Caderno Especial do Jornal do Comテゥrcio Porto Alegre, segunda-feira, 26 de maio de 2014
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Destaques MARCO QUINTANA/JC
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Tumelero destaca investimentos Um aporte de pelo menos R$ 6,21 bilhões é a contribuição da iniciativa privada ao desenvolvimento do Estado, ressaltou o diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, contabilizando investimentos já em andamento: R$ 5 bilhões da Celulose Riograndense, em Guaíba, e outros R$ 1,21 bilhão oriundos de três das empresas premiadas neste ano, sendo R$ 500 milhões do M.Grupo em hotéis e shopping centers, R$ 250 milhões da Stara na ampliação de sua indústria em Não-Me-Toque, e R$ 460 milhões da Gerdau em Sapucaia do Sul. Tumelero lembrou também de outros projetos, como o da montadora de caminhões da Foton em Guaíba, da fábrica de semicondutores da HT Micron e da fábrica de elevadores da Hyundai em São Leopoldo, e comemorou os resultados recentemente alcançados pelo Estado como um todo. “O crescimento da indústria, de 6,8% em 2013, e o aumento do PIB do Rio Grande do Sul, de 5,8% no ano passado, são motivos de comemoração para os gaúchos.” JOÃO MATTOS/JC
Mércio Tumelero lembrou que premiação reconhece pessoas, entidades e empresas que contribuíram para o desenvolvimento do Estado
JC reconhece contribuição ao desenvolvimento Paralelamente aos seus 81 anos de fundação, o Jornal do Comércio celebrou o Dia da Indústria no tradicional almoço realizado no Centro de Eventos da Fundação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), no dia 23 de maio. O evento, que está na 28ª edição, consagrou a atuação de empresas gaúchas e de lideranças empresariais com as homenagens prestadas aos Destaques 2013. Sobre as premiações, o diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumerlero, afirmou que a congratulação tem o objetivo de reconhecer pessoas, entidades e empresas que contribuíram para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, nas esferas econômica, social e cultural. “Cada uma das histórias destacadas serve de exemplo e, baseados nelas, mais gaúchos e gaúchas se sentirão motivados a contribuir com seus esforços para levar esta terra o mais próximo possível da grandeza que sonhamos e merecemos”, reconheceu Tumelero. Após apresentar os 16 premiados desta edição, o diretor-presidente do JC prestou homenagem póstuma ao jornalista Adão Oliveira, falecido neste ano. Tumelero ressaltou que Oliveira detinha espaço de prestígio na imprensa gaúcha como “uma das colunas políticas mais lidas do Estado por quase 30 anos”. No decorrer dos 81 anos de atuação, completados em 25 de maio, o Jornal do Comércio conquistou o respeito e a credibilidade junto aos seus leitores e à sociedade gaúcha. “O Jornal do Comércio não é apenas uma empresa de comunicação
ou uma empresa jornalística, é elemento constitutivo da modernização do Estado e da qualificação econômica gaúcha. O JC tem sido um carregador de esperança do Estado e, ao mesmo tempo, um crítico sério, isento, dos problemas e desafios que enfrentamos”, reconheceu o governador Tarso Genro. Tumelero assegurou que o maior patrimônio do jornal é o “comprometimento com a verdade, com a informação correta e com a credibilidade”, lembrando que a história e tradição da publicação impõem responsabilidades cada vez maiores. “A relação de confiança que temos hoje com a comunidade empresarial está vinculada à independência e isenção com as quais tratamos as notícias.” Compuseram a mesa, presidida pelo diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, o governador do Estado, Tarso Genro, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gilmar Sossella, o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Francisco José Moesch, o procurador–geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo de Lima Veiga, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Professor Garcia, o subdefensor público-geral do Estado, Marcelo Dadalt, e a senadora Ana Amélia Lemos.
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Tarso Genro defende busca de consensos O governador Tarso Genro destacou a importância do alinhamento entre as ações do governo do Rio Grande do Sul e a expectativa da iniciativa privada. Elogiando a fala do diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, Tarso sustentou que este discurso representa a “esperança de desenvolver um trabalho comum, muito bem representado pelos homenageados e homenageadas do evento”. Citando um período de extre-
mo desafio no contexto mundial, o governador disse que o governo estadual se orgulha da capacidade empreendedora da sua gente. “Vivemos uma situação mundial de extremo desafio, que não só exige da nossa capacidade a máxima inteligência, mas também a máxima capacidade política para saber construir consensos e estratégias.” O governador assegurou que existe concordância entre os grupos que buscam o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Não
existe divergência de princípio ou programática entre o governo do Estado e as pessoas que trabalham para gerar emprego, renda e crescimento para o nosso Estado.” Tarso ressaltou que os premiados representam a busca por ações unificadas. “Que façamos de exemplos como esses um ato de unidade para construção de um futuro comum e isso significa trabalhar, respeitar, prezar as contradições, mas, acima de tudo, buscar consensos.”
