05/08/2015

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DIÁRIOPOPULAR W W W. D I A R I O P O P U L A R M G . C O M . B R

Região Metropolitana do Vale do Aço - Ano IX - Número 2.209 - Quarta-feira - 05/08/2015 - R$ 1,00

MEIO AMBIENTE

Fernando Benedito

L AT R O C Í N I O

Pai e filho indiciados em crime que vitimou diácono A Polícia Civil concluiu ontem (4) o inquérito policial do latrocínio (roubo seguido de morte da vítima), ocorrido no dia 20 do mês passado no bairro Canaã. De acordo com a delegada Amanda Pereira Moraes, que presidiu as investigações, não restam dúvidas de que Varley Neves de Oliveira, 41 anos, e o filho dele, Warley Fillipe Mendonça de Oliveira, 19 anos, roubaram e mataram o aposentado Edson de Souza Costa, 55 anos. Página 5

Arquivo DP

Edson foi morto no bairro Canaã

ACIDENTE Muito antes de chegar à foz, em Ipaba, no Vale do Aço, o rio Doce já sofre as consequências da degradação

Bacia do Rio Doce vive dias de agonia no Vale do Aço Não é preciso chegar à foz do Rio Doce em Regência (ES), onde o curso d’água não se encontra mais com o mar, para ver que a situação está cada vez mais crítica. Em Ipaba, no Vale do Aço, e vários outros trechos

à jusante, se formaram grandes bancos de areia, que ocupam o espaço antes preenchido pela água. Os “boteiros” que fazem a travessia entre Ipaba e Ipabinha são testemunhas oculares da degradação do rio. Em en-

trevista ao “Diário Popular”, o ambientalista José Ângelo Paganini avalia a situação do curso d’água e diz que tanto a estiagem quanto a degradação, principalmente aquela provocada pelas pastagens que subs-

tituíram a vegetação nativa de mata atlântica, entre outros fatores, contribuem para desertificação. Para ele, os conflitos pela água não são uma mera ficção futurística, mas um risco iminente. Páginas 3 e 7

Bebê que se enforcou em cortinado é enterrado Foi sepultado na tarde desta terça-feira (4) o corpo do bebê Samuel Matias Santos, de 1 ano e sete meses. Ele morreu na noite de segunda-feira (3) no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. Samuel estava em coma desde setembro do ano passado após se enfor-

car acidentalmente no cortinado do berço em que dormia. O corpo de Samuel foi velado durante todo o dia de ontem em meio a forte comoção em uma funerária na avenida Londrina, no bairro Veneza II e depois sepultado no Cemitério Parque Senhora da Paz. Página 5

DANÇA

Forró vai incrementar a programação da Feiracel Comércio abre em horário unificado Brasil quer DIA DOS PAIS

“Manter o volume de vendas.” Esta foi a resposta de 49,4% dos empresários entrevistados pelo Sindcomércio (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços) Vale do Aço na pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista”, quando indagados acerca de como será o desempenho das lojas para o Dia dos Pais 2015 em relação ao mesmo período ano passado. A data já tem Horário Especial de funcionamento do comércio definido em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo: sexta-feira (7), de 9h às 20h, e sábado (8), Página 4 de 9h às 17h.

RIO 2016

Arquivo DP

Comércio regional já definiu o horário especial em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo: sexta-feira (7), de 9h às 20h, e sábado (8), de 9h às 17h

ficar entre 10 primeiros

O secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, disse ontem (4) que o Brasil tem a meta de estar entre os dez primeiros colocados nos Jogos Olímpicos do ano que vem. A meta está relacionada ao critério de quantidade de medalhas obtidas nos jogos. O secretário explicou que para que a meta seja atingida, o ministério tem trabalhado desde 2010 com programas de Página 8 investimento.

Em reunião realizada no fim da tarde desta segundafeira (3) na Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano (PMCF), o vereador Xingozinho (PP), acompanhado de jovens integrantes de um grupo de dança da cidade, apresentou ao Executivo a propos-

ta de criação do Projeto Forró na Praça. Gratuita e aberta à participação popular, a atividade cultural, que recebeu pronta aprovação da Administração Municipal, será inserida na programação da Feiracel, das 19h às 20h30, a partir desta sexta-feira (7). Página 4

COPA DO BRASIL

Atlético x Figueirense e Cruzeiro x Palmeiras Já estão definidos os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. Atual campeão, o Atlético enfrenta o Figueirense. Mineiros

e catarinenses nunca se enfrentaram na competição nacional. Já o Cruzeiro protagonizará clássico nacional com o Palmeiras. Página 8


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Diário Popular

OPINIÃO

Quarta-feira, 5 de agosto de 2015

FRASES “A oposição está muito crítica, mas sinto falta de uma proposição, de um líder que entusiasme a população”.

ESPAÇO PÚBLICO

ARTIGO

Felipe Casnun é a atração da Happy Hour

De Ronaldo Caiado, senador pelo DEM, no Programa Roda Viva, ao ser questionado sobre o desencanto da juventude com a política.

“Sem nos darmos conta, estamos entrando na era póscapitalista.” Do jornalista britânico do The Guardian, Paul Mason,que lançou no um livro no qual reflete sobre o fim do capitalismo como o conhecemos.

“Não estou nadando bem, nem tem o que falar. É corrigir tudo isso para chegar bem às Olimpíadas.” Do nadador recordista mundial dos 50m livre e campeão dos Jogos Olímpicos 2008, Cesar Cielo.

TEMPO VALE DO AÇO Quarta-feira 5 de agosto Parcialmente nublado a claro MÁXIMA: 32º C MÍNIMA: 13° C UMIDADE MÁXIMA: 80% UMIDADE MÍNIMA: 40%

www.diariopopularmg.com.br DIRETOR RESPONSÁVEL Fernando Benedito Jr. O DIÁRIO POPULAR é uma publicação de A Gazeta Metropolitana Editora e Gráfica LTDA. CNPJ 07.366.171/0001-88 FALE CONOSCO Telefone: 3827-0369. diariopopular.redacao@gmail.com ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO Avenida JK, 1290, bairro Jardim Panorama, Ipatinga CEP 35.164-245 OFICINA Rua Xingus, 615, Iguaçu, Ipatinga

O Shopping do Vale do Aço convida, pela segunda vez, para se apresentar no Palco da Praça de Alimentação e Lazer, o artista Felipe Casnun. Natural de Cel. Fabriciano, Felipe é músico, compositor, multi-instrumentista e intérprete, e apresenta em seu repertório releituras e versões de músicas de grandes

nomes da nossa MPB como Secos e Molhados, Mutantes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Jorge Mautner, entre outros mestres que o influenciam desde criança. A apresentação de Casnun será nesta quarta-feira, 5 de agosto, às 18h30, na Praça de Alimentação e Lazer, com entrada gratuita.

