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PUBLICAÇÕES PERÍÓDICAS

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05/01/2012

DE02852011SNC/GSCCN

Na Internet

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N.º 1081 * 5 de Janeiro de 2012

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II Série

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Ano XXII

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Santiago de Besteiros

Vestígios judaicos na povoação de Lourosa

pags. 6, 7

Tondela

A última Assembleia Municipal de 2011

pags. 8, 9

Tondela

“Domingo Aberto” na Piscina de Tondela - um mergulho de saúde

Centro Hospitalar Tondela – Viseu Viseu

Ermida Rebelo tomou posse como presidente do Conselho de Administração pág. 4

pág. 5

Tondela

Projeto museológico distinguido a nível nacional

pág. 13

Bombeiros Voluntários de Tondela

António Mano é o novo presidente da direção para o biénio 2012/2013 pág. 13


2 OPINIÃO

05/01/2012

NOTAS E DESABAFOS

Notas & Comentários JOÃO VENTURA DA COSTA

(VI) 1. De vez em quando dou comigo a pensar nos mistérios do Universo. Haverá vida inteligente noutros mundos cósmicos? Será também baseada em compostos de carbono, ou de um outro elemento? Comparar-se-ão connosco, anatómica e morfologicamente? Científica e tecnologicamente, estarão mais desenvolvidos do que nós? Se tal acontecer quererão escravizar-nos, nas suas múltiplas facetas, como os homens têm feito uns com os outros ao longo da História, ou com o seu saber ajudar-nos a cuidar melhor da nossa casa comum… e das pessoas? Como se organizam socialmente? Lá a política também virou profissão, e um modo de vida indispensável ao Boys&Girls SARL? Haverá ricos (poucos) e pobres (muitos)? Para além de gente boa, também terão terroristas, ladrões, vígaros, traficantes, corruptos, proxenetas, especuladores, agências de rating, mercados…? Quais serão as suas crenças? Existirão várias religiões, cada uma reclamando-se da verdade única? Ver-se-ão como o desígnio primordial da criação, com o direito de subjugar todos os outros seres vivos até aos limites da sua sobrevivência? Armazenaram armas nucleares capazes de destruir vários planetas semelhantes ao nosso? Teria milhares de interrogações a colocar, mas, se existirem mesmo, termino com um conselho de amigo: deixemse lá ficar no vosso cantinho, se nos virem façam de conta, pois nós não somos a melhor influência para ninguém! 2. Quando era miúdo

havia pintassilgos na minha aldeia. Alguns casais costumavam nidificar numa tília quase encostada à nossa casa e nas oliveiras de um vizinho, mas este roubava os filhotes do ninho e, através de um ardil que ainda sei como funciona, acabava por apanhar também os pais. Outros fariam o mesmo, daí que há muito os não veja pela nossa região, no estado selvagem. A leviandade irresponsável de alguns terá privado as gerações seguintes de conhecer, em liberdade, uma das mais belas aves do nosso país. Por vezes, ao avistar uma estrela cadente no céu apetecia-me ser novamente criança, inocente e crédula, para lhe formular um desejo (como fazíamos nesses tempos): traz de volta os pintassilgos à minha aldeia! (Agora faz parte da cidade, mas os pintassilgos ainda não sabem.) 3. Leio que dar à luz num hospital foi, pelo menos até finais da primeira metade do século XX, algo de degradante, próprio de prostitutas ou mulheres indigentes que não dispunham de qualquer apoio no domicílio, e/ou procuravam ocultar o parto. Ainda em 1939, um obstetra, professor catedrático de Lisboa, proclamava que o parto devia ocorrer em casa e qualificava as mulheres que davam à luz em hospitais como “desventuradas”. O clamor popular ainda recente, contra o fecho de maternidades, veio provar como certos dogmas não resistem à erosão pelo conhecimento ou à força da razão. 4. Na casa dos meus pais, e nas outras não seria diferente, quando a comida vinha para a mesa

só tínhamos duas escolhas na “ementa”: pegar, ou largar (com uns moscardos para sobremesa, caso fosse esta a opção). Agora também há o ‘não quero’, o ‘não gosto’ e o ‘não me apetece’, mesmo na idade adulta, para além do take away, as entregas ao domicílio, o McDonald’s, a Pizza Hut e mais uns quantos “pratos”. É um avanço!... Ou retrocesso?... Já nem sei! 5. “Ano Novo, Vida Nova”, diz o refrão popular num convite à reflexão sobre o ano que finda e o novo ano que se inicia. Sim, tudo bem, mas vida de cão é o que nos espera neste ano de 2012 e seguintes (isso de o aperto ser só até 2013 parece-me conversa para boi dormir). Ainda se fosse uma vida como a do cão de água português da Casa Branca, vá que não vá, mas o mais provável é que seja vida de cão vadio, a levar pontapés de todos os lados, lazarento e cheio de pulgas, a apanhar migalhas debaixo das mesas e rebotalhos dos sacos de lixo deixados fora dos contentores. “Foge cão [emigra?] que te fazem barão! - P’ra onde, se me fazem visconde?” Porca miséria, agora só se for visconde da Merdaleja. E, no fim, terá valido de alguma coisa ou será apenas isso… o fim? São pessoas quem está no meio do turbilhão, grande parte delas muito vulnerabilizada, e os erros de décadas (séculos?) não são resolúveis em três anos. Começámos a interiorizar que estamos numa encruzilhada em que à esquerda temos espinhos, à direita escolhos, à frente o abismo e para trás mija a burra (e está uma parede). A escolha é difícil, o preço a pagar… aos mercados (ai que eu vou vomitar!) exorbitante (ladrões!), e só (des)espero que os mesmos de sempre não façam o percurso encavalitados nos burros do costume. Este é o meu wishful thinking para 2012 (perdoem-me o anglicismo snobe, mas assim fica mais fixe). RUI VALE

Ressaca

E

ntão, essas festas, como é que correram? Sempre a bombar? A sério? Boa, é assim mesmo. As minhas também foram boas! Aliás, foram melhores que boas, foram óptimas! A consoada passei-a no Tourigo, enrolado com a boa comida, bacalhau, peru, couves gigantes, sonhos, bilharacos e canja de galinha, quilolitros de sumo de uva, um ou outro copo de água e carradas de boa disposição em família em modo incompleto, mas com os serviços mínimos garantidos. A passagem do ano celebrei-a em Oeiras, em casa duns cunhados, só jovens com mais de cinquenta anos, lebre e veado à moda da espingardaria belga, regados com uma coisa que devia estar estragada e que me pôs uns degraus na língua e o corpo numa miséria. No estômago, instalou-se-me um investidor chinês com uma fábrica de partir vidro, a empresa trabalha vinte e quatro horas por dia em dois turnos de doze horas cada um. Os intestinos, fartos da constante poluição, exigem o rigoroso cumprimento do protocolo de Quioto, pedem a intervenção imediata das nações unidas, da troika, do pankreoflat, duns sais de frutos, de qualquer coisa que estanque a afluência de tanto ácido corrosivo às suas costas. O fígado, ainda inchado pelo triunfo na luta pela expulsão da vesícula, vai mais longe e aponta baterias ao coração, acusando-o de falta de capacidade de liderança, propondo uma mudança drástica de regime, a abolição da livre ingestão de mercearias, condimentos e afins e a criação duma junta de salvação corporal com o objectivo de aplicar uma impiedosa ditadura de controlo dos condutos.

A orquestra filarmónica de Xabregas de Cima ocupa, há duas semanas, a minha boca e, por essa razão, ando com um constante sabor a papel de música, lás, dós e ais sustenidos; o pau do artista que toca o bombo, um ucraniano baixo, careca e vesgo, casado em segundas núpcias com uma voluptuosa romena natural da foz do rio dão que anda num fiat preto todo amolgado e cheio de ferrugem, soltou-se e embateu violentamente no único molar que ainda era meu, causando-me sismos de dor cuja intensidade é impossível de descrever sem dizer ui-ui ou outros palavrões igualmente obscenos. Os fumos da fábrica de partir vidro sobem-me pela chaminé do esófago e intoxicam-me os outros músicos, aquilo não é uma orquestra, aquilo é um banzé danado, faz lembrar um canil cheio de rafeiros que recebe a visita dum par de gatas siamesas de olho azul ou um coro que tem, como cabeça de cartaz, o trio composto pelo meu irmão, o meu cunhado Rogério e a minha amiga Ana Cristina. Arrepiante! Na cabeça, o cérebro fechou para obras, andam a instalar uns sinos gigantes, entre as marteladas e os testes aos badalos não há sossego para nenhum dos moradores; desesperado, o meu olho esquerdo atirou-se do globo ocular abaixo, vá lá, safou-se porque uso óculos e, por acaso, estava a assoar-me nesse preciso momento. Do mal, o menos, à hora que escrevo isto o corpo já decidiu que o melhor que tem a fazer é expulsar rapidamente os chineses da fábrica de vidro, só falta mesmo é saber qual a melhor via para a sua expulsão. Nestes entretantos, vejam mas é se gozam bem o dia-a-dia deste novo ano que eu vou ver se consigo fazer o mesmo.


OPINIÃO 3

05/01/2012

Crónicas de Londres GILBERTO FERRAZ (COMENDADOR)

DECEÇÃO, DESÃNIMO, BRAÇOS CRUZADOS – PORQUÊ?

É

perfeitamente compreensível que face às elevadas taxas de desemprego, à súbita redução das pensões, ao consequente aumento da pobreza e das obrigatórias e inevitáveis reduções impostas pelos externos credores, devido à miopia e imbecil arrogância de governantes de um país que perante a clara evidência de estar à beira do abismo recusaram reconhecer o inevitável – recorrer à ajuda externa - predomine a deceção e o desânimo. E esta tendência e predomínio são mais desoladores quando lembrado continuamente quer nas televisão, quer nos títulos de caixa alta, ou nos artigos dos considerados líderes de opinião da nossa imprensa. Isto, sem mencionar afirmações infelizes, para não dizer pueris, de certos dirigentes políticos, a aconselhar a saída de talento do nosso país que, segundo dados, está a ser correspondido às centenas de milhar! Que tristeza, que lástima, meu Portugal! Perante tal espírito derrotista, atitude completamente diferente e estranha do Portugal e Portugueses ocupados e dominados pelos Filipes espanhóis e, muito menos, por uma Padeira de Aljubarrota, por um Condestável ou ainda por um Dom João IV, há que reviver e reativar esse espírito, o espírito de combate, o espírito de ataque, o espírito vencedor, o espírito de ação! Há que dizer firmemente NÃO ao infortúnio e concentrarmo-nos no que temos de positivo. Somos conhecidos como povo empreendedor e que, particularmente lá fora demonstra a sua verdadeira têmpera!. E esse espírito, mais preponderante nos jovens, particularmente quando o alfobre de universitários é, felizmente, abundante, e, por isso mesmo, face à cada vez mais reduzida capacidade do mercado, que sejam eles, particularmente aqueles que na universidade aprenderam e espicaçaram as mentes, em vez de seduzidos e embalados pela ilusória carreira de melhor e mais rápida solução no exterior, confiem, acreditem no seu próprio país! Para isso, quando a União Europeia encoraja e apoia com o seu Fundo Social Europeu, que se aproveite, que se agarre, tal oportunidade com projetos, iniciativas pessoais, com base no que foi aprendido na universidade. Que os atuais governantes, baseando-se nesta oportuna disponibilidade, tomem a urgente iniciativa e combatam, assim, o derrotismo. JOVEM, ADULTO, PORTUGAL PRECISA DE VÓS. É O LEMA! FORA COM DERROTISMOS! ABAIXO OS BRAÇOS CRUZADOS! Foi com satisfação, precisamente nas colunas deste semanário, (Nº 1080, de 29 de dezembro passado, pág. 2 e no artigo intitulado “Desemprego”), que deparei com a invulgar, mas importante mensagem de encorajamento aos jovens, aqueles, precisamente a seiva futura do nosso país. Neste salutar e invulgar artigo, verdadeira bofetada no predominante derrotismo, dizia o economista João Menezes, que à guisa de retribuição, com a devida vénia transcrevo: “Esta geração precisa que confiem nela , sob pena dela própria não confiar em si própria. E, se assim for não vamos conseguir entrar numa nova fase de entusiasmo, desenvolvimento e coesão”. Parabéns ilustre COMBATENTE! E, mais adiante, o visionário articulista, mas com os pés bem firmes no chão, baseando-se no programa “Acredita Portugal” e referindo-se ao seu incentivo ao empreendedorismo juvenil “que este ano teve 7.500 concorrentes motivados a “fazer alguma coisas por si e pelo país”, há que facilitar-se e urgentemente criarem-se meios capazes de se aproveitar e canalizar o talento existente. Quando o primeiro-ministro anuncia, sem dar pormenores, a “democracia da economia” que , com ideias desta natureza, PONHA EM PRÁTICA AS SUAS LOUVÁVEIS INTENÇÕES. COMEÇANDO POR ESTE E IMPORTANTE MARCO! Aos amáveis leitore/as e suas famílias, um saudável, alegre, empreendedor NOVO ANO, resistindo sempre ao desalento e ao conformismo! LEMBRÊMO-NOS que para além das espessas núvens do carregado horizonte, predominam os raios do POTENTE e aquecedor SOL!