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Fortunati critica Johannpeter destaca perseverança como forma de vencer desafios visão pessimista Reconhecendo desafios atuais, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, lamentou que o povo gaúcho valorize, cada vez mais, as críticas negativas. “Críticas corrosivas”, definiu. A poucos dias de sediar o maior evento esportivo do planeta, o Mundial da Fifa, Porto Alegre não pode desconsiderar os problemas, mas precisa buscar formas de solucioná-los, defendeu o prefeito. “Boas iniciativas acabam sendo manchadas muito mais por este ou aquele problema que possam surgir. É uma postura que não consegue visualizar as boas práticas, os bons investimentos e as boas iniciativas que o nosso povo tem tomado.” A postura dos homenageados pelo Prêmio Destaques JC 2013, no entanto, vai ao contrário dessa premissa, avalia Fortunati. “Este almoço procura destacar pessoas e instituições que sabem que no dia a dia devem enfrentar inúmeros problemas, obstáculos e desafios, mas que não se deixam dobrar pelos problemas existentes, que não dão bola, não ouvem os carangueijos que estão entre nós, mas que apostam na geração de emprego e renda, permitindo que esse exemplo esteja aqui presente com tanta tenacidade.” O empresariado presente, citou Fortunati, é composto por pessoas que deixam de lado o pessimismo. O prefeito reforçou, no final de sua fala, que a premiação do Jornal do Comércio “reconhece o mérito de todos que pensam para frente, de forma propositiva, sem ignorar obstáculos e desafios”. MARCO QUINTANA/JC
Infraestrutura, juros altos, burocracia e lei trabalhista antiga são alguns pontos a serem enfrentados, destacou o CEO do Grupo Gerdau, André Gerdau Johannpeter, premiado pelo JC como Empresário do Ano. Johannpeter falou em nome de todos os premiados e trouxe à tona a baixa competitividade do Brasil, em um cenário em que dentre 60 países, o País ocupa a 54ª colocação. “Isso mostra e reflete o quanto temos que fazer ainda para melhorar, até porque vivemos num mundo de competitividade global. Temos que ser competitivos não só dentro das empresas, mas no País como um todo.” O papel das empresas para construir um caminho de melhor visibilidade do País no contexto internacional é fundamental, lembrou o executivo. “A perseverança, a criativi-
dade e a inovação dos empresários são a única estratégia para a sobrevivência e manutenção da competitividade em um mundo global.” Essa razão faz com que o prêmio concedido anualmente pelo Jornal do Comércio ganhe ainda mais evidência. “Um MARCO QUINTANA/JC prêmio como esse só comprova a importância de reconhecer quem faz esse trabalho em um País com tantos desafios”, disse, estendendo cumprimentos às equipes das organizações premiadas. Johannpeter finalizou o discurso parabenizando o Jornal do Comércio pelos 81 anos de atuação: “Período em que a publicação se dedicou a buscar a verdade dos fatos, possibilitando a diversidade de opiniões e mantendo algo que é muito importante para nossa sociedade que é a imprensa livre.”
Heitor Müller projeta bom futuro para o Estado Parceira do Jornal do Comércio na entrega do Prêmio Destaques, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), presidida pelo empresário Heitor Müller, também prestou homenagem aos premiados. “Seus exemplos de sucesso merecem o nosso reconhecimento”, mencionou. “Mais uma vez, a Fiergs é palco da entrega do prêmio que já faz parte do calendário das comemorações da sociedade gaúcha.” Müller destacou a importância do veículo, estabele-
cendo que, a cada edição, a publicação marca a sua presença na história do Estado e do País, reforçando em sua fala o papel de comando de Mércio Tumelero e dos dirigentes e profissionais da empresa, responsáveis pela produção do conteúdo impresso e da plataforma multimídia. O presidente da Fiergs fez uma menção especial ao empresário do ano, André Gerdau Johannpeter, “que tem dedicado parte do seu tempo ao Conselho de Economia da Fiergs”. Enaltecendo a presen-
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ça dos convidados, Müller sinalizou para um futuro promissor ao Rio Grande do Sul. “Queremos comemorar com todos a visão que temos de que é possível, sim, construir um bom futuro para a sociedade riograndense.”