ARTIGO

Nem ‘ufanismo’ nem catastrofismo Juan de Onis Quem tem acompanhado de perto como jornalista as sucessivas crises políticas no Brasil, desde o suicídio do presidente Getúlio Vargas há 60 anos, conhece bem a extraordinária capacidade brasileiras de improvisar soluções para os perigosos conflitos de poder que tumultuam a tranquilidade pública. Mas esses conflitos políticos sempre têm um fundo econômico e não há soluções reais e duradouras sem que se reconcilie o político com o econômico. É o caso da crise enfrentada pelo Governo da presidenta Dilma Rousseff, cujo entorno político (uma aliança de partidos, encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, PT) carece de coesão e, portanto, de poder de decisão política. A crise atual foi crescendo rapidamente porque o Governo Rousseff não conseguiu apoios no Congresso para cortar gastos com a austeridade necessária para convencer o mundo financeiro de que o Brasil tem seu endividamento sob controle. Alguns comentaristas já consideram que o Brasil está a caminho de ser uma nova Grécia, sempre evitando as medidas necessárias para que sua dívida não cresça mais rápido do que seu produto nacional. Embora o Brasil tenha uma economia dez vezes maior do que a da Grécia, o pagamento das taxas de juros da dívida requer bilhões de dólares anuais e isso exige poupança fiscal de mais de 3% do produto para que a dívida não aumente. A redução, na semana passada, da meta de poupança fiscal do Governo federal para menos de um terço desse valor foi um sinal de alarme de que a política austera está em perigo. O motivo dado para afrouxar a meta é que a recessão econômica vivida pelo Brasil produziu um encolhimento violento nas receitas com impostos, que são a renda do Governo. “O realismo se impôs”, disse Nelson Barbosa, o ministro do Planejamento. Como consequência, o Governo de Rousseff, já debilitado pelas revelações da justiça sobre a corrupção multimilionária no escândalo da Petrobras, que se estende do Congresso até os empresários dos contratos mais importantes do Brasil, vive de sobressalto em sobressalto sem saber com quem contar para afirmar sua governança. Faltam três anos para completar o período presidencial e o desconcerto é geral. Estende-se a todos os setores políticos. Figuras emblemáticas da esquerda, como Frei Beto (Carlos Alberto Libânio), que foi fundador do PT e assessor político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizem que a única salvação do Governo de Rousseff é “regressar aos braços dos movimentos sociais”. Mas como conseguir isso com uma política econômica que exige sacrifícios e contenção de gastos? Além do mais, as pesquisas de opinião mostram que a aprovação do Governo de Rousseff baixou para menos de 10%. Essa avaliação reflete um espírito de protesto e desencanto que beira a indignação. As ruas não estão com Rousseff nem com Lula. A crise econômica não golpeia somente quem tem pouca renda. É de todo o eleitorado de 140 milhões de brasileiros, em sua maioria jovens que aspiram a oportunidades sem segmentações de classe. O desemprego é crescente, chegando a mais

de 8% da força de trabalho, e a inflação corrompe todos os orçamentos familiares. A venda de automóveis e eletrodomésticos afundou, como também o valor das propriedades residenciais. Isso é bem o contrário do que o PT prometeu quando lançou seu projeto de poder com a promoção do consumo a crédito barato no Governo Lula, que aspira a ser novamente presidente em 2018, depois de Rousseff. Quando Rousseff iniciou seu segundo mandato, depois de uma vitória apertada nas eleições presidenciais de 2014, já havia competentes analistas financeiros, como Armínio Fraga, expresidente do Banco Central, indicando que era preciso mudar a política econômica para equilibrar as contas fiscais deficitárias, reduzir pressões inflacionárias e recuperar a confiança dos investidores privados, nacionais e estrangeiros, dos quais o Brasil depende para seu desenvolvimento. Como candidata, Rousseff rejeitou esses conselhos, que qualificou de “entreguistas” e “neoliberais”, com intenções ocultas de privatizar empresas estatais como a Petrobras e reduzir benefícios sociais dos mais pobres. Foi uma boa estratégia política, pois os eleitores dos Estados mais pobres do Nordeste proporcionaram a margem de vitória com a qual Rousseff se reelegeu, apesar de perder em todos os Estados mais desenvolvidos do Sul e do Centro, menos Minas Gerais e Rio de Janeiro. Como presidenta, no entanto, Rousseff se desfez rapidamente da equipe econômica dirigida pelo ministro da Fazenda Guido Mantega (um desenvolvimentista de gastos não financiados) e mudou sua política econômica em 180 graus. Nomeou uma nova equipe encabeçada por Joaquim Levy, de tendências ortodoxas, cortando gastos e impondo certa austeridade. Essa política econômica é o que agora está à prova no mundo político, onde as duas casas legislativas estão dirigidas por líderes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), antes aliado do PT, mas agora exigindo sua independência. A oposição, encabeçada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), também está dividida, com alguns pedindo o impeachment de Rousseff e outros, o desgaste a fogo lento do PT pelos seus erros. O desenlace dessa crise não tem, como em tempos passados, uma intervenção das forças armadas, onde a alta oficialidade não tem interesse em ser árbitro. O mais provável é que uma coalizão de governadores dos 26 Estados (e o Distrito Federal) do Brasil organize um plano de apoio para a governança de Rousseff com garantias de continuar recebendo sua parcela de transferência de recursos do Tesouro Nacional. O Brasil vive tradicionalmente ciclos emocionais: do ufanismo, uma autoestima fantasiosa de sua grandeza, ao (quando a realidade é adversa) catastrofismo, um pessimismo exagerado sobre os defeitos inerentes a uma sociedade em metamorfose. O que falta é racionalismo, com menos emoção e mais coerência com as possibilidades reais de ser uma grande nação. Essa novela brasileira está vivendo um novo capítulo, e como todo bom drama o desenlace só será conhecido no final.