A EUROPA QUE NOS PROMETERAM ESTÁ AMEAÇADA

M

artirizados pelos efeitos da II Grande Guerra Mundial, alguns países europeus, lançaram os alicerces, em 1950, da criação da União Europeia (UE), enquanto projecto de integração de países da Europa Ocidental e do fortalecimento das democracias nacionais, talvez sugestionados pela organização federalista dos Estados Unidos da América, como grande potência e salvadora da Europa. Como nos lembramos, depois da ajuda militar, seguiu-se a ajuda financeira ao abrigo do Plano Marshall, que através de empréstimos, visava a reconstrução dos países destruídos pela guerra. Face à diversidade das nações e ainda de muitas rivalidades e conflitos regionais existentes, começaram a construção da “união” através do comércio (o Tratado que institui a Comunidade Económica do Carvão e do Aço - em 1951) e depois continuado pelo tratado que instituiu a Comunidade Económica Europeia ( em 1958). Paulatinamente foram alargando a abrangência pelo que o Tratado de Maastricht - de 1993 alterou a designação da Comunidade Económica Europeia, que passou a denominar-se «Comunidade Europeia» e introduziu novas formas de cooperação entre os governos dos EstadosMembros. Contudo, muitas delas não passaram de intenções. Derrubadas as fronteiras alfandegárias e a adopção da livre circulação de pessoas e bens, parecia que a UE tinha atingido o “paraíso”, mas não era assim. Posteriormente, os políticos avançaram para a criação da moeda única europeia – o euro – e que se tornou numa moeda real e tangível, em 1 de Janeiro de 2002, data em que entraram em circulação as notas e moedas de euro. Ingenuamente, esqueceramse que a existência de uma moeda única exigia

que outras variáveis fossem “integradas” na UE, o que não aconteceu. Foi assim criada a “zona euro” para os países que, facultativamente, quisessem aderir (ficaram de fora a Dinamarca, a Suécia e o Reino Unido), mas desde que cumprissem os critérios de convergência que foram definidos. Portugal também aderiu ao euro, cumpridos que estavam os requisitos, mas esse foi o nosso “suicídio” económico (mas como a Espanha também, tinha aderido, ficaríamos isolados se não o fizéssemos) estamos agora a pagar o preço, mas por culpa nossa, porque passámos e usar uma moeda mais forte do que a nossa economia. De repente, passámos a usar euros em vez dos nossos “escuditos” e tornámos-mos ricos. As taxas de juro e a facilidade do crédito, passaram a ser privilégios dos particulares, das empresas e do Estado. Uma moeda forte e a globalização, foram penalizando a nossa economia, como país pequeno e periférico que somos, facilitando as importações e dificultando as nossas exportações. À nossa crise conjuntural e estrutural juntou-se, mais recentemente, o efeito da crise financeira (iniciada nos USA) que entretanto estalou, e pôs a nu também a fragilidade de outros países. Já não nos bastavam as “nossas” crises, para ainda sofrermos as influências das crises do euro, com consequências na nossa crise económica, pelo que o nosso futuro próximo será muito difícil. A zona euro, à qual pertencemos, vive agora uma crise cujo fim e consequências ninguém ousa arriscar, mas sobre a qual pairam nuvens muito negras e ameaçadoras e cujos efeitos de contágio podem extravasar para países que usam esta moeda como reserva, porque a interdependência económica e o papel que o euro já desempenhava não os torna imunes à

crise. O fim do euro ou Portugal ser expulso ou auto-excluir-se teria consequências dramáticas para os portugueses. Por muito que nos doam as medidas a implementar, não há escolha e falharmos o cumprimento do acordo com a Troika/FMI/UE e/ ou sair do euro faria com que os sacrifícios exigidos fossem incomensuravelmente mais gravosos para todos nós. Infelizmente, muitos dos nossos políticos, “opinion makers”, sindicalistas e outros, ainda não acordaram para esta realidade e ameaça pois cada um com as suas “armas”, continua a esgrimir lutas contra o Estado com reivindicações e greves, ou contra a UE, argumentando alguns, Mário Soares, por exemplo, que o problema se deve à falta de líderes europeus e os mais saudosistas argumentam que fazem falta líderes como Delors, Khol, ou Miterrand, esquecendo-se que foram também eles que deixaram a obra da UE incompleta, isto é, não concluíram os alicerces necessários e que sustentariam a “moeda única” e cujos líderes actuais vão discutindo, mas “tipo apaga fogos” ou “baratas tontas”. Outros sentemse ofendidos, pelo facto de os tecnocratas estarem a substituir os políticos na governação de alguns países (Itália e Grécia) e o problema do euro estar a ser liderado por Merkel e Sarkozy, falando mesmo em ditadura “Merkozy”, porque “não os elegemos” para esse mandato. Pragmatismo, por oposição, ao poder democrático de cada um dos países e que releva a fragilidade do modelo de

governação da UE onde todos parecem querer mandar, porque, eleitos democraticamente, fazem da democracia a “menina dos seus olhos”. Dura lição para os “políticos profissionais” que têm vivido nessa ilusão, mas, no meio desta crise, “quem se lixa é o mexilhão”, e nós portugueses, temos as culpas do nosso estado actual. De repente e sem trabalharmos mais e melhor, sentimo-nos ricos como cidadãos e como os cidadãos dos países mais ricos da UE. Agora e de forma manipuladora, dizemnos que temos de empobrecer. Será assim, ou teremos que viver de acordo com as nossas reais posses? São coisas bem diferentes e quem sentiu a pobreza das décadas de 50/60 sentir-se-á ofendido. Prometeram-nos o paraíso sem trabalharmos? Que cada um de nós faça agora a sua parte e “reze” para que o barco (qual Titanic) não se afunde, enquanto muitos continuam a bailar, indiferentes à realidade que nos cerca. Colapso ou fortalecimento da UE e do euro, à custa de maior integração? Num recente artigo (no jornal Público de 3.12) o ministro dos negócios estrangeiros da Alemanha indicava pistas, mas também confiança no projecto da UE e do euro. Tenhamos, pois, esperança, porque todos (e não só os 27 países da UE) perderiam, sem esquecer que outros países ou blocos, como os BRICs, por exemplo, emergem como potências “ameaçadoras” duma Europa fragilizada e sem lideranças. SERAFIM MARQUES ECONOMISTA

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4 REPORTAGEM

05/01/2012

Medronheiro: do “garimpo” Ermida Rebelo tomou posse à plantação como presidente do Conselho de Administração Centro Hospitalar Tondela – Viseu Viseu

“E tu amigo, se vislumbrares, por entre as paradisíacas paisagens das terras do xisto, um medronhal com seis mil medronheiros em quinze hectares, não penses que é um sonho...”

TEXTO: ARMÉNIO PEREIRA

O

Secretário de Estado da Saúde, Manuel Lopes, deu posse ao novo Conselho de Administração (C.A.) do Centro Hospitalar Tondela – Viseu, liderado por Ermida Rebelo no final de Dezembro de 2011. O primeiro deixou na cerimónia uma mensagem clara de contenção de custos, dando conta aos jornalistas, de que se tem verificado no hospital de Viseu um aumento de custos e uma diminuição de proveitos. O governante reconheceu que na origem deste deficit pode estar as transferências que o Estado fez no passado, ou não, para os cofres do novo Centro Hospitalar Tondela – Viseu. A explicação que foi dada é de que os meca-

nismos de financiamento para esta estrutura de gestão pode não ter sido a mais apropriada, tornando necessário desta forma que essa metodologia seja revista. Ao que tudo indica alguns dos pontos negativos já estão detetados. Chegamos facilmente a esta constatação se repararmos nas palavras do Secretário de Estado da Saúde, que afirmou se tratar do primeiro resultado negativo dos últimos anos, apontando ainda como desagradável que o centro hospitalar tenha diminuído as cirurgias de ambulatório, ao mesmo tempo que aumentaram as programadas. No seu discurso de posse, o novo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Tondela – Viseu, Ermida Rebelo deu como certa a intenção de alcançar uma relação mais estreita com as autarquias, escolas e instituições de solidariedade. O administrador hospitalar acredita que desta

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forma será potenciada uma estratégia de obtenção de dividendos na saúde, apontando como fundamental aumentar os níveis de eficiência para os responder aos desafios que serão colocados. Eliminar redundâncias na área dos recursos humanos é outro dos caminhos, resta saber a que se refere, Ermida Rebelo, avisando ainda que as restrições orçamentais para os próximos anos terão um impacto violento no orçamento que será gerido pela sua administração, composta ainda pelos economistas Rui Melo e Ruben Tavares. O presidente do C.A. do Centro Hospitalar Tondela – Viseu pretende também consolidar esta unidade como um hospital central de referência nesta “vasta região do interior centro do país, na procura incessante do patamar de excelência, com qualidade, humanização e capacidade de resposta, em tempo útil, perante as necessidades dos cidadãos…”.

Esta expressão, da autoria de Jorge Simões, revela-nos a forma de estar na vida deste empresário agrícola, homem empreendedor, capaz de imprimir um cunho inovador a uma actividade com forte tradição nos concelhos montanhosos da área de influência da serra da Lousã e do vale do Zêzere, designadamente nas chamadas “Terras do Xisto”. A aguardente de medronho é o produto nobre que se obtém a partir dos frutos maduros do medronheiro, cuja colheita é praticada ancestralmente nos terrenos de aptidão florestal das regiões serranas do centro de Portugal. Esta actividade de autêntico “garimpo” incide sobre medronheiros de ocorrência espontânea e dispersa, existindo mesmo assim, casos de certas árvores capazes de atingir produções de fruto da ordem da centena de quilogramas. Boa parte da produção assim obtida acaba por ser encaminhada para o Algarve, contribuindo para a valorização de um território, produto e marca regional que não o da sua real origem. Segundo este proprietário e regionalista convicto, trata-se de uma situação de demérito para esta região beirã, em resultado da falta de visão e de organização, desde a produção à transformação e comercialização, desperdiçando-se uma boa fonte de criação de valor nas comunidades locais. É no lugar de Perocabeço, freguesia de Estreito e concelho de Oleiros, que se localiza esta moderna exploração de medronheiros. Representando um investimento muito significativo, na ordem de 70 000 euros, para o qual não foi sequer possível obter