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Capital quer porto-alegrenses mais otimistas com a Copa
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O cenário não é o imaginado há alguns anos, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo 2014. As obras de infraestrutura previstas para preparar as cidades-sede, como Porto Alegre, não chegarão nem perto de estar finalizadas para receber os turistas. Mas, para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, a cidade conseguirá receber bem o fluxo intenso de pessoas com a infraestrutura existente hoje. “A cidade está em obras, muitas das quais não ficarão prontas a tempo, mas são conquistas que permanecerão. A Copa vai acontecer e, ao invés de criticar, precisamos nos unir para aproveitar as oportunidades”, defende. No caso da telefonia, uma das áreas que mais preocupam, ele comenta que foi criada uma operação especial. A Claro será a responsável por prover a tecnologia para que as pessoas possam utilizar voz e dados dentro do estádio. Já a Vivo, a maior operadora do Estado, tem a responsabilidade de garantir a qualidade das comunicações nos demais pontos da cidade. As outras empresas também estão reforçando a sua infraestrutura. Fortunati pede que o momento seja de otimismo. “Precisamos receber bem os turistas para que isso tudo se reflita em novas possibilidades para a cidade nos próximos anos”, diz. O gestor destaca que Porto Alegre foi a que mais vendeu ingressos para os jogos da primeira fase do Mundial e é a terceira que irá receber mais turistas estrangeiros. A estimativa é que cerca de 200 mil passem pela Capital. Só no caso dos australianos, 15 mil já compraram ingressos para o jogo Austrália e Holanda, que
acontecerá no estádio Beira-Rio, no dia 18 de junho. No total, cerca de 45 mil turistas do país deverão passar pela cidade. Otimista também está o presidente do Banrisul, Túlio Zamin. “Acreditamos que a continuidade das obras iniciadas, por ocasião da Copa do Mundo, ainda permanecerá por algum tempo puxando um crescimento associado à necessidade por insumos, mão de obra e, por consequência, trazendo reflexos positivos para a procura por crédito”, diz. Isso tudo deve se refletir diretamente na rede hoteleira e nos restaurantes. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, diz que a estimativa do setor é de um aumento de 2% no faturamento dos supermercados nesse período. Um incremento que deve acontecer, especialmente, na compra de carnes, bebidas e salgadinhos. “É um público formado pelos torcedores que se preparam para ver os jogos e pelos pequenos estabelecimentos comerciais que se abastecem nos supermercados para atender os clientes”, relata Longo. O presidente da FCDL-RS, Vitor Koch, afirma que o comércio está preparado para a Copa do Mundo. Segundo ele, possivelmente vão ocorrer na cidade problemas como alto fluxo de automóveis, típicos das grandes cidades. Mas, ele acredita que o legado será muito maior, como a capacitação e treinamento pelo qual os varejistas passaram nos últimos meses. “Quiséramos ter Copa do Mundo aqui a cada quatro anos, pois isso forçaria as pessoas e empresas a buscarem cada vez mais capacitação e inovação”, analisa.
Antônio Cesa Longo, presidente da Agas
Serra deve ter movimento baixo
Na Serra Gaúcha, a expectativa é inversa com a Copa do Mundo. O diretor-presidente da Rede Dall’Onder, Tarcísio Michelon, relata que, de 12 de junho a 13 de julho, a ocupação no hotel, localizado em Bento Gonçalves, será de apenas 20%. Mas não há frustação em relação a isso. “Sabíamos da realidade, então, nunca nos iludimos”, diz. Em compensação, as reservas para o período antes e depois do Mundial estão aquecidas em razão de alguns eventos que acontecerão na região. “Para nós a Copa do Mundo foi um mau negócio. Mas para o Brasil é muito positivo, pois vai projetar o Brasil internacionalmente”, analisa.