Somos todos

(*) Fábio Porchat

João Ubaldo Ribeiro escreveu, um dia, que nós tendemos a nos excluir das generalizações. Quando dizemos: o brasileiro é um povo mal educado, estamos, obviamente, falando de todos os brasileiros menos de nós mesmos, que, olha só, por acaso, somos brasileiros. Quando dizemos: vivemos numa sociedade machista, nos “esquecemos” do fato de que também fazemos parte dessa tal sociedade. É sempre mais fácil dizer que os outros estão errados e prejudicando o bom andamento do mundo, do que localizar em nós os pontos negativos que contribuem para o mau andamento do mundo. Está incutido na cabeça de todos os seres humanos ocidentais preceitos como racismo e sexismo. Todos nós somos racistas e machistas. Homens, mulheres, negros, brancos, jovens, idosos... Em diferentes níveis, mas todos somos. Infelizmente, isso é incutido no nosso cérebro desde o dia 1. Nascemos todos livres de qualquer tipo de preconceito, mas, ao longo da vida, somos condicionados a um tipo de pensamento vigente que nos induz a uma formação torta de pensamento. Temos de lutar diariamente contra essas coisas abomináveis para que percam suas forças e apodreçam dentro de nossas cabeças para caírem e sumirem para sempre. Acredito que as coisas estão melhorando. Falta muito ainda, mas tenho a sensação de que meus bisnetos, talvez, não tenham a semente do racismo e do sexismo tão profundamente plantada nos confins da mente. Só pelo fato de falarmos que não somos racistas, já é a grande prova de que somos. Você não precisa falar que não é uma berinjela, certo? Pois é. Claro que há muitas pessoas racistas e perpetuam essa mentalidade abertamente. Batem em negros, xingam, destratam, descriminam, enfim, aquelas imbecilidades que um ser humano é capaz de fazer por ser babaca. Mas o racismo e sexismo do qual estou falando que temos dentro de nós é mais sutil. E esses são os mais difíceis de serem combatidos, porque precisam de um auto policiamento. Estou lendo um livro e, só quando cheguei à metade, me dei conta que o personagem principal era negro. Parei para pensar e me dei conta de que nunca na minha vida eu havia lido um livro e pensado o protagonista negro como fruto automático da minha imaginação. Se o autor não falar nada, para mim, ele é branco. Por que isso? Você pode dizer que, pelo fato de eu ser branco, imediatamente me projeto ali. Se eu fosse negro, talvez meus personagens fossem sempre negros. Será? Fico na dúvida. Com o machismo, a mesma coisa. Aceitamos coisas como normais. Nunca vi um garçom entregar a conta para uma mulher na mesa se houver um homem sentado junto. Nem o garçom acha estranho, nem o cliente homem e nem a cliente mulher. Por que o homem sempre paga a conta? No passado, era porque detinha o poder financeiro numa relação. Mas hoje em dia não é mais assim. Ah, você me indaga, mas não é gentil o homem oferecer o jantar para sua acompanhante? É, claro que é, mas pelos motivos certos. Por você querer ser gentil com a pessoa, independente do sexo, e não pelo simples fato dela ser uma mulher. Essas “pequenas” coisas precisam ser sanadas do nosso inconsciente para que consigamos, um dia, viver num mundo em que opressor e oprimido sejam a mesma pessoa e a luta interna de cada um. (*) Fábio Porchat é ator, humorista, roteirista, apresentador de televisão brasileiro e cofundador do humorístico Porta dos Fundos.


CIDADES

Diário Popular

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MEIO AMBIENTE

RIO DOCE VIVE LENTA AGONIA Degradação e falta de consciência ambiental aumentam dia a dia o perigo da crise hídrica na bacia do rio Doce, que já não chega mais ao mar IPATINGA - O arquiteto e urbanista José Ângelo Paganini, especialista em engenharia sanitária e ambiental, em entrevista ao “Diário Popular” fez uma avaliação da atual situação do rio Doce. O rio, um dos principais cursos d’água de Minas Gerais e Espírito Santo, vive sua pior crise hídrica e no trecho da foz em Regência (ES) já não se encontra mais como mar, provocando sofrimento para comunidades ribeirinhas e de pescadores. Em sua passagem pela região do Vale do Aço e Rio Doce, vários trechos estão assoreados, com grandes bancos de areia. Paganini, que também é conselheiro dos Comitês da Bacia do Rio Piracicaba e Doce, diretor da Fundação Relictos, membro do Conselho de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos, avalia que é preciso uma rápida mudança de consciência dos usuários. Entre outros fatores que causam a morte do rio, Paganini aponta que “a ocupação com pecuária intensiva conseguiu em pouco tempo transformar uma rica e produtiva Floresta Atlântica em pastagens degradadas, que caminham aceleradamente para o estágio de desertificação”. DIÁRIO POPULAR - O rio Doce praticamente já não chega mais ao mar em sua foz em Regência (ES). Esta é uma situação sazonal provocada pela estiagem ou é resultado da degradação que o rio vive ao longo dos anos? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Os dois questionamentos são verdadeiros. A situação de escassez hídrica vivida pelo rio Doce, bem como pela região sudeste do país é provocada pelas mudanças climáticas. Essas mudanças no clima, agravadas pelo aumento dos gases do efeito estufa, provocaram a diminuição das precipitações pluviométricas ao longo do tempo na bacia do rio Doce. No último ano hidrológico choveu cerca de 40

% a menos que o normal observado. O outro fator é a degradação ambiental da Bacia. A ocupação com pecuária intensiva conseguiu em pouco tempo transformar uma rica e produtiva Floresta Atlântica em pastagens degradadas, que caminham aceleradamente para o estágio de desertificação. A camada de solo produtivo é arrastada para os cursos d’água provocando o seu assoreamento. Por outro lado a retirada da cobertura vegetal das áreas de recarga dos lençóis freáticos impede a infiltração das águas da chuva no solo, desta forma alterando o volume de vazão ou mesmo secando as nascentes que alimentam nossos rios. DIÁRIO POPULAR - Em contato com “boteiros” que fazem a travessia do rio Doce entre Ipaba e Ipabinha, aqui na região, as informações são de que o rio também está bastante assoreado e a cada ano diminui o volume d’água. Isso é uma realidade irreversível ? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Sim, a observação efetuado por usuários do rio, confirmam os dados de monitoramento disponíveis. O assoreamento dos cursos d’água aumenta dia a dia. Bancos de areia são visíveis ao longo dos cursos d’água.Dados disponibilizados por Relatórios da CPRM – Serviço Geológico do Brasil informam que com base nos dos dados de precipitação verifica-se que: . Em todas as bacias, o total de precipitação acumulado atual é menor do que 87% da média histórica, sendo que nas bacias dos rios Doce, Itapemirim, calha do São Francisco, das Velhas e Verde Grande é menor do que 60%. . As precipitações verificadas até 24 de junho de 2015 foram inferiores a 50mm nas áreas de drenagem das estações indicadoras. . Por mais que tenha chovido acima da média em diversas localidades no mês de junho, em valores absolutos a

Trabalhadores que dependem do rio, os “boteiros” conhecem bem a realidade e a veem minguar dia a dia

A água do rio deu lugar a uma praia de grande extensão na margem direita do rio

quantidade é baixa, influenciando pouco o aumento das vazões nos cursos d’água. DIÁRIO POPULAR - O que pode ser feito para garantir a preservação do rio Doce e demais cursos d’água, como o Piracicaba e o Ipanema, seus afluentes, por parte da população e do poder público ? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - É necessário aumentar a infiltração de água da chuva no solo para a recarga do lençol freático que armazena a água de chuva e a libera paulatinamente para os cursos d’água. Isso se faz com o uso correto do solo urbano e rural. Deve-se observar e cumprir rigorosamente o Código Florestal Brasileiro. O código foi

recentemente mutilado e flexibilizado para agradar ao agronegócio, mesmo assim não tem sido observado. É necessário recompor a cobertura florestal do território nas áreas de Mata Ciliar, Topo de Morros e de Reservas Legais. As nascentes precisam ser cercadas e protegidas. O estado precisa fortalecer o Sistema Ambiental elaborando licenciamentos ambientais de empreendimentos degradadores e ou utilizadores de recursos naturais corretos e eficazes. A Fiscalização Ambiental também precisa acontecer com equipes motivadas e capacitadas. DIÁRIO POPULAR - Volta e meia a mortandade de peixes no rio Doce e Piracica-

ba revela que as empresas da região ainda lançam dejetos que podem prejudicar muito estes cursos d’água. Além dos danos à fauna e flora aquática, a qualidade da água para consumo também pode ficar comprometida. Em que as empresas podem contribuir para melhorar a qualidade da água, reduzir o desperdício e manter o nível dos rios? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Nos últimos anos a fiscalização do estado sobre as empresas foi grande. Essa fiscalização levou as grandes empresas efetuarem melhorias e a instalação de equipamentos para o controle da poluição. A implantação da cobrança pelo uso da água na Bacia do Doce e os custos para capta-