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comparticipação financeira ao abrigo do ProDer, este pomar de medronheiros começou a ser instalado em 2004. Decorridos sete anos, Jorge Simões apresentanos com natural orgulho um autêntico pomar, com mais de seis mil árvores plantadas em curvas de nível, num terreno de encosta e de marcada aptidão florestal. A ocupação inicialmente prevista, plantação de eucaliptos, levou à preparação do terreno de acordo com a topografia e em sistema de “vala e cômoro”. Dada a natureza ácida dos terrenos e a pouca espessura efectiva da camada superficial destes solos de xisto, a fertilização de fundo incorporou os adubos e correctivos considerados indicados, seguindo-se as operações de plantação, de acordo com um compasso de 5x5 metros. No sentido de evitar a variabilidade genética desta espécie, ainda muito pouco trabalhada ao nível do melhoramento vegetal e, em especial, os aspectos de alternância produtiva (anos de “safra” e de “contra-safra”), Jorge Simões optou por adquirir a totalidade das plantas de medronheiro num só viveiro da região de Penamacor. Nos anos seguintes, o empresário dedicou-se à condução das árvores, aspecto que considera essencial para atingir a produtividade desejada, bem como ao controle da vegetação arbustiva, para evitar a ocorrência de incêndios e proporcionar adequadas condições de desenvolvimento à plantação. O pomar desta espécie não origina grandes preocupações em termos de controlo de pragas ou doenças ao seu proprietário que, em caso de necessi-

dade, obtém apoio de qualidade por parte de técnicos locais e de docentes das Escolas Superiores Agrárias (ESA) de Coimbra e de Castelo Branco. O facto de, nos anos anteriores, se ter promovido a abertura das copas e o controle do desenvolvimento em altura dos lançamentos (rebaixa) favorece o arejamento interno, evita problemas de cariz fitossanitário, aumenta a capacidade de produção e rentabiliza a operação de colheita. O objectivo é o de garantir que a área individual de projecção da copa ao solo represente, na fase adulta das árvores, uma ocupação de cerca de 12 metros quadrados. A floração ocorre em geral a partir de Setembro e a produção inicia-se logo ao fim do 2º ou 3º ano pós-plantação. A operação da colheita processa-se de forma manual e escalonada, obrigando a várias passagens de acordo com o faseamento da maturação, representando por isso uma fatia muito importante do custo de produção global. Tendo por base uma razão de transformação de 6 Kg de fruto de medronho para obter 1 litro de aguardente, os cálculos de Jorge Simões apontam para um custo de produção unitário de 0,78 a 0,98 •uros/litro, consoante o operador recolha 300 Kg ou 250 Kg de fruto, respectivamente. Neste particular, o adequado estado de maturação e os cuidados na manipulação e transporte dos medronhos são essenciais para preservar a sua qualidade. FONTE: DIRECÇÃO REGIONAL DA AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO NOVEMBRO DE 2011

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CIDADE 5

05/01/2012

Clube Desportivo de Tondela REFORÇO DE INVERNO PARA O ATAQUE

O avançado Mauro Bastos de 32 anos que iniciou a presente época no Chaves, da 2ª Divisão Nacional – Zona Norte depois de ter estado o ano passado no Fátima é para já a única solução atacante do Tondela para 2012. Este jogador vem assim colmatar as saídas verificadas no final do ano passado de dois pontas do plantel, os brasileiros Ronan, que regressou ao Benfica de Castelo Branco da 3ª Divisão – Série D e Beré que ingressou no Famalicão da 2ª Divisão – Zona Norte. Entretanto já regressou a Tondela o guarda-redes, Cláudio Ramos, que estava a recuperar de uma lesão muscular no seu clube de origem o Vitória de Guimarães. ARMÉNIO PEREIRA

SOS – BOMBEIROS No período de 26 de Dezembro de 2011 a 01 de Janeiro de 2012, os Bombeiros Voluntários de Tondela tiveram 109 alertas, sendo 132 referentes a transporte de doentes e as restantes a outros acontecimentos do dia-a-dia. Nestas operações tomaram parte 175 bombeiros que participaram em 111 saídas de viaturas, percorrendo 4.750 quilómetros em 197h24 minutos.

Agradecimento Silvério Gonçalves Coimbra Ermida - Tondela A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada e bem assim a quantas que de qualquer outra maneira lhe manifestaram o seu pesar.

CLUBE DE CAÇA E PESCA DO CONCELHO DE TONDELA MONT ARIA AO J AVALI MONTARIA JA 22 DE JANEIRO e 25 DE FEVEREIRO CONTACTOS: 23282366 - 961420246 - 924292292

“Domingo Aberto” na Piscina de Tondela - um mergulho de saúde

Dando continuidade aos “Domingos Abertos na Piscina” que se iniciou no passado mês de Dezembro, as Piscinas Municipais de Tondela vão abrir à prática de actividades aquáticas livres, já no próximo domingo. Assim, todos os interessados poderão deslocar-se à Piscina e desfrutar de 1 hora de actividade, em natação livre ou aula acompanhada. Das 9h00

às 10h00 - Natação Livres; das 10h00 às 11h00 Hidroginástica e das 11h00 às 12h00 - Natação Acompanhada. O “Domingo Aberto na Piscina” é uma iniciativa que pretende ir ao encontro de todos aqueles que queiram iniciar o primeiro domingo mensal, com um mergulho de “saúde”, nas águas aquecidas da Piscina de Tondela. A prática da “natação livre”, a

“hidroginástica” ou a “natação acompanhada” (esta última, especialmente dedicada a quem quer iniciar-se na aprendizagem da natação), são horas temáticas que ocuparão os 1.ºs domingos de cada mês, com acesso gratuito, para todos os que pretendam deslocar-se à Piscina Municipal de Tondela, entre as 9 e as 12 horas. A orientação das actividades está a cargo

de Técnicos especializados enquadrados pela Associação de Educação Fisica e Desporto de Tondela. A iniciativa irá decorrer até ao 1.º domingo de Junho de 2012. Esperamos por si! Desporto faz bem! M.T.

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE TONDELA No dia 21 de Janeiro de 2012, pelas 15:00 horas, terá lugar no Auditório do Hospital de Tondela uma Assembleiageral Ordinária da Liga dos Amigos do Hospital de Tondela, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: Informações, Apresentação e aprovação do Plano de Actividades para 2012; Apresentação e aprovação da Conta de Gerência de 2011; outros assuntos de interesse para a Liga. Como habitualmente se à hora marcada não estiver presente a maioria dos associados, a Assembleia funcionará meia hora mais tarde com os associados presentes.

MONTARIA AO JAVALI O Clube de Caça e Pesca do Concelho de Tondela vai organizar nos dias 22 de Janeiro e 25 de Fevereiro, Montarias ao Javali. Os valores das inscrições são de 35,00 Euros e a concentração é pela 8 horas na sede do Clube. haverá a presença de 5 matilhas. Os números de contacto são: 232 823 666 - 961 420 246 e 924 292 292.

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6 REPORTAGEM

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Santiago de

Vestígios judaicos na

Casa da Quinta de Lourosa

Eng.º Luís Pereira TEXTO E FOTOS: ARMÉNIO PEREIRA

T

rata-se de uma descoberta sumptuosa pela simples razão que estamos a falar de um vestígio arqueológico datado do Século XVII que representa algo manifestamente diferenciador no concelho de Tondela. A atracão pelos traços descobertos que levam à

conclusão de que existiu uma comuna judaica na povoação de Lourosa, na freguesia de Santiago de Besteiros está em marcha com aumento de interesse pelo estudo dos sinais encontrados. No último dia do ano de 2011, por exemplo, visitaram o local onde as mesmas foram descobertas duas historiadoras, uma da Universidade de Évora, outra ligada a um centro de estudos da zona de Trancoso. Antes, a divulgação das inscrições tinham sido tornadas públicas no domingo, dia 18 de Dezembro do ano passado, numa

apresentação, realizada no auditório municipal de Tondela, apoiada em imagens recolhidas na povoação de Lourosa. Nessa conferência os principais oradores foram o engenheiro, Luís Pereira, proprietário da quinta onde foi encontrada uma das frases interpretadas e o professor de Português e História, António Pereira os mesmos que se têm interessado pela investigação destes vestígios judaicos. O primeiro no auditório teve oportunidade de afirmar que estes revelaram um conjunto de “indícios muito fortes” de que

TIRA GEM DO "JORN AL DE TONDELA" TIRAGEM "JORNAL Conforme estipula o Decreto-Lei nº 645/76, para os devidos efeitos se declara que a tiragem mensal do "Jornal de Tondela", no mês de Dezembro findo, foi de 15.000 exemplares, correspondendo à soma de 5 edições de 3.000 exemplares cada.

FICHATÉCNICA

Registo na DGCS nº 109 629 Depósito legal nº 54581/92 Semanário Regional Independente (Fundado em 10/08/1989) DIRECTOR: Manuel Ventura da Costa E-mail:mventuracosta@sapo.pt REDACÇÃO Arménio Pereira E-mail: armeniopereira@mail.telepac.pt PAGINAÇÃO E MONTAGEM Angelo M. S. Ferreira

Lourosa, freguesia de Santiago de Besteiros, tenha sido “uma antiga e sólida comuna judaica”. As frases que têm suscitado todo interesse por parte dos investigadores, amadores, foram “Quem enfraqueceu a Sansão”, “E Desacreditou a David”, “E fez Néscio a Salomão”, inscrições encontradas na parte superior de uma porta de uma casa em obras. Perante tais vestígios foi desencadeado o interesse em proceder às investigações até agora efetuadas, acrescentando na altura, António Pereira que depois da descoberta das frases foram encontrados “dezenas de indícios que se revelaram provas fortes” da existência de uma comuna judaica em Lourosa. Numa alusão as essas provas foram menciona-

dos monogramas de Israel gravados na pedra de casas e muros, mais de uma dezena de casas com concavidades nas portas que eram usadas para colocar a “Mezuzah”. Este era o objeto essencial da liturgia judaica, o cemitério judaico, o tribunal e a cadeia, bem como a sinagoga, com o seu “armário sagrado”, onde eram guardadas as “alfaias religiosas e o Livro Sagrado, a Torá”. Foram descobertas, ainda, mais de uma dezena de cruciformes, cruzes de diversas formas que “serviram aos então cristãos novos para que não fossem perseguidos pela inquisição”. Muitos destes dados foram divulgados através da agência Lusa que tornou público a visita dos investigadores amadores

COLABORADORES Eng.º Hélio Bernardo Lopes, Dr. Cílio Correia, Dr.ª Marta Catarina Rosa, Maria da Conceição Marques Correia, Prof. Sérgio Carvalho, Dr. Leonel Marcelino, João A. Ventura da Costa, Artur Jorge Amaral Leitão CORRESPONDENTES Dr. Elisio Gomes de Matos (Barreiro de Besteiros), Henrique Marques Gonçalves (Caparrosinha), Optacilio de Matos Fragoso (Cortiçada), Herminio Henriques (Corveira), António Lopes de Sousa (Ermida), António Pais Ferreira (Lobão da Beira), José da Cruz Mendes (Mosteiro de Fráguas), Rodrigo Marques Xavier (Parada de Gonta), Amadeu Dias dos Santos (Tonda), Antonino Coimbra dos Santos (Vila Nova da Rainha), Manuel Francisco de Figueiredo (Vilar de Besteiros), Paulo Manuel L. Pereira da Fonseca (C. de Besteiros), Ana Maria de Almeida Simões (Lajeosa do Dão), Joaquim VIegas Conceição (Freimoninho), José Manuel Gomes Ferreira (Coelhoso), Eduardo Pereira Marques (Mouraz), Fausto Varela Macedo (Alvarim), Graciete Gomes (Ferreirós do Dão), José Fernando (Nandufe) PROPRIEDADE / ADMINISTRAÇÃO COMPOSIÇÃO SEDITON - Soc. Editora Tondelense, Lda Registo na DGCS nº 215 348 - Nº Cont. 502468076 Detentores com mais de 10% do Capital da Empresa, Eduardo António Ferreira Marques Arménio Ferreira Marques R. Dr. Marques da Costa Apartado 97 - 3461-909 Tondela E-mail: jornaldetondela@mail.telepac.pt Site: jornaldetondela.com.sapo.pt

às comunas judaicas de Belmonte e Penamacor para estabelecer termos de comparação com as investigações encetadas na aldeia de Lourosa. As semelhanças com a simbologia encontrada são evidentes como comprova os registos fotográficos, no caso concreto do Armário Sagrado da Sinagoga, os cruciformes ou ainda o Monograma de Israel. O professor, António Pereira, ao nosso jornal teve oportunidade de dizer que o tríptico composto pelas três frases é um resumo de “toda a história e cultura hebraica… resumido num protesto da própria terra contra as perseguições de que o povo judaico era vítima, em todo o mundo mas sobretudo entre nós…”. Este investigador deci-

IMPRESSÃO CORAZE - Oliveira de Azeméis Telef.: 256 600 580 - Fax: 256 600 589 E-mail: grafica@coraze.com ASSINATURAS E PUBLICIDADE Eduardo A.F. Marques TELEFONE: 232 822 137 FAX: 232 821 118 ASSINATURAS ANUAL (52 nºs) - NACIONAL = 25,91 Euros (c/IVA) ANUAL (52 nºs) - ESTRANGEIRO(Europa) = 55,12 Euros (c/IVA) ANUAL (52 nºs) - ESTRANGEIRO(Resto Mundo) = 68,35 Euros (c/IVA)

Avulso = 0,60 Euros (c/IVA) Números atrasados = 2,00 Euros (c/IVA) Dia de Saida: Quinta-Feira TIRAGEM NESTA EDIÇÃO 3.000 Exemplares ASSOCIADO DA

Jornal de Tondela, como orgão de informação independente, apartidário e apolítico, está aberto à participação de todos os cidadãos, pelo que a sua colaboração reflecte apenas ideias pessoais que não vinculam o estatuto editorial do Jornal.