Banrisul avalia provisionamentos para arcar com juros FREDY VIEIRA/JC
Túlio Zamin, presidente do Banrisul
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou na terça-feira passada que as instituições financeiras precisam contabilizar os juros para o pagamento de poupadores que foram prejudicados durante os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). As instituições financeiras ainda podem recorrer da ação civil pública ajuizada em 1993. No entanto, se a decisão for mantida, os prejuízos ao sistema financeiro podem ultrapassar os R$ 340 bilhões. Entre os bancos mais prejudicados, estão a Caixa e Banco do Brasil, no alvo de várias ações conjuntas. No Rio Grande do Sul, o Banrisul começa a contabilizar os impactos. O presidente da instituição gaúcha, Túlio Zamin, afirma que a expectativa é de que o rombo seja atenuado quando a matéria passar pelo crivo do Supremo Tribunal Federal, mas projeta algum tipo de impacto, mas em menor escala. Isso porque os juros de mora (atraso de pagamentos) começam a ser contados desde 1993, data da ação movida pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Como a criação das poupanças do Banrisul é posterior ao período em análise não haverá resíduos
próprios. Entretanto, em 1998 o banco gaúcho incorporou as poupanças da extinta Caixa Econômica Estadual. A movimentação dos ativos da autarquia financeira pode gerar uma herança maldita. “A poupança do banco foi criada depois dos planos em revisão. Isso significa que o impacto da poupança decorrente da atividade do banco é praticamente inexistente. O que estamos analisando é que no momento do encerramento da Caixa Econômica Estadual, houve a transferência de alguns ativos para o Banrisul. Portanto, anterior a criação das nossas poupanças”, sintetiza. De acordo com o presidente, ainda é preciso avaliar se a responsabilidade pelos pagamentos determinados pela justiça é do banco. “Estamos em processo de análise e se esse impacto se confirmar estamos vendo até que ponto a responsabilidade subsidiária é da parte do transmitente, neste caso o Banrisul”, comenta. Para Zamin, o impacto não deve ser tão relevante quanto o registrado em outras instituições financeiras. “É claro que isso pode gerar algum tipo de provisionamento, mas ainda não concluímos o levantamento dos valores nominais”, afirma.
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Governo confia em aprovação do novo indexador da dívida O governador Tarso Genro (PT) garante que o Projeto de Lei Complementar 99/2013, que modifica o fator de correção das dívidas dos estados, será aprovado em 2014. Depois de uma série de impasses que culminaram com o retorno do texto para as comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos do Senado, a matéria que altera o indexador, de IGP-DI mais 6% ao ano para IPCA mais 4% ou Selic, deve ser aprovada em novembro. Na avaliação do chefe do executivo gaúcho, este é um dos aspectos que pairam sobre o desempenho econômico futuro do Estado. “Do ponto de vista econômico e financeiro do nosso Estado existem três questões-chave que vão se desdobrar neste ano. A primeira é, justamente, a votação do projeto de lei que altera o indexador da dívida dos estados. Isso, por si só, é uma enorme vitória do Rio Grande do Sul”, comenta. A segunda, e não menos importante, na análise do governador, é a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em um regime de transição direcionado ao ano 2027. A conjunção dos fatores abriria um novo espaço fiscal, na ordem de R$ 4 bilhões. “Isso seria fundamental para que o Estado
pudesse se financiar e passesse a contar com uma previsibilidade mínima nos próximos dois anos. E, certamente, esse espaço não seria utilizado em sua totalidade em 2015”, projeta. Uma das pré-candidatas ao Palácio Piratini, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) evitou analisar a atual realidade fiscal gaúcha e o peso da aprovação da matéria na composição das contas públicas para o próximo ano. No entanto, Ana Amélia critica as negociações estabelecidas para a votação no Senado, que segundo ela, deveria ter ocorrido no dia 6 de maio. “Na última reunião que tivemos com a presença do relator, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), na votação posterior a das comissões foi deliberado que a apreciação dependeria de um acordo entre as partes, no caso os governos estaduais e prefeituras diretamente relacionadas com esse tema. No dia marcado é que os senadores souberam que um acordo liderado pelos governadores do Rio Grande do Sul e Alagoas havia sido selado para a votação apenas em novembro. Portanto, se houve um acordo, acordos devem ser respeitados”, reclama.