ção e tratamento levaram as empresas aumentar a reutilização de água em seus processos industriais. Essas melhorias ambientais precisam ser aprimoradas, melhoria contínua é sinônimo de boa gestão. Empresas médias e pequenas precisam ser fiscalizadas pois a contribuição de todas para a poluição do rio é bastante significativa. Por outro lado as Empresas do Poder Publico e os Municípios não cumpriram seu dever e os esgotos sanitários das diversas cidades são despejados “ in natura” nos rios. Poucas cidades na Bacia tratam seus esgotos e onde são tratados a remoção de poluentes é limitada, o tratamento efetuado é somente o Primário. Os padrões ambientais para lançamento de poluentes nos cursos d’água precisam ser aprimorados, os existentes são antigos e estão defasados. A rede de monitoramento da qualidade da água e a fiscalização precisam ser ampliadas. DIÁRIO POPULAR - Qual a sua avaliação sobre o futuro das nossas reservas aquíferas (em Minas e no Vale do Aço, para ficar num universo mais restrito), considerando o atual curso dos acontecimentos e o nível de conscientização popular sobre a escassez de água? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Acredito que o aviso que a natureza nos enviou vai ser ouvido. O governo está ignorando esses indicativos e tomando ações paliativas, gastando na construção de estruturas de captação e transporte de água, mas como vimos o problema é a diminuição das chuvas. O pouco que tem chovido é escoado rapidamente causando enchentes e não infiltrando no solo. As previsões para o próximo ano hidrológico não indicam aumento de precipitação. Está na hora de mudarmos nossa conduta. DIÁRIO POPULAR - O sr. acha provável que em 20 ou 30 anos os conflitos pela água se tornem uma realidade da qual não possamos fugir? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Em várias localidades do estado o conflito já está ocorrendo. Se nada for feito em breve, não será necessário 20 anos, presenciaremos esses conflitos nos Vale do Aço e do Rio Doce.


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MEIO AMBIENTE

RIO DOCE VIVE LENTA AGONIA Degradação e falta de consciência ambiental aumentam dia a dia o perigo da crise hídrica na bacia do rio Doce, que já não chega mais ao mar IPATINGA - O arquiteto e urbanista José Ângelo Paganini, especialista em engenharia sanitária e ambiental, em entrevista ao “Diário Popular” fez uma avaliação da atual situação do rio Doce. O rio, um dos principais cursos d’água de Minas Gerais e Espírito Santo, vive sua pior crise hídrica e no trecho da foz em Regência (ES) já não se encontra mais como mar, provocando sofrimento para comunidades ribeirinhas e de pescadores. Em sua passagem pela região do Vale do Aço e Rio Doce, vários trechos estão assoreados, com grandes bancos de areia. Paganini, que também é conselheiro dos Comitês da Bacia do Rio Piracicaba e Doce, diretor da Fundação Relictos, membro do Conselho de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos, avalia que é preciso uma rápida mudança de consciência dos usuários. Entre outros fatores que causam a morte do rio, Paganini aponta que “a ocupação com pecuária intensiva conseguiu em pouco tempo transformar uma rica e produtiva Floresta Atlântica em pastagens degradadas, que caminham aceleradamente para o estágio de desertificação”. DIÁRIO POPULAR - O rio Doce praticamente já não chega mais ao mar em sua foz em Regência (ES). Esta é uma situação sazonal provocada pela estiagem ou é resultado da degradação que o rio vive ao longo dos anos? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Os dois questionamentos são verdadeiros. A situação de escassez hídrica vivida pelo rio Doce, bem como pela região sudeste do país é provocada pelas mudanças climáticas. Essas mudanças no clima, agravadas pelo aumento dos gases do efeito estufa, provocaram a diminuição das precipitações pluviométricas ao longo do tempo na bacia do rio Doce. No último ano hidrológico choveu cerca de 40

% a menos que o normal observado. O outro fator é a degradação ambiental da Bacia. A ocupação com pecuária intensiva conseguiu em pouco tempo transformar uma rica e produtiva Floresta Atlântica em pastagens degradadas, que caminham aceleradamente para o estágio de desertificação. A camada de solo produtivo é arrastada para os cursos d’água provocando o seu assoreamento. Por outro lado a retirada da cobertura vegetal das áreas de recarga dos lençóis freáticos impede a infiltração das águas da chuva no solo, desta forma alterando o volume de vazão ou mesmo secando as nascentes que alimentam nossos rios. DIÁRIO POPULAR - Em contato com “boteiros” que fazem a travessia do rio Doce entre Ipaba e Ipabinha, aqui na região, as informações são de que o rio também está bastante assoreado e a cada ano diminui o volume d’água. Isso é uma realidade irreversível ? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Sim, a observação efetuado por usuários do rio, confirmam os dados de monitoramento disponíveis. O assoreamento dos cursos d’água aumenta dia a dia. Bancos de areia são visíveis ao longo dos cursos d’água.Dados disponibilizados por Relatórios da CPRM – Serviço Geológico do Brasil informam que com base nos dos dados de precipitação verifica-se que: . Em todas as bacias, o total de precipitação acumulado atual é menor do que 87% da média histórica, sendo que nas bacias dos rios Doce, Itapemirim, calha do São Francisco, das Velhas e Verde Grande é menor do que 60%. . As precipitações verificadas até 24 de junho de 2015 foram inferiores a 50mm nas áreas de drenagem das estações indicadoras. . Por mais que tenha chovido acima da média em diversas localidades no mês de junho, em valores absolutos a

Trabalhadores que dependem do rio, os “boteiros” conhecem bem a realidade e a veem minguar dia a dia