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e Besteiros

povoação de Lourosa

Uma das frases encontrada na povoação

Frase encontrada dentro da Quinta frou as frases como sendo algo que resumem todo o percurso da história de Israel, desde o seu inicio até à morte de Moisés e como estas “já fazem parte da posterior história de Judá, trata-se por isso de um protesto contra o abandono, esquecimento, humilhação, perseguição e inquisição do povo judeu…”. O professor António Pereira acredita que os vestígios que foram encontrados em Lourosa estão relacionados com um “protesto cósmico ou universal” contra o tratamento que era dado aos judeus. Estes eram nossos compatriotas, já que estiveram na génese de um processo de aculturação, em tudo semelhante a não ser na religião, “mas que se deram como convertidos senão eram mortos e levados para a inquisição…”. Os esclarecimentos do professor permitem-nos concluir que as comunas judaicas são povoações que pela sua grandeza, “número dos seus habitantes, diversidade das

suas posições e do poder que tinham no circuito económico no interior do país mereceram o privilégio da parte do Rei de se governarem elas próprias”. Nas comunas judaicas havia o poder religioso, judicial, administrativo e cultural porque era na sinagoga que se ensinavam as crianças para que elas assumissem responsabilidades judias embora escondidas. De forma convicta o professor António Pereira afirma que só se pode comparar o sentido das frases encontradas aos “propósitos e aos gestos de contestação de inconformidade com os atuais judeus, gritando junto do muro das lamentações…”.

TRABALHAR NO SENTIDO DO RECONHECIMENTO OFICIAL DO PATRIMÓNIO No decorrer do último fim-de-semana de 2011, o Jornal de Tondela esteve na aldeia e na quinta de

Lourosa onde estão concentrados a maior parte dos vestígios. O seu proprietário, Luís Pereira, esclareceu que esta investigação decorre desde 2002, tendo na altura, o município de Tondela sido alertado para tal facto no sentido de que haja interesse por parte da autarquia em aprofundar o estudo destes dados, bem como o seu reconhecimento oficial. O interesse deste engenheiro civil em valorizar o património encontrado continuará a ser uma prioridade, na medida em que não tem dúvidas de que esta poderá ser uma fonte de atratividade a este território, embora reconheça que ainda existe muito trabalho pela frente. Parte do caminho até pode estar feito uma vez que já existe uma Rede de Judiarias em Portugal, dinamizada através da Região de Turismo da Serra da Estrela. Na expetativa está também a Junta de Freguesia de Santiago de Besteiros, disposta a colaborar dentro das suas competênci-

as, assumindo a vontade de desempenhar um papel de promoção, preservação e divulgação deste património. Para tal é preciso que o processo ganhe avanços considerados relevantes, nomeadamente, junto da comunidade científica, reunindo todas as evidências que comprovem a existência de uma comuna judaica na povoação de Lourosa. O professor António

Pereira afirmou ao nosso jornal de que o primeiro passo que foi dado pretendeu sensibilizar a opinião pública para que não se deixe perder aquele património cultural que diz respeito aos judeus, “que eram nossos compatriotas”. O investigador amador que se interessou por este tema defende que pode ser criado na povoação de Lourosa, na freguesia de Santiago de Besteiros um

Centro de Estudos Judaicos. A maneira como isso pode ser feito, depende, “será necessário aproximarmo-nos de outras comunidades, ver o que eles fazem e o que nós poderemos fazer, até porque de acordo com as informações já disponíveis, “parece que não há nenhuma comuna com um património cultural tão profundo como este…”.

Professor António Pereira e Eng.º Luís Pereira

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Tond

A última Assembleia

Eduardo Chaves

Mesa na condução dos trabalhos TEXTO E FOTOS: ARMÉNIO PEREIRA

A

última Assembleia Municipal de Tondela realizada em 22 de dezembro de 2011aprovou as Grandes Opções do Plano e do Orçamento para 2012. No entanto, como é normal foram levados a esta sessão ordinária outros assuntos que constavam da ordem de trabalhos com manifesto interesse para o concelho que foram apresentados pelos deputados. Nas intervenções iniciais, falaram João Rebelo Cotta, Abílio dos Santos, Vera Machado, Eduardo Chaves, Joaquim Santos e Felisberto Figueiredo. Este último levou dois assuntos importantes à reunião, o 35.º Aniversário da ACERT e a Menção Honrosa atribuída pela Associação Portuguesa de Museologia ao Museu Terra de Besteiros. Mais tarde participou numa troca de argumentos com o deputado Joaquim Santos sobre o Centro Hospitalar Tondela – Viseu, o deputado na Assembleia da República, João Carlos Figueiredo.

EDUARDO CHAVES (PSD) O deputado, Eduardo Chaves na sua intervenção aludiu à opinião manifestada pelo Ex-Primeiro Ministro, José Sócrates que de Paris, onde está a estudar Filosofia, disse que “para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são, por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei…” e acrescentou: “Claro que não devemos crescer a divida muito, porque isso pesa depois sobre os encargos. Todavia, para um país como Portugal, é essencial financiamento para desenvolver a economia…”. Para o deputado do PSD estas palavras explicam porque estamos atualmente na bancarrota, na sua opinião, José Sócrates não percebe nada de economia e não aprendeu com o passado. Depois explica que: “Se o Estado se endividar para fazer investimentos úteis, o retorno desses investimentos é suficiente para amortizar a divida contraída. Não há razão para não pagar a divida se há di-

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nheiro e foi isso que fizerem alguns países europeus com sucesso como por exemplo a Suécia. Quando uma economia não cria empregos suficientes em certa área, os profissionais ou ficam, e reconvertem-se, ou mudam de geografia. Sempre foi assim e sempre assim será. Mais: hoje a mobilidade geográfica é muito mais fácil do que há 30 ou 40 anos. Falando no caso dos professores aconselhados pelo atual Primeiro-Ministro, Passos Coelho a emigrarem, Eduardo Chaves justificou a situação com a descida da natalidade que tornou muitos destes profissionais dispensáveis. “Querer que o Estado, à força, lhes dê emprego é um erro; é criar despesa pública onde não se justifica”. O deputado disse que o problema do PrimeiroMinistro foi ter-se esquecido de dizer que a emigração não empobrece um país. Pelo contrário: sujeita quem emigra a novas mentalidades, novos processos, novas vivências...que influenciam os países de origem. Ou pelo regresso, ou pela “rede” que liga quem fica

e quem parte. Uma “rede” que favorece a modernização de mentalidades, fundamental nos países periféricos. Por isso considera que, Passos Coelho devia ter citado o padre António Vieira, no Sermão de Santo António, escrito há dois séculos mas actualíssimo: “Para nascer, Portugal. Para morrer, o mundo”. O Governo completou há pouco tempo seis meses de governação sendo ambiguamente um governo de maioria absoluta com poderes relativos. Muito limitado pela situação herdada e pelo programa exigido pelos credores. O contraste com o Governo de “José Sócrates e o seu país das maravilhas” é evidente. Falar verdade não resolve os males, mas é uma condição necessária para os vencer. Não sendo a austeridade um fim em si mesmo, os próximos seis meses serão determinantes para dar esperança aos portugueses e para reformar o Estado. Para exprimir o princípio da subsidiariedade como a via certa para conjugar li-

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berdade com responsabilidade e para contrariar formas ínvias de intervencionismo e asfixia. E para responder à necessidade de haver “mais Sociedade, melhor Sociedade” como a via mais estável para haver “menos Estado, melhor Estado”. Neste âmbito, estou esperançoso nas decisivas reformas nas áreas da Justiça, da Educação, da concorrência, do arrendamento e das políticas sociais. Estou especialmente esperançoso que o Governo saiba relançar o país reindustrializando sectores económicos adormecidos ou acomodados à prestação de serviços, galvanizando a economia e criando riqueza que possa ser redistribuída.

JOAQUIM SANTOS (PS) O deputado do PS, na sua intervenção inicial anunciou o fim do estado de graça de uma governação, “nunca vista que tem posto à prova a paciência dos Portugueses: Nenhum grego, espanhol, italiano, francês ou mesmo alemão teria tido a bondade do nosso povo

ao suportar tanta aldrabice, tanto descarado roubo, tanta incompetência, tanta mentira, diria mesmo, tanta falta de discernimento moral e intelectual com que temos sido brindados”. Joaquim Santos não entende a inexistência de honestidade intelectual e política de um primeiroministro que, apesar das suas promessas, “nunca admitiu, ao contrário do que fez fora de portas, no Brasil ou na Colômbia, que a situação das nossas finanças e da nossa economia é, acima de tudo, alheia a qualquer erro ou exagero dos Portugueses. A isto, sem prejuízo de qualquer outro adjectivo mais adequado, chama-se covardia!”. Para Joaquim Santos quem está a ficar completamente “depenado e a pagar pelas aldrabices da senhora Merkel são os povos da Islândia, da Irlanda, da Grécia e de Portugal, aos quais se seguirão o povo italiano, espanhol, francês, terminando, pelo efeito dominó, no próprio povo alemão”. A ponte para o que acontece no nosso país é feita para a passividade dos nossos governantes,

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REPORTAGEM 9

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dela

a Municipal de 2011

Joaquim Santos

Felisberto Figueiredo “portugueses e europeus, numa atitude cúmplice com toda esta grande e condenável encenação, onde não são mais que meros palhaços, pagos para se portarem como figurantes de qualquer “baratucho” “talk-show” televisivo, mas com uma enorme diferença – as suas consequências serão fantasticamente trágicas e imprevisíveis!” Joaquim Santos prosseguiu, afirmando que os nossos governantes não tiveram em conta a nossa “Geração à Rasca” de Março nem a Manifestação de 24 de Novembro de 2011: “O nosso povo é maduro, ordeiro e sabe agir com respeito, mesmo quando se sente desrespeitado. E também porque, aqueles que no inicio da primavera tentaram usar as nossas gerações em politico proveito próprio, de um momento para o outro ficaram mudos que nem régios sepulcros, numa atitude demasiadamente covarde e inexplicável. Onde estão aqueles políticos de trazer por casa que se ergueram em bicos de pés, falsamente solidários com aqueles protestos? Ficaram com dores nas unhas

ou sentem-se demasiadamente envergonhados?”. Da mesma forma que agora não se encontram os críticos, “agora mudos, que não têm coragem de denunciar os aumentos brutais dos transportes, da eletricidade, dos medicamentos e das taxas moderadoras?”. A intervenção de Joaquim Santos questionou as nossas polícias, “que aparecem apenas para malhar nos pacíficos manifestantes, como aconteceu há um mês na escadaria do Palácio de S. Bento, e agora vigiam os famigerados pórticos na A22, numa luta desigual de cidadãos contra ladrões do alheio, em portagens escandalosas, enquanto a criminalidade aumenta, num claro desafio à permissividade das forças, que deveriam ser, de segurança?”. As explicações são pedidas ao senhor ministro da Administração Interna já que estamos perante um fenómeno de aumento do crime, em contradição com o seu orçamento chorudo, comparativamente com os ministérios que deveriam ser o suporte do Estado Social? “Porque não admite