Indústria ainda procura recuperar espaço perdido com a crise JONATHAN HECKLER/JC
Mauro Knijnik, secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento
Ana Amélia Lemos, senadora
O colapso financeiro norte-americano, que eclodiu em 2008 e, no embalo, trouxe à tona os problemas enfrentados por países europeus, ainda traz reflexos à indústria brasileira. No caso do Rio Grande do Sul, recém o setor produtivo gaúcho está conseguindo recuperar o volume do período pré-crise. “Estamos andando de lado. Tivemos alguns espasmos, com um sobe e desce nos últimos anos. Nesse ano, vamos chegar ao volume produzido de 2007”, ressalta o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor José Müller. Nesse sentido, o dirigente destaca que o incremento nos índices de atividade industrial gaúcha dos últimos meses é um esboço de recuperação. “Nesse ano e ano passado, tivemos mais matéria-prima. O que aconteceu nesse período é apenas a recuperação em relação a 2012, quando houve quebra na safra agrícola”, constata. Para Müller, alguns números preocupam, especialmente os referentes à balança comercial de artigos manufaturados. Em 2013, o déficit foi de US$ 105 bilhões no Brasil. “As pessoas que ascenderam socialmente nos últimos anos estão consumindo produtos que não são produzidos no País”, lamenta o dirigente. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, diz que a percepção de que a indústria está crescendo menos já chegou aos trabalhadores desse segmento. “Eles estão mais conscientes do que os demais sobre as dificuldades da indústria e estão fazendo valer muito o seu dinheiro na hora das compras”, relata. Isso explica, segundo ele, o fato de o ticket médio nos supermercados ter crescido nos últimos 60 dias, mas sem acompanhar a inflação. Para os estabelecimentos comerciais, ele comenta que é preciso se profissionalizar. “Não há mais espaço para amadorismo em um mercado tão competitivo”, acrescenta. O diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, acredita que o primeiro
trimestre do ano foi positivo para a indústria. “Já o segundo semestre começa a demonstrar alguns sinais de fraqueza, principalmente, em razão do desempenho da indústria automobilística. É difícil prever resultados, mas esse é um ano diferente por causa do Mundial e das eleições. Há algumas incertezas pairando no ar”, acredita. Atualmente, um dos principais projetos da siderúrgica é a ampliação da planta de Sapucaia do Sul, a partir da instalação de uma nova aciaria, parte da usina que realiza o processamento e a transformação da sucata em aço. Johannpeter diz que o cronograma está sendo cumprido. “São três anos de projeto. Tudo isso está alinhado ao ganho de produtividade. A expectativa é suprir até 600 mil toneladas de aço por ano”, menciona. A capacidade atual da fábrica é de 400 mil toneladas ao ano. O investimento de R$ 490 milhões da Gerdau foi um dos negociados através da Sala do Investidor, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), nos últimos anos. No momento, a carteira de aportes garantidos desde 2011 chega a R$ 44,9 bilhões em 418 projetos. “Estamos indo bem. Há sintomas fortes de desenvolvimento. Teremos um período mais lento com Copa e eleições, mas as projeções são muito boas para esse ano”, aposta o secretário Mauro Knijnik. Ao analisar o cenário futuro do Brasil, o presidente do Badesul, Marcelo Lopes, lamenta o clima que se cria a partir de previsões de alguns economistas. Se os dados não se confirmam, comenta, geram frustação. “Estamos em um cenário em que o Brasil está avançando e, mesmo assim, se instalou um clima de pessimismo”, avalia. Lopes acredita que os indicadores do País, como de emprego, investimento público e inflação, estão sob controle. “A economia vive de humor. Se as pessoas ouvem muito que a situação está ruim, deixam de comprar e tudo isso influencia o mercado”, analisa.