A água do rio deu lugar a uma praia de grande extensão na margem direita do rio

quantidade é baixa, influenciando pouco o aumento das vazões nos cursos d’água. DIÁRIO POPULAR - O que pode ser feito para garantir a preservação do rio Doce e demais cursos d’água, como o Piracicaba e o Ipanema, seus afluentes, por parte da população e do poder público ? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - É necessário aumentar a infiltração de água da chuva no solo para a recarga do lençol freático que armazena a água de chuva e a libera paulatinamente para os cursos d’água. Isso se faz com o uso correto do solo urbano e rural. Deve-se observar e cumprir rigorosamente o Código Florestal Brasileiro. O código foi

recentemente mutilado e flexibilizado para agradar ao agronegócio, mesmo assim não tem sido observado. É necessário recompor a cobertura florestal do território nas áreas de Mata Ciliar, Topo de Morros e de Reservas Legais. As nascentes precisam ser cercadas e protegidas. O estado precisa fortalecer o Sistema Ambiental elaborando licenciamentos ambientais de empreendimentos degradadores e ou utilizadores de recursos naturais corretos e eficazes. A Fiscalização Ambiental também precisa acontecer com equipes motivadas e capacitadas. DIÁRIO POPULAR - Volta e meia a mortandade de peixes no rio Doce e Piracica-

ba revela que as empresas da região ainda lançam dejetos que podem prejudicar muito estes cursos d’água. Além dos danos à fauna e flora aquática, a qualidade da água para consumo também pode ficar comprometida. Em que as empresas podem contribuir para melhorar a qualidade da água, reduzir o desperdício e manter o nível dos rios? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Nos últimos anos a fiscalização do estado sobre as empresas foi grande. Essa fiscalização levou as grandes empresas efetuarem melhorias e a instalação de equipamentos para o controle da poluição. A implantação da cobrança pelo uso da água na Bacia do Doce e os custos para capta-

ção e tratamento levaram as empresas aumentar a reutilização de água em seus processos industriais. Essas melhorias ambientais precisam ser aprimoradas, melhoria contínua é sinônimo de boa gestão. Empresas médias e pequenas precisam ser fiscalizadas pois a contribuição de todas para a poluição do rio é bastante significativa. Por outro lado as Empresas do Poder Publico e os Municípios não cumpriram seu dever e os esgotos sanitários das diversas cidades são despejados “ in natura” nos rios. Poucas cidades na Bacia tratam seus esgotos e onde são tratados a remoção de poluentes é limitada, o tratamento efetuado é somente o Primário. Os padrões ambientais para lançamento de poluentes nos cursos d’água precisam ser aprimorados, os existentes são antigos e estão defasados. A rede de monitoramento da qualidade da água e a fiscalização precisam ser ampliadas. DIÁRIO POPULAR - Qual a sua avaliação sobre o futuro das nossas reservas aquíferas (em Minas e no Vale do Aço, para ficar num universo mais restrito), considerando o atual curso dos acontecimentos e o nível de conscientização popular sobre a escassez de água? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Acredito que o aviso que a natureza nos enviou vai ser ouvido. O governo está ignorando esses indicativos e tomando ações paliativas, gastando na construção de estruturas de captação e transporte de água, mas como vimos o problema é a diminuição das chuvas. O pouco que tem chovido é escoado rapidamente causando enchentes e não infiltrando no solo. As previsões para o próximo ano hidrológico não indicam aumento de precipitação. Está na hora de mudarmos nossa conduta. DIÁRIO POPULAR - O sr. acha provável que em 20 ou 30 anos os conflitos pela água se tornem uma realidade da qual não possamos fugir? JOSÉ ÂNGELO PAGANINI - Em várias localidades do estado o conflito já está ocorrendo. Se nada for feito em breve, não será necessário 20 anos, presenciaremos esses conflitos nos Vale do Aço e do Rio Doce.


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CIDADES

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COMÉRCIO

CINEMA

DIA DOS PAIS TERÁ HORÁRIO UNIFICADO NO VALE DO AÇO

Divulgação

De acordo com Sindcomércio, lojistas preveem comércio estável para a data: o alto endividamento do consumidor poderá inibir as vendas TIMÓTEO – “Manter o volume de vendas.” Foi a resposta de 49,4% dos empresários entrevistados pelo Sindcomércio (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços) Vale do Aço na pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista”, quando indagados acerca de como será o desempenho das lojas para o Dia dos Pais 2015 em relação ao mesmo período ano passado. Já 31,6% dos comerciantes vislumbram que as vendas serão melhores, enquanto 19% acreditam que vão piorar. A data já tem Horário Especial de funcionamento do comércio definido em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo: sextafeira (7), de 9h às 20h, e sábado (8), de 9h às 17h. ENDIVIDAMENTO A pesquisa realizada nas três principais cidades do Vale do Aço ainda apontou que 39,8% dos lojistas apostaram em promoções como

Paulo Sérgio de Oliveira

Na produção, Lampi é um grileiro e contracena com atores consagrados como Anselmo Vasconcelos e Jayme Periard

Lampi estreia ‘Bandeira’

A pesquisa realizada ainda apontou que 39,8% dos lojistas apostaram em promoções como estratégia de vendas

estratégia de vendas; 25,8% investiram na visibilidade da loja e 14,8% em ações de mídia. “Entre os produtos mais vendidos estarão roupas, acessórios, eletrônicos e artigos de perfumaria”, prevê José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio Vale do Aço. Apelo emocional da data (27,5%), uso de propagandas

e promoções (22%) e preços menores (19,8%) serão os principais fatores que poderão levar os consumidores às compras, vislumbram os comerciantes pesquisados. Por outro lado, o alto endividamento do consumidor, somado à percepção da inflação, poderão inibir as vendas neste Dia dos Pais.

R$ 50 e R$ 100 Em relação ao “ticket médio” esperado por cliente, ou seja, quando cada pessoa deverá gastar ao presentear o pai, a pesquisa apontou que o valor deverá variar entre R$ 50 e R$ 100. A maioria das compras (84,9%) deverá ser paga através do cartão de credito.

SUAS

PMBO realiza IX Conferência de Assistência Social BELO ORIENTE - A Prefeitura de Belo Oriente promoveu na tarde desta sexta-feira a IX Conferência Municipal de Assistência Social. Com o tema “Consolidar o SUAS de vez rumo a 2026”, a conferência teve como objetivo analisar, propor e deliberar com base na avaliação do município, as diretrizes para a gestão e financiamento do Sistema único da Assistência Social, reconhecendo a responsabilidade do município, do estado e da federação. Estiveram presentes o prefeito Pietro Chaves, o Secretário de Assistência Social Gumercino Barros, a palestrante convidada, Júlia Restori (secretária da área em Coronel Fabriciano), os vereadores José Pires, Rivaldo Martins, Alex do Morro, secretários do governo, convidados, visitantes e represen-

Divulgação (ACS/PMBO)

Pietro: “Assistência social não é um favor, mas uma obrigação do município para com os seus moradores”

tantes do poder público e da sociedade civil organizada, devidamente credenciados como delegados. PARTICIPAÇÃO Para o prefeito, ouvir a

população é a melhor forma de oferecer serviços de qualidade. “Quem é beneficiado pelos programas de assistência social pode avaliar melhor se o serviço está bom ou ruim; por isso, a

participação popular é extremamente importante.” Pietro salientou ainda que assistência social “não é um favor, mas uma obrigação do município para com os seus moradores”.