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Miguel Macedo o seu medo da eventual contestação social, consciente que está das miseráveis e tão implacáveis como injustificáveis medidas do seu governo? Não será pertinente invocar o ditado popular de “quem não deve não teme”?”. “Álvaro Pereira competente, só existe um! É uruguaio e joga a lateral esquerdo do F. C. Porto!” Na verdade, o que se poderá esperar do sucesso económico de um país que tem um ministro cujas medidas que até agora anunciou, todas elas contradizem os mais básicos princípios académicos do crescimento económico? E onde pára esse senhor? Foi, de saudades, passar férias a Vancouver e por lá ficou, ou foi estagiar para o Portugal dos Pequeninos, na margem do Rio Mondego, imaginando-se à beira Tejo, procurando uma inspiradora Tágide, que lhe rasgue um horizonte bem longínquo? Claro que Passos Coelho não pode passar incólume a esta trapalhada – apesar de ter manifestado a sua concordância com as recentes declarações do ex - Primeiro-Ministro José Sócrates, sobre o pagamento da nossa dívida, o que deixou com, embora apenas alguns, cabelos em pé o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Mas o nosso PrimeiroMinistro foi mais longe, muito mais longe. Meses atrás, um Secretário de

Estado desafiou os jovens portugueses a arranjarem trabalho…fora do seu País; depressa se tentou retratar, escondido de vergonha e dando o dito por não dito. Agora, Passos Coelho recuou ao Estado Novo, comparou-se a Salazar – nunca algum político da nossa Democracia foi tão longe, ao desafiar uma classe profissional a encontrar trabalho além fronteiras, imiscuindo-se, sem escrúpulo algum, de uma das suas mais elementares e constitucionais tarefas do cargo que desempenha! Saiba, senhor Primeiro-Ministro, os Portugueses merecem mais respeito, mais dignidade: E se o senhor entende que o lugar dos seus compatriotas não é no seu próprio País, alguém está no lugar errado. E guarde esta certeza - não são os professores que têm de abandonar a sua Pátria! Depois deste paradigma por si criado, nem mesmo as constantes aparições, sem exceção com más notícias para os Portugueses, do seu Ministro das Finanças, se revelam tão maléficas para moral do nosso povo. Nem tão pouco a visível e descarada destruição da nossa Segurança Social, da nossa Educação e o afundamento voluntário do nosso Serviço Nacional de Saúde podem ser tão violentamente questionáveis quanto as suas afirmações.

A nossa História habituou-se a fazer justiça, e em cada um de nós, Portugueses, certamente que ainda existe uma réstia de esperança no futuro! Esta é a opinião de quem não culpa o actual Executivo pela crise que vivemos. Mas este Governo é e será sempre culpado pela miséria a que as suas políticas irão conduzir Portugal. – Caminhamos a passos largos para um beco sem saída.

CARLOS MARTA CONTINUA CONTRA O CENTRO HOSPITALAR TONDELA – VISEU Um dos assuntos que aqueceu a parte final da Assembleia Municipal foi a criação do Centro Hospitalar há um ano e que o novo conselho de administração tomou posse a 20 de Dezembro de 2011. O presidente do Município de Tondela continua a ser contra esta estrutura de gestão, posição coerente com aquilo que sempre defendeu a começar desde logo com a constituição deste mesmo conselho de administração, “mas também sou sério para dizer isto aqui não digo uma coisa antes e outra depois...”. Carlos Marta continua afirmar que sempre disse que o Centro Hospitalar Tondela – Viseu ia perder valências, intervenção, autonomia “e terá de ha-

ver um grande esforço político para eventualmente dar a volta a isso…”. O presidente do Município de Tondela evocou ainda o exemplo do autarca, Joaquim Mourão de Castelo Branco que informou o seu colega de que se impôs fortemente para que o hospital de desta cidade ficasse independente do centro hospitalar da Covilhã. Esse objetivo foi conseguido com pressão política, força e pondo o seu lugar à disposição, “ele tinha autoridade para o fazer eu não tinha hipótese nenhuma de o fazer porque ninguém nos ligava importância, mas vocês (socialistas) tinham mas deixaram-se ir neste comboio que não se sabe onde vai parar…”. Carlos Marta denunciou ainda sobre a falta de médicos uma carta que recebeu do coordenador da ACES, Dr. Craveiro, a propor uma série de extinções de extensões de centros de saúde, “é gravíssimo isto deixou que o Governo tomasse posse para de uma assentada propor quase a totalidade destas estruturas…”. Esta decisão no entender do presidente do Município de Tondela está relacionada com a falta de médicos, “porque sabia que iam faltar médicos nas extensões, esta é que é a realidade indiscutível e nós não deixamos porque nos disseram que havia condições para arranjar médicos…”.


10 CONCELHO

S. SILVESTRE O último dia de cada ano, 31 de Dezembro, é dedicado ao Papa S. Silvestre. E dando continuidade aos anos anteriores, São Silvestre teve honras com a solenidade da santa missa celebrada pelo nosso Pároco António Flor, em que da sua homilia saíram palavras em louvor de S. Silvestre e Santa Maria Mãe de Deus, a qual se festeja no 1.º dia de cada ano. No final da santa missa e após adoração do menino Jesus procedeuse à procissão que teve o seu trajecto habitual, onde se cantou e rezou em louvor de S. Silvestre e Santa Maria Mãe de Deus. A nossa Igreja estava muito bem ornamentada de flores e o grupo coral

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Alvarim (Dardavaz)

Lobão da Beira

FAUSTO V. MACEDO

ANTÓNIO PAIS FERREIRA

da nossa terra esmerouse com lindos cânticos que tornaram o acto litúrgico mais acolhedor. Já com as cerimónias religiosas acabadas as mordomas procederam ao sorteio de um cabaz que por sinal saiu na nossa terra, e também um pequeno beberete foi servido no final onde se aqueciam os estômagos mais vazios com o aquecimento de bebidas e uma grande fogueira acompanhada por alguns foguetes de estalaria e cores que proporcionaram um bom momento de alegria e bater de palmas. Estão de parabéns as mordomas e que as próximas nomeadas sigam o exemplo das cessantes. São Silvestre já não tem os devotos que tinha

no antigamente, as promessas eram feitas com milho e algumas partes de carne de porco, tais como a língua, pé, orelha e chouriças, hoje em dia algumas promessas realizam-se com dinheiro e já são poucos os forasteiros que nos visitam. É como tudo, até os Santos estão em crise.

A ÁGUA JÁ CHEGOU Finalmente a água já chegou aos tanques públicos e foi com particular alegria que de modo especial as senhoras receberam o precioso líquido, pois já podem lavar a sua roupa e levar o tal caneco de água para os seus animais. Obrigado aos responsáveis por estes serviços.

Tourigo MANUEL DA COSTA

Domingo primeiro de Janeiro de 2012, o Grupo de Cantares de Lobão tomou parte na sessão de Janeiras que decorreu pelas 16,00 horas, na freguesia de Sabugosa. O convite foi-lhe feito, e bem como a outros grupos que preencheram razões suficientes para uma tarde cheia de elogios aos actuantes.

ACTUAÇÃO NO DOMICILIO DO GCL A freguesia tem acolhido com muito apreço, a visita que lhe é feita pelo GCT – Grupo de Cantares de Lobão. Sons e vozes, boas melodias em sintonia com o período natalício, que muito se parecia, vãonos lembrando tempos passados mas muito participados por outros tantos grupos que primavam pela sua qualidade.

EM FESTA AS ASSOCIAÇÕES LOCAIS

FALECIMENTO Faleceu no passado Domingo, dia 01 de Janeiro de 2012 em sua casa, a senhora Clarinda Pereira de 86 anos de idade. Nascida a 04 de Março de 1925, iria completar os 87 anos dentro de três meses. Era viúva do senhor José António Rodrigues, falecido há quatro anos com 97 anos de idade. A senhora Clarinda vem de uma família de oito irmãos, encontrando-se ainda em vida, três deles – Isidro e Mário Coimbra a residirem na Marruje e Pureza Pereira Coimbra residente no Tourigo. Era mãe de Idalina Pereira casada com Octávio Gomes Marques, de Lurdes Pereira Rodrigues casada com Julião Matos Santos e de Maria Pereira Rodrigues casada com Samuel Gomes Paredes. Era avó de Mauro e Rita Marques; de Márcio e Bruno Santos e de Ângela, Saul e Joel, filhos, respectivamente, dos casais acima mencionados, O corpo esteve em câmara ardente no Salão paroquial e na segunda feira, depois de missa de corpo presente, celebrada na Igreja Paroquial do

IDA A SABUGOSA DO GRUPO DE CANTARES

Este fim de ano foi propício a momentos de convívio, gozando, cada qual

a seu gosto nas associações locais. Alegria por um ano que passa e outro que chega sempre na expectativa de acontecerem melhores dias de vida. Fica a esperança, só que quem manda e governa, não deixa boas perspectivas.

FOGUEIRA NA VÁRZEA COM PRESÉPIO Junto à sede da ASRCL de Várzea Associação Social Cultural Recreativa Lusitana, a fogueira típica da passagem de ano iniciou a chama a meio da tarde prolongando-se pela noite dentro. “Queimaram-se” sonhos não realizados e com pensamentos no novo ano e desejaram-se novos comportamentos e atitudes face aos sinais dos tempos.

FALECIMENTO DE JOSÉ CÂNDIDO No dia 30 de Dezembro faleceu José Cândido. Foi morador na Rua das Pedras Maias, contava 90 anos e era viúvo de Laurinda Maria de Jesus. Era pai de Armelim de Jesus Ferreira Cândido (industrial de sapataria na

Rua Tomais Ribeiro/ Tondela), avô de Sandra Patrícia Fernandes de Jesus e de José António Fernandes Cândido e bisavô da sua querida Júlia. O José Cândido viveu parte da sua vida noutras paragens e por cá teve profissão de sapateiro, exercendo as suas lides agrícolas enquanto as forças lho permitiram. Era respeitado e muito cordial com quem convivia. Era amigo de conversar e de tomar o seu cafezinho o que fazia com regularidade. Nos derradeiros anos, livre dos afazeres que gostava, a que se juntou a perda da esposa, mantinha óptimas relações com os familiares directos a morarem bem perto do seu domicílio. Seu corpo esteve em câmara ardente na capela mortuária, daí retirado pelas 14,30 de 31 e levado para a Igreja Matriz, onde teve Santa Missa. Muitos foram familiares e amigos a tomaram parte no acto fúnebre, fazendo-se acompanhar até ao cemitério local onde repousa o corpo. Que o Senhor o tenha no descanso merecido. Aos enlutados, os nossos sentidos pêsames.

Grupo de Cavaquinhos de Molelos

Tourigo pelo Senhor Padre Vilarinho, seguiu-se o cortejo fúnebre para o cemitério da Freguesia, onde os seus restos mortais foram sepultados. A Família agradece a todos os que participaram nas cerimónias fúnebres e a acompanharam até à sua última morada ou que de qualquer outra forma lhe manifestou o seu pe-

sar. Jornal de Tondela na pessoa do correspondente no Tourigo endereça a toda a Família os seus sentidos e sinceros pêsames. Aproveitamos para informar que a missa do 7.º dia será celebrada na Igreja Paroquial do Tourigo, amanhã, sexta-feira, às 19 horas – sete horas da noite.

