona Lisa. Não entendia por que não se falava disso. Agora sei. Intimamente, ela devia dizer: “Vocês não viram nada, aguardem meu lado B”.

Problemas? Por Alejandro Bullón

A maioria das cartas que recebo é de pessoas que estão atravessando o vale da aflição. Quase todas têm a mesma pergunta: “Por que os problemas aumentam na minha vida cada vez que decido aproximar-me de Jesus?” O verso de hoje é a resposta. Neste verso, achamos duas promessas. A primeira é: “Muitas são as aflições do justo”; a segunda: “O Senhor de todas o livra.” Se você quer ser um cristão autêntico, prepare-se para receber ambas as promessas. A primeira é que neste mundo você enfrentará momentos de dificuldade. Isso é bíblico. Escrevendo aos filipenses, Paulo disse: “Porque vos foi concedida a graça de

padecerdes por Cristo.” Filip. 1:29. E o próprio Senhor Jesus afirmou diante de Seus discípulos: “No mundo, passais por aflições.” João 16:33. O sofrimento é uma realidade da vida. É inevitável. Muito mais para quem decide seguir a Jesus. Mas a segunda promessa afirma que, finalmente, o Senhor livrará Seus seguidores de todas as dificuldades.Muita gente imagina a felicidade como uma vida sem problemas. Mas, neste mundo, os espinhos fazem parte da rosa, a noite faz parte do dia e as lágrimas fazem parte da alegria. Você pode ser feliz em meio às dificuldades, se souber administrá-las na certeza de que o Senhor o livrará de todas elas. O Salmo 34 é um hino de

louvor a Deus porque Deus livrou o Seu povo, e não porque os Seus filhos não tiveram dificuldades. Entender esse fato pode ser o começo de uma nova dimensão na vida. Deus cura o coração ferido, mas a intervenção divina não teria sentido se o coração não estivesse ferido. Ele restaura seus sonhos porque eles foram destruídos. Deus prometeu livramento, não isenção do problema. Quais são as aflições que você está enfrentando hoje? Não importa. Antes de partir para enfrentar a montanha de dificuldades que está diante de você, decore este verso e repita-o ao longo do dia: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.”


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