(DA REDAÇÃO) – O ator timotense Ronaldo Lampi está no elenco do longa “Bandeira”, uma produção de Thiago Ferreira. No filme, Lampi é um grileiro, nome dado às pessoas que se apropriam de terras alheias. O nome grileiro surgiu da técnica utilizada pelos falsificadores, que consiste em colocar documentos falsificados dentro de uma gaveta com grilos, fazendo com que o documento fique amarelado, devido aos excrementos, e roído, dando mais veracidade. LOS ANGELES Ainda no cinema, Lampi estreia com o longa “In-

subordinados “ no Brazilian Film Festival de Los Angeles. O longa é o primeiro da ‘Trilogia da Vida real”, com direção de Edu Felistoque, inspirado na Série Bipolar, do mesmo diretor, e exibida no Canal Brasil/Globosat. Além dele, o ator lança em agosto o filme “Nem por trinta moedas”, de Adriano Ferreira. Na história, o cigano ‘Alejandro’ (Ronaldo Lampi) é um contador de histórias que se apropria da história do menino Moisés (Kauleu Back) para provocar as crianças sobre valores de fé e perdão. Na bagagem, Lampi tem 16 longas nacionais e dois internacionais.

DANÇA

Feiracel recebe ‘Forró na Praça’ CORONEL FABRICIANO – Em reunião realizada no fim da tarde desta segundafeira (3) na Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano (PMCF), o vereador Xingozinho (PP), acompanhado de jovens integrantes de um grupo de dança da cidade, apresentou ao Executivo a proposta de criação do Projeto Forró na Praça. Gratuita e aberta à participação popular, a atividade cultural, que recebeu pronta aprovação da Administração Municipal, será inserida na programação da Feiracel, das 19h às 20h30, a partir desta sexta-feira (07). EXPANSÃO Segundo Xingozinho, a intenção é expandir, futuramente, o Projeto Forró na Praça a outros bairros do município. “A atividade em questão visa inserir todos, independentemente

da classe econômica, garantindo à nossa população o direito à cultura e ao lazer, o que sempre foi uma das bandeiras do nosso mandato”, acrescentou. A atividade contará com aproximadamente 15 monitores, que ensinarão cidadãos interessados em aprender forró, dança típica nordestina, sob os gêneros baião, xaxado, quadrilha e xote. De acordo com o Executivo, a estrutura da Feiracel estará à disposição do Projeto Forró na Praça. SAÚDE Representante do grupo de monitores do Projeto Forró na Praça, Ryane Miranda lembrou que a dança é uma das atividades físicas “mais completas que existe”, por aumentar a frequência cardíaca, estimular a circulação do sangue, melhorar a capacidade respiratória e queimar calorias.


CIDADES

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Quarta-feira, 5 de agosto de 2015

TRAGÉDIA

BR-116

5

Jornal o Campeão

MORRE BEBÊ QUE SE ENFORCOU EM CORTINADO Samuel estava em coma desde setembro do ano passado; uma campanha foi organizada pelos amigos e familiares para arrecadar donativos IPATINGA – Foi sepultado na tarde desta terça-feira (4) o corpo do bebê Samuel Matias Santos, de 1 ano e sete meses. Ele morreu na noite de segunda-feira (3) no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. Samuel estava em coma desde setembro do ano passado após se enforcar acidentalmente no cortinado do berço em que dormia. O corpo de Samuel foi velado durante todo o dia de ontem em meio a forte comoção em uma funerária na avenida Londrina, no bairro Veneza II e depois sepultado no Cemitério Parque Senhora da Paz. CAMPANHA Desde o acidente, familiares e amigos se sensibilizaram com a situação e iniciaram pelas redes sociais uma campanha para arrecadar do-

Álbum Familiar

nativos e dinheiro para ajudar os pais, que ainda têm outros três filhos. A intenção da campanha era também montar uma UTI na casa da família para que Samuel pudesse voltar a Ipatinga. Para isto eram necessários alguns equipamentos especiais, inclusive um gerador de energia de 220 volts, mas até o fim de junho, a família ainda não havia recebido autorização médica para que a mudança pudesse ser feita. ACIDENTE O acidente doméstico aconteceu no dia 15 de setembro do ano passado. Samuel, ainda com nove meses, e as irmãs gêmeas foram dormir por volta de 10h junto com os avós, e algum tempo depois as meninas acordaram para comer. Depois

Jacy (detalhe) estava com a esposa e duas filhas

Ipatinguense morto em acidente é enterrado

Samuel lutou pela vida por quase um ano

disso, quando a avó de Samuel entrou no quarto, viu que o neto estava roxo. Durante o socorro, os paramédicos conseguiram rea-

nimar Samuel, que foi levado para um hospital de Ipatinga e no dia seguinte foi transferido para Belo Horizonte, onde permaneceu em coma.

EM FAMÍLIA

PC conclui inquérito de latrocínio IPATINGA – A Polícia Civil concluiu ontem (4) o inquérito policial do latrocínio (roubo seguido de morte da vítima), ocorrido no dia 20 do mês passado no bairro Canaã. De acordo com a delegada Amanda Pereira Moraes, que presidiu as investigações, não restam dúvidas de que Varley Neves de Oliveira, 41 anos, e o filho dele, Warley Fillipe Mendonça de Oliveira, 19 anos, roubaram e mataram o aposentado Edson de Souza Costa, 55 anos. Durante as investigações foram feitas comparações balísticas dos projéteis retirados do corpo da vítima com a arma utilizada no crime. “A gente pode afirmar com certeza que quem efetuou os disparos foi o Varley”, disse. DINÂMICA Conforme apurado, Edson teria sido seguido pelos acusados do Centro da cidade, onde havia deixado uma filha, até sua casa, na rua Ester. Testemunhas contaram à polícia que no momento em

De acordo com a delegada Amanda, pai e filho ainda respondem por outros quatro crimes em Ipatinga

que Edson saiu do carro, foi abordado por Warley, que anunciou o assalto determinando que ele fosse para o banco de trás. “Eu acredito que, neste momento, a vítima tenha levado a mão até a arma, eles se debateram e houve o disparo. Pode ser que eles queriam colocar Edson no porta malas na intenção de provo-

car sequestro relâmpago”, suspeita a delegada. Uma suposta terceira pessoa – que teria deixado a dupla no local do crime – não foi identificada pela polícia. COMPARAÇÃO BALÍSTICA No local do crime foi recolhido um projétil de calibre 380, o mesmo calibre das munições que foram apreen-

didas com a dupla quando foi presa no bairro Esperança um dia depois do crime. Ainda de acordo com a delegada, na comparação balística ficou provado que os projéteis retirados do corpo da vítima e os recolhidos com os acusados são os mesmos. “Além de disso, a espoleta do projétil estava deformada, típica de arma artesanal, o que prova que a vítima foi baleada com arma de fabricação artesanal”, afirmou. No dia da prisão de pai e filho foram apreendidos uma submetralhadora de 9mm municiada, cartucho 9mm deflagrado, uma porção de cocaína, duas facas e dois carros. OUTROS Além do latrocínio, Varley e Warley são suspeitos de mais quatro crimes em Ipatinga. Um deles foi um sequestro relâmpago registrado no bairro Cidade Nobre no dia 19 de julho, um dia antes da morte de Edson. Segundo a polícia em todos os casos as vítimas reconheceram pai e filho como os autores.