No último dia 1 de Janeiro, domingo, o Grupo de Cavaquinhos de Molelos deslocou-se pela primeira vez ao Pavilhão Multiusos de Sabugosa para actuar no Encontro de Janeiras que se realizou nessa tarde, onde participaram outros grupos do Concelho. Tem vindo a decorrer ao longo da semana passada e ainda até aos Reis, o cantar de Janeiras pelas ruas de Molelos onde o Grupo tem sido bem acolhido pelas pessoas. Vai ainda decorrer no próximo fim-de-semana, dia 7 de Janeiro, um Encontro de Janeiras organizado por este Grupo de Cavaquinhos na Igreja Paroquial de Molelos com início pelas 20 horas. Participarão o Grupo de Cantares de Sabugosa, Coro Polifónico de Tondela, Rancho Cantarinhas de

Molelos e o Grupo organizador. Desde já ficam convidadas todas as pessoas que gostem destes espectáculos a assistirem. Domingo, dia 8 de Janeiro, este Grupo irá estar presente num Encontro de Janeiras no Caramulo que

se realizará pelas 16 horas na Casa do Povo do Guardão. Irá também estar presente no Encontro de Janeiras em S. João do Monte, no dia 14 de Janeiro, pelas 18 horas, na Igreja Paroquial. ANABELA VALE

Agradecimento José Cândido Lobão da Beira Filho nora e netos, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era o seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas às pessoas que se dignaram participar no acto fúnebre do seu ente querido ou que de qualquer outra maneira lhes manifestaram o seu pesar. Aproveitam para informar que a missa de 7º dia se realiza na sexta-feira pelas 20,00 horas na capela de S. Simão


CONCELHO 11

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FELIZ ANO NOVO! Entramos no ano de 2012, e pela frente encontramos muitas dúvidas e incertezas. Este novo ano como todos sabemos será difícil principalmente para quem vive no interior deste nosso pequeno país. E nós nesta nossa pequena aldeia já o sentimos nesta quadra, visto termos recebido muito menos visitantes do que é costume, já para não falar da

Ferreirós do Dão

Vila Nova da Rainha

GRACIETE GOMES

ANTONINO DOS SANTOS

pelo menos meia centena que foi passar esta quadra fora da nossa terra, mas junto dos seus familiares. Portanto este ano as ruas de Ferreiros estiveram vazias e nem as crianças foram pedir as janeiras, como é hábito. Espero sinceramente que este ano que temos pela frente embora de mudança seja para melhor. Desejo a todos os Ferreirosences e a todos

os leitores do Jornal de Tondela um Feliz Ano Novo, cheio de alegrias e de coisas boas.

ASSOCIAÇÃO VALE DO DÃO A Associação Vale do Dão comemorou mais uma vez a passagem de ano com um jantar seguido de música e de muita alegria para a entrada no novo ano.

Mosteiro de Fráguas JOSÉ DA CRUZ MENDES

FESTA DAS CRIANÇAS DA CATEQUESE Neste último domingo, dia 1 de Janeiro, decorreu no nosso salão paroquial uma festa com as nossas crianças. Iniciou-se com uma peça de teatro intervindo adultos, familiares dos nossos pequenitos, referindo-se à quadra festiva. Seguiu-se a alegria dos nossos artistas de palmo e meio, começou pelas crianças do Jardim de Infância e continuando com os dos vários anos ou classes da catequese, que com as suas habilidades fizeram vibrar de ale-

gria todos os presentes. De louvar o esforço das professoras e catequistas que não se esquivaram a esforços, tudo fizeram para que esta festa das nossas crianças fosse mais um êxito. Para todos as pessoas intervenientes vão os nossos parabéns. No final estiveram presentes um grupo de cantores acompanhados à viola relembrando o Natal.

BOAS FESTAS Aos obreiros do nosso Jornal, não esquecendo anunciantes e leitores, desejamos que o Natal tenha

sido de saúde, paz e fraternidade e que o ano de 2012 agora iniciado, traga tudo de bom principalmente entendimento entre os homens do mundo inteiro. Que a fé e esperança voltem ao nosso Portugal e que os nossos portugueses consigam os seus empregos para ganhar o pão de sustento aos seus familiares. Não esqueçam, quem dá o pão dá educação, esta começa em casa, como sendo os pais os principais professores.

Maria Manuela de Figueiredo Almeida NOTÁRIA NIF: 128 291 990 Av. Dr. António Manuel Tenreiro da Cruz, n.º 54

JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL Certifico, narrativamente para efeitos de publicação que por escritura exarada de folhas 56 a folhas 57 do livro de notas número 117-I, deste Cartório, Eduardo Jorge Simões Gomes, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Lariete Simões Nunes, natural da freguesia de Vilar de Besteiros, concelho de Tondela, onde reside no lugar de Casal de Cima, na Rua de Merouços, n.º 34, que se declara com exclusão de outrem dono e legitimo possuidor do seguinte prédio: Rústico, sito em Chão da Fonte, freguesia de Vilar de Besteiros, concelho de Tondela, composto por vinha, com a área de sessenta metros quadrados, que confronta do norte com Maria Alice Simões, a sul e poente com Maria Zélia Henriques e do nascente com Maria Lucília Paiva, inscrito na matriz, em nome de Joaquim Nunes, sob o artigo 3124, omisso na Conservatória do Registo Predial de Tondela. Que adquiriu a totalidade do mencionado prédio em Maio de mil novecentos e noventa e um, ao tempo ainda solteiro, por compra que fez a Joaquim Nunes e mulher Odete de Jesus Reis, resientes na mencionada freguesia de Vilar de Besteiros, sem que no entanto ficasse a dispor de qualquer título formal, que lhe permita efectuar o seu registo na Conservatória do Registo Predial, sendo certo porém, que sempre tem exercido os poderes de facto correspondente ao direito de propriedade, sem interrupção, fruindo como donos as utilidades possíveis, à vista de todos e sem discussão nem oposição de ninguém. Está conforme o original. Tondela, 29 de Dezembro de 2011. A colaboradora da Notária, devidamente autorizada para a prática deste acto, Carine Maria Martins Agostinho, inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 110/2. (assina) (JORNAL DE TONDELA, 5 DE JANEIRO DE 2012)

GÂNDARA VENEROU SUA PADROEIRA No passado sábado, 31 de Dezembro de 2011, a comunidade do lugar da Gândara, desta Freguesia, venerou a sua Padroeira a Sagrada Família de Nazaré. A santa missa teve lugar pelas 11h30 celebrada pelo Pároco da Paroquia, sr. António Flor, após que se seguiu a procissão do Santíssimo Sacramento, da Freguesia. Os gandarenses sempre briosos deram ênfase à animação com a subida de foguetes logo a partir da manhã da festa que se manteve até madrugada de domingo no sentido de animar o baile. À tarde realizou-se o leilão das oferendes cujo resultado vai direitinho para a Comissão da Capela. Também houve muita animação de passagem de ano na Associação Cultural (ARCH). Quando suou a meianoite essa animação subiu ao rubro: foguetes que estoiravam, garrafas de champanhe que se abriam, gritos de “fora, fora”. Porém, o importante estava para vir: cantaramse os parabéns a 3 senhoras, muito estimadas do público: Adelina, Florinda e Rosa, são as aniversariantes, com as idades compreendidas entre os 47 e 54 anos. Parabéns minhas senhoras, deseja o JT e seu correspondente. O trio José Augusto forneceu a música. Nota: no fim da 1.ª mis-

sa do Ano Novo e na Paróquia, o Coral cantou os “parabéns” à sua companheira Florinda. Houve alegria com alguma mistura de emoção. Querida companheira: o grupo Coral está contigo e tu vais continuar connosco. É a nossa fé. Para a frente!!!

FALECIMENTO Faleceu num lar da grande Lisboa, após ter passado por um dos hospitais, Elisa da Conceição (Morgado), de 94 anos de idade, viúva de Adriano de Sousa há 27 anos.

Era mãe de Clarinda, casada com Manuel Melo, Isabel, casada com José Medeiros, Fernanda, casada com Elísio Costa, e de José, casado com Ermelinda. Elisa. Deixou 7 netos e 7 bisnetos. Era uma bondosa senhora, cozinheira nos seus bons tempos. O seu funeral realizouse na terça-feira, 28, para o cemitério da freguesia, após ter sido velada com missa de corpo presente na Capela da Gândara, onde a senhora pertencia. Paz à sua alma com condolências à família.

O ESTADO DO TEMPO PARA OS PRÓXIMOS DIAS DIA 5.ª 6.ª Sáb. Dom. 2.ª 3.ª 4.ª

TEMPO Predominância de sol Índice UV: 2 Minimo

Ensolarado Índice UV: 2 Minimo

Ensolarado Índice UV: 2 Minimo

Ensolarado Índice UV: 2 Minimo

Ensolarado Índice UV: 2 Minimo

Ensolarado Índice UV: 2 Minimo

Predominância de sol Índice UV: 2 Minimo

MÁX.

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11.ºC

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12.ºC

4.ºC

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4.ºC

10.ºC

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4.ºC

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4.ºC


12 CONCELHO

05/01/2012

Parada de Gonta RODRIGO XAVIER

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE PARADA DE GONTA RELEMBRADA Está situada no Largo da Estação o edifício e o cais que serviram para todos aqueles que vinham tirar os bilhetes para viajarem no País ou para o estrangeiro, assim como para despacharem e receberem encomendas de despachos de mercadorias nos então comboios da linha do Dão que fazia ligação Santa Comba Dão – Viseu. Estou-me a lembrar pessoalmente das viagens que fazia nesse comboio para Viseu quando cá trabalhava no comércio, para viajar para Tondela, para a feira semanal ou para outros assuntos, para viajar rumo a Lisboa e Porto em visita a familiares, viajar para a Figueira da Foz e Coimbra em serviço militar, assim como para França onde fui emigrante até ser reformado. Mas como eu foram milhões de pessoas que durante largas décadas se serviram desse mesmo meio de transporte para o País e estrangeiro, assim como vários empresários de vários ramos, pessoas que despachavam e recebiam mercadorias, o peixe para venderem, e várias freguesias do nosso Concelho e Distrito, vagões de sal para as salinas que existiam nesse mesmo Largo da Estação, etc. Todos estes movimentos ferroviários que na estação de Parada de Gonta se efectuavam na venda

de bilhetes para viajarem, ida e volta ou despachos enviados e recebidos tinham sempre um chefe da estação a passar os bilhetes, fazer os despachos com guias e carimbo da estação de Parada de Gonta e não de outra qualquer freguesia do Concelho de Tondela ou do Distrito de Viseu. Venho então esclarecer e informar com orgulho que no passado sábado, dia 31 de Dezembro de 2011 que a nossa Junta de Freguesia, pelas 11 horas da manhã, inaugurou duas placas com azulejos pintados com as fotos da então estação de Parada de Gonta, o comboio e fotos dos então emigrantes na hora do embarque, etc. Isto dando um verdadeiro reconhecimento daquele então património que tanto orgulho e simbolismo deu a Parada de Gonta e que a actual Junta de Freguesia reconheceu. Estas placas em azulejo pintados no mês de Dezembro, foram oferecidas por uma pessoa anónima as quais foram aplicadas e muito bem, na Avenida do Emigrante e que no mesmo local estiveram presentes o sr. Presidente da Junta de Freguesia, secretária, tesoureiro, colaboradores e apoiantes da Junta, assembleia de freguesia e vários emigrantes que estiveram e estão em vários países da Europa e do Mundo. A pedido do sr. Fernando Pereira do Vale, Presidente da J. de Freguesia, a bandeira da Junta foi tirada no acto da inauguração pelo emigrante mais velho e mais novo

que estavam presentes nesta cerimónia. No final deste honroso e merecido reconhecimento e respeito pelo nosso património, todos os presentes aceitaram o convite do amigo Marco Santos para irmos à sua residência beber e petiscar uns excelentes e apetitosos aperitivos.

FALHAS NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA Sabendo que a Junta de Freguesia está ao corrente e que já chamou à atenção da EDP para resolução destes e outros casos, os quais mais uma vez me chamaram a atenção para este alerta nos seguintes locais: Av. Eng. Correia e Sá junto à residência do sr. Reis, Rua do Outeiro junto à residência de Luís Sagucho e na nova rua Trás do Castelo falta de lâmpadas. Assim haja disponibilidade as pessoas agradecem estes casos resolvidos.