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FOTOS JONATHAN HECKLER/JC
André Gerdau Johannpeter, CEO da Gerdau, recebe a distinção de Mércio Tumelero, presidente do Jornal do Comércio
EMPRESÁRIO DO ANO
EDUCAÇÃO Leo Weber, diretor executivo da Fundação Liberato Salzano, recebe o prêmio de Marcelo Nepomuceno, secretário adjunto de Comunicação do Estado
Tarcísio Michelon, diretor superintendente do Hotel Dall’Onder recebe a distinção da senadora Ana Amélia Lemos
EMPREENDEDORISMO JOVEM Cristiane Steigleder, presidente da Junior Achievement no Rio Grande do Sul, recebe o prêmio de Jorge Branco, secretário estadual do Gabinete dos Prefeitos
HOTELARIA
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Marcelo Lopes, presidente do Badesul, recebe a distinção de Alexandre Gadret, vicepresidente da Federasul
COMÉRCIO
DESENVOLVIMENTO
Vitor Koch, presidente da FCDL-RS, recebe o prêmio de Heitor Müller, presidente da Fiergs
DIRIGENTE FINANCEIRO Túlio Zamin, presidente do Banrisul, recebe a distinção de Luiz Borges, diretor comercial do Jornal do Comércio
Antônio Cesa Longo, presidente da Agas, recebe o prêmio de Mauro Kn secretário estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento Nicole Trennepohl, diretora de marketing da Stara, recebe o prêmio de Aureo Mesquita, secretário adjunto da Agricultura do Estado
LABORATÓRIO boratório Endocrimeta, recebe a distinção âmara Municipal de Porto Alegre
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
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PESQUISA CIENTÍFICA Nádya Pesce da Silveira, presidente da Fapergs, recebe a distinção de Pedro Maciel, editor-chefe do Jornal do Comércio
Fernando Canabarro, presidente da Panambra, recebe o prêmio do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati
SEGUROS Eduardo de Lima Veiga, procurador-geral de Justiça do Estado, entrega o prêmio para César Saut, vice-presidente comercial da Icatu Seguros
SINDICATO Moacyr Schukster, presidente do Secovi, recebe o prêmio de Gilmar Sossella, presidente da Assembleia Legislativa
REVENDA DE CARROS
SHOPPING CENTER Lorival Rodrigues, diretor-presidente do M.Grupo, recebe a distinção de Francisco Moesch, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado
DESTAQUE ESPECIAL Aureo Mesquita, secretário adjunto da Agricultura, e o diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, recebem o prêmio do governador Tarso Genro
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Quem prestigiou o evento A 28ª edição do troféu Destaques do Ano foi prestigiada por lideranças de diversos setores do Rio Grande do Sul. Estiveram na Fiergs
presidentes de entidades empresariais, chefes de poder e outros quadros políticos importantes, além de personalidades sociais e culturais. JOÃO MATTOS/JC
Presidente da Assembleia, Gilmar Sossela, presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, governador Tarso Genro, presidente da Fiergs, Heitor Müller, procurador-geral de Justiça do Estado, Eduardo de Lima Veiga, e o secretário do Desenvolvimento, Mauro Knijnik GILMAR LUÍS/JC
CEO da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, e o presidente do Simers, Claudio Bier
Ex-governador Jair Soares e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati GILMAR LUÍS/JC
Ex-governador Alceu Collares e Neusa Canabarro
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Senadora Ana Amélia Lemos e Giovanni Jarros Tumelero
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Equipe da Fapergs comemora o reconhecimento GILMAR LUÍS/JC
Presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Júnior, e o deputado federal Vieira da Cunha
Superintendente do Sebrae, Leo Hainzenreder, Kelly Hertel, da Garra Investimentos, e Luiz Borges, diretor comercial do Jornal do Comércio
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Deputado estadual Mano Changes e o vereador da Capital Márcio Bins Ely
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Paola Bof e Marisa Bof
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Leonardo Lamachia e Jenor Jarros Neto
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Giovanni, Valéria Tumelero, Delmar Jarros, Stefania Tumelero e Jenor Jarros Neto
Tania Rodrigues, Lorival Rodrigues e Alexandre Diamante
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Gilmar Sossela, Fernando Bomfiglio e Francisco Schmidt
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Helena Cimenti, Leila Bortoncello e Rosani Randon JOÃO MATTOS/JC
Kirsten Titton e Silvana Zanon
ANTONIO PAZ/JC
Mário Simici, Emir Bothoeme e Felipe Dumit
expediente Editor-chefe: Pedro Maciel Secretário de Redação: Guilherme Kolling Editor de Economia: Luiz Guimarães Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch
Editor de fotografia: João Mattos Editora de Imagem: Beth Bottini Diagramação: Luis Felipe Corullón
Reportagem: Marina Schmidt, Patricia Knebel, Fernando Soares e Rafael Vigna Revisão: André Fuzer, Daniela Florão, Luana Lima e Thiago Nestor
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No dia 25 de maio, o Jornal do Comércio completou mais um ano desde a sua fundação. São 81 anos de compromisso com seus leitores e parceiros, sempre levando à sociedade gaúcha a melhor informação sobre os fatos econômicos, políticos, sociais e culturais. Por trás dessas notícias, as equipes do JC, em todas as esferas, dedicam-se para entregar ao leitor o melhor conteúdo de economia e negócios do RS. Diariamente, esse comprometimento se renova pautado pela qualidade e credibilidade, estimulando o debate de ideias e o desenvolvimento sustentável da nossa economia. Agradecemos aos nossos leitores, parceiros comerciais, fornecedores e funcionários por esses 81 anos de confiança e parceria.