IPATINGA – O corpo de Jacy Ferreira Leite, 33 anos, foi enterrado na tarde desta terça-feira (4) no Cemitério Parque Senhora da Paz. Ele foi vítima de um acidente na última segunda-feira (3) no quilômetro 673 na BR 116, em Divino. O motorista, de Ipatinga, conduzia um Kia quando colidiu contra a lateral de uma carreta carregada de sucatas que seguia para São Paulo. O homem estava no carro com sua mulher

e duas filhas. No fim da tarde de segunda-feira (3), Jacy, que estava na UTI, faleceu. A mulher e uma das filhas já receberam alta. Na batida, o motorista do Kia ficou preso às ferragens. Para o resgate, o Corpo de Bombeiros teve que cortar a lataria do carro. O motorista da carreta, Walter de Carvalho, não sofreu lesões. Segundo ele o carro estava em alta velocidade, tentou desviar e não conseguiu.

OPERAÇÃO VENIAGA

11 pessoas são indiciadas por tráfico em Ipatinga IPATINGA – Pelo menos 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil durante a operação “Veniaga”, em combate ao tráfico de drogas. Destas, quatro já se encontram presas por formação de quadrilha e tráfico. De acordo com a polícia as investigações foram feitas durante seis meses a fim de desfazer um grupo criminoso que agia nos bairros Bethânia e Forquilha. Durante o tempo de apuração as polícias realizaram diversas diligências e descobriram que a organização criminosa era muito bem montada, com cargos bem definidos, como patrão e empregados. De acordo com o delegado Gilmaro Alves, que pre-

sidiu o inquérito policial, várias pessoas foram autuadas e menores apreendidos com drogas ao longo da operação. A ação das polícias só não foi noticiada para não atrapalhar o rumo dos trabalhos. MANDADOS Em março deste ano, a polícia cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em diversas casas. Na ocasião a polícia não encontrou grande quantidade de droga. A polícia indiciou 11 pessoas pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, corrupção de menores e formação de quadrilha. Sete menores foram apresentados ao Ministério Público como participantes da facção.


CIDADES

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Quarta-feira, 5 de agosto de 2015

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MEIO AMBIENTE

Antônio Melquíades mostra o outro lado da margem, onde antes era o porto de canoas

O “boteiro” Vanderlei: “Hoje o lugar mais fundo na margem de Ipabinha mede de 2 a 3 metros. Do lado de cá (Ipaba), virou tudo praia”

BARQUEIROS DIZEM QUE RIO DOCE ESTÁ CADA VEZ MAIS RASO IPATINGA - No porto de barco, onde chegam as canoas que fazem a travessia de passageiros entre Ipaba e Ipabinha, os “boteiros” são velhos conhecidos do rio Doce. Lembram da época em que o rio dava peixes grandes e em quantidade, contam histórias e, principalmente, sabem como o rio era e como está agora. Atualmente, quatro “boteiros” realizam a travessia. São três barcos a remo ou “catuá” (uma comprida vara de bambu usada para impulsionar a embarcação) e um a motor. Alguns ganham de R$ 80,00 a R$ 100,00 por dia, no vai e vem de passageiros. TRAVESSIA MAIS CURTA Antônio Melquíades de Matos, 65 anos, conta que trabalha fazendo a travessia entre Ipaba-Ipabinha, desde 1969. Segundo ele, o rio se estendia de uma margem à outra das localidades. Hoje, do lado de Ipaba existe uma extensa praia de quase 100 metros. “Antigamente, gastava-se 15 minutos para fazer a travessia a remo. Hoje gasta-se mais ou menos 3 minutos”, compara ele. Melquíades também lembra que o rio tinha muito peixe. “Vai fazer um ano que houve uma mortandade de peixes por causa de um veneno que jogaram no rio. Então, hoje tem muito pouco. Mesmo envenenados, as pessoas comeram os peixes e ninguém passou mal”, relembra.

CANOA ENTERRADA O “boteiro” conta que existe enterrada pelo assoreamento, onde era o porto antigo, uma grande canoa escavada em tronco. “Era tão grande e pesada que a gente firmava o catuá no fundo do rio e corria dentro dela para dar impulso”. Indagado se ocorrem acidentes e naufrágios durante a travessia, ele diz que são casos raros. Ele se recorda de apenas um, envolvendo um morador, que não era canoeiro, mas resolveu pegar uma embarcação durante uma enchente. “Do lado de lá, em Ipabinha, ele ficou preso entre o canal e uma cerca e acabou morrendo afogado”, relembra. MAIS RASO O canoeiro Vanderlei Miranda e Silva, 42 anos, trabalha no porto desde os 14 anos. Ele conta que o vau do rio vem diminuindo nos últimos anos. “Antes, mesmo na época da seca, o rio passava no muro” – diz, apontando a margem do lado de Ipaba, bem próximo da rua que antes confrontava com o rio. Segundo ele, quando chove muito, o rio ainda chega lá. Vanderlei acredita que a diminuição da água do rio seja por causa do assoreamento provocado pela dragas de extração de areia. “Aqui, de onde atualmente partem os barcos na margem de Ipaba, estamos no meio do rio. Antigamente a profundida-

de aqui era de 3 metros. Nos cantos, nas margens, variava de 4 a 6 metros. Hoje o lugar mais fundo na margem de Ipabinha mede de 2 a 3 metros. Do lado de cá (Ipaba), virou tudo praia”. MUITA PRAIA O mais novo dos barqueiros é Tiago Matos do Carmo, 25 anos, que começou como “boteiro” aos 12 anos. Entre idas e vindas está há 4 anos fazendo a travessia de passageiros no porto de canoa. Ele diz que estava trabalhando em outros lugares, mas por causa da crise voltou ao porto, onde ganha de R$ 80 a R$ 100 por dia empurrando o barco com o catuá. Tiago também confirma a avaliação dos colegas de que o rio fica a cada ano mais estreito e raso. Valdir Inácio Rodrigo 63 anos, começou a lida na travessia aos 18 anos e conhece bem o rio. Ele avalia que grande parte do esvaziamento da calha do rio é provocada pela estiagem, mas também pela degradação. “Todo ano isso acontece, mas o assoreamento é causado pelas dragas. Agora tem muita praia, pra nadar tem uns 25 metros, o resto pode ir andando. No período das águas ia até no pé do morro do Porto Antigo, onde tinha a gameleira (hoje não tem mais), em que os botes eram amarrados. Agora, faz uns 3 anos que mesmo com chuva a água do rio não chega mais lá”, lamenta.

Valdir: “Agora tem muita praia, pra nadar tem uns 25 metros, o resto pode ir andando”

Tiago é o boteiro mais novo, mas já é testemunha ocular da seca


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ESPORTES

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Quarta-feira, 5 de agosto de 2015

RIO 2016

COPA DO BRASIL

BRASÍLIA - O secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, disse ontem (4) que o Brasil tem a meta de estar entre os dez primeiros colocados nos Jogos Olímpicos do ano que vem. A meta está relacionada ao critério de quantidade de medalhas obtidas nos jogos. “Qual a nossa meta? Estar entre os dez primeiros no quadro de medalhas, no critério quantidade. Porque a cor da medalha - ouro, prata ou bronze - é uma questão da competição, do último segundo, do seu desempenho esportivo e do concorrente. Você fazer uma final ou buscar uma medalha é uma coisa mais fácil de mensurar em termos de política pública”, disse.