RECTIFICAÇÃO NO HORÁRIO DAS JANEIRAS Como foi anunciado na passada semana neste mesmo Jornal que o Rancho Folclórico de Parada de Gonta iria realizar já neste domingo, dia 8 de Janeiro de 2012 o tradicional Cantares de Janeiras, vamos rectificar o horário que foi publicado no programa: informamos então que os Cantares de Janeiras começarão às 16h30 e não ás 12h00.

ASSOCIAÇÃO “OS AMIGOS DE

PARADA DE GONTA” - NATAL 2011 Chegada a época natalícia, a Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”, como já vem sendo hábito decidiu mais uma vez levar a cabo dois dias de actividade para promover não só esta época festiva, como também para terminar o ano de 2011 em grande. Assim sendo, no próprio dia de Natal, dia 25 de Dezembro pelas 16Horas, subiram ao palco da Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”, uma formação nova de artistas de Parada de Gonta, que levaram a cabo uma peça de teatro relacionada com a época em questão. Junto com a peça de teatro, também os mais jovens cantaram canções de Natal, contribuindo assim para mais uma tarde de Natal bem passada por as muitas pessoas que se deslocaram à Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”. Muitas pessoas foram também aquelas que se

deslocaram no dia seguinte, dia 26 de Dezembro, pelas 22Horas, também à sede da Associação “Os Amigos de Parada de Gonta” para verem subir ao palco uma daquelas que é sem dúvida das melhores vozes de Portugal, acompanhado por o guitarrista Louie Russo, Luís Portugal cantou e encantou durante um pouco mais de 2 horas todas as pessoas presentes, cantando preferencialmente em português, percorreu músicas que fazem parte do imaginário da canção portuguesa percorrendo também musicas suas de grande êxito como é o caso de por exemplo a Latina América, cantada a uma só voz com todos os presentes. Foi sem dúvida um concerto cheio de intimidade com uma grande voz nacional. Terminaram assim em grande estes dois dias de actividade da Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”. Como já vem sendo habito a presença de público foi muito boa, o que contribuiu para o bom

ambiente vivido e para o bom decorrer das actividades. A Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”, termina assim mais um ano em grande, onde realizou espectáculo regulares e sempre com boa aderência. Parabéns para a Semana Cultural, que mais uma vez superou todas as expectativas e que se revela como o grande evento desta dinâmica associação. Agradecimento também aos principais apoios que a associação recebe, que é o caso do Instituto Português da Juventude, Câmara Municipal de Tondela e Junta de Freguesia de Parada de Gonta, também não a nível monetário mas a outros níveis também bastante importantes agradecimentos a todas as Associações de Parada de Gonta e por fim a todos aqueles que este ano nos visitaram e contribuíram assim para o crescimento da Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”


REPORTAGEM 13

05/01/2012

Bombeiros Voluntários de Tondela

Tondela

António Mano é o novo Projeto museológico presidente da direção para distinguido a nível nacional o biénio 2012/2013

TEXTO: ARMÉNIO PEREIRA

A

última AssembleiaGeral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela realizada a 17 de Dezembro elegeu os novos membros que integram os diferentes órgãos sociais desta instituição. A gestão rigorosa em termos financeiros levada a cabo pela anterior direção, presidida por Arménio Leite Marques continua a ser um dos principais objetivos dos novos protagonistas. António Mano assume a liderança da nova direção, defendendo uma linha orientadora assente na racionalização de custos, procurando mentalizar as pessoas de que o caráter de obrigatoriedade de que tantas vezes imputam aos bombeiros tem um preço elevado dentro de casa própria. A intenção do novo presidente é fazer com que todos se apercebam desta realidade, tomando consciência de que a prestação da corporação de bombeiros não pode ser dada durante 24 horas de uma forma gratuita, devendo todos nós dar mais um pouco que aquilo que provavelmente já demos.

Esta preocupação surge aliada a outras duas que não são menores e que se prende com a Nova Legislação do Transporte de Doentes e a dividida que o Ministério da Saúde tem para com os Bombeiros Voluntários de Tondela. Apesar do cenário pouco colorido que é esperado, António Mano, garante que a direção a que preside e que tomará posse esta terça-feira, dia 3 de Janeiro, tudo fará para continuar a ter um corpo de bombeiros de excelência, desafiando toda a comunidade, empresas incluídas apoiar os soldados da paz. Na Assembleia-Geral: Presidente: Arménio Leite Marques - Sócio N° 141; Vice-Presidente: Dr. António Henriques Pinho Marques - Sócio N° 1232; Secretário: Comendador Luís Elso de Sousa Marques - Sócio N° 5253; 1° Suplente: Alberto Marques Figueiredo - Sócio N° 656; 2° Suplente: José Alves Pinto Pizarro - Sócio N° 201. A direção fica entregue aos seguintes elementos: Presidente: Eng. António José Mano - Sócio N° 5461; Vice-Presidente: Ana Maria Ferreira Fernandes Marques - Sócio N° 788; 1° Secretário:

Paulo Jorge Antunes Pereira - Sócio N° 5436; 2° Secretário: Paula Cristina Gonçalves da Silva Roberto - Sócio N° 5752; Tesoureiro: Mário Augusto Figueiredo Marques - Sócio N° 486; 2° Tesoureiro: António Joaquim Matos Ribeiro Henriques - Sócio N° 1963; Vogal: Bruno Eduardo Azevedo Rebelo - Sócio N° 4373; Vogal: Miguel Cláudio Torres Bruno - Sócio N° 5235; Vogal: Vítor Sousa Veloso - Sócio N° 3322; Suplentes: José Pedro Santos Almeida Marques - Sócio N° 4617; Nuno Miguel Almeida Antunes - Sócio N° 5823 e José António Gonçalves Mendes - Sócio N° 5776 No Conselho Fiscal: Presidente: Dr. João Paulo Henriques Tavares Sócio N° 5818; Vice-Presidente: Dra. Maria Nazaré Gonçalves Gouveia - Sócio N° 1143; Relator: José Manuel Pereira Mendes Sócio N° 2154; Suplentes: José Coimbra Correia de Oliveira - Sócio N° 3155 e Adelino Coimbra Augusto - Sócio N° 3131. A todos estes elementos o desejamos as maiores felicidades no desempenho dos cargos dos diferentes órgãos sociais na missão nobre que é zelar pelas melhores condições dos nossos bombeiros.

TEXTO: ARMÉNIO PEREIRA

A

Associação Portuguesa de Museologia distinguiu recentemente com uma menção honrosa o Museu Municipal Terra de Besteiros, na categoria de Melhor Aplicação de Gestão e Multimédia. Esta informação já tinha sido dada na última Assembleia Municipal de Tondela com o deputado, Felisberto Figueiredo a elogiar a capacidade demonstrada pelo projeto museológico inaugurado em 16 de Setembro de 2010. A cerimónia de atribuição deste galardão decorreu no espaço multiusos do Banco Espírito Santo em Lisboa, contemplando ainda outras instituições na área da museologia e da comunicação do trabalho que é feito a este nível em Portugal. A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) tem como principal finalidade agrupar os profissionais de museologia ou instituições equiparadas a museus se-

gundo os critérios estabelecidos pelo ICOM, no seu estatuto. Tem também como objetivo promover o conhecimento da Museologia e dos domínios científicos e técnicos que a informam, nomeadamente, através de reuniões, visitas de estudo, conferências, exposições e publicações. Por último tem também incumbida a missão de realçar a importância do papel desempenhado pelos museus e pela profissão museológica em cada comunidade e entre os povos. Os prémios que são instituídos anualmente pela APOM pretendem distinguir anualmente o Melhor Museu Português, a Melhor Exposição, o Melhor Catálogo, o Melhor Serviço de Extensão Cultural e o Melhor Trabalho sobre Museologia e a Melhor Obra Museológica entre outros prémios que têm vindo a ser criados pela direção. O objetivo comum de todos eles é incentivar e premiar a imaginação e a criatividade dos museólogos portugueses e o seu contributo efectivo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal, sendo também uma forma

de visibilidade ao que de melhor se faz no âmbito da museologia. O assente no Museu Terra de Besteiros obteve uma menção honrosa na categoria acima referida, pela qualidade de apresentação dos seus conteúdos multimédia e apresentações audiovisuais que confirma como uma aposta ganha a vontade do Município de Tondela em potenciar o seu acervo e a marca distintiva do seu território fazendo um uso pleno dos recursos tecnológicos aos quais podemos recorrer. Desde a sua inauguração que ficou desde logo patenteado neste projeto museológico a intenção inequívoca de transformar a componente tecnológica e multimédia como um fator cultural inovador, conferindo a este projeto uma interação pedagógica permanente com os seus visitantes. Mesmo em tempos conturbados de dificuldades económicas, incentivos dados ao trabalho que é desenvolvido em torno da cultura revela-se como uma mais-valia fundamental para que se consigam encontrar caminhos que nos conduzam a um trajeto de prosperidade.


14 CONCELHO

05/01/2012

Nandufe

Ermida (Tondela)

O CESTEIRO

ANTÓNIO LOPES DE SOUSA

"CEIA DE NATAL DOS ESCUTEIROS DE NANDUFE" No passado dia 17 de Dezembro o Agrupamento n.º 716 – CNE de Nandufe organizou a Ceia de Natal para todos os elementos, familiares, amigos, assim como alguns convidados. Estiveram presentes, Eng. António Dinis, Vereador, representando a Câmara Municipal, José Rui de Figueiredo representando a Junta de Freguesia de Nandufe, Representante do Presidente da Assembleia de Freguesia, João Paulo Freixo, Presidente do Sporting Clube Nandufe,o amigo Sérgio Presidente do Grupo de Teatro “Os Cestos”, o Reverendo senhor Padre Américo, Representante do Grupo de Cavaquinhos de Nandufe e Dr. João Almiro. No final do jantar o Chefe de Agrupamento, António Dinis agradeceu a todos por estarem presentes, familiares, amigos, convidados e não esquecendo todo o pessoal que ajudou a confeccionar o repasto, a colocar e servir as mesas. Também o representante da Câmara Municipal, vereador Eng. António Dinis usou da palavra para dar um grande elogio ao movimento escutista, pelo trabalho desenvolvido e pela longevidade, dando os parabéns a todos os escuteiros. O representante da Junta de Freguesia, José Rui Ferreira, que elogiou também o Agrupamento pelos valores transmitidos e adquiridos por todos os elementos, enaltecendo o chefe de Agrupamento senhor António Dinis, pelo seu empenho e dedicação, pois tudo tem feito para

FESTEJOS DE S. SILVESTRE

engrandecer o nome da Freguesia de Nandufe um pouco por este País. Referiu ainda, que a Junta de Freguesia estará sempre disponível em colaborar em todas as actividades desenvolvidas pelo Agrupamento. Os discursos terminaram na palavra do Pároco e Assistente do Agrupamento felicitando todos os escuteiros e desejando Boas Festas a todos os seus Paroquianos. A noite foi abrilhantada com peças de teatro apresentadas pelas diferentes secções do Agrupamento que fizeram rir todos os presentes proporcionando uma noite muito bonita e com muito espirito natalício. No culminar da noite os elementos das diferentes secções agradeceram e elogiaram os seus chefes pelo empenho, trabalho e disponibilidade que sempre manifestaram, oferecendo lembranças feitas por eles próprios e dedicando uma canção com letra muito bem adaptada ao Agrupamento. Por último e já com chefes e elementos no palco chamaram o Chefe de Agrupamento para o homenagear por toda a dedicação ao longo dos 29 anos que frequenta o movimento

escutista, oferecendo uma moldura de prata.

"EDP" A começar o Ano novo parte da Freguesia mais própriamente o Bairro Novo ficou mais de uma hora sem luz eléctrica. Cerca das 21 horas e trinta minutos mais ou menos a luz desapareceu, chovia normalmente, apenas e só a luz falhou no Bairro Novo, mas pergunta-se aos responsáveis da EDP, para quando e de uma vez quando deixará de faltar tão intermitentemente nesta Freguesia e principalmente neste Bairro a luz eléctrica? Já agora aproveito para avisar os serviços técnicos, que na Rua da Ervideira já falta luz no único poste que marca presença nesta rua há mais de um mês! Agradecemos que a vossa intervenção seja célere, porque existe uma residência em frente desse poste e mora uma pessoa de idade que tem grave deficiência motora.

"SPORTING CLUBE DE NANDUFE" Recomeça no próximo Domingo o campeonato

distrital da 1ª divisão da AFViseu, em que o Sporting Clube de Nandufe irá receber o Campia actual líder deste campeonato. Assim, esperamos ver casa cheia no campo de jogos do Bairro Novo, com forte apoio dos adeptos, simpatizantes e amigos do Sporting Clube de Nandufe. A Direcção deseja a todos Nandufenses, sócios, simpatizantes e amigos um Feliz e Próspero Ano de 2012.

"FALECIMENTO" Faleceu no passado dia 29 de Dezembro o senhor António Jorge dos Santos Marques, contava apenas 34 anos de idade,filho de Antonio Ferreira Marques e de Maria Alice da Costa Santos, natural da nossa Freguesia. Dado que sofria de doença prolongada, encontrava-se internado já algum tempo no hospital de Sto.Teotónio em Viseu. Era um rapazinho de boa afectividade. O seu corpo esteve em câmara ardente na igreja da Freguesia. Após missa de corpo presente, foi a sepultar no cemitério da nossa Freguesia com grande acompanhamento. A toda a sua Família os sentidos pêsames.

Agradecimento Agradecimento Manuel Ventura Ribafeita Saldonas A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada e bem assim a quantas que de qualquer outra maneira lhe manifestaram o seu pesar. Endereça também um agradecimento especial ao pessoal médico, de enfermagem e auxiliares do Hospital de Tondela.

Adelino dos Santos Lopes Ermida - Tondela A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada e bem assim a quantas que de qualquer outra maneira lhe manifestaram o seu pesar.

Decorreram muito bem e muito participados os festejos em Honra de S. Silvestre na Ermida. Começaram logo cedo, pelas 8 horas, com uma descarga de fogo, os já tradicionais 21 tiros. Às 10 horas a Santa Missa que foi muito participada e muito bem cantada. A procissão também muito participada e acompanhada pela Filarmónica Tondelense que com a sua juventude está uma excelente Filarmónica que não deixa mal qualquer tondelense, onde participarem. E com os foguetes a estalar, foi uma boa procissão com um sol radioso e quentinho, conforme se esperava devido, como manda a tradição, que quando chove no dia de Santa Luzia, 13 de Dezembro, no dia 31 está sempre bom. É um ditado dos antigos que há muitos anos venho a seguir e não tem estado errado, e vice-versa, quando um sorri o outro chora. Há também a salientar que o sr. José Silva, funcionário da Junta de Freguesia de Tondela, que por onde passou a procissão, estava tudo limpinho, parabéns e o nosso obrigado. Foram nomeadas as novas zeladoras para a Capela de S. Silvestre e este ano foram nomeadas 5 equipas; Maria Lurdes Rodrigues da Silva e Maria Fernanda Dores Gonçalves Braz, Maria Francelina Coimbra e Ana Coimbra Santos Rita, Maria Natércia da Silva Lopes Sousa e Maria Etelvina Lopes Marques Dias, Maria Teresa Marques Ribeiro Matos e Maria Margarida Oliveira Figueiredo Silva, Lurdes Oliveira Martins e Paula Cristina Henriques Marques. Parabéns, para as que deixaram, e os maiores sucessos para a novas equipas que têm durante o ano de 2012 cheias de trabalho como zeladoras.

LEILÃO DE S. SILVESTRE O leilão de S. Silvestre vai ser no próximo domingo, dia 8 de Janeiro pelas 14 horas e como estava marcada a Assembleia-geral da Associação para as 15 horas, para não sobrepor estes dois eventos, a Assembleia-geral foi alterada para as 16 horas e esperamos que já haja uma lista para dirigir os destinos da Associação.

Agradecimento Manuel Luciano Laranjeira de Azevedo Nandufe A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada e bem assim a quantas que de qualquer outra maneira lhe manifestaram o seu pesar. Serviço a cargo da Agência Funerária TONDELFÚNEBRE, LDA.

Agradecimento Elisa Conceição da Costa Vila Nova da Rainha A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar a sua ente querida à sua última morada e bem assim a quantas que de qualquer outra maneira lhe manifestaram o seu pesar. Serviço a cargo da Agência Funerária TONDELFÚNEBRE, LDA.


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Sudoku

Momentos de Poesia MARIA DA CONCEIÇÃO

SOLUÇÃO DO NÚMERO ANTERIOR.

Seria bom tirar do calendário Dois mil e doze, pois, fará lembrar Anos antigos, passos dum calvário Que ninguém quer, jamais, calcorrear. Se o Ano Novo traz velho fadário Que obrigou milhares a emigrar Sofrendo muito, por melhor salário Que o seu País não tinha pra lhes dar. Após Revolução, mas quem diria Que Portugal, ao mesmo voltaria, Talvez pior, pois já ninguém se ilude: Neste País, já nada está seguro, Qualquer nação não pode ter futuro Se vê partir a sua juventude

De Tudo um Pouco MVC

LEITURAS AMALDIÇOADA BARAFUNDA POLÍTICA

Palavras cruzadas MANUEL DA COSTA Horizontais: 1- Pintura satírica (pl.). 2-Cheiro. Tombes. 3-Nome dado a um fogão de aquecimento (pl). 4Conjunção. 5-Alumínio s.q. De dimensão extraordinária. 6-Local onde se morre mais (pl.). 7-Antes do meiodia. Narrativa em prosa (pl). 8-metade de mula. 9-Insolentes. 10-Pessoa que exerce um alto cargo (pl.). 11Vogal repetida. Pega. Eles em francês Verticais: -1- Tira do vestido ou da calça que rodeia a cinta. Mulher doente na cama. 2-Fila. Lamentação. 3-Lista. Rego sem vogais. 4-Cólera. Nome de um dos nossos presidentes da República. 5-Sufixo que designa abundância. Alimenta o fogão e o esquentador. 6Pessoa ou animal albino (bras.). Prende. 7-Adj. Tamanho, tal, quantidade indefinida. Sódio s.q. 8-Cidade da Índia que já foi portuguesa (inv.). Metade de sandes. Prefixo que designa três. 9-Difíceis de encontrar. EIL. 10-Pusera asas. Fórmula de pedido de socorro. 11-Compartimento de casa (pl.).

«Meu caro Pimenta de Castro: vejo-me violentado a intervir novamente nesta amaldiçoada barafunda política, em que as paixões sectaristas e a intolerância dos velhos costumes têm envolvido esta nossa querida Pátria. Se não se acode desde já com firmeza e prontidão ao incêndio em que as facções estão ardendo há muito tempo, como desejamos reduzir tudo isto à podridão e à miséria, estamos perdidos. Isto não são frases; isto é uma inevitável realidade! Careço de ti e de forma que sem ti poderá caducar para sempre o remédio a dar-se ao grande mal. Em duas palavras: preciso de um Governo extra partidário, com o acordo, se não de todos os partidos (e talvez se consiga) ao menos por quase unanimidade, para atalhar ao antagonismo que pretendem introduzir entre a República e o Exército. (…) Peço-te em nome da república e da Pátria que não me abandones. Será curto o nosso cativeiro, e, ao fim dele, seremos compensados com a paz da nossa consciência, por havermos servido de algum bem à Pátria gloriosa onde nascemos. BELÉM, 23 DE JANEIRO DE 1915, MANUEL DE ARRIAGA» CITADO POR ANTÓNIO J. TELO, IN “PRIMEIRA REPÚBLICA”

DO TRABALHO «(…) A Providência deu-nos o dom de tornar o trabalho necessário e, felizmente, por mais que se progrida e por mais que se acumule, será sempre necessário trabalhar para viver, senão os homens morreriam de aborrecimento numa atmosfera de vício. Se, apesar desta necessidade e deste dever, chegamos por vezes a uma situação em que uns estão condenados ‘inactividade para que outros vivam, é porque não organizámos bem a vida, ou porque não conhecemos o segredo de organizá-la melhor: é contrário à natureza das coisas que o trabalho deixe, em alguma circunstância, de ser factor de riqueza para se converter em fonte de miséria. (…)» COMMENT ON RELÈVE UN ÉTAT – A. O. SALAZAR

MASCARADAS «(…) Quanto mais a igualdade se faz na lei, e se esparge nas instituições a democracia, tanto mais os homens procuram exceder as condições do seu nível, e sotopor a modéstia real da sua existência, a uma ilusão de grandezas e a uma aristocracia fingida de porte, que é o mais grotesco característico dos costumes contemporâneos. (…) IN “PASQUINADAS” – FIALHO DE ALMEIDA

Pensamento da Semana Solução do n.º 1080 Horizontais: Rã, ló, ilhas, caros, aia, ar, assoa, pé, ou, só, a, ui, az, s, li, roca, ira, valor, Natal, irmãos, lura, a, atrás, aor.

Ponto Final

ANO NOVO – VIDA VELHA…

Queres ser feliz por um instante? Vinga-te. Queres ser feliz para sempre? Perdoa. TERTULIANO

MANUEL VENTURA DA COSTA

Eis o motivo

P

arece que foi ontem, mas a verdade é que há 23 anos, que preencho semanalmente este espaço. O fim de cada ano é para mim como que uma prenda que ofereço a mim mesmo e um reconhecimento a todos os que me têm acompanhado nesta caminhada. Colaboradores, correspondentes, assinantes, leitores, amigos, todos eles têm sido meus companheiros de viagem. E se o caminho é feito pelos nossos próprios passos, a beleza da caminhada também depende dos que nos acompanham. Como todos sabem e como várias vezes o tenho dito, o acto de escrever é para mim uma necessidade espiritual. É a forma de afastar para longe, o que a vida me negou, mas é também um hino de louvor por tudo o que ela me concedeu em troca. É uma mistura de lágrimas e sorrisos. Lágrimas de outrora que já secaram e sorrisos que vou alimentando com esta força interior de querer continuar a luta, de tentar recuperar momentos irrecuperáveis! Utopia? Talvez. Mas o que seria a vida sem sonhos, sem aquela faceta utópica que muitas vezes tentamos esconder?... E é por isso que eu continuo a escrever. E faço-o, porque é como quem faz uma confissão. A sós. Sem padre, mas com a presença invisível de Deus. Com o amontoar dos anos, há momentos na vida em que a solidão nos cerca, e embora rodeados de muita gente, interiormente, precisamos de estar sós. E com a música em surdina, aí vou eu em peregrinação interior percorrendo a vida, encurtando caminho, poupando os passos. É uma viagem por dentro de nós, através de atalhos, e porque é longa a caminhada, não há tempo a perder. Por vezes, no caminho, a emoção cerca-nos e invade-nos a alma. Há ocasiões em que tropeçamos nos sorrisos que deixámos nos trilhos que percorremos, e é a alegria que se apossa de nós. Recordações, momentos que o tempo não apagou saltam da arca dos nossos sonhos e vêm fazer-nos companhia. E dialogamos. Um diálogo que acaba também por ser um monólogo entre passado e presente, mas a uma só voz. Um confronto que nem sempre é pacífico. Escreve-se a vida, as gentes, os tempos, mas o acto de escrever é sempre um acto solitário. Sobretudo quando não nos movem interesses escondidos nem vinganças alheias e em que apenas denunciamos injustiças, lutando mais pelos outros que por nós próprios. Escrevinhador de barba e cabelos brancos, escrevo também para resistir à marginalização e não deixar morrer a criança da alma, a alegria de viver, a espontaneidade do sorriso e a fé que sempre me alumiou. Neste tempo em que apenas se ouve a voz da conveniência, denunciar as injustiças é também como que rezar a Deus para que ponha cobro a tanta desumanidade. E aqui têm, resumidamente, o motivo por que continuo a escrever.


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05/01/2012


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