BH - Definidos os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. Atual campeão, o Atlético enfrenta o Figueirense. Mineiros e catarinenses nunca se enfrentaram na competição nacional. Já o Cruzeiro protagonizará clássico nacional com o Palmeiras. Raposa e Verdão já duelaram em duas decisões de Copa do Brasil (1996 e 1998). A definição aconteceu no fim da manhã desta terçafeira, em sorteio realizado na sede da CBF, no Rio. Em sorteio realizado à tarde, ficaram definidos os mandos. O Galo abrirá a série contra o Figueirense em Belo Horizonte, enquanto o Cruzeiro terá a chance de decidir sua classificação contra o Palmeiras, no Mineirão. Estão previstas duas datas para as oitavas de final: 19 e 26 de agosto, que podem ser alteradas. Para as quartas de final, haverá um novo sorteio

Brasil quer ficar entre dez primeiros nas Olimpíadas

APOIO AO TALENTO O secretário explicou que para que a meta seja atingida, o ministério tem trabalhado desde 2010 com programas de investimento. Segundo ele, o apoio dado aos atletas tem permitido melhores condições de preparo e mais igualdade com esportistas de outros países. “As mesmas coisas que o atleta europeu, norte-americano, australiano, chinês vão ter. É isso que está permitindo

Usipa vence Ponte Nova IPATINGA – A equipe Saritur/Sankyu/Usipa recebeu em casa o Ponte Nova para o jogo de estreia do Campeonato Mineiro Infantil e Juvenil. A equipe infantil comandada pelo técnico Caio Falcão foi surpreendida logo nos primeiros minutos de jogo, quando o jogador adversário Lincon aproveitou um contra ataque e abriu o placar com 1 a 0 para o Ponte Nova. Já no segundo tempo foi a vez da Usipa virar o jogo com muita garra e garantir a vitória por 2 a 1, com os gols de Iuri e Guilherme. O Juvenil, do técnico Welmo Moura também venceu o Ponte Nova, mas desta vez com muito mais tranquilidade. A equipe venceu por 3 a 0.

COB

A expectativa para as Olimpíadas é que com os resultados obtidos nos Jogos Pan-Americanos de Toronto mais atletas tenham acesso ao Programa Bolsa Atleta

que o talento do atleta brasileiro surja, floresça. Leyser disse que ele passou a ter igualdade de condições para a sua preparação. “Isso é a base, é a condição para que a gente tenha esse resultado”. O apoio, de acordo com o secretário, tem se refletido também no amadurecimento de diferentes categorias esportivas. BOLSA ATLETA A expectativa para as Olimpíadas é que com os resultados obtidos nos Jogos Pan-Americanos de Toronto mais atletas te-

nham acesso ao Programa Bolsa Atleta, por exemplo. “Pode aumentar porque o programa é relacionado ao resultado esportivo, então esse resultado de Toronto habilita mais atletas a terem a bolsa”. Os esportistas beneficiados pelo programa recebem recursos durante um ano. O secretário reforçou que não haverá cortes de recursos para a preparação dos atletas e que já é possível ver resultados. “Hoje, nos resultados do Pan-Americano de Toronto, a gente viu a importância do Bolsa Atleta e já viu alguns,

inclusive, que foram formados por programas sociais do Ministério do Esporte, chegarem ao topo do pódio”. O apoio dado é, segundo Leyser, um dos legados da preparação para os Jogos Olímpicos do ano que vem. A realização dos jogos no Brasil trará mais estrutura para o esporte. “Um dos problemas sérios do Brasil, que a gente começa a superar com os Jogos Olímpicos, é o da estrutura. Estrutura de quadras, pistas de atletismo, de piscinas. E estamos espalhando isso pelo Brasil”.

FUTEBOL AMERICANO

Divulgação

Cerca de 40 atletas se inscreveram e já iniciaram os treinos do novo time de futebol americano

Timóteo Titans tem boa adesão TIMÓTEO - O Timóteo Titans promoveu o processo de seleção de jogadores acima de 16 anos para a composição da equipe de futebol americano. Cerca de 40 atletas se inscreveram e já iniciaram os treinos, que acontecerão às terças e quintas-feiras, às 15h e 21h, e ao sábados, às 14h, no Cen-

tro Social Urbano. “A adesão ao nosso projeto esportivo foi muito boa”, considerou Douglas Moreira Gomes, presidente da Associação Desportiva Ipatinga Atroz, entidade responsável pela Liga de Futebol Americano do Vale do Aço. Os atletas inscritos na seletiva doaram um litro de leite

cada, que foram repassados a entidades sociais. Timóteo Titans é o primeiro time de futebol americano de Timóteo e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. A liga regional conta com quatro equipes: Ipatinga Tigres, Ipatinga Atroz, Fabriciano Abutres e Timóteo Titans.

Atlético enfrenta Figueirense e Cruzeiro o Palmeiras, nas oitavas dos confrontos. Essa fase será disputada em 23 e 30 de setembro. Por isso, Galo e Raposa podem se enfrentar já na próxima fase. Não há mais chaveamento prévio. As oitavas terão dois duelos regionais. Corinthians x Santos e Flamengo x Vasco farão os clássicos estaduais. Além desses confrontos, Grêmio x Coritiba, São Paulo x Ceará, Fluminense x Paysandu e Internacional x Ituano brigam por vagas nas quartas. O regulamento deste ano da competição tem duas novidades. A primeira diz respeito às finais: assim como acontece na Copa Libertadores, a decisão da Copa do Brasil terá saldo simples - não haverá mais gol qualificado como nas demais fases. Assim, em caso de igualdade após os confrontos, o campeão será definido nos pênaltis.

AT L É T I CO

Leonardo Silva espera jogo difícil em Goiânia BH - O capitão Leonardo Silva afirma que o Atlético encontrará muitas dificuldades no jogo do próximo domingo, contra o Goiás, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. A partida será válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para o zagueiro atleticano, a situação da equipe esmeraldina na tabela de classificação torna o confronto ainda mais complicado. “A pressão é grande, eles querem sair da situação ruim e isso acaba dificultando mais, arriscam mais porque, de certa maneira, não têm tanto a perder. Jogando em casa, eles vão procurar a vitória a todo instante, então, a gente tem que ter cautela e respeito pelo adversário, independente da cir-

cunstância que ele atravessa, para que a gente possa fazer um bom jogo, tentar aproveitar as oportunidades e os erros que eles venham a cometer para que a gente possa sair com a vitória. Vai ser um jogo dificílimo principalmente porque eles se encontram na zona de rebaixamento”, comentou o defensor. Leonardo Silva não se ilude com a liderança do Brasileirão e observa que a vantagem do Galo sobre o segundo colocado ainda é muito pequena. “A gente tem que trabalhar jogo a jogo para aproveitar os resultados das rodadas e aumentar essa diferença. Ainda está bem apertado, não tem moleza, não dá para piscar porque, senão, os adversários encostam”, diz.


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